segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos

Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos
The Age (Melbourne) (05.31.11)::Julia Medew
As entidades oficiais recusaram uma proposta de aumentar o tempo entre os testes obrigatório às DSTs para as prostitutas. Em Maio, um Departamento de saúde oficial anunciou que Victoria em Setembro iria mudar os testes requeridas às prostitutas de mensais para trimestrais. No entanto, poucos dias depois um porta-voz do Ministro da Saúde David Davis disse que a proposta não tinha o seu apoio.

O ministro recebeu a proposta, mas "não ficou convencido que as mudanças propostas fossem apropriadas," disse o porta-voz.

A testagem mensal gasta recursos de saúde pública, disse Christopher Fairley, professor de saúde sexual na Melbourne University. Num estudo de 2896 prostitutas rastreadas para DSTs durante três anos na Melbourne Sexual Health Center, apenas 3% eram positivas. Cerca de 41% dos 4208 casos de DSTs diagnosticados durante esse tempo foram em homossexuais.

Os médicos recusam todos os anos centenas de doentes que procuram fazer testes às DSTs devido à obrigatoriedade do rastreio das prostitutas, disse Fairley. O centro recusou cerca de 1200 pessoas nos primeiros quatro meses deste ano, em parte devido à obrigatoriedade da testagem das prostitutas, disse ele. Cerca de mais 3000 doentes poderiam ser vistos em cada ano se o estado aprovasse a testagem trimestral das prostitutas, estimou ele.

A testagem obrigatória também implica um consentimento informado cultural, que "fornece um ambiente de apoio onde os doentes podem discutir livremente as suas preocupações," disse Bebe Loff, director do Michael Kirby Center for Public Health and Human Rights. Também pode aumentar a procura por sexo não protegido por clientes que pensam que as trabalhadoras testadas estão "limpas," disse Cheryl Overs, fundadora da Australian Prostitutes Collective.

09 Agosto 2011
Tradução / Edição: Inês Bártolo
http://www.aidsportugal.com/Modules/WebC_AIDS/Articles/ViewArticles.aspx?Mid=177&Aid=10754

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