Tamanho é documento?
A preocupação com o tamanho do pênis é comum entre os homens. Essa ansiedade pode ocorrer na infância, na adolescência ou na fase adulta. Meninos freqüentemente comparam o tamanho de seus pênis com os dos outros. Piadas e brincadeiras surgem dessas comparações. Entretanto a situação muda quando há início da atividade sexual.
Muitos homens, embora com pênis de tamanho normal, o acham pequeno por várias razões:
O pênis dos outros é maior.
Essa situação é muito comum e na maioria das vezes sem fundamento médico. Esses pacientes reclamam do comprimento do órgão mesmo com ereção e penetração vaginal normais.
Pacientes obesos reclamam ter pênis curto.
Essa situação é devida ao embutimento do pênis em meio à gordura sobre o púbis o que dá a impressão de um órgão pequeno.
Estatura alta e pênis não proporcional.
Embora haja certa relação da estatura do paciente com o tamanho do seu pênis, existe uma ampla variação de comprimento encontrada. Homens de baixa estatura podem ter pênis maiores que homens de alta estatura e vice-versa.
Flacidez peniana e ereção.
Os pacientes geralmente se preocupam com o tamanho do pênis em flacidez que é geralmente o momento de comparação com o de outros homens. Muitos não sabem o comprimento em ereção ou qual foi o crescimento adicional. O que muitos se esquecem é que o tamanho deve ser acompanhado de uma ereção efetiva que garanta uma penetração vaginal.
O QUE É UM PÊNIS NORMAL?
Deixando de lado os aspectos anatômicos de normalidade, um pênis flácido mede de 5 cm a 10 cm de comprimento. O tamanho durante a flacidez não determina o tamanho durante a ereção. A medida é feita desde o ponto em que ele se encontra com o corpo (não com a pele) até a extremidade da glande. Se aplicarmos tração manual, o pênis ganhará de 2 a 5 cm. Masters e Johnson (1966) verificaram que o pênis em ereção mede de 12,5 cm a 17,5 cm. Um recém-nascido apresenta um comprimento médio de 3,75 cm.
O QUE É UM PÊNIS ANORMAL?
Não há uma definição universalmente aceita. Um pênis flácido menor que 4cm ou um ereto com menos de 7,5 cm devem ser considerados pequenos. Entretanto, encontramos pacientes que se aproximam desses valores mas com boa ereção e sem queixas no seu relacionamento sexual.
QUAIS AS CAUSAS DE PÊNIS PEQUENO?
Causas hormonais por desordem de funcionamento dos testículos ou da hipófise podem interferir no desenvolvimento do pênis bem como de toda a genitália masculina. Dentro destes casos encontra-se desde o micro-pênis até a genitália ambígua. O pênis pode ficar pequeno em conseqüência de traumatismos, queimaduras ou doenças adquiridas (doença de Peyronie). Geralmente essas causas são raras. O mais freqüente é que o paciente não esteja satisfeito com o tamanho do seu pênis mesmo que o médico nada encontre de anormal.
TRATAMENTO
O paciente deve ser examinado detalhadamente, incluindo volume e presença dos testículos, presença e localização de pêlos pubianos e outros caracteres sexuais secundários. Se o pênis for considerado de tamanho normal pelo médico, o paciente necessitará de uma avaliação por um sexólogo, psicólogo ou psiquiatra a fim de pesquisar a verdadeira razão de sua queixa. Se o pênis for considerado pequeno e forem detectadas alterações hormonais, uma reposição com testosterona está indicada.
Tratamentos não cirúrgicos como aparelhos à vácuo, aparelhos de tração mecânica, aparelhos de estimulação eletromagnética, pesos, não dão resposta satisfatória permanente. O tratamento cirúrgico envolve secção dos ligamentos suspensores do pênis, injeção de gordura no corpo do pênis (aumento do diâmetro) ou uso de retalhos cutâneos das coxas ou nádegas. Esses tratamentos não são isentos de complicações e algumas delas podem ser graves, tais como necrose dos retalhos, reabsorção de gordura, insatisfação do paciente. Além disso, os resultados desses tratamentos são pouco conhecidos na literatura médica.
CONCLUSÃO
Infelizmente, muitos profissionais pouco éticos se aproveitam da ansiedade e dúvidas dos pacientes, indicando, sem nenhum critério, tratamentos que mais visam onerar o paciente do que realmente uma orientação científica. Os pacientes com dúvidas sobre o tamanho do seu pênis devem procurar profissional qualificado, o qual avaliará a situação, podendo ser necessária uma opinião multidisciplinar com sexólogo ou psiquiatra.
Dia 22.3.11 Tags: Sexo
http://tribounderground.blogspot.com/2011/03/tamanho-e-documento.html
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Como fazer sexo anal
Como fazer sexo anal
Conselhos para quem deseja praticar
Confira conselhos de Sue Johanson, educadora sexual que apresenta o programa Talk Sex, visto em mais de 20 países:
- O homem não deve forçar a penetração de jeito nenhum e nem deve fazer movimentos vigorosos.
- Vocês devem usar muito gel lubrificante à base de água.
- O casal deve usar camisinha sempre.Jamais passe da penetração anal para a penetração vaginal sem trocar a camisinha.
- Seu parceiro deve respeitar o seu "pare". Se você não estiver gostando, ele deve parar imediatamente.Se você não gostar e não quiser fazer sexo anal novamente, que fique combinado: sem pressões ou coação. "Não" quer dizer "não".
