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terça-feira, 12 de julho de 2011

Geovani Borges quer mobilização social contra abuso sexual infantil

Geovani Borges quer mobilização social contra abuso sexual infantil

18/5/2011 13:41, Por Agencia Senado

O senador Geovani Borges (PMDB-PA) pediu em Plenário uma mobilização geral da sociedade em defesa das crianças e adolescentes para combater o abuso sexual infantil no país. Fez o apelo por ocasião do Dia de Combate ao Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes, celebrado nesta quarta-feira (18).

O parlamentar recordou que há 30 anos, nesta data, uma menina de oito anos foi estuprada e assassinada em Vitória, no Espírito Santo.

- E é em Vitória, é em Macapá, é no Rio de Janeiro, é em Recife, é em Manaus, em Porto Alegre, no Maranhão, por toda parte, essas monstruosidades se perpetuam sem que o braço da lei e da Justiça consigam efetivamente chegar para punir ou, o que seria melhor, realmente, para coibir -desabafou.

Geovani Borges mencionou dados do serviço Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça segundo os quais ocorreram 52 mil denúncias de violência sexual de menores no país em março deste ano. O senador acrescentou que de janeiro a março foram 4.205 registros, sendo o Nordeste a região com mais denúncias, chegando a 37% do total. A Bahia, afirmou o parlamentar, lidera os registros nesse tipo de crime.

Também no Brasil, recordou, a Constituição destinou capítulo específico para tratar como dever do Estado e da sociedade civil a proteção de crianças e adolescentes, resguardar a dignidade humana, dar a eles oportunidades e facilidades e proporcionar-lhes desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.

Ele também elencou resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1989, que estabelece a Declaração dos Direitos das Crianças e o princípio da proteção integral. Porém, observou, que as instituições ainda se revelam “fracas” para proteger esses direitos.

- O texto legal convoca a família, o Estado e a sociedade civil a olhar para esses seres de uma maneira especial, buscando assim resguardar a dignidade humana e protegê-los de qualquer espécie de violência que venha a afetar o seu desenvolvimento físico, psíquico e moral. Mas a lei não é suficiente para acabar com o martírio. E as instituições ainda se revelam fracas para virar essa página suja – reclamou.

Geovani Borges disse ser preciso combater, nas discussões sociais com amigos, crimes como a prostituição infantil em que a criança é tratada como mercadoria. Ele enalteceu a luta contra o tráfico internacional de crianças.

- A dominação pela sexualidade quebra aquele pacto de confiança e põe no lugar um pacto de silêncio e medo que possibilita o abuso sexual – advertiu, pedindo empenho da sociedade e do Estado para enfrentar esse tipo de crime.

Da Redação / Agência Senado
http://correiodobrasil.com.br/geovani-borges-quer-mobilizacao-social-contra-abuso-sexual-infantil%C2%A0/241689/

Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho

Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho

15/4/2011 8:50, Por swissinfo.ch - O portal suíço de notícias

Bispo belga admite abuso contra segundo sobrinho

BRUXELAS (Reuters) – Um ex-bispo belga admitiu na quinta-feira que cometeu abuso contra um segundo sobrinho, mas disse que não se considera um pedófilo.

Roger Vangheluwe, de 74 anos, renunciou há um ano à chefia da diocese de Bruges, depois de admitir ter cometido abuso sexual contra um sobrinho. Ele continua esperando um veredicto do Vaticano sobre o seu caso.

Na sua primeira aparição pública em um ano, Vangheluwe concedeu uma longa entrevista ao vivo à emissora belga VT4, na noite de quinta-feira. Começou dizendo que lamentava a situação, e então contou detalhes sobre os abusos cometidos a dois sobrinhos — um deles durante 13 anos, o outro durante menos de 1 ano.

“Não tinha nada a ver com a sexualidade. Eu sempre me envolvi com crianças e nunca senti a mais leve atração. Foi uma certa intimidade que ocorreu”, disse o ex-bispo.

“Não tenho impressão alguma de que eu seja um pedófilo. Foi realmente só um pequeno relacionamento. Não tive a sensação de que meu sobrinho era contra, pelo contrário.”

Vangheluwe disse que os abusos deixaram de ocorrer há cerca de 25 anos, antes de ele se tornar bispo, e que ele conseguiu conviver com seu passado desde então.

“Como isso começou? Como com todas as famílias. Quando vinham me visitar, os sobrinhos dormiam comigo. Começou como um jogo com os meninos. Nunca foi uma questão de estupro, nunca foi usada violência física. Ele nunca me viu nu e não houve penetração.”

Vangheluwe disse que pensava nos seus atos como uma coisa mais “superficial.”

“É claro que eu sabia que isso não era bom. Eu confessei muitas vezes”, afirmou.

O ex-bispo contou também que pagou a uma das vítimas 1 milhão de francos belgas (25 mil euros) em várias ocasiões, mas que isso não havia sido para comprar o seu silêncio.

Vangheluwe está escondido desde sua confissão pública. O Vaticano disse que ele deixou a Bélgica e está recebendo “tratamento espiritual e psicológico.”

O religioso disse ter recebido centenas de cartas de apoio, e prometeu aceitar o veredicto do Vaticano.

Promotores belgas dizem que os casos de abuso já prescreveram perante a lei. Depois da revelação do escândalo, o arcebispo de Bruxelas, André-Joseph Leonard, causou polêmica ao dizer que seria vingativo processar padres aposentados, e que a Igreja não tem obrigação de indenizar vítimas de abusos.

Uma CPI no país pediu no mês passado à Igreja que pague indenizações. A Igreja disse que também está cogitando isso.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)

Reuters
http://correiodobrasil.com.br/bispo-belga-admite-abuso-contra-segundo-sobrinho/230107/

Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada

Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada

8/10/2010 12:36, Redação, com Agência USP - de São Paulo

Uma pesquisa realizada no Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que as consequências do assédio sexual são diferentes em meninos em relação a meninas. As jovens do sexo feminino podem desenvolver sequelas graves como distúrbios alimentares e hipersexualidade (o que pode levar à prostituição), mas mesmo assim se mantêm seguras quanto à sua opção sexual e à sua feminilidade. Já nos adolescentes do sexo masculino, o assédio sexual na infância é capaz de conduzir ao déficit de memória e à distorção da realidade. Esse tipo de sequela também pode leva-los à prática de abuso sexual e estupro.

– O déficit de memória e a distorção da realidade estão ligados –, explica a psicóloga Mery Pureza Candido de Oliveira.

Em seu estudo, ela descreve que a sensação de ameaça que o jovem sentia quando criança diante da iminência do assédio sexual provocava atividade constante da amígdala cerebral. Essa amígdala, por consequência, acelera as atividades do eixo HHS (sigla para hipófise, hipotálamo e suprarrenal — regiões responsáveis pela produção hormonal no corpo), o que leva o organismo a um estado de estresse inesperado, fazendo com que a captação e o arquivamento de informações no cérebro sejam prejudicados.

– Há cheiros, cenas e momentos que ficam gravados na memória do abusado de forma distorcida. Pode ser que uma dessas coisas remeta ao abuso sexual sofrido. Isso faz a amígdala cerebral trabalhar além do normal, comprometendo a capacidade de cognição –, aponta a psicóloga, autora da dissertação de mestrado Abuso sexual de meninos: estudo das consequências psicossexuais na adolescência.

