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domingo, 9 de junho de 2013

'Síndrome do vestiário': vergonha do tamanho do pênis atrapalha a vida

Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo




  • Tirar a roupa diante de outros homens pode ser algo assustador para quem tem receio da comparação
    Tirar a roupa diante de outros homens pode ser algo assustador para quem tem receio da comparação
Mais do que brochar com uma mulher que há tempos deseja levar para cama, o que alguns sujeitos mais temem, no que diz respeito ao órgão sexual, é tirar a roupa diante de outros homens. O motivo? Receio da comparação e de que, na disputa, o seu pênis acabe levando a pior por ser menor do que o dos demais. "A chamada 'síndrome do vestiário' provoca enorme sofrimento", diz o urologista Valter Javaroni, chefe do Departamento de Andrologia da SBU-Rio (Sociedade Brasileira de Urologia - Regional Rio).
"Em alguns casos, o desconforto é tanto que atrapalha a vida social e pode levar o homem a atitudes extremas, como deixar de ir à academia ou de praticar esportes para não ter de tirar a roupa na frente dos outros, não usar sunga na piscina ou na praia porque pensa que vão comentar sobre o pênis pequeno e buscar recursos para aparentar um membro maior no estado de flacidez", afirma.
A vida sexual também é abalada. De acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Carla Cecarello, presidente da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade), homens excessivamente preocupados com o tamanho de seu pênis acabam ejaculando de forma rápida e sem intensidade. "É como se eles quisessem se livrar logo do problema que é transar", explica Carla. Além disso, a baixa autoestima e a insegurança afasta as mulheres, que não costumam se interessar por homens pouco assertivos sexualmente.

Início na infância

O terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Junior diz que, de geração para geração, ainda que implicitamente, é transmitida aos meninos a ideia de que a aparência e o tamanho dos órgãos genitais são fundamentais para se reconhecerem como homens. "É na infância que isso se torna mais evidente. Nos vestiários das aulas de educação física, por exemplo, o menino se olha, observa os colegas e passa a estabelecer se é melhor ou pior que os outros", afirma  Rodrigues Junior, que é diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).

Além disso, para o homem, o pênis representa o seu poder. "Se o pênis está menor por conta da falta de ereção, há o temor de que os demais considerem que ele tem um membro pequeno e que vire motivo de chacota. Ele pode até saber que sem ereção todo pênis é assim, mas na presença de outra pessoa esse tipo de informação cai por terra", diz Carla.
Um fator importante é a percepção distorcida que leva a perceber que o outro sempre tem um pênis mais avantajado. E isso, de acordo com Rodrigues Junior, é válido para boa parte dos meninos, incluindo os que realmente tem o pênis maior. A crença de que o pênis maior é melhor atravessa a maturidade e provoca vergonha, medo e timidez ao ter que tirar a roupa diante de outro homem, mesmo que o sujeito em questão seja um médico.

Inquietação em vão

A maneira mais adequada de lidar com a dúvida e se livrar da síndrome é procurar ajuda especializada. Nesses casos, o papo com amigos pode agravar ainda mais o problema. Uma piadinha fora de hora ou um companheiro que goste de se exibir como o garanhão da turma ou da vizinhança exacerba a sensação de inferioridade. Só um especialista pode dar as orientações e o diagnóstico adequados.
"Quando a impressão pessoal nada tem a ver com a realidade, o homem apresenta dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal ou síndrome da distorção da imagem, um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física", afirma o urologista Valter Javaroni.

Alternativas e autoestima

É possível que as dimensões de quem sofre com a "síndrome do vestiário" estejam mesmo abaixo do padrão? Segundo estima a SBU-SP (Sociedade Brasileira de Urologia - Seção São Paulo), menos de 1% dos homens que querem aumentar o pênis têm, de fato, um problema real. Dados clínicos informam que um pênis flácido mede, em média, de 5 cm a 10 cm e, para ser considerado um micropênis, o membro não deve alcançar mais do que 2,5 cm flácido ou 7,5 cm ereto.

Caso um médico aprove, há procedimentos cirúrgicos para aumento do pênis, mas as técnicas têm resultados controversos e podem ser perigosas. Entre elas estão a lipoaspiração da região pubiana para tratar os casos de pênis embutidos na gordura abdominal (a técnica não aumenta o tamanho do pênis, apenas faz com que ele pareça maior em pacientes acima do peso) e a seção do ligamento suspensor peniano até a porção inferior da sínfise pubiana (articulação que une os ramos direito e esquerdo do osso pubiano). Neste último caso,o aumento varia de 2 cm a 4 cm. 

Como são poucos os homens que apresentam um problema físico, a terapia é bastante indicada, pois ajuda a aumentar a autoconfiança. "A ajuda psicológica é importante para que o homem possa se reconhecer como pessoa e não apenas como um pênis, o que contribui bastante para a melhora sexual", diz Carla Cecarello. O que conta, segundo os especialistas, é o desempenho. O tamanho não é nada diante de um homem confiante, que sabe conduzir bem o sexo e agradar a parceira.

É preciso, ainda, modificar as crenças que governam a sexualidade. "Se o homem acredita que somente um pênis maior tem valor, acaba dedicando pouca atenção ao prazer dele e da mulher. E isso é o que mais importa", afirma Rodrigues.

http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/06/06/sindrome-do-vestiario-vergonha-do-tamanho-do-penis-atrapalha-a-vida.htm

domingo, 11 de março de 2012

El sexo y el cerebro del hombre


¿Qué debe hacer la mujer para mantener un hombre a su lado?

