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domingo, 15 de setembro de 2013

Por que existem tantos problemas nas relações conjugais? E quais seriam as origens desses conflitos?

Enviado em 11/09/2013 às 21h58

DIÁRIO DA MANHÃ
DALVA DE JESUS CUTRIM MACHADO
São vários os fatores que causam conflitos nos relacionamentos conjugais. São muitas as diferenças biológicas e culturais entre homens e mulheres, que condicionam seus comportamentos. Este condicionamento, é um dos fatores que os levam a pensar, sentir, reagir, responder, amar, e apreciar de forma diversa um do outro, por exemplo: as mulheres são mais detalhistas, emocionais e subjetivas; enquanto os homens são mais racionais, focados e objetivos.
Outra causa relevante para os diferentes tipos de comportamentos de homens e mulheres são os originários, da estrutura cerebral. Pesquisas mostram que  cérebros masculinos não são iguais a cérebros femininos. A evolução deles se deu de forma diferente, e como consequência tem reflexo até hoje. Vejam como homens e mulheres se comportavam no tempo das cavernas, enquanto elas ficavam cuidando dos serviços domésticos (eram submissas e dependentes economicamente de seus cônjuges) eles saiam para caçar, eram provedores da família, apresentavam sentimento de liberdade e independência sexual.
No processo da procura pela caça como forma de alimento, ele desenvolveu o senso de direção a longa distância e a pontaria para atingir a presa. Logo o seu  cérebro se configurou para uma visão a longa distância. Isso explica porque o homem tem facilidade em encontrar caminhos e grande dificuldade em localizar um par de meias em uma gaveta, ou seja, a curta distância. Deste modo, o cérebro do homem funciona como compartimento e foi configurado para se concentrar em uma atividade específica e é por isso que ele sente dificuldade de executar duas tarefas ao mesmo tempo, como por exemplo, quando a mulher diz: tenho várias coisas para te dizer, ele se sente incomodado porque terá que acessar vários compartimentos do cérebro ao mesmo tempo. Mas, quando ela diz: tenho uma coisa para te dizer, ele se sente confortável para escutá-la, ou seja, só precisará abrir um compartimento do cérebro.
Por outro lado, o cérebro da mulher nesta evolução se configurou para uma visão periférica, foi  programado para realizar múltiplas tarefas, faz e vê tudo ao mesmo tempo, o que facilita, atender a um telefonema, cuidar dos filhos enquanto executa uma receita. Cabe ressaltar que muitas frustrações nos relacionamentos são causadas pelo desconhecimento desta evolução cerebral e comportamental entre o sexo oposto. 
É importante saber que o cérebro é considerado um órgão social, vai se modelando e remodelando dependendo da necessidade do contexto, nesta perspectiva as mulheres foram aprendendo novos procedimentos e conseguiram se adaptar com o desenvolvimento da civilização moderna. 
Vejam, as mulheres que já foram tão dependentes e submissas de seus cônjuges se liberaram na área profissional e sexual, e agora, exigem um desempenho nota dez dos seus parceiros. Eles são cobrados a apresentar, no mínimo, o mesmo nível econômico e cultural semelhante ao delas. Toda essa revolução feminina, trouxe insegurança ao homem, pois ele se depara com uma mulher forte, admirável,  independente dele, e muitas vezes concorrente. 
À medida que a mulher aumenta sua expectativa em relação ao companheiro, a sua capacidade crítica e intolerância também aumentam, gerando conflitos entre o casal, já que o homem estava acostumado a condição de mantenedor da família e já não goza totalmente desse status.
Como as mulheres tem alcançado grandes conquistas, os homens estão procurando uma forma de reencontrar o controle da situação. Ainda assim, as queixa são unanimes da falta de completude no relacionamento.
Muito teria a se falar deste tema, mas quero encorajar os casais para que, além da busca do conhecimento recíproco, que são fundamentais para o sucesso na vida a dois, tenham companheirismo e cumplicidade, que compartilhem suas vidas, sem medo de expor um ao outro suas próprias conquistas e emoções.
Felizes são os casais que usam essas diferenças para se completarem e não para competirem um com o outro. Este deve ser um dos propósitos do relacionamento, o que faltar em um, o outro deve procurar completar com generosidade, carinho, compreensão, respeito e amor principalmente. 
(Dalva de Jesus Cutrim Machado, mestre em Psicologia, especialista em: Psicopatologia Clínica, Sexualidade, profª. dos cursos de Sexologia Forense e Sexualidade Humana pela PUC-GO e pós-graduada em Neuropedagogia, pela Fabec, palestrante e conferencista, psicóloga clínica/sexóloga. dalva_psi@yahoo.com.br tel: (62) 3214 1104/ 3941 5341/ 99529032)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Débito ou crédito conjugal?