A pesquisadora analisou um grupo de 26 jovens de 16 a 18 anos, sendo 20 da Fundação Casa, e outros 6 que buscaram tratamento voluntariamente no HC, comparando-os com o grupo controle. Mery conta que a procura voluntária foi muito baixa.

– Também estávamos procurando 20 jovens que aparecessem por vontade própria, mas muitos têm medo de vir por temer serem denunciados ou presos.

Entre os jovens da Fundação Casa, o abuso sexual ocorreu quando os adolescentes tinham em média 7 a 9 anos. Já entre os voluntários do Núcleo Forense do IPq, a violência ocorreu entre os 4 e 6 anos.

Para a realização do trabalho, Mery avaliou memória, estresse, impulsividade e quatro fatores de personalidade de cada adolescente: vulnerabilidade, depressão, ansiedade e desajustamento psicossocial. A pesquisadora também complementou o trabalho com um questionário sobre desenvolvimento da vida sexual, que foi respondido por cada um dos jovens.

Mery constatou que entre os seis jovens que foram voluntariamente ao IPq, quatro já abusavam sexualmente de crianças, tendo realizado a troca de papel — de vítima para agressor. Além disso, um apresentava incertezas sobre sua sexualidade e o último simplesmente não praticava atividade sexual alguma. Já entre os jovens da Fundação Casa, viu-se que 48% deles haviam se transformado em abusadores sexuais. Outros 2% se tornaram estupradores.

– Há uma grande diferença entre os dois tipos. O abusador se sente no mesmo nível da criança quando abusa dela. Mas o estuprador age com raiva e violência –, explica Mery.

A psicóloga conta que jovens abusadores apresentam personalidade infantil e imatura, e grande parte deles sofre de graves problemas de autoestima.

– Apesar de esses jovens estarem na fase em que os hormônios estão em alta para a atividade sexual, eles não têm confiança em si mesmos. Alguns argumentam que são feios e que nenhuma garota se interessaria por eles. Assim, abusam de crianças menores, que não vão entender o que está acontecendo.

Mery chama essa atitude de abuso sexual por oportunismo, uma vez que não há desvio sexual, mas um desvio de moral por parte do jovem, o que mostra o quão prejudicado está o seu desempenho cognitivo.

Atualmente, o grupo de assistência a vítimas do Ambulatório Nufor (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica), do IPq, realiza tratamentos para esses jovens, a fim de lhes dar maior noção da realidade que os cerca.

– São desempenhadas atividades que revivem a cena do abuso sexual. Damos aos jovens, assim, a possibilidade de agir diante da situação, impedindo que o assédio aconteça.

Outra técnica utilizada é o treino de empatia, que coloca o jovem que se tornou abusador no lugar de sua vítima, a fim de diminuir a distorção cognitiva.
http://correiodobrasil.com.br/meninos-que-sofrem-assedio-sexual-tem-cognicao-prejudicada/185150/

Traumas para a vida toda

Nvunda Tonet
Traumas para a vida toda

O psicólogo clínico Nvunda Tonet considera que as crianças vítimas de violação, abuso ou qualquer meio de coação no campo sexual podem desenvolver alguma perturbação da primeira infância e adolescência, como a hiperactividade, ansiedade generalizada, perturbação de oposição e, em alguns casos transtorno de conduta.

“É importante ressaltar que cada criança reage de forma única, ou seja, duas crianças podem ser violadas, mas cada uma delas tem uma resposta fisiológica e psíquica diferente. O meio social, o apoio dos pais ou encarregados de educação e amigos é fundamental para que a criança possa lidar com esse acontecimento”, explicou. O professor de Psicopatologia na Universidade Óscar Ribas declarou que a criança, além de todo o sofrimento que ela teve durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazos. Na sua óptica, uma simples intervenção precoce e efectiva pode modificar todo o desenvolvimento da criança.

Nvunda Tonet disse ainda que esta acção provoca na vítima a falta de auto-estima, problemas com a sexualidade, dificuldade em construir relações duradouras e falta de confiança em si e nas pessoas. “Com tudo isso, a sua visão do mundo e dos relacionamentos se torna muito diferente do jeito das outras pessoas”.

Quanto à possibilidade de a mesma ter um relacionamento sadio com os seus irmãos, o psicólogo declarou que eles podem apresentar resistência face ao problema e, na maioria das vezes desenvolvem uma aversão aos adultos, que geralmente é ultrapassada quando se atinge a adolescência.

Atendendo ao facto de a mãe da criança a ter deixado em casa para ir ver uma telenovela no dia em que a mesma foi violada pela primeira vez, Nvunda Tonet disse que a pobreza é um dos principais elementos responsáveis pelo descuido educacional nas famílias.

“As preocupações com necessidades primárias, principalmente com a saúde e alimentação, leva todo o ser humano a desenvolver improvisadas actividades para garantirem o sustento da sua família. Soma-se a isso a inércia de um Estado que não procura compensar essas carências, que além de deixar a população desprovida de necessidades básicas à sua sobrevivência, não supre a ausência”.


10 de Junho de 2011
http://www.opais.net/pt/opais/?id=1657&det=21538&ss=sexualidade

sábado, 2 de julho de 2011

Crianças abusadas sexualmente tendem a ter problemas

28/06/2011 -- 15h37
Crianças abusadas sexualmente tendem a ter problemas
Além de apresentarem mudanças bruscas de comportamento, as vítimas de agressão se sentem envergonhadas


Nos últimos anos tem ficado evidente que o abuso sexual de crianças e adolescentes é mais comum do que se pensava. Em Londrina, a cada 40 horas uma criança é vítima de abuso sexual, segundo dados de 2009, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social isto significa que mais de 200 crianças sofrem este tipo de violência por ano.

Um estudo publicado no ano passado apontou que a maior parte das vítimas em Londrina, três a cada quatro, é do sexo feminino, com idade entre dez e 14 anos, embora tenham sido notificados casos de todas as idades, inclusive de vítimas com idade inferior a um ano.

Os agressores são em sua maioria homens, com idade entre 30 e 40 anos, familiares das vítimas ou conhecidos da família. Estes dados foram derivados de três instituições de atendimento as vítimas e dizem respeito aos casos seguidos de denúncia. Sendo assim, apesar de alarmantes não abarcam todos os casos ocorridos em Londrina. Pelo contrário, casos denunciados representam apenas uma pequena parcela do total de ocorrências e estima-se que para cada caso atendido, existam outros seis não revelados.

As consequências da agressão sexual a crianças e adolescentes são graves e diversas e, caso não sejam tratadas, podem se estender por toda a vida. A vítima de agressão geralmente apresenta mudanças bruscas no seu comportamento: pode ficar retraída ou apresentar comportamentos agressivos, pode apresentar alterações no sono e na alimentação, chorar aparentemente sem motivos, apresentar prejuízos na relação com pares e queda no desempenho acadêmico.

Além disto, a criança pode se sentir confusa, envergonhada, pensar que foi responsável pelo abuso, e temer revelar o fato e ser castigada. Em médio e longo prazo, mais de metade dos agredidos podem desencadear desordens psiquiátricas, problemas com a sexualidade e problemas comportamentais.

Diante disto, é importante que os cuidadores estejam atentos a adultos, principalmente familiares ou amigos da família, que estejam constantemente rodeados de crianças, em situações de trabalho ou lazer; que se ofereçam para cuidar das crianças ou ajudá-las com atividades domésticas, escolares ou religiosas, sem cobrar por isto; que as toquem constantemente; comprem presentes ou se ofereçam para levar a passeios. Qualquer pessoa que suspeite de abuso pode fazer a denúncia anonimamente pela linha 181, que funciona 24 horas, todos os dias.