Posições
- Para o sexo anal ficar ainda mais gostoso, é importante escolher uma posição agradável. Se ela for criativa, melhor ainda. Confira algumas sugestões do Kama Sutra.
DE JOELHO
A mulher coloca os cotovelos e joelhos no solo, com o quadril levantado. O homem se ajoelha atrás, segura a mulher pelo quadril e começa a penetração devagar. Quando a mulher se sentir confortável, os movimentos podem ser mais intensos e a penetração mais profunda.
SENTADO
Essa posição é legal para mulheres que ainda não têm segurança no sexo anal. Em cima do homem, ela pode controlar a penetração e os movimentos. O homem deve se sentar com as pernas flexionadas e os braços abertos, enquanto a mulher senta em cima dele e inclina o corpo para trás.
EM PÉ
A mulher fica de pé, com o corpo inclinado e as pernas um pouco flexionadas. As mãos podem tocar o chão ou serem apoiadas em algum lugar. É uma posição que excita, pois a mulher fica completamente passiva e o homem toma controle da situação.
DEITADO
Deitada de lado, a mulher deve jogar o quadril para trás e flexionar as pernas. O homem encaixa e penetra devagar, até que o ânus relaxe e a mulher peça para aumentar o ritmo sexual.
Fonte: Aqui!
http://tribounderground.blogspot.com/2011/03/como-fazer-sexo-anal.html
Conselhos para quem deseja praticar
Confira conselhos de Sue Johanson, educadora sexual que apresenta o programa Talk Sex, visto em mais de 20 países:
- O homem não deve forçar a penetração de jeito nenhum e nem deve fazer movimentos vigorosos.
- Vocês devem usar muito gel lubrificante à base de água.
- O casal deve usar camisinha sempre.Jamais passe da penetração anal para a penetração vaginal sem trocar a camisinha.
- Seu parceiro deve respeitar o seu "pare". Se você não estiver gostando, ele deve parar imediatamente.Se você não gostar e não quiser fazer sexo anal novamente, que fique combinado: sem pressões ou coação. "Não" quer dizer "não".
Posições
- Para o sexo anal ficar ainda mais gostoso, é importante escolher uma posição agradável. Se ela for criativa, melhor ainda. Confira algumas sugestões do Kama Sutra.
DE JOELHO
A mulher coloca os cotovelos e joelhos no solo, com o quadril levantado. O homem se ajoelha atrás, segura a mulher pelo quadril e começa a penetração devagar. Quando a mulher se sentir confortável, os movimentos podem ser mais intensos e a penetração mais profunda.
SENTADO
Essa posição é legal para mulheres que ainda não têm segurança no sexo anal. Em cima do homem, ela pode controlar a penetração e os movimentos. O homem deve se sentar com as pernas flexionadas e os braços abertos, enquanto a mulher senta em cima dele e inclina o corpo para trás.
EM PÉ
A mulher fica de pé, com o corpo inclinado e as pernas um pouco flexionadas. As mãos podem tocar o chão ou serem apoiadas em algum lugar. É uma posição que excita, pois a mulher fica completamente passiva e o homem toma controle da situação.
DEITADO
Deitada de lado, a mulher deve jogar o quadril para trás e flexionar as pernas. O homem encaixa e penetra devagar, até que o ânus relaxe e a mulher peça para aumentar o ritmo sexual.
Fonte: Aqui!
http://tribounderground.blogspot.com/2011/03/como-fazer-sexo-anal.html
Sexo ainda é tabu na medicina
09.08.11 | 22h39
Sexo ainda é tabu na medicina
Pesquisa inédita revela que médicos recém-formados desconhecem assuntos ligados a sexualidade e negligenciam tema nas consultas
Sexo: despreparo dos médicos contribui para o tabú
IG
Como anda a sua vida sexual? A pergunta, fora de contexto, é capaz de constranger não somente aos mais pudicos.
Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a maioria dos médicos recém-formados não tem conhecimento suficiente para abordar ou simplesmente orientar suas pacientes quando o assunto é sexo.
Teresa Barroso, médica obstetra, coordenadora do ambulatório de qualidade de vida da faculdade, mensurou este gargalo. Entrevistou mais de 150 profissionais recém-formados, na esperança de encontrar o ponto de partida de tal déficit. Os resultados da estatística revelam que a fragilidade na relação médico-paciente vai muito da demanda ou mediação feita pelos planos de saúde.
"Eles reconhecem que não sabem abordar a sexualidade com as pacientes. Apenas 22,7% dos entrevistados afirmam ter conhecimento e confiança para orientar. Por mais absurdo que pareça, o sexo ainda é tabu na medicina."
A defasagem é admitida por especialistas que trabalham tanto no sistema público quanto no privado. O que une ambos profissionais é a falha na formação, aponta Teresa. Na visão da obstetra, são raros os cursos de medicina que incluem a sexualidade na grade de aulas.
"É um tema com abordagem rasa. O fundamental é conhecer as doenças sexualmente transmissíveis, fazer papanicolaou e prevenção contra câncer de mama. O que foge ao básico, é autodidatismo ou interesse pessoal desses profissionais."
Eternos caretas?
A pesquisa espelha uma realidade próxima a tragetória da especialista. Teresa concluiu o curso de medicina em meados dos anos 80. Naquela época, questionar a vida sexual das pacientes não era constrangedor, mas invasivo. Algumas mulheres, porém, abandonavam o ceticismo e procuravam ajuda de especialistas. Reconhecendo a própria incompetência no assunto, a médica buscou cursos de formação depois de conquistar o diploma.