03/01/2012 às 16:15:25 - Atualizado em 03/01/2012 às 16:20:38

Maria Berenice Dias


Todo mundo acredita que existe o chamado "débito conjugal". Uma crença tão antiga que até dispõe de uma expressão latinadebitum conjugale.
Esta não é a única referência a esse "direito-dever" que advém do Direito Canônico, chamado de jus in corpus, ou seja, direito sobre o corpo. Claro que é o direito do homem ao corpo da mulher, para atender ao dogma "crescei e multiplicai-vos".
O fato é que o casamento sempre foi identificado com o exercício da sexualidade, pois servia para "legalizar" as relações sexuais. Era um remédio contra a concupiscência - remedium concupiscentiae - o que, segundo o dicionário, significa inclinação a gozar prazeres sexuais.
Até hoje há quem afirme que o casamento se "consuma" na noite de núpcias. Antigamente, tal ocorria pelo desvirginamento da mulher, fato que precisava ser provado publicamente, pela exposição do lençol marcado de sangue, como é visto em filmes de época. Mesmo com o fim do tabu da virgindade - que já serviu até de causa para o pedido de anulação de casamento - o mito continua.
Ainda que persista a crença que o débito conjugal existe, ninguém consegue definir do que se trata. Será a obrigação do exercício da sexualidade? Significa que os cônjuges são obrigados à prática sexual? De onde advém este dever?
Será que a desculpa feminina da dor de cabeça configura descumprimento da obrigação? E a ejaculação precoce ou a impotência - fantasmas que rondam todos os homens - seriam inadimplemento ou mau cumprimento desse dever? E a alegação da mulher de nunca ter sentido prazer, é causa suficiente da incompetência masculina para se desincumbir de seu encargo? E, se de uma obrigação se trata, pode ser executada por terceiros ou é uma obrigação infungível?
A sorte é que a lei não impõe o débito conjugal. O casamento estabelece comunhão plena de vida (CC 1.511) e faz surgir deveres de fidelidade, vida em comum, mútua assistência, respeito e consideração (CC 1.566). Nenhuma dessas expressões é uma maneira pudica de impor a prática sexual. Nem o dever de fidelidade permite acreditar que existe o encargo da prática sexual.
Mais serve é para gerar a presunção de paternidade dos filhos (CC 1.597), se tanto.
Nem entre as causas da separação - antigo instituto que não mais existe - havia a previsão de que a ausência de vida sexual autorizava o pedido de separação. A obsoleta culpa, que em boa hora foi abolida do sistema jurídico, autorizava o pedido de separação, sob a alegação de impossibilidade de vida em comum, em caso de adultério, injúria grave, conduta desonrosa (CC 1.573). Mas não há como chamar de injúria grave a resistência esporádica ou contumaz de manter relações sexuais.
De outro lado, a ausência de sexo não torna o casamento anulável.
Sequer se pode dizer que configura vício de vontade (CC 1.550 III) ou erro essencial sobre a pessoa do outro (CC 1.556) que diga respeito à sua identidade, honra ou boa fama, a tornar insuportável a vida em comum (CC 1.557 I). Também não pode ser identificada como defeito físico irremediável (CC 1.557 III).
De qualquer modo, mesmo quando há erro essencial, a coabitação valida o casamento (CC 1.559). Claro que esta referência não diz com a prática sexual, mas com a vida em comum sob o mesmo teto. Apesar de a anulação do casamento dispor de efeito retroativo (CC 1.563), enquanto perdurou, gera inúmeros reflexos, inclusive de ordem patrimonial, que não podem desaparecer. Mas, pelo que diz a lei, a anulação do casamento apaga tudo. Os casados voltam ao estado civil de solteiros e não persiste sequela alguma da união, ainda que tenha durado por três anos, que é o prazo prescricional da ação anulatória (CC 1.560 III).
Às claras que o casamento traz a expectativa da prática sexual, em face da imposição social e cultural de sua finalidade procriativa. Mas a abstinência sexual de um dos cônjuges não gera o direito à anulação do casamento. Não há como alegar afronta ao princípio da confiança que se identifica pela expressão venire contra factum proprium, nada mais do que vedação de comportamento contraditório que autoriza a busca de indenização de natureza moral.
Portanto, de todo desarrazoado e desmedido pretender que a ausência de contato físico de natureza sexual seja reconhecida como inadimplemento de dever conjugal. Forçar o exercício do "direito" ao contato sexual pode, perigosamente, chancelar a violência doméstica. É bom lembrar que, por muito tempo, prevaleceu a tendência de desqualificar o estupro conjugal.
Ainda assim, reiterados são os julgados anulando o casamento sob a alegação da impotência coeundi, mais uma expressão latina, e que significa impossibilidade de manter relações sexuais. Os fundamentos jurídicos são dos mais diversos, desde erro moral, erro essencial e injúria grave. Nenhum deles, no entanto, com respaldo legal.
Mas é a afetividade e o amor que levam as pessoas a casarem. Estes são os mais significativos ingredientes da affectio maritalis - para continuar invocando expressões antigas - presente nos vínculos familiares da atualidade!

