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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Casais perdem o desejo sexual com a crise


Sexo passa para o fim da lista de prioridades

Por: Redacção / Bernardo Santos  |  5- 9- 2012  21: 6

(Foto Cláudia Lima da Costa)
Um estudo de uma psicóloga concluiu que o clima de crise tira a líbido aos casais. É que com os problemas do dia a dia e a possibilidade e perder o emprego, o sexo passa para o fim da lista de prioridades.

Depois de seis mil entrevistas, Ana Carvalheira notou que a crise está a levar cada vez mais casais aos consultórios de sexologia.




quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Falemos de disfunções sexuais


Por A.J. Pepe Cardoso (Secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Andrologia)

2012-08-01
Pepe Cardoso
Pepe Cardoso
Quando falamos de disfunção sexual temos de falar do homem e também da mulher, pelo que iremos caracterizar os vários tipos de disfunções sexuais, quer masculinas quer femininas, tendo como base a resposta sexual humana – desejo, excitação e orgasmo – sem contudo nos referirmos aos aspectos terapêuticos, mas salientando que antes de iniciar qualquer terapêutica especifica deve-se iniciar todo um processo de alteração do estilo de vida, nomeadamente a cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um programa de exercício físico regular.

Assim temos que a disfunção sexual feminina, com uma incidência de 19,0%, pode-se classificar de acordo com as suas formas de apresentação em disfunções do desejo (35,0%), da excitação (31,6%), do orgasmo (31,6%) e disfunções dolorosas (34,1%), as quais podem ter uma etiologia psico-social, orgânica, mista ou desconhecida assim como uma forma de apresentação primária ou secundária.
As disfunções do desejo, sendo este definido por Schreiver como uma actividade cognitiva caracterizada pela vontade de se entregar a uma actividade sexual baseada em fantasias ou estímulos eróticos, podem-se apresentar como desejo sexual hipoactivo ou como disfunção de aversão sexual, sendo a primeira caracterizada por uma ausência persistente ou recorrente de fantasias sexuais, de desejo para actividade sexual e/ou para a sua receptividade, em que a mulher é capaz de se excitar e ter um orgasmo mas não o deseja, e a segunda consiste em evitar o contacto sexual com um parceiro sexual, causando em ambos os casos perturbação pessoal.

Incapacidade persistente ou recorrente 

O desejo é uma actividade cognitiva caracterizada pela vontade de se entregar a uma actividade sexual baseada em fantasias ou estímulos eróticos
O desejo é uma actividade cognitiva caracterizada pela vontade de se entregar a uma actividade sexual baseada em fantasias ou estímulos eróticos
A disfunção da excitação sexual feminina consiste na incapacidade persistente ou recorrente em atingir ou manter um grau de excitação sexual suficiente, enquanto que a disfunção orgásmica caracteriza-se pela ausência de orgasmo ou pela dificuldade ou atraso de o atingir, de forma persistente ou recorrente, causando também em ambos os casos perturbação pessoal.

Por fim nas disfunções dolorosas temos a dispareunia, o vaginismo e a dor genital não coital. Quer na dispaureunia quer no vaginismo a dor está associada directamente ao coito, enquanto que na dor genital não coital esta é induzida por uma estimulação não coital.

Assim a dispareunia caracteriza-se por dor genital persistente e recorrente associada com o coito, podendo ter uma origem orgânica ou psicogénica, relacionando-se com a penetração e com as primeiras relações ou com uma excitação/lubrificação deficientes, enquanto que o vaginismo consiste no espasmo involuntário, persistente e recorrente, da musculatura do terço externo da vagina resultante da associação com a dor ou o medo ligados à penetração.

Incidência de 24,9% no homem

A disfunção sexual masculina, com uma incidência de 24,9%, pode-se também classificar de acordo com as suas formas de apresentação em disfunções do desejo (15,5%), da ejaculação (30%), do orgasmo ( ? ) e em disfunção eréctil (13,0%), as quais podem ter uma etiologia psico-social, orgânica, mista ou desconhecida assim como uma forma de apresentação primária ou secundária.

A disfunção da excitação sexual feminina consiste na incapacidade persistente ou recorrente em atingir ou manter um grau de excitação sexual suficiente
A disfunção da excitação sexual feminina consiste na incapacidade persistente ou recorrente em atingir ou manter um grau de excitação sexual suficiente
As alterações do desejo no homem, podem-se apresentar como desejo sexual hipoactivo ou como desejo sexual hiperactivo, sendo que a primeira consiste na persistente ou recorrente deficiência ou ausência de fantasias sexuais ou de vontade para se entregar a uma actividade sexual e a segunda corresponde ao contrário do que se descreveu anteriormente, tendo, em ambos os casos as mesmas causas: patologia neurológica central, endócrina, degenerativa ou debilitante, iatrogenia cirúrgica, médica e medicamentosa, patologia provocada por tóxicos ambientais, consumo crónico de álcool, tabaco (nicotina), opiáceas, canabinóides, anfetaminas e o ecstasy.

