sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Como saber se ele está curtindo suas técnicas na cama

Saiba como perceber se ele gosta do que você faz na hora da transa sem precisar de interrogatório

Atualizado em 18/11/2011
Fernanda Colavitti
Casal na cama
Saiba identificar se ele está curtindo suas técnicas na hora da transa
Foto: Getty Images
Se o seu amor é caladão na cama, a melhor maneira de saber se está curtindo suas técnicas é perguntar (com jeitinho). Ele nem vai notar que está sendo interrogado:

Vai, continua...
Durante o sexo: Questione de forma descontraída e sexy:  "Quer de novo?". Se ele disser sim na hora, continue. Se hesitar muito, desista.
Depois: Acaricie o peito dele e pergunte-lhe o que achou. O toque o fará se sentir conectado a você e aberto a responder.

Isso, assim...
Durante o sexo: Dê a ele duas opções: "Você acha melhor x ou y?". Como as duas respostas serão positivas, ele não temerá responder.
Depois: Mande uma mensagem descrevendo uma técnica sexual e peça para ele dar uma nota de 1 a 10. Ele só terá de digitar um número. E sem olhar nos seus olhos.

Adoro o seu...
Durante o sexo: Diga "Eu amo quando você...". Sua revelação sexy pode motivá-lo a se abrir também.
Depois: Diga para o seu querido quanto a transa foi incrível e quais os momentos de que mais gostou. Agora é a vez dele de repercutir as melhores cenas. E pedir reprise.

El Satse felicita al SAS por la consulta de salud sexual en el Reina Sofía


Una enfermera asesora a pacientes intervenidas en procesos ginecológicos

EL DÍA | ACTUALIZADO 07.12.2011 - 01:00El Sindicato Profesional de la Enfermería Satse, valoró ayer de forma positiva la creación en la primera planta del Hospital Materno-Infantil de una consulta externa de nueva apertura dirigida a mujeres intervenidas de procesos tumorales ginecológicos, donde el objetivo principal que se persigue es tener una vida sexual más saludable. En la consulta, la enfermera especialista en Sexología Carmen Jurado atiende a las pacientes derivadas sobre todo de las especialidades de Oncología Médica, Radioterapia y Ginecología. 

El Satse aseguró que, según ha podido constatar con Jurado, en la consulta se dan tanto la información como el asesoramiento y la terapia breve sexual con las herramientas más útiles de las que se sirve la sexología. Además apuntó que "estas pacientes han de adaptarse a su nueva situación, aprender a tener una sexualidad diferente y buscar el ajuste con la pareja para recuperar la funcionalidad en este terreno de la vida". Para ello en esta consulta, se trabaja la imagen corporal, estima, afectividad, habilidades de comunicación en la pareja, erotismo, fantasías y, en general, la recuperación del placer global. 

Según las fuentes consultadas por el sindicato de la Enfermería, aproximadamente 400 pacientes son tratadas anualmente de procesos ginecológicos cancerígenos y todas estas pacientes serían susceptibles de recibir atención especializada en esta consulta. En las sesiones se ofrece asesoramiento e información para tener una vida sexual más saludable, según la información facilitada por el sindicato. 

El Satse, por tanto, reconoció el trabajo esencial de la enfermera especialista en Sexología Carmen Jurado por su labor al mismo tiempo que demandó al Servicio Andaluz de Salud (SAS) la continuidad de este modelo sanitario. El Satse también consideró conveniente que esta iniciativa se implante al conjunto de hospitales de la provincia.
http://www.eldiadecordoba.es/article/cordoba/1132636/satse/felicita/sas/por/la/consulta/salud/sexual/reina/sofia.html

Como se fazer ouvir pelo parceiro


Aprenda a se comunicar com o seu amor e torne a relação mais feliz

Atualizado em 29/11/2011
Melissa Diniz/ Edição MdeMulher
Conteúdo do site CLAUDIA
Casal na cozinha

Quer saber o segredo dos casais felizes? "Eles aprenderam a se comunicar", revela a terapeuta Lana Harari. Ela ensina algumas estratégias para fazer a comunicação amorosa fluir

· Antes de fazer uma queixa ou um pedido ao parceiro, observe seus sentimentos e suas ideias. Procure identificar o que realmente deseja - e mantenha a calma ao se expressar.

· Se algo a incomoda, diga com todas as letras. Ele não vai adivinhar sozinho, mas tenha o cuidado de manter o foco em você, não no outro. Por exemplo, evite acusar com frases como: "Você me magoa". Diga: "Eu fico chateada quando..."

