Quem as mulheres desejam?
Não basta ser rico e bonito. O homem do século XXI precisa de atributos como fidelidade, inteligência, coragem e... talento para fazer massagens nos pés
Num passado não muito distante, o marido dos sonhos era um cara honesto, razoavelmente fiel, bom pai e que não deixava faltar nada em casa. A esposa, por sua vez, cumpria o outro lado do acordo social vigente: cuidava dos filhos, preparava o jantar e esperava a volta do amado para casa, com o avental todo sujo de ovo. s Hoje essa Amélia não existe mais. Porém, ao buscar um companheiro, a mulher moderna ainda sonha com algumas qualidades desejadas por suas avós – acrescentadas de uma longa lista de novas exigências.
Em fevereiro, a pedido de ÉPOCA, o instituto de pesquisas da mulher Sophia Mind aplicou uma enquete para saber qual dos homens famosos encarnaria esse sujeito dos sonhos. O ator Wagner Moura obteve o primeiro lugar, com 37,5% dos votos. Fora das telas, Moura é casado e pouco aparece nas revistas de celebridades – muitas de suas aparições, aliás, são flagras de passeios com o filho pequeno. O mesmo instituto de pesquisas ouviu, recentemente, 666 mulheres, casadas e solteiras, sobre as características essenciais do macho perfeito. Fiel, inteligente, atencioso e sincero estão entre os predicados mais citados. A fidelidade, aliás, é a top das virtudes, tanto para as solteiras (35%) quanto para as casadas (34%).
Fica claro, por essas pesquisas, que o homem ideal, modelo século XXI, é um pacote completo, que alia proteção, afeto e satisfação. A antropóloga Mirian Goldenberg acredita, aliás, que a lista de demandas femininas se tornou excessiva. Segundo a pesquisadora, é impossível satisfazê-la. Se há cinco décadas as mulheres queriam apenas segurança e uma família, agora elas querem tudo isso – mais cumplicidade, afinidade intelectual, romance e massagem nos pés. “Elas querem um bonitão bom de cama e, de preferência, fiel”, diz Mirian. Ela pesquisou 835 mulheres e homens para o livro Por que os homens e as mulheres traem, lançado em 2010, e descobriu o homem ideal das brasileiras em 2011: fiel, sincero, honesto, corajoso, alegre e rico – nessa ordem.
Parece demais? Pois pode ser ainda pior. Uma pesquisa com estudantes da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, concluiu que o ideal de homem para a maioria das garotas é... Jesus Cristo, seguido por Martin Luther King. Quem disse que os padrões de exigência moral estão caindo?
A beleza dos galãs de novelas, por outro lado, parece não estar na lista de prioridade das mulheres. “Homem bonito? Isso é uma bobagem!”, diz a escritora Danuza Leão, de 76 anos. Para a ex-modelo, socialite e escritora, o padrão de príncipe encantado com barriga tanquinho é totalmente ilusório. “Isso é coisa de gente que vê novela, vai ao cinema e só tem isso como parâmetro”, afirma. Danuza fala com o conhecimento de quem passou por três casamentos e diversos romances, ao longo de uma vida rica agitada. “Jamais tive um namorado gato. Meus maridos foram todos feios, inteligentes e interessantes”, diz.
O ator Eriberto Leão, de 38 anos, galã da novela Insensato coração, descarta a beleza como principal atributo do homem perfeito. Campeão de cartas de telespectadores da TV Globo, ele tem olhos verdes enigmáticos, corpo malhado e oito novelas no currículo. “Um homem que lê e tem opiniões essenciais sobre a vida chama a atenção das mulheres”, afirma. Casado há cinco anos e pai há menos de um mês, ele defende a fidelidade – o mais valorizado dos atributos masculinos, segundo as mulheres. “Ser fiel é uma escolha que dá força na vida”, diz. Eriberto acredita que postura intelectual, caráter sólido e virilidade são as virtudes que definem um homem. “A beleza desaparece na primeira meia hora de conversa”, diz ele.
No livro Histórias íntimas – Sexualidade e erotismo na história do Brasil, que será lançado em abril, a historiadora Mary Lucy del Priore dedica um capítulo à transformação masculina – do tipo “almofadinha” ao perfil “Tarzan”. Mary explica que na fase almofadinha o homem moderno construiu uma masculinidade não mais fundada apenas na coragem e na honra, como no passado, quando era obrigado a pegar em armas para defender seu lar. A versão Tarzan surgiu recentemente, forjada pela exibição corporal masculina na mídia e nas praias. “A masculinidade foi reelaborada em contraste com a feminilidade”, afirma Mary. Isso encerra a transformação masculina? Não exatamente. Tudo sugere que o modelo “macho 2011” exige manter a virilidade e caprichar na aparência, mas incorporando, obrigatoriamente, a ternura. Não vai ser fácil...
