segunda-feira, 30 de maio de 2011

Religião deve ser levada em conta quando se trata de questões sobre sexualidade

É preciso buscar alternativas para conciliar o tradicionalismo da Igreja com visões mais modernas sobre o tema.
Três Lagoas-MS Segunda-feira, 30 de Maio de 2011
AGÊNCIA NOTISA – Questões relativas à sexualidade humana continuam sendo geradoras de polêmicas e discussões. Segundo o artigo “Orientações sobre o comportamento sexual e reprodutivo: princípios e práticas dos sacerdotes católicos”, publicado ano passado na Revista Latino-Americana de Enfermagem, isto se dá porque, além de mera atividade biológica, a sexualidade envolve questões de ordem social, cultural e familiar. Neste contexto, a religião, por ser ainda hoje manifestação importante em nossa sociedade, também tem um papel destacado na formação de considerações sobre comportamentos sexuais e reprodutivos tidos como adequados.

De acordo com os autores, Luiza Akiko Komura Hoga e equipe da Faculdade de Enfermagem da USP, não se pode ignorar a influência da religião católica em nosso país, onde, dizem no artigo, cerca de ¾ da população se declara católica, e 46,1% deles vão a missas pelo menos uma vez por semana. Assim, é preciso que profissionais de saúde e da educação adquiram “os fundamentos necessários para uma análise crítica dos fatores envolvidos em comportamentos sexuais e reprodutivos”, sendo tal conhecimento “necessário para permitir a adoção de uma postura ética, marcada pela abertura e despida de atitudes preconceituosas”, consideram.

A pesquisa foi realizada através de entrevistas com 13 padres católicos da cidade de São Paulo. De maneira geral, os pesquisadores perceberam que seus conselhos e guias seguiam uma linha conservadora e respeitosa aos ditos da Bíblia, porém “algumas instruções contrárias a estes princípios religiosos foram providenciadas por padres que acreditam que a realidade de hoje pede a consideração de um grupo de circunstâncias envolvidas nas esferas familiares e sociais”, notaram os autores. Alguns padres, por exemplo, não condenavam o uso de contraceptivos entre casais casados ou, mesmo posicionando-se contra o aborto, deixavam claro para aquelas que buscavam conselho sobre o assunto que esta é uma decisão pessoal.

Por fim, os autores mais uma vez lembram que posicionamentos quanto à sexualidade são influenciados por vários fatores, de maneira que “atividades educacionais de promoção à saúde, especialmente aquelas que envolvem direta ou indiretamente aspectos relacionados a práticas sexuais e reprodutivas, não devem ser desenvolvidos de maneira padronizada e rígida”, num sentido de buscar um consenso em que a saúde seja valorizada ao mesmo tempo em que o papel das crenças religiosas não é ignorado.

Para ver o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000600026&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/cs/60304--religiao-deve-ser-levada-em-conta-quando-se-trata-de-questoes-sobre-sexualidade

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez
Por Carla Cecarello - Psicóloga e Sexóloga

Nessa fase, a libido se altera para a maioria das mulheres. As modificações geralmente ocorrem a cada trimestre.

1º Trimestre:
O desejo cai para 77% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: ansiedade, insegurança, medo de perder o bebê. Ou rejeição à gravidez: ela culpa a si mesma ou ao parceiro por ter feito sexo e perde temporariamente o desejo.
Causas físicas para a baixa da libido: as primeiras alterações físicas pegam a mulher de surpresa e provocam incômodo na transa, como o aumento de sensibilidade nas mamas. Os toques nos seios às vezes causam dor. Ela prefere evitar as carícias e o sexo.

2º Trimestre:
O desejo aumenta para 81% das mulheres.
Causas emocionais para o aumento da libido: aumento da auto-estima. É o período de maior tranqüilidade na gravidez: ela já passou pela fase inicial, de dúvidas e incertezas sobre o bebê, e ainda não chegou à etapa final da gestação, em que as preocupações recomeçam pela proximidade do parto.
Causas físicas para o aumento da libido: acabaram os primeiros sintomas da gravidez, como os enjôos. Fase de grande lubrificação vaginal, o que torna a penetração mais prazerosa.

