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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Espião britânico achado morto em mala tinha R$ 40 mil em roupas de mulher


Foto de Gareth Williams divulgada pela polícia
O espião era especialista em códigos e levava uma vida reservada
A polícia londrina revelou detalhes da vida privada do espião Gareth Williams, encontrado morto, sem roupas, preso em uma sacola esportiva dentro de seu próprio apartamento em 23 de agosto.
Os detalhes – como o fato de que Williams tinha uma coleção de roupas de mulher avaliada em R$ 40 mil e acessara sites de conteúdo sexual – podem ser a chave para explicar sua misteriosa morte, que intriga as autoridades há quatro meses.
Williams, de 32 anos, trabalhava no MI6 (serviço secreto britânico) e era especialista em decifrar códigos. A bolsa em que o cadáver foi encontrado estava fechada com zíper, e peritos estimam que ele tenha morrido na semana anterior à descoberta do corpo.
A polícia acredita que nada foi roubado do local e não encontrou vestígios de drogas ou de arrombamento. Entretanto, os investigadores acham impossível que Williams tenha se prendido sozinho na mala e supõem que havia uma outra pessoa com ele.
Descrito como extremamente reservado, Williams só foi encontrado porque a polícia foi comunicada que ele faltara ao trabalho.
Também intriga os policiais a visita de um casal não identificado ao apartamento da vítima entre junho e julho.
“Após ganhar acesso à área comum do prédio, eles alegaram que tinham a chave do apartamento de Gareth e foram vistos andando em sua direção”, diz comunicado da polícia, que divulgou retrato falado do casal.
Vida privada
Para tentar desvendar os motivos da morte, a polícia divulgou informações que sabe que podem causar “embaraço” à família da vítima, mas fez um “apelo” para que pessoas que tenham encontrado Williams em distintas ocasiões venham a público.
Retrato falado do casal que visitou apartamento de Williams meses atrás
Visita de casal não identificado à casa da vítima intriga policiais
Dentro de seu apartamento, foram encontradas caixas com roupas novas de grife femininas, além de perucas. Williams fez dois cursos de design de moda para iniciantes durante fins de semana e noites, o que não era de conhecimento de seus colegas e parentes.
A vítima também foi vista em maio em um bar frequentado por homossexuais e, em 11 de agosto, em outro bar, onde assistiu a um show de uma drag queen. Ele possuía ingressos individuais para mais dois dias de shows do tipo. No entanto, a polícia não conseguiu localizar nenhum parceiro sexual de Williams, homossexual ou heterossexual, relata o jornalTheIndependent.
Investigações em seu laptop e smartphone apontam que Williams visitou poucas vezes alguns sites de bondage, um tipo de fetiche que em que as pessoas buscam prazer ao serem amarradas ou imobilizadas.
Suspeitas
Os legistas ainda não concluíram qual foi a causa da morte do espião, mas acredita-se que tenha sido sufocamento.
O corpo tinha pequenos ferimentos na área do cotovelo, provavelmente feitos enquanto Williams tentava sair da sacola à medida em que ficava sem ar. Fora isso, “não há sinais de luta ou violência física”, disse o detetive Hamish Campbell, chefe do departamento de homicídios da Scotland Yard (polícia metropolitana de Londres).
A polícia, segundo o jornal TheGuardian, trabalha com a suspeita de que Williams tenha sido assassinado ou vítima de algum jogo sexual que tenha se tornado trágico involuntariamente.
“O cenário alternativo é que haja algo mais sinistro (na história). Simplesmente não sabemos”, afirmou Campbell, de acordo com o The Guardian, agregando que as suspeitas até o momento indicam que a morte de Williams não está “ligada ao seu trabalho, e sim à sua vida pessoal”.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Enfim, a emancipação masculina


