terça-feira, 12 de julho de 2011

Pesquisa mostra que 87% das escolas têm preconceito contra homossexuais

Pesquisa mostra que 87% das escolas têm preconceito contra homossexuais

24/7/2009 10:11, Redação, com ABr

Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia.

O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.

– A violência dura, relacionada a armas, gangues e brigas, é visível. Já o preconceito a escola tem muita dificuldade de perceber porque não existe diálogo. Isso é empurrado para debaixo do tapete, o que impera é a lei é a do silêncio – destaca a socióloga e especialista em educação e violência, Miriam Abromovay.

Um estudo coordenado por ela e divulgado este ano indica que nas escolas públicas do Distrito Federal 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A socióloga acredita que o problema não ocorre apenas no DF, mas se repete em todo o país.

– Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir – defende.

A coordenadora-geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Rosiléa Wille, também avalia que a escola não sabe lidar com as diferenças.

– Você tem que estar dentro de um padrão de normalidade e, quando o aluno foge disso, não é bem-compreendido naquele espaço – disse.

Desde 2005 o MEC vem implementando várias ações contra esse tipo de preconceito, dentro do programa Brasil sem Homofobia. As principais estratégias são produzir material didático específico e formar professores para trabalhar com a temática.

– Muitos profissionais de educação ainda acham que a homossexualidade é uma doença que precisa ser tratada e encaminham o aluno para um psicólogo. Por isso nós temos pressionado os governos nas esferas federal, estadual e municipal para que criem ações de combate ao preconceito – explica o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis.

As piadas preconceituosas, os cochichos nos corredores, as exclusões em atividades escolares e até mesmo as agressões físicas contra alunos homossexuais têm impacto direto na autoestima e no rendimento escolar desses jovens. Em casos extremos, os estudantes preferem interromper os estudos.

– Esse aluno desenvolve um ódio pela escola. Para quem sofre violência, independentemente do tipo, aquele espaço vira um inferno. Imagina ir todo dia a um lugar onde você vai ser violentado, xingado. Quem é violentado não aprende – alerta o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que, para combater a homofobia, a escola precisa encarar o desafio em parceria com o Poder Público.
http://correiodobrasil.com.br/pesquisa-mostra-que-87-das-escolas-tem-preconceito-contra-homossexuais/152712/

Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada

Meninos que sofrem assédio sexual têm cognição prejudicada

8/10/2010 12:36, Redação, com Agência USP - de São Paulo

Uma pesquisa realizada no Núcleo Forense do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que as consequências do assédio sexual são diferentes em meninos em relação a meninas. As jovens do sexo feminino podem desenvolver sequelas graves como distúrbios alimentares e hipersexualidade (o que pode levar à prostituição), mas mesmo assim se mantêm seguras quanto à sua opção sexual e à sua feminilidade. Já nos adolescentes do sexo masculino, o assédio sexual na infância é capaz de conduzir ao déficit de memória e à distorção da realidade. Esse tipo de sequela também pode leva-los à prática de abuso sexual e estupro.

– O déficit de memória e a distorção da realidade estão ligados –, explica a psicóloga Mery Pureza Candido de Oliveira.

Em seu estudo, ela descreve que a sensação de ameaça que o jovem sentia quando criança diante da iminência do assédio sexual provocava atividade constante da amígdala cerebral. Essa amígdala, por consequência, acelera as atividades do eixo HHS (sigla para hipófise, hipotálamo e suprarrenal — regiões responsáveis pela produção hormonal no corpo), o que leva o organismo a um estado de estresse inesperado, fazendo com que a captação e o arquivamento de informações no cérebro sejam prejudicados.

– Há cheiros, cenas e momentos que ficam gravados na memória do abusado de forma distorcida. Pode ser que uma dessas coisas remeta ao abuso sexual sofrido. Isso faz a amígdala cerebral trabalhar além do normal, comprometendo a capacidade de cognição –, aponta a psicóloga, autora da dissertação de mestrado Abuso sexual de meninos: estudo das consequências psicossexuais na adolescência.

A pesquisadora analisou um grupo de 26 jovens de 16 a 18 anos, sendo 20 da Fundação Casa, e outros 6 que buscaram tratamento voluntariamente no HC, comparando-os com o grupo controle. Mery conta que a procura voluntária foi muito baixa.

