quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Atitudes que queimam o filme no primeiro encontro

Qua, 07/09/2011 - 05h00 -

Queimar o filme no primeiro encontro

Sair com alguém pela primeira vez é como entrar numa verdadeira caixinha de surpresas. Mas assim como nós nos preocupamos em analisar com atenção cada detalhe do comportamento do rapaz, ele também faz o mesmo, viu? E há certas atitudes nossas que eles abominam e, por isso, vetam qualquer possibilidade de um segundo encontro.

Segundo Sheila Rigler, proprietária da agência de relacionamentos Par Ideal, no geral, os homens não marcam um segundo encontro com mulheres que não cuidam de sua aparência (unhas, cabelos, produção, maquiagem). Portanto, mocinhas, essa história de que o que vale é o interior não se encaixa em momentos como esses.
Outro erro terrível das moçoilas loucas para laçar o rapazinho é só falar de trabalho ou sobre seu sucesso e falta de tempo para relacionamentos. "Comer, beber e fumar demais, junto com gargalhadas e vulgaridade na linguagem e gestos também é repulsivo", alerta a proprietária da agência.

"Homens gostam de mulheres bem vestidas, perfumadas e elegantes. Aprovam as vaidosas, mas abominam excessos", afirma Sheila. "Entretanto, não gostam de quem fala o tempo todo, conta toda a vida num primeiro encontro e se considera incompreendida pelos homens".

Bruno, de 21 anos, acha que não é bacana a mulher comparecer ao primeiro encontro usando uma microssaia ou um mega decote. "Falar alto demais e muita besteira também afasta um pouco", diz. "Outra coisa é não prestar atenção na conversa, ficar dispersa, não olhando nos olhos", completa.

Já Adriano, de 37, não aprecia mulheres que falam mal de antigos relacionamentos e fecha as portas de vez para aquelas materialistas demais. "Acho que todo homem já saiu com alguma pretendente que queria saber se o ele tem carro, casa, outros bens. Este tipo é carta fora do baralho", afirma. Diego, de 28 anos, completa: "O que queima o filme é a mulher já colocar as garras de fora, já sair dizendo o que gosta o que não gosta e suas manias."

Mas nem tudo está perdido, viu? Em certos casos, a mulher consegue reverter a situação. Um pedido de desculpas, às vezes, ajuda. Sheila dá outra sugestão: "Surpreender também pode ser uma ótima alternativa. Já presenciei um caso no qual a mulher errou muito no primeiro encontro, mas como gostou realmente do cara resolveu ligar novamente e convidá-lo para um jantar. Ele não esperava, ficou encantado e a estratégia dela funcionou no processo de conquista."

Um fato precisa ser lembrado: algumas pessoas são tão exigentes que não perdoam nadinha. Nós mesmos somos assim, né? Só que, às vezes, saber relevar algumas coisas e ser um pouco flexível pode fazer render ótimos frutos.

O jeito é não montar um roteiro. Tudo que sai perfeitinho demais pode soar falso. O que vale mesmo no primeiro encontro, tanto para o rapaz quanto para a moça, é aproveitar a oportunidade para conhecer uma pessoa nova, interessante, inteligente e bem-humorada. "Este é um momento sem cobranças ou pressões, no qual a conversa pode levar a uma aproximação natural e talvez dar origem ao segundo encontro", finaliza Sheila.

Por Juliana Falcão (MBPress)
http://vilamulher.terra.com.br/atitudes-que-queimam-o-filme-no-primeiro-encontro-3-1-30-980.html

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dez gatilhos que disparam disfunções sexuais na mulher

14/09/2011 -- 10h01
Reprodução
Parece incrível, mas mesmo nos dia de hoje – anos após a liberação sexual feminina - muitas mulheres passam mal ou sentem calafrios só de pensar em sexo. Esse tipo de sentimento tem nome - disfunção sexual - e é patológico, devendo ser tratado por especialistas. Essas disfunções podem surgir em qualquer momento da vida e por diversos motivos. Os exemplos mais comuns são:

Desejo sexual hipoativo (DSH): total falta de interesse pelo sexo, como se ele não fizesse diferença;

Transtorno de excitação ou frigidez: incapacidade de manter lubrificação ou a excitação;

Anorgasmia: inibição do orgasmo, ou seja, mulheres com essa disfunção são incapazes de ter um orgasmo;

Dispareunia: dor genital durante o ato sexual;

Vaginismo: contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração do pênis, dedo ou qualquer outro objeto;

Fobia ou aversão sexual: pânico e sentimento de repulsa diante de relações sexuais ou que levem ao sexo.

