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domingo, 8 de janeiro de 2012

Em defesa do 'sexo inteligente'


Entrevista

O psicoterapeuta Stanley Siegel, consagrado especialista americano, defende que sentimentos dolorosos podem ser transformados em fontes de prazer - erotizando-os. LEIA A SUA ENTREVISTA À VISÃO

Clara Soares
11:06 Domingo, 8 de Janeiro de 2012

Psicoterapeuta de celebridades e colunista da revista Psychology Today, Stanley Siegel acaba de lançar, em conjunto com a filha, o livro Your Brain on Sex, onde explica como o "sexo inteligente" pode mudar a nossa vida. Aos 62 anos, o especialista, também conhecido por assumir a sua homossexualidade e não abdicar de uma visão liberal da intimidade, defende que o sexo e o erotismo podem ser uma terapia, até para os maiores traumas, e um motor de liberdade e expansão pessoal.  
O que é o prazer inteligente?
É compreender os nossos desejos sexuais e o que significam na nossa vida psicológica. Se usarmos estes desejos para nos guiarem na escolha de parceiros sexualmente compatíveis, podemos curar conflitos passados e satisfazer as nossas necessidades.
De que forma?
É um processo por etapas. Primeiro, há que imergir no espírito de descoberta, sem juízos de certo ou errado. Depois, identificar os nossos desejos e fantasias, em torno de um tema, uma história com ligação ao nosso passado. Podem, até, ser de dominação e submissão.
E porque é isso relevante?
Cada encontro sexual pressupõe uma escolha e uma história, com fantasias que remetem para temas centrais da nossa vida. Por exemplo: quem se imagina a ser humilhado e a fazer coisas vergonhosas viveu, no seu passado familiar, uma experiência traumática. E a forma de lidar com isso pode ser erotizar essa experiência dolorosa, através da sexualidade, convertendo esse conflito numa fonte de prazer.
Como no filme de Cronenberg, sobre Freud, Jung e a paciente Sabine, que se excitava com a ideia de ser batida...
A base da histeria dela era um pai dominador, que a castigava fisicamente. Ela erotizou essa dor e, já adulta, tinha fantasias de ser batida pelo parceiro sexual, transformando isso numa coisa agradável.
Como se ultrapassa esse conflito, inicialmente erotizado?
Honrar tais fantasias sem reprimi-las é o primeiro passo; concretizá-las com alguém de confiança, para ver até onde nos levam, seguindo-se o processo de cura.
Mas a generalidade dos terapeutas acha que concretizar fantasias é contraproducente e perigoso...
Sim, é verdade. Muitas escolas defendem que este é um método perigoso, que as fantasias devem ser vividas no plano puramente mental, simbólico. Contraponho que, quanto mais silenciosas estiverem, mais tomarão conta de nós. As fantasias não morrem, mas mudam, podem ser transformadas. Se postas em prática, o seu poder diminui, porque pensamos menos nelas.
E pode ficar-se viciado?
Há casos em que isso acontece. Mas é quem reprime o sexo que tem mais propensão para ficar dependente. Agir as fantasias implica superar a vergonha e o medo. Nessa perspetiva, é libertador e reparador.
O que entende por sexo reparador?
Se compreendermos as nossas fantasias e as concretizarmos num ambiente seguro, podemos falar abertamente sobre o assunto com o parceiro, e perceber que o que nos excita baseia-se, quase sempre, num conflito relacional. Só isso pode ser redentor e ajudar-nos a ultrapassar os conflitos em causa.
É esse o prazer inteligente de que fala?
Sim. A sexualidade não é para ser vivida ao acaso. É importante ter consciência do que as experiências sexuais nos evocam, da sua intencionalidade oculta, no plano emocional. Quando estamos profundamente ligados a alguém, expressamo-nos de modo autêntico, da forma como realmente somos, além da dimensão física.
O sadomasoquismo, o swing e o poliamor são práticas recomendáveis?
Começaram por ser movimentos indiferenciados de libertação, numa altura em que o sexo era silenciado. No caso das mulheres, libertaram-nas da vergonha e da culpa, por terem prazer. Hoje, o sexo casual é um direito, também para elas. E os movimentos libertários converteram-se em estilos de vida.
É sustentável viver com alguém sem ter sexo?
Se a escolha do parceiro for feita em função de interesses comuns, como salário, educação, religião e estatuto socioeconómico, pode funcionar - mas nada tem a ver com sexo inteligente. Ele fica em segundo plano, desde o início, e não admira que a situação se torne chata, logo após um ou dois anos de casamento.
E quanto à falta de compatibilidade e diferenças de registo sexual no casal?
Há várias opções possíveis; costumo negociar com os casais qual a via mais adequada. Uns decidem suspender o sexo nas suas vidas. Outros optam por satisfazer as necessidades do(a) parceiro(a), abdicando das próprias. E há os que não concebem nenhuma destas possibilidades e preferem terminar o relacionamento. Por fim, existe quem entenda que a decisão razoável é manter um casamento aberto, com respeito pelo parceiro que escolheu para viver em comum.
A orientação sexual pesa, nestas escolhas?
Sim. Os homens, mais do que as mulheres, têm a vida mais facilitada, porque sempre entenderam a finalidade recreativa do sexo. Até recentemente, se elas faziam o mesmo, eram chamadas prostitutas ou promíscuas. Mas as mais jovens já se sentem com outro à vontade para negociar a sexualidade dentro da relação.
Os assexuais existem, ou trata-se de uma abstração?
Estou convencido de que os europeus são mais descontraídos do que os americanos. Nós sempre vivemos mergulhados numa onda de puritanismo; basta pensar que os EUA foram fundados por peregrinos. Admito que o movimento assexual seja uma reação à visibilidade e aceitação das diferentes expressões da sexualidade - o sexo casual, a homossexualidade, os estilos de vida ditos alternativos. Assiste-se a uma espécie de retrocesso ou movimento oposto, em defesa de valores religiosos.
Como reage ao rótulo "terapeuta das celebridades e que também é gay"?
Não considero que seja problemático, uma vez que, do ponto de vista clínico, até pode representar uma vantagem. Os homossexuais tiveram, desde cedo, de conviver com a falta de aceitação, sem figuras de referência nem mapas orientadores. Tiveram de inventar as suas vidas e sobreviver, dependendo do seu próprio pensamento e da sua criatividade.
Como foi para si - e, já agora, para a sua filha - lidar com a sua saída do armário?
Revelei-me quando ela tinha 13 anos. Lidou precocemente com a ideia de que o pai tinha sexo. Decidi que não queria mais silenciar a minha sexualidade como o fizera antes. Desenvolvemos um diálogo aberto e livre, e, neste livro, em que ela, também terapeuta, participou, até descobrimos coisas novas acerca de cada um.
Quer falar sobre isso?
Temos diferentes pontos de vista, por exemplo, sobre a monogamia. Para mim, é uma escolha, tal como as relações abertas o são. A minha filha atribui mais importância à estabilidade num relacionamento, valorizando a exclusividade conjugal.
Como é viver em família com essas diferenças?
Ela vive em Portland, eu em Nova Iorque. Estamos afastados geograficamente, mas somos próximos e damo-nos muito bem. Em datas importantes, reunimo-nos todos - a minha ex-mulher, o meu neto e os meus antigos namorados, que também fazem parte da família.