Annie Wielewickit - psicóloga (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--179-20110628&tit=criancas+abusadas+sexualmente+tendem+a+ter+problemas

domingo, 26 de junho de 2011

GO: decretada prisão de acusado de abusar do filho de 5 meses

GO: decretada prisão de acusado de abusar do filho de 5 meses
14 de junho de 2011 • 16h26

MIRELLE IRENE
Direto de Goiânia
A equipe da delegada Miriam Vidal Castilho, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia (a 15 Km de Goiânia), deve cumprir na tarde desta terça-feira um mandado de prisão preventiva contra Neivan Francisco Bulhões, 21 anos. Ele trabalha em uma transportadora e é suspeito de abusar sexualmente e espancar seu filho de 5 meses.
A criança está desde quinta-feira na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, com lesões por todo o corpo e também na cabeça. Exames feitos no Instituto Médio Legal (IML) confirmaram a violência sexual. Contudo, um eletroencefalograma será feito hoje para confirmar se o caso é de morte encefálica.
Segundo César Gomes, diretor do Hospital Materno Infantil, um neurologista do hospital levantou a hipótese ontem, ao observar o bebê, que respira por aparelhos. "A partir de agora, dentro de 24 horas, nós vamos providenciar exames para confirmar ou afastar essa possibilidade. O estado da criança é gravíssimo", disse.
A delegada Miriam disse que as suspeitas recaíram sobre o pai porque ele era a única pessoa que ficava com o filho durante o dia para a mãe trabalhar como empregada doméstica. Em depoimento prestado na segunda-feira, o homem apresentou duas versões para os ferimentos. Primeiro, disse que a criança caiu do sofá. Depois, afirmou que o bebê teria caído de um colchão, que estava no chão.
"O exame da perícia disse que, conforme os ferimentos, essa explicação não é possível. Até porque tem uma lesão na testa, resultado de uma batida em uma quina, e na casa não há nada que explique isso", disse a delegada Miriam, para quem as contradições do depoimento de Neivan justificam a prisão.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5186595-EI5030,00-GO+decretada+prisao+de+acusado+de+abusar+do+filho+de+meses.html

sábado, 25 de junho de 2011

Polícia Civil prende dois envolvidos em abusar sexualmente de crianças

14/06/2011
Polícia Civil prende dois envolvidos em abusar sexualmente de crianças
Lilian Grasiela
Lençóis Paulista – Em duas ocorrências distintas, na última sexta-feira, a Polícia Civil de Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru), após investigações que contaram com o apoio do Ministério Público (MP), prendeu dois homens acusados de abusar sexualmente de duas meninas, de 10 e 11 anos de idade. Os agressores eram, respectivamente, pai e tio das vítimas.

O delegado titular do município, Luiz Claudio Massa, informou ontem que não podia revelar detalhes dos casos para evitar constrangimentos às meninas, que foram retiradas do convívio familiar até que as investigações sejam concluídas.

O Jornal da Cidade conseguiu apurar que, no primeiro caso, o agressor, de iniciais I.G., 65 anos, é pai da vítima, uma garota de 10 anos. Na segunda ocorrência, o acusado de abusar sexualmente de uma menina de 11 anos é o tio dela, O.L., de 54 anos.

A menina mais velha, segundo o delegado, assim como duas irmãs dela, já havia sido vítima, anos atrás, de violência sexual cometida pelo próprio pai, que está preso pelo crime. Exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) constataram que houve o rompimento do hímen.

O delegado conta que, nos dois casos, funcionários das escolas onde as vítimas estudavam suspeitaram dos abusos em razão de alterações no comportamento das meninas e acionaram o Conselho Tutelar da cidade. “Através de trabalho com psicólogos, elas acabaram relatando os fatos”, revela.

As duas meninas, segundo ele, têm em comum o fato de pertencerem a famílias desestruturadas e de baixo poder aquisitivo. A garota mais velha, inclusive, teria ido morar com a mãe e as irmãs na casa do tio, após prisão do pai, em razão de dificuldades financeiras enfrentadas pela família. Lá, a violência iniciada pelo genitor teve sequência.

O caso da menina de 10 anos violentada pelo próprio pai chama atenção em razão da frequência dos abusos, já que ela morava sozinha com o agressor. Em depoimento à polícia, ela teria relatado a ocorrência de relações anais. Já o rompimento do hímen não teria sido constatado.

De acordo com Massa, a mãe dela contou à polícia que conheceu o pai da garota quando tinha apenas 14 anos e que saiu de casa, abandonando a filha ainda pequena, em razão das constantes violências que sofria, inclusive sexuais.

Os dois acusados tiveram prisão temporária decretada pela Justiça por trinta dias.
http://www.jcnet.com.br/detalhe_regional.php?codigo=209512

quarta-feira, 15 de junho de 2011

GO: decretada prisão de acusado de abusar do filho de 5 meses

GO: decretada prisão de acusado de abusar do filho de 5 meses

Mirelle IreneDireto de Goiânia
A equipe da delegada Miriam Vidal Castilho, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia (a 15 Km de Goiânia), deve cumprir na tarde desta terça-feira um mandado de prisão preventiva contra Neivan Francisco Bulhões, 21 anos. Ele trabalha em uma transportadora e é suspeito de abusar sexualmente e espancar seu filho de 5 meses.

A criança está desde quinta-feira na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, com lesões por todo o corpo e também na cabeça. Exames feitos no Instituto Médio Legal (IML) confirmaram a violência sexual. Contudo, um eletroencefalograma será feito hoje para confirmar se o caso é de morte encefálica.

Segundo César Gomes, diretor do Hospital Materno Infantil, um neurologista do hospital levantou a hipótese ontem, ao observar o bebê, que respira por aparelhos. "A partir de agora, dentro de 24 horas, nós vamos providenciar exames para confirmar ou afastar essa possibilidade. O estado da criança é gravíssimo", disse.

A delegada Miriam disse que as suspeitas recaíram sobre o pai porque ele era a única pessoa que ficava com o filho durante o dia para a mãe trabalhar como empregada doméstica. Em depoimento prestado na segunda-feira, o homem apresentou duas versões para os ferimentos. Primeiro, disse que a criança caiu do sofá. Depois, afirmou que o bebê teria caído de um colchão, que estava no chão.

"O exame da perícia disse que, conforme os ferimentos, essa explicação não é possível. Até porque tem uma lesão na testa, resultado de uma batida em uma quina, e na casa não há nada que explique isso", disse a delegada Miriam, para quem as contradições do depoimento de Neivan justificam a prisão.

Especial para Terra
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5186595-EI5030,00-GO+decretada+prisao+de+acusado+de+abusar+do+filho+de+meses.html

sábado, 11 de junho de 2011

Predador sexual seduz menina de 7 anos com brincadeiras

09/06/2011 - 22h00
Predador sexual seduz menina de 7 anos com brincadeiras
da Livraria da Folha

De forma sensível e delicada, a escritora Margaux Fragoso revela um fantasma de seu passado ao contar como foi abusada sexualmente durante dez anos pelo mesmo homem no livro "Tigre, Tigre" (Rocco, 2011). O volume mostra que a ausência de educação sexual das crianças e de atenção dos pais facilitam o crime.
Sem apoio dos pais, a escritora Margaux Fragoso sofreu abuso sexual durante infância e adolescência

Com um pai alcoólatra e uma mãe que sofre de problemas psiquiátricos, a autora foi seduzida desde os 7 por Peter Curran, nome fictício, de 51 anos, que se aproximou da família após conhecê-los em uma piscina pública.

