sábado, 28 de abril de 2012

Teología y sexo



Juan José Millás


A Juan Antonio Reig Pla, obispo de Alcalá, le gusta más hablar de sexo que de Dios. De hecho, a Dios ni lo menciona últimamente porque lo que a él le pone no es la teología, sino la sexología. Acabará abriendo en el palacio episcopal una consulta de enfermedades venéreas como las que se veían en el Madrid de los años 50 del pasado siglo, una consulta cutre, con chinches y olor a formol. Aparece monseñor en la tele y a mí me da un ataque de sinestesia, pues percibo su olor a través de la vista. Lo huelo tanto que he de taparme las narices y ventilar luego la casa. Los telediarios en los que sale monseñor Reig apestan a sexo rancio, a testosterona caducada y a ignorancia roquefort. No todas las ignorancias huelen igual, pero la del obispo de Alcalá huele a roquefort, o sea, a pies. Que se asee un poco.
He ahí, en fin, un caso de vocación equivocada, como el de tanta gente que empieza una carrera y la abandona a la mitad por otra, o como tanta gente que finge formarse en esto y se forma en aquello. La pregunta es dónde obtuvo Reig los profundos conocimientos de que da muestras acerca del sexo. En otras palabras: ¿Disimulaba, de estudiante, los textos de sexología entre las tapas de los de teología o los de teología entre los de sexología? En cualquier caso, estudiara lo que estudiara, de lo que a él le gusta presumir es de formación venérea, de técnicas amatorias y de testosterona. No es que la religión no le haya servido de nada, pues gracias a ella sabe que la homosexualidad es una enfermedad que se cura con las terapias adecuadas y que los homosexuales castos pueden ser muy felices. Esa combinación multidisciplinar entre religión y genitalidad (la genitalidad le encanta) podría dar lugar a una nueva disciplina intelectual de enorme éxito, como cuando a alguien se le ocurrió juntar Económicas y Empresariales. 
Ahí está Monseñor, ahí sigue, utilizando el púlpito y la tele para propagar el odio a la diferencia sin que sus superiores se atrevan a llamarle al orden. A lo mejor es que a sus superiores, como tema de conversación, les pone también más el sexo que Dios.
http://www.farodevigo.es/opinion/2012/04/21/teologia-sexo/642304.html

Masturbação e pornografia é uma forma de traição?


Sex, 27/04/2012 - 09h48 - Amor e Sexo

Masturbação e pornografia é uma forma de traição
Foto Graur Razvan Ionut Images/ http://bit.ly/dbzZo0
Se você é destas que se preocupam excessivamente com o que seu amado anda vendo na internet ou fazendo antes do banho, saiba que se o assunto for filmes pornôs e masturbação não há com o que se preocupar. Todos eles fazem isso, fizeram ou vão fazer.
Ouça: especialistas afirmam que não há nada de mal!
É possível explicar cientificamente a atração dos homens por pornografia e masturbação. O psicoterapeuta sexual Oswaldo M. Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, diz que o desejo sexual é uma motivação que conduz a diferentes comportamentos. Por isso, homens e mulheres podem reagir de forma opostas às motivações. Ele conta que há três tipos de desejo sexual: o pela parceira escolhida, pela pessoa socialmente idealizada e o desejo de autoerotização. O último é conhecido como masturbação.
A pornografia muitas vezes serve como estímulo para a autoerotização. "Amasturbação, assim como a relação sexual, conduz ao bem-estar, à melhoria do desempenho fisiológico e profissional, à diminuições de ansiedades diárias, ao aumento da capacidade de suportar frustrações etc.", afirma o psicoterapeuta.
Se você não gosta, por qualquer motivo, que seu companheiro veja filmes adultos e sinta prazer sozinho o melhor a fazer é deixar isso claro para ele. Porém, antes de colocar o rapaz contra a parede, Dr. Rodrigues Jr. recomenda: "A demonstração da insatisfação deve ser verbal, direta e clara. Falar do que sente e o que lhe passa pela cabeça logo antes do que sente ajudará a ambos elaborarem alternativas para que se mantenham juntos, se assim o desejarem."
O psicoterapeuta lembra que os filmes eróticos muitas vezes são usados como forma de estímulo para os homens. Mas nada impede que você também tire proveito deles. "Ambos podem ter nos filmes pornográficos uma estimulação a dois que culmine no prazer de ambos ao mesmo tempo", ressalta Dr. Rodrigues Jr. A masturbação não está ligada à falta de desejo pela parceira, muito pelo contrário. Quando há problemas na relação muitas vezes o homem tenta deixar isso claro através da falta de interesse sexual.
Dr. Rodrigues Jr. explica: "Se a masturbação for motivada pelo desejo de autoerotização, a estimulação a dois não satisfará a este homem. Mas quando a comunicação efetiva do casal estiver comprometida, o negar-se ao sexo pode conduzir à tentativa de demonstrar a insatisfação. Porém, esta forma não produzirá a autossatisfação e, possivelmente, deixará de ocorrer em prazo curto. Afinal não era o objetivo deste homem e não havia motivação coerente para que a masturbação se mantivesse."
Não se esqueça que o ciúme não é justificável. Aliás, segundo o psicoterapeuta, ele nunca é. "O ciúme é uma emoção advinda da frustração de não controlar o outro como se gostaria de fazer. Controlar a vida de outra pessoa sempre será frustrante", define.
Por isso, se o rapaz desejar manter este ritual sozinho, não se preocupe, não há nada de errado. "Ambos precisam saber a que se destinam e o quanto podem e precisam fazer para que o casal continue funcionando e tenha uma razão para continuar juntos", finaliza Dr. Rodrigues Jr.
Por Bianca de Souza (MBPress)