· Seja oportuna: não espere a hora de deitar para abordar um assunto sério, não ligue no trabalho para discutir a relação nem interrompa o programa predileto dele para contar todas as novidades do seu dia-a-dia. Tente se colocar no lugar do outro. Você gostaria que ele fizesse isso com você?

· Se quer perguntar algo ao seu parceiro, evite o tom inquisitório, de cobrança, mas seja clara. Por exemplo: "Você prefere sair ou ficar em casa?" Parece bobagem, mas ajuda

· Nada de julgamentos precipitados. Se acha que ele está calado porque anda bravo com você, pergunte se é isso mesmo. Pode ser por uma razão que você nem imagina

· Procure não ficar remoendo as mágoas. Resolva cada problema de uma vez, recordar crises antigas não ajuda.

· Para tratar de temas pessoais, escolha um lugar reservado. Olhar diretamente nos olhos irá ajudá-lo a manter o foco.

· Não fale com seu parceiro como se ele fosse criança. Se estiver mudo ou respondendo com evasivas (hum-hum, sei, ok, pode ser...), é melhor perguntar se está sendo clara.

· Cuidado com a violência verbal: não são apenas gritos ou xingamentos que ofendem, a ironia é destrutiva. E aí começa o círculo vicioso: você agride, ele foge da conversa; você entende o silêncio dele como pouco caso, fica mais furiosa...

· Quando ele falar com você, não o interrompa mil vezes.

· Se receber algum tipo de crítica, tenha a humildade de examinar a situação. Caso necessário, peça desculpas.

· Diante de qualquer conflito, lembre-se de que não existe uma verdade única e absoluta, e sim duas opiniões importantes. Para chegar a um acordo, ambos precisarão ceder um pouco. Seja flexível, busque a negociação.

Como dizer ao parceiro que você quer mais sexo


Dicas de como conversar quando o parceiro quando você está insatisfeita sexualmente

Atualizado em 07/12/2011
Julia Moióli
Casal feliz
Está sentindo falta de sexo? Converse com o seu parceiro
Foto: Dreamstime
Está sempre no pique para o sexo, mas nem sempre é correspondida... Para virar o jogo, você precisa entender como anda sua relação. Saiba como conversar com o parceiro.

Pisando em ovos
Tocar nesse assunto com seu amado está longe de ser fácil. Ele pode se sentir intimidado e pular fora da conversa - sem contar que homens, por natureza, já não se empolgam com DRs. Se ele não fala e você também não toca no assunto, há grandes chances de a relação azedar. Também é preciso estar preparada para respostas evasivas no início. Mas não existe outra saída. "Seja enfática, tenha personalidade e não se submeta: vocês precisam, sim, conversar", diz o ginecologista Amaury Mendes Júnior, especialista em terapia sexual e de casal. Sem fazer drama, diga que sente falta de fazer sexo com ele e deixe-o falar.

Por que ele não está a fim?
Fatores hormonais (baixa de testosterona ou de hormônios ligados à tireoide), doenças crônicas (diabetes, obesidade, hepatite C), ingestão de medicamentos que alteram o desejo (antidepressivos), alcoolismo ou uso abusivo de drogas podem diminuir o tesão do seu parceiro, além de stress e angústia em relação a desemprego, problemas financeiros e perdas afetivas e paternidade. Mas, se ele se afasta sem motivo toda vez que você tenta um carinho mais íntimo ou está sempre cansado, é sinal de que está em uma crise de desempenho (dificuldade de achar seu papel de homem na sociedade), de que a relação caiu na rotina ou de que seu companheiro não se sente mais atraído por você - por mais duro que seja, esteja preparada para ouvir isso. Nos dois casos, a ajuda de um terapeuta é bem-vinda.

Dê uma mãozinha
Atitudes simples, como combinar uma viagem longe dos problemas cotidianos (e dos filhos, se vocês tiverem) e colocar uma roupa sexy em casa para se mostrar disponível, podem reaproximar vocês. Para o seu próprio bem, só não coloque as expectativas lá em cima. "Às vezes, você resolve vestir uma roupa ou fazer uma surpresa que envolve toda a sua energia e o homem não responde do jeito que se espera", avisa a terapeuta sexual Ana Canosa.