La fantasía y el placer, van de la mano.
La fantasía y el placer, van de la mano.
27/02/2012 16:40
Las recomendaciones de Adrián Sapetti, médico psiquiatra, especialista en sexología clínica. Psicoterapeuta, Director del Centro Médico de Sexología y Psiquiatría. Presidente de la Sociedad Argentina de Sexualidad Humana (SASH).
Si escaneáramos el cerebro del hombre en la cama, ¿qué imágenes obtendríamos?
Sorprendentemente, podrían aparecer imágenes de otras mujeres, de otros varones, de otras situaciones, parafraseando a Freud: “En la cama, por lo menos, hay una pareja y tres o cuatro más”. Siempre hay otro, su mamá, su papá, depende el caso, edípicamente, o de su ex amante, ex novio, siempre vuelve algún personaje. Y de la mujer también, al escanear, aparecerían otras mujeres del pasado, del presente, otras fantaseadas, o fantasías con varones, o con prácticas como orgías, swingers. Hay muchos varones que quieren llevar la pareja a los swingers, por ejemplo, hay más varones fetichistas, parafílicos, o sea, que tienen prácticas extravagantes, bizarras, de travestirse, de usar látigos, etc.
¿Qué debe hacer la mujer para mantener un hombre a su lado?
Se piensa que tendría que ser una geisha y yo no estoy muy de acuerdo con eso. Creo que tendría que hacer lo que a ella le gusta y hacerle lo que a él le gusta, si a ella le gusta también, ¿por qué no? Hacerle algo a él que a ella no le gusta o le disgusta, no es conveniente. Está pagando para el placer de él con el placer de ella, “give-to get”, “te doy placer en lo que a mí me da placer también”. La mujer no tiene que estar obligada a darle al varón el goce en lo que a ella no le gusta.
En última instancia, creo que no debería dejar de ser lo que ella es, lo que ella siente, lo que ella desea, lo que ella goza y cómo goza. Si al hombre le parece bien y se aviene a los cambios, bienvenido sea. Pero callarse y soportar cosas que a ella no le gustan, no va. Y sí va, poder explayarse, poder sentir, si tiene confianza, amor, afecto o un plafón para hacerlo, explicitar su deseo, las cosas que le gustan, sus placeres, sus maneras de estimulación.
Y otra cosa que tienen que hacer las mujeres es reconocer cuáles son las zonas erógenas de ellas, porque hay mujeres que no las conocen, hay mujeres que no se tocaron nunca los genitales. Muchas mujeres dicen: “Yo no me toqué nunca ahí”. Cosa que, en el varón, es muy raro. Estas mujeres que nunca se han visto y tocado los genitales, deberían empezar a mirarse, para reconocer su sensibilidad y explorarse para ver cuáles son las zonas erógenas, porque ahí van a empezar a poder pedir lo que les gusta. Y no creer que es anorgásmica cuando tiene orgasmos por estimulación de clítoris, de vulva, eso no es una anorgasmia, es una mujer orgásmica y hasta puede ser multiorgásmica, no es una frígida, por más que se lo diga un hombre.
Porque a veces algunos hombres les dicen: “Vos sos frígida porque acabás de cualquier manera, menos con la penetración”. Eso no es frigidez. El 40 o 50% de las mujeres tiene orgasmo con estimulación clitoridiana. Nunca pierdan la capacidad de asombrarse, de conocer nuevas sensaciones, diversas emociones, como bien decía Miguel de Cervantes: “cosas vederes que non crederes”.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Enfim, a emancipação masculina


O que é ser homem hoje? A boa notícia é que ninguém sabe

ELIANE BRUM
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)
Lembro de um evento psicanalítico ocorrido em Porto Alegre, anos atrás, sobre “Masculinidade”. De repente, apareceu um engenheiro por lá, adentrando o mundo dos psis. Ele queria entender, como homem, a sua falta de lugar no mundo. Não sei se conseguiu, mas sua presença foi um belo movimento para fora do território conhecido, onde as contas já não fechavam, rumo ao insondável. Ainda tateando sobre esse tema tão fascinante, penso que a melhor notícia para todos nós é a confusão sobre o lugar do homem. Sobre isso, Laerte Coutinho, entrevistado no Roda Viva(TV Cultura) de 20/2, fez uma grande observação: os homens nunca fizeram a revolução masculina.
Para começar, quem é Laerte? Se você não ouviu falar dele, está perdendo uma revolução encarnada numa pessoa. Antes, porém, é importante sublinhar que ele talvez seja o maior cartunista brasileiro. Para mim, é um gênio. E não é uma opinião solitária. Não aquele gênio banalizado dos manuais 171 vendidos nas livrarias, mas gênio mesmo, daqueles que nasce um a cada muitos e muitos e muitos anos. Só para recordar, são dele histórias em quadrinhos como “Piratas do Tietê” e personagens como Overman, Deus e Fagundes, o Puxa-Saco. A minha vida, pelo menos, seria mais pobre se eu não pudesse ler todo dia as tirinhas do Laerte publicadas na Folha de S. Paulo.
Em 2010, Laerte passou a se vestir de mulher – publicamente. Tipo ir à padaria de saia e meia-calça. Laerte se tornou ora ele, ora ela, ele/ela no mesmo corpo e na mesma cabeça. E, desde então, não para de dar entrevistas nas quais parte dos entrevistadores tenta, com certo grau de ansiedade, encaixá-lo/a em alguma definição. A novidade, no sentido libertador do novo, mesmo, é que Laerte se coloca para além das definições. Nem acho que cross-dresser (homem que gosta de se vestir de mulher – ou vice-versa – sem necessariamente ser gay) serve para enquadrá-lo/a. Acho que todos nós ganharíamos – “héteros, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais, assexuais etc etc” – se abolíssemos a necessidade de caber em algum verbete. Seres humanos não são como aqueles jogos de montar para crianças pequenas, em que é preciso encaixar o retângulo no retângulo, o triângulo no triângulo e assim por diante. A única definição que vale a pena é justamente a indefinição. Sou aquele/a que é sem se dizer. Ou sou aquele/a que é sem precisar dizer o que é.
E essa é a novidade de Laerte, que é homem, é mulher, é masculino, é feminino e é também alguma coisa além ou aquém disso. Que se veste de mulher, mas fala e caminha como um homem. Que na infância gostava de costura e de futebol. Que vai jantar de saia e unhas vermelhas com uma namorada, mas pode também ter um namorado. Que enfia um pretinho básico sem se tornar efeminado. Que começa a entrevista de pernas cruzadas e, lá pelas tantas, se empolga e abre as pernas sem se importar que no meio delas more um pinto. Laerte é novo/a porque nos escapa. É um homem novo, mas também pode ser uma mulher nova.
Em janeiro, Laerte foi protagonista de uma polêmica ao ser repelido/a no banheiro feminino de uma pizzaria paulistana por uma cliente que se sentiu incomodada com sua ambígua figura. Surgiram então ideias esdrúxulas, como a de fazer um terceiro banheiro para os que não se enquadrariam nas definições tradicionais. Se o terceiro banheiro vingar, vou começar a frequentar os três, porque começo a achar uma afronta a exigência de que eu tenha de me definir para fazer xixi. Por agora, acho tão ultrapassado haver banheiros separados por qualquer coisa, que nem pretendo me estender nesse assunto. Era apenas para contar um pouco quem é Laerte para aqueles que ainda o/a estão perdendo. E desembarcar no tema que me interessa mais.


