domingo, 4 de setembro de 2011

Será que você é piriguete?

Tpm vai às raizes da questão e do significado dessa nova gíria
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05.05.2010 | Texto por Nina Lemos; colaborou Bruna Bopp
Será que você é piriguete? Perigosa ou a perigo? O que exatamente os homens – e muitas vezes as próprias mulheres – querem dizer quando chamam alguém assim? Tpm vai às raízes da questão e descobre: o oposto da piriguete é a segurete

“Aquela menina é a maior piriguete”, diz um cara na balada, apontando para uma “vadia”. “Hoje você está meio piriguete, não é?”, comenta um amigo (homem) depois de você declarar que está a fim de paquerar. Do alto de um trio elétrico em Salvador, a musa Ivete Sangalo grita: “Hoje eu sou a Piriguete Sangalo!”.

Piriguete, assim mesmo, com i, é o adjetivo da moda para falar de mulheres. O termo surgiu na Bahia e vem de perigosa. “A piriguete é a nova piranha”, explica a psicanalista Diana Corso, da Associação Psicanalítica de Porto Alegre e colunista do jornal Zero Hora. Vale lembrar que já fomos (e ainda somos) chamadas de galinhas, vadias, vacas, tchutchucas, biscates, barangas, piranhas, vagabundas. E também que já usamos esses xingamentos para falar de várias meninas que não vamos com a cara.
DivulgaçãoParece que inventar nomes para classificar mulheres é normal. Quanto aos homens... Bem, vocês já ouviram alguém falar que um barango está piriguete? Claro que não! Quem pega todas, como se sabe, é comedor. E homem feio é charmoso, como comprovamos na reportagem “Você é feia?”, na Tpm# 92.

De acordo com o filósofo Mario Sergio Cortella, professor doutor em educação, titular da PUC-SP, as brasileiras são alvo de apelidos (ainda!) porque os homens continuam sentindo necessidade de colocá-las como cidadãs de segunda categoria (e, atenção, quem está falando isso é um homem!). “Quando você usa um apelido, você inferioriza alguém. No Brasil, as mulheres ainda são inferiorizadas. Por isso são chamadas de nomes de uma série de bichos. Com os homens é diferente. O único nome usado pejorativamente para eles é veado. Porque, quando um homem é chamado de galinha, isso não é depreciativo”, explica o filósofo.

Falar é fácil
Mas se Ivete Sangalo, do alto do seu pedestal, disse que estava piriguete, bem, isso não deve ser tão ruim assim. Ou não. Em enquete realizada pela Tpm, a maioria das leitoras considerou que ser chamada de piriguete seria “a morte”. Primeira conclusão: chamar alguém de piriguete é fácil. Se autodenominar piriguete, idem. Agora, ser chamada de piriguete soa como agressão, das grandes.
No meio da polêmica (e com medo de ser agredido por “feministas loucas”) está o rapper carioca Alexandre Materna, de 20 anos, o MC Papo, autor do rap “Piriguete”. Aquele que diz, “piri, piri, piriguete”. Funkeiro desde os 6 anos, o menino viu a fama bater na sua porta depois de compor essa música. “A piriguete de quem eu falo não é uma mulher que quer ficar com todos os caras, e sim a que quer pegar aquele cara que tem grana. Ela quer é se dar bem.” Ele continua: “A piriguete é uma junção de todas as marias, é uma mistura de maria gasolina com maria chuteira, todas essas”. O MC fez a música depois de ouvir amigos de escola usarem sem parar a expressão depois de passarem umas férias na Bahia. A piriguete, ele deixa bem claro na música, é uma mulher perigosa, com quem os homens devem tomar cuidado. A piriguete do rap é uma bandida (literalmente). “Quando ela me vê ela mexe piri pipiri pipiriguete, rebola devagar depois desce, piri pipiri pipiri piriguete, minissaia rodada, blusinha rosinha, decote enfeitado com monte de purpurina, ela não paga, ganha cortesia, foge se a sua carteira estiver vazia.”

Bem, depois de ouvir a explicação dele, fica claro por que as leitoras da Tpm acham que ser chamada de piriguete é a morte. Quem gosta de ser chamada de interesseira descarada? Para completar, o filósofo Mario Sergio Cortella lembra da primeira vez que ouviu essa expressão: “Foi para falar de prostitutas em Salvador”. Legal, não?

A insatisfação feminina com a palavra faz com que o MC Papo conte que de vez em quando é “atacado por várias feministas loucas”. “Elas mandam e-mail falando que eu sou machista e que a música é um absurdo. Mas estou falando de um tipo de mulher.

Não estou falando que toda mulher é piriguete”, defende-se. Tudo bem. Mas quer dizer que não existe homem que só quer se dar bem e ser sustentado por mulher? “Ah, tem, acho que seria um gigolô”, diz o MC. E nós perguntamos. Você, leitor homem, acharia legal ser chamado de... pirigão?