Vários motivos podem funcionar como gatilhos e disparar a disfunção sexual, mas sejam orgânicos ou comportamentais, na maioria das vezes estas causas podem ser tratadas. Confira a seguir oito motivos que podem colocar sua vida sexual em risco:

Fatores orgânicos

Antes de procurar um psicólogo ou terapeuta especializado para tratar qualquer tipo de disfunção sexual, deve-se primeiro verificar as causas orgânicas possíveis. Por isso, é importante procurar primeiro um médico ginecologista e fazer todos os exames necessários.

As doenças e disfunções relacionadas às disfunções sexuais podem ser desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos, infecções nos órgãos genitais ou o uso de medicamentos que tenham como efeito colateral a diminuição do desejo sexual.

Doenças psiquiátricas, como a depressão, também podem contribuir para a diminuição da excitação ou da vontade de fazer sexo.

Insegurança

O psicólogo Tiago Lupoli explica que o acesso livre e farto a materiais sexuais - em revistas, vídeos ou internet - pode tanto estimular as fantasias sexuais quanto fazer com que a mulher entre em conflito com seus limites morais e psíquicos, gerando medo de não corresponder às expectativas do parceiro.

Essa insegurança pode gerar uma falta de interesse pelo sexo, podendo causar a inibição do desejo sexual ou DSH (Desejo Sexual Hipoativo). "Essa é umas das disfunções mais frequentes entre as mulheres", conta o especialista.

Outros fatores desencadeadores de insegurança podem ser a falta de consideração do parceiro e decepções amorosas anteriores. Para todos os casos, uma psicoterapia ou terapia sexual deve ser feita.

Parceiros "apressadinhos"

O companheiro que não respeita o tempo da mulher para alcançar a excitação sexual ou mesmo o orgasmo, que geralmente é maior, pode gerar disfunções como DSH, dispareunia (dor durante o ato sexual sem motivo aparente) e vaginismo.

"Isso inclui aqueles parceiros que abrem mão das preliminares ou gostam apenas de recebê-la, mas não de fazê-la, e partem para a penetração logo de cara", esclarece Tiago Lupoli.

Ser tratada como um "objeto de desejo"

Homens que colocam suas mulheres em uma posição servente, na qual ela deve apenas gerar o orgasmo no homem, sem precisar ter o seu próprio, podem causar uma disfunção em sua parceira.

O medo pela falta de compreensão do parceiro e a falta de diálogo sobre o assunto provoca angústia na mulher e faz com que, gradativamente, o desejo vá diminuindo, podendo provocar o vaginismo e o DSH.

Problemas no relacionamento

Brigas entre o casal, rotina sexual afetada e falta de discutir o relacionamento são fatores que podem levar à insatisfação sexual. Nesse caso, a melhor solução é sentar e conversar com o seu parceiro a fim de descobrir a verdade raiz das disfunções.

Falta de tempo

Mulheres que ingressam no mercado de trabalho e sentem a correria das grandes cidades, a irregularidade na divisão de tarefas com o parceiro e aumento das responsabilidades, acabam sentindo-se excessivamente cansadas, gerando estresse.

"É normal que o cansaço iniba o desejo sexual uma vez ou outra, mas preocupa quando vira rotina", diz o psicólogo.

Essa situação é facilmente solucionada com uma baixa do estresse e do excesso de atividades. Tirar férias e viajar durante um fim de semana são medidas simples que, muitas vezes, funcionam. No dia a dia, é importante saber separar os horários de trabalho dos de lazer.

