quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dez gatilhos que disparam disfunções sexuais na mulher

14/09/2011 -- 10h01
Reprodução
Parece incrível, mas mesmo nos dia de hoje – anos após a liberação sexual feminina - muitas mulheres passam mal ou sentem calafrios só de pensar em sexo. Esse tipo de sentimento tem nome - disfunção sexual - e é patológico, devendo ser tratado por especialistas. Essas disfunções podem surgir em qualquer momento da vida e por diversos motivos. Os exemplos mais comuns são:

Desejo sexual hipoativo (DSH): total falta de interesse pelo sexo, como se ele não fizesse diferença;

Transtorno de excitação ou frigidez: incapacidade de manter lubrificação ou a excitação;

Anorgasmia: inibição do orgasmo, ou seja, mulheres com essa disfunção são incapazes de ter um orgasmo;

Dispareunia: dor genital durante o ato sexual;

Vaginismo: contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração do pênis, dedo ou qualquer outro objeto;

Fobia ou aversão sexual: pânico e sentimento de repulsa diante de relações sexuais ou que levem ao sexo.

Vários motivos podem funcionar como gatilhos e disparar a disfunção sexual, mas sejam orgânicos ou comportamentais, na maioria das vezes estas causas podem ser tratadas. Confira a seguir oito motivos que podem colocar sua vida sexual em risco:

Fatores orgânicos

Antes de procurar um psicólogo ou terapeuta especializado para tratar qualquer tipo de disfunção sexual, deve-se primeiro verificar as causas orgânicas possíveis. Por isso, é importante procurar primeiro um médico ginecologista e fazer todos os exames necessários.

As doenças e disfunções relacionadas às disfunções sexuais podem ser desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos, infecções nos órgãos genitais ou o uso de medicamentos que tenham como efeito colateral a diminuição do desejo sexual.

Doenças psiquiátricas, como a depressão, também podem contribuir para a diminuição da excitação ou da vontade de fazer sexo.

Insegurança

O psicólogo Tiago Lupoli explica que o acesso livre e farto a materiais sexuais - em revistas, vídeos ou internet - pode tanto estimular as fantasias sexuais quanto fazer com que a mulher entre em conflito com seus limites morais e psíquicos, gerando medo de não corresponder às expectativas do parceiro.

Essa insegurança pode gerar uma falta de interesse pelo sexo, podendo causar a inibição do desejo sexual ou DSH (Desejo Sexual Hipoativo). "Essa é umas das disfunções mais frequentes entre as mulheres", conta o especialista.

Outros fatores desencadeadores de insegurança podem ser a falta de consideração do parceiro e decepções amorosas anteriores. Para todos os casos, uma psicoterapia ou terapia sexual deve ser feita.

Parceiros "apressadinhos"

O companheiro que não respeita o tempo da mulher para alcançar a excitação sexual ou mesmo o orgasmo, que geralmente é maior, pode gerar disfunções como DSH, dispareunia (dor durante o ato sexual sem motivo aparente) e vaginismo.

"Isso inclui aqueles parceiros que abrem mão das preliminares ou gostam apenas de recebê-la, mas não de fazê-la, e partem para a penetração logo de cara", esclarece Tiago Lupoli.

Ser tratada como um "objeto de desejo"

Homens que colocam suas mulheres em uma posição servente, na qual ela deve apenas gerar o orgasmo no homem, sem precisar ter o seu próprio, podem causar uma disfunção em sua parceira.

O medo pela falta de compreensão do parceiro e a falta de diálogo sobre o assunto provoca angústia na mulher e faz com que, gradativamente, o desejo vá diminuindo, podendo provocar o vaginismo e o DSH.

Problemas no relacionamento

Brigas entre o casal, rotina sexual afetada e falta de discutir o relacionamento são fatores que podem levar à insatisfação sexual. Nesse caso, a melhor solução é sentar e conversar com o seu parceiro a fim de descobrir a verdade raiz das disfunções.

Falta de tempo

Mulheres que ingressam no mercado de trabalho e sentem a correria das grandes cidades, a irregularidade na divisão de tarefas com o parceiro e aumento das responsabilidades, acabam sentindo-se excessivamente cansadas, gerando estresse.

"É normal que o cansaço iniba o desejo sexual uma vez ou outra, mas preocupa quando vira rotina", diz o psicólogo.

Essa situação é facilmente solucionada com uma baixa do estresse e do excesso de atividades. Tirar férias e viajar durante um fim de semana são medidas simples que, muitas vezes, funcionam. No dia a dia, é importante saber separar os horários de trabalho dos de lazer.

Traumas

Medos e tabus inconscientes, traumas em relações sexuais anteriores, abuso ou violência podem provocar um transtorno de excitação (frigidez), DSH ou dispareunia. "O momento do ato sexual revive o trauma, não sendo prazeroso para a mulher e podendo causar o efeito contrário, como dores ou sentimento de repulsa", explica Tiago Lupoli.

Quem sofre desse problema deve procurar um profissional especializado a fim de que ele a ajude a superar o trauma, eliminando junto com ele as disfunções sexuais.

Falta de orientação sexual ou educação inadequada

Famílias com educação repressora, que ensinam que o sexo tem como única finalidade a reprodução, ou que se posicionam extremamente rígidas na preservação da virgindade da filha são, muitas das vezes, a causa principal do transtorno de excitação (frigidez).

"A mulher cuja família ou escola ensinou que o sexo serve para procriar, e não como uma necessidade física e psicológica, não sente prazer frente aos estímulos sexuais", afirma o psicólogo.

Questões socioculturais

A anorgasmia, ou ausência do orgasmo feminino, tem como principal causa a interpretação sociocultural sobre a posição submissa da mulher no sexo, que foi transmitida de geração por geração, além das proibições religiosas. Até hoje, algumas culturas e religiões veem as carícias, o sexo anal e o sexo oral como aberrações. Nessa situação, o ideal é dar total poder à mulher durante a relação.

Fobias e traumas mais profundos

A fobia sexual - que são sentimentos de repulsa, ansiedade e medo do ato sexual - é a mais limitante das disfunções sexuais femininas, pois a portadora da fobia evita tanto as situações que favorecem o ato sexual - como sair à noite com um parceiro - quanto situações que trazem o assunto à tona - como conversas com amigos e até a ajuda profissional especializada.

Segundo Tiago Lupoli, a causa dessa disfunção não é orgânica e está intimamente ligada a traumas ou situações que revivem experiências guardadas na estrutura psíquica da paciente, o que gera extrema ansiedade frente a situações relacionadas com sexo. (Fonte: Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)

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