– Também estávamos procurando 20 jovens que aparecessem por vontade própria, mas muitos têm medo de vir por temer serem denunciados ou presos.

Entre os jovens da Fundação Casa, o abuso sexual ocorreu quando os adolescentes tinham em média 7 a 9 anos. Já entre os voluntários do Núcleo Forense do IPq, a violência ocorreu entre os 4 e 6 anos.

Para a realização do trabalho, Mery avaliou memória, estresse, impulsividade e quatro fatores de personalidade de cada adolescente: vulnerabilidade, depressão, ansiedade e desajustamento psicossocial. A pesquisadora também complementou o trabalho com um questionário sobre desenvolvimento da vida sexual, que foi respondido por cada um dos jovens.

Mery constatou que entre os seis jovens que foram voluntariamente ao IPq, quatro já abusavam sexualmente de crianças, tendo realizado a troca de papel — de vítima para agressor. Além disso, um apresentava incertezas sobre sua sexualidade e o último simplesmente não praticava atividade sexual alguma. Já entre os jovens da Fundação Casa, viu-se que 48% deles haviam se transformado em abusadores sexuais. Outros 2% se tornaram estupradores.

– Há uma grande diferença entre os dois tipos. O abusador se sente no mesmo nível da criança quando abusa dela. Mas o estuprador age com raiva e violência –, explica Mery.

A psicóloga conta que jovens abusadores apresentam personalidade infantil e imatura, e grande parte deles sofre de graves problemas de autoestima.

– Apesar de esses jovens estarem na fase em que os hormônios estão em alta para a atividade sexual, eles não têm confiança em si mesmos. Alguns argumentam que são feios e que nenhuma garota se interessaria por eles. Assim, abusam de crianças menores, que não vão entender o que está acontecendo.

Mery chama essa atitude de abuso sexual por oportunismo, uma vez que não há desvio sexual, mas um desvio de moral por parte do jovem, o que mostra o quão prejudicado está o seu desempenho cognitivo.

Atualmente, o grupo de assistência a vítimas do Ambulatório Nufor (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica), do IPq, realiza tratamentos para esses jovens, a fim de lhes dar maior noção da realidade que os cerca.

– São desempenhadas atividades que revivem a cena do abuso sexual. Damos aos jovens, assim, a possibilidade de agir diante da situação, impedindo que o assédio aconteça.

Outra técnica utilizada é o treino de empatia, que coloca o jovem que se tornou abusador no lugar de sua vítima, a fim de diminuir a distorção cognitiva.
http://correiodobrasil.com.br/meninos-que-sofrem-assedio-sexual-tem-cognicao-prejudicada/185150/

Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis

Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis

25/6/2011 9:31, Por Rede Brasil Atual

‘Aceitar ainda é difícil, mas respeito é fundamental’, diz Toni Reis

Presidente da ABGLT, considera que decisão do STF a favor da união homoafetiva estável ajuda a destravar preconceitos



Por: João Peres, Rede Brasil Atual



Publicado em 25/06/2011, 12:13

Última atualização às 12:13

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Toni Reis e Marta Suplicy, durante ato contra homofobia em SP (Foto: ©Elisabete alves/Marta Senadora/Flickr)

Curitiba – O Executivo evoluiu. O Judiciário evoluiu. O Congresso resiste a ampliar o debate sobre a igualdade no Brasil. Na segunda parte da entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, avalia que essa resistência segue existindo, mas tem diminuído, e há espaço para uma discussão séria no Legislativo.

“Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência”, afirma, em referência a parlamentares como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Marta Suplicy (PT-SP).

Reis avalia que existe é fundamental aprovar o Projeto de Lei 116, de 2002, que classifica como crime a discriminação a homossexuais. Ao mesmo tempo, indica que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo se inscreveu como um passo importante no combate ao preconceito. “Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá ‘sair do armário’”, diz, a partir da conclusão (por incrível que pareça, óbvia) da Suprema Corte do país, de que todos são iguais perante a lei.”

Confira aqui a primeira parte da entrevista: Parada LGBT é o momento de dar visibilidade à luta

Confira a seguir a continuidade da conversa com o ativista, realizada em Curitiba.