O que é ser homem hoje? A boa notícia é que ninguém sabe

ELIANE BRUM
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)
Lembro de um evento psicanalítico ocorrido em Porto Alegre, anos atrás, sobre “Masculinidade”. De repente, apareceu um engenheiro por lá, adentrando o mundo dos psis. Ele queria entender, como homem, a sua falta de lugar no mundo. Não sei se conseguiu, mas sua presença foi um belo movimento para fora do território conhecido, onde as contas já não fechavam, rumo ao insondável. Ainda tateando sobre esse tema tão fascinante, penso que a melhor notícia para todos nós é a confusão sobre o lugar do homem. Sobre isso, Laerte Coutinho, entrevistado no Roda Viva(TV Cultura) de 20/2, fez uma grande observação: os homens nunca fizeram a revolução masculina.
Para começar, quem é Laerte? Se você não ouviu falar dele, está perdendo uma revolução encarnada numa pessoa. Antes, porém, é importante sublinhar que ele talvez seja o maior cartunista brasileiro. Para mim, é um gênio. E não é uma opinião solitária. Não aquele gênio banalizado dos manuais 171 vendidos nas livrarias, mas gênio mesmo, daqueles que nasce um a cada muitos e muitos e muitos anos. Só para recordar, são dele histórias em quadrinhos como “Piratas do Tietê” e personagens como Overman, Deus e Fagundes, o Puxa-Saco. A minha vida, pelo menos, seria mais pobre se eu não pudesse ler todo dia as tirinhas do Laerte publicadas na Folha de S. Paulo.
Em 2010, Laerte passou a se vestir de mulher – publicamente. Tipo ir à padaria de saia e meia-calça. Laerte se tornou ora ele, ora ela, ele/ela no mesmo corpo e na mesma cabeça. E, desde então, não para de dar entrevistas nas quais parte dos entrevistadores tenta, com certo grau de ansiedade, encaixá-lo/a em alguma definição. A novidade, no sentido libertador do novo, mesmo, é que Laerte se coloca para além das definições. Nem acho que cross-dresser (homem que gosta de se vestir de mulher – ou vice-versa – sem necessariamente ser gay) serve para enquadrá-lo/a. Acho que todos nós ganharíamos – “héteros, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais, assexuais etc etc” – se abolíssemos a necessidade de caber em algum verbete. Seres humanos não são como aqueles jogos de montar para crianças pequenas, em que é preciso encaixar o retângulo no retângulo, o triângulo no triângulo e assim por diante. A única definição que vale a pena é justamente a indefinição. Sou aquele/a que é sem se dizer. Ou sou aquele/a que é sem precisar dizer o que é.
E essa é a novidade de Laerte, que é homem, é mulher, é masculino, é feminino e é também alguma coisa além ou aquém disso. Que se veste de mulher, mas fala e caminha como um homem. Que na infância gostava de costura e de futebol. Que vai jantar de saia e unhas vermelhas com uma namorada, mas pode também ter um namorado. Que enfia um pretinho básico sem se tornar efeminado. Que começa a entrevista de pernas cruzadas e, lá pelas tantas, se empolga e abre as pernas sem se importar que no meio delas more um pinto. Laerte é novo/a porque nos escapa. É um homem novo, mas também pode ser uma mulher nova.
Em janeiro, Laerte foi protagonista de uma polêmica ao ser repelido/a no banheiro feminino de uma pizzaria paulistana por uma cliente que se sentiu incomodada com sua ambígua figura. Surgiram então ideias esdrúxulas, como a de fazer um terceiro banheiro para os que não se enquadrariam nas definições tradicionais. Se o terceiro banheiro vingar, vou começar a frequentar os três, porque começo a achar uma afronta a exigência de que eu tenha de me definir para fazer xixi. Por agora, acho tão ultrapassado haver banheiros separados por qualquer coisa, que nem pretendo me estender nesse assunto. Era apenas para contar um pouco quem é Laerte para aqueles que ainda o/a estão perdendo. E desembarcar no tema que me interessa mais.