Ler mais: http://aeiou.visao.pt/em-defesa-do-sexo-inteligente


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

México carece de sexólogos; estiman que hay cerca de 300

Alertan sobre la presencia de seudoprofesionales en medios electrónicos

Foto
Especialistas afirman que México carece de avances en el tema de la sexología, debido a los prejuicios de la sociedadFoto Jesús Villaseca
Carolina Gómez Mena
Periódico La Jornada
Jueves 20 de octubre de 2011, p. 43
En el país son muy escasos los sexólogos calificados, cálculos conservadores indican que los expertos en la materia son cerca de 300, y de éstos, sólo alrededor de un centenar nos dedicamos a dar terapia, expuso David Barrios Martínez, presidente del comité científico del octavo Congreso Nacional de Educación Sexual y Sexología, que se realizará desde este jueves y hasta el 22 de octubre próximo en Tuxtla Gutiérrez, Chiapas.
En entrevista, el también integrante del Consejo de Calificación Profesional en Educación Sexual y Sexología (Capsex) lamentó que haya tan pocos especialistas en México, pero destacó que pese a esto, en todas las ramas de la disciplina –educación, divulgación, investigación y terapia– son muy reconocidos.
En el caso específico de la sexología clínica, dijo que el nivel de conocimientos y aptitudes de los terapeutas es muy alto, reconocido internacionalmente; aunque somos pocos, es en esta área en donde está el principal déficit.
El también presidente de la organización Caleidoscopía, reconoció que hay seudosexólogos, sobre todo en medios electrónicos, por ello la importancia de insistir en la profesionalización.
Con esto coincidió Luis Perelman Javnozon, presidente de la Federación Mexicana de Educación Sexual y Sexología (Femmess), quien manifestó: nos preocupa mucho la profesionalización, pues hay quien se dedica a estas labores como entretenimiento o a nivel de afición
Barrios Martínez advirtió que hay charlatanes o personas con insuficiente preparación que se ostentan como sexólogos, y a algunos los puedes ver en la televisión haciendo informerciales, otros haciendo comentarios fuera de tono, quizás algunos lo hacen de buena voluntad, pero con pocos conocimientos, y entonces desprestigian al gremio, porque la imagen que brindan es de personas insuficientemente calificadas, muy dadas a la mitificación y llenas de estereotipos y conceptos erróneos.
La mayoría de los especialistas cuentan con una carrera profesional, son médicos o sicólogos y han cursado posgrados en sexología reconocidos por la Secretaría de Educación, universidades y el Capsex. Esta última es una evaluación rigurosa entre pares, sin trámites burocráticos en alguna oficina administrativa o una dependencia, indicó Barrios.

Apuntó que a fin de que el paciente tenga la certeza de que está en manos profesionales debe confirmar que el sexólogo pertenece a la Femess o que está certificado en el Capsex o en alguna institución reconocida”.

Ambos indicaron que aunque en el país hay posgrados en sexología, la licenciatura no existe –a diferencia de lo que ocurre en la Universidad de Lovaina, Bélgica, que ofrece dicha carrera–. Perelman consideró: tenemos que hacer la sexología tan natural como cualquier otra carrera, hay cursos con temas en la materia, por ejemplo en las universidades Iberoamericana, de Guadalajara y en la Nacional Auntónoma de México, en donde no es obligatorio para la carrera de medicina, sino optativa.