RBA – Antes do julgamento (do STF) havia uma expectativa de que aquela avaliação fosse um marco na luta (do reconhecimento dos direitos civis de homossexuais e contra todos os preconceitos). Passadas algumas semanas, você acha que a gente já pode enxergar dessa maneira?

Já diminuiu quem se manifeste contra nós, a não ser os radicais, que vão continuar, e é muito normal para uma democracia. No entanto, os radicais já estão diminuindo a crítica à nossa comunidade, e isso é importante porque os votos no STF foram bastante profundos e com muita lógica, principalmente na lei baseada na igualdade, na dignidade humana, na segurança jurídica, na liberdade e no livre arbítrio. Para a gente foi muito importante e já está se percebendo no meio acadêmico uma outra postura. Quem estava em dúvida quanto aos nossos direitos poderá sair do armário porque a Suprema Corte do país falou que nós somos iguais perante a lei.

Foi uma coisa que lavou a nossa alma e nossa cidadania, nós estamos muito mais brasileiros, cientes de que a gente tem de confiar na justiça. Foi um passo histórico, foi emblemático, a maior vitória para a nossa comunidade no Brasil, sem sombra de dúvida, mas nós vamos ter que trabalhar muito.

RBA - Apesar do grande avanço, no Congresso parece haver uma resistência maior, e é por ali que terão de passar algumas propostas. Como destravar essa resistência?

Primeiro eu vejo que o nosso Executivo evoluiu. A nossa presidenta Dilma, no último 8 de maio, convocou a segunda conferência LGBT, que vai ser realizada em Brasília no mês de setembro. Isso é importante, teremos um plano nacional organizando essas ações. A violência precisa ser colocada e temos de confrontá-la, expor os radicais e ganhar deles no voto. Não vai haver unanimidade. Nosso Legislativo está muito atrasado e costuma tratar essas questões com entendimento limitado. Mas a partir da decisão do STF há uma estrutura a nosso favor.

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RBA – As chegadas de Jean Wyllys à Câmara e da Marta Suplicy ao Senado ajudam.

Nós já tínhamos pessoas que nos defendiam muito bem. Mas é importante ter uma pessoa como o Jean Wyllys, que é muito popular e é o nosso principal líder. A Marta também, porque é uma pessoa que entende de sexualidade, entende de psicologia e tem uma experiência política e segurança muito grandes. Nós até brincamos que temos bons generais lá para essa nossa guerra contra a homofobia, contra o preconceito e a incitação à violência.

RBA - Para vocês, o que representaria como próximo passo oficializar o casamento entre pessoas do mesmo sexo?

A Constituição é clara, as uniões estáveis devem ser transformadas em casamento. Eu e meu companheiro, que já vivemos há 21 anos juntos, já estamos com nossos advogados constituídos para transformar nossa união, logo após a decisão, em casamento. Já temos garantido o casamento a partir da decisão do STF. Com certeza os juízes da primeira e segunda instância aprovarão casamentos.

RBA - Há muito oportunismo na discussão do kit contra a homofobia?

O preconceito acontece em situações dentro e fora do contexto. As pessoas não conhecem o material. Quando viram um vídeo, distorceram as informações. Claro que pessoas querem aparecer, mas nós trabalhamos de uma forma muito tranquila e já temos a maioria de apoio. As pesquisas colocam de uma forma bem clara: 40% dos meninos têm dificuldade de lidar com questões de um gay ou uma lésbica dentro de sala de aula, e isso causa o problema de evasão escolar na nossa comunidade. Então é necessário trabalhar isso nas escolas, esse material é uma resposta à essa violência.

Com relação aos opositores a gente percebe que há um oportunismo, um exagero, distorções e mentiras. O material é para escolas de segundo grau, ninguém vai sair distribuindo. Vai ser para profissionais de educação, depois de passarem por capacitação com governos e secretarias estaduais. Quer dizer, vamos treinar os profissionais de educação para utilizar os materiais, que não têm absolutamente nada de imoral, ou pornográfico, ou o que o valha.

RBA – Você acha que homofobia e machismo são mais tolerados do que o racismo pela sociedade?

Eu vejo que são sim, mas é tudo ‘uma família’, machismo e homofobia. Geralmente uma pessoa que é machista tem uma grande tendência a ser homofóbica e racista. A gente precisa combater esse tipo de questão em todos os níveis.

