terça-feira, 16 de agosto de 2011

Castração química para pedófilo volta a agitar o mundo

IMPOTÊNCIA INDUZIDA
Castração química para pedófilo volta a agitar o mundo
Por João Ozorio de Melo

Neste domingo, entrou em vigor na Coreia do Sul uma lei que autoriza a castração química de pedófilos condenados. A lei dá aos juízes o poder de determinar o procedimento médico para punir pessoas que cometam abuso sexual contra menores de 16 anos, como anunciaram os sites The imperfect parent e MSNBC. O efeito dessa impotência induzida pode durar até 15 anos.

Também neste domingo, na Rússia, o comissário de Direito das Crianças, Pavel Astakhov, assessor direto do presidente Dmitri Medvedev, pediu a aprovação de lei semelhante no país. Ele defendeu a castração, depois que, na sexta-feira, um estuprador condenado, armado de uma faca, invadiu um acampamento de crianças e estuprou sete meninas. Na cidade de Amur Oblast, um homem estuprou uma menina de sete anos e moradores cercam a sua casa, pedindo justiça.

Na Coreia do Sul, o Ministério da Justiça informou que o país é o primeiro da Ásia a adotar esse tipo de punição, apesar de protestos de grupos de direitos humanos. Nos Estados Unidos, nove estados têm feito "experimentos com castração química", segundo a Wikipédia. A Califórnia introduziu a previsão em seu Código Penal, em 1996, que autoriza a castração química em casos de abusos sexuais graves de menores de 13 anos, se o condenado obter liberdade condicional e se for reincidente. O estuprador não pode recusar o procedimento médico. A Flórida aprovou lei semelhante. Mas, a substância base do produto químico usado nunca foi aprovada pelo FDA ( U.S. Food and Drug Administration).

Outros países também experimentam o uso de drogas que induzem a impotência sexual. No Reino Unido, o cientista da computação Alan Turing, aceitou a castração química como pena alternativa à prisão, em 1992. Na Alemanha, os médicos usam um antiandrógeno, que inibe a atividade do hormônio sexual masculino, para o tratamento de parafilia (anormalidade ou perversão sexual). A Polônia, em 2009, e a Argentina, em 2010, aprovaram leis que autorizam a castração química. Israel já aplicou a medida uma vez como pena alternativa. A pena também é aplicada no Canadá e está em fase de estudos na França e na Espanha, segundo a Wikipédia.

Só neste ano, no Brasil, a Câmara dos Deputados recebeu dois projetos de lei para punir com castração química os condenados por pedofilia e estupro. Uma das propostas foi devolvida ao seu autor, Sandes Júnior (PP-GO), por desrespeitar dispositivo da Constituição Federal que prevê: não haverá penas cruéis (artigo 5º, inciso XLVII, alínea e). A outra também não foi pra frente. No Senado, o Projeto de Lei no 552/2007 foi arquivado no começo deste ano.

Em Sao Paulo, em março, a Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu um projeto de lei do deputado Rafael Silva (PDT) que propõe a castração química de pedófilos. O parlamentar propõe o uso de hormônios como medida terapêutica e temporária, de forma obrigatória. A prescrição médica caberia ao corpo clínico designado pela Secretaria de Estado da Saúde. Como em outros países, é considerado um projeto de lei controvertido. E também deve ser analisado do ponto de vista constitucional, porque levanta temas como dignidade humana, tratamento degradante e vedação de penas cruéis.

Em junho, a ConJur publicou artigo em que o psiquiatra forense Roberto Moscatello se opõe à castração química. Segundo ele, "do ponto de vista psiquiátrico-forense na área criminal, a pedofilia deve ser considerada uma perturbação de saúde mental e consequente semi-imputabilidade, já que o indivíduo era capaz de entender o caráter criminoso do fato e era parcialmente ou incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento (perda do controle dos impulsos ou vontade). Quando associada ao alcoolismo, demência senil ou psicoses (esquizofrenia, por ex.) deve ser considerada a inimputabilidade. Em consequência, é imposta medida de segurança detentiva ( internação em Hospital de Custódia) ou restritiva (tratamento ambulatorial) por tempo indeterminado e que demonstra ser o procedimento mais humano, terapêutico, eficaz e de prevenção social".

