sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Poderosa - A deusa do sexo no lar


Poderosa

PoderosaA Deusa do Sexo no Lar

1a. edição, 2010

Kate Taylor

Marco Zero

Poderosa - a deusa do sexo no lar ensina a manter a vida sexual do casal cheia de aventura e excitação. Este livro é especialmente dedicado a casais que se gostam, mas, por manterem uma união estável há muito tempo, já não têm o mesmo ardor em sua vida conjugal. Como reconquistar toda a excitação do começo?
Especialista em sexo, Kate Taylor consegue dar dicas básicas - bem como várias não tão básicas - para inovar radicalmente a vida sexual. Explorando os diversos cômodos de uma casa (e fazendo uso, às vezes de móveis e utensílios) o casal pode descobrir situações muito estimulantes e divertidas. Voltado para o público feminino, o livro deve também despertar o interesse do parceiro que, certamente, vai se beneficiar por ter em casa uma verdadeira deusa do sexo.
O volume "Poderosa: A Deusa do Sexo no Lar"(Marco Zero, 2010), da sexóloga inglesa Kate Taylor, traz sugestões para apimentar as relações que perderam a vitalidade e o vigor tão comuns no início dos relacionamentos.
Taylor desafia suas leitoras a melhorarem o sexo de forma radical e, para isto, reúne dicas básicas e outras mais ousadas. A escritora propõe, por exemplo, o uso de cômodos, móveis e utensílios da casa como auxiliares durante as trocas de carícias.
A sexóloga propõe ainda jogos que estimulem a imaginação, com a intenção de transformar o sexo em algo divertido e excitante.
A autora também é responsável por "O Guia do Bom Orgasmo"(Marco Zero, 2009) e já colaborou com artigos para as publicações como "The Times", "The Observer", "The Guardian", "The Sun" e "The Daily Mirror", entre outras.

Sexo ajuda a combater a dor nas costas, indica livro


20/10/2011 - 14h00

da Livraria da Folha

Faça exercícios para fortalecer os músculos e evitar lesões
Faça exercícios para fortalecer os músculos e evitar lesões

"Geralmente uma vida sexual ativa e amorosa é boa para as pessoas, pois relaxa e aumenta o bem-estar. Qualquer coisa que ajuda as pessoas a relaxar tenderá a reduzir os níveis de dor e pode se tornar uma meta para qualquer um com um problema crônica nas costas", explica o médico e autor Keith Souter.
A dica 38, 'Desfrute de sua vida sexual', apresenta as melhores posições para desfrutar do êxtase e não prejudicar as costas.
Confira:
A posição do missionário
Esta é uma das posições sexuais mais comuns. O casal fica de frente um para o outro, com um parceiro por baixo e o outro por cima. Se o parceiro embaixo tiver problema nas costas, experimente apoiar as costas numa toalha enrolada que deixará a coluna numa posição boa e confortável.
Se o parceiro que estiver em cima sofrer de um problema nas costas, a posição do missionário continua sendo confortável, mas pode valer a pena escorar a pélvis do outro em almofadas para que você possa se ajoelhar, tornando as coisas mais fáceis.
Sentado
Usando uma cadeira para se sentar irá apoiar as costas do parceiro que está com dor, permitindo ao outro que se abaixe sobre aquele que está sentado de maneira confortável.
Ajoelhado
Para um parceiro com dor nas costas pode ser mais confortável ajoelhar-se e se apoiar, inclinando-se para frente numa pilha de almofadas, permitindo ao parceiro penetrar por trás.
Deitado de lado
Deitar-se de lado pode ser útil por permitir uma boa inclinação dos quadris, o que ajudará a coluna a ficar na posição certa.
O médico ainda explica que não há problema nenhum em tomar analgésico caso você desconfie que sentirá dor durante o ato sexual. Basta tomá-lo meia hora antes e acabar com a ansiedade em relação à dor.

Sexo na cam e homens

Sexo na cam e homens: Chimpanzés se masturbam pra chamar a tenção. Igual aos homens na cam?

Não é de hoje que homens (sim, machos) são exibicionistas. Acho que isso vem do nosso gene primata. Chimpanzés se divertem masturbando-se para outros, num ritual que beira a palhaçada ou mostra que é o alfa do bando. Bom, esqueceram de avisar a alguns homens perdidos por aí que nós evoluímos, pelo menos é o que parece.

Há alguns meses, um blog ficou famoso por expor a intimidade de homens famosos. Homens, sem camisa, ou completamente nus, fazendo caras e bocas, muitos mostrando a interlocutadora (pelo menos é o que achavam), aquilo que os torna machos, seus pênis. Sim, como chimpanzés.

O blog saiu do ar, mas voltou recentemente, fazendo estardalhaço de novo, ao pegar na cam, novos pobres mortais que queriam apenas momentos de prazer solitários (ou acompanhados virtualmente).

Lembram do caso do Alexandre Pato, jogador de futebol, que quase perdeu o casório, por ser pego com as cuecas na mão, digo, sem elas? É esse o caso mesmo.

Agora, a pergunta que não quer calar: com toda essa exposição por serem famosos e facilmente reconhecidos, como uma pessoa em sã consciência pode ficar nu, masturbando-se, sem saber quem esta do outro lado do monitor, correndo o risco de ser visto naquele telão que fica na Broadway, em Nova Iorque?

Essa semana já havia falado sobre o sexo oral e como os homens endeusam seu pênis perante a mulher. É o pênis que manda na cabeça do homem? Será que quando a testosterona sobe a cabeça, os homens perdem o bom senso?