Brincar de animais

Livro autobiográfico revela como age um pedófilo predador sexual
Com promessas de um mundo sem regras e as fantasias e o imaginário pertencentes ao universo infantil, Curran ganhou a afeição de Margaux. Para que ela ficasse nua, propunha que brincassem de animais. No jogo, a menina era sempre o tigre que dá nome ao volume.

Ao longo do tempo e com a chegada da puberdade, a jovem começou a perceber que havia algo de errado nos "carinhos especiais" que trocava com o homem. O predador começou a fazer chantagens emocionais para que ela não o abandonasse, com cartas desesperadas e ameaças de suicídio.

Ao se tornar dona de seu destino, aos 17 anos, a escritora deu um basta na conturbada relação. O homem cumpriu sua promessa, matou-se aos 66 anos, como Margaux revela nas primeiras páginas do relato.

Livro de estreia da autora, a obra foi elogiada pela critica do "New York Times" por sua franqueza e leveza.

*
"Tigre, Tigre"
Autora: Margaux Fragoso
Editora: Rocco
Páginas: 352
Quanto: R$ 34,90 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/927027-predador-sexual-seduz-menina-de-7-anos-com-brincadeiras.shtml

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Homem é preso suspeito de estuprar criança na zona sul de São Paulo

Homem é preso suspeito de estuprar criança na zona sul de São Paulo
O suspeito apresentou uma carteira de motorista com nome falso para os policiais
Do R7

Um pintor de 31 anos foi preso às 17h desta sexta-feira (3), no Jardim Maria Rita, Cidade Dutra, zona sul da capital paulista, suspeito de ter violentado sexualmente uma menina de nove anos. O crime aconteceu no último sábado (28).

Segundo a SSP (Secretária de Segurança Pública), policiais civis foram chamados para comparecer ao endereço onde o suspeito estava. Inicialmente, o suspeito apresentou uma carteira de motorista com nome falso. Depois, porém, os policiais acabaram descobrindo sua identidade e que ele tinha um mandado de prisão contra ele.

A carteira foi apreendida e levada ao Instituto de Criminalística para ser periciada.

O caso

No sábado passado, a mãe da vítima contou que estava em seu comércio e, quando a filha voltou do banheiro, percebeu a criança muito trêmula e nervosa. Depois, ela contou à mãe que o pintor entrou no banheiro e obrigou-a a ter relações sexuais.

O homem acabou preso por estupro de vulnerável, ameaça, captura de procurado e uso de documento falso. O caso foi registrado no 48º Distrito Policial, na Cidade Dutra.
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/homem-e-preso-suspeito-de-estuprar-crianca-na-zona-sul-de-sao-paulo-20110604.html

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sespa promove ações pelo fim da violência sexual infanto-juvenil

Sespa promove ações pelo fim da violência sexual infanto-juvenil
Ato público e panfletagem nos três shopping centers de Belém serão as ações desta quarta-feira (18) da programação alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O objetivo é atrair a atenção e sensibilizar a sociedade para um problema que vem sendo combatido pelo governo do Estado e diversas entidades sociais.
A mobilização começará com um ato público, às 9 horas, no auditório da Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade do Pará (Ueafto/ Uepa), localizado na avenida Romulo Maiorana, antiga 25 de Setembro. Depois, as ações continuam, até as 22 horas, nos shopping Boulevard, Castanheira e Pátio, com exposição de banners, distribuição de informativos educativos, e folders e a presença de técnicos da Sespa a fim de dar orientações pertinentes e encaminhamentos das demandas manifestadas pelo público.
A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, explica que a Sespa vem promovendo várias atividades para sensibilizar profissionais e toda a sociedade sobre as formas de diagnóstico, prevenção e repressão aos crimes de abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. “Toda essa mobilização é uma oportunidade de juntar esforços para reduzir esse tipo de crime e dar assistência às vítimas”.
Instituído pela Lei Federal no. 9.970/ 2000, como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, foi escolhido porque, em 18 de maio de 1973, em Vitória do Espírito Santo, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime até hoje está impune. A intenção do 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta.
Mozart Lira - Sespa
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=77050

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mais de 160 menores são vítimas de abuso sexual por ano no ABC

Mais de 160 menores são vítimas de abuso sexual por ano no ABC
quinta-feira, 26 de maio de 2011 22:28
Da Redação

Santo André observou 79 crianças e adolescentes vítimas de abuso em 2010 / Foto: Marciel Peres
No mínimo 162 menores de idade são vítimas de abuso sexual a cada ano no ABC. Em 2010, foram 79 casos em Santo André, 81 em São Bernardo e 2 em São Caetano, segundo as prefeituras. As vítimas são acolhidas pelos serviços sociais e de saúde oferecidos pelos municípios e encaminhadas para tratamento. Apesar de importante, o registro do Boletim de Ocorrência não é obrigatório para o atendimento na rede de saúde.

São Bernardo mantém ações de prevenção e enfrentamento das situações de abuso e de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes na Fundação Criança, em parceria com o Crami (Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância). Em 2010, foram 81 atendimentos relacionados a abuso sexual em crianças ou adolescentes no município e três casos de exploração sexual envolvendo adolescentes, sendo duas meninas e um menino.

Em 2010, São Caetano notificou dois casos de pedofilia, sendo que em um deles o abusador era o padrasto e no outro o vizinho - ambos pedófilos foram condenados. O município conta com dois programas de prevenção e assistência às crianças, jovens e adultos que sofrem abuso sexual: o Renascer e o Creas (Centros de Referência Especializados da Assistência Social). “Temos um serviço em rede, o que garante facilidade e agilidade na resolução dos problemas”, comenta Maria Aparecida da Silva, coordenadora geral do Programa Renascer.

Santo André observou 79 crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual em 2010. O acolhimento é realizado nos serviços de urgência e emergência e o atendimento médico e psicológico é realizado pelo ARMI (Ambulatório de Referencia para Moléstias Infecciosas de Santo André). Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não forneceram dados em relação ao número de casos de abusos sexuais em menores de idade.

Diadema lança plano

Diadema lança neste ano o Plano Municipal de Enfrentamento ao Abuso Sexual, Violência Sexual, Comercial e Tráfico de Crianças e Adolescentes. Atualmente, o município conta com um Comitê Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, convênio com o Crami (Centro Regional de Maus-Tratos à Infância) e Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social), além da Ravis (Rede de Atenção à Violência Sexual) para o combate e tratamento da violência sexual.

Atendimento

Normalmente os casos agudos (até 72h da ocorrência) são encaminhados para hospital ou pronto-socorro para realização de procedimentos de contracepção de emergência e profilaxia de DST/AIDS. Depois, os casos são encaminhados aos centros de referência para tratamento. As ocorrências que ocorrerem depois do período de 72h e os casos crônicos, em que há violência sexual contínua, o encaminhamento da vítima é feito para a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima.

Monitorar filho é a saída

Quando o assunto é segurança, a melhor maneira de proteger a criança dos conteúdos impróprios na Internet é estabelecer conversa quanto à visualização do material e se envolver ativamente das suas atividades na Internet, pelo menos até os 10 anos de idade. As instruções disponíveis na cartilha de segurança desenvolvida pela Microsoft Brasil.