Sempre coloco que o respeito é fundamental. Aceitação é mais difícil, mas o respeito é fundamental. Temos de trabalhar isso no nível da educação, com as crianças, os adolescentes. A partir do momento que uma pessoa nasce, ela é um ser humano e precisa ser respeitada. Geralmente, com todos os políticos com quem a gente tem conversado, quando ele é machista, também é racista e homofóbico.
http://correiodobrasil.com.br/aceitar-ainda-e-dificil-mas-respeito-e-fundamental-diz-toni-reis/259126/

Gays…Pastor é enxotado de emissora cristã de televisão por homofobia.

Gays…Pastor é enxotado de emissora cristã de televisão por homofobia.

11/6/2011 7:25, Por CMI Brasil

Por militante gay 11/06/2011 às 10:02

CRISTÃOS PODEM FALAR MAL À VONTADE[liberdade de expressão?…,então posso amar um gay a vontade , não?… MAS NINGUÉM PODE CRITICAR a homofobia maldade evangélica?

BURLINGTON, Ontario, Canadá, 2 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) ? Uma importante emissora cristã de televisão do Canadá cancelou de forma permanente o programa Word TV (TV da Palavra), apresentado pelo proeminente pastor evangélico Charles McVety, depois que um órgão de inspeção da indústria de televisão anunciou em dezembro seu parecer de que o programa descriminava os homossexuais.

Olha, homofobia a parte, não sei de onde alguém tirou a conclusão de que um gay nasce gay. E como querer pensar que um padre nasce celibato, um eunuco nasce castrado, uma mulher nasce com pré-disposição genética de ser copulada por um macho, uma lésbica nasce sem pré-disposição a transa heterossexual, e que a população mulçumana nasceu com pré-disposição genética a poligamia 4×1 enquanto a crista nasceu com o gene da monogamia 1×1, e por ai vai. Imagina se amanha forem testar as dezenas de centenas de milhares de gays do mundo para saber quem NÃO tem o gene gay, e obrigar o pobre coitado a deixar de dar o próprio rab* e obrigá-lo a comer rab* feminino (desculpem pelo termo) porque ele não tem o “gene”… Eu queria ver o Rick Martin nascendo na Arábia Saudita e afirmando que a natureza o fez gay para enfrentar a imolação…

Bom eu acho certo o que fizeram com esse pastor… Gente vamos acabar com o preconceito e amar e respeitar mais o Próximo, pois essa não seria a vontade de Deus…

Seria muito legal se a natureza já tivesse resolvido para cada um de nos a nossa opção sexual, e assim ninguém teria de sofrer em fazer as próprias escolhas, e seria bom demais não ter liberdade de escolher com quem se vai fazer sexo e/ou amor porque bastaria só decifrar o código genético… imagina que constrangimento para os bissexuais terem de ficar se explicando que não são aberrações da natureza, porque eles resolveram gostar de meninas e meninos indistintamente…

Não sei o que é pior, homofobia escrachada ou homossexual se desculpando pelas escolhas afetivas, amorosas e sexuais que fez na vida. Daqui a pouco vão querer acreditar que a escolha do gosto do sorvete e também determinação genética. Quem você gosta de copular e’ problema seu, escolha sua, gosto seu, opção sua e aqui vale apenas uma regra: “gosto não se discute” e “se você gosta de mel e eu de melão” não tem porque discordarmos. Mas não mete a “natureza” como condicionante de suas escolhas, porque isto e um desrespeito a luta de gerações e gerações pelo reconhecimento do direito de viver livremente a própria sexualidade.
http://correiodobrasil.com.br/gays-pastor-e-enxotado-de-emissora-crista-de-televisao-por-homofobia/253077/

Ginecologistas franceses tentam provar existência do ponto G

Ginecologistas franceses tentam provar existência do ponto G

31/1/2010 18:16, Redação, com BBC

Ginecologistas franceses reunidos em uma conferência em Paris querem tentar provar a existência do “ponto G” feminino, contrariamente às conclusões de um recente estudo britânico.

No início de janeiro, pesquisadores do King’s College, de Londres, divulgaram uma pesquisa afirmando que a suposta zona erógena feminina, que provocaria elevados níveis de excitação sexual e orgasmos quando estimulada, mais conhecida como ponto G, não existe.