Maria Berenice Dias é Advogada. Ex-Desembargadora do Tribunal de Justiça-RS. Vice-Presidenta Nacional do IBDFAM.

domingo, 17 de abril de 2011

Confira 6 maneiras de saber como anda seu relacionamento

Confira 6 maneiras de saber como anda seu relacionamento
Resumo.
Como você lida com o ciúmes do seu parceiro? É resistente às crises de abstinência sexual que acontecem esporadicamente? Toma quais providências para que a sua relação não caia na rotina? Essas são apenas algumas das inúmeras perguntas que podem ser feitas para diagnosticar como está a saúde do seu relacionamento. Muitos casais aparentam ser perfeitos perante a sociedade, mas na realidade já não se suportam mais, estão juntos por conta do costume, da comodidade e até mesmo por medo de ficar sozinho ou de apostar em um novo romance. Confira abaixo 6 maneiras de identificar como está seu relacionamento:

Passos:

1 – Analise se o jogo é aberto: o diálogo sempre é o melhor caminho e por meio dele as coisas se resolvem. É preciso entender que quanto mais sinceridade houver, melhor as coisas irão fluir. O casal precisa conversar abertamente sobre todos os assuntos e ser sincero em todos os momentos por mais que uma das partes fique chateada momentaneamente;

2 – Veja se vocês mantêm a individualidade: lembre-se que antes de existir “nós”, existe “eu”. Em muitos casos, uma das partes abre mão de diversas coisas para se dedicar apenas à pessoa amada. Está errado! Viver experiências individuais faz parte do amadurecimento e crescimento da relação a dois. Um casal que se permite fazer coisas separadas prova que a relação é madura, estável e com muita confiança;

3 – Avalie se vocês se divertem juntos: não há nada mais gostoso do que estar com uma pessoa agradável e de bem com a vida ao lado. É muito importante em algum momento do dia um fazer o outro rir, pois isso fará com que as dificuldades sejam esquecidas por algum momento. Além disso, é uma forma de demonstrar que ambos se curtem e tem prazer de estar juntos;

4 – Verifique como lidam com os problemas sexuais: é mais do que normal em determinado dia uma das partes não estar com vontade de fazer nada seja por indisposição, cansaço, ou outro motivo. O mais importante neste momento é compreender o parceiro e não pensar que está tudo perdido. É possível fazer com que o fogo acenda novamente, mas é preciso que fique claro que ninguém consegue manter a rotina sexual da mesma forma que era no início. Mantenha o diálogo e não deixe que esse seja um dos motivos que afetem o seu relacionamento;

5 - Analise se um faz o outro ser alguém melhor: os relacionamentos de sucesso, são, geralmente, aqueles em que um ajuda o outro a brilhar e isso fortalece e solidifica a relação, já que esse suporte faz com que ambos amadureçam emocionalmente, profissionalmente e sexualmente. É fundamental que um torça pelo outro e que em nenhum momento haja competição;

6 - Veja se vocês cuidam da relação: fazer manutenção nunca é demais, portanto, elogie o seu parceiro, diga que ama sempre que sentir vontade, dê presentes fora de datas comemorativas, faça carinho enquanto assistem televisão, façam refeições juntos, enfim, valorize a pessoa que está ao seu lado.