"Sentia vergonha de ter demorado tanto tempo para procurar esse tipo de complementação. Saí da faculdade em 1986, só terminei minha especialização em sexualidade em 2004."
Na avaliação da Professora associada e livre docente do departamento de obstetrícia da Unifesp, Mary U. Nakamura, o problema se arrasta na medicina brasileira.
"Antigamente não existia esse tipo de questionamento por parte das mulheres. Hoje, a demanda é real, e exige informação, capacitação multidisciplinar."
Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista e obstetra, foi um dos residentes que forneceu subsídio a tese de Teresa. Formado em uma das faculdades mais concorridas do Brasil, Rosa viu seu diploma perder a força ao ser indagado por uma paciente sobre libido e dor durante a penetração.
"O conhecimento que tive na formação é raso e quase inexistente. Na faculdade, a sexualidade nem é abordada. Durante a especialização em ginecologia, área que deveria ter uma orientação maior, o assunto é tratado rapidamente. Em três anos temos 8 horas para aprender sobre sexualidade."
Com o avanço da demanda - ter prazer passou a ser um direito, e não exceção - Rodrigo investiu em cursos e atualizações sobre o tema. A própria Unifesp oferece aulas no ambulatório de sexualidade.
"Você sente a importância e o desamparo das pacientes quando começa a atender. Só que a essa altura, já é praticamente por sua conta e risco", recorda o ginecologista.
A ineficiente capacitação é agravada pelo tempo das consultas médicas. O atendimento em série, se já não permite que o médico enxergue o paciente à sua frente, torna ainda mais improvável a proximidade e confiança que antecedem ao diálogo e exposição de dúvidas possivelmente constrangedoras.
"Em relação aos perigos de DST e gravidez inesperada todo ginecologista tem conhecimento, sabe fazer. O tempo com a paciente não permite uma conversa aberta, abrangente. Os problemas de convênio e atendimento deterioraram ainda mais a relação", acredita Rosa.
Sexo para todos
A sexualidade é pré-requisito para qualidade de vida, defende a professora Mary. Para a educadora, é fundamental que as faculdades incluam a temática na formação dos profissionais.
"É uma área multidisciplinar. Todo médico deve questionar a vida sexual, a libido de seus pacientes, ou, ao menos entender que a vida sexual pode ser chave para muitos diagnósticos.
Reclamações como baixa libido ou dor durante a relação sexual não apenas sinalizam problemas no organismo, como impõe uma serie de contra-indicações medicamentosas, afirma Teresa Barroso. Antidepressivos, remedios para tratar o diabetes reduzem o apetite sexual dos pacientes. Se o tema não é abordado, o tratamento resolverá um problema e acentuará outro.
"É importante perceber que a sexualidade pode mascarar um tratamento que possivelmente seria eficaz. O dever de um cardiologista não é apenas salvar seu paciente de um infarto fulminante. É papel dele, após a recuperação, orientar depois de quanto tempo ele está apto a ter relações sexuais. Nada disso é feito. Temos endócrinos que prescrevem remédios para diabéticos. Essa população sofre alteração na sua sexualidade, mas nada se fala sobre o assunto."
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=3&idnot=59547
Sexo ainda é tabu na medicina
Pesquisa inédita revela que médicos recém-formados desconhecem assuntos ligados a sexualidade e negligenciam tema nas consultas
Sexo: despreparo dos médicos contribui para o tabú
IG
Como anda a sua vida sexual? A pergunta, fora de contexto, é capaz de constranger não somente aos mais pudicos.
Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a maioria dos médicos recém-formados não tem conhecimento suficiente para abordar ou simplesmente orientar suas pacientes quando o assunto é sexo.
Teresa Barroso, médica obstetra, coordenadora do ambulatório de qualidade de vida da faculdade, mensurou este gargalo. Entrevistou mais de 150 profissionais recém-formados, na esperança de encontrar o ponto de partida de tal déficit. Os resultados da estatística revelam que a fragilidade na relação médico-paciente vai muito da demanda ou mediação feita pelos planos de saúde.
"Eles reconhecem que não sabem abordar a sexualidade com as pacientes. Apenas 22,7% dos entrevistados afirmam ter conhecimento e confiança para orientar. Por mais absurdo que pareça, o sexo ainda é tabu na medicina."
A defasagem é admitida por especialistas que trabalham tanto no sistema público quanto no privado. O que une ambos profissionais é a falha na formação, aponta Teresa. Na visão da obstetra, são raros os cursos de medicina que incluem a sexualidade na grade de aulas.
"É um tema com abordagem rasa. O fundamental é conhecer as doenças sexualmente transmissíveis, fazer papanicolaou e prevenção contra câncer de mama. O que foge ao básico, é autodidatismo ou interesse pessoal desses profissionais."
Eternos caretas?
A pesquisa espelha uma realidade próxima a tragetória da especialista. Teresa concluiu o curso de medicina em meados dos anos 80. Naquela época, questionar a vida sexual das pacientes não era constrangedor, mas invasivo. Algumas mulheres, porém, abandonavam o ceticismo e procuravam ajuda de especialistas. Reconhecendo a própria incompetência no assunto, a médica buscou cursos de formação depois de conquistar o diploma.
"Sentia vergonha de ter demorado tanto tempo para procurar esse tipo de complementação. Saí da faculdade em 1986, só terminei minha especialização em sexualidade em 2004."
Na avaliação da Professora associada e livre docente do departamento de obstetrícia da Unifesp, Mary U. Nakamura, o problema se arrasta na medicina brasileira.