As alterações da ejaculação apresentam-se como: anejaculação, ejaculação retrógrada, ejaculação retardada, ejaculação prematura e ejaculação dolorosa.

A anejaculação e a ejaculação retrógrada caracterizam-se pela ausência ou baixo volume de emissão de esperma para o exterior, tendo a primeira na sua origem a obstrução das vias ejaculatórias, resultante de doenças congénitas ou adquiridas, assim como patologias neurológicas, endócrinas, traumatismos vertebro-medulares e iatrogenia cirúrgica, médica e farmacológica, comuns também na etiologia da ejaculação retrógrada.

A ejaculação retardada caracteriza-se pela dificuldade ou incapacidade em ejacular dentro da vagina, contudo possível através de outras práticas sexuais, tendo na sua etiologia uma predominância de factores psicogénicos além de doenças neurológicas, iatrogenia medicamentosa, consumo de álcool e uso de drogas recreativas.

Ejaculação prematura

A ejaculação prematura que se define, segundo a International Society for Sexual Medicine (ISSM), como “uma ejaculação que ocorre sempre ou quase sempre antes ou cerca de um minuto depois da penetração vaginal; e incapacidade de adiar a ejaculação em todas ou quase todas as penetrações vaginais; e consequências pessoais negativas, tais como perturbação, incómodo, frustração e/ou o evitar ter intimidade sexual”, pode ser classificada em primária (desde sempre) ou secundária/adquirida, identificando-se em ambas uma disfunção das vias serotoninérgicas, mas na secundária identificam-se também factores psicogénicos, orgânicos e associação a outras disfunções.

A ejaculação dolorosa caracteriza-se pela presença de dor no decurso ou após a ejaculação e que se pode manter durante minutos, horas ou mesmo dias e aparentemente resultante de espasmos dos músculos cremasterianos que empurram os testículos contra o períneo e da contracção dos músculos do aparelho excretor seminal.

As alterações do desejo no homem podem-se apresentar como desejo sexual hipoactivo ou como desejo sexual hiperactivo
As alterações do desejo no homem podem-se apresentar como desejo sexual hipoactivo ou como desejo sexual hiperactivo
Embora no homem o orgasmo seja um fenómeno sensorial que ocorre habitualmente em simultâneo à ejaculação pode também ocorrer independentemente desta, assim como a ejaculação pode ocorrer sem orgasmo, o que dificulta a sua definição assim como a sua separação inequívoca da ejaculação. Este fenómeno sensorial de prazer é um momento psico-fisiológico complexo e de uma variabilidade interpessoal que impossibilita a avaliação e a valorização das perturbações da qualidade do orgasmo pelo que nos vamos referir á anorgasmia. A anorgasmia caracteriza-se pela inexistência de orgasmo, tendo como causas lesões do sistema nervoso central e periférico, radioterapia e iatrogenia cirúrgica e medicamentosa.

Disfunção eréctil

Por fim falta-nos falar da disfunção eréctil (DE) que podemos definir como a incapacidade persistente em atingir e manter uma erecção suficiente de modo a permitir uma relação sexual satisfatória e de que esta, embora seja uma patologia benigna, afecta significativamente a qualidade de vida do doente, da parceira ou da família.

A DE pode-se classificar quanto à sua etiologia em psicogénicas (20%), e orgânicas (80%)
A DE pode-se classificar quanto à sua etiologia em psicogénicas (20%), e orgânicas (80%)
A DE pode-se classificar quanto à sua etiologia em psicogénicas (20%), e orgânicas (80%), sendo que, por sua vez, as orgânicas subdividem-se em hormonais, neurogénicas, vasculares (arteriais e venosas) e mistas, partilhando vários factores de risco comuns com a doença cardiovascular, incluindo a falta de exercício físico, obesidade, tabagismo, hipercolesterolémia e a síndrome metabólica.

A grande maioria dos casos de DE surgem a partir dos 45-50 anos, revelando um estudo efectuado em Portugal (Episex) pela Sociedade Portuguesa de Andrologia uma prevalência total de 13%, correspondendo a 460.000 homens com DE, sendo que aos 40 anos a prevalência é de 17,6%, de 23,4% aos 50 e de 26% acima dos 60 anos, assim como a DE grave afecta 5% dos homens, o que corresponde a 176.000 indivíduos.

Para terminar e como inicialmente referimos, quer em relação às disfunções sexuais femininas quer masculinas, e sem também nos referirmos a terapêuticas específicas, deve-se iniciar todo um processo de alteração do estilo de vida (cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um programa de exercício físico regular), assim como de controlo dos factores de risco, os quais por si só contribuem para uma melhor saúde sexual.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Espanha: alcoolismo e problemas sexuais aumentam após crise


