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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Uma abordagem cuidadosa, mas sem traumas


A sexualidade em pessoas com deficiência intelectual deve deixar de ser tabu e alvo de preconceitos para melhora da qualidade de vida

Por Lucas Vasques / Fotos Divulgação


Uma conquista familiar à custa de muito trabalho e bom senso, que tem por objetivo a construção da identidade do filho. Desta forma, o psicoterapeuta e educador Fabiano Puhlmann Di Girolamo resume o caminho que os pais de pessoas com deficiência intelectual precisam percorrer quando o assunto é a sexualidade dos filhos.
O médico, que também é especialista em Sexualidade, Integração Social e Psicologia Hospitalar de Reabilitação, explica que não há uma receita para se tratar o tema polêmico. “O desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual é muito variável. Não há um padrão, pois existem casos em que o paciente tem grande autonomia, sem problemas físicos, como disfunções sexuais ou orgânicas, e outros que se apresentam apenas com dificuldade de ansiedade, além de um terceiro tipo, com limitações múltiplas.”
Fabiano conta que o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa com deficiência intelectual se submeta à terapia sexual. “Tudo com o objetivo de facilitar sua transição da fase de adolescente para adulto, com noções teóricas em relação ao seu corpo e como lidar com essas novas emoções e reações físicas. Afinal, dependendo do grau de limitação, a pessoa nem sempre sabe conduzir sozinha a questão. Por isso, é importante esse cuidado desde pequeno.”
Um fator importante que deve ser obervado, primeiramente, é como a família se porta em relação ao assunto. “É necessário verificar em que estágio se encontra a sexualidade dos pais, de modo geral, como eles tratam do tema com os outros filhos, caso tenham, e como enxergam isso em relação à deficiência”, revela.
Esse processo de acompanhamento do despertar para a sexualidade do filho, geralmente, segundo o médico, recai sobre as mães.

Para Fabiano Puhlmann, o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa se submeta à terapia sexual

Fabiano Puhlmann alerta que a repressão, isoladamente, pode trazer graves consequênciase
“Os pais costumam ficar fora disso. E é difícil para a mulher. Por isso, se torna tão importante a ajuda terapêutica especializada.”
Outra barreira a ser transposta se refere ao preconceito e ao tabu que o assunto sempre despertou. “Os pais e cuidadores, de maneira geral, precisam aprender a lidar com essa transição de forma tranquila, para identificar e transmitir limites nas manifestações sexuais dos filhos. Afinal de contas, nem sempre eles têm discernimento para não empreender determinadas práticas em público, por exemplo, ou agir de forma equivocada.”
A repressão, isoladamente, pode trazer graves consequências. “Por conta do preconceito e da dificuldade em lidar com tabus, os pais, muitas vezes, simplesmente reprimem as primeiras manifestações sexuais dos filhos, sem maiores explicações, inclusive de maneira agressiva. Essa forma de atuação faz com que o filho represe a energia e perca criatividade e espontaneidade, que vêm com essa energia, além de se tornar uma pessoa ansiosa e com tendência ao isolamento. A repressão, em si, gera patologias e faz com que a pessoa reproduza essa ação no futuro ou adquira um comportamento sexual marginal, como pedofilia e outras distorções.”
Fabiano volta a frisar a importância da orientação correta, também nos casos inversos à repressão exagerada. “Em geral, os adolescentes com deficiência intelectual não têm percepção do preconceito, não conseguem compreender as mudanças que estão ocorrendo com eles mesmos”. Seguem seus instintos. “Por isso, via de regra, eles beijam todas as pessoas, demonstram carinho exageradamente e podem, inclusive, se expor publicamente.” Por isso, os familiares precisam ser firmes, mas com segurança e bom senso.
Nos casos de relacionamento duradouro, o médico defende a autonomia dos filhos com deficiência intelectual, desde que o grau de limitação permita. Nas situações em que a evolução seja significativa e o namoro acabe em casamento, como ocorre em muitas oportunidades, a estratégia deve ser muito bem pensada.
“Além da orientação para prevenção de gravidez indesejável, é necessário se preocupar com outros fatores. O dia a dia de uma união não se resume somente à convivência afetiva e sexual. Há a necessidade de se administrar a questão financeira, por exemplo. Esses quadros exigem a participação efetiva dos pais, ao contrário dos casamentos convencionais”, conta Fabiano.
DesafioLuciana N. Carvalho, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência, em Belo Horizonte, Minas Gerais, afirma que a coragem de enfrentar o tema da sexualidade para as pessoas com transtornos intelectuais, de maneira geral, e não apenas para os pacientes com essas limitações, se torna um desafio para os pais quando o interesse pelo outro sexo e as mudanças corporais começam a desabrochar.
“Em relação, especificamente, aos adolescentes com deficiência cognitiva, soma-se a vulnerabilidade da falta de compreensão ao que está ocorrendo e a fragilidade de defesa em uma sociedade extremamente violenta. Os pais devem ser alertados pelos profissionais que cuidam de seus filhos ao risco que estes estão submetidos de uma possível agressão e ao assédio sexual. As meninas, muitas vezes, apresentam um corpo de mulher, mas a idade mental está abaixo de 10 anos. Aos pais, recomendamos uma boa opção por escolas e locais que não deixam os adolescentes sozinhos, além da confiança também em relação aos cuidadores escolhidos.”

Luciana Carvalho: “O tabu e o preconceito sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade”
O tabu e o preconceito também são abordados pela médica. “Ambos sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade, principalmente, se for com crianças e adolescentes com deficiência, vítimas recorrentes da exclusão em nossa sociedade”, relata Luciana.
Para Luciana Carvalho, a abordagem da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais
Para ela, a menstruação é um incômodo permanente e, muitas vezes, se torna um fator de piora da ansiedade e de comportamentos agressivos. “Os pais devem procurar um especialista da área ginecológica (se for menina) para avaliar os benefícios e os riscos do uso de anticoncepcionais, no intuito de funcionar como um fator de proteção no caso de um possível abuso sexual. Estas orientações devem fazer parte das primeiras entrevistas com os pais ou tão logo a menina menstrue.”
No caso dos meninos, também há particularidades. “A masturbação é muito presente como fator de queixa dos pais que se sentem constrangidos diante da inadequação de muitos adolescentes. A orientação verbal para que a criança ou o adolescente se masturbe somente quando estiver sozinho, em seu quarto ou no banheiro, deve também fazer parte do manejo clínico das entrevistas familiares. Em muitos quadros, a situação foge ao controle e a prescrição de ansiolíticos é um recurso a ser usado.”
A abordagem das questões próprias da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais, de acordo com Luciana, e melhora a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes, que já vivem sob a sombra da exclusão. “Entretanto, é sempre bom lembrarmos que filhos com deficiência funcionam sempre como uma ferida aberta dos pais e a abordagem, por mais delicada que seja, sempre dói”, finaliza.
Orientação especializada
A tese dos profissionais sobre as dificuldades que os pais encontram em lidar com o tabu provocado pela sexualidade em pessoas com deficiência intelectual é ratificada pelo depoimento de Rita de Cássia Oliveira Lírio, mãe de Josiane Lopes de Oliveira. Ela mesma admite o problema e reconhece a importância de um acompanhamento terapêutico. “Na verdade, fui mãe muito jovem e, em função de desconhecimento e do próprio preconceito, nunca fui de falar sobre sexo com a minha filha. Por isso, procurei auxílio da Avape, que conta com pessoas especializadas no assunto e que sabem abordar essas questões.”
Josiane tem 30 anos e sofre de esquizofrenia e deficiência intelectual, que provoca convulsões e falhas de memória esporádicas. “Das 12 às 17 horas, ela participa de inúmeras atividades na Avape e, inclusive, recebe orientações sexuais, o que acho muito importante. Sei que eles explicam a respeito do uso de preservativos, gravidez e outros temas, o que eu nunca tive coragem de falar com a Josi. Sempre senti receio de que ela me interpretasse mal ou comentasse com estranhos. O que eu falo com ela é no sentido de alertar, de fazer com que ela tenha cuidado com pessoas que não conhece.”