A psicanalista Diana Corso, que, assim como a gente, não é uma feminista louca, acha que ser chamada de piriguete é mais ofensivo do que ser chamada de puta. “Ser chamada de puta e galinha não é mais tão ruim. Inclusive porque reconhecemos as prostitutas como classe. Ser chamada de piriguete é pior. Essas meninas são consideradas uma ameaça porque rompem com a aliança que se forma com outras mulheres. A amizade feminina é uma coisa muito forte e cheia de regras. Uma amiga, por exemplo, não fica com o namorado da outra. A piriguete fica, e por isso é considerada tão perigosa e traidora”, diz Diana. O filósofo Mario

Sergio Cortella também concorda com as leitoras da Tpm. Para ele, a expressão é sempre ofensiva. “Hoje piriguete significa uma mulher perigosa ou que está a perigo. O significado é sempre ofensivo. A não ser quando a expressão é usada pelo homem que acha que foi ‘alvo’ de uma piriguete. Nesse caso, ele acha bom, pois a autoestima cresce.”

Piriguete pride
A cantora Karina Buhr, editora convidada especial desta edição da Tpm, discorda e acha que ser piriguete é o máximo. “Piriguete é aquela garota que não tem vergonha de descer até o chão, de usar roupa sexy e de se divertir na balada com liberdade, sem ligar para o que os outros estão pensando.” A cantora também não se intimida com o tom sexual dado ao termo. “Se piriguete é uma palavra para designar a mulher que fica com quem ela quer, então, que bom. O mundo é tão machista que se for por isso é legal ser chamada de piriguete”, diz Karina.

Da próxima vez que você chamar uma menina de piriguete, pense que isso para elas é a morte. Agora, se usarem o termo para falar de você, achamos que você deve adotar a teoria de Karina Buhr e achar que isso é o máximo. E rebolar até o chão.

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"Piriguete- adj. fem. proveniente do baladês. Serve para designar moça solteira bastante propícia ao intercurso sexual. Geralmente encontrada em boates em estado alcoólico elevado, sorrindo enquanto executa coreografias sensuais na pista. Dependendo do grau de piriguetismo chega a atacar os rapazes que a circundam. Não costumam ser bem-vistas pelas namoradas e ficantes dos homens em geral. Mas são aceitas com entusiasmo por boa parte da população masculina"
Pedro Neschling, ator

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“É uma menina que está a perigo, que quer dar. Ué, é isso: a menina que precisa dar pra ontem”
Ronaldo Bressane, jornalista e escritor
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"Se eu fosse definir uma mulher que é autossuficiente, snehora do seu destino, que escolhe se quer ficar com um ou vários, que fica com um a cad dia e é feliz assim, eu diria que ela é uma guerreira. Mas a sociedade sempre a tacha de um modo pejorativo, como cachorra, galinha, vagabunda, e, agora, piriguete" 
Anna Frank, feminista, presidente da ONG Ateliê de Mulher
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"Piriguete pra mim é uma menina que corresponde a três características: 1. Não sente frio, 2. Se considera moleca, 3. Só se dá bem com meninos"
Didi, do site Te Dou um Dado


“Jesus! Não estou por dentro dessas coisas, me desculpe, não posso te ajudar”
Freira da Congregação Irmãs Passionistas


"É uma mina perigosa, uma predadora"
Motoboy da CM Express


"Piriguete é uma puta infantil, esse é o significado. Mas agora chamam as meninas adultas de piriguete também" 
Segurança
 da Fundação Cásper Líbero


"Mulher cachorrona"
Pedreiro que trabalha em uma obra em Iraúna, em São Paulo

O que é a resiliência sexual?



29/08/2011 -- 15h51
O que é a resiliência sexual?
Adversidades na vida sexual podem ser tratadas, especialista diz como
Você sabe o que é resiliência sexual? Para entender um pouquinho, faça uma experiência. Pegue uma folha de papel, amasse em forma de uma bolinha e jogue-a na mesa. Quanto ela volta ao normal? Pouco, não é? 

A resiliência é um termo emprestado da engenharia e da física. Nessas áreas, ela é definida como a capacidade de um corpo físico superar uma pressão, voltando ao seu estado original sem ser alterado. No nosso dia-a-dia, a palavra é definida como a capacidade que as pessoas têm de, diante de uma situação adversa, de um trauma, se recuperar e dar a volta por cima. Quanto mais resiliência, mais rápido a pessoa se recupera. 

Dentro da perspectiva de uma vida sexual, isso faz parte do amadurecimento. As pessoas com baixa resiliência não evoluem sexualmente ou, no máximo, evoluem bem mais lentamente do que as outras. Elas são mais confusas, não se concentram na atividade sexual, têm dificuldade com a própria realidade e buscam transferir a culpa pelo seu estado para outras pessoas. 

Já o oposto, pessoas com alta resiliência são as que enfrentam melhor os problemas. São criativas, inovadoras e quando têm algum problema na vida sexual conseguem dar a dimensão devida, sem exageros, procurando dentro do seu repertório a busca da solução ou mesmo ajuda especializada. 