"Antigamente não existia esse tipo de questionamento por parte das mulheres. Hoje, a demanda é real, e exige informação, capacitação multidisciplinar."
Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista e obstetra, foi um dos residentes que forneceu subsídio a tese de Teresa. Formado em uma das faculdades mais concorridas do Brasil, Rosa viu seu diploma perder a força ao ser indagado por uma paciente sobre libido e dor durante a penetração.
"O conhecimento que tive na formação é raso e quase inexistente. Na faculdade, a sexualidade nem é abordada. Durante a especialização em ginecologia, área que deveria ter uma orientação maior, o assunto é tratado rapidamente. Em três anos temos 8 horas para aprender sobre sexualidade."
Com o avanço da demanda - ter prazer passou a ser um direito, e não exceção - Rodrigo investiu em cursos e atualizações sobre o tema. A própria Unifesp oferece aulas no ambulatório de sexualidade.
"Você sente a importância e o desamparo das pacientes quando começa a atender. Só que a essa altura, já é praticamente por sua conta e risco", recorda o ginecologista.
A ineficiente capacitação é agravada pelo tempo das consultas médicas. O atendimento em série, se já não permite que o médico enxergue o paciente à sua frente, torna ainda mais improvável a proximidade e confiança que antecedem ao diálogo e exposição de dúvidas possivelmente constrangedoras.
"Em relação aos perigos de DST e gravidez inesperada todo ginecologista tem conhecimento, sabe fazer. O tempo com a paciente não permite uma conversa aberta, abrangente. Os problemas de convênio e atendimento deterioraram ainda mais a relação", acredita Rosa.
Sexo para todos
A sexualidade é pré-requisito para qualidade de vida, defende a professora Mary. Para a educadora, é fundamental que as faculdades incluam a temática na formação dos profissionais.
"É uma área multidisciplinar. Todo médico deve questionar a vida sexual, a libido de seus pacientes, ou, ao menos entender que a vida sexual pode ser chave para muitos diagnósticos.
Reclamações como baixa libido ou dor durante a relação sexual não apenas sinalizam problemas no organismo, como impõe uma serie de contra-indicações medicamentosas, afirma Teresa Barroso. Antidepressivos, remedios para tratar o diabetes reduzem o apetite sexual dos pacientes. Se o tema não é abordado, o tratamento resolverá um problema e acentuará outro.
"É importante perceber que a sexualidade pode mascarar um tratamento que possivelmente seria eficaz. O dever de um cardiologista não é apenas salvar seu paciente de um infarto fulminante. É papel dele, após a recuperação, orientar depois de quanto tempo ele está apto a ter relações sexuais. Nada disso é feito. Temos endócrinos que prescrevem remédios para diabéticos. Essa população sofre alteração na sua sexualidade, mas nada se fala sobre o assunto."
http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=3&idnot=59547
40% dos adolescentes do Brasil revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais
40% dos adolescentes do Brasil revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais, informa revista Istoé
14/08/2011 - 11h40
A revista Istoé desta semana traz uma reportagem sobre a relação pais e filhos na educação sexual. Segundo pesquisa feita no Canadá e citada no texto, entre aqueles que mantêm um diálogo aberto com os progenitores, 18% são sexualmente ativos. No grupo dos que não falam com os pais sobre sexo, o dobro (37%) já praticou algum ato sexual. No Brasil, 40% dos adolescentes do País revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais.
Leia a seguir na íntegra a reportagem "Fale de sexo com eles".
Conversar com os filhos sobre sexo ainda é um tabu para muitos pais. Criados sob uma educação rígida, na qual a sexualidade não fazia parte do repertório familiar, os adultos de hoje encontram dificuldade para abordar o assunto com a prole adolescente. Muitos pensam que, ao falar sobre o tema, vão estimular os jovens a iniciar precocemente a vida sexual. Mas eles não poderiam estar mais errados. Pesquisa realizada pelo departamento de pediatria da Universidade de Montreal, no Canadá, confirmou que quanto mais os pais conversam com os filhos sobre sexo, menos eles são sexualmente ativos. O estudo ouviu 1.171 adolescentes entre 14 e 17 anos - 45% afirmaram que obtêm informações sobre sexo com os pais e 32% com os amigos. Entre aqueles que mantêm um diálogo aberto com os progenitores, 18% são sexualmente ativos. No grupo dos que não falam com os pais sobre sexo, o dobro (37%) já praticou algum ato sexual. A porcentagem de jovens que se relaciona com parceiros ocasionais também é maior entre os que não falam sobre sexo com os pais (41%) comparada com os que falam (29%).
Aqui no Brasil, o comportamento dos jovens segue a mesma tendência. No estudo Juventudes e Sexualidade, realizado pela Unesco em 13 capitais brasileiras e no Distrito Federal, mais de 40% dos adolescentes do País revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais. E dois terços dos quatro mil pais ouvidos na pesquisa confirmaram que já falaram sobre o assunto com seus filhos. Entre os temas discutidos estão a prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, métodos para evitar a gravidez precoce e os aspectos biológicos do sexo. "Mas só isso não basta", afirma a sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo. "Tesão, atração e insegurança fazem parte do cotidiano dos jovens. Cabe aos pais mostrar que esses sentimentos são naturais e compartilhados por todos nós."