Perelman expuso que en México debería haber especialistas calificados en todas las escuelas y clínicas de salud, pero estamos lejos de eso, nos falta mucho, así como establecer políticas públicas que permitan ejercer una sexualidad saludable, pero no se avanza, porque aunque tenemos conocimiento e investigación, nuestras actitudes están permeadas por prejuicios; se requiere educación.
http://www.jornada.unam.mx/2011/10/20/sociedad/043n1soc

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Depois da descoberta do Viagra, o que ainda falta para eles?

Depois da descoberta do Viagra, o que ainda falta para eles?
O urologista americano Arthur Burnett faz um balanço dos 13 anos da pílula azul e fala sobre os novos desafios da medicina
Júlia Reis, iG São Paulo | 27/08/2011 07:50
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Burnett: "Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno"
Enquanto as mulheres enfrentam dificuldades para sentir desejo ou atingir o orgasmo, o problema sexual que mais aflige os homens é a disfunção erétil. No caso deles a solução está, em parte, dentro de um comprimido: o Viagra. O remédio completa 13 anos de mercado ao lado de outras pílulas que também prometem potência na cama. Mas a sexualidade masculina pode ser mais complexa do que se imagina, diz o urologista americano Arthur Burnett, do hospital Johns Hopkins. Ele afirma que os homens também colecionam causas psicológicas para a dificuldade de desempenho e que é preciso compreender o homem moderno além de prescrever receitas.

Em entrevista ao iG, Burnett fala sobre sexualidade e reflete a respeito dos medicamentos para ereção como uma questão mais ampla, que envolve as duas partes do casal. O profissional comenta ainda a dificuldade em tratar a falta de libido nas mulheres – o que elas farão com homens tão potentes?

iG: O Viagra está há mais de uma década no mercado. Fazendo um balanço, qual a grande contribuição do remédio para a sexualidade dos casais e qual o próximo passo que podemos esperar?
Arthur Burnett: O grande fenômeno foi poder tratar de forma efetiva o problema de disfunção com um remédio via oral. Há 20 anos não pensávamos nisso: eram tratamentos com ervas que não sabíamos se funcionavam ou cirurgias e próteses. Avançamos nos estudos para entender a ereção e, nesse caminho, outros aspetos ganharam mais atenção. Mas não curamos o problema da ereção de maneira sustentável, ainda falamos de um remédio que você tem que tomar regularmente para funcionar.

iG: Existem causas orgânicas que dificultam a ereção de um homem. Mas, assim como ocorre com as mulheres, outros fatores os perturbam psicologicamente e alteram o desempenho na cama?
Arthur Burnett: Estamos acostumados a separar as causas físicas das emocionais. Listamos condições médicas, como diabetes e problemas de coração, e colocamos ao lado as questões emocionais, como a ansiedade de performance e crises na relação amorosa. Mas a ereção é uma resposta complexa do corpo e tem ainda a interação do cérebro. Em muitos homens o problema está na mistura dos fatores, é complexo.

“ Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres.
iG: Então podemos dizer que a sexualidade masculina é complexa como a feminina, e não baseada só no pênis como diz o senso comum?
Arthur Burnett: No senso comum usamos a imagem do computador para explicar como consertar a disfunção sexual em cada gênero: a do homem é resumida em um botão e a da mulher em muitos botões complicados... Mas a verdade está no meio do caminho. Os problemas masculinos têm outras variáveis como ansiedade e orientação sexual. Alguns pacientes querem a prescrição do remédio para conseguir a ereção e também desejam tratar essas questões, então eu os encaminho para psicoterapeutas.

Devemos mudar nossa forma de pensar. Não dá para dizer ao paciente ‘olha, você já tem uma ereção, já tem o Viagra, pode ir embora do consultório’. Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno. Além disso, as pessoas podem responder melhor ao remédio se melhorarem o estilo de vida.

Ainda não existe solução semelhante ao Viagra para as mulheres
iG: Pensando na realidade dos casais, o Viagra melhorou muito a situação para os homens. Mas como o remédio mudou o sexo para as mulheres? Agora elas têm parceiros que podem estar sempre potentes, mas isso não garante que estejam satisfeitas sexualmente.
Arthur Burnett: Tivemos que reconhecer que a atividade sexual trata de duas pessoas funcionando juntas, e isso chamou a atenção para a questão feminina também. Hoje temos mais compreensão que a sexualidade é uma questão do casal. E uma falta de lubrificação da mulher, por exemplo, mostra que o problema está na dinâmica dos dois.

iG: O Viagra deve ter estimulado homens com problemas de ereção a procurar ajuda médica. Mas mesmo assim será que eles ainda demoram muito para assumir que o problema está em si? Primeiro culpam o casamento, a rotina, o estresse...
Arthur Burnett: Sim. Com o remédio existe uma forma de lidar com o problema de forma efetiva. Antes o médico não gostava nem de entrar na discussão porque não tinha uma resposta para a condição do paciente. Agora ele tem. Mas é muito possível que homens ainda demorem a assumir. Eles são teimosos e tendem a culpar o entorno, é parte da natureza masculina.

