segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sensibilização sobre gênero, sexualidade e saúde é discutida em oficina

Sensibilização sobre gênero, sexualidade e saúde é discutida em oficina
Evento é promovido pela Petrobras atendendo demanda das comunidades com as quais trabalha
Promovida pela Petrobras, a oficina ocorreu no CCMar

Discutir assuntos relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos e à promoção da igualdade entre homens e mulheres. Esta é a proposta da oficina de Sensibilização sobre Gênero, Sexualidade e Saúde iniciada hoje, 07, no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar), em uma promoção da Petrobras, através da Implementação de Empreendimentos para a P-55.

O curso, realizado das 8h às 17h, termina no final da tarde desta quarta-feira, e tem a participação de representantes das secretarias municipais de Saúde, de Cidadania e Ação Social e de Educação, do Conselho Tutelar, de escolas estaduais e municipais, da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São José do Norte e do Centro Educacional Fraternidade.

A oficina é realizada pelo Instituto Promundo, por meio de convênio com a Petrobras. O Promundo é uma organização não-governamental que tem como missão promover a equidade do gênero, saúde sexual e reprodutiva e prevenção de violência contra mulheres. Como parte de sua estratégia, o instituto desenvolve materiais educativos e campanhas que têm sido adaptadas e avaliadas em diversos países. A Petrobras está oferecendo essa atividade em 13 estados brasileiros, destinando-a a profissionais de diversas áreas, lideranças e moradores de comunidades que desejem trabalhar esses temas. A iniciativa também visa a proporcionar atividades educativas que criam um espaço participativo e de confiança e que possam ser utilizadas pelos participantes em suas ações.

A estatal diz que a intenção é, dessa forma, criar planos de ação nas comunidades em que atua, para serem desenvolvidos posteriormente, que contribuam para a promoção da equidade de gênero e para a reflexão sobre o tema, garantindo a proteção dos direitos das crianças, adolescentes e jovens e a promoção de ambientes mais saudáveis. Os participantes da oficina são todos pessoas que atuam em projetos para orientação de jovens sobre questões relacionadas ao tema. A Petrobras se dispôs a trabalhar esse assunto porque é uma demanda das comunidades em que desenvolve atividades sociais.

A instrutora do curso, Danielle Bittencourt, do Promundo, diz que o público reunido é composto de multiplicadores e está recebendo treinamento para depois passar os conhecimentos adquiridos às comunidades com as quais atua. A professora Janete Cardoso Pinto, diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alcides Barcelos, do bairro Getúlio Vargas, do Rio Grande, que está participando do curso, falou que a oficina dá subsídios para os participantes se instrumentalizarem para atuar em situações de conflito entre crianças e adolescentes quando estas ocorrerem. Conforme ela, as escolas têm que mostrar o caminho a seus estudantes e deve buscar experiências para isso, reunindo informações para lidar com o momento atual.

Durante a oficina, são distribuídos aos inscritos um manual de atividade educativa para sensibilização sobre Gênero, Sexualidade e Saúde, além de vídeos sobre masculinidade, feminilidade e homossexualidade.

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=12785

Bexiga hiperativa diminui um terço da atividade sexual

13/06/2011 -- 16h35
Bexiga hiperativa diminui um terço da atividade sexual
Estima-se que 19% da população brasileira sofra dessa disfunção miccional; somente um quarto dessa população busca atendimento especializado


A Síndrome da Bexiga Hiperativa figura entre os principais problemas urinários apresentados por pessoas de ambos os sexos. Manifesta-se por uma vontade incoercível de urinar, aumento no número de micções durante o dia e à noite e, em muitas vezes, é acompanhada por perda involuntária de urina, chamada de incontinência urinária.

Estima-se que 19% da população brasileira sofra dessa disfunção miccional. Somente um quarto dessa população busca atendimento especializado. As razões são diversas: acreditar na normalidade da situação, associar a situação urinária a outras vivenciadas por parentes, crer na inexistência de um tratamento efetivo, ou simplesmente, vergonha.

O receio de expor a outra pessoa uma situação tão íntima quanto a incapacidade de conter a urina é algo usual. Em jovens, esse fato é ainda mais constrangedor e faz com que esse grupo etário evite abordar o assunto mesmo em consultas médicas. Essa postura acarreta um distanciamento não apenas da possibilidade de um diagnóstico correto e tratamento efetivo, mas de pessoas próximas ao seu convívio.