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI215607-15228,00.html
sexta-feira, 13 de maio de 2011
10 alimentos para aumentar a contagem de esperma
10 alimentos para aumentar a contagem de esperma
18:20, 28/04/2011 LAURA LOPES
Você e sua mulher querem engravidar e não conseguem? Se o problema for a baixa contagem de espermatozóide do homem, a Ask Men indica uma solução: alimentos que ajudam a aumentar a quantidade de gametas masculinos. Segundo o site, novas pesquisas mostraram que cerca de 90% dos problemas de infertilidade masculina são causados pela incapacidade de produzir espermatozóides o suficiente para a fecundação. Os 10 alimentos abaixo têm sido alvo de pesquisas científicas e provaram ser bons na luta contra esse tipo de infertilidade. Só não pode exagerar no alho, senão ninguém vai querer ficar perto de você, muito menos com fins reprodutivos… rs
• Leia mais sobre pesquisas
• Leia mais sobre gravidez
• Leia o último post: Sex shop inglês vende kit lua-de-mel do casamento real que vem até com pato vibrador
Você aumentaria o consumo deles para conseguir engravidar sua parceira? Comente e siga o Sexpedia no Twitter
• Ostra
• Chocolate amargo
• Maca (nunca tinha ouvido falar, é uma planta peruana)
• Banana
• Aspargo
• Nozes
• Semente de abóbora
• Ginseng
• Alho
• Goji berries ou wolfberries (frutinha da China)
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/#post-1770
18:20, 28/04/2011 LAURA LOPES
Você e sua mulher querem engravidar e não conseguem? Se o problema for a baixa contagem de espermatozóide do homem, a Ask Men indica uma solução: alimentos que ajudam a aumentar a quantidade de gametas masculinos. Segundo o site, novas pesquisas mostraram que cerca de 90% dos problemas de infertilidade masculina são causados pela incapacidade de produzir espermatozóides o suficiente para a fecundação. Os 10 alimentos abaixo têm sido alvo de pesquisas científicas e provaram ser bons na luta contra esse tipo de infertilidade. Só não pode exagerar no alho, senão ninguém vai querer ficar perto de você, muito menos com fins reprodutivos… rs
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Acessório conta quantas calorias você gasta na relação sexual
Acessório conta quantas calorias você gasta na relação sexual
Pára o mundo que eu quero descer!!!! (“pára” não tem mais acento, mas eu não consigo escrever sem)
Essa notícia vai doer no ouvido de quem odeia escutar notícias que dizem que sexo emagrece, e que você deve praticá-lo para diminuir a pança. Pois é… Que ele queima calorias, todo mundo sabe. Agora será possível contá-las!! A-há!
O Sex Counter é um anel peniano que, além das funções básicas de um objeto como este (retarda a ejaculação e estimula testículos e clitóris), conta o número de penetrações, o tempo gasto na relação e informa a quantidade de calorias suadas baseado no número de penetrações por minuto. O minivibrador é descartável e dura cerca de 40 minutos.
Bom, se você faz sexo por prazer (o que é sempre mais gostoso), esse aparelhinho pode ao menos matar sua curiosidade para saber quantas calorias você gasta na cama, ou quantos vai-e-véns você aguenta. Mas, se você é paranóico e conta cada caloria que ingere, vai gostar de ter o Sex Counter. Eu achei meio grandalhão demais… Custa R$ 49,90 na Loja do Prazer.
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/#post-1770
Pára o mundo que eu quero descer!!!! (“pára” não tem mais acento, mas eu não consigo escrever sem)
Essa notícia vai doer no ouvido de quem odeia escutar notícias que dizem que sexo emagrece, e que você deve praticá-lo para diminuir a pança. Pois é… Que ele queima calorias, todo mundo sabe. Agora será possível contá-las!! A-há!
O Sex Counter é um anel peniano que, além das funções básicas de um objeto como este (retarda a ejaculação e estimula testículos e clitóris), conta o número de penetrações, o tempo gasto na relação e informa a quantidade de calorias suadas baseado no número de penetrações por minuto. O minivibrador é descartável e dura cerca de 40 minutos.
Bom, se você faz sexo por prazer (o que é sempre mais gostoso), esse aparelhinho pode ao menos matar sua curiosidade para saber quantas calorias você gasta na cama, ou quantos vai-e-véns você aguenta. Mas, se você é paranóico e conta cada caloria que ingere, vai gostar de ter o Sex Counter. Eu achei meio grandalhão demais… Custa R$ 49,90 na Loja do Prazer.
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Acessório sadomaso: você usaria (mesmo sem ser adepto do fetiche)?
Acessório sadomaso: você usaria (mesmo sem ser adepto do fetiche)?
17:22, 9/05/2011 LAURA LOPES
É uma pergunta retórica, eu sei. Se você curte sadismo, é óbvio que vai aceitar usar na boa. Mas alguns acessórios de fetiche sadomasoquista – talvez os mais lights – podem despertar interesse no sujeito que não curte apanhar, mas gosta de uma dorzinha, um puxãozinho no cabelo, ou uma palmadinha de leve. Tem até uma empresa – a Eva Toys – que resolveu investir em embalagens com imagens de demonstração de seus produtos, para mostrar ao potencial comprador como usar tal acessório. É para diminuir o preconceito, que já é enorme em relação ao sexo, imagine em relação ao fetichista? A empresa adotou o modelo dos Estados Unidos e Europa de caixas com fotos e informações sobre os produtos.