14 de agosto de 2012  07h22  atualizado às 09h24

A atual conjuntura econômica da Espanha - que amarga uma taxa de desemprego de 24,6% - está afetando a saúde mental dos espanhóis, segundo pesquisas no campo da depressão, do alcoolismo e de problemas sexuais.
Após mais de quatro anos de crise, os problemas se acumulam e vêm sendo detectados por diferentes estudos. Uma pesquisa da Fundação Pfizer, por exemplo, revelou que, em 2010, 44% da população espanhola sofria mais com estresse e tensão do que nos dois anos anteriores. As incertezas em relação ao trabalho e aos rumos da economia representavam a principal fonte de problemas.
Um estudo que está sendo realizado pela Universidade Alcalá de Henares mostra que há mais casos de doenças mentais no país e que o consumo de psicofármacos (remédios para distúrbios mentais) se elevou após o início da crise.
O percentual de espanhóis maiores de 16 anos que sofriam de depressão, ansiedade ou de outros problemas de saúde mental subiu de 13,7% em 2006 para 14,4% em 2009, segundo a médica epidemiológica Maria Auxiliadora Martín Martínez.
Ela fundamentou seu estudo numa comparação entre dados de pesquisas nacionais e europeias de saúde de 2006 e 2009, que evidenciam que os níveis socioeconômicos baixos e a perda de status socioeconômico se associam a piores auto-avaliações de saúde e altos índices de morbidade psiquiátrica, além do aumento de demanda pelos serviços de saúde pública.
Martín também observa que nesse período houve aumento de 2,8% no consumo de tranquilizantes, entre a população maior de 16 anos. A elevação se deu principalmente em mulheres e na população maior de 45 anos. "A percepção de insegurança e a antecipação pessimista do futuro produzem ansiedade e insônia, que podem acabar gerando sintomas depressivos e psicossomáticos", diz a médica.
Martín explica que o aumento no número de tranquilizantes e antidepressivos vendidos com receita médica nos últimos anos e do número de pessoas que demandam atenção psicológica pode indicar uma relação entre crise e saúde mental.
Ela explica que, mais do que a perda de recursos econômicos, o que mais atinge a saúde emocional pode ser a percepção da perda de apoios externos, como os apoios familiares, trabalhistas ou sociais, incluindo os financeiros, para seguir adiante.
Resultados preliminares de um levantamento similar também indicam esse aumento. O estudo do Instituto para a Pesquisa em Atenção Primária (IDIAP Jordi Gol) e do Instituto Catalão de Saúde mostra que o consumo de fármacos antidepressivos cresceu em 2008, ano de início da crise econômica. Apesar de ainda não divulgar números consolidados, o estudo indica que o aumento entre a população ativa se produziu, sobretudo, em 2010.
Desemprego e depressão
A espanhola Isabel Campoy Urutia, 39 anos, diz que viu a vida desmoronar quando perdeu o emprego há dois anos. A difícil situação econômica que passou a enfrentar, somada a maus tratos do ex-companheiro, fez com que ela desenvolvesse um quadro de depressão.
Quando o dono do bar onde trabalhava fechou as portas por causa da crise, Campoy não teve direito ao seguro-desemprego, pois era autônoma. Ela afirma se sentir lesada pelo ex-patrão.
Com prestações da casa em que mora para pagar e um filho de 13 anos para criar, Campoy recebe alimentos de uma instituição de caridade, a Obra Social Santa Lluïsa de Marillac, que ajuda a famílias desamparadas do bairro da Barceloneta.
Ela se lembra com tristeza da primeira vez em que entrou na fila para receber a doação de alimentos. "Naquele momento, eu queria morrer, me sentia humilhada em pedir. Mas vi outras pessoas conhecidas do bairro que também estavam na mesma fila e na mesma situação que eu", afirma.
Hoje ela faz um tratamento que inclui sessões de terapia e psiquiatria e usa sete tipos de medicamentos para controlar a depressão e a ansiedade. Seu filho também sente os efeitos da difícil situação familiar. Segundo Campoy, ele desenvolveu um quadro de hiperatividade há dois anos.
A espanhola participa atualmente de um processo de seleção para trabalhar em um bar. Ela espera que seu problema de saúde não seja um empecilho no eventual novo emprego. "Se não conseguir esse trabalho, outra vez ficarei sem comer." Ela não tem grandes ambições. Não sonha mais em trabalhar como cabeleireira. "Só quero ter um trabalho e uma vida normal."
Crise abre as portas para o alcoolismo
A falta de perspectivas de trabalho também estaria aumentando os casos de alcoolismo. A Associação de Autoajuda e Informação sobre a Síndrome de Dependência Alcoólica (ARCA), que atua na província de Cádiz, relata um aumento de 39% no número de pacientes no primeiro trimestre deste ano. Desses novos casos, 52% são pessoas desempregadas.
Letícia Fernández de Castro, assistente social da entidade, diz que suas consultas também dobraram com a crise. "A pessoa não tem trabalho, tem ansiedade, se sente improdutiva, com uma sensação de fracasso e tem a bebida alcoólica à mão. A crise facilita a entrada no alcoolismo", diz.
Impactos na função sexual do homem
Os transtornos psicológicos também afetam a vida sexual do homem. Embora prefira não divulgar os números, Francisco Sabell, urologista da Associação Espanhola de Urologia (AEU), explica que é notável o aumento de demanda de consulta por disfunção erétil, em 2011 e 2012.
"Não é porque o homem tenha perdido o medo ou o pudor em consultar o médico. Se em um lar há vários familiares desempregados e problemas econômicos, o estresse vai repercutir na dinâmica sexual do casal e na resposta erétil do homem", afirma Sabell. Na Espanha, a disfunção erétil afeta entre 25% e 30% da população masculina.
Desde o início da crise econômica no país, a taxa de desemprego passou de 8,6% no quarto trimestre de 2007 para 24,63%, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de julho de 2012. O número de desempregados subiu de 1.927.600, em 2007, para 5.693.100, este ano.
No final de 2007, a taxa de crescimento econômico da Espanha era de 3,1%. Segundo os dados mais recentes, do primeiro trimestre de 2012, o crescimento econômico foi negativo, -0,4%.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6077429-EI8142,00-Espanha+alcoolismo+e+problemas+sexuais+aumentam+apos+crise.html