A certa altura da entrevista, ele/ela fez a seguinte observação: “Existiu a tal da revolução feminina, que é um dos marcos da humanidade. O que não aconteceu é a revolução masculina”. Laerte referia-se ao fato de que as mulheres já fizeram mil e uma rebeliões e continuam se batendo por aí. Marlene Dietrich, por exemplo, causou comoção por usar calças, mas isso em 1920! Quase um século depois, Laerte nos empapa de assombro por ir ao supermercado de saia. Isso diz alguma coisa, não?
Eu acho que não é nada fácil ser homem hoje em dia porque não se sabe o que seja isso. Mas, se essa dificuldade fez o engenheiro do primeiro parágrafo ousar se sentar na plateia de um seminário de psicanalistas para se entender, esta é também a melhor notícia possível para um homem. A princípio, os homens nunca precisaram fazer nenhuma revolução para conquistar direitos porque supostamente tinham todos eles garantidos desde sempre. Uma posição cômoda, mas apenas na aparência. Podiam fazer o que bem entendiam. Desde que fossem “homens”. E aí é que morava – e ainda mora, em muitos casos – a prisão. Podiam tudo, desde que fossem uma coisa só.
Ser forte e competitivo; sustentar a casa e a família; ter todas as respostas, muitas certezas e nenhuma dúvida; gostar de futebol e de vale-tudo; dar tapas nas costas do colega; falar bastante de mulher, mas jamais de intimidade; nunca demonstrar sensibilidades; dar mesada para a esposa; fazer o imposto de renda; resolver o problema do encanamento... Que peso incomensurável. Era isso ser homem por muitos séculos, sem falar nas guerras. E era preciso estar satisfeito com isso porque, afinal, você estava no topo da cadeia alimentar da espécie, ia reclamar do quê?
Acontece que, hoje, nenhuma das características citadas define o que é ser um homem. Assim como nenhuma característica – tradicional ou não – define o que é ser uma mulher. Do mesmo modo que a anatomia também não é mais capaz de definir o que é ser um homem e o que é ser uma mulher. E nem a escolha da carreira ou a posição na sociedade. Se há algo que define o que é ser um homem e o que é ser uma mulher, este algo está fora das palavras. E isso é o que torna Laerte fascinante: ele se apropriou da confusão e tornou-se a indefinição.
Graças às mulheres, e também aos homens que ousaram sair do armário (e aqui não me refiro somente à orientação sexual), os homens começam a autorizar-se a vagar sem rumo por aí, cada um do seu modo. Até porque não há caminhos já trilhados para seguir, já que não é mais possível apenas refazer os passos do pai ou do avô – nem é suficiente se contrapor totalmente a eles e segui-los pelo avesso. O que há são vidas a serem inventadas.
É claro que muitos homens se arrastam pelas ruas lamentando a perda de lugar. Sem saber o que fazer da existência nem de si, alguns arrotam alto ou espancam gays na tentativa pífia de mostrar que ainda sabem o que são. Perder o lugar e confundir-se não é fácil, não é mesmo. Mas é um espaço inédito de liberdade. É possível arrancar o terno de chumbo e descobrir que pele existe embaixo dele. E faz parte estar ainda em carne viva.
Acho que os homens alcançaram, finalmente, um começo de emancipação. E espero que as mulheres tenham a grandeza de estar à altura desses novos homens que começam a surgir. E enfiem a saudade do macho provedor na lata de material reciclável. Porque há muitas mulheres que ainda suspiram de nostalgia do macho provedor, mesmo se achando modernas e liberadas. Pode até ser que esse seja um bom arranjo para alguém, mas já não há garantias. Faz parte da jornada amorosa acolher a confusão dos homens que amamos porque tudo deve ser mesmo muito novo e muito assustador para eles.
Uma amiga contava, dias atrás, que seu marido passou uns tempos arrebatado pela agente do FBI da série americana “Fringe” (ótima, aliás!). Ocorre que Olivia Dunham, a dita agente, é uma loira linda, inteligente e destemida. E ocorre que o marido da minha amiga não estava encantado no sentido erótico convencional: ele não queria transar com Olivia Dunham, mas “ser” a agente do FBI.
Os leitores com menos imaginação e ainda presos ao velho mundo pensaram nesse instante: o cara é gay. Não, ele não é. Ele pode preferir transar com mulheres – e, no caso, faz minha amiga muito feliz – e se identificar com a agente Olivia Dunham como outros se identificam com os personagens sempre “muito machos” de Sylvester Stallone ou até com o Neymar. Há espaço para tudo. E para todos. Se podemos ter fantasias infinitas, para que se limitar, seja nós o que formos? Minha amiga, que é sábia, achou muito divertido. E, assim, teve a experiência de namorar Olívia Dunham algumas vezes. Ainda não é para qualquer um/a, mas que pena que não é.
Lembram da frase mítica? “Uma terra onde os homens são homens, e as mulheres são mulheres”. Ufa, o faroeste se foi e ninguém sabe bem o que é ser homem nem o que é ser mulher nos dias de hoje. E não, os homens também não são de Vênus, nem as mulheres de Marte. Ou será que era o contrário?
Se estivermos à altura do nosso tempo, descobriremos que há infinitas possibilidades – e não uma só – de sermos seja lá o que for. Como alguém disse no twitter: “Na vida, não limite-se. Laerte-se!”.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.) 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cartunista vai à Justiça para ter direito de usar banheiro feminino


27/01/2012 - 08h49

NATÁLIA CANCIAN

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em uma noite de terça, uma senhora entra no banheiro feminino da Real Pizzaria e Lanchonete, na zona oeste de São Paulo. Ela veste uma minissaia jeans, uma blusa feminina listrada, meia-calça e sandália.
Momentos depois, é proibida de voltar ao banheiro pelo dono do estabelecimento. Motivo: uma cliente, com a filha de dez anos, reconheceu na senhora o cartunista daFolha Laerte Coutinho, 60, que se veste de mulher há três anos.
Ela reclamou com Renato Cunha, 19, sócio da pizzaria. Cunha reclamou com Laerte. Laerte reclamou no Twitter. E assim começou a polêmica. O caso chegou ontem à Secretaria da Justiça do Estado.
A coordenadora estadual de políticas para a diversidade sexual, Heloísa Alves, ligou para Laerte e avisou: ele pode reivindicar seus direitos. Segundo ela, a casa feriu a lei estadual 10.948/2001, sobre discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero.
Proibido de entrar no banheiro feminino, mesmo tendo incorporado as roupas de mulher ao dia a dia, Laerte diz que pretende acionar a lei.
Ele conta que, avisado pelo dono, tentou argumentar com a cliente. "Até brinquei e passei para a minha personagem Muriel e disse: mas sou operado! E ela: mas não é o que você diz por aí."
Letícia Moreira/Folhapress
Cartunista Laerte vai recorrer à Justiça para ter o direito de usar banheiro feminino após polêmica
Cartunista Laerte vai recorrer à Justiça para ter o direito de usar banheiro feminino após polêmica
Laerte, que se define como alguém "com dupla cidadania", diz que passou a usar o banheiro feminino após aderir ao crossdressing (vestir-se como o sexo oposto) e se "consolidar" como travesti, mas não tem preferência por um banheiro específico.
"É uma questão de contexto, de como estou no dia. Não quero nem ter uma regra nem abrir mão do meu direito", disse o cartunista.
Cunha, o sócio da pizzaria, diz que não sabia da "dupla cidadania" do cartunista nem que o caso iria gerar polêmica.
"Eu nem sabia o que era crossdressing. Houve a confusão, e no final eu cometi esse erro de falar: se o senhor puder usar o banheiro masculino, por favor." Ele diz que se arrependeu do pedido.
Ontem, a proibição gerou comentários e dividiu usuários das redes sociais. A discussão ganhou apoio entre associações de travestis e transexuais.
Segundo Adriana Galvão, presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB-SP, não há lei específica sobre o tema.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Se dobla pero no se rompe