Voltando à pergunta inicial: você usaria acessórios sadomasos sem ser adepto desse fetiche? Olha, confesso que tem vários produtos bem tranquilinhos, até pueris. Caso de algemas com pelúcia, ou máscara de tiazinha, ou ainda, vendas ou chicotinho… Só que navegando no site da SexToys (vocês já perceberam que eu adooooro essa loja virtual, né?), encontrei uma máscara que é feia que dói. Sério. Tem gosto pra tudo, só que essa aí é pra lá de esquisita, e deve machucar muito o nariz (o meu é precioso, ninguém coloca a mão!). Esse trem custa £ 32 (+- R$ 85), não é baratinho, não, principalmente se você pensar nos preços praticados em sex shops da Inglaterra (muito mais baixos que os daqui). Gostei não.
Tem umas máscaras para homens que são meio Jason de Sexta-feira 13. Elas são bem típicas do sadomaso, mas eu também acho estranhas. Aliás, acabei de reparar no nome do produto: Fetish Fantasy Extreme Freaky Jason Mask, algo como máscara fantasia-fetiche Jason extremo-grotesco. Ou alguma coisa exagerada assim. Acho meio apavorante fazer sexo com um homem que usa máscara de assassino. Mas minha opinião não vale nada. O que você pensa a respeito desses acessórios “bondage”?
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/2011/05/09/acessorio-sadomaso-voce-usaria-mesmo-sem-ser-adepto-do-fetiche/
17:22, 9/05/2011 LAURA LOPES
É uma pergunta retórica, eu sei. Se você curte sadismo, é óbvio que vai aceitar usar na boa. Mas alguns acessórios de fetiche sadomasoquista – talvez os mais lights – podem despertar interesse no sujeito que não curte apanhar, mas gosta de uma dorzinha, um puxãozinho no cabelo, ou uma palmadinha de leve. Tem até uma empresa – a Eva Toys – que resolveu investir em embalagens com imagens de demonstração de seus produtos, para mostrar ao potencial comprador como usar tal acessório. É para diminuir o preconceito, que já é enorme em relação ao sexo, imagine em relação ao fetichista? A empresa adotou o modelo dos Estados Unidos e Europa de caixas com fotos e informações sobre os produtos.
Voltando à pergunta inicial: você usaria acessórios sadomasos sem ser adepto desse fetiche? Olha, confesso que tem vários produtos bem tranquilinhos, até pueris. Caso de algemas com pelúcia, ou máscara de tiazinha, ou ainda, vendas ou chicotinho… Só que navegando no site da SexToys (vocês já perceberam que eu adooooro essa loja virtual, né?), encontrei uma máscara que é feia que dói. Sério. Tem gosto pra tudo, só que essa aí é pra lá de esquisita, e deve machucar muito o nariz (o meu é precioso, ninguém coloca a mão!). Esse trem custa £ 32 (+- R$ 85), não é baratinho, não, principalmente se você pensar nos preços praticados em sex shops da Inglaterra (muito mais baixos que os daqui). Gostei não.
Tem umas máscaras para homens que são meio Jason de Sexta-feira 13. Elas são bem típicas do sadomaso, mas eu também acho estranhas. Aliás, acabei de reparar no nome do produto: Fetish Fantasy Extreme Freaky Jason Mask, algo como máscara fantasia-fetiche Jason extremo-grotesco. Ou alguma coisa exagerada assim. Acho meio apavorante fazer sexo com um homem que usa máscara de assassino. Mas minha opinião não vale nada. O que você pensa a respeito desses acessórios “bondage”?
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/2011/05/09/acessorio-sadomaso-voce-usaria-mesmo-sem-ser-adepto-do-fetiche/
Segunda edição de livro sobre swing será lançada no sábado no Rio
Segunda edição de livro sobre swing será lançada no sábado no Rio
15:59, 12/05/2011 LAURA LOPES
O Rio de Janeiro está cada vez apimentado. Talvez seja o destino mais “caliente” do Brasil, e nem estou falando dos 40 graus que marcam os termômetros de lá… Primeiro uma feira erótica com várias “estações” de diversão adulta marcada para o fim de maio. Agora, o lançamento da segunda edição, revista e atualizada, do primeiro livro sobre swing publicado no Brasil! A primeira edição é de 2002, e parece que, de lá pra cá, o autor, Marcos Entrenós, colheu mais dados e informações sobre o tema.
O pré-lançamento de Um casal entre nós, da editora Livro Pronto, será no sábado, dia 14, na boate para casais 2A2, em Copacabana. Marcos Entrenós (parece que o título do livro não é gratuito), aliás, é sócio da boate e criador do Circuito Nacional das Melhores Boates Exclusivas para Casais Liberais do Brasil e do Festival Carioca de StripTease Amador. Pelas credenciais, o cara entende do babado.
A reunião do material para o livro veio quase que naturalmente: ele falou com mais de 10 mil pessoas comprometidas e promoveu festas para casais durante 16 anos. No livro, Marcos defende o swing como tendência de comportamento, dá dicas para apimentar a vida de casais adultos e conta casos que presenciou por mais de 15 anos de vivência nesse universo. A nova edição (R$ 29,90) tem 30 páginas a mais, com novas histórias, além de uma comparação entre o swing do passado e do presente. Mas ainda não foram divulgados os pontos de venda.