Traumas

Medos e tabus inconscientes, traumas em relações sexuais anteriores, abuso ou violência podem provocar um transtorno de excitação (frigidez), DSH ou dispareunia. "O momento do ato sexual revive o trauma, não sendo prazeroso para a mulher e podendo causar o efeito contrário, como dores ou sentimento de repulsa", explica Tiago Lupoli.

Quem sofre desse problema deve procurar um profissional especializado a fim de que ele a ajude a superar o trauma, eliminando junto com ele as disfunções sexuais.

Falta de orientação sexual ou educação inadequada

Famílias com educação repressora, que ensinam que o sexo tem como única finalidade a reprodução, ou que se posicionam extremamente rígidas na preservação da virgindade da filha são, muitas das vezes, a causa principal do transtorno de excitação (frigidez).

"A mulher cuja família ou escola ensinou que o sexo serve para procriar, e não como uma necessidade física e psicológica, não sente prazer frente aos estímulos sexuais", afirma o psicólogo.

Questões socioculturais

A anorgasmia, ou ausência do orgasmo feminino, tem como principal causa a interpretação sociocultural sobre a posição submissa da mulher no sexo, que foi transmitida de geração por geração, além das proibições religiosas. Até hoje, algumas culturas e religiões veem as carícias, o sexo anal e o sexo oral como aberrações. Nessa situação, o ideal é dar total poder à mulher durante a relação.

Fobias e traumas mais profundos

A fobia sexual - que são sentimentos de repulsa, ansiedade e medo do ato sexual - é a mais limitante das disfunções sexuais femininas, pois a portadora da fobia evita tanto as situações que favorecem o ato sexual - como sair à noite com um parceiro - quanto situações que trazem o assunto à tona - como conversas com amigos e até a ajuda profissional especializada.

Segundo Tiago Lupoli, a causa dessa disfunção não é orgânica e está intimamente ligada a traumas ou situações que revivem experiências guardadas na estrutura psíquica da paciente, o que gera extrema ansiedade frente a situações relacionadas com sexo. (Fonte: Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cinco minutos ou a noite inteira? Confira dicas de preliminares sob medida para cada momento

13/09/2011 - 17h35
HELOÍSA NORONHA Colaboração para o UOL
O objetivo principal do sexo é o orgasmo, especialmente se o casal alcançar esta façanha ao mesmo tempo. Mas há muito mais nesta corrida do que só atravessar a linha de chegada. O segredo para tornar qualquer relação ainda mais prazerosa é apostar em preliminares caprichadas. Quentes ou sutis, suaves ou vigorosos, os carinhos são os ingredientes que temperam a transa e podem deixar memorável até uma simples "rapidinha".
Confira abaixo as dicas de especialistas para investir nos carinhos em homens e mulheres. E, para evitar desculpas, UOL Comportamento dividiu as sugestões para quando se tem pouquíssimo, pouco ou muito tempo. Dá para investir nas preliminares em qualquer ocasião, basta usar a criatividade. Antes da prática, só não se esqueça da camisinha!


