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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Disfunção Sexual e o comprometimento da vida a dois

Disfunção Sexual e o comprometimento da vida a dois
Por Maria Theresa Germani - Psicóloga

Trate o problema como do casal, e não do parceiro

O tratamento da disfunção sexual é mais efetivo quando o parceiro de quem sofre com isso entende que a disfunção é um problema do casal. O histórico da disfunção sexual, o contexto de onde se desenvolveu, as crenças, os tabus (individuais ou do casal) e o tratamento são essenciais ao seu total entendimento.

A definição médica de disfunção, "função própria de um órgão que se efetua de maneira anômala", leva a crer que a disfunção sexual seja como qualquer outra doença do tipo, uma incapacidade definitiva ou contornável. Mas, na verdade ela difere de outras disfunções desde seu histórico até ao seu tratamento. A falta de educação sexual e uma infindável lista de crenças e tabus relacionados ao tema sexualidade envolvem o casal num silêncio constrangido.

Quando o casal entende o que está acontecendo com ele e aceita abertamente que existe uma disfunção sexual, deve se envolver na busca da solução em parceria. O processo de entendimento já é parte da solução e desvenda áreas de dificuldade de diálogo, esclarece dúvidas e promove descobertas essenciais, possibilidades antes desconhecidas de satisfação na intimidade.

No tratamento de uma disfunção sexual, devemos nos debruçar sobre a desconstrução de culpas e tabus como aqueles que tratam a masturbação como uma forma egoísta de viver a sexualidade, ou os que pregam que, se as pessoas se amam de verdade, adivinham os pensamentos e sentimentos do outro. Ou ainda, que o erotismo e o desejo são condicionados ao amor e ao romance (confessar ao cônjuge que não está atingindo o orgasmo seria neste contexto como afirmar que não o ama) e que a virgindade deve ser mantida até o casamento.

O culto à virgindade conduziu por muito tempo a mulher à ignorância sexual e também a uma crença de que o homem que a desejava sexualmente estava desrespeitando-a. Além disso, difundiu a expectativa de que o homem deve saber exatamente o que fazer e como se comportar na primeira noite do casal.
Aqueles que entram num casamento desconhecendo seu próprio corpo e acreditando que o outro é capaz de descobrir a forma ideal de lhe proporcionar prazer está condenado a uma decepção. Conhecer o corpo e descobrir como chegar ao prazer sexual são processos de cada um e do casal.

Das disfunções sexuais existentes, é importante que os parceiros saibam como se trata e como podem se envolver no tratamento. Da anorgasmia, por exemplo, podemos lembrar que frequentemente a mulher acredita ser "fria", incapaz de sentir o orgasmo na relação sexual e mantém a disfunção como segredo até para o parceiro. Ela geralmente pensa ter um "defeito", uma anomalia e, quando busca ajuda junto ao profissional de saúde, é na esperança da indicação de uma medicação.

Muito comum também é a mudança do padrão de desejo sexual (desejo hipoativo) que pode ocorrer em vários momentos do relacionamento. A falta de comunicação nessa situação pode alimentar fantasias que em nada colaboram com o tratamento. Já a participação do parceiro no processo de entendimento da evolução desse quadro é essencial para esclarecer e investir em mudanças.

Assim, temos clara a necessidade da parceria do casa para romper um ciclo de dor, medo e mais dor. Os casais que enfrentam abertamente as dificuldades da combinação intimidade e paixão são os que têm maiores possibilidades de prosperar.
http://bbel.uol.com.br/comportamento/post/disfuncao-sexual-e-o-comprometimento-da-vida-a-dois.aspx

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Companheirismo deve ajudar conter estresse na relação

03/02/2011 -- 15h50
Companheirismo deve ajudar conter estresse na relação
Voltar para o lar no fim do dia tem sido um aumento da responsabilidade, visto que ao retornar para casa, novos papéis precisam ser assumidos


Atualmente, sentimos que o tempo é restrito para todas as atividades que necessitamos e gostamos de fazer. O tempo é o mesmo, porém, o que mudou foi o aumento do número de tarefas que homens e mulheres precisam realizar diariamente.

Somos forçados até o limite com jornadas exaustivas de trabalho, crise financeira, aumento de impostos, ameaças de desemprego e, com isso, diminuimos a energia para investir nos relacionamentos afetivos.

O regresso para o lar no fim do dia tem sido visto como um aumento da responsabilidade, uma vez que, ao retornar para casa, novos papéis precisam ser assumidos, como dividir as tarefas domésticas e ajudar no cuidado com os filhos. O aumento do estresse interfere significativamente no relacionamento afetivo, diminuindo a paciência, aumentando a irritabilidade. A rigidez substitui a flexibilidade; o silêncio é cultivado ao invés do diálogo; a ansiedade e o pânico obscurecem os sentimentos de afeição, gratidão e ternura. Diminuindo a energia para o relacionamento familiar, fica determinado o pouco que conseguimos dar de nós mesmos.

O número de casais que vive situações de conflitos e chega a se separar, não por falta de afeto, mas por problemas externos que interferem na dinâmica familiar, é muito grande. Com o estresse aumentando dia a dia, os conflitos aumentam e fazem as pessoas se distanciarem por causa de sentimentos dilaceradores, como mágoa, raiva, desconfiança.

As famílias têm que criar fronteiras que as protejam frente a fatores externos e ao mesmo tempo somar forças para superar as adversidades. É necessário que procurem enfrentar os desafios da vida crescendo juntos no amor, no companheirismo, na cumplicidade, respeitando a maneira de ser do outro.

Estratégias eficazes devem ser criadas para enfrentar as crises, favorecendo o relacionamento saudável e, consequentemente, diminuindo o nível se estresse. Família é uma instituição que deve ser preservada, pois é o contrapeso frente ao excesso de individualismo tão pregado pelo capitalismo.

Nathan W. Ackerman dizia: ''A família é um modelo universal para o viver. Ela é a unidade de crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é também a unidade da saúde e da doença.

Elsie Silva, psicóloga (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--25-20110203&tit=companheirismo+deve+ajudar+conter+estresse+na+relacao