Ver estrelas, subir pelas paredes, revirar os olhos de prazer. Nos filmes e nas revistas, chegar ao orgasmo não só parece algo fácil, como também parece uma experiência extracorpórea. De fato, "chegar lá" significa perder o controle do corpo por alguns minutos. Mas a técnica requer prática e bastante habilidade.
Nada que um pouco de diálogo com o parceiro, conhecimento do próprio corpo e uma mente desprovida de preconceitos entre quatro paredes não possa resolver. No entanto, a despeito da revolução sexual e de todas as conquistas femininas das últimas décadas, muitas mulheres ainda sofrem para decifrar os enigmas do prazer.
De acordo com a ginecologista Carolina Ambrogini, a dificuldade de chegar ao orgasmo é o segundo lugar da lista de problemas que levam as mulheres a procurar ajuda no Projeto Afrodite, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do qual é coordenadora. O projeto atende gratuitamente mulheres com disfunções sexuais. No topo da lista está a falta de desejo sexual.
A especialista explica que, a princípio, toda mulher está apta a alcançar o orgasmo, mas alguns fatores fisiológicos podem prejudicar este quadro. De acordo com a ginecologista Viviane Monteiro, as causas orgânicas são responsáveis por cerca de 20% a 40% das disfunções sexuais femininas.
Entre elas, estão itens que diminuem o desejo sexual como o período menstrual; tabagismo, álcool e dependência química; uso de tranquilizantes ou de anticoncepcionais de baixa dosagem por tempo prolongado; doenças vasculares; diabetes; endometriose; miomas e a menopausa, caracterizada por sintomas como atrofia genital, menor fluxo sanguíneo, diminuição da produção de estrogênio e ressecamento vaginal.
Sim, os aspectos físicos têm seu peso nessa questão. No entanto, as especialistas são unânimes - o foco do problema está mesmo é dentro da cabeça. Entenda a origem dos casos mais comuns e veja dicas para exercer sua sexualidade de forma plena.
Onde começa o problema
Tratada muitas vezes como uma questão secundária, a dificuldade de chegar ao orgasmo pode até parecer uma coisa à toa, mas é preciso ficar atenta, pois, a longo prazo, pode comprometer o bem estar da mulher, sua autoestima e a relação com o parceiro. Conforme explica Carolina, é importante observar a frequência com o a qual se atinge o clímax. "Se a mulher percebe que em um período de seis meses não atingiu o orgasmo nenhuma vez, ou poucas vezes, deve procurar ajuda, pois pode estar com um quadro de anorgasmia, uma disfunção sexual".
De acordo com Viviane, ser feliz no sexo não é só uma questão de prazer, é uma questão que também traz benefícios à saúde feminina. "O ato sexual regula hormônios variados ligados ao bem-estar, entre eles a dopamina, a ocitocina, o cortisol, o estrogênio e a testosterona. Manter uma vida sexual regular pode rejuvenescer a aparência devido ao aumento do nível de estrogênio", observa.
Confira os fatores psicológicos ligados à questão.
Histórico pessoal e familiar: Carolina explica que mulheres que vêm de uma educação muito rígida, que prega que o sexo é uma coisa suja, podem ter maiores dificuldades na cama. "Ela já começa a relação achando que está fazendo algo errado, ainda que inconscientemente. Ela não se permite se entregar a essas sensações".
Falta de diálogo: se para a mulher já é difícil conhecer o próprio corpo, para o homem é mais ainda. Por isso, conversar sobre as preferências é fundamental. "Ter uma vida sexual e satisfatória significa ambos estarem bem e felizes. Para tanto, é importante que mantenham um bom canal de comunicação e entendimento íntimo e sexual", ressalta Viviane.
Perfil controlador: de acordo com Carolina, mulheres que têm o hábito de controlar tudo também podem ter dificuldade durante a relação sexual. "No sexo, é preciso se deixar levar pelas sensações e pelas fantasias, e algumas mulheres não conseguem sair da realidade", observa.
Falta de confiança no parceiro: outro empecilho neste sentido é a desconfiança - se a mulher não está 100% segura com o parceiro, a dificuldade em se entregar é muito maior. "O orgasmo é a perda do controle, você sai um pouco de si. Algumas mulheres têm dificuldade de se entregar a isso quando não confiam plenamente no parceiro", constata Carolina.
Desconhecimento do próprio corpo: "A mulher que não se toca, não se conhece, não sabe que região do corpo dá prazer", observa Carolina.
Transferir toda a responsabilidade para o parceiro: de acordo com Priscila Fernandes Gouveia, fisioterapeuta do Projeto Afrodite, a mulher é responsável pelo seu prazer. "Muitas vezes ela deixa na mão do homem e ele não conhece tanto assim a mulher, por isso é importante que ela se conheça pra ensinar o parceiro. Tem que existir parceria, conversar sobre a sexualidade principalmente", afirma.
Fazer sexo só para agradar o parceiro: muitas mulheres ainda fazem sexo para satisfazer a vontade do homem unicamente, e não ela própria. De acordo com Carolina, muitos ejaculam rápido, outros, não se dedicam às preliminares. Isso tudo contribui para que a vida sexual da mulher não seja satisfatória.
Invista em sua sexualidade
Veja algumas dicas das especialistas ouvidas para se conhecer melhor, deixar claro suas preferências e chegar ao orgasmo com maior frequência.
Posições: de acordo com a ginecologista Viviane, posições que estimulam o clitóris são as mais indicadas. "É o caso da posição em que a mulher fica por cima, sobre o parceiro. Nessa posição, durante a penetração, o clitóris é estimulado ao entrar em contato com a região pubiana do homem. Além disso, ela tem o domínio dos movimentos e velocidade, e pode escolher formas e intensidade de chegar ao seu prazer".