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Doctor: ‘Dramatic’ results in depression treatment


By Jeanne Millsap For The Herald-News June 19, 2012 12:50PM

Story Image
Psychiatrist Dr. Ronald Wuest applies the headpiece used for transcranial magnetic stimulation. The magnetic waves in TMS are simliar to an MRI, but the procedure is less complex. | Supplied photo
Updated: June 20, 2012 2:40AM
 

ROMEOVILLE — A new treatment for depression is having what one psychiatrist calls “dramatic” results.
Dr. Ronald Wuest of the Institute for Personal Development said his Romeoville location is the first in the Joliet area to offer TMS, short for transcranial magnetic stimulation. It uses the same magnetic energy used in MRIs to stimulate areas of the brain into overcoming the effects of depression.
But unlike an MRI, the new procedure doesn’t involve sliding into a dark claustrophobic tunnel. The magnetic energy is applied through a headpiece worn while the patient is sitting up in a chair.
Wuest has been using the treatment since January on his patients whose depression hasn’t responded to several trials of oral medication.
“Studies have found that about half of patients respond positively to TMS, and a third go into remission,” he said, “which is pretty significant. But in our experience, it’s much higher. We’ve had dramatic responses.”
Minimal side effects
And the side effects, he said, unlike those with medications, are virtually nil. Side effects with the most commonly used anti-depression pills can cause diarrhea, an upset stomach, nausea, headaches, dry mouth, impotence, anorgasmia, weight gain and mild tremors.

With TMS treatment, he said, occasionally there might be a headache.
“Oral medications can affect the entire body,” he said, “not just the brain ... TMS targets a very specific part of the brain.”
Wuest explained that depression results when areas of the brain, such as the limbic system, are too low in the neurotransmitters serotonin, norepinephrine, and dopamine. Pills work by keeping those chemicals around to stimulate the nerves longer.
Magnetic therapy directly stimulates the nerves by creating very mild electrical currents. Wuest typically gives his patients 25 treatments, about five a week. It takes around 40 minutes for each treatment. But the relief goes well beyond the treatment time. Studies show that patients’ depression may go away for months or even years after the treatment, he said.
Other treatment options
The procedure is relatively new, and Wuest said electroshock therapy, or ECT, is still the gold standard for treatment of severe depression.
“ECT can be life-saving,” he said. “It’s about 80 percent effective, which is better than TMS, but it’s much more invasive.”
Electroshock, he said, involves anesthesia, which has its own risks, a recovery period of a couple of hours in the office, then one or two days off work, and usually memory problems that can last for months.
TMS can be a much gentler treatment for those who respond to it, he said. It also has great potential for treating other mental disorders. Wuest said initial studies have shown good responses in using it to treat Parkinson’s disease, bipolar disorders, chronic pain, tinnitus and fibromyalgia.
“I think it’s amazingly revolutionary,” he said.
The Institute for Personal Development’s website is www.ipd.md.

http://heraldnews.suntimes.com/lifestyles/13110986-423/doctor-dramatic-results-in-depression-treatment.html

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Veja quais os 15 itens que podem diminuir seu desejo sexual


22 de Junho de 2012  17h40  atualizado às 17h43

beautiful young woman near the window Foto: Thinkstock
A depressão pode ser uma das causas da diminuição da libido
Foto: Getty Images