A certa altura da entrevista, ele/ela fez a seguinte observação: “Existiu a tal da revolução feminina, que é um dos marcos da humanidade. O que não aconteceu é a revolução masculina”. Laerte referia-se ao fato de que as mulheres já fizeram mil e uma rebeliões e continuam se batendo por aí. Marlene Dietrich, por exemplo, causou comoção por usar calças, mas isso em 1920! Quase um século depois, Laerte nos empapa de assombro por ir ao supermercado de saia. Isso diz alguma coisa, não?
Eu acho que não é nada fácil ser homem hoje em dia porque não se sabe o que seja isso. Mas, se essa dificuldade fez o engenheiro do primeiro parágrafo ousar se sentar na plateia de um seminário de psicanalistas para se entender, esta é também a melhor notícia possível para um homem. A princípio, os homens nunca precisaram fazer nenhuma revolução para conquistar direitos porque supostamente tinham todos eles garantidos desde sempre. Uma posição cômoda, mas apenas na aparência. Podiam fazer o que bem entendiam. Desde que fossem “homens”. E aí é que morava – e ainda mora, em muitos casos – a prisão. Podiam tudo, desde que fossem uma coisa só.
Ser forte e competitivo; sustentar a casa e a família; ter todas as respostas, muitas certezas e nenhuma dúvida; gostar de futebol e de vale-tudo; dar tapas nas costas do colega; falar bastante de mulher, mas jamais de intimidade; nunca demonstrar sensibilidades; dar mesada para a esposa; fazer o imposto de renda; resolver o problema do encanamento... Que peso incomensurável. Era isso ser homem por muitos séculos, sem falar nas guerras. E era preciso estar satisfeito com isso porque, afinal, você estava no topo da cadeia alimentar da espécie, ia reclamar do quê?
Acontece que, hoje, nenhuma das características citadas define o que é ser um homem. Assim como nenhuma característica – tradicional ou não – define o que é ser uma mulher. Do mesmo modo que a anatomia também não é mais capaz de definir o que é ser um homem e o que é ser uma mulher. E nem a escolha da carreira ou a posição na sociedade. Se há algo que define o que é ser um homem e o que é ser uma mulher, este algo está fora das palavras. E isso é o que torna Laerte fascinante: ele se apropriou da confusão e tornou-se a indefinição.
Graças às mulheres, e também aos homens que ousaram sair do armário (e aqui não me refiro somente à orientação sexual), os homens começam a autorizar-se a vagar sem rumo por aí, cada um do seu modo. Até porque não há caminhos já trilhados para seguir, já que não é mais possível apenas refazer os passos do pai ou do avô – nem é suficiente se contrapor totalmente a eles e segui-los pelo avesso. O que há são vidas a serem inventadas.
É claro que muitos homens se arrastam pelas ruas lamentando a perda de lugar. Sem saber o que fazer da existência nem de si, alguns arrotam alto ou espancam gays na tentativa pífia de mostrar que ainda sabem o que são. Perder o lugar e confundir-se não é fácil, não é mesmo. Mas é um espaço inédito de liberdade. É possível arrancar o terno de chumbo e descobrir que pele existe embaixo dele. E faz parte estar ainda em carne viva.
Acho que os homens alcançaram, finalmente, um começo de emancipação. E espero que as mulheres tenham a grandeza de estar à altura desses novos homens que começam a surgir. E enfiem a saudade do macho provedor na lata de material reciclável. Porque há muitas mulheres que ainda suspiram de nostalgia do macho provedor, mesmo se achando modernas e liberadas. Pode até ser que esse seja um bom arranjo para alguém, mas já não há garantias. Faz parte da jornada amorosa acolher a confusão dos homens que amamos porque tudo deve ser mesmo muito novo e muito assustador para eles.
Uma amiga contava, dias atrás, que seu marido passou uns tempos arrebatado pela agente do FBI da série americana “Fringe” (ótima, aliás!). Ocorre que Olivia Dunham, a dita agente, é uma loira linda, inteligente e destemida. E ocorre que o marido da minha amiga não estava encantado no sentido erótico convencional: ele não queria transar com Olivia Dunham, mas “ser” a agente do FBI.
Os leitores com menos imaginação e ainda presos ao velho mundo pensaram nesse instante: o cara é gay. Não, ele não é. Ele pode preferir transar com mulheres – e, no caso, faz minha amiga muito feliz – e se identificar com a agente Olivia Dunham como outros se identificam com os personagens sempre “muito machos” de Sylvester Stallone ou até com o Neymar. Há espaço para tudo. E para todos. Se podemos ter fantasias infinitas, para que se limitar, seja nós o que formos? Minha amiga, que é sábia, achou muito divertido. E, assim, teve a experiência de namorar Olívia Dunham algumas vezes. Ainda não é para qualquer um/a, mas que pena que não é.
Lembram da frase mítica? “Uma terra onde os homens são homens, e as mulheres são mulheres”. Ufa, o faroeste se foi e ninguém sabe bem o que é ser homem nem o que é ser mulher nos dias de hoje. E não, os homens também não são de Vênus, nem as mulheres de Marte. Ou será que era o contrário?
Se estivermos à altura do nosso tempo, descobriremos que há infinitas possibilidades – e não uma só – de sermos seja lá o que for. Como alguém disse no twitter: “Na vida, não limite-se. Laerte-se!”.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.) 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Do homem dominado ao macho-tupperware

POR XICOSA - 20/02/12 - 14:56

Se o Carnaval 2011 foi a festa do homem dominado –“vou não, quero não, minha mulher não deixa não”, como resumiu o hit-, a farra deste 2012 é do macho-tupperware.
Este tipo especial é aquele marmanjo que a pedradora moderna pega na noite, normalmente muito borracho e sem condições técnicas de uso, para abater no dia seguinte.
Tal criatura é presa fácil em qualquer noite. No Carnaval, porém, o acesso é no balaio, na baciada. Você, amiga, cata às tuias, aos montes, em qualquer beco do Recife Velho ou nas ladeiras de Olinda.
Nesta madruga, por exemplo, testemunhei a minha amiga M.Y. arrastando uns três para casa. Parecia uma corda de caranguejos.
Especialista em homens do gênero, a danada pegou dois no “I Love Cafusú” e o outro na “Sala da Justiça”, um super-herói cansado de guerra, um capitão-lama que virou tijolo nesta manhã de segunda-feira.
A bela afilhada de Balzac, mulher linda nos seus três ponto nove turbinada, merece. Acabou de abater os mancebos e já correu para o bloco “Amantes de Glória”, na praça do Arsenal, em busca de novidades.
É, amigo, sinal dos tempos.
O macho desse tipo, assegura M.Y., é uma dócil criatura que não dá quase trabalho. É o cara ali na faixa dos 40 ou mais, já foi casado ou se trata de um solteiro convicto e não vai grudar na barra da sua saia como faria um imaturo homem jovem.
O sujeito que se guarda como a um bom fiambre no tupperware, reforça a amiga, é quase perfeito: apaga assim que deita na cama, portanto não corre o risco de desfiar besteiras ou tecer falsas promessas.
É praticamente um homem sem mentiras, o que se torna um épico em se tratando da raça, diz M.Y., com mais uma demão nas suas peculiares tintas do exagero.
A criatura do gênero nem sempre percebe a sua condição de presa guardada para o abate matinal.
A não ser os profissionais do ramo, figuras menos machistas que flanam pela noite com o desapego e o lirismo de um poeta do século XIX. Estes adoram e ainda fazem sonetos, com odes ao acaso, enquanto a predadora ingere sua inocente tigelinha de iogurte com cereais.
Para M.Y., é bom que se frise, pouco importa se o tal sujeito tem pendores românticos ou não passa de um tosco que usa apenas 10% da sua cabeça animal.