João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.
http://www.conjur.com.br/2011-jul-24/leis-castracao-quimica-pedofilos-voltam-agitar-mundo2

Da frigidez à anorgasmia: um tratamento científico do mais importante problema sexual feminino

Da frigidez à anorgasmia: um tratamento científico do mais importante problema sexual feminino
Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr. – (CRP 06/20610), Psicoterapeuta Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade (www.inpasex.com.br); Diretor da ALAMOC – Associação Latino-Americana de Análise do Comportamento e Psicologia Comportamental Cognitiva



A frase “frigidez sexual” foi usada até a década de 1970, quando os profissionais que atuam com psicologia e sexualidade houveram por bem explicitar o problema que foi dividido em vários, de acordo com as possibilidades às quais a frase era usada. Percebeu-se que frigidez poderia se referir a formas de inibição do desejo sexual, dificuldades de excitação que também produziam dores durante a penetração, e ou dificuldades em obter orgasmos.
Desta forma, nesta segunda década do século XXI, o uso da expressão “frigidez sexual” somente será usada quando existe um objetivo moral de hostilização contra a pessoa a quem se refere a frase. Trata-se de um xingamento por não ser uma forma que se dirige a um único problema, nem é uma forma de facilitar a compreensão de um problema sexual com o objetivo de tratá-lo.
Todas as mulheres nascem capazes de expressar a sexualidade, serem completas e capazes de obter prazer e satisfação sexuais.
Algumas poucas mulheres nascem com problemas anatômicos que atrapalham alguma das formas de expressão sexual. Um caso raro é da mulher que nasce sem vagina, o que não permite o relacionamento de penetração coital, quando será necessário algum procedimento cirúrgico especial para a criação de uma nova vagina.
As mulheres com problemas sexuais desenvolvem os problemas ao longo da vida, seja por não desenvolverem as qualidades sexuais, seja por outros problemas e barreiras emocionais que as impedem de sentir prazer sexual. Assim, as dificuldades sexuais femininas são, na maioria das vezes, de ordem psicológica. A esfera dos problemas psicológicos envolvem dificuldades de expressão emocional, processos cognitivos inadequados e patológicos, dificuldades de relacionamento interpessoal, problemas conjugais, problemas emocionais (em especial ansiedades e depressões).
O tratamento da dificuldade sexual depende do que diagnosticamos. São vários problemas que trazem as mulheres ao consultório de psicoterapia sexual. Estas são as formas de queixas sexuais femininas que recebemos e precisam de tratamentos diferenciados:
Quadro disfuncional N (%)
Inibição do Desejo Sexual (IDS) 8 (36,36%)
Anorgasmia 18 (81,82%)
IDS+ anorgasmia 5 (22,73%)
IDS+ Inadequação Sexual do Casal 3 (13,64%)
Anorgasmia + dispareunia 1 ( 4,55%)
Vaginismo+Dispareunia+ISC 1 ( 4,55%)
Vaginismo 2 ( 9,09%)
Dispareunia 3 (13,64%)
Inadequação Sexual de Casal (ISC) 4 (18,18%)
Os problemas sexuais muitas vezes vem somados, não sendo apenas uma queixa simples e única como a que seja percebida pela mulher que procura tratamento.
De modo científico precisamos compreender o problema sexual da mulher, estudar as causas e as situações que auxiliam a manter o problema, o casamento, a família, o trabalho, as atividades do cotidiano ou a falta de várias atividades. Usamos entrevista especialmente desenhada para o problema, testes e questionários psicossexológicos especiais e, então, podemos propor os melhores caminhos de tratamento.
O método científico para o tratamento das causas psicológicas será a psicoterapia focalizada na sexualidade. Preferencialmente com a participação do parceiro sexual nas consultas que são chamadas de sessões. As sessões são semanais, muitas vezes intercalando sessões individuais com sessões de casal. A mulher deverá compreender como se dá o funcionamento psicológico, e como precisa mudar. Em paralelo, o casal precisa desenvolver formas de interação sexual que facilitem o comportamento sexual desejado pelo casal. Semanalmente as vivências serão questionadas para que a mulher tenha a compreensão e a integração das questões envolvidas no problema sexual e possa produzir modos novos para a superação da dificuldade sexual.
Estes são resultados de reuniões especiais de especialistas do mundo inteiro que ocorreram em Paris em 2001 e 2005, apontando serem métodos científicos baseados em evidências e não em opiniões de uma ou outra pessoa, apenas baseados em vivências de poucos profissionais de saúde mental.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Zoofilia

Zoofilia

Do grego zôon -animal e filia – amizade ou amor, é uma parafilia definida pela atração ou envolvimento sexual de humanos com animais.
Tais indivíduos são chamados zoófilos. Os termos zoossexual e zoossexualidade descrevem toda a gama de orientação humana/animal.
Também é denominada como Bestialidade, que se refere ao ato sexual em si entre um humano e um animal não-humano (chamado a partir daqui apenas “animal”).
Porém, são termos distintos: nem toda pessoa que pratica bestialidade tem atração por animais, e nem todo zoófilo pratica atividade zoossexual.

Aspectos psicológicos

Um zoosexual é uma pessoa que sente-se atraída emocional e fisicamente por um parceiro não humano. Esta atração é manifesta de muitas maneiras. Pode ser puramente erótica e ficar apenas no campo da fantasia do momento, ou tornar-se um relacionamento duradouro.