Importante:

Se você detectar que está com problemas em seu relacionamento tente conversar com seu parceiro e resolver o problema, mas, se não funcionar, procure ajuda de um profissional, como por exemplo, um psicólogo.
http://dicasdoprofessor.wordpress.com/2011/01/24/6-maneiras-de-saber-como-anda-seu-relacionamento/

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Como renovar o seu casamento

11/10/2010 - 14h15
Como renovar o seu casamento

Relação duradoura sem desgaste não existe. A vida a dois exige imaginação e renovação diária. Três mulheres revelam como refizeram o casamento depois daquele momento em que parecia que tudo iria acabar
Renovar, investir, acreditar. Quem vive uma relação a dois sabe quanto essas palavras são fundamentais no dia a dia. A vida muda e o natural seria que o casamento seguisse o mesmo processo. Mas, de modo geral, as transformações só ocorrem sob a pressão de uma crise. "Toda relação afetiva passa por conflitos, uns maiores, outros menores. O jeito de encará-los define se haverá uma separação ou uma reinvenção", diz a terapeuta de casais e palestrante Maria Luiza Cruvinel, de São Paulo. É verdade que o amor é o fiel da balança – quando existe um sentimento mais profundo, o casal se vê estimulado a renovar a união. No entanto, muitos se divorciam sem avaliar os próprios sentimentos. "A maioria prefere a separação porque não suporta a angústia da indefinição – aquele período difícil em que a crise foi deflagrada, mas ainda não se vislumbra a solução. Nessa hora, o afastamento imediato traz uma falsa sensação de melhora", afirma Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade.
Para reinventar um casamento, é preciso se abrir para as adaptações e concessões. E preparar-se para encarar tanto os benefícios quanto os riscos embutidos no processo de mudança. "Viver junto é um aprendizado desde que você reconheça as próprias limitações e compreenda as do outro", define Maria Luiza. Para Rodrigues Jr., os relacionamentos nascem de um contrato baseado na interação inicial da dupla. "É quando são colocados os limites, o que cada um suporta e de que necessita. A questão é que, na maioria das vezes, não há diálogos reais. Cada um tenta convencer o outro a satisfazer suas demandas", alerta o especialista. "Então, quando surge um problema sério, o mais comum é acusar, jogar a responsabilidade e aguardar que o par se sinta culpado." Ou seja, a expectativa é que o outro mude e nunca você.
Aprender a lidar com frustrações e transformações demora mesmo. Exige uma boa dose de maturidade dos parceiros e, às vezes, terapia pessoal ou de casal. Até para aceitar o fato de que a paixão não é eterna. "O casal pode ter a consciência de que não está mais apaixonado e de que enfrenta problemas, mas prefere resolvê-los e seguir juntos porque os aspectos positivos dessa relação são superiores aos negativos", diz Maria Luiza. Segundo ela, quem parte para a renovação de uma antiga relação são os que ainda se amam, tornaram-se amigos, têm filhos ou projetos em comum. Seja como for, os motivos da crise e o modo como cada um vai reinventar a vida amorosa é sempre particular, como se pode notar nos depoimentos desta reportagem.
Casas Separadas
Patricia Norbin Pereira, 46 anos, pedagoga e empresária, casada há 16 anos com Gilberto Pereira Filho, 54 anos, engenheiro civil. O casal é de São Paulo
Depois de tanto tempo de casamento, eu ainda estremeço quando ele me pergunta: "Hoje você vai dormir aqui?" Sei que naquela noite vamos tomar um vinhozinho e caprichar na sedução. Temos ainda nosso dia sagrado, a quarta- feira, quando saímos para explorar a cidade e novos lugares. Desde cedo já fico na expectativa. Nem sempre foi assim. A decisão de morarmos em casas separadas nos trouxe mais leveza, mas foi o modo que encontrei para contornar uma crise. Tenho dois filhos do primeiro casamento, e a relação do Gilberto com o meu mais velho era ruim. Apesar de saber que meu marido sempre foi bem-intencionado, eu não concordava com a forma dura como ele educava. Isso provocava muitas discussões. Moramos dez anos na mesma casa, e nossa relação se desgastava por causa desses conflitos. Depois de uma briga mais séria, pelo motivo de sempre, quase nos separamos. Eu me via sem saída, como se tivesse de escolher entre meu filho e meu marido. Foi quando pensamos em casas separadas. Nós dois sofremos, cheios de dúvidas sobre se daria certo. Ele sentia que estava perdendo um pouco de mim. Procurei, então, mostrar como seria bacana voltar a ter uma vida de namorados. Usei a tática da meiguice, pois o Gilberto detesta ser intimado. Fui com meus filhos para um flat até amadurecer a ideia. Logo depois, compramos outro apartamento. Há seis anos, moramos perto. Eu almoço com meus filhos e janto com meu marido. Para dormir, revezamos. Tem seu lado cansativo, pois são duas empregadas, dois supermercados... Mas, cá para nós, a novidade apimentou o sexo. Aliás, eu não relaxo nesse quesito. Faço ginástica e invisto em lingeries provocantes. Nossa relação ganhou em qualidade. Gilberto continua me ajudando a cuidar dos meninos. A diferença é que agora ele não está na linha de frente como antes. As brigas acabaram. Ficamos com o melhor. Nosso casamento é um exercício diário de amor.