A assessora de imprensa Shyrley Beruezzo, 39 anos, conhece a diferença entre falar de sexo como algo biológico ou como uma experiência envolta em emoções e expectativas. "Minha mãe era auxiliar de enfermagem e só tocava no assunto sob o prisma médico", conta. Percebendo que essa abordagem não aplacava todas as suas dúvidas sobre sexo, Shyrley decidiu que adotaria uma postura diferente quando se tornasse mãe. Hoje, ela fala abertamente com a filha Gabriela e com a enteada Bruna, ambas com 15 anos. "No começo elas ficavam tímidas, mas aos poucos foram se abrindo. Se surge uma dúvida, já vêm me perguntar", diz Shyrley. O diálogo tem rendido. As meninas afirmam não ter pressa para iniciar a vida sexual e não ligam para a opinião de amigos. "Só vai rolar quando eu conhecer a pessoa certa", diz Gabriela. "Quero transar apenas quando sentir que estou preparada", afirma Bruna.
Para Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, em São Paulo, a postura e a opinião dos pais têm forte influência sobre a maneira como os filhos se relacionam sexualmente. "Construímos nossa personalidade imitando modelos. Se o adolescente tem uma boa relação com os pais, vai copiar seu comportamento, inclusive sexual. Se não tem, fará tudo ao contrário", diz. Portanto, mostrar uma atitude natural perante o sexo ajuda a destruir mitos e a corrigir informações e conceitos errados, como explica o sexólogo Marcos Ribeiro. "O jovem mais informado, e de forma correta, saberá lidar melhor com sua sexualidade e, no futuro, poderá vivenciá-la sem culpa", afirma. Isso é o que motiva o radialista David Rangel a manter um canal aberto com o filho, o ator David Lucas, 16 anos. "Sempre respondi às dúvidas do Lucas sobre sexo. Prefiro que ele aprenda em casa e não na rua", diz Rangel. Essa cumplicidade fez com que o garoto estreitasse os laços de afetividade com a família. "Meu pai e minha mãe são meus melhores amigos. Às vezes conto até demais da minha vida para eles", declara Lucas, entre risos.
Fonte: Istoé
http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=17511
14/08/2011 - 11h40
A revista Istoé desta semana traz uma reportagem sobre a relação pais e filhos na educação sexual. Segundo pesquisa feita no Canadá e citada no texto, entre aqueles que mantêm um diálogo aberto com os progenitores, 18% são sexualmente ativos. No grupo dos que não falam com os pais sobre sexo, o dobro (37%) já praticou algum ato sexual. No Brasil, 40% dos adolescentes do País revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais.
Leia a seguir na íntegra a reportagem "Fale de sexo com eles".
Conversar com os filhos sobre sexo ainda é um tabu para muitos pais. Criados sob uma educação rígida, na qual a sexualidade não fazia parte do repertório familiar, os adultos de hoje encontram dificuldade para abordar o assunto com a prole adolescente. Muitos pensam que, ao falar sobre o tema, vão estimular os jovens a iniciar precocemente a vida sexual. Mas eles não poderiam estar mais errados. Pesquisa realizada pelo departamento de pediatria da Universidade de Montreal, no Canadá, confirmou que quanto mais os pais conversam com os filhos sobre sexo, menos eles são sexualmente ativos. O estudo ouviu 1.171 adolescentes entre 14 e 17 anos - 45% afirmaram que obtêm informações sobre sexo com os pais e 32% com os amigos. Entre aqueles que mantêm um diálogo aberto com os progenitores, 18% são sexualmente ativos. No grupo dos que não falam com os pais sobre sexo, o dobro (37%) já praticou algum ato sexual. A porcentagem de jovens que se relaciona com parceiros ocasionais também é maior entre os que não falam sobre sexo com os pais (41%) comparada com os que falam (29%).
Aqui no Brasil, o comportamento dos jovens segue a mesma tendência. No estudo Juventudes e Sexualidade, realizado pela Unesco em 13 capitais brasileiras e no Distrito Federal, mais de 40% dos adolescentes do País revelaram que obtêm informações sobre sexo com os pais. E dois terços dos quatro mil pais ouvidos na pesquisa confirmaram que já falaram sobre o assunto com seus filhos. Entre os temas discutidos estão a prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, métodos para evitar a gravidez precoce e os aspectos biológicos do sexo. "Mas só isso não basta", afirma a sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo. "Tesão, atração e insegurança fazem parte do cotidiano dos jovens. Cabe aos pais mostrar que esses sentimentos são naturais e compartilhados por todos nós."
A assessora de imprensa Shyrley Beruezzo, 39 anos, conhece a diferença entre falar de sexo como algo biológico ou como uma experiência envolta em emoções e expectativas. "Minha mãe era auxiliar de enfermagem e só tocava no assunto sob o prisma médico", conta. Percebendo que essa abordagem não aplacava todas as suas dúvidas sobre sexo, Shyrley decidiu que adotaria uma postura diferente quando se tornasse mãe. Hoje, ela fala abertamente com a filha Gabriela e com a enteada Bruna, ambas com 15 anos. "No começo elas ficavam tímidas, mas aos poucos foram se abrindo. Se surge uma dúvida, já vêm me perguntar", diz Shyrley. O diálogo tem rendido. As meninas afirmam não ter pressa para iniciar a vida sexual e não ligam para a opinião de amigos. "Só vai rolar quando eu conhecer a pessoa certa", diz Gabriela. "Quero transar apenas quando sentir que estou preparada", afirma Bruna.