http://vilamulher.terra.com.br/masturbacao-e-pornografia-e-uma-forma-de-traicao-3-1-30-1153.html

terça-feira, 24 de abril de 2012

6 situações que deixam o sexo ruim; confira como resolvê-las


21/04/2012 | 15h19min

Sexo, mesmo quando é ruim, ainda é muito bom." A famosa frase do cineasta Woody Allen (que adora falar desse assunto) pode até fazer sentido para grande parte dos homens. Já para nós, mulheres, sexo ruim é simplesmente ruim. Eles conseguem atingir o orgasmo até mesmo em uma relação sexual mecânica, sem clima e roteirizada - que repete a exata sequência de etapas das transas anteriores. São capazes de gozar indo direto ao ponto, descartando as preliminares, e (que deselegantes!) sem se preocupar se sua performance está agradando ou não.
Não tem jeito: para o sexo ficar bom, nesses casos, é preciso mostrar a eles outros caminhos. Pensamos em seis situações frequentes e reunimos dicas para contorná-las e trazer o clima de volta - quando o esforço for válido, é claro!
1. Ele não tem ritmo
O fenômeno britadeira (aqueles movimentos sequenciais, firmes e rápidos) não costuma ter relação com falta de interesse do cara em você. Na maioria das vezes, ele simplesmente não sabe como agradar a mulher. Para acalmar um homem-britadeira, você pode conduzir a mão dele ou ficar por cima durante a penetração e comandar os movimentos."
2. Ele é performático
"O homem que age assim deixa nítida a falta de envolvimento com a parceira e com a situação." Nessas horas, ela diz que o melhor é cair fora antes de você entrar (sozinha!) em uma relação.
3. Ele vai direto ao ponto
O homem se excita muito mais rápido do que a mulher (culpa de uma concentração de testosterona 90% maior). Para eles, as preliminares são mesmo uma etapa opcional. Ir direto ao ponto pode ser sinal de ansiedade, pouca experiência ou simplesmente de falta de consideração! "Em casos assim, nada impede que a mulher tome as rédeas e comece por conta própria os agrados no moço", diz a psicóloga Maria Claudia.
4. Ele fica meloso
Esse comportamento não é incomum em homens apaixonados. Se a atitude incomoda, demonstre que não é a fofurice no jeito de falar que faz você sentir segurança na relação. Como? Dando beijos efusivos quando ele se comporta do jeito que lhe agrada - e fazendo cara de paisagem quando ele faz voz de bebezinho.
5. Ele não sabe pedir
Ansiedade e inexperiência estão por trás dessa atitude. "Misturado também com um certo egoísmo por parte do homem", comenta Maria Claudia Lordello. "Assim ele acaba arruinando uma transa que poderia ser legal se tivesse mais carinho e paciência. "Se você acha que a relação vale a pena e não quiser simplesmente dizer tchau, vai ter de tocar no assunto.
6. Ele repete o roteiro
O cara pode estar com a cabeça ocupada com outros problemas e não ter energia para ser criativo na cama, por exemplo. E isso só será resolvido se você tomar a iniciativa de mudar a rotina. Interrompa-o quando ele for passar para o segundo "passo" do roteiro e proponha uma nova sequência. Se ele entrar na brincadeira, a questão está solucionada. Se não, é hora de conversar sobre a relação.