Estamos falando sobre resiliência porque é importante que as pessoas tomem as rédeas de sua vida sexual e afetiva, não transferindo os problemas e, principalmente, buscando soluções que as levem novamente para a normalidade. 

Para o sucesso na vida sexual, é essencial que a pessoa aja como protagonista. Todo mundo tem problemas. Em alguns momentos da vida, eles são mais graves e em outros, menos. Porém, são fases a que todos estão sujeitos. E a vida é assim mesmo, de altos e baixos. Não há linearidade. 

E cada um é responsável pela própria vida sexual. Falando numa linguagem mais popular, é preciso ter jogo de cintura. Quando cair, é preciso levantar. Quando a pessoa se levanta, ela aprende a ser um pouco melhor. Aprender a cair é ser uma pessoa melhor. 

Márcio Dantas de Menezes - cirurgião vascular, palestrante e presidente daSociedade Brasileira de Medicina Sexual

Garotas de programa de luxo

Elas parecem aquela sua amiga da faculdade, mas ganham R$ 3 mil em uma hora
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03.06.2010 | Texto por Ariane Abdallah e Juliana Menz Fotos Gabriel Rinaldi


Elas estão em faculdades, restaurantes caros, passarelas, baladinhas e festas da alta sociedade. Com calças Diesel, bolsas Louis Vuitton e sapatos Gucci, essas meninas de 20 e poucos anos circulam com homens casados, solteiros, executivos, príncipes, sheiks e, quem sabe, com aquele amigo seu – por até R$ 3 mil a hora. A reportagem da Tpm se infiltrou no mundinho VIP das garotas de programa de luxo de São Paulo – e revela que ele fica logo ali.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo

Pelo número que aparece no celular, Andressa* sabe que vai dormir fora de casa. Há um ano Nicolas* é seu cliente. Executivo italiano da indústria do petróleo, ele vem regularmente ao Brasil. Assim que desce do avião, telefona para Andressa e segue para o restaurante do hotel Fasano – um dos melhores do Brasil, onde um prato pode custar até R$ 350, um vinho pode chegar a R$ 40 mil e qualquer mulher é recebida por quatro funcionários diferentes, da entrada até a mesa.

De vestido Gucci (presente de Nicolas e um dos 80 que ela tem no armário) e bolsa Louis Vuitton, ela senta à mesa de frente para o “gringo”, que não pesa menos que 100 quilos. Ele segura sua mão, diz que está linda e pergunta o que quer beber. “Veuve Clicquot”, responde a garota de 25 anos, sem consultar o cardápio. Foi com ele que aprendeu que essa e Cristal são as melhores marcas de champanhe. O garçom serve a garrafa que custa R$ 406. Andressa não agradece. Abre o cardápio e seus olhos deslizam pela fileira dos preços. “Nem lembro o que comi da última vez. Escolho pelo mais caro, porque vendo que você é cara os clientes dão presentes bons”, explica. O raciocínio vale também para roupas e carros: “São investimentos”, resume ela.

Andressa faz parte de um grupo de cerca de 300 garotas de programa que vivem em São Paulo, e engana-se quem pensa que elas se resumem a “modelos-manequins”. São também estudantes de enfermagem e profissionais de marketing, entre outras ocupações. Passar uma hora com elas custa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Mas com Nicolas, cliente fixo de Andressa, tem algumas diferenças. A primeira e mais importante é que ele paga em euro – e um valor acima da média: 1.500. Por esse preço, ela até topa passar a noite numa suíte cinco estrelas que pode custar até R$ 22 mil. Além de Nicolas, ela tem um cliente fixo de 60 anos – paga a mensalidade da faculdade de enfermagem com parte dos R$ 10 mil que recebe para encontrá-lo cerca de três vezes por mês.
Essas meninas não estão em casas como o Café Photo, que nos anos 90 era referência em prostituição de luxo. Hoje, estima-se que as garotas que frequentam o lugar cobram entre R$ 300 e R$ 500 por programa e chegam a atender até três clientes na mesma noite. Moram em regiões de classe média e média baixa de São Paulo, como zonas leste e norte, e fazem mais o estilo “gostosonas” do que as garotas de programa de luxo. Já essas meninas são discretas. Têm silhueta de modelo e não se vestem com decotes extravagantes, saias curtas e barriga à mostra. Além disso, não mentem o nome nem negam beijo na boca aos clientes.

As amigas de profissão da Andressa têm entre 20 e 25 anos e atendem, sobretudo, empresários. Apesar de terem alguns clientes solteiros e jovens, a maioria deles é casada e já passou dos 40. Eles fazem questão de pagar caro por uma hora ao lado de prostitutas que não dão pinta de prostitutas.