terça-feira, 24 de julho de 2012

Yo también tengo sentimientos


MARTES, 24 DE JULIO DE 2012



Aun podría escuchar el sonido del aire mi habitación, detrás de la puerta el jaleo de cada mañana y como de costumbre escuche a Raquel con Luisa, mi cuidadora ¿has levantado a Reme? No, estaba ayudado a Maruja con Felisa, total, la mía, solamente necesita desayunar y que  la ponga el pulsador en el ordenador y hasta la comida, ¿no la duchas, con el calor que hace? ¿A quien a la moza? por favor más respecto Luisa, que es Reme, para mi es La moza y por supuesto que no la ducho, con  la moza, sus espasmos y estando desnuda, que  se intenta  tocar sus partes y cualquiera puede, además desde que empezó este calor, me señala en su tablero necesidad que la corte el pelo,  acto seguido se mira las piernas y no estoy dispuesta a hacerle la cera que  no me pagan para eso... Ya se encargara su hermana el fin de semana, total en el ordenador es feliz  y nadie sabe si esta duchada o no.
            Luisa, con esa sonrisa de no haber roto un plato en su vida, entro a mi habitación, encendió la luz y ese buenos días Moza, ¿qué tal? Tan característico me termino de despertar, mi mirada se dirigió al cuarto de baño, ya te llevo. Luisa ayudada con la grúa, me levanto de la cama, estando sentada me desnudo entera, pensé ¡aleluya, me va a duchar! Me llevo al cuarto de baño me sentó en la taza, me quito el arnés y me dejo mi tiempo de intimidad, desde la habitación Luisa, por primera vez puso me música y me fue enseñando ropa para que eligiese yo, que ilusión por fin Luisa, se daba cuenta de que tengo sentimientos. Cuando volvió a entrar y retirando la grúa me limpio y con muchísimo cuidado me levanto y me llevo a la ducha, me sentó en mi silla. Dirigiéndose al armario donde guardo la cera, la saco  y me empezó a depilar, con calma, me sonrió, Reme, disculpa a partir de hoy voy a estar mas atenta a tus necesidades.  

http://mujdis.blogspot.com.br/2012/07/yo-tambien-tengo-sentimientos.html

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Estudantes de Terapia Ocupacional debatem sexualidade em paraplégicos e tetraplégicos



sexualidade em paraplégicos e tetraplégicos vai ser debatida hoje no XVEncontro Nacional de Estudantes de Terapia Ocupacional (ENETO), que junta 200 alunos e 18 oradores na Praia da VieiraMarinha Grande.
“É um assunto que não é muito discutido. É um tema muitas vezes considerado tabu, que joga muito com a intimidade das pessoas, mas muito importante para a vida diária de lesionados vertebro-medulares”, explicou hoje à agência Lusa o presidente do ENETO, Marco Ferreira.
O estudante da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSlei) salienta que existe “uma série de produtos de apoio – como bombas de enchimento para promover a ereção – que permite reestruturar a vida e superar essa lacuna”, sendo essencial discutir estas questões “com abertura”.
A conferência está marcada para as 14H30, e será realizada por uma terapeuta ocupacional especialista nesta área, Anabela Lopes.
A edição deste ano do ENETO é da responsabilidade dos alunos do 2.º ano do curso de licenciatura em Terapia Ocupacional na ESSlei que, sob o título “Manta de Retalhos”, procura “promover a interação e a troca de saberes e ideias” entre os estudantes desta área, oriundos de várias escolas a nível nacional.
Por outro lado, acrescenta o responsável pela organização da iniciativa, “os encontros deste género são um meio de primária importância para a renovação e atualização de conhecimentos, quer teóricos, quer práticos”.
Desde quinta-feira, primeiro dia oficial do encontro, que os alunos debatem temas como a “Recuperação Pessoal em Saúde Mental e Psiquiatria Forense”, “Consciencialização Corporal através do Movimento” e “Integração Sensorial”.
Marco Ferreira explica que a Terapia Ocupacional “é uma área muito ampla, não só ao nível físico, mas também mental, que procura, através de treinos de vida diária, reeducar pessoas que sofreram acidentes e ficaram limitadas em termos de movimento, mas que também pode ter uma intervenção precoce junto de autistas e crianças que nasceram prematuras”.
O estudante frisa também que, mesmo em época de crise, “esta é uma profissão que ainda está em expansão”, existindo “mercado para absorver os licenciados na área de terapia Ocupacional”.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Debate na Cercipóvoa sobre a sexualidade da pessoa com deficiência

O Mirante dos Leitores

Edição de 2012-03-15


Nunca tinha ouvido falar em bordéis com o pomposo nome de “casas de assistência sexual”. Esta é nova para mim. Pessoalmente acho que devia haver “casas de assistência sexual” não só para deficientes mentais mas para todos. Infelizmente isso não vai acontecer em Portugal nos tempos mais próximos. Basta ver o que se passou em Lisboa com a tentativa de criação de uma dessas “casas de assistência sexual” que queriam criar no Bairro Alto. Quanto ao caso do rapaz de 16 anos contado pela psicóloga clínica ele que continue a masturbar-se. Sempre é melhor que abusar de meninas de 7 anos. E a masturbação aos 16 anos não é assim tão fora do normal, ou as técnicas da Cercipóvoa pensam que todos os jovens de 16 anos têm relações sexuais a torto e a direito e espaços próprios para as praticar em casa dos pais?
Gerónimo Calafate

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Projeto brasileiro debate deficiência e sexualidade durante conferência do IASSCS


Fantasias Caleidoscópicas é premiado em Lima

Por Marina Maria*

De 27 a 29 de julho de 2007, foi realizado em Lima, no Peru, o VI Congresso Internacional Prazeres Des/Organizados - Corpos, Direitos e Culturas em Transformação, promovido pela Associação Internacional para o Estudo da Sexualidade, Cultura e Sociedade (IASSCS). Integrantes do Sexuality Policy Watch participaram das atividades do congresso, na Universidad Cayetano Heredia, que se consolidou como um espaço de debate sobre direitos sexuais nos novos contextos políticos e culturais da América Latina e no resto do mundo.

Entre os trabalhos destacados nesta edição está o de Leandra Migotto Certeza, jornalista brasileira e ativista de direitos humanos que ficou em segundo lugar na categoria Apresentação de Pôster, com o projeto Fantasias Caleidoscópicas . Com apoio da IASSCS, a jornalista participou do evento e apresentou parte do ensaio fotográfico da fotógrafa Vera Albuquerque, em que pessoas com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual, múltipla e/ou surdocegueira) são convidadas a mostrar sua beleza e sensualidade para as lentes.

Segundo Leandra, o objetivo delas com estes registros é questionar e romper com o paradigma da beleza instaurado na sociedade atualmente e reforçado pela mídia, em geral. “Vera questiona o padrão de beleza instituído pelos meios de comunicação e pela moral dominante, ressaltando a possibilidade de uma democratização do prazer, uma igualdade de direitos sexuais, uma disposição das mentes (e de corações) contra os juízos prévios e os pré-conceitos”, destaca Leandra.

O projeto teve início em 2004, com a proposta de expor as fotos artísticas em espaços públicos, como museus, universidades e centros culturais, no Brasil e no exterior e, futuramente, gerar dois livros, um com as fotos e outro com as entrevistas feitas por Leandra com as pessoas fotografadas. No momento, o projeto busca parcerias com empresas e organizações não-governamentais para continuar.

Já o convite para participar do VI Congresso Internacional Prazeres Des/Organizados foi feito por Maria Esther Mogollón, jornalista e mestre em Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva pela Universidad Peruana Cayetano Heredia e integrante do Movimiento Amplio de Mujeres Fundacional (MAM).

Durante o evento, Leandra foi uma das debatedoras de uma mesa coordenada por Maria Esther Mogollón com o tema Sexualidad y Mujeres con Discapacidad, junto com Maria Rosa Pimentel, Madezcha Cépeda Basán e Marta Montoya, mulheres peruanas também com deficiência integrantes da MAM. As participantes procuraram romper com estigmas em torno do tema sexualidade de pessoas com deficiência e, a partir disso, defender o direito à participação deste grupo, ainda em situação de vulnerabilidade. Marta, por exemplo, que nasceu com deficiência visual, compartilhou sua experiência como mãe de dois filhos, e Madezcha deu um depoimento sobre sua vida após acidente que deixou seqüelas físicas em seu corpo e, principalmente, falou sobre sua sexualidade.