O desejo sexual está em baixa? Pois saiba que problemas como má qualidade do sono, ronco, depressão e ganho de peso podem ser os culpados. Confira abaixo 15 itens, listados pela revista norte-americana Shape, que têm o poder de diminuir a libido:
Dormir pouco 
Além de afetar a aparência, o humor e a saúde, dormir pouco também atrapalha o desejo sexual.  Segundo Robert D. Oexman, diretor do Instituto Dormir para Viver, nos Estados Unidos, a privação crônica do sono, que pode ocorrer até mesmo com quem dorme 6 horas por noite (a maioria dos adultos precisa de, no mínimo, 7 horas de sono), acaba diminuindo os níveis da testosterona, o hormônio sexual em homens e mulheres.
Ronco
O ronco pode atrapalhar a noite de quem tem o problema e também de quem dorme ao lado. O resultado é a privação crônica de sono, que afeta a vida sexual.
Depressão
A doença é uma das causas comuns de baixa libido e é, muitas vezes, uma razão para a má qualidade do sono. Além disso, de acordo com Oexman, a depressão pode levar ao ganho de peso, desencadeando outras condições médicas, como diabetes e pressão alta, que também interferem no desejo sexual.
Excesso de peso
Engordar muito pode fazer com que você não ame seu corpo, o que também acaba afetando a vida sexual.
Disfunção erétil
Quando um homem se queixa de disfunção erétil, um dos primeiros itens investigados é se há a presença de doença vascular ou problemas cardíacos, segundo o urologista Cully Carson, professor da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A explicação é simples: se suas artérias não estiverem bem, o fluxo sanguíneo para a área genital pode ficar comprometido, resultando em ereções fracas. O colesterol alto e a pressão alta também podem levar à disfunção erétil.
Medicamentos
Ironicamente, alguns dos medicamentos usados ​​para tratar as condições que podem diminuir a libido, como antidepressivos e remédios para pressão alta, podem diminuir o desejo sexual também. “Qualquer droga que afeta o sistema nervoso central pode acabar diminuindo a libido”, disse o urologista Cully Carson.
Tireoide
Na base da sua garganta está a glândula tireoide, que regula o metabolismo por meio de hormônios. De acordo com a especialista em saúde sexual e cirurgiã urológica Karen Boyle, do Greater Baltimore Medical Center, nos Estados Unidos, uma tireoide anormal pode diminuir significativamente o desejo sexual. Dependendo do nível, essa alteração também leva ao ganho de peso, outro vilão.
Cansaço
Muito cansaço pode reduzir os hormônios sexuais e aumentar o apetite. Se você trabalha o dia inteiro e faz exercícios todas as noites, a falta de energia pode resultar em esgotamento.
Aparelhos eletrônicos
A tecnologia sempre presente no quarto é uma assassina do sexo, na opinião da terapeuta de casais Sharon Gilchrest O'Neill. “Os laptops e smartphones apenas desviam a atenção do outro e fica quase impossível pensar em sexo quando, há dois segundos, você estava respondendo um e-mail do chefe”, afirmou.
Fumar e beber
Tabagismo é prejudicial para o coração e os pulmões, assim como para as veias, que irrigam a região genital, informou o urologista Cully Carson. Beber em excesso também pode reduzir a sensibilidade e a capacidade de atingir o orgasmo em homens e mulheres.
Estresse
Dos itens emocionais que levam à baixa libido, o estresse é provavelmente o inimigo número 1. A cura (pelo menos temporária) é fugir dele. Que tal tirar umas férias?
Doença de Peyronie
A doença de Peyronie dificulta a ereção porque provoca distorções na forma e inclinação do pênis. Em geral, acomete homens que já passaram dos 50 anos e suas causas ainda não estão bem definidas. No entanto, pequenos traumatismos ocorridos durante o sexo podem resultar em cicatrizes que interferem na ereção.
Filhos
Ao ter um filho, as mulheres passam por privação de sono, flutuação dos hormônios, ganho de peso pós-gravidez e preocupação. O resultado é queda da libido. Além disso, a especialista em saúde sexual Karen Boyle afirmou que o parto pode causar alterações vaginais, como diminuição da sensibilidade e flacidez vaginal, que podem dificultar o orgasmo e a excitação.
Desentendimentos com o parceiro
Brigas que não foram resolvidas são um dos maiores problemas quando o assunto é sexo, especialmente em relacionamentos longos, segundo a terapeuta de casais Sharon Gilchrest O'Neill. Quando a raiva e o ressentimento permanecem por dias ou semanas, os sentimentos podem vir à tona entre 4 paredes. Então, é difícil se sentir atraído pelo parceiro.
Paquera extraconjugal
Se você acha que a paquera extraconjugal não atrapalha o seu relacionamento porque nunca chega a realmente trair o parceiro, saiba que está errado. O ato é prejudicial porque toma tempo e energia, que são itens essenciais para manter a paixão viva, informou a terapeuta de casais Sharon Gilchrest O'Neill.

Sedentarismo pode causar impotência sexual


 Atualizado em sexta-feira, 22 de junho de 2012 - 13h44

Fumantes também representam 40% dos pacientes que sofrem com o problema


Uma pesquisa realizada recentemente pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que dos 300 pacientes que visitam o setor todo mês, 90% são sedentários e não realizam exercícios nem aos finais de semana. Além disso, 40% dos pacientes são fumantes e sofrem de impotência sexual. 

É importante ressaltar, no entanto, que para que haja ereção o homem precisa não só de estímulos como o toque, a visão e até mesmo as memórias, mas também de um equilíbrio no próprio organismo. Cabe ao cérebro comandar as reações nos nervos, músculos e na circulação para que os corpos cavernosos do pênis encham de sangue e o órgão fique enrijecido.