3º Trimestre:
O desejo diminui para 80% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: há uma auto-imagem negativa. Pensamentos que atrapalham: “estou gorda”, “estou feia”, “não estou atraente o suficiente para o sexo”. A ansiedade e o medo do parto atrapalham, assim como algumas crenças equivocadas (acham que transar machucaria o bebê).
Causas físicas para a baixa da libido: o corpo está muito mudado: a barriga cresceu, a lubrificação vaginal diminuiu... Isso coloca empecilhos ao sexo vaginal, o que repercute negativamente no desejo.

Ser mãe e amante: é possível?
Por Ângela Regina Freitas da Silva - Psicóloga e Sexóloga do Projeto AmbSex

Quando a mulher engravida, a relação sexual entre o casal se torna “devagar, quase parando.” Esse fato pode ocorrer devido a preocupação por parte do homem de poder machucar o bebê durante a penetração e na transformação da amante em mãe que representa uma figura imaculada, pura, confundindo-o e em alguns casos fazendo-o perder o desejo pela parceira.

Com isso, ela se sente desvalorizada, não desejada, muitas vezes o seu próprio desejo é sufocado e, aos poucos, os amantes vão se distanciando. Não se consegue perceber que essa mãe também pode ser uma mulher cheia de desejos, vontades. A comunicação entre os parceiros deve ser sempre incentivada e se faz necessária uma adaptação às mudanças. A mulher sendo mãe e amante completa-se: são dois papéis distintos e existentes numa só pessoa e há posições possíveis para as relações sexuais durante a gravidez (exceto para uma gravidez de risco), que não irão machucar o bebê e deixará a parceira confortável. Portanto, os dois continuarão a ter uma relação prazerosa, sem culpa e certamente ficarão cada vez mais unidos.

No caso de a dificuldade persistir, é aconselhável a psicoterapia de casal com o objetivo de estimular o diálogo entre eles, além de dar apoio e segurança nessa etapa de suas vidas.

Fonte: http://projetoambsex.com.br

domingo, 29 de maio de 2011

Esgotamento emocional também causa impotência

20/05/2011 -- 14h42
Esgotamento emocional também causa impotência
A chamada 'Síndrome de Burnout' é diferente da depressão e também acarreta dificuldades no dia a dia


Num mundo de trabalho cada vez mais competitivo, não é raro ouvirmos entre familiares, amigos, colegas ou em conversa de café, as expressões: ''Sinto-me como uma bateria a descarregar'' ou ''Estou esgotado''. A Síndrome de Burnout surge como um quadro psicológico frequente nos pedidos de terapia. Corresponde a exaustão física e psíquica, acompanhada de falta de realização profissional e da sensação de que todos os objetivos profissionais, a que o indivíduo se propôs, falharam.

Confunde-se com a depressão e convém esclarecer as diferenças entre estes quadros clínicos. No Burnout existe o cansaço físico e psíquico associado a atividade profissional, sabendo o indivíduo quais são as razões exatas para esse cansaço. Contudo, o indivíduo continua a retirar prazer na realização de outras atividades, fora do contexto laboral.

Sintomas: esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais; despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado; sintomas físicos de estresse, sendo cansaço e mal-estar.

Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima; frequente irritabilidade, inquietude, dificuldade de concentração, baixa tolerância a frustração, comportamentos paranóides e/ou agressivos para os clientes, companheiros e família.

Manifestações físicas: como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em transtornos psicossomáticos. Estes, referem-se à fadiga crônica, frequentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, e outros.

Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento, atitude cínica, falta de paciência e irritabilidade, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e familiar.