As garotas de luxo são muito parecidas com as mulheres que esses clientes conhecem nas baladas – mas com estas eles evitam ficar por serem casados ou para não correrem o risco de se envolver. “Vejo as garotas de programa como amigas que ajudo. É melhor do que ter uma amante, que pode começar a fazer cobranças”, explica Luciano*, 45 anos, casado, pai de dois filhos pequenos. Júnior*, um empresário de 32, enfatiza que a opção não tem a ver com estar mal no casamento: “Além da atração física, elas te elogiam, aumentam a autoestima. Por mais que o casamento seja maravilhoso, existem cobranças que com uma garota dessas não tem. Ela é só o lado bom”, confessa.

Os clientes levam garotas como Andressa para passear em seus aviões particulares, barcos, helicópteros ou carros como Mini Cooper, Audi e Land Rover. Talvez por isso, mesmo quando não estão trabalhando elas não cogitam a hipótese de usar transporte público. Se interessam em namorar homens que tenham seus 30 anos – mais novo, só se for filho de milionário – e um carro que valha cerca de R$ 450 mil, como uma caminhonete BMW. “Estou com um namoradinho, mas vou acabar hoje. É pobre”, desabafa a paulistana Patrícia*, amiga de Andressa, numa conversa com a reportagem da Tpm em um restaurante dos Jardins. “Não quero casar com um cara que ganha R$ 3 mil por mês. Pra ficar dividindo conta e sustentando filho? Tô fora”, solta.

Quando vão atender os clientes, elas usam táxi ou seus próprios carros – que vão de modelos populares, como Corsa, a importados automáticos, como Tucson. Se o cara é solteiro, muitas vezes são recebidas na casa deles, em bairros classe alta, como Jardins e Morumbi. Com os casados, os encontros costumam acontecer durante o dia, nos hotéis de luxo. Andressa conta que uma vez fazia sexo oral num cliente, no meio da tarde, quando tocou o celular dele. “Ele atendeu, fez sinal para eu continuar e falou: ‘Oi, amor, estou numa reunião’”, ri.

Por receio de serem vistos, os brasileiros não costumam circular com elas em lugares públicos. Em compensação, os estrangeiros parecem fazer questão do contrário. “Sei que sou o tipo de mulher que o cara quer exibir como prêmio”, confessa Andressa, contratada por gringos, como Nicolas, através de agenciadoras (cafetinas com quem não têm nenhum vínculo).

Mulheres invisíveis

Das outras mesas do restaurante, mulheres acompanhadas de seus maridos curvam o pescoço, como que para ver melhor “a menina que está com aquele gordo”. Andressa não desvia o olhar do cardápio nem do cliente. “Mulher, sempre que vê outra mulher bonita, olha com reprovação, é normal”, observa ela. Como não está namorando, não tem receio de se expor jantando ao lado de Nicolas – mas confessa que teria vergonha se ele fosse “muito velho”.

Apesar de Andressa estar à vontade, um funcionário antigo do restaurante garante que não reconhece seu rosto nem de nenhuma outra garota de programa de luxo por lá – onde é comum escutar engravatados falando inglês ou alemão em mesas que também já foram reservadas para Madonna e Yoko Ono. “Essas meninas existem sim. Mas, se vêm aqui, é com algum hóspede estrangeiro, e passam despercebidas”, garante, numa conversa informal.

De fato, é o que elas dizem. “Não vou sozinha num lugar desses”, comenta Andressa, incluindo aí restaurantes “da rua Amauri”, no Itaim Bibi, bairro em que circula boa parte do PIB nacional e onde ficam os sofisticados Parigi, Magari, Ecco, Forneria San Paolo, entre outros. Apesar de sentir-se bajulada pelos garçons desses lugares – “eles sabem que vão ganhar gorjetas gordas dos nossos clientes” –, para ela e suas amigas ir a um restaurante como esses em um dia de folga é “programa de velho”. Andressa prefere festas fechadas, como uma no terraço da Daslu a que foi recentemente, ou áreas VIPs de baladas como o sertanejo Villa Country, frequentado por paulistanas de todos os tipos e classes sociais.

Patrícia* também tem 25 anos, é formada em marketing, aluna de pós-graduação de uma faculdade respeitada de São Paulo e tem um cliente que deposita, “religiosamente”, R$ 5 mil por mês em troca de encontros esporádicos. Filha de um empresário bem-sucedido, ela tinha coleções de joias, sapatos, bolsas e viagens pelo mundo até seu pai perder tudo e ela passar a sustentar a casa com o salário de R$ 2.500 que ganhava como recém-formada. Há dois anos no ramo da prostituição de luxo, ela ajudou os pais a abrirem pequenas empresas e, quando não está trabalhado com eles ou com seus clientes, gosta de comer sushi em restaurantes de Moema – o que lhe custa uma média de R$ 100 por refeição, duas vezes por semana. Ainda mora com os pais, que acreditam que a filha ganhou uma bolada ao ser demitida do antigo emprego e que agora trabalha como freelancer na área de marketing. “Me considero privilegiada pelo meu trabalho. Essa oportunidade é um presente de Deus”, orgulha-se.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Luxo e lixo