O sedentarismo contribui para o aparecimento de hipertensão arterial sistêmica, colesterol e triglicerídeos altos, fatores de riscos para as doenças cardiovasculares que, junto com a diabetes mellitus, formam as principais causas orgânicas da disfunção erétil, já que tornam os vasos sanguíneos mais rígidos e dificultam a vasodilatação.

Quem não pratica atividades físicas - e possui maus hábitos alimentares - ainda pode ganhar peso e gordura na região abdominal diminuindo, desta forma, a produção de testosterona - hormônio masculino importante para o bom desempenho sexual.

O urologista Joaquim Claro, chefe do hospital, explica que o cigarro "entope" os vasos e como consequência a circulação de sangue no pênis é bem menor. "Os pacientes tabagistas com mais de 55 anos dificilmente não vão apresentar algum grau de impotência sexual. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao dos fatores orgânicos como a diabetes", destaca o especialista.

Cerca de 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos já sofreu com o problema pelo menos uma vez na vida. Entre a faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem ter relações por falta de ereção. "É importante que o homem saiba reconhecer quando as falhas são eventuais e quando é o momento de procurar ajuda médica", ressalta o urologista responsável pelo serviço de urologia Cláudio Murta.

A disfunção sexual pode ser tratada com terapia de apoio, medicamentos ou com a implantação de prótese peniana, mas somente um especialista é capaz de fazer o diagnóstico da doença e indicar o melhor método de tratamento.
http://www.band.com.br/viva-bem/saude/noticia/?id=100000512121

sábado, 16 de junho de 2012

Cuando el deseo de ser padres apaga el deseo sexual


POR PAOLA AGUILAR

A veces, la búsqueda de un embarazo que no llega complica la sexualidad de la pareja. Alrededor del 12 % de los casos de infertilidad tiene como origen las disfunciones sexuales. Los especialistas explican por qué sucede y cómo resolverlo.
15/06/12 - 20:01
Cuando el embarazo deseado tarda en llegar, la sexualidad puede entrar en crisis. Y a partir de ese alejamiento, la pareja se resiente. Lo afirma la doctora Beatriz Literat, médica sexóloga clínica y ginecóloga de Halitus, centro de medicina reproductiva.
"Hay distintos motivos por los que una pareja que atraviesa la búsqueda de un embarazo, ya sea naturalmente o vía tratamientos de reproducción asistida, puede sentirse desanimada, triste e incluso culpabilizar a su compañero o compañera por el fracaso, provocando un enfriamiento de la relación", explica. "También puede suceder que, equivocadamente, comiencen a mecanizarse, teniendo relaciones solamente en las fechas de probable concepción. Sin dudas, esto altera las relaciones sexuales", continúa.
"Con anterioridad a los trastornos reproductivos, la sexualidad se enmarcaba en la intimidad de la pareja, espontánea y de manera placentera. Los métodos diagnósticos y sus resultados, como también los tratamientos médicos, suelen tener un impacto negativo en la actividad y en la vivencia de la sexualidad. La experiencia  gozosa se va transformando en una en exigencia al servicio de la reproducción. A esto sumamos el dolor emocional por la imposibilidad de lograr el embarazo como se esperaba, fácilmente, en el momento elegido", explica por su parte la psicóloga Silvia Jadur, especializada en infertilidad.
Hablar de lo que sucede en la intimidad de la pareja frente a un tercero no siempre es fácil ni cómodo.  "Este aspecto generalmente no aparece, a veces ni en la consulta médica, ya que está presente el pudor de hablar sobre la disminución del interés sexual. Es difícil sentirse expuestos a la mirada de los médicos", añade Jadur.
En la misma línea, el doctor Sergio Papier, director médico de Cegyr y actual presidente de Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva (SAMer), señala que la aparición de disfunciones sexuales en parejas con problemas de fertilidad es frecuente."A veces, son previos y causa de infertilidad y a veces de ponen de manifiesto o se acentuan durante los tratamientos. Si bien la  mayoría son de causa psicólogica o emocional, se deben descartar las causas orgánicas", afirma el especialista.
Aprender a sobrellevar las dificultades
Cuando una pareja consulta por la dificultad para lograr el embarazo, uno de los aspectos importantes del interrogatorio para arribar a un diagnóstico correcto es la información que puedan brindar acerca de su vida sexual.
"Existe aproximadamente un 12% de parejas que padecen infertilidad ocasionada por disfunciones sexuales, ya sea de la mujer o del varón, lo cual de algún modo obstaculiza una vida íntima regular y normal, afecta la posibilidad de embarazarse o crea situaciones que influyen en los aspectos relacionales", suma la doctora Beatriz Literat.
Entre las disfunciones más frecuentes que conspiran contra la posibilidad de lograr el embarazo, están la dificultad por parte del varón de adaptarse a los días fértiles de su mujer, situación que los hace sentirse presionados porque ese día "deben" tener actividad sexual. "En muchos casos, las disfunciones eréctiles se dan sólo durante los días de ovulación de la mujer y no durante el resto del mes", ejemplifica Literat.
Entre otras dificultades están la aneyaculación o la eyaculación demorada, que impide al varón liberar sus espermatozoides para lograr la concepción. En las mujeres, la dispaurenia (dolor en la penetración) o vaginismo (contracción involuntaria de los músculos vaginales que impide por completo la posibilidad del coito), son las más frecuentes.
"Muchas veces, existe el deseo consciente de tener hijos, pero inconscientemente hay temores no confesados, como por ejemplo la idea de tener un chico con alguna discapacidad, temor al embarazo o al parto. Otras temen perder la exclusividad que mantienen en la pareja sin hijos. Estas creencias muchas veces se manifiestan con disfunciones sexuales. Escuchando a algunas parejas en la consulta, descubrimos que se pelean justo en la fecha de la ovulación y así evitan las relaciones íntimas", detalla la doctora Literat.
Los problemas de infertilidad, y también los tratamientos, afectan la relación de pareja, especialmente en el campo de la sexualidad. "El cuerpo que se investiga para descubrir por qué no funciona adecuadamente, el que recibe medicaciones, no puede en ocasiones ser el vehículo del deseo sexual, amoroso, tierno. Pierde su capacidad  erótica y sensual -dice Jadur-. Una de las cuestiones, entonces, es cómo aceptar y reconciliarse con este cuerpo y recuperar la comunicación, la sensualidad, el contacto cariñoso de piel con piel para calmar también la angustia de estos problemas", aconseja.
Como para casi todos los problemas, siempre es posible encontrar la vuelta para resolverlo. "La mejor solución es la consulta sexológica, que permitirá a la pareja tomar conciencia de los autoboicots que se producen, a veces sin darse cuenta. Aunque concurra la mujer sola o el varón en primer lugar, se está dando un paso importante. Luego, junto con el profesional que forma parte del equipo de fertilidad, se irán creando las estrategias que permitan, en primer lugar, tomar conocimiento de sus dificultades para poder llegar a ser padres y, en segundo término, orientarlos para que puedan rapidamente poner fin a ese circulo vicioso," concluye Literat.
Como última recomendación, Jadur enfatiza: "Para concretar un embarazo, es necesario mantener una sexualidad activa. Si se la disfruta plenamente después de un tiempo entre 6 a 12 meses y no hay embarazo, vale la consulta especializada pues estaremos ante una posible dificultad".
Consultas gratuitas
Durante junio, el Mes Internacional del Cuidado de la Fertilidad, la Asociación Civil Concebir y la Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva (SAMeR), han organizado un programa de asesoramiento individual sin cargo a las parejas con problemas de fertilidad, en los centros de todo el país adheridos a SAMeR. Para acceder a este servicio, las parejas deben comunicarse con Concebir al mail: info.concebir@gmail.com
Concebir es un grupo de pacientes con trastornos en la reproducción, que quieren ser padres. Se dedica a defender los derechos reproductivos luchando por la sanción de una ley no restrictiva que regule la aplicación de técnicas de reproducción asistida, contemplando los permanentes avances científicos. Además, contribuye a la difusión de la problemática, con el fin de clarificar e informar adecuadamente a la opinión pública. Realiza campañas de divulgación y concientización para el cuidado de la salud reproductiva y sexual, para prevenir la infertilidad.
La Sociedad Argentina de Medicina Reproductiva es una asociación civil sin fines de lucro integrada por profesionales médicos, embriólogos, biólogos y psicólogos dedicados a la medicina reproductiva.
Más datos
Procrearte. Red de Medicina reproductiva y molecular.
IFER, Instituto de Ginecología y Fertilidad.
Centro de Estudios en GInecología y Reproducción (Cegyr)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quais fatores influenciam a infidelidade?


