quarta-feira, 6 de abril de 2011

Homens grudentos: o que fazer?

Homens grudentos: o que fazer?
Qua, 06/04/2011 - 05h01 - Amor e Sexo
Cada mulher se identifica com um tipo de homem. Algumas preferem os mais independentes, que têm vida própria e sabem respeitar o espaço da parceira.
E tem aquelas que adoram os rapazes "companheiros demais", que estão sempregrudadinhos e praticamente vivendo a vida da amada.
Porém, um estudo realizado pela Universidade de Iowa (EUA), constatou que o companheirismo excessivo - como dar conselhos que o outro não pediu - pode ser mais nocivo para o casamento do que um parceiro indiferente. Ainda de acordo com o levantamento, quando uma pessoa cuida demais da gente, o nosso senso de individualidade desaparece!
A pesquisa realizada com 103 maridos e esposas descobriu que os homens ficam mais felizes quando recebem o tipo certo de suporte, enquanto as mulheres gostam de receber conselhos apenas quando pedem por eles. Erika Lawrence, professora associada de Psicologia da faculdade de UI, conta que muitos casais acham que um deve ler a mente do outro e saber exatamente como oferecer ajuda, o que é errado. "Os parceiros mais felizes são aqueles que aprendem a dizer: ‘Isto é o que eu estou sentindo e é assim que você pode me ajudar’", explica.
A professora afirma que o marido nunca deve "largar de mão" quando não souber o que fazer. "Eles precisam continuar tentando, pois descobrimos que as mulheres apreciam o esforço". Ao mesmo tempo, ambas as partes devem avisar quando precisar de suporte e se o outro já estiver ajudando, deve ensinar a direcioná-la. "Não suponha que você sabe o que fazer. Depois, fale sobre o que deu certo e errado, para fazer os ajustes". E descreve. "Há um mito de que os homens só querem ser deixados sozinhos e as mulheres querem ser realizadas e ouvidas. Na realidade, os homens querem diferentes tipos de suporte, e as mulheres querem diferentes tipos de apoio".
Erika conta ainda que quando não se consegue apoio suficiente do parceiro, é possível recorrer aos amigos ou familiares, o que é bastante comum entre as mulheres. "Mas se você recebe apoio demais, existem poucas chances de modificar a situação". O diretor do Instituto Paulista de Sexualidade e psicoterapeuta sexual, Oswaldo Martins Rodrigues Jr., é da mesma opinião. Ele afirma que quando o casamento acontece, é sinal de que a mulher já estava ciente dessa característica apresentada pelo companheiro. "Assim será um árduo trabalho refazer a relação excluindo este comportamento grudento. E nem sempre o resultado será satisfatório".
Neste caso, ambos precisariam aprender a desenvolver um novo mecanismo de convivência que permita satisfazer seus anseios individuais. "Cada parte da relação precisará reconhecer suas próprias necessidades pessoais para poder expor ao outro. Isto implica em melhorar a comunicação verbal e emocional, o que nem sempre os casais aprenderam ou pretendem desenvolver. Apenas dessa forma não se magoa o outro quando a intenção é de melhorar o casal", alerta o psicoterapeuta.
Dr. Oswaldo conta ainda que o homem taxado de grudento tem sim seus benefícios. Um deles é proporcionar confiança plena e constante para a relação. "Além disso, o casal divide as atividades de modo complementar e aprende a se comunicar de modo eficaz".
Por outro lado, um relacionamento grudento pode produzir casais mutuamente dependentes num grau tão elevado que quando o outro deixa de existir, ambos individualmente também passam a não existir. "Podemos observar algo semelhante em alguns casais mais idosos que conviveram por muitas décadas. A afinidade intensa deste companheirismo e como um confia no que o outro fará em cada momento do dia traz segurança especial. Quando um dos dois falece, em pouco tempo vemos o outro falecer, tendo desistido da vida sem o companheiro", lembra o especialista.
Por conta disso, somente as pessoas que sabem administrar este tipo de relacionamento é que poderão tirar proveitos deste grude. "São pessoas que se agradam por ter alguém por perto sempre, e que conseguem produzir momentos de individualidade, quando a chamada pessoa grudenta também terá seu momento", conta Dr. Oswaldo. "As mulheres mais modernas, independentes, terão dificuldades de aceitar positivamente este tipo de homem se ele, de fato, ficar o tempo todo ao seu redor".
Estar junto é importante para conhecer o outro, fomentar afinidade, mas em nenhum momento as partes devem se esquecer de que possuem vida própria. "Cada pessoa descobre e desenvolve atividades que as faça se identificar como indivíduos diferenciados", conta Dr. Oswaldo. E exemplifica: "Alguns homens jogam futebol uma vez por semana, colecionam moedas ou selos ou preferem ler, isolados e fazer remendos na casa. Já as mulheres querem passar algumas horas no cabeleireiro, fazer as unhas e andar no shopping."
De qualquer forma isto não é uma regra. Podem existir sim casais grudentos e grudados de modo a produzir felicidade. "O mais importante é aprender a se comunicar consigo mesmo e com o outro, pois assim pode-se administrar diferenças e possíveis mudanças necessárias durante a vida", finaliza Dr. Oswaldo.
Por Juliana Falcão (MBPress)
http://vilamulher.terra.com.br/homens-grudentos-o-que-fazer-3-1-30-818.html