Os cientistas britânicos analisaram mais de 1,8 mil mulheres e concluíram que o ponto G seria fruto da imaginação das mulheres. Mas especialistas franceses pretendem contra-atacar os pesquisadores britânicos na conferência em Paris.

Para os médicos franceses, o estudo britânico “é uma abordagem totalitária da sexualidade feminina”. “O estudo do King’s College mostra falta de respeito em relação ao que as mulheres dizem”, afirma o cirurgião francês Pierre Foldès, co-autor de uma técnica para reparar os danos causados por excisões do clitóris. “As conclusões estão completamente erradas porque foram baseadas somente em observações de ordem genética. É evidente que existem variabilidades na sexualidade feminina”, diz Foldès.

Falsos pressupostos
Segundo ele, o estudo britânico se baseou na ideia de que todos os pontos G seriam similares, o que estaria errado na sua avaliação. “Se uma paciente me perguntar onde está seu ponto G, eu mostro. Qualquer que seja a maneira como chamamos essa zona sensível, G, M ou B, podemos estar certos de sua existência”, diz o ginecologista Sylvain Mimoun, organizador da conferência em Paris. De acordo com o médico francês, o ponto G estaria situado a uma distância de cerca de três centímetros da entrada da vagina.

Segundo ele, a pesquisa britânica foi iniciada a partir de falsos pressupostos. “Existem três ideias falsas sobre o ponto G: pensar que ele está situado na mesma área em cada mulher, que ele teria o tamanho de uma moeda de 50 centavos e que ele sempre permite ter um orgasmo”, diz o ginecologista.

Mimoun afirma que o ponto G é uma área que responde a um estímulo. De acordo com o especialista, não se trata de uma questão genética, mas sim de funcionalidade. “Se uma mulher conhece intimamente sua vagina, ela pode descobrir coisas, incluindo a zona do ponto G. Se ela nunca é tocada, nunca acontecerá nada”, diz ele.

Para os especialistas franceses, o ponto G seria uma área que as mulheres aprendem a conhecer no decorrer de suas experiências sexuais. Segundo Mimoun, “é possível que todas as mulheres tenham um ponto G, mas apenas um terço delas conhece sua existência”. O ponto G foi identificado pela primeira vez em 1950 pelo médico alemão Ernst Gräfenberg.
http://correiodobrasil.com.br/ginecologistas-franceses-tentam-provar-existencia-do-ponto-g/160596/

Estudo baseado no Enem aponta aumento da homofobia nas escolas

Estudo baseado no Enem aponta aumento da homofobia nas escolas

20/6/2011 15:31, Por Vermelho

É mais com raiva que saudade que o tradutor e editor de livros Alexandre Camarú, de 41 anos, lembra do ensino médio. Naquele período, foi perseguido e humilhado por colegas de sala e professores por ser gay. Foram tempos difíceis no ambiente escolar, de exclusão e angústia, que o tempo não ajudou a reduzir – não para os adolescentes homossexuais.
Um levantamento inédito, feito com base no questionário socioeconômico do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre 2004 e 2008, mostra um crescimento de 160% no número de pessoas que se declararam vítimas de homofobia no estado de São Paulo.

O índice é superior à média do País, cujo aumento foi de 150%, e coloca o Estado na lista dos cinco mais homofóbicos do Brasil – atrás de Santa Catarina (211%), Paraná (175%), Rio Grande do Norte (162,5%) e Alagoas (164,7%).

Em 2004, 1,5% dos estudantes paulistas afirmou ter sofrido preconceito por causa de sua orientação sexual. Quatro anos depois, o porcentual passou para 3,9%. Foram analisadas as respostas de 6,4 milhões de estudantes concluintes do ensino médio, com idades entre 16 e 25 anos, que prestaram o Enem entre 2004 e 2008. Após esse ano, as questões relativas à homofobia foram retiradas dos questionários.

Mais denúncias. Para especialistas em diversidade sexual, o aumento da homofobia está relacionado à maior consciência da discriminação por parte das vítimas – o que faz aumentar as denúncias.

Outra hipótese relaciona o crescimento da discriminação ao maior número de adolescentes que assumem a sua homossexualidade desde cedo.