Invista na brincadeira
Você mesma pode tentar também alguns joguinhos indicados pelos terapeutas sexuais. "Estabeleça um contato corporal sem ser genitalizado para tirar o receio da penetração: por exemplo, na cama, espalhe óleo na palma das mãos dele e guie pelo seu corpo, ensinando onde gosta de ser tocada, e deixe que ele faça o mesmo", sugere Mendes Júnior. Aos poucos, vá incrementando a brincadeira. A ideia em todos esses casos é aumentar a intimidade do casal e, assim, despertar o desejo adormecido dele.









http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/esquente-o-clima/como-dizer-ao-parceiro-voce-quer-mais-sexo-648508.shtml

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ministros do Zimbábue serão circuncidados "para servir de exemplo"


Medida pretende incentivar combate à Aids. Estudos médicos indicam a circuncisão pode reduzir o número de contaminações pelo HIV

Todos os homens do gabinete de ministros do Zimbábue serão circuncidados "para dar exemplo" e tentar reduzir a taxa de infecção do vírus da Aids, em um país em que um em cada sete é soropositivo, anunciou a vice-primeira-ministra do país, Thokozani Khupe.
"Como líderes no governo, devemos dar exemplo para que quando vamos à raiz do problema (aids), se possa entender a importância e os benefícios (da circuncisão)", justificou Thokozani ao jornal governamental "Sunday Mail", quem admitiu que os ministros pensavam que a medida era uma brincadeira quando foi anunciada.
Zimbábue iniciou uma campanha nacional de circuncisão há dois anos, e estima-se que 30 mil homens já tenham se submetido ao procedimento, centrado nos últimos meses especialmente nos maiores de 13 anos.
Estudos médicos indicam que a circuncisão pode reduzir o número de contaminações pelo vírus HIV em até 60%, por isso que as autoridades zimbabuanas têm como objetivo circuncidar 1,2 milhão de homens até 2015.
"Nosso objetivo é que ninguém morra de HIV nem por doenças derivadas da Aids, só podemos conseguir isso quando nossos líderes comecem a marcar certas pautas", acrescentou Khupe.
Um estudo apresentado em junho e elaborado pelo Unicef e o Banco Mundial indica que cerca de 2,5 mil jovens contraem o HIV diariamente no mundo todo, e a África Subsaariana é a região mas afetada pelo vírus do planeta.

Sex Addiction: The Null Hypothesis


You cannot prove sex addiction doesn't exist; it must be proven that it does.

Marnia Robinson
This post is a response to The Wages of Sexual-Addiction Politics by Marnia Robinson
I've recently begun to publish small excerpts and arguments from my forthcoming work, The Myth of Sex Addiction. As I've done so, I've heard from sex addiction proponents who argue that I must accept the tide of social opinion, that sex addiction is real. I suggest that they, and Ms. Robinson, are ignoring crucial tenets of the philosophy of science.
Michael Crichton said, "Whenever you hear the consensus of scientists agrees on something or other, reach for your wallet, because you're being had." If we are told that scientists and researchers and theorists are agreeing that sex addiction is real, despite there being no real empirical research to support it, I'm a bit worried, because it is a sign that something other than science is at play. I agree with Marnia Robinson that politics are at play here. We just disagree about which side they are playing on.