Se dobla pero no se rompe

Los estudiosos de la sexualidad ya le pusieron nombre: son los “heterosexuales flexibles”. Hombres casados o con novia, tal vez con hijos, que de vez en cuando avanzan en el contacto con el mismo sexo. El lugar en La Paternal que ofrece el servicio para vestirse como mujer. El fenómeno del crossdressing.
Por Mariana Carbajal


“Casado busca hombres casados de buen físico de hasta 30 años.” “Hola, me llamo Claudio, tengo 40 años, casado, de ojos marrones, pelo castaño oscuro, físico normal, de 1,75. Me interesan los chicos que en la intimidad se visten de nenas.” “Soy Martín, tengo 31 años. Para nada afeminado. Soy casado y me gustan las mujeres, pero me estoy ratoneando con un hombre hace rato, si te va escribime a...” Los tres son anuncios del sitio de clasificados gratuitos online OLX (www.olx.com): el primero es de un muchacho de la localidad bonaerense de Berazategui, el segundo de ciudad de La Rioja y el tercero, del barrio porteño de Balvanera. No hace falta husmear demasiado en la web, en páginas de encuentro, para toparse con este tipo de búsqueda: varones que no se definen como gays o bisexuales que quieren tener sexo con otros hombres heterosexuales o con crossdressers (hombres que en la intimidad juegan a ser mujeres infartantes por un rato); o ellos mismos en un asado a la noche después de jugar al fútbol con amigos, alcohol y música tienen como rutina “disfrazarse” de damas y toquetearse, ante la ausencia de sus esposas y la complicidad grupal. Y claro, también es conocido ya que bien machazos corretean detrás –o algunos, delante– de travestis o chicas trans. Y también están los que piden ser penetrados con juguetes eróticos en la cama por sus esposas o novias. Son varones de clase media y media alta, “heterosexuales flexibles”, como los define Carlos Figari, investigador del Conicet y del Grupo de Estudios sobre Sexualidades (GES) del Instituto de Investigación Gino Germani de la UBA, quien ha explorado en la noche porteña –y en la web– sobre esta nueva tribu, para la que Internet, dice, constituye un espacio privilegiado de “encuentro, reflexión y agrupamiento”. “Somos heterosexuales con privilegios”, prefiere autodenominarse, con ironía, uno de ellos.

Figari empezó a indagar sobre heterosexualidades masculinas “flexibles” hace unos tres años a partir de su observación empírica en boliches gay y “mix” –en el argot gay, lugares frecuentados tanto por homo como heterosexuales– como la disco Amerika, en el barrio porteño de Almagro, una de los más grandes de Buenos Aires. El investigador puso su mirada también en sitios de encuentro de Internet y fue recogiendo diversos testimonios. Su exploración quedó plasmada en un artículo, que se publica en Todo sexo es político (Editorial Zorzal), libro que en unas semanas saldrá a la venta en las librerías de Buenos Aires y se trata de una compilación de investigaciones realizadas en el marco del GES. “El trabajo es el fruto de escuchas de los últimos años, de vivencias propias, de relatos de conocidos que sabían que estaba siguiendo este tema y se me acercaban a contarme sus experiencias. Para sus protagonistas no es un tema fácil de hablar: algunos sólo pueden ponerlo por escrito”, contó a Página/12 Figari, politólogo, doctorado en Sociología, profesor de la Facultad de Humanidades de la Universidad Nacional de Catamarca y del Doctorado en Ciencias Sociales de la UBA. La definición de heterosexuales “flexibles”, en realidad, es un hallazgo que surgió del testimonio de uno de sus entrevistados, Julio, que así se describió cuando le preguntó sobre su orientación sexual: “Yo son un hetero flexible. Me gustan unos buenos amases. Sentir los cuerpos rozándose. Un buen revolcón entre dos machos. Pero no, nunca penetré un tipo”.