Para eles
Não é porque a garota topou uma rapidinha na escada ou no banheiro da boate que você vai partir imediatamente para a penetração. “As mulheres são menos focadas nos genitais. As carícias fazem mais sucesso se forem progredindo, o que colabora para que ela vá se soltando”, diz Patricia Pelegrina Rossetopsicóloga e psicoterapeuta de São Paulo, especializada em sexualidade. Beije-a muito na boca e acaricie seus cabelos com vigor, para mostrar que você "tem pegada" em diferentes situações. Mesmo com os minutos contados, vale a pena dedicar um tempinho para explorar o clitóris com a língua. Quando sentir que ela está lubrificada, introduza um ou dois dedos na vagina, com cuidado para não machucar.
Dica quente: Invente um personagem e encarne-o, falando e agindo como ele. Pode ser um médico, um bombeiro ou um total desconhecido. A ideia é instigá-la e sugerir uma relação diferente.
Para elas
Muitas vezes, os homens encaram o sexo como uma descarga de tensão. Por isso, eles adoram e se excitam muito com essa relação “às pressas”. “Há um aumento dos batimentos cardíacos, o que influencia no prazer”, diz Patricia Rosseto. Mas você pode tornar o momento inesquecível se investir em toques mais intensos e vigorosos no pênis. “Eles gostam quando as mulheres vão diretamente ao ponto”, afirma a terapeuta sexual Cristina Romualdo, do Instituto Kaplan, de São Paulo. Capriche também nas lambidas e mordidinhas nas orelhas – depois do órgão genital e do períneo, essa é a área masculina que mais estimula o sexo.
Dica quente: Homem adora saber que está dando prazer à parceira, e palavras sensuais têm efeito afrodisíaco para ele. Então, invista no vocabulário picante sem medo de parecer vulgar, pois ele tem tudo a ver com a adrenalina da situação.
Para eles
A forma como um homem tira a roupa da parceira faz toda a diferença na excitação feminina. “Vá beijando o pescoço dela, as costas, a barriga, a região entre as coxas e, só depois de explorar bem essas áreas, parta para o sexo oral”, sugere a sexóloga Carla Cecarello, de São Paulo. Outra ideia é se concentrar nos mamilos, que têm ligação direta com o órgão sexual. Dá para beliscá-los de leve, fazer carinho com a ponta dos dedos ou a palma das mãos, lambê-los, chupá-los devagar... Sentiu que eles ficaram durinhos?  Esta é a senha que libera a penetração.
Dica quente: Em vez de arrancar a calcinha de uma vez, puxe-a com as mãos coladas no corpo dela. Assim, ela sentirá o toque da sua mão segurando a peça durante todo o percurso e entrará de vez na brincadeira.
Para elas
“Os rapazes gostam de estímulos mais diretos, como beijos na boca bem ardentes, sexo oral e ter suas roupas arrancadas com bastante entusiasmo”, diz Carla Cecarello. Não é por isso, no entanto, que a mulher deve negligenciar as preliminares. Afague e lamba os mamilos dele também - essa região é rica em terminações nervosas e vai fazê-lo delirar. Antes de investir no sexo oral, dedique atenção à parte interna das coxas, com beijos e pequenas mordidas.
Dica quente: Improvise uma venda com alguma peça de roupa. Impedir que ele a veja aumentará sua adrenalina. Aproveite o creme hidratante ou a manteiga de cacau que você carrega na bolsa e use como um lubrificante para masturbá-lo.
Para eles
Aproveite que vocês têm a noite toda e faça de conta que o corpo feminino é um território desconhecido. Nada de bancar o ogro e tirar a roupa dela com pressa. Lembre-se: as mulheres levam horas planejando um momento especial, investindo em cremes, perfumes e lingeries. Valorize cada detalhe e retire as peças com calma e suavidade, beijando e acariciando cada área que é revelada. “Via de regra, nenhuma mulher gosta de ser tocada direta ou rapidamente nos genitais”, afirma a terapeuta Cristina Romualdo. A dica vale tanto para a masturbação quanto para o sexo oral. O ideal é sugerir a prática aos poucos. “Na dúvida, aposte nas carícias no pescoço ou nas costas, algo que a maioria adora. E beije muito”.
Dica quente: Chupe uma bala de menta, daquelas bem fortes, antes do sexo oral. Ela vai adorar a sensação geladinha da sua língua. Abra um vinho ou champanhe e, em vez de servi-lo em taças, esparrame a bebida nos seios da garota e beba com lambidas.
Para elas
Incremente o beijo: em vez de ir direto ao alvo, passe um tempo em todo o rosto, nos cantos dos lábios. Só depois encontre a sua boca com a dele, usando a língua. Homens amam massagem e uma boa ideia é aplicá-la não somente com as mãos. A famosa técnica tailandesa inclui cabelo, pés, pélvis, barriga, bumbum. Todo o corpo participa da brincadeira. “A nudez feminina é um forte estímulo sexual. Mas atitudes como tocar, beijar, acariciar e manipular os genitais são uma fonte segura de excitação e de uma relação sexual muito mais prazerosa. Os homens gostam de se sentir desejados e saber que suas parceiras querem e gostam de fazer sexo com eles”, diz Cristina Romualdo.
Dica quente: Estimule a imaginação dele antes de ir para a cama. Saia para jantar sem calcinha e dê um jeito para que ele a toque sem que ninguém mais perceba. Experimente algemá-lo ou amarrá-lo durante a sessão de massagem. O fato de ele não poder tocá-la vai aumentar ainda mais a excitação.