Além das fotos e do debate, a jornalista expôs, junto a cartoons produzidos por Ricardo Ferraz, um panorama sobre a realidade da pessoa com deficiência no Brasil, denunciando que a sexualidade e outros aspectos relativos a esta parcela da população não são, em geral, trabalhados. Ao mesmo tempo, que dados do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000 mostram que existem 24,5 milhões de brasileiros(as) com deficiência – o equivalente a 24,5% da população brasileira – o que se observa, na prática, é que pessoas com deficiência estão inseridas num constante ciclo de invisibilidade. Assim, não são contempladas por políticas públicas, não são incluídas em projetos sociais em desenvolvimento, tanto na esfera governamental quanto na da sociedade civil organizada, e sequer mencionadas de forma transversal em pesquisas e estudos sobre distintas temáticas.

Com relação à abordagem do tema no congresso, Leandra informou que “infelizmente, mais uma vez, o tema da deficiência não foi sequer citado por 99% dos(as) palestrantes. É uma realidade que não pode ser mais esquecida pelas pessoas que trabalham pelos Direitos Humanos”. Apesar disso, ela avalia sua participação no VI Congresso Internacional Prazeres Des/Organizados - Corpos, Direitos e Culturas em Transformação e a premiação de seu trabalho como marcos na discussão em torno do direito de pessoas com deficiência vivenciarem suas experiências sexuais e afetivas. “Muitas dessas vozes (de pessoas com deficiência) foram ‘ouvidas’ por meio das imagens e dos depoimentos que apresentei no congresso, junto aos dados sobre a deficiência no Brasil. Foi sem dúvida, um momento histórico”, finaliza.

Mais informações sobre o trabalho de Leandra Migotto Certeza:

Tel.: +55 11 3453-5370
* Marina Maria é jornalista do Secreatariado do Observatório de Sexualidade e Política, na Abia

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Asistencia y diversidad sexual en el marco de la discapacidad


Se trata de uno de los temas más espinosos, aun dentro del ámbito de la discapacidad. La 'asistencia sexual' o 'acompañamiento de la vida sexual' de las personas con discapacidad consiste en una propuesta remunerada, que aborda el ámbito de la atención sensual, erótica y/o sexual de este colectivo. Países como Alemania, Suiza, Holanda, Dinamarca y Francia se encuentran en proceso de legislar esta práctica, e incluso varios Estados consideran la asistencia sexual como un servicio más a favor de la salud integral, cubriendo los costos en su totalidad o apoyando emprendimientos de asociaciones. En España, el reciente proyecto 'Sex Asistent' propone abrir el tema en la sociedad y apoyar la salud sexual y emocional de las personas con diversidad funcional, desafiando los estereotipos negativos que no permiten integrar la sexualidad placentera con las dificultades físicas, mentales o sensoriales.
 
Desde el comienzo de este milenio son muchas las personas con discapacidad que han podido acceder a servicios de profesionales capacitados en asistencia sexual, con la clara idea de que se trata de un importante paso adelante en su autodeterminación y de un medio de acción para mejorar la vida sexual y emocional, tanto de los individuos, como de sus parejas.
Como contraparte, sigue tratándose de uno de los temas más controversiales aun dentro del ámbito de la discapacidad. Se trata de un tabú incluso para muchos padres de adolescentes con discapacidad que tienen serias limitaciones y tratan de no pensar en la idea de que su hijo o hija estén comenzando a sentir inquietudes sexuales. Lo mismo puede llegar a suceder con profesionales, cuidadores y responsables de la educación, todos saben que se trata de una realidad ine-vitable, que es necesario comenzar a derribar prejuicios y barreras, pero aún no se ha podido forjar el marco adecuado para una transformación responsable de paradigmas. 
En nuestro país se trata además de un tema doblemente sensible a la luz de las actuales campañas e iniciativas tendientes a combatir la trata de personas y brindar alternativas para la reinserción laboral y social de las personas que por necesidad han quedado sumergidas en las redes de prostitución o no encuentran otros espacios para ganar su sustento. 
¿Pero podemos decir que existe una diferencia sustancial entre la prostitución convencional y la asistencia erótica o sexual para personas con discapacidad? “La gran diferencia entre los asistentes y las prostitutas es que los asistentes pueden mostrar una gran sensibilidad y son conscientes de las necesidades de las personas con discapacidad, en lugar de simplemente correr y tomar el dinero”, afirma Aiha Zemp, psicoterapeuta y responsable del Centro Discapacidad & Sexualidad de Basilea, la primera asociación en haber introducido en Suiza una formación profesional para asistentes eróticos.
Siguiendo esta premisa, distintas iniciativas, principalmente en el norte de Europa han desarrollado programas de formación de asistentes de ambos sexos preparados por profesionales de la salud para satisfacer no sólo las demandas sexuales, eróticas y afectivas de sus clientes, sino ser capacitados para acompañar y contener afectiva y creativamente desde un profundo conocimiento de las distintas condiciones, sus limitaciones y sus posibilidades, para brindar un servicio integral que no quede resumido en la genitalidad ni en los aspectos clínicos.  
Teniendo en cuenta estos cada vez más frecuentes proyectos, en España surgió recientemente la plataforma “Sex Asistent”: un servicio de acompañamiento sexual y afectivo, destinado a personas o parejas con diversidad funcional o discapacidad (motriz, intelectual, psíquica o sensorial) mayores de edad; que decidan optar por esta propuesta, conformada por profesionales del ámbito social-sanitario-educativo, por asistentes sexuales o acompañantes de la vida sexual y por un grupo de reflexión y debate, propiciado por quienes han vivenciado la propuesta.
Sex Asistent tiene como objetivo apoyar la salud sexual y emocional de las personas  con diversidad funcional o discapacidad, desafiando los estereotipos negativos que no permiten integrar la sexualidad placentera con las dificultades físicas, mentales o sensoriales.
En diálogo exclusivo a días de su lanzamiento, desde El Cisne dialogamos con Silvina Peirano, orientadora sexual en discapacidad y Prof. en educación especial.
Co-creadora de “Mitología de la sexualidad especial” y “Sex Asistent”, quien nos brindó un enfoque particular de este tema complejo y sobre cómo está siendo actualmente tratado en Europa.

Deseos, necesidades y dificultades 
Para gran mayoría de la sociedad seguramente no sea tan fácil poder comprender la naturaleza de estos proyectos y justificar interiormente en qué medida pueda un servicio sexual contribuir a la autoafirmación y la realización de una persona con discapacidad; mucho más si se trata de una persona gravemente impedida o con discapacidad mental.
Catharina König, una asistente sexual formada en el Instituto para la Autonomía para Personas con Discapacidad de Alemania, proyecto de una universidad que entrena personas en este rubro, es una referente en la materia y asegura que sus servicios no sólo no deben ser castigados o cuestionados por la sociedad, sino que defiende el importante rol social de su trabajo.
“Mis clientes pueden hablar conmigo acerca de sus experiencias sexuales, sus deseos, necesidades o dificultades. Mi objetivo es ayudar a mi cliente para que alcance un estado de relajación y de equilibrio interior y dar lugar a una mejora de su imagen corporal. A menudo, la energía vital y la alegría de vivir de nuevo despierta en este estado. A veces se trata de la experiencia, el contacto físico, la ternura, el tacto y, por supuesto, también sobre el placer y la gratificación. A veces se trata de información específica o sugerencias sobre lo corporal, tales como la sexualidad o la satisfacción de la pareja, o puede ser más emocionante aún. A veces es simplemente una cuestión de desarrollar un sentimiento de su propio cuerpo”, comenta König sobre el desarrollo de sus sesiones.
Para los coordinadores de Sex Asistent, el acompañamiento sexual es una tarea delicada y compleja: ayudar a suplir el “vacío” que muchas personas con discapacidad sufren a menudo. “El rol del asistente sexual es responder a todas las necesidades y deseos de la persona o pareja con diversidad funcional; previamente concertados. No son parejas afectivas (excepto que así sea decidido por ambos) de las personas a las que acompañan, pero se encuentran en disposición profesional de satisfacer los deseos sexuales de las mismas. Una ayuda sexual requiere un conocimiento detallado de las necesidades de la persona en situación de discapacidad; más aún en el caso de una discapacidad mental, donde la comunicación verbal no siempre es posible y debe apelarse (según el caso) a la intervención e información familiar”.
Desde esta perspectiva, Sex Asistent, una iniciativa pionera en el mundo de habla hispana, propicia una sociedad inclusiva, donde se reconozca  la identidad sexual de cada persona (con o sin diversidad funcional o discapacidad) desde el respeto y la libertad individual; sin prejuicios, desde la aceptación de la libre expresión diversa. La mirada ideológica en materia sexual de “Sex asistent” apoya, acompaña y facilita los intereses y necesidades sexuales y afectivas de  todas las personas con diversidad funcional o  discapacidad, como forma de superar el estigma sexual asociado a la condición de discapacidad.