Vestidos de chicas

En un departamento del barrio de La Paternal, Claudia Molina, una ex periodista de 34 años, tiene un curioso emprendimiento: ofrece un servicio para hombres que tienen como fantasía vestirse o “montarse” –de acuerdo con la jerga– de auténticas chicas, es decir, lo que se llama convertirse en crossdresser o CD, una tendencia que crece silenciosamente y en privado en el país, según los conocedores de los chats y sitios de encuentro.

–La mayoría de los que vienen son casados, con hijos, de 25 a 40 años y algunos de más también. Gente de clase media alta. Generalmente vuelven cada tanto –cuenta Claudia.

En uno de los placares de este departamento de tres ambientes cuelgan decenas de vestidos: algunos más atorrantes y otros más formales, de talles grandes, con brillo, pero también con colores más tranquilos; los hay estampados, y lisos. Tiene estantes repletos de botas de colores estridentes, con diseños jugados, zapatos estilettos, entre el 43 y el 45 –talla de hombres–. Toda una inversión, aclara, porque han sido hechos a pedido. No es fácil encontrar ese tamaño en zapaterías de mujer y más difícil esos modelos en zapaterías de hombres.

En uno de los cuartos hay un espejo colgado de la pared con media docena de luces, como si se tratara del camarín de una estrella, frente al cual Mónica se encarga de maquillar al CD de turno. Se ven varias pelucas: rubias, morochas, pelirrojas, castañas.

–El maquillaje es profesional –dice ella. Le doy ropa, lo dejo solo, lo maquillo. La idea es que se cambie de ropa, se vaya probando diferentes pelucas, se vea frente al espejo y después se va como entró.

Las cremas demaquillantes no dejan rastros de la transformación pasajera.

Y nadie se entera, más que la amable anfitriona, que es cómplice discreta de este juego.

–Para ellos es como un hobbie. Les gustan tanto las mujeres, con toda su fisonomía, que por un ratito les gusta desarrollar esta fantasía de usar vestidos, tacos, pintarse... Hay gente que le gusta vestirse como una prostituta, otra verse como una mujer elegante.

La diversión se extiende por unas dos horas y cuesta 100 pesos.

–No ofrezco contacto sexual –deja en claro. Una vez por mes organiza reuniones para que los CD que quieran se conozcan entre sí. La última fiesta fue el 15 de febrero, ahí en el departamento de La Paternal.

–Algunos necesitan socializar, mostrarse.

Con este negocio, Claudia cuenta que empezó en tiempos de la crisis del 2001/2002, cuando se quedó sin trabajo como redactora en una empresa que generaba informes comerciales. Pero nota que en el último año la clientela fue creciendo, a partir de la difusión en la web del mundo de las CD. Dice que por día le llegan entre 5 y 6 llamados telefónicos o emails, para consultarla y entre los correos electrónicos, gran cantidad -–asegura– proviene de otros países de Latinoamérica, desde donde se lamentan de que La Paternal esté tan lejos y no encuentren un servicio para “montarse” por un rato más cerca de sus casas. Los que se hayan quedado con curiosidad pueden visitar el sitio de Claudia en www.crossdressingbsas.com.ar, y si la curiosidad persiste, no tienen más que concertar con ella una cita. Reserva garantizada, dice.

Ponete una tanguita

En su indagación sobre el mundo de las CD, Figari se encontró con el testimonio de Luli. Ella prefirió escribir sus vivencias. Hablarlo le resultaba infranqueable. Y escribió: “Una realidad de las crossdresser es la de su doble identidad. A diferencia de las travestis que han decidido vivir como mujeres, las cross, al igual que Batman (permítanme esta comparación graciosa) tenemos dos vidas. Nuestra habitual vida como varones (¿Brunos Díaz? Jaja) y nuestra cuasi secreta vida de mujeres (¿eres tú Batman?). Obviamente todo esto sin que tenga que ver para nada nuestra orientación sexual (seas homo, hetero o bisexual). Desde luego que éste es un mal de nuestra cultura, que discrimina lo diferente. Imagínense la posibilidad de ir algunos días a mi trabajo vestido de varón y otros vestida de mujer y pintada, según fuera mi ánimo de ese día que es como a mí personalmente me pasa. Suena raro, ¿no?”, se despacha Luli.

En los sitios de encuentro de Internet como www.contactos sex.com, muchos varones, heterosexuales, de los que se dicen casados o en pareja con una mujer, caen rendidos ante un anuncio de una CD. Gabriel puede dar cuenta de esta atracción fatal. Vive en el barrio porteño de San Telmo. Tiene una carrera universitaria. De lunes a viernes trabaja en una ONG en la promoción de los derechos de la infancia. Los fines de semana se “monta” como una provocativa CD, con aires de prostituta: tanguita, portaligas, tacones, peluca, maquillaje. El proceso de transformación le lleva una hora y media de producción, le cuenta a Página/12. Lo que más trabajo le da es ocultar bajo una base espesa de maquillaje la sombra del bigote, que aunque lo afeita obsesivamente igual que el resto del rostro, no deja a veces de traicionarlo. Después, pondrá un poco de polvo volátil y delineará con esmero los ojos. Lo aprendió con la práctica. Al principio –se ríe con el recuerdo– se pintaba con colorete por toda la cara y terminaba pareciendo más un payaso que una femme fatal. La producción demanda que tenga que depilarse periódicamente piernas, axilas, brazos y pecho. Está pensando en una depilación definitiva.