iG: Homens ainda têm vergonha de contar para a parceira que tomam remédio para garantir a ereção?
Arthur Burnett: Sim, muitos tomam escondido. É difícil para eles. Por outro lado alguns querem tomar para se exibir, baseados no mito que ficarão por horas com uma ereção. Nem sempre é o casal que vem ao consultório.

iG: Há alguns anos é estudada uma versão feminina do Viagra, mas nada foi aprovado. Porque as soluções para as mulheres são mais difíceis?
Arthur Burnett: Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres. Nelas o problema dominante é na libido e isso envolve hormônios e outros aspectos. Elas podem até ter mais lubrificação com remédio, mas isso não resolve a libido. Urologistas e ginecologistas nem querem tratar de assuntos da sexualidade feminina porque não têm muito que oferecer. Esse é o desafio.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Júlio Machado Vaz: “Há sexo a mais e erotismo a menos”

Júlio Machado Vaz: “Há sexo a mais e erotismo a menos”
O psiquiatra e sexólogo comenta assim os excessos da televisão portuguesa. Pioneiro a falar de sexo sem rodeios, na TV e nos média, acha que as portuguesas são menos exigentes na cama
• 31 Julho 2011
• teste americano
Por:Por José Carlos Marqies
Nasceu no porto, em 1949, e continua a viver na invicta, onde tem consultório e dá aulas em diferentes faculdades. Foi um estágio na suíça que o levou a estudar sexologia. Filho de um médico e da actriz e cantora Maria clara, é bisneto do presidente da república Bernardino Machado. Tem dois filhos.
Em 2006, apoquentado com uma grave doença, escreveu a autobiografia ‘Tempo dos espelhos’. Vencida a enfermidade, continua, como sempre, a falar de sexualidade na rádio e nos jornais. Tem vários livros publicados sobre a mais velha actividade da humanidade, mas também já se aventurou a escrever romances.
Lançou, em Maio, o livro ‘Aqui entre Nós’, que reúne alguns textos do blogue murcon.blogspot.com. Aos 61 anos, mantém uma rubrica radiofónica na Antena 1. Vive no Porto, mas é na aldeia de Cantelães, perto de Vieira do Minho, que encontra a paz de espírito e recarrega energias.
A resposta escolhida surge a sublinhado
- Escolheu especializar-se em sexologia porque...
a) Estranhava que em Portugal não se falasse de sexo
b) Percebi que muitas das patologias diagnosticadas podiam ter uma explicação diferente do que se admitia
c) Porque me fascinam os mitos que se constroem acerca de uma função tão básica do ser humano.
d) Outra hipótese: Num estágio na Suíca, aos vinte e tal anos, tropecei numa consulta de sexologia e gostei, no curso de medicina nem palavra sobre o tema!
- Um estudo europeu diz que as portuguesas são as mais satisfeitas com a vida sexual. Isso é sinal de que:
a) As portuguesas mentem mais do que as outras
b) Houve, de facto, uma revolução sexual no país após a revolução de Abril
c) Em tempo de crise, valem os prazeres mundanos.
d) Outra hipótese: serão menos exigentes e mais optimistas?
- É bisneto de Bernardino Machado, Presidente da República . Mas nunca se meteu na política porque...
a) Vivo numa época diferente e prefiro contribuir de outra forma para a sociedade
b) Não vejo ninguém com o estofo da geração do meu avô
c) Um psiquiatra na política corre o risco de querer internar demasiada gente
- Escreveu no seu blogue sobre as últimas eleições: "Eu votei útil para mim mesmo, ou seja, em consciência – branco". Fê-lo porque...
a) O governo de José Sócrates mostrou não ser capaz, mas não havia melhor
b) Temi e temo ainda o que a direita vai fazer com um país arruinado
c) Já nenhum político me convence de coisa alguma
- Assume-se como um hipocondríaco. Que doenças reconhece mais facilmente nos portugueses?
a) A inveja e a maledicência
b) Desconfiança permanente e pessimismo
c) O desenrascanço por falta de planeamento
- Escreveu a sua autobiografia quando pensava que podia morrer. Quando se escapa de um susto desses percebe-se que...
a) Ainda há muito para fazer
b) Viver a mil à hora faz-nos perder a noção daqueles a quem devemos dar tempo
c) Tenho orgulho daquilo que fiz e sou
- Nasceu e vive no Porto, mas é do Benfica. Uma contradição que se explica...
a) Pelos feitos dos encarnados na Europa quando eu era miúdo
b) Por influência da família, que me incutiu esta paixão
c) Porque a rebeldia da juventude me levou a ser do contra
- É pai e avô. O que mais o preocupa quanto ao futuro da sua descendência?
a) Que tenham de viver num país mais pobre
b) que não tenham emprego nas áreas em que estudaram
c) Que se deixem acomodar e não lutem por aquilo em que acreditam
- Foi pioneiro a falar de sexo em televisão. Quando liga a TV agora conclui que...
a) Há demasiado sexo na TV
b) A ficção percebeu que o sexo faz parte da vida.
c) Gostava que fôssemos ainda mais atrevidos
d) Há sexo a mais e erotismo a menos
- Que figura portuguesa gostaria de ter no divã do seu consultório?
a) Afonso Henriques a falar da sua inversão do complexo de Édipo
b) D. Sebastião a explicar a mania das grandezas
c) Salazar sobre a aversão ao mundo além fronteiras
d) Outra hipótese: Durão Barroso e a arte da fuga
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/julio-machado-vaz-ha-sexo-a-mais-e-erotismo-a-menos

domingo, 31 de julho de 2011

‘Quando o assunto é sexo todo mundo mente muito’