Para Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, em São Paulo, a postura e a opinião dos pais têm forte influência sobre a maneira como os filhos se relacionam sexualmente. "Construímos nossa personalidade imitando modelos. Se o adolescente tem uma boa relação com os pais, vai copiar seu comportamento, inclusive sexual. Se não tem, fará tudo ao contrário", diz. Portanto, mostrar uma atitude natural perante o sexo ajuda a destruir mitos e a corrigir informações e conceitos errados, como explica o sexólogo Marcos Ribeiro. "O jovem mais informado, e de forma correta, saberá lidar melhor com sua sexualidade e, no futuro, poderá vivenciá-la sem culpa", afirma. Isso é o que motiva o radialista David Rangel a manter um canal aberto com o filho, o ator David Lucas, 16 anos. "Sempre respondi às dúvidas do Lucas sobre sexo. Prefiro que ele aprenda em casa e não na rua", diz Rangel. Essa cumplicidade fez com que o garoto estreitasse os laços de afetividade com a família. "Meu pai e minha mãe são meus melhores amigos. Às vezes conto até demais da minha vida para eles", declara Lucas, entre risos.
Fonte: Istoé
http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=17511
Betty Milan responde a socorros da sexualidade moderna
12/08/2011 - 14h00
Betty Milan responde a socorros da sexualidade moderna
da Livraria da Folha
Formada em medicina, especializou-se em psicanálise na França
A psicanalista e escritora Betty Milan sabe bem trabalhar com as palavras. Seja para decifrá-las quando elas lhe são endereçadas ou então quando por elas sugere caminhos, a atenção e cuidado ao escolher as letras, as vírgulas e pontos finais dão contorno à sua conhecida prática de consultório sentimental.
Seu novo livro, "Quem Ama Escuta" (Record) reúne algumas das principais colunas publicadas na "Veja.com", onde conversa com seus leitores sobre os assuntos que os mais angustiam diariamente.
Nessa ciranda de sentimentos, coincidem-se assuntos relacionados a sexo, amor, traição, fetiches, metrossexualidade e quaisquer temas de desejo do sujeito.
Dessas emoções manifestas no dia a dia, são casos de amantes que se apaixonam e não suportam o triângulo amoroso, jovens recusando a homossexualidade e casos em que se transa com o namorado pensando no irmão. Das histórias, cada uma sempre única, todos se enxergam no íntimo não tão diferentes dos outros, seres desejantes e cheios de vontades, como, afinal, devemos ser.
*
"Quem Ama Escuta"
Autora: Betty Milan
Editora: Record
Páginas: 416
Quanto: R$ 42,90
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/957044-betty-milan-responde-a-socorros-da-sexualidade-moderna.shtml
Betty Milan responde a socorros da sexualidade moderna
da Livraria da Folha
Formada em medicina, especializou-se em psicanálise na França
A psicanalista e escritora Betty Milan sabe bem trabalhar com as palavras. Seja para decifrá-las quando elas lhe são endereçadas ou então quando por elas sugere caminhos, a atenção e cuidado ao escolher as letras, as vírgulas e pontos finais dão contorno à sua conhecida prática de consultório sentimental.
Seu novo livro, "Quem Ama Escuta" (Record) reúne algumas das principais colunas publicadas na "Veja.com", onde conversa com seus leitores sobre os assuntos que os mais angustiam diariamente.
Nessa ciranda de sentimentos, coincidem-se assuntos relacionados a sexo, amor, traição, fetiches, metrossexualidade e quaisquer temas de desejo do sujeito.
Dessas emoções manifestas no dia a dia, são casos de amantes que se apaixonam e não suportam o triângulo amoroso, jovens recusando a homossexualidade e casos em que se transa com o namorado pensando no irmão. Das histórias, cada uma sempre única, todos se enxergam no íntimo não tão diferentes dos outros, seres desejantes e cheios de vontades, como, afinal, devemos ser.
*
"Quem Ama Escuta"
Autora: Betty Milan
Editora: Record
Páginas: 416
Quanto: R$ 42,90
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/957044-betty-milan-responde-a-socorros-da-sexualidade-moderna.shtml
Nova Iorque impõe educação sexual no ensino básico e secundário
Gravidezes indesejadas motivam a medida
Nova Iorque impõe educação sexual no ensino básico e secundário
11.08.2011 - 09:14 Por PÚBLICO
Um dos objectivos é reduzir o número de gravidezes indesejadas nos adolescentes (Foto: Reuters/arquivo)
Os alunos das escolas públicas de Nova Iorque, nos Estados Unidos, vão passar a ter educação sexual tanto no ensino básico como no secundário. A medida surge com o objectivo de evitar o número crescente de gravidezes indesejadas.
Os alunos vão estudar durante dois semestres como usar um preservativo e como prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, adianta o diário espanhol El País. A medida vai entrar em vigor já no próximo ano lectivo, depois de décadas de oposição à educação sexual por parte de grupos religiosos e conservadores, que a conseguiu eliminar das escolas públicas.
O presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, argumenta agora que o elevado número de gravidezes em adolescentes e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis – sobretudo nas comunidades mais desfavorecidas – justificam que se avance com esta medida.
Em causa estão mais de um milhão de alunos de 1700 estabelecimentos de ensino que vão passar a contar com educação sexual em dois semestres: um entre o sexto e o sétimo ano de escolaridade e outro entre o nono e o décimo – ou seja, a partir dos 11 anos.
Até ao momento, apenas 20 dos 50 estados norte-americanos incluem algum tipo de educação sexual nos currículos das suas escolas. No entanto, o mais comum é que esses tempos lectivos sejam dedicados a promover a abstinência, o que tem favorecido o crescimento de gravidezes indesejadas e o que faz com que 25 por cento dos alunos saia da escola sem ter tido qualquer informação sobre como utilizar métodos contraceptivos ou como evitar doenças sexualmente transmissíveis, segundo dados do Instituto Guttmacher, citados pelo mesmo jornal.