domingo, 23 de outubro de 2011

Construção e expressão da masculinidade em homens homo hetero e transexuais


trabalho de iniciação científica (Mariana Ghetler em PUC-SP)

O objetivo deste estudo é compreender como se constroem,e expressam as masculinidades de homens hetero, homo e transexuais (sexo biológico feminino e gênero masculino), a partir da perspectiva de Gênero. Busca-se revelar se e como o ideal de masculinidade hegemônica permeia as masculinidades subordinadas, como definidas por Connell (2002). O modelo de pesquisa é o qualitativo-descritivo, com foco na construção de significados por parte dos colaboradores, suas vivências e como as percebem. Por meio de entrevista semi-dirigida foram colhidos o relato de 23 homens, sendo 8 heterossexuais, 8 homossexuais e 7 transexuais. Refletiu-se sobre suas narrativas, analisadas em profundidade, percebendo-se comunalidades e diferenças entre elas, a partir de uma perspectiva desenvolvimental e do conceito de Gênero.

Download: Parte 1Parte 2
http://ftmbrasil.blogspot.com/2011/04/construcao-e-expressao-da-masculinidade.html

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dia do Homem: especialista dá dicas de saúde

Sexta-feira, 15/07/2011, 12h46
Dia do Homem: especialista dá dicas de saúde

O Dia Internacional do Homem, comemorado oficialmente em vários países e também no Brasil, é comemorado nesta sexta-feira, dia 15 de julho. Para lembrar a data, o urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Daher Chade alerta para os cuidados com a saúde masculina.

Segundo o especialista, os principais problemas de saúde masculina estão relacionados aos problemas com cálculos renais e disfunções urinárias, distúrbios sexuais (impotência e ejaculação precoce) e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).

“Muitas vezes quando o homem sente que alguma coisa está errada, ao invés de procurar um especialista ele conversa com amigos, depois com a esposa e por último vai ao médico”, explica Dr. Chade. Essas atitudes podem atrasar o diagnóstico, prejudicando um possível tratamento.

O exame de próstata, por exemplo, deve ser realizado aos 45 anos e quando há histórico familiar, a partir dos 40 anos. Os homens precisam realizar o acompanhamento clínico anual a partir dessa idade, evitando assim problemas maiores no futuro.

“Muitas pesquisas estão sendo realizadas nesse campo. Entre elas a vacina para o câncer de próstata, apresentado no congresso americano de urologia, que aconteceu em Washington (EUA)”, afirmou Chade.

O Dia do Homem foi estabelecido há dez anos pelo ex-presidente russo Mikhail Gorbachev, com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) e outros grupos de defesa dos direitos masculinos da América do Norte, Europa, África e Ásia.

(BAND)
http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-137560-DIA+DO+HOMEM++ESPECIALISTA+DA+DICAS+DE+SAUDE.html

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por que os homens procuram prostitutas

domingo, 12 de junho de 2011
Por que os homens procuram prostitutas

Olá “Astolfo”! Para quem não entendeu a ironia, vai aqui a legenda, Astolfo é o nome no registro do travesti carioca mais famoso do Brasil, a Rogéria. Se quiser saber mais procura no Google…

Bom, adorei a pergunta e prometo tentar não me alongar muito na resposta, apesar do assunto render, ok?
A prostituição, como muitos sabem, é uma profissão das mais antigas do mundo, acredito que começou no tempo das cavernas, o cidadão saia com sua clava atrás de algo para comer e depois de uma batalha de vida ou morte voltava para casa com o sustento da família. Acontece que no meio do caminho ficava a caverna da Dona Uga, viúva de outro caçador que fora devorado pela caça, daí é só somar dois mais dois.

Como ela não tinha força física para caçar e nem inteligência suficiente para produzir algo que pudesse trocar, ela só sabia fazer uma coisa: entreter os homens! Essa troca de felicidade momentânea pelo sustento originou toda essa putaria que vemos agora, outro dia escreverei sobre os motivos que levam uma mulher a prostituir-se.
É preciso entender que, no Brasil, a prática da prostituição não é crime, mas sim o local destinado a promovê-la. Trocando em miúdos, se você quer vender o corpo, problema seu, se alguém quiser vende-lo já é outra história. O que leva a outra pergunta: Como alguém consegue abrir uma zona? Muito simples, abrem com alvará de bar, restaurante, casa de shows e até mesmo hotel. Os proprietários alegam que não sabem nada sobre acordos financeiros entre as garotas e os clientes.

Antes que alguma leitora me pergunte se existem prostíbulos destinados ao público feminino, existem, mas eu não recomendo, a frequência nestes locais é muito maior por parte de outros “homens”.

Agora que já entendemos um pouco mais a questão de forma geral, vamos às respostas de sua pergunta, sim, respostas. Não existe um motivo exclusivo que faça os homens procurarem as moçoilas, vamos aos principais:
Poder
Muitos homens têm fixação pelo poder, consideram o ato de possuir uma mulher sem que ela o deseje, apenas em troca de grana, uma experiência muito prazerosa.
Necessidade
Lembra da história do cara de 36 anos que ainda é virgem? Então, ele já se pronunciou afirmando que não procurará ajuda profissional, boa sorte! Porém, existem outros homens que também não tem muita habilidade no trato com as mulheres, mas decidiram não se acabar na “mão”. Pode até parecer impossível, mas conheço figuras que só dão uma se pagarem.
Deficiência
Não raro é a presença de pessoas com algum tipo de deficiência física ou mental nos locais destinados a prostituição. Aqueles que têm problemas com a aparência são figurinhas carimbadas, pois não são discriminados como acontece normalmente. Homens com certos tipos de retardo mental costumam ficar agressivos se não liberarem a tensão sexual… E tem gente que diz que a vida delas é fácil…
Desejos reprimidos
Cerca de 50% dos homens consumidores assíduos desse produto são adeptos ao famoso fio-terra, o Data Urso, através de uma pesquisa extensa, descobriu que um em cada dez homens que pagam prostitutas gostam de ser dominados, com consolo e tudo mais.