30/07/2011 22:30
‘Quando o assunto é sexo todo mundo mente muito’
O professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto e um dos nomes mais conceituados nas áreas da psiquiatria e sexologia da cidade, Sérgio Almeida fala como os estressantes dias de hoje afetam o corpo e a alma das pessoas



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Agência BOM DIA

O sabatinado Sérgio Almeida e os membros do Conselho de Leitores durante entrevista no BOM DIA
Luciano Moura
Maria Elena Covre
Agência BOM DIA

Se para muitas pessoas falar sobre sexo ainda é tabu, para o psiquiatra e sexólogo Sérgio Almeida é como falar do tempo ou de um jogo de futebol. Sérgio fez medicina na UFG (Universidade Federal de Goiás), psiquiatria na Universidade Complutense de Madri e curso de sexologia na Sedes-Sapiens, orgão ligado à PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

Ele atende no consultório particular, dá aulas e trabalha no Departamento de Urologia da Famerp (Faculdade de Medicina e Enfermagem de Rio Preto). Sem papas na língua, rasgou o verbo ao responder às dúvidas, principalmente sobre sexo, que “rondam” as mentes dos membros do Conselho de Leitores do BOM DIA. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Cleuza Idalgo - O senhor acha que o mundo de hoje, tão louco e conturbado, está fazendo as pessoas ficarem mais broxas?
Acho que sim. Temos que dividir problemas, pois homens e mulheres não são atingidos da mesma maneira. A sexualidade do homem sofre mais com as crises do que a da mulher, porque ele dá mais valor ao sexo. O homem é susceptível a dinheiro, perda de emprego, ansiedade no trabalho e disputa pelo poder. Esses fatores já não influenciam tanto a mulher. A parte sexual da mulher é influenciada por como ela se dá com o parceiro, ou seja, o relacionamento afetivo existente entre ambos. Por mais que as mulheres se modernizem, ainda existe essa relação de afetividade e sexo. Devido a isso, para o homem, dar um rapidinha por aí é algo normal. Muitas mulheres fazem também, mas não é normal na cabeça feminina. Graças a Deus temos remédios que deram uma aliviada.

Marco Antonio Vanzeli - Por que o número de pessoas à procura de atendimento psiquiátrico tem aumentado ?
Se compararmos hoje com 10 anos atrás, o número de procura triplicou ou até quadriplicou nos consultórios. A minha faixa dentro da psquiatria é basicamente ansiedade e depressão. Não vence tratar. A pressão sofrida pelas pessoas, principalmente as lutas por emprego, faz com que a ansiedade aumente. Muitas pessoas possuem tendência de depressão e isso vai se agravando. Novos antidepressivos vão surgindo a cada dia, devido ao número alto de vendas.

Davi Augusto Leme - O jovem está sofrendo pressão dos amigos para fazer sexo mais cedo?
Sim, mas acho que as mulheres estão começando mais cedo e os homens, não. O adolescente não pode contar que com certa idade é virgem ainda, pois vira motivo de zoação. Mesmo os que zoam não têm experiência, já que o sexo em qualquer idade é hipervalorizado, muito mais do que deveria ser. A pressão sofrida é dele mesmo. Sexo é como conversa de pescador: as pessoas mentem pra caramba, exageram demais nas histórias.

Erina Ferreira - Quanto tempo um casal de adolescentes consegue esperar para fazer sexo?
Depende. Há pessoas que fazem um pacto de casar virgens e outros que vão para cama dois dias depois de ter se conhecido. Não tem um padrão. Entretanto, sexo no primeiro dia é pouco discutido com as mulheres, porque mulher que vai para cama com um homem no primeiro dia é apontada como biscate, não? Existe ainda esse preconceito de ser intitulada de mulher fácil, ou seja, caiu o tabu da virgindade e entrou outro, o da promiscuidade.

Willian Gustavo Batista - O que determina a preferência sexual de uma pessoa: as características do seu corpo, da sua mente ou as suas experiências?
É uma questão de orientação sexual, de como a pessoa se vê e como se sente. A identidade sexual se fecha aos três anos de idade. Então, nessa idade, vai estabelecer a heterossexualidade, bissexualidade, a homossexualidade e todas as suas variações. Ela pode aflorar em qualquer época: adolescência, fase adulta ou aos 50 anos. Ninguém vira nada (no caso do homossexual). A pessoa já nasce. Como também não existe ex-gay ou ex-drogado. Existe drogado que não está se drogando e existe gay que tem um comportamento reprimido ou controlado, podendo resultar em série de doenças, inclusive.

Gilberto Scandiuzzi - O que encaminhou o senhor para essa área do comportamento sexual ?
Quando me formei em medicina, resolvi ser psiquiatra. Agora sexualidade não se aprende na faculdade de medicina. No curso de formação psiquiátrica, muito pouco. Então comecei a trabalhar e percebi que a maioria dos paciente tinha problemas sexuais e não sabia como ajudá-los. Resolvi fazer sexologia e vi ser uma área super interessante. É muito mais interessante falar de sexo do que esquizofrenia.