Para muitas pessoas é um estilo de vida que envolve aspectos sociais, físicos, emocionais e espirituais, indo muito além do interesse do zoofilista, que está focado somente no aspecto sexual deste contato.
Estes encontram nos não humanos aspectos positivos que aos seres humanos podem faltar como a fidelidade e honestidade. Estes para explicar sua atração por animais parte do princípio que nós humanos somos também animais e que guardamos muitas semelhanças com outros animais. Temos corpos, órgãos sexuais e comportamento sexual parecidos, e que é da natureza humana a curiosidade sobre o sexo animal e desejar ter relações com animais.
Outro argumento a favor destes é o amor que as pessoas devotam aos seus animais de estimação. Amor platônico que pode eventualmente tornar-se sexo.

Os animais mais preferidos entre estes são:
Os cães são os preferidos da maioria, muito apreciados pela sua fidelidade e no trato do sexo oral;
O pônei é valorizado pelo orgão sedoso e brilhante, pelos genitais profundos da fêmea que permitem que penetre-se o braço inteiro e pelas curvas da pata traseira semelhantes ao traseiro humano;
A cabra e a ovelha possuem genitais e tetas semelhantes as humanas;
As novilhas têm o quadril afilado parecido com o humano;
A leitoa possui a pele rosada e curvas muito parecidas com as humanas.

A zoofilia, é proibida pelas principais religiões e considerada ilegal em muitos países.
Historicamente, a razão para esta oposição é que não era um ato procriativo e que poderia gerar aberrações e doenças.


(Imagem via Perroscalientes)
Os defensores da prática, porém, afirmam amar os animais como bichinhos de estimação, mas também amá-los no sentido mais profundo, preocupar-se com a sua saúde, bem-estar e proteção e nada fariam para prejudicá-los.

Também afirmam que os animais são capazes do consentimento sexual à sua própria maneira, sendo possível saber claramente através do comportamento e da linguagem corporal se o animal deseja ou não esse tipo de relação e que condenam todo tipo de comportamento abusivo chamado de zoosadismo que não é típico e nem é aceito pela comunidade zoosexual.
O filósofo e autor Peter Singer, envolvido em vários movimentos pelos direitos dos animais, defende que a zoofilia não é antiético desde que não haja dano ou crueldade contra o animal, mas esta visão não é largamente compartilhada, pois a maioria defende que os animais, assim como as crianças, não são capazes de consentir emocionalmente tal ato.
Em resumo estamos lidando com uma polêmica forma de amar que está longe de ser aceita pela sociedade, mas que não desanima os seus praticantes que acreditam na integração gradual através de uma crescente tolerância e aceitação na sociedade humana.

Curiosidade

Sarah Lung , uma africana nascida em 1965, começou a trabalhar para a Fantasy Dreams em 1992.
Já havia feito o filme “Dogs Hell (1997)” e “My pussy belongs to a dog (1998)”, mas somente com o filme
“Cachorro Comedor é ela conseguiu se impor no reino dos filmes sobre sexo com animais
A seguir uma entrevista com Sarah Lung , a atriz do filme “Cachorro Comedor”, que venceu o Bizarre do Ano promovido pela Fantasy Dreams Netherlands .


FD: Sarah, quando você começou a fazer sexo com animais?
Sarah: Quando tinha 16 anos morava em Utrecht, uma cidade do interior da Holanda. Tinha um cachorro de estimação chamado “Lop”, e com o passar do tempo notei que ele ficava com o pênis ereto ao ser acariciado.Daí por diante tomei coragem e ficava mexendo no pinto dele até ele gozar.

FD: E quando foi que você resolveu ir mais a fundo , ou seja realmente ter sexo com animais, penetrações anais e vaginais?
Sarah: É uma longa história.Tinha algumas amigas que vivam comigo e de vez em quando brincávamos com nosso cachorro, e um dia após bebermos muito uma de minhas amigas resolveu fazer uma chupeta para o cão.No embalo, na loucura da bebedeira, apostamos entre si quem teria coragem de dar a buceta para o cachorro.Fui a única que consegui naquele dia. ”Lop” é um cão enorme , e confesso que fiquei com medo. Mais foi mais simples que eu pensei…apenas abaixei as calças e Lop me comeu por uns 10 minutos. Depois fiz uma chupeta para o mesmo que ejaculou por alguns segundos em minha boca.

FD: E o que você sentiu ao ser penetrada pelo pau do cão?
Sarah: Olha, é diferente de trepar com um cara. O pau do cachorro é bem grande, quando entra demora pra sairAlém do mais ele goza várias vezes dentro da buceta e não fica mole. A perna do cão é também muito forte e musculosa. Quando fiquei de quatro, senti as duas pernas do cão parecendo um aço de tão rígidas que estavam e senti o nó e o saco do cachorro quase entrando na buceta. Cachorros querem comer , ficam loucos de pau duro, mas é gostoso porque é um pau diferente, dá para brincar bastante pois nunca amolece e está sempre gozando dentro da buceta, que dá uma sensação de que você está deixando o animal louco de tesão. Além do mais Lop é um cão muito legal, brincalhão, saudável, etc.. gosto muito dele…tanto é que deixei ele me comer….risos
http://rockislife4.wordpress.com/2011/03/13/zoofilia-ou-bestialidade/