Meu marido não quer mais fazer sexo

Crescemos acreditando que os homens estão sempre prontos para o sexo, mas o que pensar quando são eles que não querem?
Ricardo Donisete, especial para o iG São Paulo 08/09/2011 08:00
Dor de cabeça. A velha desculpa usada pelas mulheres para evitar o sexo indesejado já virou piada. Estranho mesmo é quando eles usam a enxaqueca ou qualquer outro motivo para fugir da relação sexual. Recentemente, na França, um homem foi condenado a pagar a sua mulher uma indenização de 10 mil euros (o equivalente a R$ 23 mil) por não manter relações sexuais com ela durante anos. [Leia mais sobre o assunto aqui]

Polêmicas a parte, para o psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Junior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), tendemos a acreditar que os homens estão sempre prontos para o sexo, e isso é cultural. “As mulheres estranham quando eles não desejam sexo”, diz.

Médico especializado em sexualidade humana e diretor do Instituto Brasileiro para Saúde Sexual (Ibrasexo), Alfredo Donis Romero conta que a negativa para o sexo por parte do homem fatalmente dispara um pensamento aparentemente óbvio na cabeça de suas parceiras: “ele tem outra”. Mas nem sempre as suspeitas de traição têm fundamento. Romero diz que em pelo menos em 70% dos casos o problema pode ser de ordem psicológica ou refletir questões de saúde. “Os genitais não respondem de modo direto às ordens mentais, mas atuam por meio do sistema nervoso autônomo e, com isso, são extremamente suscetíveis às emoções", aponta Rodrigues Junior.

“Alguns homens começam a não ter mais aquela performance sexual que tinham antes, então eles ficam envergonhados e começam a evitar o sexo, mas não dizem claramente que não estão tendo uma boa ereção”, alerta o especialista. Homens com ejaculação precoce, por exemplo, começam a evitar o sexo porque sabem que a mulher vai ficar irritada por ele chegar ao clímax rápido demais.

Doenças como diabetes e arteriosclerose podem atrapalhar a ereção. Drogas, álcool, cigarro e alguns medicamentos também atuam como sabotadores do desempenho sexual. Em casos de enfermidades como essas, o melhor a fazer é procurar a ajuda de um médico especializado no assunto. Outros fatores como rotina, estresse e falta de novidade na cama também podem desencadear desinteresse sexual. Afinal, não só as mulheres têm esses conflitos internos.

Dividir problemas e encontrar soluções
Partir para acusações sobre uma possível traição é desaconselhável e, muitas vezes, injusto. Romero sugere uma possibilidade de abordagem suave e assertiva, de forma que o parceiro não fique acuado. “Eu estou percebendo que está aumentando o tempo entre as nossas relações”, exemplifica o médico, indicando um bom começo de conversa. “Quando a mulher toma essa atitude, ela passa a ser uma aliada fundamental do homem, e ele dela. Seja o problema de ordem biológica, genital ou anatômica”, analisa Romero.
Dividir os problemas com alguém pode torná-los menos pesados. “Tem que conversar de forma franca e aberta”, recomenda Romero. “Casal que não conversa é casal que se separa, é casamento que acaba”, sentencia.

Dez perguntas respondidas sobre o sexo no casamento

Quantas vezes por mês é normal fazer sexo? Diminuição da frequência é sinal de traição? Ela não quer mais saber de sexo, é normal?
Cáren Nakashima e Livia Valim, especial para o iG São Paulo 14/07/2011 11:49




A rotina, os problemas, a intimidade, os filhos. Tudo isso pode atrapalhar a vida sexual dos casais. A convite do Delas, a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), a psicoterapeuta Marilandes Ribeiro Braga, membro do CEPCoS - (Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade) e a terapeuta sexual Luciane Secco respondem perguntas de leitores sobre sexo no casamento.