Taís*, 23 anos, estudou teatro, fez fotos para um site sensual recentemente – o que inflacionou seu cachê mínimo para R$ 2 mil – e já saiu correndo de um hotel ao encontrar Nicolas, o cliente que agora é atendido por Andressa. “Quando vi aquele obeso deitado na cama, fui embora!”, conta. Ela acaba de terminar um namoro com um cara que sabia sua profissão e aparentemente aceitava. “Mas, na hora das brigas, ele jogava na minha cara”, lamenta. Taís atrasou um encontro com a reportagem da Tpm porque estava fazendo a unha numa quinta-feira à tarde. Ela adora ir com as amigas ao Studio SP, ao Bar Secreto, à Pink Elephant, ao D-Edge e a outras baladinhas frequentadas pela juventude paulistana.

Andressa ficou amiga de Taís quando viajaram juntas para uma cidade serrana em São Paulo, para trabalhar com uma turma de amigos empresários, banqueiros e executivos. Na ocasião, um deles fez questão de assistir a uma performance sexual entre as duas. Esse grupo viaja junto quatro vezes por ano para o interior do Brasil ou para algum lugar da América Latina. Leva sempre duas mulheres para cada homem e fecha os hotéis em que se hospeda, que costumam ser “pequenos e luxuosos” – Andressa e Taís garantem nem ter prestado atenção aos nomes desses lugares. Durante a viagem, todas as meninas têm direito a regalias oferecidas pelo lugar: piscina, ofurô, massagem, spa, comida no quarto, roupão extra...

Esse tipo de viagem, promovido principalmente por milionários estrangeiros, existe aos montes, no mundo inteiro, e é a oportunidade mais cobiçada pelas garotas de luxo. Entre os destinos que se vangloriam de já terem conhecido, Patrícia, Taís e Andressa destacam Salvador, Rio de Janeiro, Milão e Roma (Itália), Ibiza e Madri (Espanha), Saint-Tropez (França) e Caribe.



Saint-Tropez e Gucci

Mas para chegar a esses lugares elas têm que passar por uma seleção – primeiro por fotos, depois pessoalmente – feita por cafetinas, que muitas vezes são ex-garotas de programa que já passaram dos 30 anos. As exigências são objetivas: as garotas têm que ser bonitas, elegantes, animadas, ou seja, estar a fim de diversão. O pagamento, feito por um assistente particular do “gringo”, é em dinheiro.

Patrícia foi uma das escolhidas para ganhar mil euros por dia ao lado de meninas de várias nacionalidades (italianas, inglesas e russas, essas últimas tão requisitadas quanto as brasileiras por serem supostamente bonitas e descontraídas). Numa viagem a Saint-Tropez, sua mala Louis Vuitton viajou cheia de roupas justas, biquínis, calças Diesel e acessórios Gucci – mas sem exagerar na quantidade de cada item, pois a graça do passeio está em fazer compras e ganhar presentes. Levadas por um iate até o balneário francês – um dos points mais frequentados do planeta por jovens ricaços e famosos como Paris Hilton –, as garotas se hospedaram, por um mês, com os clientes, num dos melhores resorts da região. As suítes escolhidas estavam entre as mais caras: cerca de 2.900 euros por dia.

Quanto ao trabalho, elas eram responsáveis por “brincar” com príncipes e sheiks árabes quando eles entravam no mar ou dançar para entretê-los durante a tarde. “Somos tratadas como rainhas”, garante Patrícia, que fez topless e tomou muito champanhe durante o trajeto de barco. “Os estrangeiros dificilmente querem muito sexo, eles gostam é de se exibir com a gente”, conta ela. De vez em quando, surgia uma oportunidade e ela transava com algum dos convidados do barco, o que lhe rendia gorjetas.

Tanto Andressa, que nasceu no interior de Santa Catarina e pensava em ser freira quando criança, quanto Taís, natural de São Paulo, entraram no ramo pela indicação de amigas. No começo, achavam absurdas as histórias que ouviam. Mas vendo que as meninas não repetiam roupa, viajavam e iam a jantares chiques, começaram a questionar a vida convencional que levavam. “Na primeira vez que saí com um cliente fiquei bêbada, o cara teve que cuidar de mim. Levei um susto quando vi aquele bolo de dinheiro. Hoje me sinto pobre se tiver menos que R$ 1 mil na carteira”, conta Patrícia. “No início, eu pensava: ‘Meu Deus, sou uma puta!’. Saía do encontro e vomitava”, lembra Taís. Recentemente, ela recebeu um convite para um teste de elenco de uma peça e anda pensando em mudar de vida. “O problema é que vicia”, confessa.

Quem dá mais?