Relacionamentos sobrepostos
É comum ouvirmos dizer que os homens são mais infiéis às parceiras do que elas a eles.
Será que isso é verdade? E se a infidelidade é cometida com outra mulher, será que é matematicamente possível que os homens sejam os campeões na traição amorosa?
À primeira vista, as estatísticas não são muito favoráveis aos homens.
Em uma pesquisa feita nos Estados Unidos em 2006, a American General Social Survey, quase duas vezes mais homens do que mulheres admitiram ter tido relações sexuais com pessoas que não eram suas esposas ou maridos.
O último estudo de grande porte sobre comportamento sexual realizado na Grã-Bretanha, a National Survey of Sexual Attitudes and Lifestyles (Natsal), feita em 2000, concluiu que 15% dos homens tinham tido relacionamentos "sobrepostos" no ano anterior - em comparação com apenas 9% das mulheres.
Fazer e admitir fazer
A pesquisadora Catherine Mercer, chefe de análises do estudo Natsal, disse que a discrepância pode ser explicada, em parte, porque as mulheres estão menos inclinadas a admitir a infidelidade do que os homens.
"Não podemos observar diretamente a infidelidade, então temos de nos basear no que as pessoas nos dizem, mas sabemos que existem diferenças entre os gêneros na forma como as pessoas relatam comportamentos sexuais", disse Mercer.
Mas os números poderiam ser explicados de outra forma.
Por exemplo, a diferença entre as estatísticas para a infidelidade de homens e mulheres poderia resultar de uma situação onde um número menor de mulheres cometem adultério, porém, aquelas que são infiéis o fazem com mais frequência.
Todas as evidências do estudo Natsal, no entanto, indicam que mulheres, de maneira geral, têm menos parceiros sexuais do que os homens - e não o contrário.
Ponto de vista
Outra possível explicação para a diferença nos índices teria a ver com idade.
"Nós sabemos que, em média, os homens tendem a ser ligeiramente mais velhos do que suas parceiras mulheres", disse Mercer.
"Se você imagina um cenário onde um homem casado tem um caso com uma mulher mais jovem, que pela probabilidade tende a ser solteira, porque é mais jovem, ele teria sido infiel, mas ela não".
Se uma pessoa considera ou não que uma mulher que tem relações sexuais com um homem casado está sendo cúmplice em adultério, isso vai depender dos seus conceitos morais.
Também é importante notar que alguns relacionamentos são abertos e, em relacionamentos desse tipo, sexo com outros parceiros não seria considerado infidelidade. Mas não há flexibilidade nas estatísticas para acomodar essas nuances.
Mercer, inclusive, nem usa a palavra 'infidelidade' em sua pesquisa. Ela prefere usar termos mais neutros, como "sobreposição" ou "simultaneidade" de relacionamentos.
"Infidelidade é uma palavra tendenciosa, ao passo que pensar em sobreposição de parceiros é mais apropriado quando estamos pensando sobre o contexto epidemiológico desses dados", ela disse.
Sexo pago
Homens que pagam por sexo podem também explicar seus índices mais altos de "relacionamentos sobrepostos". O último estudo Natsal revelou que cerca de 4% dos homens tinham pago por sexo nos cinco anos anteriores.
Se partimos do pressuposto de que há um número menor de mulheres vendendo sexo do que o número de homens pagando por ele, a prostituição pode também explicar algumas das discrepâncias.
Isso também pressupõe, é claro, que muito menos mulheres pagam por sexo do que homens. Estudos anteriores não perguntaram às mulheres se elas pagam por sexo, então não há dados concretos. Mas isso será perguntado no próximo estudo Natsal.
Há uma outra falha na metodologia. Estudos anteriores não perguntaram explicitamente se os entrevistados tinham relacionamentos sobrepostos. Em vez disso, os estudos pediram as datas das primeiras e últimas relações sexuais dos entrevistados com seus parceiros mais recentes.
Com bases nas respostas, os pesquisadores analisaram as datas em busca de sobreposições. Mercer explicou que esse método pode dar a impressão de que houve infidelidade quando na verdade ela não ocorreu.
"Imagine uma situação onde um casal começa a namorar na escola, se separa e depois volta a namorar alguns anos mais tarde".
"Nesse ínterim, cada um teve outros parceiros. A data de sua primeira relação sexual ainda vai ser quando estavam na escola. A data da relação sexual mais recente bem pode ser na semana anterior. Mas as datas (de suas relações sexuais) com os outros parceiros vão indicar que foram infiéis quando na verdade não foram".
Determinantes da infidelidade
Será que algum desses estudos seria capaz de nos dizer que tipo de homem está mais propenso a ser infiel?
09/06/2012