Thomas Kuhn was an American physicist and philosopher who changed our views of science, arguing that despite our beliefs that science moves on the basis of evidence, it in fact moves like all other human endeavors, on the basis of power and personality. He showed that when "paradigm shifts" occur—that is, major changes in understanding of science and scientific principles—they happen as a result of consensus between scientists, consensus that happens as critics are silenced or die out, not as a result of evidence piling up and finally convincing the critics they were wrong. One might begin to worry, then, that the constant pressure to add sex addiction as a diagnosis reflects less the influence of scientific research and more the influence of "consensus," powerful personalities, and agreement.
Karl Popper was also a philosopher of science, who saw the same problems that Kuhn did and attempted to help science resolve them. He created the structure known today as the "null hypothesis" and the argument that scientific work should be "falsifiable." In other words, scientists should not set out to prove themselves true but should set out to test whether they can prove their hypothesis is false. If a scientist cannot create an experiment that shows their hypothesis is false, then maybe it is true. But if they create an experiment that shows their hypothesis seems to be true, there are many different possibilities and unknown factors that could have led to that accidental verification.
Popper famously challenged the theories of psychoanalysis and Sigmund Freud, asserting that his theories were untestable. Science could not prove or disprove Freudian theories, because anytime that an answer or result didn't gibe with the predictions, then the field of psychoanalysis had many very clever, and equally untestable, alternate explanations waiting in the wings.
Sex addiction is not falsifiable, as currently identified. Because the theory is so vague and all inclusive, any challenges to the theory can be explained by reference to one of the alternate explanations. The definition of sex addiction includes both sexual excess as well as "sexual anorexia," defined as "behavior that is compulsively aversive to sexual activity." How can you argue against or disprove a diagnosis that encapsulates both the presence of a symptom and its absence? Historically, and in a similar vein, the diagnosis of nymphomania was once argued to include and be caused by both the inability of a woman to have an orgasm and a woman's multiorgasmic overresponsiveness to sexual stimulation!
When a person is "acting out" sexually, they're diagnosed with sex addiction. When a person who used to act out sexually is no longer acting out, without ever having received treatment, they are not pronounced cured but are instead labeled as being in the midst of a cyclical phase of attempting to control their behaviors.
Most sex addiction theories describe that addicts engage in sex to manage uncontrollable emotions, as a form of self-medication. But when studies offer evidence that there are addicts who in fact display little if any emotional pain, at least one response has been to suggest that the clients are emotionally numb, using sex to "break through" their numbness and feel something, even pain. Similarly, 19th century cereal magnate John Kellogg argued that masturbation resulted in either physical underdevelopment or overdevelopment. If a girl's breasts were too small or a boy's penis too large, both were clear signs that the child's physical development had been tainted by the corrupt influence of self-stimulation. When theories are fluid and unfalsifiable, it is easy to see what we expect, especially when the science is not working the way Kuhn suggested.
In the realm of scientific investigation, it is the responsibility of the believers to test and defend the validity of their hypothesis. If they cannot, then the null hypothesis, that the believers are wrong, is assumed to be true. Despite the challenges I have received as I criticize sex addiction, it is not my burden to prove that sex addiction doesn't exist. Instead, the field of sex addiction must prove scientifically that it does not. And to date, that proof is not forthcoming. Telling men with problems that they have sex addiction, and then having them become evangelists for sex addiction does not constitute proof. It is possible that investigations of hypersexual disorder may demonstrate proof that there is some kernel of truth here, but even that will not prove that there is an addictive process at work. Until then, the scientific answer is that sex addiction most likely does not exist, if it cannot be scientifically demonstrated. This is not science decreeing anything. In fact, in contrast to Ms. Robinson's assertion, this is not science working at a political level. Instead, this is the scientific process working as it should, to minimize the impact of human convictions and beliefs.
Finally, according to multiple individuals, sex addiction was not included in the DSM5 because of the poor science, not because of politics. Sex addiction was not included as a diagnosis in the addictive category due to lack of "empirical evidence," despite there being some usefulness to the concept, according to Dr. Martin Kafka. Sex addiction as an addictive disorder was declined by the DSM5 task force, along with problems related to shopping, working, and Internet use, all because of a serious lack of hard data, according to Charles O'Brien, MD, chair of the APA's DSM Substance-Related Disorders Work Group.


http://www.psychologytoday.com/blog/women-who-stray/201112/sex-addiction-the-null-hypothesis

sábado, 3 de dezembro de 2011

Excluídas do mercado de trabalho, travestis encontram sustento e aceitação na prostituição


UOL
 
Estilo
01/12/2011 - 07h00

VLADIMIR MALUF

Da Redação
Estariam as travestis condenadas à prostituição? Pode ser exagero dizer que sim. Mas pode não ser. Antes de qualquer julgamento, reflita: quantas travestis você tem como colegas de trabalho? Seja chefe ou funcionária. E fazendo faxina na sua casa? Na loja onde você compra roupas, talvez? Abastecendo o seu carro ou te atendendo no “por quilo” onde você almoça diariamente? A verdade é que o mercado de trabalho é duro com esse grupo de pessoas que, muito frequentemente, encontra na prostituição o sustento e, principalmente, acolhimento. E se você ainda duvida que elas tenham poucas opções, responda para si mesmo, honestamente, se você contrataria uma.