O vício é no dinheiro que entra rápido. Andressa conta que comprou um imóvel com os R$ 100 mil que juntou em um ano (sem considerar gastos com contas mensais, roupas, baladas, restaurantes e viagens). Mas, para a psicanalista Diana Corso, coautora do livro Fadas no Divã e colunista do jornalZero Hora, não é só uma questão financeira. Ela acredita que toda mulher tem a fantasia de ser “puta”, de transar com vários homens, sem compromisso, e de ter certeza de que é desejada. “A garota de programa tem a garantia de que o cara a deseja, afinal ele está pagando”, analisa ela. O filósofo Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de S.Paulo, completa: “Essas garotas são acompanhantes, bonitas, divertidas, dá para ir ao cinema, jantar. Gostam de sexo, sabem fazer e não vão ligar na casa do cara no dia seguinte”, observa.

Apesar de afirmar nunca ter gozado com um cliente, Andressa diz que às vezes sente prazer. Patrícia, quando questionada se gosta do que faz, responde: “Não é tão mau assim. Melhor que qualquer outro emprego que já tive”.

Mas elas próprias admitem: “O valor mais importante da minha vida é o dinheiro”, diz Andressa, ressaltando que no Dia das Mães poderia comprar o presente que quisesse. Quando falam sobre viagens que fizeram ao exterior, a trabalho ou por lazer, o foco é sempre nas compras. Para elas, a qualidade das coisas é traduzida em cifras: o que é caro é entendido como bom.

Mas ao entrarmos em seus apartamentos alugados, por exemplo, nos Jardins, por R$ 2 mil mensais, encontramos o avesso da ostentação. Enquanto ocupam-se de manter os corpos e seus enfeites atraentes, as paredes descascam, os poucos móveis não combinam e o quarto vive bagunçado. Essas garotas estão sempre repetindo que vão mudar de casa – e de profissão. A impressão que dá é que estão eternamente de passagem.

* Taís, Andressa, Patrícia, Nicolas, Luciano e Júnior são nomes fictícios, usados para proteger suas reais identidades

“Root Raters”, a perigosa moda de comentar encontros sexuais na internet

28/06/2011 por psicosaber
Exposição de adolescentes na rede preocupa pais, professores e a polícia
Sydney – Os chamados “Root Raters”, páginas das redes sociais criadas na Austrália e utilizadas para pontuar e comentar um encontro sexual, tornaram-se uma potencial ferramenta de difamação entre adolescentes.
A consultora em segurança na web Susan McLean explica à Agência Efe que “aparentemente este fenômeno teve origem na Austrália ou é predominantemente australiano” e foi inspirado nas conversas picantes que circulam no Facebook e em outras redes sociais similares.
Os usuários destas páginas podem dar anonimamente uma pontuação de 1 a 10 a um encontro sexual ou “root” (uma gíria vulgar australiana) e inclusive podem emitir opiniões humilhantes sobre o tamanho dos órgãos genitais e a aparência de certas partes do corpo.
Na Austrália, por exemplo, o “Root Rater” no Twitter convida os usuários a “compartilhar” um encontro “fantástico” identificando a pessoa e sua cidade, além de dar uma pontuação e detalhes do ato mediante o anonimato de quem comenta.
“Tamanho decente (do pênis)”, “grande traseiro” e “nota 9 porque não foi suficiente” estão entre os comentários mais moderados feitos neste tipo de páginas que aparecem e desaparecem rapidamente porque muitas vezes são fechadas pelas próprias redes sociais ou denunciadas às autoridades.
Centenas de adolescentes na Austrália visitaram e deixaram seus comentários nestas páginas que surgiram há poucos meses e tendem cada vez mais a se concentrar em uma região geográfica pequena, como uma escola ou um bairro.
Os escândalos em torno dos “Root Raters” se sucedem na Austrália e preocupam pais, professores e autoridades.
Nesta semana foi fechado um destes sites nos balneários do norte de Sydney que já contava com 1,2 mil usuários, entre eles alunos de várias escolas da região, informou o jornal “Sydney Morning Herald”.
Neste “Root Rater” há comentários de uma adolescente com “muitos pelos” e de outra “sempre disposta” a fazer sexo, o que motivou a diretoria das escolas a abrir uma investigação sobre o caso.
Apesar da crueldade e da vulgaridade dos comentários, quase dois terços do que os adolescentes publicam nos “Root Raters” é “remotamente verdade”, afirma McLean, que foi a primeira agente da Polícia do estado australiano de Victoria a se especializar em segurança na internet.
Muitos dos jovens não tiveram os encontros sexuais que relatam nas redes, mas divulgam nomes e fotos com o fim de ferir e humilhar as vítimas dos comentários, destaca a especialista.
O jornal “The Northern Star” publicou neste mês o caso de Renee Joslin, uma jovem de 18 anos, que fez uma dura crítica sobre este tipo de atividades no site “Lismore Root Rater” e, em dez minutos, já havia comentários sobre seus atributos sexuais.
Tanto as autoridades australianas quanto os especialistas advertem que aqueles que fazem comentários nestas redes sociais podem ser acusados de difamação, assédio sexual ou punidos por violar uma lei federal sobre o uso de internet para ameaçar, ofender ou intimidar uma pessoa.
Os adolescentes, cada vez mais imersos no uso das novas tecnologias, passam a utilizar este tipo de páginas de forma “impulsiva” e “instantânea”, enquanto os adultos consideram que esta atividade pode ser “divertida”, avalia McLean.
Fonte: Exame