- ¿Cómo surgió esta plataforma informativa y de nexo?
- Silvina Peirano: Si bien desde hace casi dos años me intereso por las propuestas e iniciativas en otros países, desde el trabajo que hago en “Mitología de la sexualidad especial” decidí que era hora de poder dedicar un espacio específicamente destinado a la asistencia o acompañamiento de la vida sexual y afectiva en diversidad funcional. Dotar de nombre y espacio a todos esos correos que a diario recibo de personas con discapacidad, de sus familiares, instituciones, otros profesionales, parejas; con la misma inquietud formulada en pregunta: ¿A quién me recomiendas?... La verdad es que desde hace un tiempo no me creía yo misma la propuesta de “Mitología” (la parte teórica de Sex Asistent) si ésta no propiciaba gran parte de lo que predicaba: derechos sexuales en diversidad funcional, sexualidad sana y placentera, que no existe una sexualidad especial de las personas con discapacidad, etc..
- ¿Cómo analiza el contexto en que se lanza este proyecto?
- Silvina Peirano: Sex Asistent es un proyecto necesariamente abierto, que debe atravesar y aprender un largo camino apenas iniciado, pero pretende ser un humilde referente en España y América Latina. Así, han comenzado todos los cambios en la reivindicación de los derechos sexuales, “con imposibles a largo plazo”... No sé si éste es “El momento” para lanzarlo a nivel social en general, y creo que esa no es la pretensión. Necesariamente deberemos atravesar por un proceso de “ensayo-error” que involucre a las personas que estén dispuestas de manera libre e independiente a participar de este cambio. La asistencia sexual, creo, está validada por la misma necesidad y expectativa de muchas personas y de sus familiares, y a ellos apuntamos. El objetivo inmediato no es dar batalla, ni encontrar respaldo en aquellos sectores que, sabemos, serán reacios. Avanzaremos con paso lento pero firme hacia una sexualidad democrática y construida por las propias personas involucradas, de allí los grupos que comenzaremos a formar: de reflexión de debate, gratuitos y formados por las personas que hayan vivenciado la asistencia sexual (AS), o deseen hacerlo, tal como se hace en los países de referencia.
- ¿Qué impacto ha alcanzado el servicio en estas primeras semanas, y en qué sectores en mayor medida?
- Silvina Peirano: En apenas dos semanas ya se han comunicado muchas personas, algunas sólo pidiendo información sobre “ESO” que desconocen, pero que sienten que puede ser de su interés, otras solicitando el servicio y muchos medios de comunicación, profesionales, instituciones, etc. Tal como ha sucedido y sucede en otros países, los solicitantes son fundamentalmente hombres, de entre 25 y 40 años, y las solicitudes de mujeres (dentro de la misma franja de edad), suelen ser más dubitativas o cuestionadoras de la propuesta. 
Es importante remarcar que la AS no es “La” única opción sexual para las personas con discapacidad, ya que desde luego, lo esperable es que cada persona elija de manera independiente, a su pareja afectiva, ocasional o fija; u opte por estar en soledad... pero sí creemos que es una propuesta válida y necesaria para aquellas personas o parejas con discapacidades graves o que por diversos motivos, no logran satisfacer sus intereses y deseos sexuales. Es una decisión propia, libre e independiente que, como opción, puede ser tomada o no.

Los que ocupan el vacío
Si reflexionamos sobre el rol de las personas que deciden ocupar el “vacío” mencionado por Peirano, necesariamente nos preguntamos acerca de los límites y las  motivaciones con que llevan adelante su trabajo. 
En la caso de Catharina König, su servicio cuenta con caricias, masajes y estimulaciones pero ella, como la mayoría de los prestadores profesionales pone el límite de no brindar relaciones sexuales de penetración, sexo oral o besos. 
Para Sex Asistent el acompañamiento sexual, lejos de ser “un catálogo de prestaciones definidas”, propone un apoyo en consonancia con las emociones y las expectativas sensorial y erótica de los beneficiarios que  lo reciben. Los “cuidados eróticos” designan una práctica que puede ir desde caricias sensuales hasta la penetración, abriendo un amplio abanico que incluye acariciar, tocar y ser tocado, el contacto corporal, disfrutar de un masaje, la excitación sexual, juegos eróticos, facilitar -a instancias suyas- el  acto sexual a una pareja que no puede lograrlo sin ayuda; la masturbación... “El marco ético de este enfoque se basa en el respeto mutuo, la conciencia sobre el papel sutil de terceros en la ejecución de estos beneficios, y el pleno respeto de la intimidad del momento compartido. Los objetivos de la asistencia, están relacionados con los valores humanistas/sexuales, y el empoderamiento del individuo actual. Cualquiera que sea la opción elegida, es imprescindible proponer un diálogo sincero entre todos los implicados, y llegar a un acuerdo previo”.
- Según testimonios que recogimos de varias personas que se dedican a la asistencia sexual, podemos leer que encuentran una reivindicación de su trabajo al orientarlo hacia el colectivo de personas con discapacidad, como si pudieran reencontrarse con un aspecto más humano e integral de su práctica. ¿Qué opinión tiene al respecto?
- Silvina Peirano: Las personas (hombres y mujeres) que comienzan a interesarse por trabajar como AS, provienen de diferentes ámbitos. Muchos de ellos de la prostitución, masajes, erótica, pero también profesionales de la salud, la sexología, etc., que sienten empatía y compromiso ante este aspecto que saben, está silenciado. Los inicios distan del ideal, los asistentes sexuales se formarán desde la propia experiencia y el seguimiento que podamos ir brindándole a partir de cada caso. No hay un manual editado de la AS, pero sí un margen de buenas prácticas que garanticen la seguridad, respeto, privacidad, etc. Muchas de las personas que desean ejercer la AS, son personas que han tenido situaciones de intimidad con personas con discapacidad, pero desconocedoras de cualquier aspecto “técnico” al respecto, bastante reacias de recibir información y preparación previa, y suelen llegar con la idea de “ayuda, socorro o solidaridad” hacia la persona o pareja con diversidad funcional. Si bien es necesario el compromiso y empatía con su rol y la situación toda, ésta no es la visión que procuramos sostener. 
- ¿En el imaginario social está más aceptado el acompañamiento sexual hacia personas con discapacidad motriz respecto a las personas con discapacidad mental?
- Silvina Peirano: Sí, el imaginario social cree aceptar más fácilmente la AS a personas con discapacidad motriz (fundamentalmente hombres)... pero el tema se complica si hablamos de discapacidades mentales de diversos grados. En este sentido, no siempre la AS tiene que ver con la penetración, sino que existe otra amplia gama de propuestas. ¡Aquí tampoco la sexualidad es genitalidad necesariamente!
- ¿Podemos afirmar entonces que la vida sexual de las personas con discapacidad mental sigue siendo el tabú más grande?
- Silvina Peirano: Creemos haber avanzado como sociedad, en materia de derechos sexuales y discapacidad. La gran mayoría de las personas, dice a viva voz: “los discapacitados tiene sexualidad” ... pero la práctica y la realidad social transforman esta afirmación en paradigma. En un tema que se sabe que existe, pero del que no queremos hablar. Yo diría algo así como: legitimamos este derecho. ¿Y entonces?, ¿qué hacemos con él?
- ¿Ve como posible llevar adelante un proyecto como éste en Argentina?
- Silvina Peirano: Creo que en este momento a la gran mayoría de la sociedad española le falta mucho camino por recorrer en este sentido, pero afortunadamente existe un amplio sector dispuesto a considerar este derecho y propiciarlo. En Argentina será más difícil, pero no imposible. Es mucha la gente interesada que nos escribe desde allí. La apertura comenzará desde muchos profesionales que comienzan a interesarse por el tema, y serán ellos quienes lo propicien y den a conocer esta alternativa.
- ¿Está contemplada la participación de orientadores o prestadores gays y lesbianas?
- Silvina Peirano: Desde luego, la viabilidad de la AS estará dada por la aceptación de la diversidad toda (incluida la sexual), por lo que los intereses LGBT (Lesbianas, Gays, Bisexuales y Transexuales) estarán considerados. 
En una provocadora invitación, Sex Asistent comenzó sus publicaciones planteando el siguiente ejercicio: “Asistencia o acompañamiento de la vida sexual y afectiva, en diversidad funcional o discapacidad: ¿SÍ o NO? Antes de responder, procure imaginar al menos, las siguientes situaciones: Una persona con discapacidad física grave o amputaciones, que no puede tocar sus genitales con independencia. Una madre o un padre que encuentran como única alternativa, practicar ellos mismos una masturbación para aliviar a su hijo/a con graves dificultades físicas o mentales; con las consecuencias que puede suponer para los padres y su hijo/a”. 
Sí, necesariamente para analizar crítica y justamente la problemática de la AS necesitamos realizar un previo ejercicio de empatía, de alteridad, habitar imaginariamente ese espacio yermo donde (al menos por ahora) sólo los prejuicios y tabúes han encontrado terreno fértil. 
“En la actualidad, es claro que la asistencia sexual encuentra numerosos obstáculos y opositores, en la medida que consideran que se trata de una forma de prostitución, abuso o comercio. La asistencia sexual en diversidad funcional puede legitimar o estar disociada de la prostitución, entre otras razones, por el hecho de necesitar una formación y un encuadre, y por estar restringida en cuanto a su objetivo: las personas con discapacidad, lo que no necesariamente criminaliza al trabajo sexual o prostitución. En conclusión, el apoyo y acompañamiento a las personas o parejas con diversidad funcional que decidan hacer valer sus derechos sexuales y vivenciarlos, debe centrarse necesariamente en el deseo y la decisión de éstos, propiciando una sociedad inclusiva, donde se reconozca la identidad sexual de cada persona (con o sin diversidad funcional o discapacidad) desde la aceptación de la libre expresión diversa”, sostiene Sex Asistent.
Por lo tanto, toda voz no escuchada, toda necesidad no atendida y todo derecho negado, debe ser recibido y reivindicado para ganancia de la sociedad toda. 
Proyectos como Sex Asistent se animan a ser punta de lanza en esta zona inexplorada, animándose al error pero sabiendo que protagonizan un gran cambio.
“La sexualidad es una condición de vida, y no de supervivencia. ¿Estamos dispuestos como sociedad, a involucrarnos en éste cambio?”: quizá poco a poco, pero irrenunciablemente lo vayamos descubriendo.

