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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Abuso sexual, aborto y designios divinos


3 de agosto de 2012 avatar  Psicóloga, Magíster en Psicoanálisis. Activista. Investigadora.
Hemos sido testigos estas últimas semanas de la espantosa salida a la luz de cientos de casos de abusos sexuales en diversos colegios y jardines infantiles del sector oriente de Santiago. Nada nuevo dirán muchos, o que sin duda ha tenido mayor cobertura mediática el hecho de que las víctimas en esta ocasión sean de un nivel socioeconómico acomodado. Cualquiera sea la crítica, todas válidas por cierto, no podemos dejar pasar la transversalidad de esta parafilia, lo común que es y ha sido siempre, y que sólo una ciudadanía alerta gracias a fenómenos comunicacionales como la denuncia ciudadana y las redes sociales han sabido fiscalizar y alertar con el horror correspondiente a sentirde cerca la vulnerabilidad ante un fenómeno de agresión y violencia sexual.

Hasta hace poco tiempo atrás, un colegio religioso era un lugar en el que nuestros padres y madres depositaron la más plena de las confianzas, tanto respecto de lo educacional como respecto de lo valórico. La casuística nos lleva a pensar hoy en día que nuestros padres y madres cometieron un tremendo error al depositar tanta confianza en aquellas instituciones, con el debido respeto a aquellas congregaciones que no incurren en esta clase de aberraciones. Me será difícil olvidar el impacto que tuvo en mi madre hace poco tiempo atrás la noticia de las acusaciones de abusos sexuales sobre la Madre Paula, de quien fui alumna por varios años, y que por un largo período hizo que pasara tardes completas en la congregación, fuera de horario, debido a lo que ella consideraba una caligrafía espantosa. Agradezco tener el carácter gracias al que finalmente me pidieron cordialmente que dejara ese colegio, y que de seguro fue una barrera contra cualquier abuso. Eso, y la claridad en la terminología y la educación sexual que mis padres en nuestro hogar promovieron desde siempre.
Lo que me resulta especialmente llamativo es el último caso emblemático que salió a la luz, sobre la denuncia de abuso sexual al cura John O’Reilly del Colegio Cumbres. He conocido de cerca el posicionamiento valórico de esta institución educacional puesto que nos hemos encontrado en diversas ocasiones en el Congreso Nacional, en el contexto del debate sobre aborto terapéutico en Chile. Ellos, férreos defensores de la postura de “la vida” o “provida” (con la que yo, ciertamente, también estoy muy de acuerdo desde otra vereda), acudieron enérgicos en varias ocasiones a defender a los fetos, acompañados de unos perturbadores modelos a escala de plástico, sin tener probablemente mucha consciencia de lo que estaban defendiendo. O quizás en la seguridad de que el flagelo de un embarazo inviable o no deseado esta siempre lejos de azotar sus círculos cercanos gracias al acceso privilegiado a un sistema de salud de clase mundial y redes de contacto de mucha influencia.
Personalmente, y sin nunca haber experimentado abuso sexual, embarazo no deseado, malformaciones fetales ni alguna otra clase de problemas de este tipo (pese aque la gente tiende a pensar que sólo eso validaría una opinión certera al respecto), me pregunto; ¿siguen esos estudiantes de colegios religiosos, sus madres, padres, amigos y familiares tan convencidos de la irrelevancia de legislar el aborto en caso de violación? ¿Será que acaso aceptarían el designio divino de fecundar en sus (s)electos vientres y parir —por ejemplo— un Karadima?
(*) Texto publicado en El Quinto Poder.cl
http://www.elmostrador.cl/opinion/2012/08/03/abuso-sexual-aborto-y-designios-divinos/


terça-feira, 24 de julho de 2012

Estudo da fmusp mostra como falta de apoio às grávidas influencia a decisão pelo aborto