Metade dos portadores de bexiga hiperativa evitam manter atividades sexuais. Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine avaliou o impacto da bexiga hiperativa na saúde sexual de mulheres. Enquanto 91% das participantes sem a disfunção vesical mantinham relações sexuais mais do que uma a três vezes por mês, apenas 50% das portadoras de bexiga hiperativa mantinham essa atividade. Tal fato foi mais notório entre as mulheres com bexiga hiperativa e incontinência urinária.

Não apenas mulheres sofrem de transtornos na esfera sexual. Entre os homens com bexiga hiperativa a atividade sexual cai a um terço e a disfunção erétil ocorre uma vez e meia a mais quando comparados a homens com a função vesical preservada. A disfunção erétil nesse grupo de pacientes se assemelha à observada em outras doenças classicamente envolvidas com essa fisiopatologia, como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial.

A redução no prazer obtido durante a relação sexual e da satisfação da vida sexual levam essas pessoas a refutarem o relacionamento.

As opções de tratamento são várias, desde medidas comportamentais e exercícios pélvicos à aplicação da Toxina Botulínica na bexiga, passando pelo uso de medicações orais. O tratamento cirúrgico figura como opção final, quando as precedentes falharam, o que tem ocorrido cada vez menos. A melhora da qualidade de vida após a obtenção de sucesso no tratamento é marcante também entre outras situações desencadeadas pela existência da bexiga hiperativa, como no desempenho profissional e na depressão.

O retardo no diagnóstico e tratamento acarreta um desgaste na vida sexual, muitas vezes com danos irreparáveis no relacionamento de um casal. Não apenas o controle miccional, ou a proteção ao trato urinário superior, em risco pela atividade aumentada da bexiga merecem a atenção. O reconhecimento deste efeito paralelo provocado pela bexiga hiperativa é crítico na sua abordagem e restabelecimento da qualidade de vida daqueles acometidos pela Síndrome da Bexiga Hiperativa.

José Carlos Truzzi - doutor em Urologia (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--92-20110613&tit=bexiga+hiperativa+diminui+um+terco+da+atividade+sexual

Sexualidade infantil exige preparo dos pais

06/06/2011 -- 16h33
Sexualidade infantil exige preparo dos pais
Nos primeios anos, os pais são os principais modelos de referência da criança; tal processo é chamado de identificação


Qual é o pai ou mãe que não fica sem saber o que fazer quando seus pequenos começam a descobrir sua sexualidade? A curiosidade é uma reação inata da criança frente à descoberta do ambiente. Quando nascemos nossa percepção é toda sensorial.

Os primeiros contatos da mãe com o bebê no banho, na amamentação, a troca de carinho e de olhar propiciam momentos de puro prazer. Isso configura as primeiras sensações que servirão de base para edificar os vínculos amorosos e o despertar do desejo de aprendizado.

Aos três anos, a criança começa a conhecer e a pensar. Isso a leva a querer compreender como funciona o contexto do ambiente. Passa a perceber melhor o mundo à sua volta e começa a ter seus próprios interesses, como escolhas de suas roupas e entretenimentos. Nos primeios anos, os pais são os principais modelos de referência da criança. É o que chamamos de processo de identificação. São eles que irão determinar se uma dada ação da criança foi adequada ou não.

Aos quatro anos, elas desenvolvem aspectos básicos de responsabilidade e de independência. É o início da idade escolar. Passam a ver diferenças entre pessoas do sexo masculino e feminino, tanto nos aspectos físicos quanto nos aspectos psicológicos.

Com cinco e seis anos, as crianças procuram resolver problemas de maneira certa ou errada, racional ou não. Ainda nessa mesma faixa etária, passam a buscar as razões, os porquês por trás de um problema ou de um fato. Tendem a observar os padrões de comportamento ensinados pela família e sociedade.

Nesse momento, a curiosidade de saber como elas vieram ao mundo e a diferença entre meninos e meninas começam a ser despertadas. A melhor maneira de o adulto receber e responder esses questionamentos é com clareza e simplicidade. Hoje podemos contar com o auxílio de vídeos e livros educativos que visam mostrar de maneira clara e simples assuntos que envolvem sexualidade.

Quando se pensa em educação sexual na infância, temos que pensar em desenvolvimento emocional, ou seja, deve ser levado em consideração o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança. A maneira como os pais responderão as curiosidades e dúvidas podem influenciar direta ou indiretamente no seu desenvolvimento e na prática sexual na vida adulta. É importante então evitar respostas falsas ou evasivas. Se a criança for atendida e respeitada pelos pais em seus questionamentos, ela estará mais preparada para adquirir equilíbrio emocional e usufruir de uma vida sexual saudável e segura na vida adulta.