"Gay ou hetero, para nós é só um beijo", diz classificador

"Gay ou hetero, para nós é só um beijo", diz classificador
Na TV aberta, classificador monitora programação para saber se emissoras cumprem classificação prometida

Severino Motta, iG Brasília | 15/08/2011 08:50
Notícia anterior"Classificação não é censura, quem censura é o mercado"Próxima notíciaObra de Rembrandt de R$ 400 mil é roubada de hotel nos EUA

Texto:
“De vez em quando recebemos críticas dizendo que nós somos os responsáveis por não deixar um beijo gay ir para a TV. Isso não é verdade, beijo não tem sexualidade para nós, gay ou hetero, é só um beijo”. A declaração é de Henrique Oliveira da Rocha, um dos classificadores de conteúdo do Ministério da Justiça. Responsável por monitorar o conteúdo da TV aberta, ele conversou com o iG na última semana e falou um pouco sobre a rotina de quem passa o dia assistindo à programação televisiva, tomando notas de cenas polêmicas e respondendo a denúncias que surjam contra as emissoras.

Com 28 anos de idade, formado em Sistemas de Informação, Henrique chega ao Ministério da Justiça às 7h da manhã. Sobe até o terceiro andar do edifício anexo e ingressa numa sala onde ele e cada um de seus colegas classificadores dispõe de um cubículo com aproximadamente oito metros quadrados, duas cadeiras, um computador e uma televisão.


Foto: Fellipe Bryan Sampaio/iG
Henrique Oliveira em seu posto de trabalho
“Ao chegar avalio as denúncias que recebemos através do ‘Fale Conosco’. A última foi sobre a novela 'Vidas em Jogo' [Record]. A denúncia reclamava da presença de armas na trama e questionava se isso podia ser exibido num programa classificado para 12 anos. Respondi que sim, pois ameaça com arma nos dá uma tendência de classificação para 10 anos. Para cada denúncia enviamos uma resposta para o autor”, disse.

Depois de olhar as denúncias e dar seguimento às respostas, Henrique inicia sua jornada no monitoramento dos programas de televisão. Como é a própria emissora que indica para qual idade seu programa é indicado, os funcionários do Ministério simplesmente avaliam a programação que foi ao ar e analisam se ela realmente está de acordo com a faixa etária prometida.

Por volta das 15h, Henrique estava assistindo um episódio da série "Glee". A cada cena em que um dos conteúdos descritos no Guia Prático da Classificação Indicativa é vista, um "pause" é dado na exibição e uma nota com o minuto e segundos em que ela aparece é feita.

“A personagem acaba de falar: ‘Seu marido está escondendo a salsicha numa cesta de frios que não é a sua’. Isso seria uma linguagem metaforizada remetendo ao sexo, o que indica uma tendência de classificação para 12 anos”, disse.

Como a Globo veicula essa atração nas manhãs de sábado, ela precisa ser livre ou indicada para maiores de 10 anos. Seguindo na atração, Henrique toma novas notas. Num determinado ponto há “consumo irregular de medicamento e automedicação, outros pontos que podem levar aos 12 anos”.

Questionado sobre a possibilidade desse episódio sair da classificação de 10 anos e subir para 12, o que faria com que ele só pudesse ser exibido após as 20h, Henrique é cauteloso. “Ainda não acabei de ver. Pois é preciso avaliar se há contrapontos e atenuantes. A mensagem, no fim, pode ser para não usar remédios, ser neutra em relação a isso, ou estimular o uso irregular. Isso é importante quando fazemos a classificação”, explicou.

Monitorando a programação de oito canais, Henrique disse que passou a gostar de novelas. Entre elas citou "Ti-ti-ti" e "Morde e Assopra". “Essa última estou monitorando agora”.

Lançamento da Editora Fiocruz: Amor e Violência

Lançamento da Editora Fiocruz: Amor e Violência
Outros Eventos
Sex, 12 de Agosto de 2011 11:43

Gerar conhecimento estratégico sobre o tema da violência no namoro e no ‘ficar’ dos adolescentes brasileiros: este foi o objetivo de um estudo pioneiro realizado por pesquisadores de nove universidades públicas e da Fiocruz. O trabalho, que teve início em 2007, coletou, produziu e analisou dados quantitativos e qualitativos de âmbito nacional.
O estudo foi realizado com cerca de 3.200 jovens, de 15 a 19 anos, matriculados em escolas públicas e particulares de dez cidades (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Florianópolis, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Recife e Teresina). Os resultados da investigação deram origem ao livro Amor e Violência: um paradoxo das relações de namoro e do ‘ficar’ entre jovens brasileiros, lançamento da Editora Fiocruz. A coletânea – organizada pelas pesquisadoras Maria Cecília de Souza Minayo, Simone Gonçalves de Assis e Kathie Njaine, do Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde (Claves/Fiocruz) – faz uma síntese dos achados, mas também das interrogações do estudo.