A conversa franca com a criança é também defendida por Leandro Cruz, desenvolvedor do software Kidux - www.kidux.com.br - ,que monitora sites que as crianças utilizam na Internet. “Mas nenhum programa de computador vai substituir a conversa do pai com o filho”, defende.

Segundo Cruz, os pais devem tomar cuidado, principalmente, em três pontos: não deixar o filho usar sozinho a Internet, especialmente de madrugada, manter o computador num lugar comum da casa e prestar atenção se informações pessoais são divulgadas. “Os responsáveis devem prestar atenção se dados, como nome da escola, telefone e fotos que identificam o poder aquisitivo da família são divulgados pelas crianças”, ensina.

Outro meio é limitar o uso do computador num horário estipulado com a criança e restringir o uso a apenas sites considerados apropriados. “A criança não está preparada para o conteúdo que vai acessar, o papel dos pais é auxiliar nessa atividade”, conta.Os pais que desejam filtrar o conteúdo acessado pelo filho através do computador de casa podem utilizar recursos já existentes, como o Windows Live Proteção Para a Família, disponível no Windows 7- www.microsoft.com. O programa de segurança criado pela Microsoft foi desenvolvido em parceria com a AAP (Academia Americana de Pediatras) e visa orientar os pais de acordo com a faixa etária dos filhos.

Internet camufla ação


Por meio de sites de relacionamentos, o pedófilo cria laços / Foto: Marciel Peres
Apesar de a maioria dos crimes relacionados à pedofilia e pornografia infantil acontecer no ambiente doméstico, a pedofilia na Internet tem alcançado parâmetros preocupantes. De acordo com Thiago Tavares, diretor-presidente da ONG Safernet, especializada na rede, a Internet não inventou os crimes sexuais, mas evidenciou o problema.
“A Internet facilitou o acesso ao tipo de conteúdo e aproximou adultos e crianças. Antes, o adulto precisava se inserir no contexto da criança para chegar até ela. Hoje, por meio de bate-papos, o indivíduo se passa por uma criança para chegar até ela”, afirma Tavares.

Por meio de sites de relacionamentos e bate-papos, o pedófilo cria laços de amizade com a vítima até chegar ao ponto de marcar um encontro. Embora o tipo de crime esteja mais ligado ao sexo masculino, cerca de 20% dos casos são praticados por mulheres, segundo a ONG. “Cerca de 80% são homens, como idades e classes sociais variadas, o que dificulta a identificação”, explica o executivo.

O combate ganha eficiência com as denúncias realizadas diariamente. De acordo com Thiago Tavares, cerca de 60% das denúncias de usuários da internet são referentes a crimes de abuso infantil. “A população tem uma participação cada vez mais efetiva, mas a ação protecionista para alguns sites ainda precisa ser melhorada”, destaca.

Orkut registra queda

A Internet também facilitou o acesso a conteúdos ilegais. De acordo com a ONG Safernet, nas décadas de 1970 e 1980 já havia troca de imagens de sexo explícito com crianças e adolescentes, mas de forma mais fechada. “Atualmente, em apenas cinco segundos é possível ter acesso ao tipo de conteúdo, principalmente trocas de vídeos”, diz Tavares.
Com a troca de informações cada vez mais intensa, as empresas começaram a adotar medidas rígidas para a proteção de sites e redes contra essas ações. Hoje, como rede social mais popular no Brasil, o Orkut é o site do qual se tem hoje o maior número de casos confirmados de comercialização de imagens e pedofilia. “Felizmente, nos últimos tempos temos observado queda no número de casos, em razão das medidas tomadas pelo Google”.

Terapia ameniza trauma

Vítimas de abuso sexual têm dificuldades de superar o trauma. Quando a ação atinge crianças e adolescentes as consequências podem ser ainda maiores, pois podem desencadear problemas no desenvolvimento cognitivo, comportamental e emocional. É o que aponta a doutora em Psicologia, Luísa Fernanda Habigzang, coordenadora do Centro de Estudos Psicológicos sobre Meninos e Meninas de Rua (Cep-Rua), programa de pesquisa e atendimento psicológico para vítimas de violência sexual. “O abuso sexual pode ocasionar problemas de atenção, memória, baixa concentração e rendimento escolar, crenças de desvalor e culpa, assim como fugas de casa, agressividade, mudança nos padrões de sono e alimentação, abuso de substâncias, isolamento social, entre outros”, diz.

De acordo com Luísa, alguns podem desenvolver quadros psicopatológicos graves, como transtornos de humor, ansiedade (principalmente do estresse pós-traumático) e de conduta. “As consequencias podem se manter até a vida adulta, com problemas conjugais, interpessoais e baixo rendimento no trabalho”, avisa.
A especialista defende o acompanhamento psicológico das vítimas. “É fundamental que a criança compreenda a violência sofrida, reestruture pensamentos decorrentes da experiência, integre e organize fragmentos da memória traumática”, ensina.

Segundo a psicóloga, estima-se que 80% dos casos acontecem na família. “Existe na literatura referência de que a proximidade afetiva e de cuidado entre agressor e vítima potencializam os efeitos negativos. Os danos tendem a ser graves e requerem intervenção psicológica”, adverte. A especialista conta que os pais e padrastos são os principais agressores.

Pedófilo é indefinido

Mesmo com diversosos estudos e análises, ainda é difícil traçar o perfil do pedófilo. “O abusador pode ser qualquer pessoa, homem ou mulher, hetero ou homossexual. Tem comportamentos sociais aceitáveis, o que dificulta o crédito ao relato da criança. Demonstram ser bons cuidadores e são atenciosos”, destaca a psicóloga Luísa Fernanda Habigzang. “Porém, muitos apresentam diagnósticos para pedofilia ou transtorno de personalidade antissocial”, completa.

O artigo A criança na visão de homens acusados de abuso sexual: um estudo sobre as distorções cognitivas, elaborado pelas psicólogas Andreina da Silva Moura e Silvia Helena Koller, mostra que os abusadores têm visão destoada das crianças quando comparada com a que é aceita e compartilhada pelo restante da sociedade, como as noções de pureza e inocência.

Além disso, as distorções cognitivas sobre a visão que possuem sobre as crianças geralmente se associam a fatores como a visão que o abusador possui sobre si, sua visão sobre o papel que ocupa na sociedade, seus valores éticos e as características do contexto social.

Para Luísa, os pedófilos devem ser tratados como doentes. “Agressores sexuais necessitam de tratamento. O problema é que não temos intervenções comprovadamente efetivas e dispomos de poucos profissionais capacitados para tratamento”, diz. Entretanto, Luisa defende que sejam responsabilizados criminalmente. “Acredito que o cumprimento de pena e a participação em programas de reabilitação são necessários”, destaca.

Promotor critica projeto

O promotor de Justiça, José Carlos Blat, conhecido pela atuação no combate à pedofilia, recomenda cautela na infiltração policial prevista no projeto de lei aprovado recentemente pelo Senado. A iniciativa elaborada pela CPI da Pedofilia altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para prevenir e reprimir o Internet grooming, processo pelo qual o pedófilo, protegido pelo anonimato, seleciona e aborda, pela rede, as vítimas, e as prepara para aceitarem abusos.

“A minha preocupação com o novo modelo para investigação é que o policial em momento algum poderá instigar o pedófilo a realizar condutas criminosas”, alerta. “No caso de infiltração de agentes policiais, o trabalho deverá ser feito com muita cautela e a partir da conduta do pedófilo contra a vítima real e, aí sim, esta última ser substituída pelo policial para receber as mensagens”, sustenta.