Luis Eduardo Martínez
martinez_luiseduardo@yahoo.com.ar

Para mayor información consultar: http://sexesasitent.blogspot.com/
http://www.elcisne.org/ampliada.php?id=2250

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O prazer é para todos

30/12/2011 15:04

Deficiência Física não é barreira para relação sexual prazerosa, afirma o especialista do BOM DIA 

redacao@bomdiasaojose.com.br

João Paulo Sardinha / São José
redacao@bomdiasaojose.com.br
Os sinais de que enfrentariam maus bocados em São Sebastião foram dados na véspera. De filho doente a pneu furado. Algo indicava que o melhor era ficar em casa. O jovem casal, no entanto, insistiu em cair na estrada. Afinal, aquela viagem havia sido idealizada no Rèveillon passado.
Chegando lá, porém, a história mudou. A vista para o mar era maravilhosa. Hotel confortável, comida boa e passeios agradáveis. Foram quatro dias perfeitos, de muito amor, carinho e sexo. Muito sexo!
Mas o domingo, último dia da família no Litoral Norte, ficou prejudicado pela forte chuva. Mesmo assim, a camioneta Hillux pegou o caminho de volta. Eis que, numa das curvas, um capotamento mudou a vida do casal. O homem precisou amputar a perna. Ninguém morreu, mas a vida sexual do casal praticamente acabou. E não precisava ser assim.
Especialista /O sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves lembra que a deficiência não é barreira para uma vida sexual prazerosa. “Após sofrer um acidente, a autoestima da pessoa fica afetada. E isso pode prejudicar o relacionamento sexual do casal, já que o indivíduo passa a necessitar da ajuda do outro. Se a autoestima já estiver baixa, a pessoa vai se colocar como ‘vítima’”, afirma.
Mas existem também pessoas que já nasceram com alguma deficiência. “Antigamente, a pessoa com deficiência ficava na masturbação até encontrar alguém para se relacionar. Hoje, com a internet, é possível se conhecer virtualmente, mostrar a riqueza interior, até chegar à vida sexual. A internet, portanto, tornou-se uma ótima ferramenta.”
“Os casos mais complicados são os que afetam comunicação e locomoção. O tratamento, em geral, dependendo do grau, é a terapia orientada por um profissional com experiência voltada para essa área.”
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/8673/O+prazer+e+para+todos 

domingo, 25 de dezembro de 2011

(Dis) capacidades y posibilidades. Cómo atender, educar y apoyar la sexualidad de las personas con discapacidad


Versión para impresoraVersión en PDF
Revista Sexología y SociedadAño 17, no. 47, diciembre de 2011
Versión electrónica ISSN 1682-0045
 
(Dis) capacidades y posibilidades. Cómo atender, educar y apoyar la sexualidad de las personas con discapacidad
 
Lic. Carlos de la Cruz;* Lic. Natalia Rubio**
 
 
*Psicólogo y sexólogo; director máster en Sexología UCJC Madrid y responsable de asesoría “Sexualidad para personas con discapacidad, profesionales y familias” del Ayuntamiento de Leganés (Madrid) y del Plan de Formación Estatal “Sexualidades y discapacidades”.
 
**Psicóloga clínica, sexóloga y pedagoga; maestra de Educación Especial; directora del Área Asistencial de la Fundación Aspanias Burgos (Red de Centros de Atención Integral a Personas con Discapacidad); directora máster de Sexología on line UCJC Madrid y responsable del Plan de Formación Estatal “Sexualidades y discapacidades”.
 
Resumen
La sexualidad de las personas con discapacidad es una realidad ignorada con demasiada frecuencia. Se pretende devolverla al lugar que le corresponde, que no es otro que el mismo terreno de juego que el resto de las sexualidades. Para ello, además de brindar aspectos teóricos sobre sexualidades y discapacidades, se ofrecen algunas estrategias, claves y pistas sobre cómo abordar situaciones en las que lo sexual entra en acción y ante las que no vale el silencio o mirar hacia otro lado: preguntas, conductas, demandas, necesidades,… Todo desde la firme idea de que la persona con discapacidad ha de ser el centro y debe ser quien protagonice su propia vida sexual. Así como es cuestión de los derechos de las personas, también lo es los de las personas con discapacidad, pues todas necesitan recibir educación sexual y que se faciliten las condiciones que les permitan la vivencia satisfactoria de su sexualidad, sean cuales sean sus limitaciones y necesidades de apoyo. Es tarea de todos, profesionales y familias, contribuir a atender y educar la sexualidad de las personas con discapacidad, adaptándose a cada persona, a su momento y a las diferentes motivaciones y necesidades de apoyos. Por ello los objetivos han de ser los mismos que para el resto de las sexualidades y en todas las etapas evolutivas. Además, deben estar contextualizados en el marco de la integración y la autodeterminación: que la persona con discapacidad, como cualquier otra persona, aprenda a conocerse, a aceptarse y a expresar su sexualidad del modo que resulte satisfactorio.
 