Fiona Woods - BBC


O coordenador da pesquisa American General Social Survey, Tom Smith, identificou vários fatores.
"Entre os grupos que estão mais propensos a ser infiéis estão os menos religiosos e as pessoas que ficam separadas (da parceira ou parceiro) por longos períodos - viajando ou trabalhando longe de casa", disse Smith.
Mercer, por sua vez, disse que jovens tendem a relatar mais relacionamentos sobrepostos do que outros grupos etários.
O que nos dá o perfil da pessoa mais propensa ao crime da traição: homem jovem sem religião que passa grandes períodos longe de casa.
As dificuldades de se medir a infidelidade
Petra Boynton, psicóloga especializada em sexo e relacionamentos, explica seu ponto de vista sobre a questão.
"O primeiro problema é como você coloca a pergunta. Algumas pesquisas fazem isso de maneira acusatória.
"Em segundo lugar, quando você está falando sobre a infidelidade, o que você realmente quer dizer? As pessoas têm conceitos diferentes. Beijar é infidelidade? Algumas pessoas dizem que ver pornografia ou falar no Facebook é infidelidade.
"Quando falamos sobre relacionamentos e sexo, temos obsessão por gênero. Estabelecemos esses parâmetros fixos. Poderíamos pensar em termos de idade, ou tipo de relacionamento, ou cor do cabelo.
"Por que estamos tão interessados em dizer que homens são mais infiéis do que mulheres? Por que tem de ser um ou o outro? E por que falar sobre isso? Essas questões nos remetem ao estereótipo negativo de que os homens são mais sexuais, mais promíscuos e menos confiáveis. E de que as mulheres são mais virtuosas.
É bem possível que homens exagerem e que mulheres minimizem (sua infidelidade). Historicamente, tem sido perigoso, às vezes, para as mulheres, admitir infidelidade. E em algumas partes do mundo esse ainda é o caso - para homens e mulheres."