quinta-feira, 31 de março de 2011

Impotência dá alerta sobre infarto futuro

31.03.11 | 17h45
Impotência dá alerta sobre infarto futuro
Disfunção erétil pode ser primeiro sinal de que coração está doente

IG

A dificuldade para ter ou manter uma ereção para uma atividade sexual satisfatória atinge aproximadamente 50% dos homens com mais de 40 anos, em maior ou menor grau, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.

O problema, um dos três maiores inimigos do homem, não é parte natural do envelhecimento e deve ser investigado.

A disfunção pode ser o alerta inicial de que o coração não está saudável. Quando há acúmulos de placas de gordura nas artérias, elas endurecem e ficam mais finas, limitando a passagem do sangue.

“A artéria que leva sangue ao pênis tem um calibre menor do que as demais. Quando não há circulação adequada, o sangue chega em menor quantidade ao órgão e o paciente apresenta a disfunção”, relata o urologista Carlos Sacomani, do Hospital Samaritano, em São Paulo. O problema aparece de três a quatro anos antes das doenças coronarianas.

De acordo com um estudo conduzido pelo cardiologista alemão Michael Bohm e publicado pela American Heart Association (Associação Americana do Coração), a ereção deficiente pode ser um dos sintomas iniciais da arterosclerose, que pode favorecer o surgimento de outras doenças cardíacas além do infarto.

Foram avaliados 1.519 pacientes de 13 países. O pesquisador identificou que homens com impotência estavam quase duas vezes mais propensos a ter um ataque cardíaco e tinham 20% mais chances de serem hospitalizados por falência renal. Eles também apresentaram um risco 10% maior de acidente vascular cerebral (AVC) em comparação com homens que não apresentavam o problema. Os riscos aumentavam de acordo com a severidade da disfunção apresentada.

As principais causas

Mas a falha na vascularização é apenas uma das causas que levam à impotência. Além dela, os médicos destacam também as questões psicológicas e outras razões orgânicas, como colesterol alto, hipertensão, diabetes, trauma na medula ou a utilização de medicamentos como anti-hipertensivos e antidepressivos. Em geral, nos mais jovens predominam as causas psicológicas. A partir dos 60 anos, 60% das causas são orgânicas e 40% psicológicas, revela Sacomani.

“Em geral, o problema tem várias causas. O distúrbio androgênico do envelhecimento masculino, por exemplo, uma queda hormonal inerente à idade que começa a dar sinais a partir dos 40 anos, pode ser um desses sintomas”, diz André Guilherme Cavalcanti, diretor do Centro Integrado de Saúde do Homem, no Rio de Janeiro. Agravado por um quadro de obesidade ou colesterol alto pode ser a combinação perfeita para o aparecimento da disfunção erétil.