O psicólogo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-Sorocaba) Marcos Garcia realizou uma pesquisa sobre a prostituição das travestis. Segundo ele, a maioria delas tem origem humilde e procura fazer programas como meio de vida. “Um jovem gay, efeminado, sem apoio financeiro e familiar, vindo de camadas populares e sem possibilidade de estudos vê no comércio sexual uma das poucas saídas.“
  • Arquivo pessoal
    Giovanna Di Pietro, que afirma que o mercado de trabalho é difícil para as travestis

Além do problema da documentação -pois as travestis assumem uma personalidade feminina, mas dependem de sua identidade oficial- o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, diz que as travestis são associadas à prostituição, violência e ilegalidade. “São encaradas de modo negativo, o que as impede de serem contratadas. A percepção é sempre preconcebida. O mecanismo cognitivo exige utilizar vivências passadas para compreender o presente e decidir o futuro. Assim, tudo o que foi ouvido desde criança a respeito de travestis influenciará na tomada de decisões agora.”
Tão importante quanto a renda, o mercado sexual traz o bem-estar que travestis não encontram em outros grupos, normalmente. “É onde elas são valorizadas, principalmente, por clientes. Elas se sentem desejadas por seu corpo feminino. A demonstração do desejo é um fator importante. Se a pessoa está em um processo de buscar se sentir mais feminina, o interesse do cliente, que mostra que ela é feminina, é acalentador”, afirma Marcos Garcia.
Para Giovanna Di Pietro (à dir.), 28, travesti brasileira que faz programas na Europa, não há muita escolha a não ser a prostituição. “É a saída que uma travesti encontra para se transformar. Quando eu comecei a mudar meu corpo, os trabalhos convencionais ficaram praticamente impossíveis”, conta ela, que era assistente de produção de figurino em uma agência de publicidade. “Nessa fase, você passa a ser menos aceita socialmente. Consequentemente, a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho é quase nula.” 
Em sua pesquisa, o psicólogo Marco apurou que o mercado sexual também tem como principal atrativo a alta remuneração. “Na prostituição, a exemplo de outras profissões como modelo e jogador de futebol, há um período que traz muito dinheiro. Mas isso muda com o avanço da idade. Os clientes vão rareando. Com isso, a travesti tem uma perda financeira e passa a ser menos desejada, o que é muito sofrido.”
Jovem e bonita, Giovanna concorda que os ganhos são um grande convite para entrar na prostituição. “Quando você está se prostituindo, começa a ganhar dinheiro como nunca ganhou. E esse dinheiro lhe permite investir em você, mudar o corpo, comprar bens materiais etc.”
 

Dificuldade de compreensão e desrespeito
Marco afirma que nenhum grupo social no Brasil sofre mais discriminação do que as travestis. “Esse preconceito é tão intenso que há quem use o termo ‘transfobia’. Os assassinatos de travestis costumam ser muito cruéis. É um nível de violência altíssimo. Há o preconceito pela orientação sexual, mas, principalmente, pela identidade de gênero.“
Para o psicólogo Rafael Kalaf Cossi, autor de “Corpo em Obra” (Ed. nVersos), sobre transexuais, o preconceito contra homossexuais, em especial as travestis e transexuais, tem uma explicação. “Nós não temos a certeza absoluta da nossa identidade sexual. Isso é uma ilusão. O terreno é muito embaralhado. Quando vemos uma travesti, isso traz à tona algo que a gente não quer saber.“
Excluindo a existência de homossexuais ou qualquer variação pelos pais, as crianças  aprendem que só há homens e mulheres, que devem desejar, respectivamente, mulheres e homens. “Passamos de 15 a 20 anos reforçando essas ideias para confirmar o que somos. Mas há variações inúmeras que não são socialmente compreendidas ou assumidas como reais. Desta maneira, não podemos admitir que exista uma pessoa que destoe do que aprendemos”, explica Oswaldo.

Na opinião do especialista, para compreender as pessoas que são diferentes necessitaria de um grande esforço emocional e comportamental, mas a maior parte das pessoas prefere usar essa energia para investir em outros assuntos, principalmente os de maior retorno financeiro.
“Mesmo as famílias que vivem com uma pessoa transexual, e precisariam adaptar-se, mostrarão grande dificuldade em compreender, elaborar e mudar suas perspectivas cotidianas e adaptar-se a esta identidade não prevista pela família", diz o psicólogo. Outras pessoas têm menos necessidades de se adaptar, "pois há um afastamento afetivo que permita gastar menos energia para modificar suas formas de compreender a realidade.”

Para Oswaldo, que concorda que a sociedade em geral não recebe bem as travestis, as coisas seriam diferentes se não houvesse tamanha discriminação. "A prostituição será abandonada se elas forem reconhecidas pela identidade que compreendem pertencer, mesmo que isso traga dificuldades sociais financeiras."

http://m.estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2011/12/01/vitimas-de-preconceito-travestis-encontram-na-prostituicao-o-sustento-e-a-aceitacao.htm