1. É normal fazer sexo só uma vez por mês? Quantas vezes por mês um casal normal faz sexo?
Essa história de “normal” é muito relativa. O que é normal para uma pessoa pode não ser para outra. Algumas pessoas praticam sexo uma vez por mês com muita qualidade e se sentem completamente satisfeitas. Outras fazem todos os dias, mas é como se fosse uma academia de ginástica, aquela obrigação que precisa ser cumprida, sem qualidade alguma. A frequência é determinada por cada casal e ela pode variar de acordo com o momento de vida. Estresse no trabalho e dificuldade financeira, por exemplo, costumam diminuir a quantidade de relações. O que os casais devem se perguntar é se estão satisfeitos, e não se estão fazendo sexo quantas vezes deveriam. (Carla Cecarello)

2. Enquanto namorada, minha mulher adorava sexo. Agora, casada, não quer mais saber de nada. Meus amigos também reclamam. Isso é comum entre as mulheres?
Antes de acusar a esposa de não ter mais libido, os homens deveriam comparar o que eles faziam enquanto estavam solteiros e o que fazem agora. Algumas mudanças de comportamento do parceiro podem alterar o desejo de qualquer mulher. Necessariamente a culpa não é só da mulher, mas sim do casal. É preciso avaliar a vida sentimental e sexual da dupla, pensar nas mudanças que ocorreram após o casamento e retomar o romantismo, as surpresas e o namoro. (Luciane Secco)

3. Nós temos uma vida sexual ativa, mas meu marido ainda se masturba na minha ausência. Por quê?
Cada pessoa tem um ritmo sexual próprio. É normal que, em alguns casos, o homem deseje fazer mais sexo que a mulher – e resolva essa necessidade se masturbando. Ou pode ser simplesmente um prazer solitário que ele quer manter. A melhor estratégia é aceitar a masturbação como parte integrante da vida sexual dele e participar disso. Quem sabe você não passa a se interessar também pela masturbação? (Marilandes Ribeiro Braga)

4. Meu marido costuma acessar sites de sacanagem, mas não admite nunca quando eu pergunto sobre isso. Por qual motivo os homens têm esse costume?

Obviamente eles acessam sites de pornografia em busca de novidades excitantes. As mulheres não fazem o mesmo porque não foram educadas para isso. A sexualidade feminina é reprimida desde criança, já a masculina é estimula, os homens são “programados” para vivenciar o sexo desde cedo. Mas se isso realmente te incomoda, tente embelecer um diálogo com ele para que vocês possam melhorar a intimidade e encontrar, juntos, uma saída. (Carla Cecarello)

5. Depois que meu filho nasceu, o tesão entre meu marido e eu diminuiu. Não sei mais como resgatar o sexo no casamento e tenho um pouco de preguiça de falar sobre isso, confesso. Por onde eu começo?
Você precisa falar sobre sexo com ele, só assim poderá resgatar um papel tão importante na sua vida, que é o de amante. Para muitas mulheres que viram mãe o sexo passa a ter menor importância no dia a dia, mas sem isso seu casamento não estará completo e, mais cedo ou mais tarde, você também vai perceber que não está completa. Tem que se esforçar lançando mão de fantasias, novas propostas, acrescentando energia na sua vida como mulher – e não só como mãe. (Luciane Secco)

6. Diminuição na frequência sexual pode ser indício de traição?
Não necessariamente. O mais provável é que a diminuição de relações reflita estresse, descontentamento conjugal, patologia física ou depressão. Quem trai geralmente não deixa de ter relações com o parceiro, até porque quanto mais sexo se faz, mais vontade de fazer sexo se tem. As pessoas costumam deixar de fazer sexo com o cônjuge por traição quando se apaixonam por outra pessoa, mas mesmo assim não é certo e matemático. (Carla Cecarello)

7. Meu marido não quer mais transar comigo e diz que é “a idade”. Mas nós temos cinquenta e poucos anos. Será que isso é só uma desculpa ou o desejo do homem sofre queda com o tempo?