Pais forçam meninas a mudar de sexo na Índia

30/06/2011 por psicosaber
O governo do Estado indiano de Madhya Pradesh está investigando denúncias de que mais de 300 meninas foram cirurgicamente transformadas em meninos em uma cidade de Indore. Os pais teriam pago cerca de R$ 5.000 para que fosse realizada a operação plástica.
Mulheres e ativistas dos direitos da criança denunciaram a prática como algo  que “escarnece das mulheres na Índia“. O desejo dos pais de transformar suas filhas em filhos é motivado pela esperança de melhorar as perspectivas da família por meio do casamento.
Ranjana Kumari, do Centro de Pesquisas Sociais e uma das líderes ativistas contra o feticídio feminino, disse que a transformação cirúrgica de meninas em meninos são um sinal de crescimento da  ”loucura social”  na Índia.
“As pessoas não querem compartilhar suas propriedades ou investir em dotes para as filhas nem pagar para que elas estudem. É uma classe média ávida por ter cada vez mais dinheiro.”
Há décadas a Índia já pratica o feticídio feminino – abortos seletivo de sexo – por famílias que temem os custos do casamento e os dotes que precisam pagar. Estima-se que exista no país sete milhões a mais de meninos que meninas com idade inferior a seis anos. Agora os ativistas dizem que a opção pela cirurgia significa que as meninas não estão mais seguras, mesmo depois do nascimento.
O doutor VP Goswami, presidente da Academia Indiana de Pediatria, em Indore, considera o procedimento absurdo. “A genitoplastia é possível em um bebê normal, que nasce com ambos os sexos. Porém, mais tarde esses órgãos não vão crescer com a influência hormonal e isso resultará em infertilidade, bem como impotência. É uma notícia chocante e vamos tomar as medidas corretivas “, disse ele. “Os pais precisam considerar o impacto social, além do trauma psicológico de esses procedimentos podem gerar na criança.”
Para resolver esse problema, o governo precisa salientar o valor espiritual que uma mulher traz a uma casa na cultura hindu. “Na Índia, dizemos que deus reside na casa onde há uma mulher, mas que saiu dali por causa de tanta cobiça. Precisamos enfatizar a riqueza espiritual que uma menina traz a uma família e também apoiar as famílias mais carentes com subsídio financeiro e empregos”, acrescentou Ranjana Kumari.
Via Pavablog

Homens são mais felizes no casamento e mulheres no sexo, diz estudo

15/07/2011 por psicosaber

Com o passar dos anos, mulheres gostam mais do sexo e homens valorizam mais os carinhos
Nos relacionamentos, o carinho é mais importante para os homens do que para as mulheres. E eles se mostram mais felizes com casamentos longos do que elas, que ficam mais satisfeitas com o sexo conforme estão há mais tempo com uma mesma pessoa.
As conclusões são de um estudo do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana, publicado na revista Archives of Sexual Behavior. A pesquisa ouviu mais de 1.000 casais dos Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Japão e Espanha, que estavam juntos, em média, há 25 anos.
Os participantes eram homens de 40 a 70 anos e suas parceiras, em relacionamentos de pelo menos um ano. A pesquisa foi feita com 200 casais de cada país, que responderam questionários para cada gênero (e os resultados não seriam compartilhados com o parceiro).
Para os homens, a felicidade no relacionamento era mais provável se ele estivesse em boa saúde e se preocupasse com o orgasmo da mulher. Beijos e carinhos frequentes foram apontados como indicador de felicidade por homens, mas não por mulheres.
Ambos reportaram maior satisfação sexual quanto maior a frequência de beijos, carinhos e sexo, além de carícias sexuais. Por outro lado, para os homens, ter tido mais parceiras sexuais durante a vida levava a uma maior insatisfação sexual.
Os homens se diziam mais felizes nas relações mais duradouras, enquanto para as mulheres era a satisfação sexual que crescia com o tempo. Mulheres que tiveram parceiros por menos de 15 anos eram menos satisfeitas, mas após 15 anos, a porcentagem aumentava significativamente.
Para os pesquisadores que lideraram o estudo, as causas podem ser mudanças nas expectativas das mulheres, filhos crescidos, e ainda a hipótese de que aquelas mulheres que não eram felizes sexualmente se divorciaram.
Ambos os sexos se mostraram mais felizes conforme eram mais longos os relacionamentos.
Os japoneses foram os campeões da felicidade, enquanto brasileiros e espanhóis apareceram ainda atrás dos americanos.
Os homens japoneses são mais de 2,61 vezes mais sexualmente satisfeitos do que os brasileiros, já as brasileiras eram as mais satisfeitas ao lado das japonesas.
Fonte: Uol