Segundo Blat, a legislação existente é suficiente para coibir a pedofilia. O problema, diz, é que os artigos 213 e 217 do Código Penal aglutinaram no mesmo crime à prática de atentado violento ao pudor e à prática de estupro. “Um artigo acaba beneficiando o acusado, que responderá como se fosse um só crime”, diz. O promotor atuou no caso do médico hebiatra Eugênio Chipckevicht, que abusava de adolescentes no consultório de alto padrão, em São Paulo. O médico atendia crianças e adolescentes e pedia que os pais aguardassem numa sala de estar enquanto aplicava injeções de pré-anestésicos para abusar dos menores. Tudo, segundo Blat, foi registrado pelo médico em vídeo. “O que mais me choca é que os autores estão em todas as camadas sociais e são imperceptíveis”, diz.

Segundo a Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet, de cada cinco crianças que navegam na rede de computadores, uma recebe proposta de pedófilo. Em média, a cada 33 crianças, uma já se comunicou pelo telefone, com agressor. Em 10 anos de campanha, o site da campanha – www.todoscontraapedofilia.com.br - recebeu mais de 150 mil denúncias. O cidadão pode utilizar o disque 100 para denúncias ou informações sobre abusos ou exploração sexual. A ligação é gratuita e sigilosa.
http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/289702/mais-de-160-menores-sao-vitimas-de-abuso-sexual-por-ano-no-abc/

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pai de santo e namorado suspeitos de estupro são presos no RS

26/05/2011 - 19h27
Pai de santo e namorado suspeitos de estupro são presos no RS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um casal de homossexuais suspeito de estuprar uma menina dos 9 aos 11 anos foi preso na manhã desta quinta-feira nos municípios de Guaíba e Canoas, no Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, os suspeitos são conhecidos como pais de santo.

A polícia informou que os dois homens, que respondem por estupro em Guaíba (13 km de Porto Alegre), deverão ser indiciados por aborto.

"Os dois pai de santo possuem uma relação homossexual e abusavam da menina, tida como filha de santo deles", afirmou o delegado de Guaíba Rafael Soares Pereira.

Segundo o delegado, os dois homens também são suspeitos de forçar a menina a realizar um aborto.

As prisões preventivas de ambos foram realizadas por policiais civis de Guaíba e Capão da Canoa (119 km de Porto Alegre).

Os suspeitos foram levados para o presídio estadual de Osório, no Estado.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/921434-pai-de-santo-e-namorado-suspeitos-de-estupro-sao-presos-no-rs.shtml

Menina de 9 anos relata abuso sexual em carta

26/05/2011 - 19h26
Menina de 9 anos relata abuso sexual em carta
MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

Após relatar ao delegado de Itapuí (308 km de São Paulo) na quarta-feira (25) os abusos sexuais que sofria do padrasto e do namorado de sua avó, uma menina de nove anos decidiu escrever uma carta para ambos para dizer como estava "decepcionada" com eles.

Os dois foram presos ontem, ao lado da mãe da garota, logo após o depoimento da menina à polícia. Eles são suspeitos de estupro de vulnerável, crime cuja pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão.

"Você nunca foi meu avô e nunca vai ser. Eu te odeio muito. Queria que você fosse preso pra sempre", escreveu a garota, na carta endereçada ao namorado de sua avó.

Segundo o delegado Tiago Hungaro, responsável pelo caso, a polícia começou a investigar o caso a partir de uma denúncia anônima encaminhada à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Em depoimento ontem, a menina relatou que era violentada desde os quatro anos de idade. A garota disse também que denunciou os abusos à mãe, mas ela não procurou a polícia.

A Justiça decretou ontem a prisão temporária (30 dias) do namorado da avó, de 44 anos, do padrasto, de 23 anos, e da mãe, de 28 anos. Segundo a polícia, apenas o namorado da avó negou o crime.

Os dois homens foram encaminhados à carceragem da delegacia do município vizinho de Barra Bonita (267 km de São Paulo). Já a mãe foi transferida para a delegacia de Dois Córregos (262 km de São Paulo).

O conselho tutelar de Itapuí encaminhou a garota para um abrigo, onde ela será acompanhada por médicos e psicólogos.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/921432-menina-de-9-anos-relata-abuso-sexual-em-carta.shtml

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pro-Paz Integrado alerta para violência sexual contra crianças e adolescentes

Pro-Paz Integrado alerta para violência sexual contra crianças e adolescentes

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado em 18 de maio, será lembrado pelo Pró-Paz Integrado com palestras, exibição de vídeos, distribuição de materiais informativos - nas escolas Frei Daniel, no bairro do Guamá, e Brigadeiro Fontenelle, na Terra Firme -, além de ações de sensibilização da população nos três principais shoppings da cidade.

O Pró-Paz Integrado, que funciona na Fundação Santa Casa de Misericórdia, já recebeu, desde a sua criação, em 2004, cerca de seis mil denúncias. Sómente nestes cinco primeiros meses do ano, o núcleo registrou 452 casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes, sendo 15% em meninos e 85% em meninas, o que corresponde a cinco casos/dia.

Eugênia Fonseca, assistente social e coordenadora do Pró-Paz Integrado na Santa Casa, explica que o abuso sexual se configura pela exposição de uma criança ou adolescente a práticas sexuais impróprias para sua idade, seu nível de desenvolvimento psicossocial e seu papel na família. Quando a criança é forçada fisicamente ou ameaçada verbalmente a participar da relação sem ter, necessariamente, capacidade de consentir ou julgar o que está acontecendo. “O abuso sexual pode ser cometido por homens e mulheres de qualquer classe social, membros de nossa família, pessoas que conhecem bem a criança, de confiança e amigos íntimos”, ressalta Eugenia.

A criança abusada sexualmente pode experimentar um profundo sentimento de solidão e abandono, torna-se muito retraída, perde a confiança em adultos, quer fugir de casa e pode até pensar em suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que a abusa usar de violência. Eugenia ressalta, ainda, que a criança fica aterrorizada, confusa e com medo de revelar o abuso. Com frequência permanece silenciosa por ter sido ameaçada pelo abusador e por medo de ser considerada culpada ou mesmo de ser castigada. Uma das ameaças mais comuns é a de que, caso a criança conte o “segredo especial”, a família será desfeita.
“É importante lembrar que muitos abusadores oferecem recompensas, brinquedos e presentes, ou utilizam de 'brincadeiras' e 'jogos' para transmitir à criança a falsa idéia de que o abuso sexual é algo especial e divertido”, declara.

Prevenção
A coordenadora do Pró-Paz Integrado da Santa Casa afirma que o abuso sexual é um tipo de violência que geralmente os pais não querem sequer considerar que possa acontecer na sua família. Entretanto, é um assunto que precisam discutir com os filhos, de maneira clara, objetiva e frequente, assim como as orientações para atravessar uma rua ou se afastar de um animal feroz.

Para a assistente social do Pró-Paz é fundamental conversar com a criança utilizando a linguagem que ela entende pra mostrar que se alguém tentar tocar ou mexer em seu corpo ou fazer alguma coisa que a faça sentir incomodada, ela deve se afastar da pessoa e contar imediatamente o que aconteceu. “Reafirme que a criança não será castigada por falar sobre o assunto. Ensine a não aceitar dinheiro, balas, doces ou qualquer coisa de pessoas próximas ou estranhos em troca da permissão para tocá-la e também a pedir ajuda, caso perceba intenções ruins de pessoas desconhecidas ou mesmo íntimas”, orienta a assistente.