Muitos pedem para que as moças andem (de salto) em cima do rapaz, urinem nele, chamem-no de corno ou batam nele.
Auto-afirmação
Existem também aqueles que vão com a onda, se os amigos vão, ele também vai, assim não fica de fora da turma.
Praticidade
Homens têm testosterona e esse hormônio mexe com a cabeça, ou melhor, com as cabeças dos rapazes. Daí muitos querem apenas uma relação sexual sem maiores comprometimentos, sem ter que conhecer pai e mãe, sem criar vínculo afetivo com a mulher, essas coisas. Resumindo, querem tirar a porra da cabeça de forma não-burocrática!
Diversidade
Foi feita uma pesquisa com um boi e uma vaca, depois que o boi acasala com determinada vaca ele não quer dar um repeteco na bichinha. Chegaram até a pintar a vaca de outra cor e nada. O boi continua querendo comer coisa diferente. Têm caras que funcionam nessa toada, não aguentam comer a mesma coisa todos os dias.
Pacote completo
Em alguns casos, pode ser que a falta de alguns itens na relação convencional leve o cidadão a procurar as profissionais. “Sexo oral até o fim” e “sexo anal” são os mais requisitados as “moças de família”, algumas cobram extras por esses “benefícios”.

Cara Rogéria “Astolfo”, não sei se era isso que você queria ler, talvez você esteja procurando uma brecha para aumentar as vendas do setor de travestis, mas está aí.
Abraço do Urso

http://www.pergunteaourso.com.br
http://vivasexo.blogspot.com/2011/06/por-que-os-homens-procuram-prostitutas.html

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nós e as garotas de programa

Nós e as garotas de programa

00:42 Fabio Fraga
Muitas mulheres tem essa dúvida. Por que os homens procuram sexo pago?Na realidade não existe um motivo. Existem vários, e totalmente plausíveis. Se aceitáveis ou não, vai de cada um de vocês. Afinal, nosso espaço é justamente pra isso, a troca de idéias.

A começar, desiludam-se do homem que afirma pra vocês nunca ter ido a um puteiro. Mentira. Inclusive do pai de vocês, o namorado, o melhor amigo. Todos já foram.

-Ahh Felipe, mas meu pai foi criado no interior e lá era pequeno demais!
-Ok, ok! Mas lá tinha aquela casinha da luz vermelha sim... Nem que só houvesse a dona da casa. Todo homem já pagou por sexo.

Por que?

1 – Insegurança – Sim, acontece. O homem não se dá bem na “vida real” e procura o caminho mais fácil. Pra quem tem curiosidade, qualquer que seja a garota de programa, trata o homem como Deus, chama-o de lindo, maravilhoso e bom de cama. O homem pode querer melhorar seu desempenho sexual com uma garota de programa.

2- Machismo – Como assim? Muitos dos homens burros acham que não podem fazer com suas esposas, namoradas, noivas, o que fazem com uma garota de programa, o que pra mim, é um erro total, afinal, antes de ser garota de programa, ela é mulher e tem tesão igual a namorada, a noiva, a mulher.

3- Prática – Sexo pago é sexo prático. Não me recordo quem, mas um artista desses declarou: -Não pago pra ter sexo. Pago pra elas irem embora.
É muito pratico. Chega, escolhe, transa, goza e vai embora. Fim de papo.


4 – Situação financeira – Há quem fale que um homem que paga por sexo é incapaz de arrumar mulher na noite. Em partes. Há também esse caso, maaaaas, se você colocar na ponta do lápis, arrumar uma mulher na noite, levar para o motel sai muito mais caro. Entrada da boate, bebida, bebida pra mulher, gasolina, grana do motel, jantar ou lanche... Sim, é frio, mas se o cara só quer dar umazinha, por que não se preocupar com a grana?

5 – Diversão – É divertido ir a um puteiro. Fato. Os homens se sentem à vontade, e as mulheres são profissionais, não são nada bobas. Sentam, conversam, dão risadas. Nós bebemos tranqüilos e quando não queremos sexo (isso também ocorre, inclusive estive em um na terça e não fiz sexo) apenas aproveitamos a bebida e o ambiente. Na maioria dos lugares é uma boate normal, com mesas e mulheres, a diferença é que você chama pra subir, fora isso, tudo igual a uma noite convencional.

6 – Virgindade – Muitos adolescentes perdem a virgindade com garotas de programas. É mais comum do que se pensa. Pensem, o menino está se formando, começando a sair sozinho agora, andando com a turma e no fim daquela festa do colégio, a menininha ficou no rala e rola mas não deu. No fim: -Vamo pro puteiro cambada!

7 – Solidão – Há casos de homens sozinhos e solitários sim. Recém separados, excluídos ou qualquer que seja a causa da solidão, é um motivo para procurar companhia em uma garota de programa. É muito comum também em profissionais que viajam muito. Cidade diferente, falta de companhia pra sair, hospedado sozinho no hotel... aí... já viu né?

8- Sexo não convencional – Sim! Isso ocorre. Homens que gostam de ser penetrados por vibradores e afins, os chamados “brinquedinhos”, e acreditem, esse não é um número pequeno dessa estatística.

9 – Vício – Acreditem, existem homens viciados nesse tipo de sexo. Apenas com garotas de programas. Quanto a isso, as leitoras não tem com o que se preocupar. A grande maioria nesse caso, são homens solteiros.

10 – Insatisfação – Ao contrário do que deveriam realmente fazer, ou seja, conversar com sua parceira e esclarecer qualquer problema sexual, muitos homens simplesmente vão pelo caminho mais fácil, a política do “pago pelo que quero” e assim procuram as garotas de programa.

11 - Fantasias sexuais - A mais óbvia é: Duas mulheres e só o bonitão no meio! Esse é o caminho mais fácil, pagando! Essa é apenas uma das fantasias que os homens realizam com as garotas de programa, o que pra mim, dependendo da fantasia também acho infundado. Nada melhor em se realizar com quem tá do teu lado, embora algumas mulheres não aceitem, mas sou sempre a favor do diálogo entre as partes.

Bom minhas gostosas queridas leitoras e meus camaradas, enumerei aqui os principais motivos que nos levam até um puteiro, boate, termas ou qualquer que seja o nome em sua cidade. Vejam bem, enumerei os motivos, e isso não quer dizer que o seu parceiro freqüente ou tenha um deles, e muito menos que esses sejam os meus motivos ou que eu tenha algum deles. Significa que, um dia qualquer homem já foi por qualquer um desses motivos ou irá. Então, pé no freio ao achar que seu parceiro que ta ralando até tarde no trabalho está com uma garota de programa já que mulher é tudo ciumenta por natureza.

Como eu sei de tudo isso? Segredo... Quem sabe, dependendo da interação e aceitação que o assunto tiver aqui, eu conte alguns segredos, em forma de crônica, desse mundo que tanto intriga as mulheres e tanto atrai os homens.

Aos homens: Meus queridos, sei quanto isso nos atrai, mas sinceramente, não gosto de pagar por sexo, a não ser aquela coisa bem sem combinar mesmo, por acaso. No mais, deixaria de dica conversar com a parceira, afinal, ela também é mulher, e quem sabe, está louca pra realizar suas fantasias e gostaria que vocês a pegassem da mesma forma com que pegam uma garota de programa. Sua mulher também tem o mesmo tesão delas.