“Esse é um problema de influência de vários níveis, de como a escola se organiza e da cultura”, afirma Josafá Cunha, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), um dos pesquisadores. “A reação dos nossos colegas nos ajuda a saber que comportamentos estão corretos e quais não são tolerados pela sociedade. As crianças adotam esses valores como reflexo da cultura e os replicam na escola”, continua.

O problema é que a discriminação e a violência causada pela intolerância à diversidade sexual fazem da escola um ambiente muito menos acolhedor. Em uma escala de zero a dez pontos, a percepção da qualidade do ensino foi, em média, meio ponto maior entre os que não relataram perseguição homofóbica.

Vítimas relatam anos de sofrimento

Ainda criança, quando nem sabia o que eram sexualidade e desejo, Alexandre Camarú, de 41 anos, sentia atração pelos meninos e não entendia, ao mesmo tempo, por que era “tão diferente” deles.

Os anos da pré-adolescência não foram “idílicos”, mas não chegaram a ser sofríveis como os dois primeiros anos do ensino médio, em uma escola particular da capital paulista, onde estudou com bolsa.

“Os meninos da sala eram homofóbicos. E dois deles, especialmente, eram piores. Mas tinha ao menos um professor que fazia piada sobre mim na sala de aula”, conta o tradutor e editor.

Dois colegas furtaram seus passes e documentos. Foi o único alvo da sala durante o intervalo. Foi a gota d”água para pedir transferência para uma instituição da rede estadual.

“Mas o pior preconceito que enfrentei foi com o meu pai. Faz 20 anos que não nos falamos. Ele simplesmente me excluiu da família”, conta.

O editor de vídeos D.M.A., de 24 anos, também era vítima das piadas dos colegas de escola. “Eu queria ser como eles e tentava ser igual, para conviver com os outros garotos”, relembra D, que pediu para ter sua identidade preservada. “Mas era totalmente excluído e não entendia o porquê”, afirma.

Depois de passar alguns anos sofrendo calado as humilhações por causa de sua orientação sexual, D. se rebelou. Assumiu-se HOMOSSEXUAL e passou a se defender das agressões verbais com a mesma intensidade com que as recebia.

As recordações dos tempos de colégio, para ele, também não são das melhores. “Olho para trás e não sinto falta de nada. Vejo o D. de antes e sinto pena daquele garoto inocente e indefeso”, conclui.

“As escolas precisam ensinar o valor das pessoas não por serem gays ou lésbicas, mas como humanos, simplesmente”, defende Josafá Cunha, professor do Departamento de Psicologia da Unicentro.

Capacitação. Para Araci Asinelli, professora de pós-graduação em Educação na Universidade Federal do Paraná (UFPR), “a escola e os professores têm um papel preponderante na formação da personalidade”. Por isso, “é preciso olhar para os professores e capacitá-los”, diz.

“As escolas devem ensinar que a única diferença entre homos e heterossexuais é a orientação do desejo”, afirma Sandra Vasques, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Kaplan, especializado em sexualidade humana.

Fonte: O Estado de S. Paulo, por Isis Brum
http://correiodobrasil.com.br/a-historia-de-homens-que-precisam-esconder-sua-orientacao-sexual/255476/

Sites que facilitam a infidelidade chegam ao Brasil

Sites que facilitam a infidelidade chegam ao Brasil
Verdadeiros “organizadores” da traição, Second Love, Ohhtel e Ashley Madson oferecem amantes ao alcance do mouse
Ricardo Donisete, especial para o iG São Paulo | 11/07/2011 10:31
“As mídias sociais testam nossa definição de infidelidade”. A frase dita pela pesquisadora americana Pamela Haag retrata os novos limites a serem discutidos pelos casais sobre as tentações que o meio on-line oferece. Pode estabelecer contato com o ex-namorado no Twitter? E acessar as fotos da vizinha bonitona no Facebook, pode? Porém, todas essas questões parecem banais diante de um movimento que começa a ganhar a internet brasileira. Sites internacionais de sucesso estão desembarcando no Brasil para ajudar mulheres e homens casados a encontrarem parceiros para casos extraconjugais. E o negócio é sério mesmo.
Os interessados em trair se cadastram e criam uma página onde detalham suas características físicas e preferências gerais. A opção de colocar fotos próprias (discretas ou mais saidinhas) é do usuário. Com o perfil montado, a “caça” começa. E como nos bares e boates focados em provocar a paquera, homens pagam para entrar, mulheres não.