Postado em 23 DE JULHO DE 2012


Mariana Melo/Agência USP de Notícias
A falta de apoio do companheiro é a principal influência na decisão pelo aborto, segundo a dissertação Aborto provocado: vivência e significado. Um estudo fundamentado na fenomenologia da psicóloga Cristina Borsari, realizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Além disso, a pesquisadora diz que as políticas públicas de saúde para o cuidado das mulheres que abortam não se desenvolvem devido à marginalização do assunto. No sistema público de saúde estamos  muito parados em relação a esta questão diz Cristina, reforçando que a polêmica em relação ao tema traz consequências negativas para a saúde psicológica da mulher.
Entre 2008 e 2010, Cristina submeteu a um questionário mulheres que haviam se internado em dois hospitais da rede pública da cidade de São Paulo por terem sofrido aborto, tanto espontâneo quanto provocado: o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch MBoi Mirim, no Jardim Ângela, e Hospital Estadual Sapopemba, no Jardim Sapopemba.
Das 100 mulheres que responderam ao questionário, 11 admitiram ter provocado a interrupção da gravidez. Segundo a psicóloga, mulheres que entram em hospitais com quadro de aborto muitas vezes não admitem que este tenha sido provocado com medo de julgamentos e represálias, pois o aborto é considerado crime no Brasil, com algumas exceções, no caso de fetos anencéfalos, risco de morte para a mãe ou gravidez de vítimas de estupro.
As mulheres que provocaram aborto foram estimuladas a falar livremente sobre os sentimentos vividos durante a suspeita e confirmação da gravidez, como o apoio que receberam, a sensação de culpa e o conceito pessoal sobre o que é a maternidade. Todas as mulheres entrevistadas disseram sentir culpa em relação ao que fizeram e relataram medo de serem castigadas por Deus, ter alguma doença no futuro ou não conseguirem mais engravidar quando desejarem.
Em comparação às mulheres que sofreram aborto espontâneo, essas mulheres demonstraram, numa avaliação quantitativa do questionário, menor renda familiar, menor escolaridade e mais sentimentos negativos ao descobrirem a gestação. Essas mulheres não possuíam carreiras ou mesmo emprego, portanto, a função delas exigida pela sociedade é ser mãe. Essa identidade forjada as faz replicar muitas vezes o comportamento que suas mães tiveram: se foram geradas quando suas mães eram adolescentes, engravidam na adolescência. Isso reflete na decisão pelo aborto, pois, a mulher não reconhece uma estrutura familiar devido ao desamparo e a exclusão social que sofre. A identidade parental é algo construído socialmente com afeto diz Cristina.
As mulheres admitiram que a falta de apoio dos companheiros foi mais determinante do que dificuldades econômicas na escolha por abortar. O que mais surpreendeu a pesquisadora foi o fato de as entrevistadas estarem sempre sozinhas, sem a companhia de parentes ou amigos. Nos depoimentos, constatou-se que a participação dos companheiros é mínima ou inexistente.
Cristina diz que as mulheres são cobradas pela sociedade em demonstrar um instinto nato em ser boas mães, mas algumas são abandonadas, sem apoio financeiro e, principalmente, emocional. A solidão com que enfrentam a interrupção da gravidez pode levá-las a quadros de depressão. O aborto é um evento traumático, e é algo que a mulher vai carregar consigo finaliza a psicóloga.
Mais informações: e-mail crisgigliotti@yahoo.com.br com Cristina Borsari

Fonte: USP

http://www.salariominimo.net/2012/07/23/estudo-da-fmusp-mostra-como-falta-de-apoio-as-gravidas-influencia-a-decisao-pelo-aborto/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Brasil trata problema do aborto ilegal com superficialidade, avalia antropóloga


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sem provas, Justiça processa onze mulheres por aborto