Vencendo a mágoa
Perdoar uma traição do marido não é fácil, mas o pior foi conviver com a mágoa. Eu já estava com o Fernando fazia muitos anos quando, em 2000, ele me contou da amante, poucos dias depois de saber da minha segunda gravidez. Tentei ser racional e esperar a empolgação terminar. Após dois meses, percebi que Fernando continuava perdido e dei um basta. Deixei Uberlândia, no interior de Minas Gerais, onde morávamos, e voltei para o Rio, cidade da minha família. Ele chorou na despedida. Nossa separação durou pouco. Dois dias depois, ele viajou para nos ver. Tinha terminado o caso e me pediu para voltar. Concordei, pois queria muito que minhas filhas pudessem conviver com ele. No entanto, eu ainda não o tinha perdoado nessa época. Quando a caçula completou 1 ano, pensei em me separar. Só que, a essa altura, Fernando era um paizão e um marido carinhoso. Ele havia mudado, eu é que ainda jogava a traição na cara dele. Em 2006, tive um câncer de mama. Depois de uma mastectomia radical, engordei e perdi todo o cabelo e os pelos do corpo por causa da quimioterapia. Fernando foi maravilhoso. Parecíamos namorados, sempre juntos, no maior carinho. Percebi ali o tamanho do nosso amor. No ano passado, descobri uma metástase no pulmão. Mais do que nunca, senti que tinha de deixar as tristezas para trás e seguir em frente. Precisei ficar mal para dar importância ao meu relacionamento e a mim mesma. Hoje, estou curada e ótima, segundo os médicos. Emagreci e passei a me cuidar. Fiz terapia individual e também de casal por dois anos. Aprendi a ouvir meu marido e a expressar o que me desagrada. Sei que posso viver bem sem o Fernando, mas vivo muito melhor com ele. Preferia ter feito meus aprendizados sem ter que conhecer a dor da traição, mas hoje só penso no presente. Nós dois cuidamos do casamento. Gostamos de tirar férias a sós, e eu também melhorei na parte sexual. Me envolvo mais, ando mais safada. Até quando não estou com tanta vontade, eu topo porque sei que vou gostar depois, a frequência aumentou. No dia a dia, cuido das pequenas coisas. Eu me arrumo, faço uma mesa bonita para jantarmos em casa. Não é preciso motivo especial, o que importa é trazer alegria para a relação.
Laços refeitos
Divanir Marquezi, fonoaudióloga, 51 anos, casada há 27 anos com Claudio Odri, empresário e jornalista, 52 anos. Moram em São Paulo
Casamos em 1983, completamente apaixonados. Em 1988, nasceram nossos filhos, um casal de gêmeos. Parei de trabalhar uns tempos para cuidar das crianças. Em 1990, meu pai morreu e eu me apeguei muito a minha mãe. Com tudo isso, meu papel de mulher ficou em último plano. Claudio trabalhava demais nessa época, e eu andava ocupada com a família. Às vezes, ele chegava tarde e eu já estava dormindo. Resultado: paramos de namorar. Ele reclamou, mas eu não me dei conta da gravidade da situação. Por isso, quando Claudio disse que não dava mais, foi um choque. Nós nos separamos em 1993 e, por três longos meses, morei com minha mãe. Chegamos até a consultar um advogado. O período difícil me obrigou a refletir. E, como tínhamos que nos encontrar para tomar decisões sobre o divórcio, voltamos a conversar. Aí ficou claro que nossa história não tinha terminado: nós nos amávamos demais. Às vezes, os preparativos da separação terminavam na cama. Depois de muitas ponderações, resolvemos voltar, mas o recomeço foi estranho. Eu pisava em ovos, sem saber bem o que fazer. Queríamos retomar nossa intimidade, só que filhos pequenos exigem atenção integral. Nesse momento, a família toda ajudou. Tios e avós se mobilizaram para ficar com as crianças – assim conseguíamos fugir para um cineminha, um motel, pequenas viagens. A crise nos ensinou a cuidar mais da nossa história. Até hoje somos muito carinhosos um com o outro e não deixamos o sexo esfriar. O tempo traz não só desgastes mas também vantagens: nós conhecemos bem as fantasias um do outro. Além disso, mantemos nossa independência, com programas e amigos diferentes, respeitando o espaço de cada um. Uma lição fundamental: nunca deixar os problemas se acumularem. Um casal precisa se renovar todos os dias. E isso você só faz quando sabe que, apesar de todas as dificuldades, vale a pena estar junto dele.
Fonte: Revista Cláudia
Via: www.guiame.com.br