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/2011/05/12/segunda-edicao-de-livro-sobre-swing-sera-lancada-no-sabado-no-rio/
15:59, 12/05/2011 LAURA LOPES
O Rio de Janeiro está cada vez apimentado. Talvez seja o destino mais “caliente” do Brasil, e nem estou falando dos 40 graus que marcam os termômetros de lá… Primeiro uma feira erótica com várias “estações” de diversão adulta marcada para o fim de maio. Agora, o lançamento da segunda edição, revista e atualizada, do primeiro livro sobre swing publicado no Brasil! A primeira edição é de 2002, e parece que, de lá pra cá, o autor, Marcos Entrenós, colheu mais dados e informações sobre o tema.
O pré-lançamento de Um casal entre nós, da editora Livro Pronto, será no sábado, dia 14, na boate para casais 2A2, em Copacabana. Marcos Entrenós (parece que o título do livro não é gratuito), aliás, é sócio da boate e criador do Circuito Nacional das Melhores Boates Exclusivas para Casais Liberais do Brasil e do Festival Carioca de StripTease Amador. Pelas credenciais, o cara entende do babado.
A reunião do material para o livro veio quase que naturalmente: ele falou com mais de 10 mil pessoas comprometidas e promoveu festas para casais durante 16 anos. No livro, Marcos defende o swing como tendência de comportamento, dá dicas para apimentar a vida de casais adultos e conta casos que presenciou por mais de 15 anos de vivência nesse universo. A nova edição (R$ 29,90) tem 30 páginas a mais, com novas histórias, além de uma comparação entre o swing do passado e do presente. Mas ainda não foram divulgados os pontos de venda.
http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/2011/05/12/segunda-edicao-de-livro-sobre-swing-sera-lancada-no-sabado-no-rio/
Nova camisinha promete prolongar ereção
09.05.11 | 18h00
Nova camisinha promete prolongar ereção
O preservativo vem com um gel vasodilatador; a substância é parecida com a do Viagra
REVISTA ÉPOCA
Não é incomum que, ao parar as carícias para colocar a camisinha, alguns homens sofram para recuperar o entusiasmo. Se isso acontece de vez em quando com homens que não têm disfunção erétil, dá para imaginar o desconforto de quem tem esse problema na hora de usar o preservativo.
Nem precisava de estudo para saber, mas uma pesquisa mostrou que homens que têm dificuldade para manter uma ereção usam menos camisinha - e se arriscam mais no sexo.
Para incentivar esses homens a ter relações seguras, uma empresa britânica criou a "camisinha-Viagra", como foi apelidada. Trata-se de um preservativo comum que vem recheada de gel vasodilatador.
e outros medicamentos similares, mas tem uso tópico e local.
O produto, cujo nome oficial é CSD500 (nada sexy, para dizer o mínimo), aumenta a circulação sanguínea no pênis, o que ajuda a ter uma ereção melhor e mais longa. Segundo os estudos clínicos, os voluntários experimentaram ereções mais duradouras e um aumento do tamanho do pênis. Para quem se animou com o segundo efeito da "camisinha-Viagra", os fabricantes alertam: o produto é destinado apenas para quem tem disfunção erétil, não para uso recreacional.
A camisinha está em fase final de aprovação para comercialização e deve começar a ser vendida no fim do ano na Europa. Os planos para expandir para outros mercados, como Estados Unidos, ainda não foram anunciados.
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=7&idnot=50132
Nova camisinha promete prolongar ereção
O preservativo vem com um gel vasodilatador; a substância é parecida com a do Viagra
REVISTA ÉPOCA
Não é incomum que, ao parar as carícias para colocar a camisinha, alguns homens sofram para recuperar o entusiasmo. Se isso acontece de vez em quando com homens que não têm disfunção erétil, dá para imaginar o desconforto de quem tem esse problema na hora de usar o preservativo.
Nem precisava de estudo para saber, mas uma pesquisa mostrou que homens que têm dificuldade para manter uma ereção usam menos camisinha - e se arriscam mais no sexo.
Para incentivar esses homens a ter relações seguras, uma empresa britânica criou a "camisinha-Viagra", como foi apelidada. Trata-se de um preservativo comum que vem recheada de gel vasodilatador.
e outros medicamentos similares, mas tem uso tópico e local.
O produto, cujo nome oficial é CSD500 (nada sexy, para dizer o mínimo), aumenta a circulação sanguínea no pênis, o que ajuda a ter uma ereção melhor e mais longa. Segundo os estudos clínicos, os voluntários experimentaram ereções mais duradouras e um aumento do tamanho do pênis. Para quem se animou com o segundo efeito da "camisinha-Viagra", os fabricantes alertam: o produto é destinado apenas para quem tem disfunção erétil, não para uso recreacional.
A camisinha está em fase final de aprovação para comercialização e deve começar a ser vendida no fim do ano na Europa. Os planos para expandir para outros mercados, como Estados Unidos, ainda não foram anunciados.