“O que cotidianamente vemos na televisão, lemos nos jornais e ouvimos em conversas entre amigos sobre fatos concretos de mortes, agressões e lesões entre jovens nas relações afetivo-sexuais aqui se revela com dados e informações colhidos em um processo de intersubjetividade com estudantes de norte a sul do país”, resumem as organizadoras na apresentação do livro. “Nosso intento não foi apenas criar um conhecimento novo; ele vai muito além da publicação do livro. Envidaremos todos os esforços possíveis para que as descobertas aqui apresentadas possam subsidiar políticas, programas e planos de ação nos campos social, educacional e de saúde”, completam. A seguir, em entrevista, a pesquisadora Cecília Minayo discute alguns dos principais temas tratados na coletânea.

Logo o primeiro capítulo do livro aborda a condição juvenil no século XXI. O significado de ‘ser jovem’ sofreu transformações nos últimos tempos? Quais as principais mudanças e permanências?
O significado de ser jovem mudou muito nos últimos tempos, em vários sentidos, no mundo e no Brasil, principalmente para a classe média. Por causa da elevação da expectativa de vida, o tempo da juventude se ampliou – em vários países da Europa, atualmente, já o consideram até 30 anos. Essa ampliação – que é histórica, pois a própria delimitação do tempo da adolescência e da juventude é uma criação da modernidade – ocorreu por causa das exigências de formação muito mais prolongada nesta era globalizada e extremamente competitiva, e por causa do índice elevado de desemprego, que, entre os jovens, chega a ser o dobro do que na população adulta. Como consequência, os jovens ficam muito mais tempo na casa dos pais e constituem família tardiamente.

Nas classes mais pobres, a realidade vem mudando também, porém muito mais lentamente. Os jovens permanecem mais tempo na casa dos pais porque estão desempregados ou porque o que ganham não é suficiente para se manter. Muitos jovens das classes populares continuam, ao contrário, a ter a juventude reduzida porque constituem família muito cedo. Por outro lado, a mudança mais fundamental é a ampliação do acesso à educação formal, que vem ocorrendo pelo efeito de políticas afirmativas.

Houve mudanças também nas relações amorosas entre os jovens?
Quanto às relações amorosas contemporâneas, elas são mais provisórias, temporárias e contingentes, mas ainda estão impregnadas pela força da reprodução de padrões afetivo-sexuais tradicionais. Constatamos que o machismo continua forte e vigente, constituindo-se como um (anti)valor de longa duração. As violências mais graves são cometidas por homens, sobretudo quando se sentem preteridos ou traídos, mesmo nas relações de namoro, mantendo-se uma visão arcaica da mulher como posse e objeto do poder masculino. No entanto, existem mudanças provocadas, particularmente, pelas mulheres, que se colocam numa condição de parceiras capazes de questionar e propor novas modalidades de relacionamento. Muitas delas também adotam a violência física e psicológica como argumentos relacionais com seus namorados, repetindo o que era considerado essencialmente como comportamento masculino. Este último ponto, que já vinha sendo observado em estudos internacionais e nacionais, foi constatado na pesquisa que deu origem ao livro, mostrando que elas – proporcionalmente e sem considerar a gravidade do ato – agridem tanto quanto os rapazes. Em geral, o ciúme é o combustível das mútuas agressões.

É comum ouvirmos falar da violência do marido contra a esposa, do homem contra a mulher. Na pesquisa, vocês identificaram casos de violência praticada pelas meninas?
O livro todo, na verdade, trata de questões de gênero na medida em que analisa relações entre os jovens. A pesquisa mostra que, em geral, as agressões praticadas pelos rapazes são mais cruéis e causam danos físicos maiores. Porém, a não ser no caso da violência sexual, que é predominantemente praticada pelos homens, os outros tipos são comuns de ambas as partes. É importante ressaltar que as violências físicas, sexuais e psicológicas vivenciadas ou praticadas pelos jovens, frequentemente, ocorrem simultaneamente, indicando a necessidade de termos sempre em mente que não há características únicas e simplificadas que identifiquem uma pessoa como vítima ou agressora. Há, ao contrário, uma constante interseção de papéis entre vítimas e perpetradores, por parte tanto dos rapazes como das moças. No entanto, conceber que jovens de ambos os sexos, ao interagirem na relação afetiva, atuam de forma violenta não significa diminuir a importância da subordinação feminina. A violência contra a mulher no ambiente privado – incluindo-se os feminicídios – encontra-se entre as violações de direitos humanos mais comuns e entre os problemas sociais mais relevantes e com maiores repercussões sobre a saúde desse grupo social, o que afeta toda a família.