Os homens podem apresentar queda do desejo sexual nessa faixa de idade porque sofrem alteração hormonal. É necessário buscar ajuda médica para investigar se existe algum problema nesse sentido – se for necessário é possível fazer reposição hormonal. Descartada essa possibilidade, deve-se descobrir o que está acontecendo com o psicológico dele e a vida conjugal do casal para que o desejo tenha diminuído. Salvo os problemas físicos, a vontade de fazer sexo é muito pessoal. Tem homens de 50 anos que relatam ter mais desejo sexual hoje do que quando tinham 20 anos. E homens de 20 anos com pouco desejo. (Carla Cecarello)

8. Meu filho está com três anos e fico muito preocupada de ele ouvir ou ver eu e meu marido fazendo sexo. O que faço se isso acontecer? Devemos ser cuidadosos?
É preciso ter bastante cuidado. Em primeiro lugar, a criança não pode dormir no quarto dos pais, desde bebê ela deve ter seu próprio quarto. Deixe a porta do quarto de vocês trancada ao praticar sexo. Caso a criança precise de ajuda ou tenha algum problema, ela vai chamar. Por último, se por algum contratempo o pequeno vir ou ouvir algo, explique de forma bem simplista que papai e mamãe estavam namorando, mas não dê muita importância para isso, pois nessa idade não é possível entender muita coisa. E o mais importante: não fiquem neuróticos. (Marilandes Ribeiro Braga)

9. Confesso que depois de um tempo de casada ando preferindo dormir cedo a fazer sexo. O que faço pra deixar a preguiça de lado?

Mais do que preguiça, isso é falta de motivação. Muito provavelmente a parceria não está sendo tão interessante. É preciso conversar de forma franca e objetiva e detectar os pontos que não estão dando certo na relação. Só então vocês poderão propor saídas e transformar o que não está bom. Livros, filmes e contos eróticos podem dar uma injeção de motivação no relacionamento. Proponha também atividades prazerosas e que não necessariamente tenham relação com sexo, como sair pra jantar, ir ao cinema ou teatro. (Carla Cecarello)

10. No começo do casamento meu marido me respeitava mais, nunca olhava para o lado. Mas hoje ele nem disfarça o olhar quando passa uma mulher bonita. Será que isso é sinal de que ele perdeu totalmente o respeito e pode estar me traindo?
Não sei se é indício de traição, mas que ele perdeu o respeito há muito tempo, perdeu. E a única pessoa que pode recuperar esse respeito é você mesma. O fato é que existe alguma coisa bastante errada com o relacionamento e você não pode e nem deve ficar quieta, guardando a mágoa. Provavelmente ele não aceitaria que você ficasse olhando para outros homens, então que tal fazê-lo provar de seu próprio veneno para ver se ele entende? (Luciane Secco)