“Devemos esforçar-nos para ter a certeza que os alunos do secundário são expostos a este tipo de informação tão valiosa, para que aprendam a manter-se sãos e seguros antes e durante a iniciação da vida sexual. Creio que o sistema educativo tem um papel muito importante em termos de educação sexual das crianças e nas respectivas consequências de manterem relações de risco”, lê-se numa carta enviada recentemente aos directores das escolas públicas de Nova Iorque pelo responsável pela educação sexual local, Dennis Walcott.
Para acalmar as organizações conservadoras e religiosas, o departamento de educação de Nova Iorque já informou os pais da mudança em termos de educação sexual, autorizando-os a dispensarem os seus filhos das aulas em que se fale sobre métodos contraceptivos, se assim o entenderem.
A situação em Portugal
Em Portugal, desde 2010 que falar de sexualidade nas escolas passou a ser obrigatório do 1.º ao 12.º ano, mas em muitas escolas a medida ainda não foi concretizada, nomeadamente por atrasos na formação aos professores e por oposição de alguns pais. A legislação portuguesa prevê seis horas para os alunos até ao 2.º ciclo e 12 horas para os estudantes do 3.º ciclo e secundário.
Do 1.º ao 4.º ano, os conteúdos passam pela noção do corpo e da família, entre outros. Por exemplo, no 2.º ano “o professor deve esclarecer os alunos sobre questões e dúvidas que surjam naturalmente, respondendo de forma simples e clara”. E nos 3.º e 4.º anos as informações recaem na importância da “protecção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusivas”. Para os 5.º e 6.º anos mantém-se o mínimo de seis horas anuais de educação sexual. Os professores devem prestar esclarecimentos sobre os aspectos biológicos e emocionais da puberdade. Incluem-se aqui noções de “diversidade e respeito; sexualidade e género; reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar; compreensão do ciclo menstrual e ovulatório; prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas”, etc.
Do 7.º ao 9.º ano, áreas como a “compreensão do uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e, sumariamente, dos seus mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários)” podem ser abordados. Assim como a “dimensão ética da sexualidade humana”, ou “saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco”. Entre o 10.º e o 12.º ano, “devem retomar-se temas previamente abordados” e, entre outras, “definir consequências físicas, psicológicas e sociais da maternidade e da paternidade, da gravidez na adolescência e do aborto”.
http://www.publico.pt/Sociedade/nova-iorque-impoe-educacao-sexual-no-ensino-basico-e-secundario_1507177
Nova Iorque impõe educação sexual no ensino básico e secundário
11.08.2011 - 09:14 Por PÚBLICO
Um dos objectivos é reduzir o número de gravidezes indesejadas nos adolescentes (Foto: Reuters/arquivo)
Os alunos das escolas públicas de Nova Iorque, nos Estados Unidos, vão passar a ter educação sexual tanto no ensino básico como no secundário. A medida surge com o objectivo de evitar o número crescente de gravidezes indesejadas.
Os alunos vão estudar durante dois semestres como usar um preservativo e como prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, adianta o diário espanhol El País. A medida vai entrar em vigor já no próximo ano lectivo, depois de décadas de oposição à educação sexual por parte de grupos religiosos e conservadores, que a conseguiu eliminar das escolas públicas.
O presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, argumenta agora que o elevado número de gravidezes em adolescentes e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis – sobretudo nas comunidades mais desfavorecidas – justificam que se avance com esta medida.
Em causa estão mais de um milhão de alunos de 1700 estabelecimentos de ensino que vão passar a contar com educação sexual em dois semestres: um entre o sexto e o sétimo ano de escolaridade e outro entre o nono e o décimo – ou seja, a partir dos 11 anos.
Até ao momento, apenas 20 dos 50 estados norte-americanos incluem algum tipo de educação sexual nos currículos das suas escolas. No entanto, o mais comum é que esses tempos lectivos sejam dedicados a promover a abstinência, o que tem favorecido o crescimento de gravidezes indesejadas e o que faz com que 25 por cento dos alunos saia da escola sem ter tido qualquer informação sobre como utilizar métodos contraceptivos ou como evitar doenças sexualmente transmissíveis, segundo dados do Instituto Guttmacher, citados pelo mesmo jornal.
“Devemos esforçar-nos para ter a certeza que os alunos do secundário são expostos a este tipo de informação tão valiosa, para que aprendam a manter-se sãos e seguros antes e durante a iniciação da vida sexual. Creio que o sistema educativo tem um papel muito importante em termos de educação sexual das crianças e nas respectivas consequências de manterem relações de risco”, lê-se numa carta enviada recentemente aos directores das escolas públicas de Nova Iorque pelo responsável pela educação sexual local, Dennis Walcott.
Para acalmar as organizações conservadoras e religiosas, o departamento de educação de Nova Iorque já informou os pais da mudança em termos de educação sexual, autorizando-os a dispensarem os seus filhos das aulas em que se fale sobre métodos contraceptivos, se assim o entenderem.
A situação em Portugal
Em Portugal, desde 2010 que falar de sexualidade nas escolas passou a ser obrigatório do 1.º ao 12.º ano, mas em muitas escolas a medida ainda não foi concretizada, nomeadamente por atrasos na formação aos professores e por oposição de alguns pais. A legislação portuguesa prevê seis horas para os alunos até ao 2.º ciclo e 12 horas para os estudantes do 3.º ciclo e secundário.