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=7&idnot=50132
“Há mulheres que continuam a viver o amor e o sexo como no tempo de Salazar”
A escritora e jornalista Isabel Freire falou sobre o seu novo livro na Póvoa de Santa Iria
“Há mulheres que continuam a viver o amor e o sexo como no tempo de Salazar”
Muitas mulheres da época da liberdade vivem o amor e o sexo como no tempo de Salazar. Quem o diz é a autora do livro sobre a vida privada em pleno Estado Novo. A obra “Amor e Sexo no tempo de Salazar”, da autoria da escritora e jornalista Isabel Freire, foi apresentada no sábado à tarde na biblioteca da Quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. O MIRANTE esteve à conversa com a escritora.
O seu livro intitula-se “Amor e sexo no tempo de Salazar”. Esse cinzentismo terá sido sentido por todas as mulheres? Mesmo as mulheres operárias na cintura industrial de Vila Franca de Xira, por exemplo, mais emancipadas?
Fiquei espantada com o que concluíram dois historiadores que se debruçaram sobre os contextos de início do século no que se refere às questões da sexualidade. As mulheres que experienciaram vidas mais repressivas do ponto de vista dos afectos e da sexualidade eram mulheres da pequena e média burguesia. Tanto as mulheres operárias quanto as mulheres da alta burguesia e aristocracia tinham nos seus contextos sociais menor repressão.
De alguma forma conseguiam ter mais independência…
No caso das mulheres operárias temos alguma emancipação que é feita também pelo trabalho e eventualmente um peso menor da religião católica que era muito pesada no contexto da burguesia. A mocidade portuguesa feminina actua sobretudo nas escolas onde estão as meninas da pequena e média burguesia.
Nesta sociedade emancipada em que lugar ficam os homens hoje em dia?
A emancipação não está feita.
Quando é que a emancipação será feita?
Quando as mulheres conseguirem afastar do seu quotidiano uma série de questões que vêm lá de trás - que teoricamente estão ultrapassadas - mas na prática não estão. O país é muito diverso mas há muitas mulheres que continuam a estar inseridas num contexto de moralidade que outros tempos.
Continuam a viver como muitas do tempo de Salazar?
Desde logo as que vêm dos anos 50, que têm agora 70 e 80 anos e que fazem parte da nossa sociedade e portanto têm que ser contadas. Depois muitas das filhas destas mulheres não encontraram contexto de libertação nos meios onde viveram. Encontramos raparigas de 30 anos com uma vida que se afasta deste contexto mas temos mulheres de 30 anos que ainda se queixam de desigualdade na relação, na vida doméstica e no trabalho. Esse trabalho demora tempo a fazer na medida em que estamos a faze-lo há várias décadas. Também é preciso que haja mudança no sexo masculino. Há homens feministas no nosso país. Há outros, a comunidade gay, por exemplo, que desejam que este padrão de masculinidade que vem dos anos 50 desapareça de vez. Outros homens heterosexuais que também não se revêm neste padrão.
As mulheres gostarão desses homens sem a exacerbada masculinidade, ligeiramente efeminados a partilhar as tarefas domésticas? Há quem ache que isso tira a masculinidade…
Haverá sempre gostos para tudo e ainda bem. Uma mulher pode ter um marido que partilha as tarefas domésticas mas mesmo assim sensibilizar-se por um padrão de masculinidade diferente…
Já foi acusada de estar muito direccionada para as questões do sexo e do feminismo?
A imprensa fala de sexo todos os dias. A televisão fala de sexo todos os dias. O cinema fala de sexo todos os dias. Indirectamente. Eu tento falar de sexualidade de uma forma responsável e relevante. Talvez haja ainda um pouco de preconceito como se este fosse um assunto menor mas a verdade é que temos hoje teóricos da sociologia, sexologia e filósofos que colocam a sexualidade como um aspecto central na formação indentitária do indivíduo. Ainda que possa ser visto como um assunto menor a verdade é que do ponto de vista académico o tema já é reconhecidamente um assunto de alto interesse para compreender a noss contemporaneidade e a nossa forma de vida.
O que mais falta fazer para a emancipação?
O padrão da domescicidade feminina era tão forte que foi muito pouco abalado na evolução dos tempos. Acredito que algumas mulheres e homens já têm esta questão completamente resolvida. O padrão da maternidade feminina deve ser horroroso para os homens. Muitas vezes à partida a maternidade é da mãe. Para muitos homens que querem participar activamente na educação dos filhos para muitos isso também é um paradigma a destruir. Eles querem participar. Querem ser pais. Há desigualdades ainda no que diz respeito à organização familiar. A educação dos filhos e a divisão das tarefas domésticas são as questões centrais dessa desigualdade.
Com isto a atenção dada aos filhos fica em causa.
Isso parte do princípio de que a educação tem que ser dada pela mãe. A mulher trabalha as mesmas horas. A educação das crianças é fundamental nos tempos em que vivemos. Há cada vez menos tempo e isso é terrível. O stress, a falta de tempo, a correria louca, esta incerteza em que vivemos é péssima para a afectividade e sexualidade conjugal. O ócio, o tempo, são ingredientes fundamentais da sexualidade e do prazer. Nós às vezes chegamos a casa como trabalho aceso na cabeça e daqui a nada já estamos outra vez com a cabeça acesa no trabalho.
É por isso que muitos casamentos não resultam?