O tratamento da Síndrome de Burnout pode ser feito de várias formas: encaminhamento ao psicólogo; sessões de grupo (trocar ideias com outras pessoas); sessões de relaxamento; terapêutico (fármacos antidepressivos); psicoterapia (acompanha o tratamento farmacológico sendo uma ajuda de bom êxito da terapêutica). Muito importante neste caso é o psicoterapeuta, que deve procurar incutir no doente a constância necessária para prosseguir a terapêutica farmacológica. A psicoterapia compreende diversos tipos de tratamento psicológico e através de conversas e exercícios, de um terapeuta qualificado, ajudam a ultrapassar a crise, incutindo-lhe segurança e dando-lhe o apoio necessário.

Eliane Marçal, psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--134-20110520&tit=esgotamento+emocional+tambem+causa+impotencia

Sexo na terceira idade reforça sensação de aconchego

26/05/2011 -- 15h42
Sexo na terceira idade reforça sensação de aconchego
A sexualidade continua a proporcionar sensações agradáveis, carinho, afeto e boa comunicação, resultando em sentimento de felicidadee bem-estar


A função sexual envolve processos biológicos básicos, iniciada na concepção prosseguindo na maturidade. Recebe influência variada na cultura de acordo com valores próprios, estereótipos de masculinidade e de feminilidade, e tabus sobre comportamento sexual.

Aspectos psicológicos e emocionais afetam acentuadamente o comportamento sexual. O casamento traz nova dimensão à função sexual e, os filhos, novos estágios ao desenvolvimento sexual com a figura do pai e da mãe, e todas as suas repercussões.

Com o avanço da idade há tendência na diminuição da função sexual havendo queda na frequência das relações sexuais. Após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes corrigidos com uso de medicação apropriada.

O homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência é de fatores emocionais.

O sexo na terceira idade reafirma a identidade, demonstrando que a pessoa pode ser valiosa para outra. Junto ao sexo estão valores importantes nessa etapa da vida: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor.

Na terceira idade podemos constatar diminuição de resposta aos estímulos sendo um processo normal de envelhecimento, pois os idosos ignoram mudanças normais das funções sexuais próprias com o passar do tempo e, por falta de informação, adota atitudes erradas em relação a atividade sexual, podendo ser influenciados pela ansiedade da expressão sexual.

Quando o homem envelhece, a impotência acentua especialmente em homens cardíacos, diabéticos e hipertensos. Já se foi o tempo em que os idosos sentiam-se incapacitados para desfrutar a vida sexualmente feliz. O corpo se transforma e os desejos modificam, mas não acabam.

A sexualidade continua a proporcionar sensações agradáveis, carinho, afeto e boa comunicação, resultando em sentimento de felicidade, segurança e bem- estar.

É fato que a maioria das pessoas apresenta diminuição das atividades sexuais, mas não significa decaimento da capacidade de amar, de ter, dar e receber prazer.

Pesquisas atuais indicam que qualquer indivíduo saudável pode ser sexualmente ativo independente da idade, e que a atividade sexual faz bem a saúde tanto física como mental, além de ter um impacto positivo na qualidade de vida.

Eliane Marçal - psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--169-20110526&tit=sexo+na+terceira+idade+reforca+sensacao+de+aconchego

sábado, 28 de maio de 2011

Novo remédio para ejaculação precoce está perto de aprovação

Disfunção sexual

Novo remédio para ejaculação precoce está perto de aprovação
Medicamento pode eliminar a necessidade de tranquilizantes de uso contínuo para o tratamento da disfunção sexual, que atinge 30% dos homens
Ejaculação precoce: entre 25% e 30% da população masculina sofre com o problema (iStockphoto)
Por ser considerado um distúrbio de ansiedade, a ejaculação precoce tem difícil tratamento. Atualmente, os médicos indicam tranquilizantes de uso contínuo
Uma nova droga para o tratamento da ejaculação precoce tem indicado bons resultados em testes clínicos e está quase pronta para ser lançada comercialmente. Produzido pela Ampio Pharmaceuticals, o medicamento terminou a última fase de testes clínicos, com 604 pacientes, nos quais mostrou resultados estatisticamente relevantes. A companhia farmacêutica agora espera a aprovação para comercialização na Europa.