E quanto às relações sexuais?
A pesquisa mostra também que estão naturalizadas no país, de norte a sul, as relações sexuais antes do casamento, que ocorrem predominantemente, mas não exclusivamente, por insistência dos rapazes e com o consentimento das meninas. Os meninos fazem uso de estratégias românticas para transar com suas parceiras, com o argumento de que isso seria uma prova de amor. E muitas meninas, em tais circunstâncias, reproduzem valores de subjugação. Mas um número não desprezível delas toma a iniciativa e testa os garotos na sua sexualidade, às vezes humilhando os que não querem transar com elas. A pressão para transar, em alguns casos, costuma acontecer já no ‘ficar’ e se torna comum na situação de namoro, que representa, para os jovens de hoje, um compromisso bastante forte, embora informal.

Uma resultante dessa permissividade para a experimentação sexual – com pouco mais da metade dos jovens usando camisinha em todas as relações, como constatamos – é que 9,2% das meninas já fizeram aborto alguma vez e 1,2%, mais de uma vez. Além disso, 0,4% das meninas entrevistadas e 2,1% dos rapazes já são pais. Meninos e meninas com filhos precocemente estão principalmente na Região Norte do país.

O ‘ficar’ dos adolescentes é um fenômeno bastante contemporâneo. A pesquisa apresentada no livro, portanto, é inovadora ao propor uma reflexão sobre o tema no âmbito científico e acadêmico. Gostaria que a senhora comentasse essa questão.
Enquanto o namoro indica escolhas um pouco mais elaboradas, o ‘ficar’ caracteriza uma fase de atração sem grandes compromissos de fidelidade, mas chega a envolver um tipo de relação que pode se estender a beijos e contatos sexuais. Esse fenômeno da vida dos adolescentes e jovens contemporâneos, que precede o namoro, tem a ver com as mudanças nas relações e culturas de gênero ocorridas, principalmente, a partir da segunda metade do século XX e muito influenciadas pela liberação feminina. As características do ‘ficar’ se encaixam com as da adolescência, etapa de intensa transformação biopsicossocial, em que a sexualidade está no auge, à flor da pele, momento em que se definem os papéis sexuais. A escolha dos parceiros amorosos ganha lugar de destaque, mas como um aprendizado sexual não restrito à genitalidade ou à primeira relação sexual.

Como a violência se manifesta no ‘ficar’?
Nosso estudo mostra que a violência no ‘ficar’, assim como no namoro, é predominantemente recíproca, isto é, ocorre entre casais violentos, onde ambos os parceiros são, provavelmente, perpetradores de violência. Vários fatores contribuem para o surgimento da violência afetivo-sexual entre adolescentes e jovens, mas estruturas familiares e comunitárias violentas são das mais relevantes. Nesse sentido, a violência na relação amorosa pode ser um continuum que começa com as agressões sofridas pelos jovens na família de origem, ainda na infância, e que tendem a se reproduzir.

Então, adolescentes que vivenciam cenas de violência em casa e na comunidade estão mais propensos a se envolverem em relações afetivo-sexuais violentas?
Os jovens que vivem em famílias violentas estão mais propícios a serem agressivos nas relações afetivo-sexuais. No entanto, e é preciso dizer isso em alto e bom som: não existe nenhuma determinação cultural ou social nesse sentido. Ou seja: qualquer jovem vítima de violência no seu lar pode ser capaz de compreender o mal que isso lhe causa ou causou e criar laços afetivos saudáveis.

Quais os tipos de violência identificados na pesquisa? Quais os mais prevalentes?
Os tipos mais prevalentes encontrados na pesquisa são a violência verbal, relatada por mais de 85% dos entrevistados; a violência sexual, que chega a quase 40%; as ameaças, com 29%; e a violência física, com 24%. É importante observar que a violência afetivo-sexual é uma forma de violência interpessoal; portanto, com a exceção da violência sexual – muito mais praticada pelos meninos do que pelas meninas –, quase todas as outras modalidades apresentam poucas diferenças entre quem sofre e quem perpetra. Em relação às violências perpetradas há similaridade entre os sexos; entre os estudantes da rede de ensino pública e particular; e entre os jovens de todas as dez cidades estudadas.

Em relação aos dados quantitativos, existe algum número que, particularmente, chame a atenção? Em caso afirmativo, por quê?
Embora possa parecer de baixa intensidade, destaca-se o elevado percentual de jovens que cometem violência verbal (85%) e ameaças (29%). No entanto, o que mais chama atenção é a convivência com vários tipos de violência ao mesmo tempo, como é o caso da co-ocorrência de violência psicológica e sexual (32,3%) e de todos os tipos de violência juntos (24,9%).