“Hola, busco heteros y machos, sólo activos. Si tenés ganas de conocer a una chica cross dresser ‘viciosa en la cama’ no lo dudes”, dice su anuncio en la página argentina de contactossex.com. Gabriel –en realidad su nombre es otro, y prefiere no dar a conocer su apellido– tiene 35 años y se define como gay desde los 16. Experimenta como CD desde hace unos cinco años, calcula. Es su forma de conseguir heterosexuales, admite, que es el tipo de hombre que le atrae. Y los consigue. Uno de ellos, dice, fue una especie de mentor suyo: en el cruce de correos de levante, después de ver una foto de las nalgas redondeadas y turgentes de Gabriel, le pedía insistentemente que se pusiera una tanguita. Hasta ese momento a él ni se le había ocurrido.

–Fue un poco mi formador. Es un heterosexual, divorciado, con hijas, activo. Busca solo travestis y crossdressers. Creo que las CD venimos a cumplir el lugar que antes ocupaba la prostituta. Estos tipos desean mujeres. El me pedía una tanguita y que me pusiera peluca. Me decía, si te ponés la peluca voy a verte. Y entonces, fui a un cotillón y me compré una colorada, pero parecía un payaso. La “truqué” un poquito, le hice un flequillo, y me puse un poco de maquillaje. No sabía pintarme.

Lu –ése es el nombre de CD de Gabriel– recibe en su departamento reciclado y moderno de San Telmo. La privacidad y la discrecionalidad son condiciones indispensables de los dos lados. No cobra, aunque algunos amigos se lo han sugerido. Lo suyo no es un trabajo.

–Muchos de los hombres que vienen me dicen que es la primera vez que están con una CD. Tal vez es parte del juego... Te aclaran: mirá que no me doy vuelta, por favor, discreción y no me llames.

A Gabriel o mejor dicho a Lu, le gusta la idea de pensarse como una “justiciera”.

–¿A qué te referís? –le pregunta esta cronista, confundida.

–Vulnerabilizo esa idea del macho total. Soy feminista, trabajé en temas de género y veo ahora cómo varones bien machos vienen conmigo y finalmente se acuestan con otro hombre, aunque esté montado como una prosti.

Ahora, por primera vez, Lu está enganchado afectivamente con uno de ellos, que vive en el interior –donde tiene su novia– y por trabajo viaja a Buenos Aires cada 15 días, momento en el que se encuentran.

Una vueltita por el Rosedal

Entre los testimonios que recolectó a través de su investigación de los últimos años hay uno que refiere a una reunión de varones, un asado nocturno, donde ellos van sin sus mujeres. Primero las charlas de rigor, fútbol y minas; después de la cena, cuando ya ha corrido bastante alcohol, el dueño de casa busca en el garaje –como ritual– un arcón lleno de ropajes femeninos, con los que los invitados se disfrazan, bailan y juegan, y en el juego, hay roces y manoseos entre ellos (ver aparte). “Prima facie –analiza Figari– esta escena parece una modalidad de vivencia crossdressing. No obstante, aunque pueda existir alguna fascinación particular en el uso de las prendas femeninas, la dinámica de la situación, entre el grotesco y el juego, supone un grado de acercamiento físico entre hombres más que un disfrute específico desde la feminización de las actitudes y comportamientos.” Las prendas femeninas, el juego del crossdressing, el contexto de fiesta y mucho alcohol, actúan a modo de camuflaje y disculpa, facilitando y habilitando el contacto físico, el toqueteo y hasta mucho más, dice el investigador del Gino Germani. Y continúa: “En muchas fiestas de hombres, donde el alcohol u otras sustancias entran en juego, lo erótico aparece en una modalidad muy especial de roces, exhibicionismo, toque y acercamientos. El grotesco se convierte en una excusa, la payasada o la imitación burlesca en un camuflaje para burlar las defensas del acercamiento erótico entre varones heterosexuales. El alcohol tiene en todo esto dos funciones específicas. La primera es la liberación de represiones, por eso en Brasil existe un proverbio muy común que reza: ‘cu de bebêdo nao tem dono” (culo de borracho no tiene dueño). La segunda, que el alcohol supone y habilita para el olvido. Después, al otro día, se supone, nunca se sabrá lo que pasó”.