O que fazer
Segundo a assistente social, muitos pais se sentem totalmente despreparados e geralmente são pegos de surpresa diante de uma suspeita de abuso sexual. As reações emocionais da família serão muito importantes neste momento, os pais ou responsáveis nunca devem responsabilizar ou culpar a criança, muito menos aplicar punições pelo que ela está revelando. Nunca diga que ela está mentindo, não grite, não pressione ou obrigue a criança a falar a verdade", orienta.

Se as suspeitas produzirem um relato da criança, os pais devem procurar, sem constrangimentos, o atendimento do Pró-paz Integrado da Santa Casa (4009-2268/3223-2412), o Pró-Paz Integrado/CPC Renato Chaves (4009-6000), o Conselho Tutelar ou a delegacia de polícia mais próxima. Nesses locais existem profissionais especializados que irão orientar os familiares sobre como devem proceder diante deste tipo de crime. Em casos de denúncia, o cidadão pode entrar em contato com os telefones 100/181.
Alessandro Borges - Ascom/Fundação Santa Casa
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=77102

Sespa promove ações pelo fim da violência sexual infanto-juvenil

Sespa promove ações pelo fim da violência sexual infanto-juvenil

Ato público e panfletagem nos três shopping centers de Belém serão as ações desta quarta-feira (18) da programação alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O objetivo é atrair a atenção e sensibilizar a sociedade para um problema que vem sendo combatido pelo governo do Estado e diversas entidades sociais.

A mobilização começará com um ato público, às 9 horas, no auditório da Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade do Pará (Ueafto/ Uepa), localizado na avenida Romulo Maiorana, antiga 25 de Setembro. Depois, as ações continuam, até as 22 horas, nos shopping Boulevard, Castanheira e Pátio, com exposição de banners, distribuição de informativos educativos, e folders e a presença de técnicos da Sespa a fim de dar orientações pertinentes e encaminhamentos das demandas manifestadas pelo público.

A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, explica que a Sespa vem promovendo várias atividades para sensibilizar profissionais e toda a sociedade sobre as formas de diagnóstico, prevenção e repressão aos crimes de abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes. “Toda essa mobilização é uma oportunidade de juntar esforços para reduzir esse tipo de crime e dar assistência às vítimas”.

Instituído pela Lei Federal no. 9.970/ 2000, como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, foi escolhido porque, em 18 de maio de 1973, em Vitória do Espírito Santo, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime até hoje está impune. A intenção do 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta.
Mozart Lira - Sespa
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=77050

terça-feira, 17 de maio de 2011

DIA 18 DE MAIO MARCA O DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Atualizado: 17 maio, 2011
Equipe Atenas

DIA 18 DE MAIO MARCA O DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Dia 18 de maio marca o enfrentamento da violência sexual
Mais de 66 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, em quase oito anos de funcionamento do serviço Disque 100, foram registradas no Brasil até março de 2011. A maioria das vítimas é do sexo feminino. Os dados, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, foram divulgados pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Nesta semana, uma série de atividades de mobilização reforçam a campanha permanente de combate a esse tipo de violação de direitos.
O 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida como símbolo da luta pelos direitos de crianças e adolescentes, em lembrança ao sequestro da menina Araceli Cabrera Sanches, estuprada e assassinada aos 8 anos de idade, em 18 de maio de 1973, em Vitória. O corpo foi encontrado seis dias depois, completamente desfigurado e com sinais de abuso sexual. Os responsáveis pelo crime não foram responsabilizados.
Prêmio Neide Castanha – A principal atividade de mobilização será quarta-feira. No Palácio do Planalto, às 14h, haverá a entrega do Prêmio Neide Castanha, criado para homenagear a assistente social mineira que morreu em janeiro de 2010. Ela atuava em favor dos direitos de crianças e adolescentes e esteve à frente do comitê de enfrentamento à violência sexual. Serão premiadas boas práticas, produção de conhecimento, cidadania, protagonismo de crianças e adolescentes e responsabilidade social.
Disque Direitos Humanos – O Disque 100 é um serviço gratuito e funciona 24 horas por dia. A identidade de quem denuncia a violação de direitos contra crianças e adolescentes é preservada. Denúncias também podem ser feitas pelo portal http://www.disque100.gov.br ou pelo endereço eletrônico disquedenuncia@sedh.gov.br. Para quem participa das redes sociais, como o Facebook, também pode fazer parte das atividades de mobilização da campanha, utilizando avatares em suas fotos ou mencionando a tag #façabonito.
http://www.atenasonline.com.br/guia/dia-18-de-maio-marca-o-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes/?utm_source=feedburner&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+atenasonline+%28A.T.E.N.A.S%29&utm_content=Twitter

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: O que você tem a ver com isto?

A bola está com você - Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: O que você tem a ver com isto?
Publicado: 16/05/2011 08:10


* Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva


Recente pesquisa da BBC de Londres identificou que o Brasil tem sido um dos 27 países que influencia positivamente o mundo. Entretanto, as vésperas de completarmos 21 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente lei 8069/90, dezesseis anos do início da Campanha para o Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, o quadro de proteção a população infanto-juvenil não faz jus a esta constatação. No país do futebol, do carnaval, da corrupção, do sucateamento da educação continuamos com a temática da exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes.


Os números mostram o inferno a que estão submetidas as nossas crianças. Dados do Disque Denúncia Nacional (Disque 100) indicam que, desde maio de 2003 até março deste ano, foram feitas mais de 63 mil denúncias de abuso. A Bahia é o Estado que registra mais ligações (7.708), seguido por São Paulo (7.297) e Rio de Janeiro (5.563). Infelizmente, não há dados oficiais sobre o número exato de crianças e adolescentes que vivem essa realidade no país.

Em 2010 foram registrados 12.487 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. No primeiro trimestre de 2011, já houve 4.205 casos, sendo a maioria das vítimas do sexo feminino. Apesar de várias campanhas de combate à pedofilia, este parece ser um ano muito sombrio, as pessoas têm ignorado o assunto e por isso o demônio da pedofilia segue atuando, destruindo e aterrorizando muitas famílias, gerando sofrimento, pois há confusão, desinformação, medo e vergonha.

Há uma evolução, em 2006, registrou-se denúncias de 882 municípios, em 2010 foram de 4.886. Entre 2003 e 2010 o Disque 100 realizou um total de 2.556.775 atendimentos e encaminhou 145.066 denúncias de todo o país.

No Brasil e no mundo a pedofilia avança de forma preocupante na internet, são inúmeros os casos de denúncias, violência contra menores de idade seguidos de abuso sexual.

As pesquisas e registros constatam que cerca de 70% dos estupros ocorrem no âmbito familiar, as crianças normalmente começam a ser abusadas sexualmente aos 7 e 8 anos. Ao completar 12, 13 anos, elas começam a ter noção de sexualidade falam sobre o abuso com a mãe ou vizinhos. Se a vítima é criança, o caso é descoberto quando alguém flagra ou percebe o comportamento alterado dela.

Para intervir precisamos saber - Qual a diferença entre abuso sexual e exploração sexual?