Do 1.º ao 4.º ano, os conteúdos passam pela noção do corpo e da família, entre outros. Por exemplo, no 2.º ano “o professor deve esclarecer os alunos sobre questões e dúvidas que surjam naturalmente, respondendo de forma simples e clara”. E nos 3.º e 4.º anos as informações recaem na importância da “protecção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusivas”. Para os 5.º e 6.º anos mantém-se o mínimo de seis horas anuais de educação sexual. Os professores devem prestar esclarecimentos sobre os aspectos biológicos e emocionais da puberdade. Incluem-se aqui noções de “diversidade e respeito; sexualidade e género; reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar; compreensão do ciclo menstrual e ovulatório; prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas”, etc.
Do 7.º ao 9.º ano, áreas como a “compreensão do uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e, sumariamente, dos seus mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários)” podem ser abordados. Assim como a “dimensão ética da sexualidade humana”, ou “saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco”. Entre o 10.º e o 12.º ano, “devem retomar-se temas previamente abordados” e, entre outras, “definir consequências físicas, psicológicas e sociais da maternidade e da paternidade, da gravidez na adolescência e do aborto”.
http://www.publico.pt/Sociedade/nova-iorque-impoe-educacao-sexual-no-ensino-basico-e-secundario_1507177
Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos
Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos
The Age (Melbourne) (05.31.11)::Julia Medew
As entidades oficiais recusaram uma proposta de aumentar o tempo entre os testes obrigatório às DSTs para as prostitutas. Em Maio, um Departamento de saúde oficial anunciou que Victoria em Setembro iria mudar os testes requeridas às prostitutas de mensais para trimestrais. No entanto, poucos dias depois um porta-voz do Ministro da Saúde David Davis disse que a proposta não tinha o seu apoio.
O ministro recebeu a proposta, mas "não ficou convencido que as mudanças propostas fossem apropriadas," disse o porta-voz.
A testagem mensal gasta recursos de saúde pública, disse Christopher Fairley, professor de saúde sexual na Melbourne University. Num estudo de 2896 prostitutas rastreadas para DSTs durante três anos na Melbourne Sexual Health Center, apenas 3% eram positivas. Cerca de 41% dos 4208 casos de DSTs diagnosticados durante esse tempo foram em homossexuais.
Os médicos recusam todos os anos centenas de doentes que procuram fazer testes às DSTs devido à obrigatoriedade do rastreio das prostitutas, disse Fairley. O centro recusou cerca de 1200 pessoas nos primeiros quatro meses deste ano, em parte devido à obrigatoriedade da testagem das prostitutas, disse ele. Cerca de mais 3000 doentes poderiam ser vistos em cada ano se o estado aprovasse a testagem trimestral das prostitutas, estimou ele.
A testagem obrigatória também implica um consentimento informado cultural, que "fornece um ambiente de apoio onde os doentes podem discutir livremente as suas preocupações," disse Bebe Loff, director do Michael Kirby Center for Public Health and Human Rights. Também pode aumentar a procura por sexo não protegido por clientes que pensam que as trabalhadoras testadas estão "limpas," disse Cheryl Overs, fundadora da Australian Prostitutes Collective.
09 Agosto 2011
Tradução / Edição: Inês Bártolo
http://www.aidsportugal.com/Modules/WebC_AIDS/Articles/ViewArticles.aspx?Mid=177&Aid=10754
The Age (Melbourne) (05.31.11)::Julia Medew
As entidades oficiais recusaram uma proposta de aumentar o tempo entre os testes obrigatório às DSTs para as prostitutas. Em Maio, um Departamento de saúde oficial anunciou que Victoria em Setembro iria mudar os testes requeridas às prostitutas de mensais para trimestrais. No entanto, poucos dias depois um porta-voz do Ministro da Saúde David Davis disse que a proposta não tinha o seu apoio.
O ministro recebeu a proposta, mas "não ficou convencido que as mudanças propostas fossem apropriadas," disse o porta-voz.
A testagem mensal gasta recursos de saúde pública, disse Christopher Fairley, professor de saúde sexual na Melbourne University. Num estudo de 2896 prostitutas rastreadas para DSTs durante três anos na Melbourne Sexual Health Center, apenas 3% eram positivas. Cerca de 41% dos 4208 casos de DSTs diagnosticados durante esse tempo foram em homossexuais.
Os médicos recusam todos os anos centenas de doentes que procuram fazer testes às DSTs devido à obrigatoriedade do rastreio das prostitutas, disse Fairley. O centro recusou cerca de 1200 pessoas nos primeiros quatro meses deste ano, em parte devido à obrigatoriedade da testagem das prostitutas, disse ele. Cerca de mais 3000 doentes poderiam ser vistos em cada ano se o estado aprovasse a testagem trimestral das prostitutas, estimou ele.
A testagem obrigatória também implica um consentimento informado cultural, que "fornece um ambiente de apoio onde os doentes podem discutir livremente as suas preocupações," disse Bebe Loff, director do Michael Kirby Center for Public Health and Human Rights. Também pode aumentar a procura por sexo não protegido por clientes que pensam que as trabalhadoras testadas estão "limpas," disse Cheryl Overs, fundadora da Australian Prostitutes Collective.
09 Agosto 2011
Tradução / Edição: Inês Bártolo
http://www.aidsportugal.com/Modules/WebC_AIDS/Articles/ViewArticles.aspx?Mid=177&Aid=10754
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