A grande vantagem de se ter uma conversa aberta e verdadeira com os filhos sobre sexo é o aumento da intimidade e a afetividade entre eles. É importante também repetir a explicação sempre que necessário. E é claro, caso os pais ainda tenham dúvidas ou se sintam inseguros, eles podem procurar ajuda de especialistas que poderão auxiliá-los na introdução do tema para seus filhos.

Débora Trindade Lanna - psicóloga (Curitiba)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--48-20110606&tit=sexualidade+infantil+exige+preparo+dos+pais

domingo, 12 de junho de 2011

como fazer sexo em público

como fazer sexo em público
Por Maria Joana |
Sabe quando se está na recepção de um consultório e observar as pessoas ao redor começa a ficar chato? Pois é, resolvi pegar uma dessas revistas alienadoras femininas para folhear e detive minha atenção em uma matéria com perfis de famosas. Além das perguntas (e respostas) clichês das mais clichês, a que me interessou foi: qual o lugar mais estranho que já fez sexo. Fiquei preocupada com os relatos. Ou a fama não é nada divertida ou essa mulherada precisa se soltar mais.

Por isso resolvi que a partir de agora, vez ou outra, postarei texto com dicas. O primeiro deles, claro, só poderia ser sobre como transar ao ar livre e fora dos quartos e casas (pelo menos da sua e dele).
Fazer sexo em lugares públicos não é atitude para qualquer um. Ficar quase pelado sem ser preso por atentado ao pudor é uma arte. Transar em recintos onde há trânsito de pessoas requer classe, pois não é elegante constranger o próximo. Claro que isto acaba acontecendo de vez em quando ou você nem percebe que viram (aprecio os discretos).
Por mais que eu e outros tantos seres vivos consideremos o ato normal e essencial a uma relação, o medo de ser pego pode causar sérios recalques em uma pessoa. Para que ninguém passe vontade, aqui vão algumas dicas para você se dar bem e ter pequenos momentos de prazer ao longo do seu dia, noite, horário de almoço, intervalo na academia…
Passo 1 – (e mais importante) Parceiro(a)
- Ele tem de ser safado, bem safado. Do tipo que diz pornografias no seu ouvido enquanto vocês esperam os amigos pagarem a conta.
- Ele deve ser aquele que te dá discretos apertões na bunda ou te pega pela cintura daquele jeito em qualquer lugar.
- Ele te encoxa quando você está de costas e/ou fica respirando quente e ofegante na sua nuca.
- Se além de todos os itens citados, ele fica excitado facilmente: escolhido! Ps. Nunca desperdice uma ereção. No caso de alguns, não temos como saber quando irá acontecer de novo.
Passo 2 – Lugar
- Qualquer hora é hora e qualquer lugar é o lugar.
Passo 3 – Ação!
- Se as chances de vocês ficarem solitos, ou se esconderem em qualquer canto são grandes, comece a excitá-lo o quanto antes.
- Vá até o banheiro, ou se estiverem sozinhos, tire sua calcinha ali mesmo e deixe o gato morrendo de tesão. Ficar com ela também é válido. Adoro quando ele me prende forte na parede e a tira para o lado.
- Assim que ficarem sozinhos, é bom você ter prática em colocar a camisinha rápido, senão, deixe a tarefa para ele.
- Arrume o lugar: afaste as coisas em que você ou o gostoso podem esbarrar.
- Verifique o território: lugares para colocar os pés, apoiar as costas, a barriga, as mãos. Não é só porque o sexo é rápido que precisa ser papai e mamãe, né? (sem tirar o mérito da posição).
- Nada de ruídos altos. Respiradas ofegantes e sacanagem ao pé do ouvido valem, mas deixe o escândalo para quando estiver entre quatro paredes, ou para lugares inóspitos sem ‘vizinhos’ próximos.
- Se forem pegos, chegou o momento de testar seus dotes artísticos: improvise. Uma vez eu estava no sofá da casa do gato, sentada em cima dele, rebolando gostoso, quando o irmão do cara entra na sala. O lance foi abraçá-lo e disfarçar (esta não foi uma das minhas melhores atuações). A sorte é que eu estava de vestido e ele cobria a ‘situação’.
Dica superimportante:
Se estiver bêbada é possível que lembre destas dicas, mas as chances de você ser pega sobem em progressão geométrica. Ainda mais se você estiver mandando ver dentro do carro, às 9h30 de um sábado no centro da cidade. Mas esta história fica para outro dia.
http://www.negodito.com/maria-orgasmos-como-fazer-sexo-em-publico/