Batizado de Zertane, o novo medicamento tem uma grande vantagem em relação aos usados atualmente para o tratamento da disfunção: é um comprimido tomado via oral antes das relações sexuais. Os outros são de uso prolongado, e têm de ser ingeridos diariamente. "O tratamento da ejaculação precoce é tradicionalmente feito com remédios que diminuem a ansiedade, como ansiolíticos (tranquilizantes), que demoram entre 15 e 20 dias para fazer efeito e são de uso contínuo", diz o urologista Carlo Passerotti, do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

A substância ativa do novo medicamento é o cloridrato de tramadol, substância usada desde a década de 1990 no tratamento da dor. Segundo a empresa, o Zertane aumenta o controle da ejaculação. A Ampio é especialista em “reposicionamento” de medicamentos. Ela testa substâncias que já foram aprovadas e estão no mercado no tratamento de doenças diferentes das previstas originalmente. A ejaculação precoce é a disfunção sexual masculina mais comum e atinge de 25% a 30% dos homens entre 18 e 75 anos.

(Com Agência Reuters)
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/novo-remedio-para-ejaculacao-precoce-esta-perto-de-aprovacao

Ícone nova-iorquino, transexual Amanda Lepore diz que Lady Gaga ajudou a diminuir preconceito

Ícone nova-iorquino, transexual Amanda Lepore diz que Lady Gaga ajudou a diminuir preconceito
26/05/2011 12h50• Neto Lucon, com tradução de Gabriel Nanbu e Diego Bonel
A musa transexual Amanda Lepore

Uma gritante imagem loura, recortada das fotos do conceituado fotógrafo David LaChapelle, circulou por São Paulo em uma tarde de sábado, dia 14 de maio. Pálida, com lábios carnudos e extremamente vermelhos, era apontada como uma alucinação de Marylin Monroe. Os olhares tortos de curiosos eram comuns, mas ela parecia não se importar.

Rumo à escadaria da Avenida 13 de Maio, inspirava-se nos passos da envolvente marciana interpretada por Lisa Marie em “Marte Ataca” (comédia americana de 1996). Com toda delicadeza e pompa de uma diva, estava empolgada por estar pela terceira vez no Brasil, onde gravou o clipe Turn me on Turn me Over.

Amanda Lepore, a tal figura vibrante que contrastou com o cenário cinza de São Paulo, é um grito. Uma hipérbole, boneca pop art que anda, pensa, fala e canta. Uma imagem moldada pelas mãos de cirurgiões plásticos, eternizada por LaChapelle e inspiração para letras do rapper Cazwell.

Nada nela é óbvio. Até mesmo as intervenções cirurgias – tidas por muitos como artificiais – serviram para aliar ao mais íntimo sentimento: o de ser mulher. Embora tenha uma imagem incomum e ousada, é tranquila e extremamente educada.

Ícone da noite americana e musa de LaChapelle (fotógrafo que também adotou ícones como Madonna, Cher, Elton John e Lady Gaga), a cantora nova-iorquina conversou com o Virgula com exclusividade. Aqui, falou sobre o novo álbum, o que pensa sobre Lady Gaga, Britney Spears, a brasileira Lea T e revelou detalhes de sua intimidade.


Você esteve aqui para gravar o clipe Turn me on Turn me Over. Por que escolheu o Brasil?
Eu e Marco Ovando (diretor do clipe) pensamos que o Brasil se encaixaria melhor pelas imagens dos garotos bonitos e seus contrastes. Assim como o título sugere, “os brasileiros me excitam”. A música é na verdade uma canção que fizemos há uns três anos. Eu cheguei a tocá-la uma vez com o Scissor Sisters, em Dallas, e outra em que o som não estava muito bom. O clipe foi gravado todo no Brasil, em um clube e no hotel em que fiquei hospedada.