Foto: Divulgação
Ohhtel oferece uma maneira discreta de ter um caso
“Nós somos uma opção ao divórcio. Queremos que as pessoas mantenham seus casamentos”. Com esse argumento aparentemente contraditório, Lais Ranna, vice-presidente de operações do site Ohhtel para o Brasil, define a proposta da sua empresa. A executiva diz que o serviço, que começa a funcionar nesta segunda-feira (11), é uma alternativa para os casais que não querem se separar, apesar da vida sexual possivelmente fria e insatisfatória. “É uma maneira segura e confidencial de ter um caso, sem enfrentar os riscos de procurar isso num bar, no Facebook ou no trabalho”, completa.
De acordo com Laís, apenas nos Estados Unidos há 1,3 milhões de usuários cadastrados no Ohhtel, sendo 68% de homens e 32% de mulheres. Ela está otimista quanto à possibilidade de sucesso do serviço no Brasil. “Nós queremos atingir 300 mil usuários nos primeiros meses”, prevê a executiva, que não teme ser acusada de incentivar a infidelidade. “Nós não inventamos a traição. Ela existe desde que o mundo é mundo. Nós podemos ser acusados disso tanto quanto o Facebook ou os bares”, argumenta.
Na mesma linha do Ohhtel, o holandês Second Love já tem sua versão verde-amarela desde o último mês de maio. “Temos por volta de 31 mil usuários cadastrados e estamos muito otimistas com a adesão do público brasileiro”, revela a porta-voz do site, Anabela Santos. Ainda não há um dado fechado sobre a faixa etária dos assinantes locais, mas nos outros países ela fica entre 35 e 49 anos.

Foto: Divulgação
Como o próprio nome diz, o Second Love oferece uma segunda opção para aqueles que não aguentam mais a rotina do casamento, mas também não querem se separar
Anabela também recusa a ideia da empresa ser uma patrocinadora de casos extraconjugais. “O flerte acontece em todo o lugar, só o trouxemos para o mundo online. A opção de ir além de um simples bate-papo virtual é de cada usuário”, pontua.
E a tendência só cresce. Famoso internacionalmente, o americano Ashley Madson gaba-se por contabilizar 7,8 milhões de usuários. Pois ele também está vindo para o Brasil e deve lançar seus serviços ainda este ano, em agosto.

Foto: Divulgação
Ashley Madson desembarca no Brasil em agosto e promete abocanhar boa fatia do mercado
Vale lembrar que a travessura tem um custo – pelo menos, para os homens. O Second Love cobra uma mensalidade de R$69,90, já o Ohhtel, um pouco mais barato, fixa o valor mensal em R$60. O Ashley Madson ainda estuda o valor que será cobrado no Brasil. A idade mínima para participar de todos eles é 25 anos.
As relações estão mudando?
Para a psicanalista e pesquisadora Regina Navarro Lins, que no Delas assina a coluna Questões do Amor, tais sites apenas refletem uma mudança comportamental que vem acontecendo desde a década de 70 e que está provocando o declínio do chamado amor romântico. “Esse tipo de amor prega a fusão entre os amantes, que os dois vão se transformar num só, que um só terá olhos para o outro, que quem ama não transa com mais ninguém, que não sente desejo por mais ninguém. Uma porção de mentiras”, analisa Regina.

“Atualmente há uma grande busca pela individualidade entre as pessoas. Com isso, o amor romântico está saindo de cena e está levando com ele uma das suas características básicas, que é a exigência da exclusividade sexual”, prossegue a psicanalista. “As pessoas não deveriam se preocupar tanto com a fidelidade. Elas só deviam responder a duas perguntas. Me sinto amado? Me sinto desejado? Se a resposta for ‘sim’, o que outro faz quando não está comigo não é da minha conta”, finaliza Regina.
O psicólogo Oswaldo M. Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), não acredita que estes sites incentivem a traição. “A pessoas que usam esse serviço já tinham o desejo de trair. Elas fariam isso de qualquer forma”. Ele ainda lembra que se o caso extraconjugal for de conhecimento do marido ou da esposa, não pode ser considerado como traição de fato. “Tudo depende do tipo de acordo que tem o casal”, pondera o especialista.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/sites+que+facilitam+a+infidelidade+chegam+ao+brasil/n1597074779354.html