Ansiedade natural e neurótica e a vida sexual


Coluna Sobre Sexualidade: Ansiedade natural e neurótica e a vida sexual
Psic. Oswaldo Martins Rodrigues Junior – Psicólogo (CRP06/20610),
O organismo humano expressa-se através de energia física e emocional. Para organizar-se internamente e ao mundo ao redor, o organismo deve expressar-se através do que costumamos chamar preocupações. Existem necessidades básicas a serem satisfeitas: comer, beber, dormir e reproduzir. Depois que estas necessidades estão satisfeitas, outras surgem: pertença (a um casal, a uma família, a um grupo e a uma sociedade)...
O mecanismo para motivação é o de produção de ansiedade. Ansiedade é a preocupação. Mas existe uma diferença: a ansiedade que mobiliza e ajuda a resolver o problema é sadia, natural, necessária. A ansiedade que impede a solução do problema, dificulta a ação, é neurótica, errada.
Somente após os desprazeres serem desfeitos é que nos dedicamos à busca de prazer. Estas são normas biológicas.
O sexo é o aspecto da vida humana que será mais afetado pelas oscilações da família, trabalho, do cotidiano. O sexo que não seja reprodução não é prioritário para a vida humana. A sexualidade é uma forma de expressão humana com finalidades secundárias e não primárias. A sexualidade serve para a busca do bem estar e a troca emocional afetiva. As buscas de satisfações de necessidades primárias não são superadas pela expressão da sexualidade, portanto, quaisquer ansiedades de outras fontes atrapalharão a expressão sexual.
O sexo ainda é uma coisa complicada para a humanidade, mesmo no séc 21. Complicada por não ser uma atividade social ou de aprendizado social e pedagógico. O aprendizado é individual e dificultado, necessitando do desenvolvimento de características cerebrais de abstração, o que não ocorre para muitos antes dos 20 anos de idade... assim uma pessoa já passou por muitos aprendizados sociais e de maneira pedagógica, mas pode não ter se estruturado internamente para desenvolver os outros aspectos necessários para a sexualidade.
Isto é mais complicado para as mulheres, pois ainda são as mulheres que são responsáveis pela reprodução, o homem é apenas um anexo. Ainda se torna necessário que a sociedade dirija a satisfação das necessidades primárias das mulheres, controle a reprodução, antes dela poder dedicar-se à expressão da sexualidade como fonte de prazer individual.
Aprender a administrar as ansiedades de quaisquer fontes é uma necessidade para vencer as oscilações naturais que criam ansiedades, mas é mais difícil administrar as ansiedades produzidas por nossas formas de compreensão do mundo que podem ser distorcidas, e isto dificulta esta administração de modo racional. Ao distorcermos a realidade não o fazemos percebendo, fazemos considerando que esta é a forma correta. Assim distorcemos a realidade.
O dedicar-se às atividades sexuais, dedicar tempo cotidiano, observar as várias formas de expressão da sexualidade e podermos se podemos experimentar, experienciar novas variações auxilia em muito como ter mais atividades sexuais e como vencer problemas.
A pressuposição de que sexo é natural é um dos fatores de compreensão que mais atrapalha o vencer os problemas. Se é natural não precisamos fazer nada, não temos que nos esforçar. E sexo não tem mais finalidades reprodutivas, portanto é preciso aprender. O sexo reprodutivo é natural, mas a sexualidade e a atividade sexual com finalidades de prazer são aprendidas, precisam ser aprendidas, saibamos disso ou não, concordemos com isso ou não.
Quando tempos um problema o desejo sexual é o mais prejudicado. O desvio da atenção através do pensamento preocupado, focado em outros aspectos que não o sexo que esteja ocorrendo não permitirá o desejo se desenvolver. Isto dificulta a excitação sexual, o orgasmo... e o bem estar que viria após!
Existem pessoas que desenvolvem formas de expressão emocional, através das quais conseguem superar as adversidades, não entrar em ansiedades neuróticas, diminuir as ansiedades naturais aos momentos necessários para que superem os problemas e isto não interfira na sexualidade. Estas pessoas tem mais facilidade em dedicar-se à vida a dois, intimidade, afetividade, sexo e prazer.
A vida sexual produz bem estar. Com o bem estar constante e renovado as pessoas tendem a enfrentar melhor os problemas, de modo mais equilibrado no cotidiano. É como se o bem estar produzisse energia extra. As pessoas sentem-se mais confiantes em si mesmas, reconhecem mais facilmente os limites corporais e emocionais, conseguem enfrentar mais os problemas sem sofrer.
A vivência sexual regular ajuda a equilibrar as ansiedades naturais e mesmo as neuróticas. Aprender a controlar as emoções, administrar as ansiedades para viver bem e viver sexualmente.
Postada 29 Aug 2011 por Sabuguinho