Mais do que massagem, é prazer a dois

Mais do que massagem, é prazer a dois
No Dia dos Namorados um presente sensual e estimulante para melhorar ainda mais a relação dos casais apaixonados
Dayana Souza
redacao@eshoje.com.br
Dizem que massagem é para relaxar depois de um longo dia de trabalho. Ou então para tirar aquela dorzinha em alguma parte do corpo. Mas, muito mais que isso, a massagem pode fazer parte do jogo
de sedução. Jogo esse, que desperta a vontade de sempre querer mais. Não é à toa que nos sex shops de Vitória, um dos produtos mais vendidos são as famosas velas aromatizantes que não queimam.
“É só pingar a vela derretida - que vira um óleo - na pele do companheiro. Não queima e tem um cheirinho bem gostoso. Quando o óleo é derretido e jogado no corpo do parceiro, começa a massagem. Não é qualquer massagem, é de sedução”, informou a proprietária do Madame Frisson, Denise Calmom.
Na massagem sensual, os toques são estimulantes e devem ser usados como fonte de prazer. A maneira é explorar ao máximo o que se tem. Pode-se usar as mãos, o corpo e, se ainda preferir, alguns acessórios. O objetivo não é relaxar o parceiro, mas excitá-lo. A massoterapeuta, Léa Regina, diz que uma boa massagem sempre satisfaz, quando há interesse entre os parceiros de algo
a mais. “A massagem comum é tão eficiente, que até mesmo quem estava cansado e sem
disposição, muda de opinião”.
A empresária e sexóloga Amanda Calmom, diz que o uso de cosméticos sensuais ajuda, e muito, na relação de um casal. “Ajuda o casal a criar mais intimidade. Um passa a descobrir o outro. Sem falar na quebra da rotina, que faz bem a todo mundo. Ter uma novidade é sempre bom”.
Segundo a empresária Denise Calmom, com a chegada do Dia dos Namorados o comércio do mundo sexual está muito aquecido. “As pessoas querem inovar, fazer surpresas. Buscando, com acessórios, fazer desse dia mais especial”
http://www.eshoje.com.br/IMG/UPLOAD_FILES/JORNAL_PDF/1_pdfjornal_335.pdf

Após escândalos, Giggs buscará ajuda para tratar ‘vício em sexo’

Após escândalos, Giggs buscará ajuda para tratar ‘vício em sexo’
Segundo jornal, veterano do Manchester vai se tratar do problema como fez o golfista americano Tiger Woods em 2010
12.06.2011 | Atualizado em 12.06.2011 - 01:00
Envolvido em dois escândalos seguidos, um caso com a cunhada e outro com uma ex-Big Brother, o meia Ryan Giggs, do Manchester United, já procura ajuda psicológica para salvar seu casamento com a esposa Stacey. Pelo menos é o que garante o jornal “The Sun” na edição deste sábado.

Segundo a publicação, o veterano galês de 37 anos vai fazer terapia para curar seu vício em sexo depois de ver relacionamentos extraconjugais com Natasha Giggs, ex-mulher do irmão Rhodri, e com a modelo Imogen Thomas, pararem nas manchetes de jornais e sites de todo o planeta.

Apesar de tudo, a esposa de Giggs teria dado uma chance a Giggs e aprovado a idéia do terapeuta, mesmo método que o golfista americano Tiger Woods usou no ano passado por conta de uma problema de compulsão sexual.As informações são do Globo Esporte.
http://www.correio24horas.com.br/esportes/detalhes/detalhes-3/artigo/apos-escandalos-giggs-buscara-ajuda-para-tratar-vicio-em-sexo/?id=152&tx_ttnews%5Btt_news%5D=133020&cHash=467aac0f6cbcba92545347ebd43af795

Por que traímos?

Por que traímos?
Por Duda Schwab - Equipe BBel

Você encontra um bilhete de motel no bolso da calça do seu namorado. Era o que você precisava para confirmar a traição. A primeira pergunta que você quer fazer é: por que ele me traiu? Antes de tentar entender o porquê da traição, devemos diferenciar o sexo do amor e descobrir se mulheres e homens traem pela mesma razão.

O médico psiquiatra e psicoterapeuta Flávio Gikovati, em palestra feita na Casa do Saber, em São Paulo, afirmou que sexo e amor não são fenômenos únicos e iguais, e que é um erro confundir os dois sentimentos. Para o psicoterapeuta, o amor é algo interpessoal, ou seja, precisa de duas ou mais pessoas para existir, precisa da troca. Já o sexo é algo pessoal. "Tanto é pessoal que quando sentimos prazer na hora do sexo, fechamos os olhos" explica.