domingo, 25 de setembro de 2011

Movimentos pressionam por aprovação de aborto terapêutico


22/9/2011 13:30,  Por Adital

No último dia 6, a Comissão de Saúde do Senado do Chile aprovou, com 3 votos a favor e 2 contra, debater três projetos de lei que visam a descriminalização do aborto terapêutico – em caso de má formação do feto e risco para vida da mãe – e em caso de violação sexual. Para reforçar a importância da aprovação dos projetos, movimentos sociais têm se pronunciando a favor da descriminalização do aborto terapêutico como garantia dos direitos femininos
Em declaração pública, a Articulação Feminista pela Liberdade de Decidir propõe bandeira ampla: defende que todas as mulheres tenham direito ao aborto seguro, gratuito e voluntário. Frente à declaração do presidente Sebastián Piñera de que vetaria qualquer projeto que descriminalize o aborto, as feministas ressaltam que há, no Chile, um duplo discurso, que prejudica apenas as mulheres pobres.
“(…)as mulheres com recursos acessam a abortos seguros, sejam clandestinos ou legais (se viajam a países onde o aborto está permitido), sem ser condenadas socialmente nem encarceradas, isso deixa em evidência a vergonhosa injustiça social que persiste em nossa sociedade. Pois são as mulheres pobres quem enfrentam procedimentos clandestinos e insalubres, com riscos para sua saúde e vida, além do estigma social quando são denunciadas e eventualmente condenadas”, denunciam.
Como forma de garantir liberdade, autonomia e dignidade das mulheres, a Articulação exige ao Estado que as reconheça como sujeitos de direito sobre seus corpos e sua vida. “Exortamos (ao Estado) a fazer prevalecer seu caráter laico, livre de ataduras religiosas e de imposições morais inaceitáveis”, declaram, afirmando que tais posturas são contra a democracia e respeito aos direitos humanos e liberdades individuais.
As feministas sustentam ainda que a maternidade não é “um destino irrenunciável das mulheres” e, portanto, a decisão de ter filhos não pode ser imposta. “Não há democracia se as mulheres são submetidas, por decisão de outros, a uma maternidade que não desejam, que não escolheram ou que não podem exercer”, frisam.
Também em defesa do aborto livre, gratuito e seguro, a Rede Chilena contra a Violência Doméstica e Sexual ressalta que “é um ato de violência extrema contra as mulheres que no Chile não exista o direito ao aborto” e deploram a atitude antidemocrática de Piñera.
Panorama
No Chile, o aborto terapêutico foi permitido entre 1931 e 1989, quando o então ditador Augusto Pinochet revogou o artigo 119.
Apesar da proibição legal, estima-se que são realizados 160 mil abortos clandestinos por ano, muitos em condições insalubridades, levados a cabo por profissionais sem capacitação adequada. Segundo o senador Fulvio Rossi, autor do projeto principal de descriminalização do aborto terapêutico, há anualmente cerca de duas mil gravidezes em que o feto não tem chances de sobreviver.
Para as mulheres condenadas pelo delito de aborto, a pena varia de três anos e um dia a 5 anos. Já para os profissionais que realizam o procedimento, a pena fica entre 541 dias e três anos.
De acordo com pesquisa da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), apenas dez países no mundo não aceitam nenhuma forma de aborto. Na América Latina, Chile, El Salvador e Honduras.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Concurso premia textos jornalísticos sobre tema do aborto

Concurso premia textos jornalísticos sobre tema do aborto

2/7/2011 8:26, Por Vermelho

Com o mote “Porque a vida de cada mulher conta”, o Grupo Estratégico pela descriminalização do aborto terapêutico na Nicarágua e a ONG Ipas Centroamérica promovem a segunda edição do concurso nacional “Conchita Palacios”, cujo tema é “Violência sexual e aborto terapêutico”.
Voltado para jornalistas e estudantes de comunicação social, o concurso premiará trabalhos que “deem conta do impacto da violência sexual e gravidez produto de violação de meninas, adolescentes e mulheres” e, além disso, que “reflitam sobre o envolvimento da lei na prestação de serviço de saúde a vítimas de violência sexual e incesto”.

Podem concorrer ensaios, reportagens ou artigos de opinião publicados entre junho deste ano e maio de 2012, na categoria de profissionais. Já para os estudantes interessados, basta ter publicado a produção em qualquer meio impresso ou blog. O material será recebido até abril de 2012, nos escritórios do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), devendo ser entregue pessoalmente ou por correio e com uma cópia para o e-mail ochoam@ipas.org.

Os promotores do concurso destacam que na Nicarágua, desde 2006, todas as formas de aborto estão tipificadas como delito, mesmo quando a gravidez oferece risco para a vida da gestante ou quando foi fruto de violência sexual, o que torna a gestação um “trauma adicional”.