Justiça seja feita

Vamos ser realistas? Sexo é bom, sim, mas aquela sensação de ver fogos de artifício não acontece todo dia - depende da afinidade do casal, do clima do momento e da experiência de cada um. Para que o resultado seja bom, sua maneira de encarar o sexo e de se comportar na hora de transar é tão importante quanto a atitude do homem. "É bem mais fácil ficar decepcionada quando se tem um padrão romântico idealizado ou quando se acredita em um papel passivo da mulher na busca pelo prazer", diz a psicóloga Angélica Amigo.
Se algo não vai bem entre quatro paredes, o primeiro passo é refletir sobre o que você mesma poderia fazer para mudar. Às vezes rola sentar e conversar. Em outros casos é melhor deixar que o corpo "fale" sozinho na hora de propor as mudanças. Só não vale se enganar achando que sexo ruim não é algo tão ruim assim para a relação. "Sexo bom é tão importante quanto qualquer outro ponto de um relacionamento, seja ele a afinidade, o sentimento ou o respeito", completa a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.
M de Mulher 

Polícia Militar prende ladrão de égua acusado de zoofilia em Bayeux; veja fotos


24/04/2012 | 09h53min

Nesta segunda-feira (23) três homens foram detidos acusados de prática de zoofilia (manter relações sexuais com animais) na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa. Os três foram denunciados pela vizinha que suspeitou do barulho.

Foram presos José Severino dos Santos, 62 anos, Marcos Antônio Pereira, 43, e Severino da Silva, 64, moradores da rua Gustavo Maciel Monteiro, no centro do município, que abusaram de quatro galinhas e dois patos.  Os acusados e os animais foram levados para delegacia.

Maria de Lourdes Felício, vizinha dos acusados, afirmou que os homens estavam bebendo na casa quando ela ouviu o barulho das galinhas e patos que tentavam fugir. Quando ela foi ver, flagrou os acusados praticando atos obscenos e chamou a polícia
Esse é o segundo caso de zoofilia em Bayeux em menos de uma semana. Um homem foi acusado de roubar uma égua para praticar o ato sexual.



http://www.paraiba.com.br/2012/04/24/48556-policia-militar-prende-ladrao-de-egua-acusado-de-zoofilia-em-bayeux-veja-fotos

ZOOFILIA: PM flagra homem praticando sexo com cachorra em Laranjeiras


Seg, 23 de Abril de 2012 17:23
"Com frequencia ele faz isso aqui no bairro", disse a dona da cachorra.
Autor: Miguel Angelo Siejka
Um homem foi preso em flagrante na noite de sábado (21/04) na rua Vereador Jorge Pio Gonçalves, no loteamento Santa Catarina em Laranjeiras do Sul/PR, mantendo relações sexuais com uma cadela vira-lata.

José Rodrigues de Lima, 52 anos estava em um terreno baldio com o animal quando foi surpreendido pelos policiais militares. Ele estava com a calça abaixo do joelho agarrando por traz o animal.

A equipe do Noticias Policiais esteve no local e conversou com a dona da cachorra, que contou que essa não é a primeira vez que o homem pratica o ato. O vizinho do terreno baldio onde aconteceu o crime relatou que José Rodrigues é morador no bairro e com freqüência é flagrado pela vizinhança cometendo zoofilia.

A bestialidade cometida pelo homem não é crime, porém ele deve responder por maus tratos a animais com termo circunstanciado que está previsto no código penal, Artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98. Caso haja condena o acusado pagará a pena que vai de três meses a um ano de detenção mais multa.

http://www.jornalnovotempo.com.br/policial/11418-zoofilia-pm-flagra-homem-praticando-sexo-com-cachorra-em-laranjeiras-