Para o psicólogo especialista em relacionamentos amorosos Thiago de Almeida, homens e mulheres traem por razões distintas. "Temos diferenças biológicas, o homem possui 30% mais o hormônio testosterona do que a mulher, o que faz com que eles tenham mais libido, mais desejos sexuais. Enquanto as mulheres possuem 10% a mais de ocitocina no organismo, que, entre outras funções, é responsável pelo sentimento de apego e de vinculação afetiva", afirma.

Por isso, homens traem mais por razões sexuais e mulheres por razões emocionais. "Ternura e tesão são coisas diferentes, a fidelidade sexual é diferente da fidelidade emocional", lembra Gikovati.

Outro ponto que favorece os homens na traição exclusivamente sexual é o fato de eles possuírem desejo visual, e a mulher não. "Mulher se excita ao perceber que é desejada, por isso elas se embelezam mais, tudo para serem notadas. Enquanto os homens gostam de olhar o seu objeto de desejo e se excitam visualmente", comenta Flávio Gikovati.
Uma pesquisa realizada pelo psicólogo Thiago de Almeida com 900 pessoas, dentre elas 356 homens e 544 mulheres de várias faixas etárias, classes sociais e orientações sexuais, mostra que 90% das mulheres se dizem fiéis aos seus companheiros. Entre os homens, esse percentual cai para 60%.

O "efeito novidade", ou o que os cientistas chamam de "efeito Coolidge", que é uma referência ao ex-presidente norte-americano Calvin Coolidge, diz respeito ao ato de procurar novos parceiros para diferenciar a vida sexual.

A lenda diz que a ex-primeira-dama passeava pela fazenda quando foi informada de que um boi copulava 17 vezes ao dia. Ironicamente pediu que os assessores contassem o fato para Coolidge. Quando foi informado, Coolidge descobriu também que o boi copulava sempre com vacas diferentes: "Contem para minha esposa", teria dito ele.

O "efeito novidade" apareceu em primeiro lugar nas razões de infidelidade dos homens, com 35,6%. Para elas, ter um parceiro novo é a segunda razão para ser infiel, com 19,7%, perdendo apenas para a vingança de ser traída, que aparece na pesquisa com 33,8%.

Outra razão citada pelos entrevistados é o prazer e o efeito lúdico da conquista, que foi citada por 19,6% dos homens e 11,3% das mulheres. A carência física também foi apontada como razão da "pulada de cerca" de 7,7% dos homens e 15,5% das mulheres.

Flávio Gikovati acredita que existam dois grupos distintos de traidores: os egoístas e os generosos. Os traidores egoístas são as pessoas que toleram mal as frustações, e não possuem maturidade emocional. Traem sem preocupação com o outro, não sentem culpa ou remorso e normalmente o fazem sem pensar muito. "Se quiser fazer algo, o egoísta faz. São os famosos cafajestes", diz Gikovati. Segundo o médico, os traidores egoístas são pessoas não confiáveis. "Eles não amam ninguém a não ser a eles mesmos", enfatiza.

O segundo grupo, dos traidores generosos, são compostos por pessoas com freio moral maior. Pensam muito nos outros e normalmente sentem muita culpa, às vezes só de pensar em trair já apresentam arrependimento. Os generosos normalmente só se envolvem quando a questão sentimental também está em jogo. "São pessoas que refletem muito antes de consumar a traição", afirma Gikovati.

Depois de descoberta a traição, vem o dilema: perdoar ou não? Para Flávio Gikovati, é preciso um trabalho com terapeutas e um esforço muito grande entre o casal. "Recuperar a confiança é muito complicado e depende de uma autocrítica também de quem foi traído, é preciso que o traído assuma sua parcela de responsabilidade", lembra. Isso acontece também em virtude de equívocos da parte daquele que foi abandonado. Segundo o especialista, se a pessoa traída é mulher, ela deve analisar se exagerou demais na parte da maternidade e deixou de lado o papel de esposa. Ou seja, é preciso reavaliar sua postura dentro do relacionamento.

Para Thiago de Almeida, a culpa da infidelidade está exclusivamente em quem trai, e não em quem é traído. Almeida acredita que a reconciliação do casal depende das escolhas e atitudes de cada um. "Reavivar o relacionamento depois de uma infidelidade pode ser difícil, mas o êxito nesse processo pode tornar a relação ainda melhor", diz o psicólogo.
http://bbel.uol.com.br/comportamento/post/por-que-traimos.aspx