Você tem dúvidas sobre orgasmo? Mande para faleconosco@delas.com.br

DEZ BONS MOTIVOS PARA COMEMORAR O DIA DO SEXO NA PRÁTICA


DEZ BONS MOTIVOS PARA COMEMORAR O DIA DO SEXO NA PRÁTICA

“Dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, dia dos namorados. Em meio a tantas datas comemorativas no nosso calendário oficial, por que não criarmos um dia em homenagem àquilo que deu origem a tudo: o sexo?”. É com esse discurso que, há três anos, a empresa de preservativos Olla lidera um movimento nacional pelo Dia do Sexo. A data escolhida é bem sacada e faz alusão a uma posição sexual bastante conhecida: 6/9.
O movimento vem ganhando simpatizantes e tem repercutido também nas redes sociais. Bons motivos para comemorar o Dia do Sexo não faltam, nós listamos pelo menos dez bem convincentes e animadores.
1. Melhora a beleza da pele 
Aquele velho ditado não está errado: “sexo faz bem para a pele”. Uma descarga hormonal muito intensa é liberada durante o ato sexual. E é o estrogênio, presente na mulher em maior nível no momento da excitação, o grande responsável por essa melhora na aparência. “Ele faz bem para a textura da pele e para o cabelo, que fica mais brilhante”, explica a sexóloga Carla Cecarello.
2. Diminui o risco de infarto
Faça com empenho. A atividade física realizada durante o sexo auxilia na circulação sanguínea e, consequentemente, favorece o coração. Um estudo publicado pelo “Journal of Epidemiology and Community Health” comprova que manter relações sexuais de uma a duas vezes na semana diminui pela metade o risco de infarto.
3. Queima calorias 
O livro “Como Emagrecer Fazendo Sexo” (Ediouro, 160 páginas) faz relações divertidas entre comida e queima calórica. Confira algumas comparações: uma hora de preliminares intensas queima uma fatia grande de bolo de chocolate; 53 minutos de beijo de língua derretem um cheeseburger com 14 fritas; 15 minutos de sexo oral queimam 11 uvas; 14 minutos de carícias eliminam uma colher de sopa de musse de chocolate; e um sonho erótico com ejaculação involuntária queima 16 calorias.
4. Melhora a autoestima
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade do Texas, praticar sexo uma vez por semana aumenta a autoestima. A troca existente durante a transa faz homens e mulheres se sentirem mais seguros e desejados – e assim autoconfiantes. Jaqueline Barbosa, 22 anos, autora do blog “Casal Sem Vergonha” e namorada de Emerson Viegas, confirma o sentimento: “O sexo, definitivamente, faz com que eu me sinta mais bonita, sexy e também desejada. E não há nada melhor do que você se sentir assim”, conta.
5. Fortalece a musculatura 
A relação sexual frequente pode ser considerada uma atividade física: melhora a elasticidade corporal e fortalece a musculatura – inclusive da região pélvica, a mais difícil de ser exercitada. O enfraquecimento da musculatura dessa área pode contribuir para a ocorrência de incontinência urinária e/ou “queda de bexiga” nas mulheres. “Mas durante o orgasmo feminino, o órgão pode contrair entre duas e cinco vezes, e isso ajuda na prevenção”, conta Cecarello.
6. Aprimora o desempenho 
As pessoas falam muito de sexo, mas praticam pouco. Seja por preguiça ou por conta da rotina carregada, o sexo acaba ficando de lado no dia a dia. Contudo, só a prática aprimora o desempenho na cama. E isso não tem a ver com dar espetáculo e subir no lustre, mas sim com conhecer melhor o próprio corpo em busca de relações mais intensas e prazerosas. Dar mais prazer ao parceiro e buscar formas para isso também são decisões que precisam ser praticadas.
7. Aumenta a imunidade 
Cientistas da Wilkes University, nos Estados Unidos, apontam que fazer sexo uma ou duas vezes por semana melhora o sistema imunológico. A prática constante eleva os níveis de anticorpos encontrados na saliva e previne doenças como, por exemplo, a gripe e a febre comum.
8. Alivia o estresse
Os hormônios responsáveis pelo estresse são reduzidos durante a prática sexual, aponta um estudo publicado na revista Biological Psychology. Emerson Viegas – o lado masculino do “Casal Sem Vergonha” – fala sobre a estabilidade emocional que o sexo proporciona: “Acabo acumulando muito estresse por causa do trabalho e o sexo funciona como um aliviador. Tem gente que bebe, tem gente que fuma, eu faço sexo”, brinca.
9. Aproxima o casal
Quem vive um relacionamento fixo sabe que às vezes a coisa esfria. Porém, um estudo surpreendente divulgado pelo livro “Felizes Para Sempre – A Ciência Para Um Casamento Perfeito!” (Universo dos Livros, 368 páginas) diz que até mesmo o sexo sem muita vontade faz bem para o casamento. A explicação é que essa relação desencadearia no cérebro a liberação de hormônios vasopressina e ocitocina, que fortalecem os vínculos entre as pessoas. Obviamente a ideia não é fazer sexo forçado, mas fazê-lo mesmo com preguiça.
10. Dar aquela cochilada gostosa… 
Tem cochilada melhor do que aquela posterior ao sexo? Depois do orgasmo, homens e mulheres produzem altos níveis de prolactina. O hormônio, conhecido por ativar a produção de leite, funciona como um “freio sexual” e provoca aquela típica preguiça do depois.
Agora é só comemorar.