Una vuelta por el Rosedal

Dentro de la clasificación de hetero “flexible” o “con privilegios”, como los describe Figari, no se escapa una gran proporción de los que salen o tiene sexo con chicas travestis. También son varones que viven en pareja con una mujer, pero de tanto en tanto incursionan con las trans. Lo dicen las mismas chicas que trabajan en el Rosedal de Palermo.

–La mayoría de los que vienen con nosotras salen de la oficina y antes de volver a su casa, con su esposa y sus hijos o con su novia, nos ven. Son heterosexuales que ven en nosotras un cuerpo de mujer. Nunca tuvieron relaciones homosexuales. Simplemente buscan una relación anal o bucal, pero siempre viendo una imagen de mujer, sus senos, sus caderas. También tenemos clientes bisexuales pero es difícil que se asuman como tales –analiza el mercado una de las líderes de la ronda del lago de Palermo, Marcela Romero, coordinadora de la Attta, Asociación de Travestis, Transexuales y Transgénero Argentina. Rubia, alta, de senos y caderas prominentes, Marcela tiene 40 años y es trabajadora sexual desde hace 20. Su conversión en persona trans la inició a los 16 años.

En la búsqueda de relaciones más allá de la paga, ellas, las trans, también buscan “hombres que sean masculinos”, dice Marcela. Y los encuentran, asegura. Se los puede ver, apunta Figari, en las pistas de los boliches mix o gay un sábado por la noche. A los novios de las travestis les dicen “garrones”.

El psiquiatra y sexólogo clínico Adrián Sapetti acuerda con la descripción de esta nueva tribu que forman varones heterosexuales que salen del formato tradicional del sexo con mujeres. “No se consideran tipos de vida gay, están de novios o casados con una mujer, pero tienen sus aventuras amorosas con otros hombres, o invitan a reuniones a travestis, por ejemplo a despedidas de solteros, o tienen fantasías de hacerse penetrar por sus mujeres y les piden que lo hagan con objetos, falos, juguetes sexuales. No tienen conflictos con su identidad sexual, diría que son heterosexuales ‘light’ o ‘permisivos’”, señala Sapetti, presidente de la Sociedad Argentina de Sexología Humana (SASH). León Gindín, médico, fundador y director del Cetis (Centro de Educación, Terapia e Investigación en Sexualidad) celebra esta apertura. “La sociedad por suerte ha cambiado. Antes eras homo o hetero. Ahora están los ni”, agrega Gindín. “Puede ser que tenga que ver con la búsqueda de nuevos encuentros o con el hecho de decir: ‘Soy valiente, me animo a que otro hombre me dé un piquito o me la chupe’. Lo asimilaría a lo que Freud en sus Tres Ensayos y una Teoría Sexual hablaba como ‘homosexual ocasional’, aquel que estaba en una cárcel o un cuartel y tenía una experiencia homosexual, pero cuando salía de esos ámbitos se olvidaba.”

Algunos testimonios que forman parte de la investigación de Figari dan cuenta de cómo viven estas experiencias:

Dijo Marcelo, en un sexclub: “Yo amo y soy fiel a mi mujer. Me encanta como mina y es la madre de mis hijos. Le soy completamente fiel. Nunca la engañé... con una mina. Ahora, los hombres son otra cosa. Con hombres es por puro placer, me gusta la variedad. Me encanta que me vean hacerlo y hacerlo con varios a la vez”. Dijo Alejandro, un tanto perturbado: “A mi novia la amo y con ella siento placer. Nunca la engañé con otra mina. Esto de los tipos es absolutamente nuevo. Pero cómo te explico... con ellos no es verdaderamente placer, es sólo un juego”.

–¿Son en sí heterosexuales que tiene experiencias con otros varones o son ya otra cosa, en el sentido de construir otra identidad? –le preguntó Página/12 a Figari.

–¿Eso realmente importa? Lo que debería primar en cualquier análisis de prácticas y experiencias sexuales es la autodefinición y la vivencia del sujeto en cuestión más allá de cualquier categoría como son las sexualidades heterosexuales o inclusive las periféricas. La heterosexualidad incluye también entre sus posibles comportamientos actos de los considerados homosexuales y también prácticas con “mujeres de sexo masculino” o travestis, sin que esto signifique “ser otra cosa”.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty

"Senta aqui, Bolsonaro" brinca Laerte em Paraty
07/07/2011 16h57
O cartunista Laerte, 60, participou nesta quinta-feira de um debate sobre cross-dressing e homofobia na Casa Folha, espaço do jornal Folha de S.Paulo na Flip, em Paraty (RJ).

A plateia lotada e as pessoas que se aglomeravam do lado de fora da Casa, na rua da Matriz, ouviram por mais de uma hora o depoimento de um dos maiores quadrinistas da atualidade sobre o impulso de se vestir de mulher, a reação da família e de amigos, orientação sexual, humor e preconceito.