José Carlos Sé - Quais os tipos de tratamento para o homem sobre disfunção erétil e ejaculação precoce? E no caso das mulheres, sobre falta de desejo e falta de orgasmo?
Se algum paciente chega com queixa de disfunção erétil ou ejaculação precoce, primeiro encaminho para um urologista para saber se existe um problema orgânico, já que 60% são problemas psicólogos e o restante físico. Depois disso, faço uma avaliação baseada na masturbação. Em seguida, proponho tratamento, geralmente na base de exercícios e, se houver necessidade, medicação. Quanto às mulheres, 25% não têm orgasmo, mas existe tratamento, mesmo que não tenha 100% de sucesso. Geralmente a falta de orgasmo requer uma terapia a longo prazo. Já as que têm orgasmo devem saber que o clitóris dá prazer e não a vagina. Isso a maioria dos homens desconhece, a mulher também. Nesse caso tem de orientar posições para que o clitóris seja manipulado, como exemplo, a posição em que a mulher fica por cima do parceiro, a ajuda a ficar com as mãos livres para masturbar-se. Por isso, ela tem de saber a se masturbar para depois usar isso durante a relação. Tenho uma paciente que chega a ter 25 orgasmos por relação. São orgasmos clitorianos. Sobre a falta de desejo nas mulheres, geralmente está ligada a problemas de relacionamento.

Edilberto Imbernom - E quando a pessoa, depois de adulta [até mesmo casada], resolve sair do armário?
Como já disse, ninguém vira nada. O que deve ter acontecido é que aos 45 anos, por exemplo, a pessoa não deve ter aguentado a barra ou encontrou uma pessoa especial para sair do armário. Nesse caso, entra todo o problema da família, porque cada um pensa de um jeito. Contudo, a reação vai variar de família para família. Umas acabam até aceitando razoavelmente. Isso tem a ver com o passado, como era o relacionamento desses pais com esses filhos. A mulher vai se sentir altamente traída. Geralmente as filhas aceitam melhor. É bem complexo e ainda mais difícil quando a pessoa resolve fazer uma cirurgia de mudança de sexo.

Doraci de Oliveira - A pessoa que faz troca de sexo precisa de um apoio psicológico depois?
Sim ela precisa. Porém muitas não voltam. Aconselho que elas façam tratamentos psiquiátricos e psicológicos pelo menos por dois anos. Acho até melhor fazer com pessoas que não participaram da equipe que fez a cirurgia, para a pessoa não lembrar do passado.

Maria Elena Covre - Por que o homem se incomoda tanto com o tamanho do pênis?
Isso corre paralelo ao mito de que quanto maior o tamanho, maior é o prazer proporcionado. Nada a ver uma coisa com a outra. Muitos homens têm essa mentalidade. Para muitos, o pênis representa simbolicamente o poder. Isso mexe com a cabeça do homem demais. A média brasileira varia entre 14,5 e 16 centímetros, mas todos querem se basear em atores de filmes pornô. Todo homem olha o pênis do outro, quando tem oportunidade, mas sempre vão negar.

Maria Elena Covre - De perto, ninguém é normal, como diz Caetano?
Essa frase é perfeita. Tem até livro sobre isso. E especialmente quando se trata de sexo, todo mundo tem alguma coisinha anormal.
http://www.redebomdia.com.br/noticias/dia-a-dia/62233/professor+de+medicina+sergio+almeida+fala+com+o+bom+dia+sobre+sexo+e+psiquiatria

terça-feira, 12 de julho de 2011

No es lo mismo eyacular y tener un orgasmo: sexólogo

No es lo mismo eyacular y tener un orgasmo: sexólogo

Leonardo Bastida Aguilar (notiese.org)
07-Julio-2011
Disfunciones sexuales impiden a varones tener una vida sexual plena, dice David Barrios

México DF.- Alrededor de 70 por ciento de los hombres atendidos en Caleidoscopía, Espacio de Cultura, Terapia y Salud Sexual, padecen alguna disfunción sexual, ya sea eyaculación precoz o disfunción eréctil, que les impide tener una vida sexual plena, señaló en entrevista David Barrios Martínez.

Al explicar que eyacular y tener un orgasmo no son lo mismo, el sexólogo indicó que para que un hombre tenga un orgasmo debe tener una sensación subjetiva de placer y una respuesta fisiológica manifestada a través contracciones involuntarias, donde todos los músculos, sobretodo del abdomen, se contraen. En contraste, mencionó, la eyaculación sólo es la expulsión del líquido seminal a través de la uretra.

Refirió que hay varones que eyaculan, pero no alcanzan niveles de placer a pesar de sentir contracciones, debido a que estas sólo tienen la función de contribuir a la expulsión del semen, pero no de dar placer, por lo cual, eyaculan de manera precoz o son anorgásmicos.

Al respecto, el también director de Caleidoscopía señaló que es común que las personas asocien a la eyaculación precoz con una excitación rápida, pero la realidad es que quienes la padecen son varones que no controlan su eyaculación, y por tanto, no obtienen placer durante su encuentro sexual.

En charla con esta agencia, Barrios Martínez añadió que, por otra parte, hay hombres que pueden controlar el reflejo eyaculatorio y disfrutar de uno o más orgasmos antes de eyacular, por lo cual, son multiorgásmicos.