O abuso é qualquer ato que ofenda a pessoa, extrapolando os limites do desenvolvimento ou exercício autônomo e sadio de sua sexualidade, visando unicamente à satisfação de um desejo sexual próprio do agressor, ou seja, no abuso sexual, o agressor procura unicamente satisfazer seus desejos mediante a violência sexual.

Por sua vez, a exploração é a obtenção de alguma vantagem, financeira ou não, diversa do prazer oriundo da violência. Caracteriza-se por ser uma relação mercantil, em que o agredido é considerado mera mercadoria.

Mas afinal - Quem é o explorador? É um criminoso comum. Os principais violadores não são desconhecidos, são pessoas que vivem próximas ou, na maioria das vezes, aquelas em que a vítima mais confia. No Brasil, a cada oito minutos uma criança é vítima de abuso sexual. De acordo com o Ministério da Justiça, 60 mil crianças são violentadas sexualmente por ano e 82% têm entre 2 e 10 anos e, em 90% dos casos, o violador é um membro da família - pai biológico, padrasto, tios, avôs ou irmãos.

O quadro pode ser modificado portanto, A bola está com você - Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: O que você tem a ver com isto? Tudo! O primeiro passo é não calar-se, porque tem coisas que não dá para fingir que não vê. Violência sexual contra crianças e adolescentes é crime.

Precisamos incentivar a denúncia, pois “Quem cala, consente” e buscarmos soluções conjuntas para o drama vivido por muitas meninas e meninos. Não basta ser apenas no período de carnaval, quando milhões de pessoas circulam pelas ruas das cidades ex: Salvador, Rio de Janeiro, Recife. Precisamos identificar e combater diariamente as redes interestadual e municipal de exploração sexual infanto-juvenil no Brasil.
Você pode contribuir na sua cidade procurando através dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, de Assistência Social, Delegacias de Polícia, Vara da Infância, CRAS e CREAS. Quais afinal são as políticas públicas, visando à prevenção e o combate à rede exploratória, bem como a garantia do cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente em sua cidade?

É possível constatarmos que as mobilizações têm gerado denuncias, mas lamentavelmente a maioria dos municípios brasileiros não dispõe das Varas Criminais Especializadas da Infância e Juventude, impedindo a celeridade na apuração e julgamento dos crimes.

Precisamos saber - Quais os serviços disponíveis as vitimas e abusadores?



Setores apontados como facilitadores da exploração sexual nos Estados também tem sido sensibilizados ao longo das mobilizações, caminhoneiros, desestimulando o transporte de adolescentes e alertando para o perigo de facilitar a exploração de meninas, postos de gasolinas e bares em beira de estradas, entrada de cidades e casas noturnas.

Precisamos fortalecer as ações com o apoio do Governo do Estado, das Prefeituras Municipais e Universidades, incluindo a campanha em seus discursos e políticas oficiais, na formação continuada das Polícias Federal, Militar e Civil para assumirem papéis estratégicos no enfrentamento da questão e, também, os profissionais da Educação tem papel importantíssimo nesta luta, desenvolvendo ações de formação, prevenção e orientação das famílias, dos alunos e da comunidade.

* Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas e coordenador do Núcleo de Estudos da Criança e do Adolescente – NECA/UESB. Email: necauesb@yahoo.com.br
http://www.jornalnovafronteira.com.br/?p=MConteudo&i=3475

domingo, 1 de maio de 2011

Casos de abusos de menores aumentaron un 165,6% en Chile entre 2007 y 2010

Casos de abusos de menores aumentaron un 165,6% en Chile entre 2007 y 2010
EFE, Santiago de Chile |

Las denuncias por abusos contra menores aumentaron en Chile un 165,6 por ciento entre los años 2007 y 2010, según un informe difundido hoy por la Policía de Investigaciones (PDI).

En 2007 hubo 2.224 denuncias por ese tipo de delitos, cifra que en 2010 se elevó a 5.909, según el informe elaborado por la Jefatura Nacional de la Familia (Jenafam) de la PDI.

El aumento de casos se explica porque la población se atreven a denunciar más este tipo de delitos y a que los abusadores son hoy más osados que antes para realizar sus ataques, según Margarita Rojo, sicóloga forense de la institución.

En la presentación del informe, Rojo explicó que los niños más afectados por el aumento de abusos sexuales son los menores preescolares, debido a que "no cuentan con un discurso ni un relato desarrollado".

A su juicio, cuando un niño es víctima de abuso sexual "se corta su línea de desarrollo sicológico y ese daño se observa en su etapa adulta", .

Añadió que desde el punto de vista criminológico las víctimas siempre son elegidas porque el abusador se da cuenta de sus carencias económicas, afectivas o de otra índole.

A su juicio, quienes abusan de menores tienen problemas generalmente de autoestima o de índole sexual, como por ejemplo impotencia.

"Generalmente son personas normales, buenos vecinos, con educación y tienen familia; es por eso que causa tanta sorpresa entre sus cercanos cuando se descubre a una persona abusadora sexual", explicó.

Rojo precisó que entre el 80 y el 85 por ciento de los casos, los agresores son conocidos de sus víctimas.

Respecto del caso del cura Fernando Karadima, a quien el Vaticano halló en febrero culpable del delito de abusos sexuales contra al menos un menor y otros feligreses de una parroquia de Santiago, Rojo dijo que el religioso "seducía a sus víctimas".

Sobre los fonoaudiólogos Ernesto Alvarado Rosas, detenido la semana pasada, y Pablo Herrera Cavieres, condenado ayer a siete años por abusar de tres men
ores, casos ocurridos en escuelas especiales para niños con déficit de lenguaje, dijo que utilizaron sus trabajos para acercarse a las víctimas.
http://www.adn.es/internacional/20110408/NWS-0965-Casos-Chile-aumentaron-menores-abusos.html

domingo, 17 de abril de 2011

Abuso deixa marca psicológica profunda, dizem especialistas

Abuso deixa marca psicológica profunda, dizem especialistas
Crianças que foram abusadas ou tiveram imagens divulgadas podem ter transtorno de personalidade
Wesley Alcântara
Especialistas afirmam que as crianças vítimas de pedofilia sofrem diversas consequências durante o seu desenvolvimento, que se estendem até a maturidade.
"Muitas vezes, a criança que foi objeto de abuso para a produção de imagens eróticas vai desenvolver principalmente dificuldade no desenvolvimento da sexualidade e da relação de confiança", afirma Erikson Furtado, psiquiatra da Infância e da Adolescência da Faculdade de Medicina do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto.
Segundo ele, a pornografia altera mudanças consideráveis no comportamento da criança, que passa a ficar mais agressiva. Já a queda no rendimento escolar e de queixas físicas são outros dois fatores que sinalizam a exploração.
"Há um risco elevado de a criança perpetuar o comportamento inadequado para a fase adulta", disse Furtado.
Adultos que foram vítimas da pedofilia quando crianças podem sofrer transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de personalidade, além do quadro de ansiedade, fobia e de depressão. "São problemas emocionais que vão repercutir sobre a pessoa e também sobre sua família. Cria-se uma repercussão social muito grave".
Tratamento
Furtado disse que as vítimas, não apenas na infância, mas na fase adulta, precisam de assistência médica, que inclui sessões com terapeutas, psicólocos ou até com psiquiatras, quando é preciso uso de medicamentos para atenuar possíveis transtornos.
"Os tratamentos ajudam a aliviar e há uma boa chanche da pessoa se recuperar e voltar à vida normal".
http://colunalimitepiadas.blogspot.com/2011/04/abuso-deixa-marca-psicologica-profunda.html