Palabras claves:persona con discapacidad, educación sexual, intimidad, autonomía, derechos
(Dis) abilities and possibilitiesHow to look after and educate physically challenged individuals and support their sexuality
 
The fact is too often ignored that physically challenged individuals are no less sexually oriented than anyone else. This article is intended to place their sexual interests back in their rightful place, that is, on a level with the rest of human sexualities. To this end, some strategies, clues and hints to approach sex-related situations about which it is pointless to remain silent or look the other way are described, in addition to theoretical considerations about human sexuality and disability: questions, conducts, demands, needs, etc., starting from the premise that a physically challenged individual must be at the center of, and play the leading role in, their own sexual life. It is about providing the same rights for both challenged and unchallenged individuals, since all people need to get a sex education and conditions to experience their sexuality in everyday life, regardless of their limitations and needs for support. All professionals and families are equally responsible for attending to and educating physically challenged individuals in matters of sexuality, taking into account each person’s characteristics, period of life and need for support. Therefore, the ultimate goal must be the same as for the rest of human sexualities and at any stage of evolution and considered from the viewpoint of integration and self-determination, so as to help physically challenged individuals to both know and accept themselves and express their sexuality as adequately as anybody else.
 
Key words: physically challenged individual, sex education, intimacy, autonomy, rights
 
Todos somos iguales en la diferencia. Cada hombre, cada mujer, es único y peculiar en como es, como vive y como expresa su sexualidad y, por supuesto, este concepto de diferencia y de igualdad abarca también a todas las personas con discapacidad. El hecho sexual humano abarca a todas las personas, no puede ser de otro modo.
 
Todas las personas necesitan recibir educación sexual y que se les faciliten condiciones para que puedan vivir de manera satisfactoria su sexualidad. Las personas con discapacidad también. Por tanto, será tarea de todos los distintos agentes implicados contribuir a educar, atender y prestar los apoyos necesarios para ello. Cada uno en la medida de sus posibilidades, y siempre en un marco facilitador y comprensivo. Y que esté contextualizado en la integración, la autodeterminación y la normalización.
 
Sin embargo, no siempre resulta sencillo. Si hablamos de la sexualidad de las personas con discapacidad, demasiadas veces hay que recordar que están en el mismo terreno de juego que el resto de las sexualidades. A menudo hay que recordarlo en cada intervención. Y en las tres direcciones: a los profesionales y/o voluntarios que trabajan con ellas, a las familias y también a las propias personas con discapacidad.
 
Con este artículo queremos aportar algunas claves que nos permitan educar, atender y prestar apoyos a las personas con discapacidad con el mismo rigor que tratamos de hacerlo con el resto de las sexualidades, siempre atendiendo sus peculiaridades, es decir, partiendo de sus realidades, intereses, demandas, motivaciones, necesidades,...
 
Todo es fruto de la experiencia de años de trabajo, cursos de formación con profesionales de este ámbito, con familias y con personas con discapacidad. Si hoy escribimos estas líneas se debe a que muchas personas del ámbito de la discapacidad nos han llevado hasta aquí.
 
Trataremos de evitar las tradicionales trampas como la de “hacer programas para ellas, para las personas con discapacidad pero sin ellas”, sin tenerlas en cuenta, sin partir de sus demandas o motivaciones, solo dando énfasis a lo que creemos que es lo importante, o la de las intervenciones destinadas a unos pocos, realizadas de una forma sesgada, limitada, restringida y acotada en tiempos y espacios; y así un sinfín de limitaciones que hacen que la sexualidad de las personas con discapacidad se deje para ámbitos no priorizados.
 
Por tanto, hacemos una apuesta decidida porque la sexualidad de las personas con discapacidad se haga visible y se trabaje. Empero, no solo hacia dentro, hacia las personas con discapacidad, sus familias y entornos próximos; también hacia fuera, hacia toda la sociedad, porque en este proceso la participación de todos y cada uno de nosotros es importante. Es menester trabajar tanto con las personas con discapacidad como con sus familias, pero sin olvidar al resto de la sociedad. El objetivo es promover modelos de sexualidad más inclusivos, en los que la diversidad se convierta en un valor. Dar visibilidad a todas las sexualidades y hacerlas presentes en la sociedad.
 
algunas dificultades
 
Es evidente que las personas con discapacidad gozan de menos espacios y momentos de intimidad. En ocasiones prácticamente de ninguno. Como también ocurre con frecuencia que a su cuerpo desnudo accede más gente de la que es estrictamente necesaria. Si queremos educar y atender la sexualidad de estas personas, no podemos instalarnos en esos errores. La intimidad hace falta para crecer. Como también hará falta que aprendan que su cuerpo les pertenece y por ello no se debe acceder a su cuerpo (a cambiarle de ropa o asearle) sin pedir permiso o dar explicaciones, y hacerlo solo cuando es necesario y evidentemente solo quien sea necesario. Ni uno más. También es importante tener en cuenta el pudor de la persona con discapacidad, sobre todo cuando se encuentra en un medio que no es el suyo, precisamente para no acentuar la sensación de vulnerabilidad.
 
Otro de los errores habituales que se cometen con las personas con discapacidad, es tratarles infantilizándolas o aumentando sus discapacidades. Por ejemplo, se da con cierta frecuencia el hecho de que se les grite o se les hable en voz muy alta, como si fueran sordos, solo por el hecho de ser ciegos o estar en sillas de ruedas. Otras veces ni siquiera se dirigen a ellos o ellas; por ejemplo, cuando van acompañados, se pregunta a su acompañante.
 
Imaginemos cómo se siente la persona con discapacidad que observa cómo se le desconsidera en su calidad de hombre o de mujer adulta. Imaginemos ahora a la persona con discapacidad intelectual a la que además de todo lo anterior se le sigue vistiendo y tratando como si efectivamente no hubiera abandonado la infancia a pesar de sus veinte, treinta o cuarenta años cumplidos. Educar y atender la sexualidad de hombres y mujeres es tratarles como lo que son; y si son personas adultas, son personas adultas con o sin discapacidad.
 
puntos de partida
 
Los distintos profesionales que trabajan con personas con discapacidad deben permitirse hablar entre ellos acerca del modo de contribuir a su adecuada educación sexual y de atender las necesidades sobre su sexualidad. Entre otras cuestiones, se trata de consensuar criterios sobre cómo resolver la necesidad de intimidad de todas estas personas, elaborar determinadas pautas de actuación ante ciertas conductas inadecuadas y proponer estrategias para abordar del mejor modo posible todos los temas relacionados con la sexualidad
 
El reto es conseguir sacar la sexualidad del rincón de lo escondido, quitar todo el silencio que habitualmente la rodea y avanzar. Aunque, lógicamente, para avanzar, no basta con dar pasos. Hay que procurar darlos en la dirección adecuada. No se trata solo de solucionar los problemas con los que nos encontramos; el objetivo es más ambicioso: avanzar.
 
La primera tarea que se ha de tener como profesional, es considerar a todas las personas con que se trabaja como personas sexuadas. Cada hombre y cada mujer es peculiar. Existen muchas formas de ser hombre y muchas de ser mujer. Como profesionales debemos conocer esta idea y todo lo que supone. Saber que lo que constituye a un verdadero hombre o a una verdadera mujer no es ni el tamaño, ni la forma de sus genitales o de su cuerpo, ni las conductas eróticas que realicen o por las que muestren interés; tampoco el aproximarse a determinados modelos de belleza o la capacidad para asumir determinados roles: ninguno de estos aspectos ni de muchos otros otorgan la categoría de hombre o de mujer. Todos los hombres y todas las mujeres son verdaderos hombres y verdaderas mujeres. La discapacidad, desde luego, ni suma ni resta para estas categorías.
 
Hay distintos deseos y distintas formas de expresar la erótica. Por ejemplo, no todos los deseos son heterosexuales, ni todas las prácticas eróticas se reducen al coito. Existen caricias, besos, fantasías, masturbación… Hay personas con muchos y variados deseos y otras personas con mucha menos cantidad y variedad. Al hablar de sexualidad, es preferible hablar de sexualidades.
 
En definitiva, el punto de partida es saber que educar y atender la sexualidad de las personas con discapacidad, es educar y atender sus sexualidades. Pues, como sucede con el resto de personas, son plurales y diversos tanto en cómo son y cómo se viven, como en la forma en que se expresan. No puede ser de otro modo, pues, al fin y al cabo, hablamos de la misma sexualidad. 
 