Pra terminar... faço programa de graça, mas só pras mulheres. Ando numa fase caridosa e com grana sabem? Quem quiser, fala com a Tessa. Ela cuida da minha agenda!

Beijos na virilha meninas


Fonte http://elaeles.blogspot.com/2009/05/nos-e-as-garotas-de-programa.html
http://lamoremiopersempre.blogspot.com/2011/01/nos-e-as-garotas-de-programa.html

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que eles pensam

- O que eles pensam
Um guia para ajudar as mulheres a entenderem melhor o comportamento dos homens
da redação
22/12/2010
Homens são práticos e agressivos, fogem do acasalamento, demarcam território. O senso comum diz que é mais ou menos assim que eles se comportam. Para tudo, no entanto, há uma explicação. A ciência explica, por exemplo, o impulso de olhar para um rabo de saia e até a necessidade que eles têm de impor ordem e respeito.
Depois dos homens terem descoberto, aqui no Maisde50, algumas coisas essenciais sobre as mulheres, é a vez delas de entender um pouco mais sobre o cérebro masculino. Passando por seu instinto protetor e pela vontade de casar – sim, eles querem! – o site Live Science fez uma lista de 10 coisas sobre os homens que as mulheres têm que saber.
Emoções escondidas. O sexo feminino tende a ser considerado o mais emocional, mas homens também são bastante emotivos. Durante a infância, meninos têm mais reações e expressões emocionais que meninas. Homens adultos também têm reações emocionais ligeiramente mais fortes, mas apenas enquanto eles ainda não sabem de seus sentimentos. Uma vez que o descobrem, costumam encobri-los. Uma vez que eles tomam consciência da emoção, no entanto, a suprimem e fazem cara de paisagem. Quando crianças, meninos aprendem a esconder emoções que a cultura considera pouco masculinas. Sufocar essas emoções também estimula a famosa reação do “bater ou correr”. No entanto, há teorias de que a reação forte de um homem e a conseqüente supressão da emoção podem prepará-lo para lidar melhor com ameaças.
Mulher faz bem. Todos sabem que ficar sozinho não costuma ser bom para ninguém, mas em homens mais velhos o efeito é agravado. Como eles tendem a se expressar e se abrir menos que elas, a solidão acaba se exacerbando e isso tem um custo para os circuitos cerebrais relacionados à sociabilidade. Por outro lado, viver com uma mulher pode trazer benefícios. Homens em relacionamentos estáveis geralmente são mais saudáveis, vivem mais tempo e têm níveis hormonais que podem indicar queda de ansiedade. E elas ainda podem ser boas para as gônadas. Em um estudo publicado na revista Biology of Reproduction (Biologia da Reprodução, em tradução livre), camundongos machos que viviam com fêmeas eram mais férteis, e por mais tempo, que seus primos isolados.
Empatia e foco. Mulheres são mais afetuosas e homens são mais práticos, é o que se costuma dizer por aí. Mas não é bem assim. Ao ficar sabendo dos problemas de alguém, homens sentem, sim, preocupação e solidariedade pela pessoa, mas a parte de seu cérebro responsável por “dar um jeito nas coisas” logo assume o controle. Por isso, enquanto elas tentam consolar e demonstrar que estão ali para ajudar, eles estão mais empenhados em encontrar uma solução. E só tenta resolver um problema quem se importa, é bom que as mulheres sabam.
Não é canalhice. Todo mundo culpa a testosterona pela agressividade e pela hostilidade masculinas, mas se esquecem que ela também é o hormônio da libido. Uma pesquisa feita na Universidade de Columbia, em Nova York, apontou que este hormônio, que é seis vezes mais forte no homem que na mulher, prejudica a região do cérebro responsável por controlar impulsos. Por isso, eles são cientificamente incapazes de resistir a olhar para um rabo de saia.
Sempre de guarda. O homem defende seu terreno. Desde o começo da vida, na maioria dos animais, o macho é responsável por tomar conta do território enquanto a fêmea cuida da família. A evolução tratou de fixar estes comportamentos e, por isso, mulheres tendem a ser possessivas e os homens a ficar agressivos quando seu lugar (seja ele físico, como a casa e o trabalho, ou abstrato, como os amigos ou a família) parece estar sob ameaça. Ele é evolutivamente programado para tomar conta de suas terras. Além disso, a área do cérebro responsável por “defender a grama” é maior neles que nelas.
Gostam de hierarquia. A instabilidade pode aumentar consideravelmente o nível de ansiedade de um homem. Já uma cadeia de comando bem estabelecida e estruturada, a exemplo da encontrada em organizações militares e em muitos locais de trabalho, ajuda a reduzir os níveis de testosterona e, consequentemente, a agressividade masculina. A preocupação em estabelecer a ordem começa já na infância, por volta dos seis anos. Meninos estão sempre tentando colocar um ao outro para baixo, buscando demonstrar sua própria superioridade e deixar claro quem é que manda.
Idade traz cooperação. O homem compete por status e parceiras na juventude e se esforça para fortalecer laços na maturidade. A competitividade parece perder a atração com o passar dos anos e a chegada dos fios grisalhos. Em vez disso, eles prestam mais atenção nos relacionamentos e em melhorar as comunidades das quais fazem parte. Esta mudança se deve à redução de testosterona que acontece com o envelhecimento. Um estudo publicado na revista Hormones and Behavior (Hormônios e Comportamento, em tradução livre) em 2009 sugere que homens com altos níveis do hormônio tendem a se desempenhar melhor no “mano-a-mano”, enquanto aqueles com níveis mais baixos funcionam melhor trabalhando em equipe.
As mudanças da paternidade. Nos meses antes de se tornar pai, o cérebro do homem se condiciona para cooperar com a mãe e passa a estimular o comportamento paternal. Este é um dos primeiros passos para a mudança explicada no tópico anterior. Isto se deve a uma mudança hormonal que envolve uma queda na produção de testosterona e pode ser estimulada pelos feromônios exalados pela mãe.
Brincadeira de papai. Muitas mães condenam o jeito dos pais de brincar com seus filhos, mas isto é bom para as eles. A aspereza, as provocações e a espontaneidade podem ajudar as crianças a aprenderem melhor, ter confiança e se preparar para o mundo real. Além disso, pais envolvidos ajudam a diminuir o risco de comportamento sexual nos pequenos. Pais que participam ativamente da criação dos filhos têm níveis mais baixos de testosterona, o que os deixa mais calmos. Crianças humanas estão entre as que mais precisam de cuidados no mundo animal e bons pais garantem sua sobrevivência – e, consequentemente, de seus genes.
Sem medo do altar. O pensamento comum é de que mulheres querem se casar e levar uma vida tranquila, enquanto homens querem viver aventuras e ter um estilo agitado e selvagem. Isso é apenas um equivoco baseado nas muitas pesquisas feitas nos EUA que usaram como cobaias homens jovens, geralmente universitários. Um estudo publicado em 2007 na Proceedings of the Royal Society (Procedimentos da Sociedade Real, em tradução livre) descobriu que a infidelidade ocorre mais antes dos 30 anos, mas depois a atenção masculina se volta para a construção da família e de seu bem estar. Há aqueles que têm dificuldades para se comprometer, mas são casos individuais. Muita gente pode dizer o contrário, mas eles querem, sim, subir ao altar e ouvir os sinos do casamento.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8105

domingo, 20 de março de 2011

La simbología de los atributos masculinos

Las primeras clases de educación sexual de la historia
La simbología de los atributos masculinos