O primeiro passo, segundo os médicos, é observar a idade do paciente. Antes dos 40 anos, a maioria costuma ter alterações por problemas psicológicos. Estresse, depressão, receio de não satisfazer a parceira ou ansiedade – todos esses podem ser prejudiciais e afetar o rendimento.

“Uma grande descarga de adrenalina na corrente sanguínea nesse momento pode comprometer o funcionamento correto do órgão”, afirma Sacomani.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o diagnóstico é clínico, mas é importante realizar exames de dosagem de testosterona, glicose e colesterol.

Tratamentos

É essencial vencer a barreira da timidez e do preconceito e procurar um urologista. A escolha do melhor tratamento passa por uma boa conversa entre médico e paciente e pode ser tão simples quanto adotar novos hábitos de vida ou tomar um comprimido. Exercícios, perda de peso e redução do cigarro são atitudes que podem ajudar, dependendo da causa da impotência.

Se não houver melhora, a medicação (os chamados inibidores de fosfodesterase como o Viagra, Levitra e Cialis) é indicada. Outra opção é injetar no pênis uma substância que provoca a ereção.

“Há o desconforto já que é preciso aplicar no início de toda relação sexual”, avalia Sacomani. A última alternativa é a prótese peniana, recomendada apenas para casos em que as demais saídas não funcionaram. A prótese é permanente e pode ter complicações graves como infecções ou rejeições.
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=7&idnot=46370

Conceitos devem ser revistos para prolongar o prazer

30/03/2011 -- 15h33
Conceitos devem ser revistos para prolongar o prazer
É preciso considerar o que o prazer sexual significa para cada pessoa antes de procurar prolongá-lo

Prolongar o prazer sexual depende, inicialmente e primordialmente, de uma compreensão sobre o funcionamento psico-fisiológico. Nossa forma de ver o mundo e como compreendemos o que chamamos de prazer precisa estar em pauta.

A maioria dos homens acha que prazer é sinônimo de orgasmo/ejaculação. Se este conceito é o que reina, não existirá o prolongar do prazer. Assim é necessário rever os conceitos e cada pessoa discutir consigo mesma sobre o que considera prazer sexual e, sem se enganar, poder driblar estas ordens de encontrar apenas o final de um contato sexual com a ejaculação/orgasmo.

Ainda nesta discussão, o prazer será mais viavelmente prolongado com uma segunda discussão que deve ser sobre o desejo sexual. Como é o desejo sexual e como ele deve se manifestar, e o quanto de energia pretendemos despender a cada dia. Se a quantidade de tempo e energia que pretendemos destinar ao sexo a cada dia for pouco, menos prazer deveremos ter ou produzir. Dedicar energia e tempo para o prazer sexual será o segundo ponto que permitirá que exista um prolongamento do prazer sexual.

Numa segunda fase, em paralelo, precisamos treinar os sentidos para absorver o prazer sexual possível. Treinar os cinco sentidos e a auto-percepção em prol da possibilidade de prazer. Diariamente, em momentos não sexuais, devemos nos treinar e dirigirmos nossas atenções para as sensações que podem trazer prazer e bem estar sensoriais. Observarmos e classificarmos os variados prazeres aos quais estamos expostos diariamente.

Este passo implica em priorizar o auto-conhecimento sobre as sensações. Exige uma dedicação diária por várias semanas. Exige usar momentos comuns com a intenção de encontrar o prazer sensorial que passa despercebido, e com esta valorização existirá o aumento da capacidade de extrair prazer em outras situações. Este treino do corpo, extra sexo, permitirá reconhecer com mais facilidade as sensações de prazer quando elas se apresentarem.