Comentó que el mayor problema sobre la eyaculación precoz es cultural, debido a que “se nos enseña” a tener una sexualidad clandestina y acelerada, en la que la masturbación y los encuentros sexuales son rápidos y provocan un condicionamiento en el reflejo eyaculatorio que se “acostumbra” a tener una pronta respuesta sexual.

Sobre la atención médica, el sexólogo dijo que es necesario combinar los tratamientos médicos basados en fármacos como la dapoxetina, con una terapia sexual integral acompañada de ejercicios eróticos y sexuales encaminados a reestructurar el erotismo de los varones, sin importar su preferencia sexual “porque están acostumbrados a encuentros sexuales veloces, y no tienen la capacidad de brindarse eróticamente a un ritmo más pausado”.

“Los hombres estamos mentalizados para la eficiencia técnica, con la idea de 'la meto, eyaculo y se acabo'. Se necesitan encuentros más amplios, más cálidos”, concluyó el especialista en terapia sexual para adultos.

Sexólogo distribui camisinhas no Vaticano

Sexólogo distribui camisinhas no Vaticano

21/4/2005 17:02, Redação com agências internacionais

O sexólogo romano, Giusseppe Cirillo, distribuiu preservativos, nesta quinta-feira, próximoà Basílica de São Pedro, coração da Igreja Católica, que se opõe radicalmente ao uso da camisinha. Cirillo ofereceu os preservativos aos turistas, peregrinos e até a sacerdotes, desafinado o Vaticano a mudar de atitude frente à sexualidade.

- A Igreja Católica deveria ver o preservativo como um medicamento, mas o declarou contrário em sua lei. Usar preservativo significa salvar vidas – disse o sexólogo.

Vestido com uma roupa à qual costurou camisinhas e imagens do chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, e do presidente americano, George W. Bush, Cirillo oferecia preservativos a centenas de visitantes.

A maioria das pessoas os aceitava, achando engraçado, mas algumas recusavam os preservativos, ao comprovarem do que se tratava. Policiais vigiavam o sexólogo para que ele não se dirijisse à Praça de São Pedro ou ao interior da Basílica.

Cirillo já distribuiu preservativos em países como Tailândia e Filipinas, e em nações africanas onde a Igreja impede seu uso. Eles são fabricados nos Estados Unidos e embalados em Milão, com certificados sanitários.

- Distribuí 240 mil preservativos nos últimos meses – afirma o sexólogo.

- Todos somos cristãos, todos acreditamos em Deus e queremos salvar vidas. Acho que iremos travar uma batalha muito dura contra Bento XVI, que será igual ou mais conservador que João Paulo II neste sentido – previu.

http://correiodobrasil.com.br/sexologo-distribui-camisinhas-no-vaticano/85692/

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Los sexólogos, contra la moral que se impone en colegios de Valencia

Los sexólogos, contra la moral que se impone en colegios de Valencia
N. CABALLER - Valencia - 24/01/2011
El cambio de modelo del Plan Integral de Salud Sexual (PIES) de la Generalitat para 2011 en los centros escolares permite que los colegios, especialmente los concertados y religiosos, recurran a manuales "no científicos" como el del Instituto Valenciano de Fertilidad (Ivaf) que sigue las directrices morales del Opus Dei y la Iglesia católica en cuestiones como "la promoción de la continencia" y "la virtud de la castidad", según denunció ayer la Federación Española de Sociedades de Sexología (FESS).
"La FESS es contraria a la educación moral en sexualidad que se quiere imponer en Valencia", afirmó su presidenta Miren Larrazábal. En este momento, añadió, "se corre el riesgo de que la educación sexual sea instrumentalizada política o religiosamente".
Larrazábal advirtió de que la federación "ha detectado que en muchos colegios católicos valencianos han decidido impartir el material didáctico que ofrece el Ivaf, de fuertes componentes religiosos".
Esto es contrario a los derechos contenidos en la Declaración del Congreso de Sexología de 1997 que consagra que "todas las personas tienen derecho a lo largo de su ciclo vital a una educación sexual científica adecuada a su edad". "La información sesgada crea ignorancia y ésta es peligrosa", concluye la FESS.
La Generalitat valenciana ordenó en julio la "suspensión temporal" de los PIES en los institutos tras las presiones recibidas de grupos ultracatólicos dirigidas a sesgar los contenidos sanitarios (prevención de sida y de infecciones por contacto sexual, legislación sobre aborto, etcétera) para reforzar los contenidos morales relativos a la "protección de la vida" y del concepto de "familia cristiana".
http://www.elpais.com/articulo/Comunidad/Valenciana/sexologos/moral/impone/colegios/Valencia/elpepiespval/20110124elpval_8/Tes