Entre muitos aspectos relevantes certamente esta questão – colocada em muitos estudos – de certeza que é relevante.
E os excessos de liberdade? Onde é que fica aqui a “moralidade”?
Acho que a gente não quer mais moralidade. A moralidade tem que ser construída no respeito pelo outro em primeiro lugar. Por isso é que se fala muito em relações consensuais e exercidas num contexto de liberdade? Acho que essa é que é a moralidade essencial. É perfeitamente imoral que alguém venha dizer que uma pessoa não se pode relacionar com outra pessoa de outro sexo porque essa pessoa acha que tem moral.
O que é imoral?
Acho que absolutamente imoral o abuso sexual. Acho imoral que não existam mais organismos atentos à questão do abuso. Aqui estamos a falar de uma relação desigual, não consentida, de uma violência. Temos assédio sexual intra e extra familiar que nunca chega a ser identificado. Crianças que crescem na agonia dessas vivências horrosas. Acho que é imoral que o Estado não se empenhe mais em prevenir esta problemática e em ajudar as pessoas que são vítimas a poder saneá-la. Há quatro ou cinco anos vi uma campanha em Berlim que dizia “Se você tem fantasiaas eróticas com crianças por favor ligue para esse número. Isto é prevenção. Pode ter uma fantasia com uma criança e nunca chegar à prática mas isso pode acontecer. O Estado estava a adiantar-se a isso e a pedir-lhes que ligassem. Se me pergunta se é imoral fazer swing ou ser poliamorosa respondo que imoral é impor ao outro uma lógica com a qual não a pessoa não concorda. Este é um espaço de construção individual e liberdade.
Antes de ir fazer o aborto as mulheres iam à cabeleireira
Na investigação que fez o que mais a chocou?
Muita coisa. Chocou-me imenso a questão do parto, por exemplo. O sexo estava muito associado à gravidez, à reprodução e também muitas vezes à morte. Havia muitas mulheres e crianças a morrer durante o parto tendo em conta as condições em que se faziam. O aborto era comum.
O aborto era o método contraceptivo?
O aborto era praticamente a forma de resolver o problema. Entrevistei uma senhora que me disse: “já nem me lembro quantos fiz”. A maior parte das pessoas ignoravam as possibilidades contraceptivas que existiam e que eram falíveis. O coito interrompido era a regra. Algumas tinham 10 filhos. Outras tinham 10 abortos, aquelas que tinham dinheiro para pagar à ‘fazedora de anjos’, à abortadeira. Uma médica disse-me que a Maternidade da Estefânia era o único hospital que abria as portas às mulheres que chegavam com complicações do aborto. Havia hospitais que as mandavam de volta. O aborto sim é que era tabu. Antes de ir fazer o aborto as mulheres iam primeiro à cabeleireira para não levantar desconfianças. Tinha saído de casa porquê? O controlo social era horrível e foi também uma coisa que me chocou. O cabeleireiro era razão para sair de casa e lá estar duas ou três horas.
Hoje em dia existem outros meios e muitas mulheres continuam a fazer muitos abortos nos hospitais. Justifica-se?
Por que é que tens gravidez na adolescência hoje em dia? Por que é que tens infecções pelo VIH tremendas em todas as faixas etárias e também na juventude? Alguma coisa não está a correr bem. Porquê penalizar só o aborto? Isto é sintoma de como a evolução e aparente liberdade está assente sobre uma coisa muito frágil. Tens muitos professores com competências para dar educação sexual nas escolas que estão à nora e sentem que não foram formados, têm dúvidas e gostavam de ser orientados. Já se começou a falar de educação sexual há 40 anos. A Suécia começou a fazê-lo nos anos 40. Estamos em 2011 mas os professores andam ainda a tentar perceber “como, o quê e onde” conscientes de que não foram formados para isso e que têm os seus próprios preconceitos. Há muito trabalho a fazer.
Coscuvilhar como era a sexualidade no tempo dos pais
“Amor e Sexo no Tempo de Salazar” é o título do livro de Isabel Freire que afasta a cortina alta, espessa e pesada que rodeou o amor e a sexualidade nos anos 50 e apresenta um livro original e surpreendente que desvenda e explora o mundo dos sentimentos no tempo de Salazar.
Isabel Freire, 39 anos, alentejana, actualmente radicada em Lisboa, confessa que foi procurar como era vivida a sexualidade no tempo dos pais que têm hoje 70 anos. O sexo como tabu e a repressão a que eram sujeitas as mulheres são temas reflectidos no livro escrito com base em dezenas de entrevistas com a linguagem leve de quem domina a técnica jornalística.
“É preciso não esquecer que o sexo com as meninas das nossas relações estava proibido. Não existia. Só que ao rapaz era exigida a aprendizagem das artes da sexualidade, antes de casar. Por isso, havia apenas duas soluções. Ou era encaminhado pelo pai ou outro educador (um tio, um irmão), para uma casa de meninas, onde se pagavam os serviços sexuais à prostitua, ou iniciava a sua vida sexual com alguém de classe inferior, a criada, que não tinha direito a dizer não”, que era um objecto que não sentia uma pessoa”, lê-se na obra.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=495&id=74327&idSeccao=8056&Action=noticia
“Há mulheres que continuam a viver o amor e o sexo como no tempo de Salazar”
Muitas mulheres da época da liberdade vivem o amor e o sexo como no tempo de Salazar. Quem o diz é a autora do livro sobre a vida privada em pleno Estado Novo. A obra “Amor e Sexo no tempo de Salazar”, da autoria da escritora e jornalista Isabel Freire, foi apresentada no sábado à tarde na biblioteca da Quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. O MIRANTE esteve à conversa com a escritora.