No sexo em si as pessoas precisam pensar e darem-se ordens de ir devagar com todos os passos eróticos e atentarem para as sensações de prazer que chegam através dos cinco sentidos. Não se pode pensar no final, na busca pelo orgasmo.

Separar um tempo previamente prolongado será necessário. Saber que poderão prolongar a atividade é básico. De nada adianta iniciar o sexo com tempo marcado para terminar ou com a preocupação de que devem fazer coisas mais importantes logo após ou no dia seguinte e já é tarde demais para dormir.

Planejar este tempo é básico e necessário. Aqui entra outro aspecto cognitivo: muitas pessoas consideram que o sexo deve ser ''espontâneo'', e pensam que isto significa que não pode ser planejado com antecedência. Sexo somente será prazerosamente e demoradamente espontâneo se planejarmos quando poderá existir sem competir com outras atividades.

Oswaldo M. Rodrigues Junior - psicólogo e terapeuta sexual (São Paulo)

http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--166-20110330&tit=conceitos+devem+ser+revistos+para+prolongar+o+prazer

quarta-feira, 30 de março de 2011

- Mulher em período fértil presta mais atenção em homem com cara mais masculina

- Mulher em período fértil presta mais atenção em homem com cara mais masculina
11/01/2011 - 16h38
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um novo estudo mostra que a seleção sexual feminina está diretamente relacionada ao seu período fértil.
Durante a ovulação, uma mulher com namorado cujas características não são tão masculinas assim tem a tendência de fantasiar com homens do tipo George Clooney. Mas, em contrapartida, mulheres que já têm ao lado uma versão avatar do ator não se tornam mais atraídas por seus parceiros.
A pesquisa também descobriu que a inteligência masculina não têm qualquer influência sobre as preferências femininas nesses períodos.
O dado ainda permanece um mistério, segundo o estudo publicado no jornal "Evolution and Human Behaviour", feito por Steven Gangestad e Randy Thornhill, da Universidade do Novo México, e Christine Garver-Apgar, do Instituto de Genética do Comportamento da Universidade do Colorado.
Segundo Gangestad, o rosto masculino tem um queixo relativamente acentuado, mandíbula forte, olhos estreitos e sobrancelha bem definida, e George Clooney se encaixa nesse perfil. A face menos masculina, por outro lado, pode incluir um maxilar menos pronunciado e olhos como os do ator Pee-wee Herman.
A equipe entrevistou 66 casais heterossexuais --sendo apenas 9 casados. Havia mulheres com idade entre 18 e 44 anos e seus relacionamentos variavam de um mês a 20 anos de convivência.
Uma série de estudos tem mostrado o interesse das mulheres por homens do tipo "macho man" ao ovular. Mas este estudo é o primeiro a confirmar que o efeito ocorre entre casais reais.
Os biólogos evolucionários têm documentado que as mulheres são mais exigentes quando em período fértil e procuram um parceiro que apresenta sinais de boa qualidade genética. Isso pode ser entendido como homens do tipo machão.
Embora não seja surpreendente o resultado, Garver-Apgar diz que a falta de um efeito semelhante com a inteligência masculina é desconcertante.
De acordo com ele, não foi encontrado qualquer efeito da inteligência dos homens na escolha de parceiros sexuais pelas mulheres no período fértil --algumas evidências sugerem que a inteligência está relacionada à qualidade genética.
Mais pesquisas devem ajudar a responder essas perguntas, sugerem os três pesquisadores.
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/858880-mulher-em-periodo-fertil-presta-mais-atencao-em-homem-com-cara-mais-masculina.shtml

Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados

Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados
IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
24/02/2011 - 10h13
Uma nova pesquisa joga um balde de água fria em quem justifica a infidelidade como "natural". Segundo um experimento da Universidade da Flórida, a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.
Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.
Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.
"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.
A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.
No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.
"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.
Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.
"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.
Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."
Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.
"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."
Com o "New York Times"
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/880178-mulher-em-periodo-fertil-atrai-solteiros-e-repele-casados.shtml