Ícone da noite nova-iorquina, quando você se descobriu artista e começou a ser considerada diva?
Acho que logo quando comecei a trabalhar em night clubs, como na festa Disco 2000, em Nova York. Nós éramos tratadas como estrelas, embora não fôssemos.

Isso aconteceu como? Foi de repente, “ok, sou uma diva”?
Eu só queria ser uma garota normal, era muito tímida. Na noite, só estava tentando me virar. Mas depois teve o David LaChapelle que começou a me fotografar e isso virou uma bola de neve: entrevistas, reportagens, comecei a ser respeitada seriamente como uma diva. Mas teve gente que achou que me tornei famosa por causa das plásticas.

Que diferença você nota do cenário dos clubes de antigamente para o atual?
Quando comecei a trabalhar, as transexuais não eram vistas como parte da cultura gay. Tanto que trabalhava em clubes héteros, ao lado dos gogos e dançarinas. Fui provavelmente uma das primeiras transexuais na cena de clubes de Nova York e eles realmente não sabiam o que fazer comigo. Como me encaixava melhor entre as garotas, eles me colocavam com elas. Só mais tarde é que comecei a perceber que era mais convidada para festas gays.

Quando notou essa mudança?
Acho que quando começaram a incluir as transexuais nos direitos homossexuais, quando os gays começaram a ser mais receptivos. Hoje eu só trabalho em festas gays. A maior mudança é essa: começou de nada gay e agora é tudo gay.

O que acha de cantoras mais montadas de hoje, quase-drags, como a Lady Gaga?
Eu gosto, acho que ajuda muito pessoas como eu. Britney Spears, Christina Aguilera, Jennifer Lopez, Lady Gaga, as pessoas vêem e pensam “eu gosto dela, e posso gostar também do trabalho da Amanda”. Acho que parte do sucesso da Lady Gaga vem do jeito que ela se veste. Acho a música boa, embora coisas novas não sejam as minhas favoritas.

O que escuta em casa?
Gosto muito de Kylie Minogue. Não compro música, porque gasto mais dinheiro com roupas e acessórios, mas ganho muitos presentes. Gosto de música boa em geral: velha, disco music... Entre Britney e Christina, prefiro a voz de bebê da Britney, apesar de tecnicamente a Christina ter uma boa voz. Da Rihanna prefiro o visual, a voz é muito sintetizada. Sobre a Lady Gaga, gostei do primeiro trabalho, mas não muito dos outros.

Recentemente você traçou uma parceria com o rapper Cazwell. Como o conheceu?
Nós nos conhecemos em clubes que trabalhamos juntos. Eu era fã da música dele e o chamei para tocar em minha festa de aniversário.

Depois ele colocou você em alguns clipes...
Sim, ele me colocou. É que passamos muito tempo próximos, e ele começou a escrever músicas sobre minhas experiências. A primeira foi “Champagne”. Eu gostei, as pessoas gostaram e foi um sucesso. E continuamos fazendo outros trabalhos em parceria.

Parceria ainda maior foi com David LaChapelle. O que poderia falar sobre os bastidores dos ensaios?
Ele é muito organizado, tudo é desenhado antes em storyboards. Gosta de discutir o cabelo e tem muitas referências. A equipe é enorme e tudo é planejado. Hoje ele tem sucesso e dinheiro para fazer dessa forma.

Você chega dar opinião nas fotos?
No começo eu não dava opinião. Mas agora ele me deixa escolher as fotos. Ele é muito meticuloso. Acho que uma das razões pelas quais a gente se dá tão bem é que ele percebeu que tenho uma visão que ninguém tem. E ele curiosamente também vê do meu jeito.

Conhece a modelo brasileira e transexual Lea T?
Ela é ótima! É uma modelo linda. Há sempre uma fascinação de deusas transexuais. Aconteceu isso nos anos 80, 60, 70, 90 e tem agora a Lea T. Sempre tem “a” pessoa, mas você nunca as vê como supermodels. Não é aceito dessa forma, é apenas uma fascinação.