terça-feira, 24 de maio de 2011

MINIENTREVISTA PSICÓLOGO DA SOC. BRASILEIRA PARA ESTUDOS DA SEXUALIDADE


Domingo, 22 abril de 2007
Oswaldo m. Rodrigues jr.
MINIENTREVISTA PSICÓLOGO DA SOC. BRASILEIRA PARA ESTUDOS DA SEXUALIDADE
Como se explica a insatisfação sexual do brasileiro se ele aparece entre os povos mais ativos sexualmente?
Somos orgulhosos de ser uma nação sexualizada. Crescemos com esse discurso, ouvindo a professora dizer que este País nasceu sendo habitado por ingênuos indígenas que andavam sem roupa o dia todo. E lembre que ela dizia isso com muito orgulho! Na Europa a América foi muito associada à idéia de paraíso. Basta lembrar que, há pouco tempo, uma pesquisa mostrou que os estrangeiros viam o Brasil como um dos lugares onde era mais fácil conseguir uma relação sexual. Para a população, contudo, a vida sexual é quase um medidor de status, algo usado para contar vantagem. Sendo assim, a quantidade passa a valer mais do que a qualidade, o que ajuda a explicar essa insatisfação. No meu consultório, atendo gente que sente vergonha até em comprar livros sobre o sexo para melhorar o desempenho. Quando vai folhear a obra, fica olhando para os lados para ver se há alguém por perto.
O Brasil tem maioria católica e a Igreja, por sua vez, condena todo sexo que não se destine à procriação. Isso explica as dificuldades em abordar o assunto?
São duas questões. Uma delas se refere à falta de educação para os componentes emocionais do sexo. O diretor da escola não quer meninas grávidas, nem alunos doentes. Mas pouca gente se dedica à educação emocional dos adolescentes. A pesquisa em questão mostrou que a satisfação sexual não está atrelada, por exemplo, à estética do parceiro. Falta afetividade. No posto de saúde, encontra-se camisinha, mas ninguém diz o que fazer para melhorar a vida sexual. A segunda questão envolve a saúde física. Necessárias discussões em torno da aids e DSTs fizeram com que o prazer a satisfação ficassem em segundo plano.
http://txt.jt.com.br/suplementos/catv/2007/04/22/catv-1.94.1.20070422.17.1.xml

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pioneiro dos sex shops na China comemora 18 anos de seu projeto

Pioneiro dos sex shops na China comemora 18 anos de seu projeto
Pequim (China) - Ele foi pioneiro ao abrir, há 18 anos, um "sex shop" na China, mas apesar dos grandes obstáculos que precisou superar para completar seu sonho, Wen Jingfeng, de 53 anos, vê com modéstia seu trabalho, garantindo em entrevista que não se considera um herói.

Ao lembrar e relembrar os dias anteriores à abertura do estabelecimento, motivo de grande polêmica em 1993, Wen garantiu que a mentalidade chinesa da época não tinha nada a ver com a atual.

"Naquela época a mentalidade era muito mais conservadora. Se olharmos as notícias que foram publicadas, podemos ver a realidade de um país muito fechado. Quando abrimos recebemos muitos meios de comunicação e curiosos por vários dias", apontou Wen.

A abertura do "Centro de Saúde Adão e Eva", que significou a derrota dos tabus que impediam os chineses de falar e até pensar na possibilidade de usar produtos sexuais, respondeu ao espírito de reforma que o gigante asiático iniciou em 1978, que até liberou um pouco mais os termos amorosos em seu idioma.

Segundo Wen, o apoio do Governo foi "crucial" para poder abrir o local, já que, sem essa ajuda "nunca teria conseguido dar um passo tão importante".

A China tradicional, que não costumava falar de sexo, recebeu seu primeiro "sex shop" com bastante curiosidade, mas também com críticas e desqualificações que chegaram a tachar o local de "loja pornográfica, para prostitutas e doentes mentais".

Para Wen Jingfeng não foi só difícil conseguir alugar um local para abrir sua loja, mas também precisou esperar várias semanas para que seus produtos fossem corretamente classificados dentro da categoria de saúde e para que o primeiro cliente procurasse a loja.

Hoje são milhares os "sex shops" na China. No entanto, como bem explica o especialista em sexologia Ma Xiaonian, a mentalidade chinesa com relação ao sexo ainda não amadureceu e as pessoas continuam pensando que muitos dos problemas matrimoniais que surgem por insatisfação sexual são causados pela falta de amor.

A este respeito, Wen também se referiu, garantindo que seus artigos podem "ajudar em grande medida os casais" e terminar com "problemas conjugais quanto às relações sexuais".

Segundo o médico Ma, as mulheres são as que, em geral, mais precisam utilizar os produtos sexuais, já que os homens "são mais criativos e têm maior capacidade de se satisfazer sexualmente".

As mulheres, portanto, são as que deveriam comparecer mais ao "sex shop", mas a timidez e a falta de conhecimento impedem que isso aconteça, assinala Ma.

No caso dos homens, assinala, o principal problema é a tendência de não usar preservativos (para ter uma melhor sensação na hora das relações), uma das principais razões pelas quais o percentual de pacientes com aids contaminados por via sexual aumentou na China.

Além disso, Ma declarou à Efe que a falta de educação sexual nos estudantes de ensino médio é algo que deveria melhorar se o Governo chinês quer alcançar harmonia na sociedade.

Harmonia que começa, segundo ele, na família e nas relações conjugais, cujo equilíbrio, muitas vezes, "se consegue manter graças ao apoio dos produtos sexuais".

Sobre a importância da educação e o futuro o dono do "Centro de Saúde Adão e Eva" também falou, afirmando que, hoje em dia, "o mercado é melhor do que antigamente, já que existe mais oferta e qualidade", ao mesmo tempo em que almeja que em breve "todos vejam o sexo como algo normal".

As informações são da EFE
http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2011/2/pioneiro_dos_sex_shops_na_china_comemora_18_anos_de_seu_projeto_145996.html