Apesar desses percentuais elevados e da ocorrência de vários tipos de violência ao mesmo tempo, determinados comportamentos violentos são considerados ‘normais’. Como ‘desnaturalizar’ o problema?
A sociedade, em geral, e a escola, em particular, quase sempre, consideram normais os arroubos temperamentais dos jovens ou prestam pouca atenção no que ocorre nas relações entre eles. No entanto, a violência no ‘ficar’ ou no namoro pode prenunciar ou dar continuidade à constituição de famílias violentas. Mostrar os dados deste estudo e retornar essas informações para os próprios jovens e, principalmente, para as escolas é uma forma de contribuir para dar visibilidade ao fenômeno, mostrando o que ele pode significar de pernicioso. Assim como na vida adulta, apesar de todas as lutas do feminismo, continua existindo, para muitos jovens, um mundo privado onde o direito e a lei não têm importância. Todos os estudos sobre o fenômeno da violência ressaltam que a violência familiar potencializa a violência social e vice-versa.

A pesquisa foi conduzida em dez cidades. Quais as principais diferenças regionais verificadas nos resultados?
Quanto à estrutura familiar, 61,1% dos jovens entrevistados tinham uma composição familiar tradicional; em Belo Horizonte, Florianópolis e Porto Alegre, a estrutura familiar tradicional prevaleceu (cerca de 66%). Os jovens de Brasília, Manaus, Recife e Rio de Janeiro tinham de 20% a 22% dos seus lares chefiados por mulheres. Jovens cujas mães viviam com padrastos estavam em maior número em Manaus (10%) e no Rio de Janeiro (12%). Quanto às expressões das relações, o ‘ficar’ e o ‘pegar’ são comuns a todas as regiões. A expressão ‘rolo’ é mais utilizada no Sudeste; o ‘colar’, no Nordeste; o ‘breth’, no Sul; e a ‘paquera’, no Centro-Oeste. Há muitas outras especificidades elaboradas detalhadamente no livro.

Porém, ainda que existam diferenças sociais em muitos aspectos das relações violentas entre jovens das classes médias e populares, entre meninos e meninas, entre os que frequentam escolas públicas e particulares, o fenômeno perpassa e se entranha por todos os grupos e segmentos. E um dos efeitos mais deletérios apontados por este e outros estudos é que a violência praticada nas relações de namoro é preditiva da ocorrência de violência conjugal.

A partir dos achados da pesquisa, como prevenir a violência nas relações afetivo-sexuais entre os adolescentes?
No Brasil, a preocupação com as violências nas relações de gênero é um tema muito recente. Apesar de haver alguns estudos sobre o assunto, eles são pontuais. Em outros países, como Estados Unidos, Canadá e Espanha, por exemplo, o tema já está mais consolidado, embora também seja bastante recente.
Nossa pesquisa é a primeira de âmbito nacional. Ela precisa, ao mesmo tempo, ter continuidade e ser devolvida à sociedade, especialmente às escolas. Estamos cuidando disso e já temos várias iniciativas, principalmente por parte dos pesquisadores das dez cidades que trabalharam conosco. Devo ressaltar também o curso à distância para professores sobre violência nas escolas, liderado pela pesquisadora Simone Gonçalves de Assis, com apoio do Ministério da Educação. Sempre buscamos encaminhar os resultados de nossas pesquisas para os fóruns competentes. E, nesse caso, sabemos que o apoio social e comunitário é fundamental, conforme demonstram algumas pesquisas sobre intervenções realizadas, sobretudo nos Estados Unidos e no Canadá.
http://www.planetauniversitario.com/index.php?option=com_content&view=article&id=23499:lancamento-da-editora-fiocruz-amor-e-violencia&catid=29:outros-eventos&Itemid=65

Sexo na terceira idade pode ser prejudicial a saúde?

12/08/2011 -- 16h05
Sexo na terceira idade pode ser prejudicial a saúde?
Muitos pensam que a vida sexual de um casal termina com a idade avançada, mas atualmente as pessoas tem envelhecido com mais disposição


Pode parecer estranho, mas hoje, apesar de todas as informações disponíveis, ainda tem gente que acredita existir uma idade para as pessoas pararem de ter um relacionamento sexual ativo e saudável.

O fato é que a vida sexual não tem data para acabar. Hoje, homens e mulheres chegam à velhice bem mais saudáveis física e psicologicamente do que no tempo dos nossos tataravós. E se há desejo e afeto, não há porque parar.

É verdade que vários fatores influenciam na perda da sexualidade ao longo do tempo. Dentre as razões se encontram as fisiológicas e psicológicas (perda de algum ente querido), econômica e fatos que ocorrem no cotidiano que às vezes não afetam diretamente o indivíduo, mas o sensibilizam de forma que a sexualidade fica mais debilitada.

Esses fatores influenciam nas mais variadas pessoas, sem levar em consideração a idade, mas quando se alcança a terceira idade, outra questão pode ser abordada quando se fala de sexualidade, que é o preconceito social sofrido.

Este preconceito, que precisa acabar, está baseado em que ''velhice'' significa ausência de sexo, partindo do princípio da procriação, onde o idoso não tem mais a necessidade de gerar filhos.

Esta premissa causa constrangimento em pessoas que possuem o corpo em ótimo estado para o ato sexual, mas a mente não está livre destes pensamentos que provém de idéias errôneas na nossa sociedade.