Violência Sexual

Na Nicarágua, de acordo com o Instituto de Medicina Legal, somente no ano de 2009 foram reportados 4.961 casos de violência sexual, 89% deles relativos a meninas e meninos menores de 17 anos. Os dados revelam ainda que a maioria das violações foi cometida por conhecidos, padrastos, tios ou pais.

Além do sofrimento causado pela violação em si, segundo a Anistia Internacional, muitas vítimas não denunciam a situação, pois há um tabu em torno do abuso sexual, com estereótipos e discriminação. A justiça também é bastante lenta no julgamento dos processos, e os custos financeiros que isso acarreta, bem como a falta de proteção aos direitos humanos, constituem um obstáculo.

Premiação

Os trabalhos vencedores serão publicados e divulgados nas páginas na Internet do Grupo Estratégico pela descriminalização do aborto terapêutico na Nicarágua e das organizações que apóiam o concurso, dando o crédito aos autores.

A solenidade de premiação ocorrerá em junho de 2012. O primeiro lugar na categoria jornalista ganhará US$ 1000, e o segundo, US$ 700. Entre os estudantes, o primeiro lugar receberá US$ 500, e o segundo, US$ 300.

Fonte: Adital
http://correiodobrasil.com.br/concurso-premia-textos-jornalisticos-sobre-tema-do-aborto/263088/

sábado, 2 de julho de 2011

Concurso premia textos jornalísticos sobre tema do aborto

Concurso premia textos jornalísticos sobre tema do aborto
2/7/2011 8:26, Por Vermelho
Com o mote “Porque a vida de cada mulher conta”, o Grupo Estratégico pela descriminalização do aborto terapêutico na Nicarágua e a ONG Ipas Centroamérica promovem a segunda edição do concurso nacional “Conchita Palacios”, cujo tema é “Violência sexual e aborto terapêutico”.
Voltado para jornalistas e estudantes de comunicação social, o concurso premiará trabalhos que “deem conta do impacto da violência sexual e gravidez produto de violação de meninas, adolescentes e mulheres” e, além disso, que “reflitam sobre o envolvimento da lei na prestação de serviço de saúde a vítimas de violência sexual e incesto”.
Podem concorrer ensaios, reportagens ou artigos de opinião publicados entre junho deste ano e maio de 2012, na categoria de profissionais. Já para os estudantes interessados, basta ter publicado a produção em qualquer meio impresso ou blog. O material será recebido até abril de 2012, nos escritórios do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), devendo ser entregue pessoalmente ou por correio e com uma cópia para o e-mail ochoam@ipas.org.
Os promotores do concurso destacam que na Nicarágua, desde 2006, todas as formas de aborto estão tipificadas como delito, mesmo quando a gravidez oferece risco para a vida da gestante ou quando foi fruto de violência sexual, o que torna a gestação um “trauma adicional”.
Violência Sexual
Na Nicarágua, de acordo com o Instituto de Medicina Legal, somente no ano de 2009 foram reportados 4.961 casos de violência sexual, 89% deles relativos a meninas e meninos menores de 17 anos. Os dados revelam ainda que a maioria das violações foi cometida por conhecidos, padrastos, tios ou pais.
Além do sofrimento causado pela violação em si, segundo a Anistia Internacional, muitas vítimas não denunciam a situação, pois há um tabu em torno do abuso sexual, com estereótipos e discriminação. A justiça também é bastante lenta no julgamento dos processos, e os custos financeiros que isso acarreta, bem como a falta de proteção aos direitos humanos, constituem um obstáculo.
Premiação
Os trabalhos vencedores serão publicados e divulgados nas páginas na Internet do Grupo Estratégico pela descriminalização do aborto terapêutico na Nicarágua e das organizações que apóiam o concurso, dando o crédito aos autores.
A solenidade de premiação ocorrerá em junho de 2012. O primeiro lugar na categoria jornalista ganhará US$ 1000, e o segundo, US$ 700. Entre os estudantes, o primeiro lugar receberá US$ 500, e o segundo, US$ 300.
Fonte: Adital
http://correiodobrasil.com.br/concurso-premia-textos-jornalisticos-sobre-tema-do-aborto/263088/