Por tanto, nuestros objetivos serán similares a los del resto, si bien nuestras intervenciones deberán adaptarse a cada persona, a sus limitaciones, a su realidad... Justo lo mismo deberíamos hacer con el resto de las sexualidades.
 
Aprender a conocerse
 
Debemos procurar que chicos y chicas, hombres y mujeres, aprendan a conocerse, que aprendan a saber cómo son y cómo funcionan. Y, además, cómo son y cómo funcionan otros de su mismo sexo y del sexo contrario. Y puesto que hablamos de sexualidad y no solo de genitales, será importante conocer, además de cómo funcionan los penes, las vaginas, el mecanismo de la erección, la lubricación y la eyaculación, muchas otras cosas que también son importantes.
 
Las personas con discapacidad necesitan naturalmente conocerse y conocer a los demás. Si la discapacidad es intelectual o sensorial, lo que pone la situación más difícil, eso no le resta ni gota de legitimidad; por tanto, se procurará que se conozcan tanto como se pueda. Merece la pena.
 
Aprender a aceptarse
 
La educación sexual debe pretender que chicos y chicas, hombres y mujeres, aprendan a aceptarse, a estar contentos de cómo son, a sentir que merecen la pena, a que son dignas y dignos de ser queridos; en cualquier caso, a sentir que son verdaderos hombres y verdaderas mujeres. Que aprendan a que, en cualquier caso, están preparados para el placer, los afectos, las relaciones eróticas e incluso, en algunos casos, para la reproducción.
 
Se trata de trasmitir modelos en los que quepan todas las sexualidades, en los que la calidad de hombre o mujer no dependa de tamaños, medidas, número de relaciones eróticas, de aproximarse a determinado modelo de belleza..., en los que se sabe que la discapacidad ni quita ni pone masculinidad o feminidad. Nuestra tarea como profesionales es ofrecer modelos de mujer y de hombre en los que todas y todos puedan sentirse reflejados, y márgenes en los que quepan todos y todas y nadie quede ignorado. Algo que lamentablemente ni los medios de comunicación ni la sociedad hacen.
 
Aprender a expresar la erótica de modo satisfactorio
 
Hablamos de disfrutar, de satisfacción; por tanto, de sentir que lo que haces te hace sentir bien. Por eso no hablamos solo del coito heterosexual, sino también de la masturbación, las fantasías, las caricias o cualquier otra práctica con la que una mujer o un hombre, a solas o en pareja, procure darse satisfacción erótica. Prácticas que, dicho sea de paso, sabemos que no tienen por qué coincidir en todas las personas.
 
Más importante que “lo que se hace” es “cómo se vive” lo que se hace. En la erótica de las personas con discapacidad sucede exactamente igual: en sus relaciones de pareja, en sus coitos o sus caricias, como también en sus masturbaciones. La satisfacción no se logra solo con conseguir tener determinada práctica erótica o con dejar de tenerla. La satisfacción son más cosas y debemos saber tenerlas en cuenta. Se puede disfrutar y ser feliz con coitos, pero también sin estos. La erótica es plural y muchas son las posibilidades.
 
Nuestra tarea por eso muchas veces se aproxima más a ayudar a encontrar una respuesta que a darla. Si podemos establecer diálogo, será mejor contribuir a encontrar cuál puede ser la situación más satisfactoria en cada caso que dogmatizar diciendo a cada cual lo que le conviene.
 
pasos en la dirección adecuada
 
Podemos afirmar que todas las personas adultas que estén en contacto con las personas con discapacidad influyen en alguna medida en su comportamiento. Por tanto, debemos considerar que todas son educadoras en mayor o menor medida. Todas educan con lo que hablan, con lo que callan, con sus gestos, sus permisos,… Esto sucede tanto con las personas que trabajan en un centro como con todos los miembros de la familia, así como con otros agentes sociales, amigos, personal sanitario, cuidadores, vecinos, medios de comunicación,...
 
Un paso: hablar del tema
 
No hay ninguna razón para dejar todo lo sexual rodeado de silencio. Sabemos que nada se despierta por hablar de sexualidad porque, dicho sea de paso, nada estaba dormido. Sabemos además que los conocimientos que queremos aportar sobre su cuerpo, los genitales, la intimidad, sobre los hombres o las mujeres son conocimientos y no opiniones, y son, por supuesto, compatibles con las distintas formas de pensar.
 
De todos modos para hablar de sexualidad con las personas con discapacidad no es imprescindible saberlo todo. A muchas preguntas podríamos contestar “no lo sé” si efectivamente no sabemos. Lo que sí es imprescindible es que perciban que queremos hablarles y que no nos importa que nos hagan preguntas. Todo lo contrario, las agradecemos como muestra de confianza.
 
Lo importante es que aprendan que “cuentan” con nosotros, y a partir de ahí procurar tantos aprendizajes y tan significativos como sea posible, lo que supone partir de sus intereses y conocimientos previos para llegar a sus necesidades y demandas. Aunque, como es lógico, este camino no siempre es tan recto como resulta al escribirlo: muchas personas, muchas discapacidades, muchas posibilidades.
 
Otro paso: hablar cuando no preguntan
 
Si esperamos las preguntas, muchas de estas surgirán tras un problema, una preocupación o un miedo. Será difícil entonces trabajar en positivo, pues para quien pregunta, la sexualidad ya se habrá convertido en un problema.
Nuestra propuesta es que nos oigan hablar de los temas relacionados con la sexualidad de igual forma en que no oyen hablar de muchos otros temas. No es cierto que con las personas con discapacidad hablemos solo de los temas que nos preguntan. Hablamos de sus dudas, pero también de todo lo que nos parece que viene a cuento, y lo que es más importante: de todo lo que creemos que necesitan saber. ¿Por qué lo sexual habría de ser una excepción? Además, resulta mucho más sencillo hablar de sexualidad con una persona a la que se le ha oído hablar sobre ello que con otra que solo se rodea de silencio. Así que si queremos que aprendan que “cuentan” con nosotros, ya sabemos lo que hay que hacer: hablarles.
 
El paso de la intimidad
 
Todas las personas necesitan tener momentos de intimidad. Es conveniente que como profesionales que trabajamos con personas con discapacidad, seamos capaces de conjugar este respeto a la intimidad con la vigilancia y la protección.
 
Llamar antes de entrar, entornar las puertas en vez de dejarlas abiertas, pedir permiso, utilizar biombos para separar espacios,… son distintas posibilidades que pueden ayudar a hacer compatibles situaciones ideales, en las que cada hombre y cada mujer gestiona su propia intimidad, y situaciones reales de cada centro, donde hay hombres y mujeres que, a la vez que necesitan de intimidad, necesitan de personas que les cuiden y les ayuden en muchas de sus tareas cotidianas.
 
Lo importante, en cualquier caso, es actuar considerando que su intimidad también es importante.
 
Cuando surja en algunos casos la necesidad de la intimidad compartida, en el caso de las personas con discapacidad habrá que tenerla en cuenta, pues en muchos casos esa intimidad no la podrán conseguir por sí mismos. Por lo que a veces será necesario que se la facilitemos, permitiendo el acceso a sus dormitorios, sabiéndonos marchar en un momento dado, sentándonos en mesas separadas,… El error más común es plantearse la intimidad compartida a partir de que percibimos que una pareja quiere tener relaciones eróticas. Lo lógico es que esta pareja, antes de las relaciones eróticas, hubieran podido gozar de momentos de intimidad en los que aprendieran a conocerse.
 
Respetar la intimidad no consiste en respetar que puedan masturbarse o que puedan tener relaciones eróticas. Respetar la intimidad es respetar que puedan crecer de forma natural, tal y como son, y en sus propios espacios.
 
Su cuerpo es suyo
 
Sabemos que al cuerpo desnudo de muchas personas con discapacidad acceden más personas de las que son estrictamente necesarias. Como es lógico, estas situaciones se dan más entre las personas con discapacidad que requieren de apoyos más extensos y generalizados: con el aseo, para vestirse, para cambiarse el pañal,…
 
La idea es que a su cuerpo solo debería acceder quien hace falta. Nadie más. Que ellos o ellas no muestren incomodidad, no es una razón. Entrar al cuarto donde se les está cambiando y sin que haga falta, lo único que demuestra es desconsideración hacia esa persona, hacia esa sexualidad.
 