O que acha da atual presença trans na mídia?
Sempre existiu um movimento de valorização da transexual, com uma fascinação, como se fôssemos deusas. Mas logo depois tudo isso acaba, não tem mais espaço. E é um pouco estranho, ainda existe muito preconceito, mas acho que está ficando mais comercial. Hoje vemos transexuais na televisão, trabalhando em lojas...

Quando você era pequena, não existiam tantas referências de transexuais. Em quem você se inspirou?
Sempre me senti garota e não entendia porque meus pais compravam roupas de menino. Pensava que eles estavam me punindo. Minhas referências foram as estrelas do cinema. Passava horas assistindo filmes antigos. Minha mãe e minha avó também gostavam de se montar. Nesta época, as mulheres tinham um acabamento drag queen, elas eram muito produzidas, assim como a Dita Von Teese é hoje em dia.

Como seus pais lidavam com sua vontade de adentrar no universo feminino?
Meu pai pegava todas as minhas bonecas, mas eu dizia que não iria para a escola e ele devolvia (risos). Minha mãe passou muito tempo hospitalizada, então meus familiares sentiam pena de mim. Minha avó me dava bolsas, jóias, me deixava usar perfume. Eles faziam isso porque achavam que eu era infeliz e que era apenas uma fase.

Você gosta de cantar no chuveiro, esse tipo de coisa?
Quando eu era pequena, cantava em frente ao espelho e fingia que estava me apresentando.

Como você é na intimidade? Você se maquia sempre?
Eu me maquio todos os dias, mas às vezes vou à academia sem nada. Gosto de pensar que não sou reconhecida, que passo batida, mas não passo (risos). Alguns namorados dizem que quando eu tomo banho e tiro a maquiagem não fico tão diferente. Mas de fato me sinto mais confortável maquiada.

E o que podemos esperar de você nos próximos anos?
Gosto de me manter ocupada e estou ficando mais confiante como performer. Não tomo as coisas como ganhas e por isso trabalho duro. Gostaria de fazer filmes ou escrever. Mas hoje meu foco é na música. Meu álbum sai em junho, 25, e tem 14 faixas.

Pretende voltar ao Brasil?
Oh, sim, claro. Podem esperar...

http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2011/05/26/276211-icone-nova-iorquino-transexual-amanda-lepore-diz-que-lady-gaga-ajudou-a-diminuir-preconceito

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Novo remédio para ejaculação precoce deve entrar no mercado

Novo remédio para ejaculação precoce deve entrar no mercado

Por Natasha Romanzoti em 25.05.2011 as 17:22 RSS Feeds

A empresa farmacêutica Ampio Pharmaceuticals está testando uma nova droga para tratar ejaculação precoce, e afirmou que o estágio final de pesquisa apresentou resultados estatisticamente significativos na Europa.
A Ampio havia dito em um comunicado que a ejaculação precoce é a disfunção sexual masculina mais comum, que atinge cerca de 23% de todos os homens com idades entre 18 e 75 anos.
A nova droga, chamada Zertane, é tomada quando necessária, antes da atividade sexual. O remédio não deve ser tomado diariamente.
O ingrediente ativo em Zertane é o hidrocloreto de tramadol, que tem sido utilizado para alívio de dor desde meados da década de 1990. A Ampio é especializada em “reposicionamento” de drogas, ou seja, em testar medicamentos anteriormente aprovados para encontrar tratamentos para novas indicações.
Segundo a empresa, a análise dos resultados excedeu as expectativas, portanto eles esperam que os dados do estudo permitam que a droga seja aprovada e regulada na Europa. A Ampio não mencionou planos de mercado na América, por enquanto.[MSN]
http://hypescience.com/novo-remedio-para-ejaculacao-precoce-deve-entrar-no-mercado/