http://www.guiame.com.br/v4/66666-1706-Como-renovar-o-seu-casamento.html

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Companheirismo deve ajudar conter estresse na relação

03/02/2011 -- 15h50
Companheirismo deve ajudar conter estresse na relação
Voltar para o lar no fim do dia tem sido um aumento da responsabilidade, visto que ao retornar para casa, novos papéis precisam ser assumidos


Atualmente, sentimos que o tempo é restrito para todas as atividades que necessitamos e gostamos de fazer. O tempo é o mesmo, porém, o que mudou foi o aumento do número de tarefas que homens e mulheres precisam realizar diariamente.

Somos forçados até o limite com jornadas exaustivas de trabalho, crise financeira, aumento de impostos, ameaças de desemprego e, com isso, diminuimos a energia para investir nos relacionamentos afetivos.

O regresso para o lar no fim do dia tem sido visto como um aumento da responsabilidade, uma vez que, ao retornar para casa, novos papéis precisam ser assumidos, como dividir as tarefas domésticas e ajudar no cuidado com os filhos. O aumento do estresse interfere significativamente no relacionamento afetivo, diminuindo a paciência, aumentando a irritabilidade. A rigidez substitui a flexibilidade; o silêncio é cultivado ao invés do diálogo; a ansiedade e o pânico obscurecem os sentimentos de afeição, gratidão e ternura. Diminuindo a energia para o relacionamento familiar, fica determinado o pouco que conseguimos dar de nós mesmos.

O número de casais que vive situações de conflitos e chega a se separar, não por falta de afeto, mas por problemas externos que interferem na dinâmica familiar, é muito grande. Com o estresse aumentando dia a dia, os conflitos aumentam e fazem as pessoas se distanciarem por causa de sentimentos dilaceradores, como mágoa, raiva, desconfiança.

As famílias têm que criar fronteiras que as protejam frente a fatores externos e ao mesmo tempo somar forças para superar as adversidades. É necessário que procurem enfrentar os desafios da vida crescendo juntos no amor, no companheirismo, na cumplicidade, respeitando a maneira de ser do outro.

Estratégias eficazes devem ser criadas para enfrentar as crises, favorecendo o relacionamento saudável e, consequentemente, diminuindo o nível se estresse. Família é uma instituição que deve ser preservada, pois é o contrapeso frente ao excesso de individualismo tão pregado pelo capitalismo.

Nathan W. Ackerman dizia: ''A família é um modelo universal para o viver. Ela é a unidade de crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é também a unidade da saúde e da doença.

Elsie Silva, psicóloga (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--25-20110203&tit=companheirismo+deve+ajudar+conter+estresse+na+relacao