Por Ignacio Monzón, 24 de febrero de 2011

Dolní Vestonice
Como se ha afirmado en las anteriores entregas, los seres humanos de la Prehistoria carecieron por completo de pudor a la hora de representar una serie de elementos que algunas personas incluso se sonrojan al contemplarlas hoy día. Las venus, por ejemplo, son conocidas por la gente desde el colegio, como uno de los mayores emblemas de la capacidad artística humana.

¿Pero es siempre la mujer lo que se puede ver?, ¿y qué pasa con el hombre?, ¿era ignorado? Hace años, incluso a veces en círculos académicos, circuló la idea de que los matriarcados y la importancia de las “diosas-madre” eran producto de un desconocimiento del papel del varón en el acto de la reproducción. Las mujeres poseían el poder de generar nuevos individuos y el varón lo contemplaba con una mezcla de temor y admiración.

Idea un tanto caduca, eso sí, si se tiene en cuenta que desde muy pronto se sabía que sin coito no había embarazo, por lo que la sexualidad del varón tenía que ser relevante. Más aún, parejos a las imágenes de las vulvas y en ocasiones relacionadas con ellas, se han podido documentar plasmaciones de penes, siempre erectos y en algún resto afortunado con la inclusión de elementos como el glande o los testículos. También durante siglos la imagen de un pene apuntado hacia arriba poseyó un potente significado de fertilidad y bonanza, además de otras funciones de los que se hablará más adelante. Una erección era un síntoma de que podía existir cópula y por ello la esperanza de generar descendencia y con ella la continuidad del grupo. Es menester recordar que, además de la fuerza de trabajo que proporcionaban, los nuevos individuos eran una especie de “seguro” de jubilación en el caso de que las fuerzas de los padres empezaran a fallar.

Ejemplos ilustrativos los tenemos, por ejemplo, en las representaciones fálicas de las cuevas de Chufín y El Castillo, ambas en Cantabria, la de Fronsac (Francia) o la del abrigo de Castanet en Sergeac (Francia). Interesantes como poco se podrían definir los restos de Laugerie-Haute, con un bajorrelieve fálico que aprovechó la forma de una estalagmita y que se halló cerca de otro que describía una vulva. La relación entre ambos elementos parece ser más que evidente y algunos autores han visto en este conjunto unos “ejemplos gráficos” para la iniciación de los más jóvenes en los rituales de fertilidad. Con una pequeña dosis de humor, podríamos llegar a pensar que estamos ante las primeras evidencias de clases de educación sexual.

Y si esto puede parecer poco a ojos del lector, también es conveniente que eche un vistazo a una escultura en bulto redondo, de apenas 35 centímetros de alto, que apareció en la cueva gala de Loussel. Apodado como “Príapo”, nos describe, de forma muy vaga y tosca, a un hombre con sus órganos sexuales muy destacados, presentando cierta desproporción anatómica. Queda claro que lo importante de la obra era el significado la erección, como en los personajes itifálicos –con el miembro “erecto”– de Lascaux (Francia), la Peña (Asturias) y Altamira (Cantabria).

El repertorio de restos materiales que nos han llegado incluye también una serie de elementos bastante polémicos por su dudosa interpretación como órganos sexuales masculinos. Algunos “bastones de mando”, término que designa una realidad también muy ambigua –o dicho de forma clara, que no sabemos bien lo que son– podrían haber sido símbolos fálicos. Uno de ellos, hallado en Gorge d´Enfer, yacimiento de Dordoña, consiste en una parte superior bifurcada decorada de una morfología un tanto peculiar. Ambos apéndices recuerdan, por su forma, a la del pene, algo que parece confirmarse con los grabados que describen el glande y el meato. Otro caso similar se ha querido ver en Bruniquel (Tarn-et-Garonne, Francia), con dos bastones cuyos puntos distales también se trabajaron recordando penes.

Y para complicar aún más las cosas tenemos un objeto documentado en el gran yacimiento checo de Dolní Vestonice, que no ha carecido de interpretaciones contrarias. Mientras que unos investigadores lo definen como una venus de gran esquematización que con dos bultos que harían la función de caderas, nalgas y pechos, en un esquema parecido al de la Venus de Lespugne, otros han concebido una utilidad más masculina para el mismo. Desde un “consolador” que además del falo –con una serie de marcas que lo atestiguarían– y los testículos incluiría un mango para su mejor agarre, a un instrumento ritual que emplearía su apéndice posterior para ser fijado en la tierra y mantener su verticalidad.

Cópulas como la de La Marche y Enlene (Francia), eyaculaciones como la del hombre de Riberira de Piscos (Portugal), la hipotética zoofilia de la cueva de Penascosa, el supuesto –y subrayo el término de “supuesto”– lesbianismo de Gonnersdorf (Alemania) con dos mujeres frotándose los pechos, forman parte de lo que se ha denominado el “kamasutra” de la Prehistoria.

La parte negativa es que aunque el elemento sexual es completamente evidente, no lo es tanto el sentido que le dieron. ¿Ritualidad? Es lo más probable, pues gastar tanto tiempo y energía en algo meramente lúdico no tiene mucha lógica. Otra cosa es que dentro de sus creencias, sobre fertilidad o para la iniciación en los asuntos carnales de los jóvenes –que serviría de medida de control de la natalidad– encontraran el goce en unas imágenes atractivas. En cualquier caso la sexualidad “cultural” y social había nacido, desarrollándose en los periodos diferentes, pero como decía el sabio, eso es otra historia.
http://www.elreservado.es/news/view/262-el-sexo-en-la-historia-seriales-historia/991-la-simbologia-de-los-atributos-masculinos

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Homem com H maiúsculo

Homem com H maiúsculo


Na segunda-feira (14/02), o jornal espanhol “El Pais" informou, segundo dados de farmácias americanas, que as prescrições semanais dos dois principais produtos no mercado contra a disfunção erétil (antiga impotência sexual) – o Viagra, da Pfizer, e o Cialis, da Eli Lilly & Co – dispararam nos dias que antecederam o 14 de Fevereiro, dia de São Valentim ou Valentine's Day (Dia dos Namorados na maioria dos países do Hemisfério Norte). As altas vendas e o aumento do público consumidor mostram que estes medicamentos estão sendo usados não somente para combater a disfunção erétil, mas também para potencializar a performance sexual masculina mesmo daqueles que não sofrem do “transtorno”. O sucesso destes produtos entre os homens deve-se, em grande medida, a um trabalho de marketing muito bem realizado pelos laboratórios que os produzem, embora a propaganda direta de medicamentos que precisem de prescrição só possa ser feita, no Brasil e em muitos outros países, junto à categoria médica.