- Estudo diz que variedade dificulta escolha do parceiro amoroso

- Estudo diz que variedade dificulta escolha do parceiro amoroso
DA FRANCE PRESSE
01/03/2011 - 12h39
Pesquisadores britânicos fizeram uma importante descoberta: quanto mais opções uma pessoa tiver para escolher um parceiro amoroso, maior a probabilidade de ficar sozinha.
Em um novo estudo divulgado nesta terça-feira, pesquisadores britânicos olharam a estranha dinâmica das escolhas nos chamados "speed-dating", ou "rodízio de encontros", eventos que ficaram famosos nos Estados Unidos e na Europa para promover encontros de casais de forma rápida.
No "speed-dating", solteiros encontram diversos outros solteiros, julgando cada pessoa após uma rápida conversa de cinco minutos que termina quando uma campainha toca.
Ter acesso a um alto número de candidatos não é um problema em si, segundo os pesquisadores. De fato, muitos "speed-daters" encontraram mais parceiros potenciais quando acessaram mais opções.
Mas essa vantagem só funcionou quando os candidatos eram similares entre si.
Quando os candidatos eram muito diferentes, os participantes do "speed dating" ficavam confusos por muitos fatores de conflito --e geralmente não conseguiam fazer uma escolha.
"A 'racionalidade' humana acredita que a variedade é uma coisa positiva", explica o pesquisador Alison Lenton da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
"O que pode ser surpreendente para algumas pessoas é que nossos resultados sugerem que uma alta variedade de opções leva à confusão. As pessoas ficam mais propensas a não escolher ninguém quando encontram muita variedade."
O estudo, publicado no jornal britânico Biology Letters, conversou com 1.868 mulheres e 1.870 homens em 84 eventos de "speed-dating".
Os solteiros deram detalhes sobre a profissão, escolaridade, idade, peso, altura e religião, permitindo aos pesquisadores traçar as diferenças entre eles.
A média de idade das mulheres era de 34,3 anos, enquanto dos homens era 35,6. Vinte por cento das mulheres e 27% dos homens tinham nível profissional ou posições de gerência, e o restante tinha nível técnico.
Os participantes do "speed dating" reuniram-se em grupos e realizaram encontros de três minutos entre 15 e 31 solteiros do sexo oposto.
Após o evento, o organizador reuniu aqueles que indicaram interesse mútuo, abrindo o caminho para um novo encontro.
Grandes eventos de "speed-dating" normalmente geram 123 propostas de encontros posteriores, ou demonstrações de interesse, quando os pretendentes são semelhantes entre si, explicaram os pesquisadores. Mas o número caía para mais de um quarto, a 88, quando os pretendentes eram muito diferentes entre si.
Pequenos eventos de "speed-dating" levaram a 85 propostas quando os candidatos eram semelhantes. Mas esse número caía em um terço, para 57 propostas, quando os candidatos eram variados.
Os homens eram geralmente mais entusiasmados que as mulheres em fazer uma proposta --mas também ficavam confusos quando tinham muitas opções.
Resumidamente, os pesquisadores concluíram que variedade é bom, mas em doses pequenas.
"Lidar com a variedade requer atenção e memória, e nós temos um limite de capacidade para cada uma delas", explicou Lenton.
Aumentar os encontros para 10 minutos não melhoraria os resultados, completou.
"É extremamente comum para nós fazer julgamentos rápidos sobre outras pessoas, mesmo em questão de segundos. E uma vez que esses julgamentos são feitos, é difícil de mudá-los."
Amber Soletti, que dirige uma empresa de "speed-dating" em Nova York, afirmou que reunir solteiros por interesse e preferências físicas aumentam as chances de um encontro bem sucedido.
Sua empresa, OnSpeedDating.com, oferece 75 grupos de nicho, como "persuasão asiática", "solteiros de academia" e "solteiros globais", que gostam de viajar.
Soletti resolveu criar sua empresa depois de não conseguir encontrar ninguém interessante em eventos genéricos de "speed-dating".
"Só gosto de namorar homens que tenham mais de 1,85 metro de altura. Mas sempre fui a eventos nos quais havia homens mais baixos, então não encontrava ninguém", disse, por telefone.
"Mas agora, se eu for no nosso evento para pessoas altas, tenho mais chances de encontrar alguém", disse.
"As pessoas sabem do que gostam", concluiu.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882703-estudo-diz-que-variedade-dificulta-escolha-do-parceiro-amoroso.shtml