"Eu mesmo, quando jovem, pratiquei bullying contra gays. Costumava hostilizar um primo meu que dizia 'Ave!' no lugar de 'porra!'", revelou, explicando como reprimia sua bissexualidade.

Para combater a homofobia, Laerte defendeu que os crimes contra homossexuais sejam classificados da mesma maneira que o crime de racismo e que o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) lute contra a guetificação. "Você tem que sair das trincheiras e lamber o pescoço. Tipo: 'Senta aqui, Bolsonaro!'", brincou, arrancando gargalhadas do público.

FOFURA

"O medo das pessoas de perder o emprego, de perder o amor da família e o respeito dos amigos as torna muito conservadoras e tímidas em relação a sua sexualidade. Eu não vou apenas a lugares GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Eu vou a qualquer lugar, a qualquer bar e a qualquer restaurante e sou sempre bem recebido."

Laerte admitiu, no entanto, que sua experiência como bissexual assumido e cross-dresser (prática em que homens se vestem de mulheres e vice-versa independentemente de sua orientação sexual) é muito "fofa".

"Tudo aconteceu de forma muito fofa comigo em relação ao fato de eu me vestir de mulher. Mas sei que existem crimes de ódio ocorrendo contra homossexuais no Brasil todo."

FAMÍLIA

O cartunista relatou a reação de seus filhos e pais à revelação de suas "montagens" femininas, com direito a brincos, maquiagem, unhas vermelhas e salto alto. "Meus filhos já haviam se chocado quando disse que era bissexual, e reagiram bem quando disse que estava me vestindo de mulher. Meus pais se acostumara porque são pessoas do caralho", disse.

"Minha mãe nunca foi muito de usar maquiagem e acessórios. Gosta de futebol, é torcedora fervorosa. Minha irmã é campeã brasileira de supino [levantamento de peso] e usou o esporte como forma de superar sua condição bipolar. Minha namorada me apoia. Então, a dondoca de casa sou eu!", riu, referindo-se a si próprio ora no masculino ora no feminino.

ESPELHO

Laerte falou também sobre sua passagem pelo Partido Comunista ("Homossexualidade não era uma questão ali. Estávamos mais preocupados com o proletariado") e sobre a HQ "Muchacha" (Companhia das Letras), que tem como personagem principal um ator que se traveste de cantora cubana: "Não ter que fazer piadas trouxe meu trabalho para uma relação mais íntima comigo mesmo, como se fosse um espelho. O humor muitas vezes funciona como escape e escamoteamento de questões mais profundas".

PIADA EM DEBATE

Questionado sobre o atual debate sobre os limites do humor e do politicamente correto, o cartunista disse que o humor deve ser livre, mas que nem por isso deve estar acima da crítica. "Quando o Rafinha Bastos tuíta que mulher feia tem de agradecer se for estuprada, não tem como ele não ser criticado. Ele falou merda sob qualquer ponto de vista", criticou.

"Dizer uma coisa dessas num país que ainda trata mal suas mulheres, muitas vezes com violência, especialmente aquelas que não estão no padrão das capas de revista, é de uma crueldade sem tamanho. O humor trabalha com o preconceito, mas ele extrapolou todos os limites com isso e é natural que haja reação."

O QUE É CROSS-DRESSING

Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.

(Com informações Folha.com)
http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=e279d9203d07183635eadb0f8546dcd6

sábado, 21 de maio de 2011

Na TV, Laerte revela a Jô Soares que é chamado de Sônia

20/05/2011 - 16h53
Na TV, Laerte revela a Jô Soares que é chamado de Sônia
Do BOL
Da Redação

O cartunista Laerte revelou codinome 'crossdresser' durante entrevista a Jô Soares (19/5/11)
Em participação na noite da última quinta-feira (19/5) no "Programa do Jô", da Rede Globo, o cartunista Laerte, que recentemente passou a se vestir somente com roupas femininas, revelou que usa o nome Sônia no contexto do "crossdesser".

O artista --bissexual assumido e um dos mais respeitados do ramo no país, autor de tiras diárias no jornal "Folha de S.Paulo"-- falou ao apresentador sobre "crossdressing" e revelou que Sônia é o nome que usa no grupo que frequenta de homens que se travestem de mulher.

Ainda no programa, Laerte disse não ter tido problemas para assumir para os filhos, já adultos, ou para a namorada Tuca, seu inusitado hábito. Segundo ele, mais difícil foi revelar que passaria a se travestir diariamente para seus pais, preocupados com sua integridade física ao assumir a nova persona.

Laerte também aproveitou a ida ao programa para divulgar sua mais nova HQ, "Muchacha", lançada em 2010.

O site de compartilhamento de vídeos YouTube exibe a entrevista. Clique aqui para ver a primeira parte, e aqui para ver o trecho em que ele revela seu codinome "crossdresser". http://www.youtube.com/watch?v=pjRT_uKLnZU
http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2011/05/20/na-tv-laerte-revela-a-jo-soares-que-e-chamado-de-sonia.jhtm