Disfunção erétil não desclassifica crime de estupro


24abril2012
SEM CONJUNÇÃO

Por Rogério Barbosa

Como a tipificação do estupro não exige a conjunção carnal, a disfunção erétil não é suficiente para descaracterizar a prática do crime, que está previsto no artigo 213 do Código Penal. Foi este o entendimento da Justiça paulista ao condenar um homem a 21 anos de reclusão por estupro de vulnerável, pela prática de atos libidinosos com sua filha de oito anos.
A decisão foi da 2ª Vara Criminal de Araçatuba, que nem chegou a acolher o pedido de prova pericial que supostamente comprovaria a disfunção erétil do acusado. Este indeferimento foi usado pela defesa, em Habeas Corpus, para alegar, no TJ-SP, cerceamento de defesa.
No tribunal, a defesa do acusado alegou que a perícia poderia demonstrar que “o paciente sofre de disfunção erétil, afastando a imputação pelo delito de estupro de vulnerável”.
A analise do HC foi recusada porque a 13ª Câmara de Direito Criminal entendeu que “a necessidade da perícia, no escopo de demonstrar circunstância fática acerca da disfunção erétil do paciente ao tempo dos acontecimentos é questão de mérito, de análise incabível e restrita na seara constitucional do 'habeas corpus'”.
Mas, mesmo que não tenha analisado o mérito, o desembargador Augusto de Siqueira afirmou que, caso houvesse a possibilidade de análise, ela iria corroborar com a decisão de primeira instância, já que o fato de o estupro poder se dar sem a conjunção carnal faz com que uma possível disfunção erétil seja irrelevante. “Apenas para reforço de argumento quanto à natureza meritória do tema, a dinâmica dos fatos, ao que se noticia, praticados também de forma diversa da conjunção, fez com que o magistrado dispensasse a perícia para provar a impotência coeundi do paciente”.

http://www.conjur.com.br/2012-abr-24/disfuncao-eretil-nao-impede-homem-seja-condenado-estupro

domingo, 22 de abril de 2012

O que fazer quando o sexo não traz prazer?


Publicado Terça-Feira, 17 de Abril de 2012, às 10:09 | Band



O que fazer quando o sexo não traz prazer?

Especialista fala dos problemas sexuais femininos mais comuns.
Fingir o orgasmo para o parceiro pode parecer, em um primeiro momento, algo incomum e o indício de que o relacionamento vai mal. Mesmo a falta de desejo das mulheres, muitas vezes, é associada com uma falha por parte do parceiro em satisfazê-la. Em muitos casos, os problemas realmente são intrínsecos à relação, mas outra parte dessas situações pode ser, na verdade, uma indicação de alguma disfunção na sexualidade feminina.
“Não é incomum mulheres que realmente não sentem nenhum prazer com o sexo fingirem o orgasmo por vergonha de admitir para o parceiro que não estão confortáveis com a situação. Outras vezes, o medo de perder o parceiro influi nessa atitude e isso pode incluir a falta de desejo, causada por momentos estressantes pelo qual a mulher passa”, explica Liliana Seger, psicóloga especializada em sexualidade. “Claro que o problema de falta de prazer ou libido não é algo exclusivo das mulheres, mas no caso dos homens, a discussão é diferente”, pontua.

Prazer não tem modelo
Para a especialista, os problemas enfrentados pelas mulheres que procuram o aconselhamento profissional têm raízes históricas, antes de tudo. “A mulher passou, em pouco tempo, de uma condição em que ela não tinha direito ao prazer – uma submissão ligada a valores machistas – para uma condição em que ela não só tem o direito, mas o dever de ter prazer”, diz.
“As revistas, os filmes, mesmo as novelas, insistem na imagem do orgasmo como um prazer intenso constante na vida das mulheres, pintada em cores dramáticas e exageradas. E caso isso não ocorra, a resposta para o problema é simplista: ou o parceiro tem problemas ou a mulher não está conseguindo controlar a situação (ela não consegue construir um cenário de prazer na relação)”, observa Liliana. “Definitivamente, o problema é mais complexo que isso”, afirma.
Primeiro, observa a psicóloga, o orgasmo é diferente para cada uma. Gritos e gemidos não é regra geral. Ter uma imagem preconcebida como modelo do que é o prazer sexual atrapalha, e bastante.
“Isso é a causa da ansiedade de ambos os lados: a mulher pode achar que tem algo errado com sua sexualidade e o parceiro pode achar que não a está satisfazendo. E isso pode comprometer a relação sem que nenhum dos dois lados questione se tudo pode ser apenas diferente do padrão que eles tinham em mente.”
A ansiedade toma conta do relacionamento e um círculo vicioso se instaura, levando à insegurança e a um prazer cada vez menor. O relacionamento pode acabar e o problema seguir adiante, se repetindo com o próximo parceiro.
“Muitos casos que chegam aos consultórios passam por essa questão: as mulheres estão infelizes e a primeira coisa é tentar resolver o relacionamento. No decorrer das sessões, descobre-se que o problema é outro, envolve a sexualidade”, diz Liliana.