As pesquisadoras Livi Faro (CLAM/IMS/UERJ), Lilian Krakowski Chazan (CLAM/IMS/UERJ), Fabíola Rohden (UFRGS) e Jane Russo (CLAM/IMS/UERJ) trabalharam sobre o material de propaganda e divulgação de fármacos para o tratamento das chamadas ‘disfunções sexuais masculinas’, destinado aos médicos – especialmente aos urologistas –, presentes no X Congresso da Sociedade Latino-americana de Medicina Sexual, evento realizado em Florianópolis em agosto de 2009 e que lançou luz sobre temas relativos à sexualidade masculina, como a disfunção erétil, a ejaculação precoce e o câncer de próstata, entre outros.


O objetivo do trabalho era discutir o que cada tipo de medicamento alardeia como qualidade, e, através deste marketing, pensar sobre a construção de um tipo de masculinidade que seria “ajudada” pela tecnologia farmacêutica, realimentando e reafirmando ideias do senso comum sobre o que seria masculinidade.


A análise resultou no artigo “Homem com ‘H’: a saúde do homem nos discursos de marketing da indústria farmacêutica” (Clique aqui para ler), apresentado no Seminário Internacional Fazendo Gênero 9 . Nele, as pesquisadoras analisam sloganscomo o do medicamento Helleva®, produzido pelo Laboratório Cristália, que dizia: “Chegou a Hora de mostrar o H maiúsculo que está no princípio de todo Homem brasileiro”.


“Há uma linguagem muito próxima do senso comum. Procura-se atrair os profissionais com linguagem e imagens pouco científicas e especializadas, embora em todo material haja referências a artigos científicos. É uma propaganda direcionada a profissionais – médicos, em sua grande maioria – mas a impressão é que estão vendendo diretamente para o consumidor. Capturam o médico através de imagens que apelam para o senso comum. Não são imagens que precisam ser decodificadas por especialistas, mas são ‘traduzidas’ por qualquer um. Eles impressionam o médico para que este possa impressionar os seus pacientes. O Helleva, por exemplo, passa uma ligeira ideia subliminar de que seu uso aumentará o pênis do indivíduo, ou que o brasileiro tem um pênis maior que o homem de outras nacionalidades”, avalia a antropóloga Jane Russo, co-autora do trabalho.


Outro exemplo era o material publicitário do Viagra (o mais famoso, por ter sido o primeiro a ser lançado, em 1998): através de slogans como “Rigidez é o objetivo” e “Só Viagra é Viagra”, a propaganda ilustrava os ‘graus de rigidez da ereção e da disfunção erétil (DE)’: Grau 1 – DE severa: pênis grosso, mas não rígido; grau 2 – DE moderada: pênis rígido, mas não o suficiente para penetrar; grau 3 – DE suave: parcialmente rígido, mas capaz de penetrar; grau 4 – sem DE: pênis completamente rígido.


A ênfase da campanha do Levitra, do Laboratório Bayer, estava no prolongamento da duração da relação sexual. Seu slogan ressaltava explicitamente: “Levitra® prolonga em até 3 vezes a duração da relação sexual em pacientes com DE” e especificava e normatizava qual seria o ideal: “1-2 min (muito curto); 3-7 min (adequado); 10-30 min (muito longo); 7-10 min (desejável)”.


“O discurso de cada um, ao exaltar as suas qualidades, implicitamente aponta as ‘falhas’ do outro. Cada um vai tentar afirmar uma especificidade, um algo a mais que o outro não pode oferecer. Passam a ideia do remédio como pura mercadoria. Eles não estão visando a cura de uma doença”, questiona Jane Russo.


Outra característica do material estudado é a presença da figura da mulher (sim, são propagandas extremamente heteronormativas – a homossexualidade masculina é completamente invisível nestas propagandas).


“A rigor, essa masculinidade heteronormativa e a sexualidade masculina centrada na ereção seriam o somatório de todas essas ‘qualidades’ ofertadas pelos medicamentos, indicando que, sem remédio, esse ‘homem com H’ se encontra em risco. Por um lado, há uma desconstrução de uma ideia de masculinidade, mostrada como instável – admite-se que o homem potencialmente pode falhar – para, em seguida, oferecer uma ‘solução’, restaurando a suposta estabilidade. Ao mesmo tempo em que desmistifica, reforça a ideia de que o homem não pode falhar nunca. Se falhar é disfunção, mas esta ‘falha’, de certa forma, torna-se uma escolha na medida em que há uma tecnologia farmacêutica disponível que ‘soluciona’ o ‘problema’”, apontam Livi Faro e Lilian Krakowski Chazan.


A instabilidade, segundo as pesquisadoras, tem a ver com a crise da masculinidade, com a crítica à dominação patriarcal masculina feita pelo movimento feminista e pelo movimento gay. “O homem desempoderado será novamente empoderado através de um medicamento que lhe traz a potência a qualquer hora e de qualquer jeito”, complementam.


Por isso mesmo, salientam as autoras, não se pode demonizar a indústria farmacêutica, uma vez que esta não atua fora da cultura na qual está inserida. “Ao lançar tais medicamentos, ela responde a questões e demandas circulantes na cultura”, avaliam.


“Estamos diante de alguns paradoxos: ao mesmo tempo em que a marca da masculinidade seria a racionalidade, a sexualidade masculina era tradicionalmente representada como ‘selvagem’, ‘instintiva’ e ‘incontrolável’. Esta sexualidade se vê agora retraduzida e reconfigurada por uma tecnologia farmacológica. As tecnologias proporcionariam um atalho para a resolução deste paradoxo, e o homem passaria a ter o controle racional, medicamentoso, sobre seu corpo sexual”, analisam as autoras.


A medicalização e a normatização da impotência, transformada gradualmente desde os anos 1980 em disfunção erétil, produziu, entre outros efeitos, a ideia de que qualquer homem, em qualquer idade, pode estar enquadrado em algum grau do ‘transtorno’. Implicitamente, amplia-se o mercado consumidor, tanto que, a partir de novas expectativas trazidas pelo surgimento destas pílulas, cada vez mais homens têm usado esses medicamentos, para além da disfunção erétil. Prova de toda esta expectativa por uma boa performance sexual por parte dos homens é o aumento nas prescrições semanais do Viagra e do Cialis às vésperas do Valentine's Day, conforme os dados informados pelas farmácias norte-americanas.



Publicada em: 17/02/2011 às 14:30 notícias CLAM