Liberando a fantasia: para fantasiar mais na hora do sexo, é preciso se libertar dos preconceitos e investir em alguns recursos. Carolina indica o uso do vibrador, que estimula bastante a mulher na hora do sexo, além de outros "brinquedinhos" encontrados em lojas especializadas. "Mulher também gosta muito de contos eróticos, que são erotizados, e não pornográficos. Eles ajudam na formação da fantasia", explica. A masturbação também é muito indicada neste sentido, pois a partir disso a mulher pode conhecer seus pontos mais sensíveis.
Terapia: nos casos em que a mulher tem muita vergonha de resolver sozinha ou com o parceiro suas questões sexuais, a terapia poderá ajudá-la a entender de onde vêm os seus medos.
Fisioterapia: de acordo com Priscila, as mulheres que têm a musculatura perineal enfraquecida podem procurar um fisioterapeuta uroginecológico, para que ele avalie a questão e indique os exercícios mais apropriados. "Os exercícios perineais promovem a maior consciência do períneo e a melhora da sensibilidade e da lubrificação, o que se traduz, na relação sexual, em uma maior sensação de prazer". Mas ela ressalta que este tipo de prática tem mais eficácia quando vem acompanhada da orientação sexual, ou seja, da consciência global sobre o aparelho genital e seus estímulos.
Esqueça os mitos: para ter uma vida sexual de qualidade, é bom parar de se comparar com as outras mulheres, sejam da vida real ou da ficção. Segundo Carolina, as mulheres de hoje também sofrem da "ditadura do orgasmo". "As revistas femininas fantasiam um pouco, os filmes são exagerados. Então a mulher acha que se não teve orgasmo uma vez, a relação foi ruim. Quando a gente fala de sexualidade, fala de satisfação: se ela sai satisfeita da relação, é o que interessa. Isso é o que importa", conclui.
May 17th, 2012 at 8:32 am[...] Why no “O”? – Palm Beach Post (blog) [...]
May 18th, 2012 at 8:42 amA lot of women don’t have a positive attitude about sex. Their grandmother or mother told them that they are going to hate sex but it is their marital duty or that reproductive organs are repulsive. Their religion told them that it is a sin for a woman to enjoy sex. Society says sex is dirty. Governments and churches make rules and laws against it. Most are afraid of diseases. Some women use sex to get what they want, in or out of marriage. Making it a business transaction takes all the fun out of it. I feel sorry for the ladies that have been forced. That could ruin sex for the rest of their lives. All of these women have been poisoned against sex and will never enjoy it and will never have and orgasm. Dr. Oz said that only 37% of women over 60 like sex.
Then you have guys that are minute men or don’t care enough or don’t know what to do to please a lady. Sex was such a taboo subject that everyone had to learn by trial and error. Now info is easy to find but you have to know enough to go looking for it. Society hasn’t done women any favors.
May 18th, 2012 at 9:43 amEvery man is born with premature ejaculation, so having it is perfectly normal to start with. Controlling ejaculation is something you have to learn just as you had to learn to control your bladder as a child. We get taught to control our bladders but no one teaches us how to control ejaculation.
The American Academy of Family Physicians confirms that: Behavioral methods are helpful for more than 95 percent of men who have premature ejaculation. So, if you have tried exercises and they have not helped it is because they have not been explained properly to you. Many of the treatment programs offered online have not been written by professionals.
Do not waste time or money on sprays, vitamins, herbs, dietary supplements or drugs. This is a learning problem and these things will not help you learn to control ejaculation any more than they can help you to learn to speak another language.
There are a lot of high-priced programs advertised online but all you need is an inexpensive little book written by a doctor and sex therapist that has been used successfully around the world for more than 32 years.
It is called “Lasting Longer: The Treatment Program for Premature Ejaculation” by Dr. Sy Silverberg M.D.
For free preview chapters from the book visit the website.
May 18th, 2012 at 4:25 pmBrad, You are absolutely correct! Behavioral training and exercises help men improve this. Sometimes however, it is secondary to “rushing” because of concerns of erectile function. So all avenues must be discussed. Thanks for your thoughts and insight!
May 18th, 2012 at 4:28 pmDave,
So true! So many things negatively influence women (and men) regarding their sexuality. Our clinic takes time to “discover” these influences and educate the patient about sexual practices that will work in their relationship. We do a lot of “permission-giving” and urge women NOT to withhold sex for punishment. This is a large portion of what we do in the clinic. Thanks for your thoughts.
May 29th, 2012 at 8:08 amMy long time problem is climaxing in some other way than through direct clitoral stimulation. I don’t think Ive ever had an orgasm otherwise. And when I stimulate myself, I find I can achieve orgasm very quickly, however, with my husband, it can sometimes take up to 10 minutes I am extremely attracted to him, sexually, that’s not the issue… We always include a decent amount of foreplay…. I just wish that I could climax during sex. It FEELS good…. I just never get the ending result
May 29th, 2012 at 5:35 pmHey Connie,
Don’t put so much pressure on yourself! Find that orgasm whatever way is the easiest! Your partner wants you to be satisfied and does not care about timing or method. It is all good. I am sure you try simultaneous clitoral stim while he is penetrating, right? This will helf you reach your goal and YOU are in control!
May 30th, 2012 at 8:59 pm[...] Read the full article here: Why No “O”? [...]
http://blogs.palmbeachpost.com/askalocaldoctor/2012/05/why-no-o/