"Individualismo impede pleno desfrute do sexo", diz sociólogo

"Individualismo impede pleno desfrute do sexo", diz sociólogo
DENISE MENCHEN
DE BERLIM
30/03/2011 - 08h30
Apesar da revolução de costumes e dos tabus derrubados nas últimas décadas, a liberdade sexual segue sendo um objetivo distante, na visão do médico e sociólogo Volkmar Sigusch.
O pesquisador alemão, que acaba de lançar em seu país o livro "Auf der Suche nach der Sexuellen Freiheit" ("À Procura da Liberdade Sexual"), diz que a vivência plena da sexualidade esbarra hoje na dificuldade de entrega, comum em uma sociedade centrada no indivíduo e na mercantilização do sexo.
Folha - Seu livro se chama "À Procura da Liberdade Sexual". Quarenta anos após a revolução sexual, ainda é preciso buscá-la? O que fracassou?
Volkmar Sigusch - O aspecto sexual foi superestimado. Pensava-se que, quando tudo fosse permitido, as pessoas seriam livres e felizes. Hoje sabemos: não é o caso.
Quais obstáculos ainda impedem as pessoas de viver sua sexualidade livremente?
Hoje, o problema é que a sexualidade é fortemente comercializada e as pessoas não conseguem construir um relacionamento. Por um lado, porque se tornaram muito exigentes, e, por outro, porque estão muito centradas em si mesmas. Pensam primeiro em si, não no possível parceiro.
O sexo está em todos os lugares, especialmente na internet. Quais as consequências?
O sexo foi extremamente banalizado. Seus segredos foram roubados, e ele foi reduzido a produto. Quando se pode fazer tudo, também se pode abrir mão de tudo. A excitação de fazer algo obscuro, desconhecido e único foi em grande parte perdida.
E como o senhor vê a mulher nesse novo contexto?
A sexualidade feminina avançou muito nas últimas três a quatro décadas. Antes, uma mulher respeitada era tida como frígida. Hoje, as jovens são tão interessadas e ativas no sexo quanto os jovens. O problema da falta de orgasmo feminino também diminuiu muito em relação aos anos 60 e 70.
Com todas as mudanças, as relações monogâmicas continuam sendo o ideal perseguido pela maioria, não?
De fato, os jovens são, em sua maioria, adeptos fiéis e apaixonados da ideia de um amor para a vida toda.
Mas já existem grupos que propagam o amor por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, o que chamamos de poliamor. E eles vivem isso. Isso mostra que não existe algo como uma forma "natural" de relacionamento.
Na Europa Central, por exemplo, a monogamia de um único casamento foi amplamente substituída por uma série de relações duradouras, num fenômeno que chamamos de monogamia seriada. Esses relacionamentos fixos, muitas vezes nunca oficializados, vão se sucedendo ao longo da vida.
E como o senhor imagina que será a sexualidade no futuro?
As formas de relacionamento vão mudar muito, até porque as pessoas hoje querem experimentar e vivenciar muito mais do que antigamente, e, ainda por cima, vivem por muito mais tempo do que no passado. E hoje também é possível vivenciar a bissexualidade, o travestismo, o sadomasoquismo... Isso sem falar no reconhecimento das relações homossexuais. Esse reconhecimento vai vir até para pessoas que nem estão ligadas sexualmente, como por exemplo amigos que vivem juntos e cuidam um do outro
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/895520-individualismo-impede-pleno-desfrute-do-sexo-diz-sociologo.shtml