Se trata, por tanto, de dar al desnudo de la persona con discapacidad el mismo trato que a cualquier otro desnudo. Si estuviéramos hablando de personas sin discapacidad, nadie entendería que se diera más importancia, por ejemplo, a la prisa que al pudor; que no se pudieran aplazar las conversaciones entre compañeros mientras se ayuda en el aseo, o que se siga desnudando al hijo o la hija, que ya es adolescente, delante del resto de los familiares.
 
La imagen personal
 
Las personas con discapacidad, hombres y mujeres, también tienen una personalidad que muestran a través de su imagen personal. Esto es verdad a todas las edades, como con las demás personas. Sucede, sin embargo, que algunas personas con discapacidad siguen dependiendo en la edad adulta de otras personas para su aseo, para vestirse o para comprar ropas, lo que en muchos casos significa que su imagen personal es en realidad la imagen que transmite de él o de ella esa persona adulta de quien depende.
 
Queremos decir que los hombres y las mujeres con discapacidad no son siempre niños o niñas; por tanto, no hay ninguna razón para seguir vistiéndoles como si lo fueran. Cuando se es joven o adulto, se es joven o adulto, se tenga discapacidad o no. Y la imagen personal así debe reflejarlo.
 
Cuando la discapacidad es adquirida
 
En la mayoría de los casos la persona con discapacidad, ya sea física, intelectual o sensorial, ha ido construyendo su identidad sexual de manera indisoluble junto a su discapacidad, en ocasiones con muchas dificultades y probablemente sintiéndose muy lejos de los modelos ideales. Pero en cualquier caso su identidad y su discapacidad han estado de la mano.
 
Sin embargo, no siempre sucede así. En los casos en que la discapacidad ha sido adquirida, las cosas no son precisamente iguales. Hay un pasado. Un pasado en el que la persona, ahora con discapacidad, probablemente se sintiera del grupo de los válidos, se sintiera entre los márgenes deseables, capaz de llevar a cabo un sexualidadnormal (por ejemplo, coitos sin ayuda), con gozo de autonomía e intimidad. En definitiva, que sintiese que su sexualidad y su vida sexual eran como las de cualquiera.
 
La nueva realidad suele ser tozuda y significa que muy probablemente las cosas no puedan volver a ser como antes. Puede que se necesiten ayudas técnicas, que se tenga dependencia de otras personas o que el modelo ideal quede más lejos: quizá uno o una ya no se sienta tan deseable como antes o no pueda seguir jugando el rol más activo en la relación. Nuestra ayuda está en procurar que miren más hacia las posibilidades que hacia las dificultades.
 
Las ayudas técnicas son un buen recurso. Por cierto, no únicamente para las discapacidades adquiridas, sino para todas. Suelen ser un buen recurso para mejorar las erecciones, los coitos y el placer genital. Como profesionales, sabemos que todo eso puede ser y es muy importante. Empero, la rehabilitación sexual va más allá.
 
Estas personas necesitan aprender ahora lo que deberían haber tenido aprendido: que todas las sexualidades son válidas; que no hay márgenes que delimiten cómo debe ser o comportarse un auténtico hombre o una auténtica mujer; que los coitos no son una meta sino solo una posibilidad; y que las sexualidades normales son todas aquellas que permiten disfrutar y sentirse satisfecho o satisfecha.
 
Por supuesto, como muchas de estas expresiones de la sexualidad se van a dar en pareja, en caso de que la pareja exista resulta imprescindible tratar todos estos temas también con esta, probablemente en ocasiones con ambos a la vez. Pues la pareja también tendrá que asumir que aunque las cosas no puedan volver a ser como antes, sí que se puede seguir disfrutando. Con ayudas o sin ayudas, pero con deseos.
 
Con la familia también se habla
 
No hay secretos. Nos encantaría que todas estas indicaciones fueran conocidas y compartidas por las familias de las personas con discapacidad. Así que procuraremos contárselas. Y al igual que no queremos limitarnos a hablar de sexualidad con quien nos pregunte sobre ello, tampoco creemos que haya que limitarse a hablar de sexualidad con las familias que lo demanden. Educamos y atendemos todas las sexualidades y educamos y atendemos a todas las familias.
 
Las claves para hablar con las familias, son similares a las propuestas para hablar con las personas con discapacidad: mostrar buena disposición a hablar del tema, atender sus demandas, que perciban nuestro interés por hablarles y por escucharles, hacer diálogo, decir la verdad, contar todo lo que pensemos que necesitan saber, adecuarnos a sus conocimientos,… En definitiva, lo mismo que se supone que hacemos cuando les hablamos de otros temas en los que queremos que se impliquen y los entiendan.
 
Dar visibilidad a todas estas sexualidades
 
Es necesario que se hable de la sexualidad de las personas con discapacidad en las sesiones de educación sexual que se imparten en los centros escolares y no solo cuando en el grupo haya una persona con discapacidad; que aparezca en los libros sobre sexualidad, en los programas de televisión,…; que se sepa que la realidad de estas sexualidades no está únicamente en un capítulo concreto, sino integrada en todos los capítulos, en todo el libro.
 
Todas las sexualidades son únicas y todas manejan las mismas claves: cuerpos, deseos, posibilidades de disfrutar,… Por tanto, es imprescindible que todas las personas aprendan que el plural de las sexualidades incluye todas las sexualidades, también la de hombres y mujeres con discapacidad. De hecho, generalmente y a pesar de sus dificultades, las personas con discapacidad son precisamente las que menos dudas tienen.
 
Por eso queremos enviar una invitación a romper el círculo: permitirnos hablar de la sexualidad de las personas con discapacidad en tantos foros como nos sea posible y no solo de manera endogámica en los círculos de la discapacidad.
 
Lo hemos dicho muchas veces, no hablamos solo de lo que nos preguntan, sino también de lo que se necesita saber. Y sin duda alguna esta sociedad necesita saber que las sexualidades de las personas con discapacidad existen y han de gozar de la misma legitimidad y posibilidades que el resto. No hay razones para seguir guardándolas en un cajón.Su lugar no está junto al silencio.
 
referencias bibliográficas
 
Cruz Martín-Romo, C. de la (2011)Nueva educación de las sexualidades. Publicaciones Universidad Camilo José Cela, IUNIVES-Instituto Universitario de Sexología-UCJC, Madrid.
Cruz Martín-Romo, C. de la y J. C. Diezma (2008).Construyendo sexualidades. CEAPA, Madrid.
Cruz Martín-Romo, C. de la y Ó. Lázaro (2006). Apuntes de educación sexual sobre la sexualidad de niños y niñas con discapacidad. CEAPA, Madrid.
Rubio Arribas, N. y C. de la Cruz Martín-Romo (2010).Atender, educar y apoyar la sexualidad de las personas con discapacidad intelectual. Experiencia cómo abordar la sexualidad en personas con grandes necesidades de apoyo. Proyecto Sala Estimulación Multisensorial. Actas del XI Congreso Español de Sexología y V Encuentro Iberoamericano de Profesionales de la Sexología. FESS, Santiago de Compostela.
————— (2010). Atender, educar y apoyar la sexualidad de las personas con discapacidad. La necesidad de diseñar, adaptar e innovar. Nuevos materiales y recursos en Programas de Educación Sexual para personas con discapacidad. Actas del XI Congreso Español de Sexología y V Encuentro Iberoamericano de Profesionales de la Sexología. FESS, Santiago de Compostela.
————— (2010). Atender, educar y apoyar la sexualidad de las personas con discapacidad. Pisos de pareja en personas con discapacidad intelectual. Proyecto de vida independiente. Actas del XI Congreso Español de Sexología y V Encuentro Iberoamericano de Profesionales de la Sexología. FESS, Santiago de Compostela.
————— (2010). Sexualidad y daño cerebral adquirido.Cuadernos FEDACE sobre Daño Cerebral Adquirido. Obra Social Caja Madrid, Madrid.

http://www.cenesexualidad.sld.cu/dis-capacidades-y-posibilidades-como-atender-educar-y-apoyar-la-sexualidad-de-las-personas-con-disca