Esses fatores psicossociais podem ser tratados como responsáveis pela perda da sexualidade e, por consequência disto, a felicidade na terceira idade estaria comprometida.

O melhor caminho é lutar contra o preconceito. Desde que as pessoas se sintam felizes e saudáveis, não há nenhuma restrição para continuar tendo uma vida sexual ativa, independente da idade. O mais sensato é a quebra deste paradigma para que as pessoas que chegaram a terceira idade possam desfrutá-la da melhor maneira possível, inclusive sexualmente.

Márcio D. Menezes, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--91-20110812&tit=sexo+na+terceira+idade+pode+ser+prejudicial+a+saude

Sobre la sexualidad humana: cómo ocurren los cambios

Sobre la sexualidad humana: cómo ocurren los cambios
Aquella tarde Anne Fausto-Sterling presentó en el Caixaforum de Madrid, ante un auditorio repleto de cientos de personas interesadas, un marco de pensamiento diferente sobre la naturaleza de la dicotomía sexual.
FOTOGRAFÍAS

La experta, durante su conferencia en Madrid. Foto: SINC.
Laura Corcuera | 27.02.2009 17:49
El marco que usó fue “la perspectiva de los sistemas dinámicos”. Su argumento es que la herencia y el ambiente (nature and nurture) son componentes de un sistema dinámico único que no debería considerarse como entidades individuales y separables.

La experta ofreció un marco de pensamiento sobre la diferenciación sexual temprana y otro sobre el tipo de estudios actuales que realiza con su grupo de investigación en EE UU para conocer mejor la diferenciación sexual.

“Lo que habitualmente sucede en los debates sobre herencia y ambiente es que existen personas con una opinión preestablecida”. La científica insistitó en esta idea que da la razón tanto a trabajos realizados desde la Biología como desde la Sociología. “Hay científicos sociales, sociólogos y antropólogos, que tienen un punto de vista determinado y muchos datos sobre sexo o sexualidad, pero cuando se enfrentan a los datos de otro marco diferente, el de la biología, tienden a rechazar ese otro marco y los datos de la biología, y a decir “nuestro punto de vista es el que necesitamos para hipotetizar sobre el desarrollo humano”.

Desde el lado de la biología, los biólogos dirán “la biología es la causa última de todo”, de manera que ese es el lado de la moneda de la naturaleza, y los científicos sociales simplemente no comprenderán la importancia fundamental de la biología. Y los biólogos tienen también datos para respaldar su punto de vista, no se están inventando las cosas; pueden ser imperfectos, pero toda nuestra información es imperfecta”.

Mediante la perspectiva de los sistemas dinámicos, se podría llegar por tanto a un modelo que explicara el comportamiento humano y los diferentes datos generados por estas dos disciplinas científicas. Según Sterling, “así se podrán sugerir nuevas líneas de investigación que documenten los procesos por los se producen diferencias en los comportamientos humanos”.

Sterling y su equipo recogieron hace años el desafío que supone explicar la estabilidad del comportamiento humano (nuestros deseos con respecto al sexo y al deseo no son inalterables, y surgen a lo largo de un período de tiempo), y hoy siguen buscando teorías no deterministas que puedan explicar tanto los períodos de estabilidad como los de inestabilidad y versatilidad.

Tres ideas básicas en la perspectiva de los sistemas dinámicos

1) La materialización física y los patrones de comportamiento están autoorganizados. Es decir, que no están programados en el genoma. No son algo que esté forjado por algún plan preordenado o predestinado, sino que se organizan a lo largo de un período de tiempo a partir de lo que está sucediendo en las primeras células embrionarias, del cuerpo, y del cerebro. Más que estar determinados por los genes o por la experiencia, son el resultado de complejas interacciones entre los componentes del sistema. Nuestros cuerpos están constituidos por muchos sistemas diferentes y lo que da lugar al comportamiento, por ejemplo, o a cualquier otra actividad que se desarrolle en el mismo, es la interacción entre todos estos subsistemas.

2) La aparición de diferencias sólo se puede medir en un eje temporal y esto es crucial. No nos podemos fijar en un sólo punto temporal de un ciclo de vida que puede abarcar de 85 a 90 años y hacer una determinación en ese punto del ciclo de vida y después creer que se ha llegado a conocer mucho sobre lo que sucedió en ese punto temporal.

3) Los sistemas cambian. Los sistemas de sexualidad pueden ser muy estables durante largos períodos de tiempo, pero también pueden cambiar. El cambio surge cuando uno o más subsistemas cambian, produciendo una especie de reverberación a través del sistema que provoca su reorganización para hallar un nuevo estado de equilibrio. Ese estado de equilibrio es lo que consideramos un cambio, ese nuevo estado.
http://www.agenciasinc.es/esl/Reportajes/Sobre-la-sexualidad-humana-como-ocurren-los-cambios