O seu livro intitula-se “Amor e sexo no tempo de Salazar”. Esse cinzentismo terá sido sentido por todas as mulheres? Mesmo as mulheres operárias na cintura industrial de Vila Franca de Xira, por exemplo, mais emancipadas?
Fiquei espantada com o que concluíram dois historiadores que se debruçaram sobre os contextos de início do século no que se refere às questões da sexualidade. As mulheres que experienciaram vidas mais repressivas do ponto de vista dos afectos e da sexualidade eram mulheres da pequena e média burguesia. Tanto as mulheres operárias quanto as mulheres da alta burguesia e aristocracia tinham nos seus contextos sociais menor repressão.
De alguma forma conseguiam ter mais independência…
No caso das mulheres operárias temos alguma emancipação que é feita também pelo trabalho e eventualmente um peso menor da religião católica que era muito pesada no contexto da burguesia. A mocidade portuguesa feminina actua sobretudo nas escolas onde estão as meninas da pequena e média burguesia.
Nesta sociedade emancipada em que lugar ficam os homens hoje em dia?
A emancipação não está feita.
Quando é que a emancipação será feita?
Quando as mulheres conseguirem afastar do seu quotidiano uma série de questões que vêm lá de trás - que teoricamente estão ultrapassadas - mas na prática não estão. O país é muito diverso mas há muitas mulheres que continuam a estar inseridas num contexto de moralidade que outros tempos.
Continuam a viver como muitas do tempo de Salazar?
Desde logo as que vêm dos anos 50, que têm agora 70 e 80 anos e que fazem parte da nossa sociedade e portanto têm que ser contadas. Depois muitas das filhas destas mulheres não encontraram contexto de libertação nos meios onde viveram. Encontramos raparigas de 30 anos com uma vida que se afasta deste contexto mas temos mulheres de 30 anos que ainda se queixam de desigualdade na relação, na vida doméstica e no trabalho. Esse trabalho demora tempo a fazer na medida em que estamos a faze-lo há várias décadas. Também é preciso que haja mudança no sexo masculino. Há homens feministas no nosso país. Há outros, a comunidade gay, por exemplo, que desejam que este padrão de masculinidade que vem dos anos 50 desapareça de vez. Outros homens heterosexuais que também não se revêm neste padrão.
As mulheres gostarão desses homens sem a exacerbada masculinidade, ligeiramente efeminados a partilhar as tarefas domésticas? Há quem ache que isso tira a masculinidade…
Haverá sempre gostos para tudo e ainda bem. Uma mulher pode ter um marido que partilha as tarefas domésticas mas mesmo assim sensibilizar-se por um padrão de masculinidade diferente…
Já foi acusada de estar muito direccionada para as questões do sexo e do feminismo?
A imprensa fala de sexo todos os dias. A televisão fala de sexo todos os dias. O cinema fala de sexo todos os dias. Indirectamente. Eu tento falar de sexualidade de uma forma responsável e relevante. Talvez haja ainda um pouco de preconceito como se este fosse um assunto menor mas a verdade é que temos hoje teóricos da sociologia, sexologia e filósofos que colocam a sexualidade como um aspecto central na formação indentitária do indivíduo. Ainda que possa ser visto como um assunto menor a verdade é que do ponto de vista académico o tema já é reconhecidamente um assunto de alto interesse para compreender a noss contemporaneidade e a nossa forma de vida.
O que mais falta fazer para a emancipação?
O padrão da domescicidade feminina era tão forte que foi muito pouco abalado na evolução dos tempos. Acredito que algumas mulheres e homens já têm esta questão completamente resolvida. O padrão da maternidade feminina deve ser horroroso para os homens. Muitas vezes à partida a maternidade é da mãe. Para muitos homens que querem participar activamente na educação dos filhos para muitos isso também é um paradigma a destruir. Eles querem participar. Querem ser pais. Há desigualdades ainda no que diz respeito à organização familiar. A educação dos filhos e a divisão das tarefas domésticas são as questões centrais dessa desigualdade.
Com isto a atenção dada aos filhos fica em causa.
Isso parte do princípio de que a educação tem que ser dada pela mãe. A mulher trabalha as mesmas horas. A educação das crianças é fundamental nos tempos em que vivemos. Há cada vez menos tempo e isso é terrível. O stress, a falta de tempo, a correria louca, esta incerteza em que vivemos é péssima para a afectividade e sexualidade conjugal. O ócio, o tempo, são ingredientes fundamentais da sexualidade e do prazer. Nós às vezes chegamos a casa como trabalho aceso na cabeça e daqui a nada já estamos outra vez com a cabeça acesa no trabalho.
É por isso que muitos casamentos não resultam?