Falta de diálogo
“Prazer sexual, orgasmo, não têm modelo: tem de se sentir bem após o sexo, e é isso. Pode não haver estrelinhas piscando no final da transa e mesmo assim ter sido ótimo para os dois”. Liliana diz que isso vai da sintonia do casal e para essa sintonia ser perfeita, é preciso muita conversa.
Mas aí está um segundo problema: os casais não falam sobre sexo. “Quando você vê uma matéria de revista feminina ‘ensinando’ a mulher a falar com o parceiro sobre o que lhe dá prazer, onde gosta de ser tocada, etc., como solução para melhorar o sexo de ambos, você está sendo induzido ao erro. Se a mulher conversa com o parceiro sobre o tema, é provável que o casal – em especial a mulher – não tenha problemas sexuais e nem falta de prazer”, aponta Liliana.
E ainda existe essa cobrança social de que se não há prazer na relação tudo pode ser resolvido com receitas básicas. “Não há manual, não há receitas simples. Os problemas sexuais podem ter vários fatores envolvidos. Há alguns quadros gerais, mas dentro deles há diversas possibilidades que podem contribuir para sua evolução”, afirma a psicóloga.
“As mulheres precisam se responsabilizar pelo próprio prazer, e se há algum problema, procurar um psicólogo. Um atendimento individualizado é a melhor saída”, completa.

Anorgasmia
A somatória desses dois problemas, ou seja, a falta de diálogo sobre o tema e a ansiedade causada pela busca constante de atingir um modelo idealizado de sexo e orgasmo pode levar justamente ao inverso: a anorgasmia, ou seja, um transtorno em que a mulher nunca chega ao ápice do ato sexual.
Soma-se aos problemas citados a falta de conhecimento da mulher sobre o próprio corpo. “Para uma enorme parcela do público feminino isso ainda é um tabu. E para outra parcela, o ‘tocar-se’ tem uma conotação, novamente, simplista: é só masturbação”, explica a especialista.
Liliana diz que descobrir áreas de prazer no próprio corpo é um exercício sensual, mais do que sexual. “Determinadas regiões podem facilitar a excitação mais do que a genitália em si. É preciso descobrir o corpo, inclusive, mas não somente, a vagina.”
E essa descoberta do próprio corpo pode ir além disso. Sabe-se, por exemplo, que a excitação do homem é visual. Nas mulheres, essa excitação é mais sensorial, principalmente auditiva. Liliana dá a dica: música pode ser excitante, sussurros também ou então ‘ouvir’ um filme. “Não necessariamente assisti-lo”, explica.
Outras vezes é o cenário que pode contribuir para uma inibição do prazer. “E isso envolve não somente o cenário físico, ambiental, mas os sentimentos associados a esse entorno”, pontua Liliana.
Exemplo dessa associação de sentimentos que inibe o prazer são mulheres que se realizam sexualmente com os amantes. “O marido castrador pode ser a causa da anorgasmia. Mas, novamente, é a mulher que tem de se resolver. Não basta apenas indicar o parceiro como fonte da sua falta de prazer”, afirma a especialista, enfatizando a complexidade do problema.

Dores
Outro problema que Liliana aponta como sendo bastante comum são as dores sentidas durante a penetração: a chamada dispareunia. Para entender o problema, primeiro é preciso descartar a questão orgânica, que é algo que o especialista em ginecologia pode ajudar. Caso as dores não sejam de ordem física, novamente entra em cena o psicólogo, de preferência o especialista em terapia sexual.
A principal causa da dispareunia é o conflito com o próprio sexo, uma inibição do prazer causada por algum motivo, explica a especialista. Na maioria das vezes tem a ver com a criação envolvendo normas morais rígidas ou valores religiosos exacerbados.
Mais uma vez o cenário pode ser o que intimida. “Morar com outras pessoas – pais, por exemplo –, ou então em apartamento onde os sons ‘vazam’, onde há pouco espaço para a intimidade de uma forma geral e que pode reforçar os fatores inibidores”, explica Liliana Seger.
“Em uma boa parte dos casos esses conflitos internos também se projetam na relação como um todo. São pessoas que também são inibidas nas relações sociais, ou então são muito controladas em todas as situações. O sexo é mais um fator a ser controlado. E como sabemos, o sexo tem pouco a ver com controlar as emoções”, pontua. Novamente a ansiedade pode ser o estopim para o problema.

Ausência do desejo
Esse é um problema que atinge ambos os sexos e as causas são praticamente as mesmas. Transtornos como a depressão e o estresse causado pela vida cotidiana bastante corrida podem levar à ausência do desejo. Outras vezes, dependendo da pessoa, o estresse pode levar ao extremo oposto, ao desejo muito intenso, diferente do normal.
“Ambos os extremos são indicativos de um desequilíbrio em relação à normalidade da pessoa”, diz Liliana. Em todas essas situações é necessário procurar mais informações e o acompanhamento de um profissional de saúde. Sexo tem de ser bom, e se não há prazer, é hora de ir atrás de ajuda.