Entre muitos aspectos relevantes certamente esta questão – colocada em muitos estudos – de certeza que é relevante.
E os excessos de liberdade? Onde é que fica aqui a “moralidade”?
Acho que a gente não quer mais moralidade. A moralidade tem que ser construída no respeito pelo outro em primeiro lugar. Por isso é que se fala muito em relações consensuais e exercidas num contexto de liberdade? Acho que essa é que é a moralidade essencial. É perfeitamente imoral que alguém venha dizer que uma pessoa não se pode relacionar com outra pessoa de outro sexo porque essa pessoa acha que tem moral.
O que é imoral?
Acho que absolutamente imoral o abuso sexual. Acho imoral que não existam mais organismos atentos à questão do abuso. Aqui estamos a falar de uma relação desigual, não consentida, de uma violência. Temos assédio sexual intra e extra familiar que nunca chega a ser identificado. Crianças que crescem na agonia dessas vivências horrosas. Acho que é imoral que o Estado não se empenhe mais em prevenir esta problemática e em ajudar as pessoas que são vítimas a poder saneá-la. Há quatro ou cinco anos vi uma campanha em Berlim que dizia “Se você tem fantasiaas eróticas com crianças por favor ligue para esse número. Isto é prevenção. Pode ter uma fantasia com uma criança e nunca chegar à prática mas isso pode acontecer. O Estado estava a adiantar-se a isso e a pedir-lhes que ligassem. Se me pergunta se é imoral fazer swing ou ser poliamorosa respondo que imoral é impor ao outro uma lógica com a qual não a pessoa não concorda. Este é um espaço de construção individual e liberdade.
Antes de ir fazer o aborto as mulheres iam à cabeleireira
Na investigação que fez o que mais a chocou?
Muita coisa. Chocou-me imenso a questão do parto, por exemplo. O sexo estava muito associado à gravidez, à reprodução e também muitas vezes à morte. Havia muitas mulheres e crianças a morrer durante o parto tendo em conta as condições em que se faziam. O aborto era comum.
O aborto era o método contraceptivo?
O aborto era praticamente a forma de resolver o problema. Entrevistei uma senhora que me disse: “já nem me lembro quantos fiz”. A maior parte das pessoas ignoravam as possibilidades contraceptivas que existiam e que eram falíveis. O coito interrompido era a regra. Algumas tinham 10 filhos. Outras tinham 10 abortos, aquelas que tinham dinheiro para pagar à ‘fazedora de anjos’, à abortadeira. Uma médica disse-me que a Maternidade da Estefânia era o único hospital que abria as portas às mulheres que chegavam com complicações do aborto. Havia hospitais que as mandavam de volta. O aborto sim é que era tabu. Antes de ir fazer o aborto as mulheres iam primeiro à cabeleireira para não levantar desconfianças. Tinha saído de casa porquê? O controlo social era horrível e foi também uma coisa que me chocou. O cabeleireiro era razão para sair de casa e lá estar duas ou três horas.
Hoje em dia existem outros meios e muitas mulheres continuam a fazer muitos abortos nos hospitais. Justifica-se?
Por que é que tens gravidez na adolescência hoje em dia? Por que é que tens infecções pelo VIH tremendas em todas as faixas etárias e também na juventude? Alguma coisa não está a correr bem. Porquê penalizar só o aborto? Isto é sintoma de como a evolução e aparente liberdade está assente sobre uma coisa muito frágil. Tens muitos professores com competências para dar educação sexual nas escolas que estão à nora e sentem que não foram formados, têm dúvidas e gostavam de ser orientados. Já se começou a falar de educação sexual há 40 anos. A Suécia começou a fazê-lo nos anos 40. Estamos em 2011 mas os professores andam ainda a tentar perceber “como, o quê e onde” conscientes de que não foram formados para isso e que têm os seus próprios preconceitos. Há muito trabalho a fazer.
Coscuvilhar como era a sexualidade no tempo dos pais
“Amor e Sexo no Tempo de Salazar” é o título do livro de Isabel Freire que afasta a cortina alta, espessa e pesada que rodeou o amor e a sexualidade nos anos 50 e apresenta um livro original e surpreendente que desvenda e explora o mundo dos sentimentos no tempo de Salazar.
Isabel Freire, 39 anos, alentejana, actualmente radicada em Lisboa, confessa que foi procurar como era vivida a sexualidade no tempo dos pais que têm hoje 70 anos. O sexo como tabu e a repressão a que eram sujeitas as mulheres são temas reflectidos no livro escrito com base em dezenas de entrevistas com a linguagem leve de quem domina a técnica jornalística.
“É preciso não esquecer que o sexo com as meninas das nossas relações estava proibido. Não existia. Só que ao rapaz era exigida a aprendizagem das artes da sexualidade, antes de casar. Por isso, havia apenas duas soluções. Ou era encaminhado pelo pai ou outro educador (um tio, um irmão), para uma casa de meninas, onde se pagavam os serviços sexuais à prostitua, ou iniciava a sua vida sexual com alguém de classe inferior, a criada, que não tinha direito a dizer não”, que era um objecto que não sentia uma pessoa”, lê-se na obra.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=495&id=74327&idSeccao=8056&Action=noticia
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