Nessas inclusões pela net, sabemos que o que mais existe é pornografia, indução ao sexo, aliás, a palavra mais teclada no procurador Google. Será que na evolução masculina, a importância tão ferrenha ao tamanho do membro, fez com que os pobres moços esquecessem do cérebro? Desculpem, é que eu acho uma tremenda burrice, ou melhor, arrogância mental, acharem que ninguém fará nada por serem famosos, pais de família, casados, noivos, homens acima do bem e do mal.

É um problema de sanidade pública!

O sexo virtual virou carne de vaca, todo mundo faz, fez ou fará. O ser humano é exibicionista, não pode ver uma câmera, se joga na frente, uma pessoa atropelada, para pra olhar. Somos xeretas, curiosos. Mas não podemos deixar o tesão tomar conta do cérebro, precisamos raciocinar. O mesmo vale para mulheres, que esperam seduzir algum pretendente (pelo menos é o que elas acham), se mostrando em sua total intimidade, sendo gravada e depois aparecendo como as “siririquentas da cam”. Eu tenho vergonha por elas, não pela exposição, por serem tão ingênuas a esse ponto (pra não dizer burras).

Gente, ninguém conhece ninguém na net, cuidado. Filhos gravam a mãe tomando banho e mostram aos amigos; namorados, maridos gravam as parceiras no sexo oral e colocam na net, como prova que eles são “os bons”, mais uma vez, em adoração ao falo. Mesmo as ridicularizando.

Preciso fazer minha pesquisa sobre a testosterona, porque não vejo outra explicação. A testosterona faz homens perderem a cabeça. E é a de cima, só pode ser. E nem se quer se envergonham disso. Estaremos involuindo na cadeia dos primatas?

É, como disse minha amiga Taiá, é coisa de educação, criação mesmo. Medo.

Georgia Maria

Intensifique seu prazer sexual com "O Orgasmo Múltiplo do Homem"


26/10/2011 - 13h00

da Livraria da Folha

Desenvolva sua energia sexual e desfrute por mais tempo do prazer corporal. É o que prega a obra "O Orgasmo Múltiplo do Homem".
Há mais de três mil anos, os chineses já sabiam os segredos para que os homens conseguissem retardar e deter a ejaculação, e assim prolongar o ato sexual.
Adaptados para os dias de hoje, Mantak Chia e Douglas Abrams Arava usam de textos objetivos e ilustrações esclarecedoras para explicar e aplicar o funcionamento e método da prática que vai auxiliá-lo a experimentar orgasmos mais duradouros e intensos.
Desfrute também do orgasmo múltiplo e desfrute com sua parceira momentos de êxtase infinito.
Para os casais homossexuais, há um capítulo especialmente dedicado a eles, descrevendo novas dicas e práticas específicas.
Com preço promocional, você pode ser mais feliz na cama
Com preço promocional, você pode ser mais feliz na cama
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/996265-intensifique-seu-prazer-sexual-com-o-orgasmo-multiplo-do-homem.shtml

Amor acaba antes da 'crise dos sete anos', dizem estudos


GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO
Quanto tempo passa entre a troca encantada de olhares e o momento que você repara nos defeitos do seu amor?
Para o senso comum, a prova de fogo vem na "crise dos sete anos". Uma expressão popular nos Estados Unidos diz que após esse tempo, a coceirinha, a "seven year itch", começa a incomodar o casal.
Rafael Andrade/Folhapress
Beatriz Piffer, 27, que ficou quatro anos com "o amor da vida toda"
Beatriz Piffer, 27, que ficou quatro anos com "o amor da vida toda"
Já um psicólogo evolucionista chutaria que o prazo de validade do amor gira em torno de quatro anos -o suficiente para que o homem ajude a mulher a cuidar da criança, até que essa esteja apta a seguir por conta própria na tribo nômade.
Mas um levantamento feito em cerca de 10 mil residências nos EUA pela Universidade de Wisconsin encontrou um tempo de duração ainda menor do amor: três anos.
É o mesmo tempo apontado em estudo patrocinado pelo estúdio Warner Brothers, feito com 2.000 adultos no Reino Unido. Foram comparados casais em relações curtas (menos de três anos) e longas (mais de três). No primeiro grupo, 52% afirmaram gostar das relações sexuais. No segundo, apenas 16%.
É claro que, nesses estudos, amor e paixão foram considerados sinônimos.
"Paixão eterna só existe na ficção", afirma o psicólogo Bernardo Jablonksi, autor de "Até Que a Vida Nos Separe: A Crise do Casamento Contemporâneo" (Ed. Agir).
"Na paixão você sofre, para de comer, não dorme. Não tem como durar muito", afirma o autor, que já passou por diversas separações.
O psiquiatra Luiz Cuschnir, do Instituto de Psiquiatria de São Paulo, acha que as pessoas deveriam dizer "eu te amo agora", porque dizer "eu te amo muito" dá a ideia de que o compromisso não vai acabar.
O psicólogo Aílton Amélio concorda. "Amor pode terminar em um dia, porque ele depende dos fatos para ser nutrido. É como andar de motocicleta: se parar, cai", compara o psicólogo.
Há quatro anos, a carioca Beatriz Piffer, 27, namorava, mas conheceu um rapaz numa festa. Passaram a noite conversando, ele contou que era cineasta, ela disse que cursava filosofia.
Apesar da atração mútua, não trocaram telefones. E também não perguntaram o sobrenome um do outro.
"Fui para casa triste, pensando que nunca mais ia vê-lo. Passei os oito meses seguintes à procura dele".
Viveu dias de detetive amadora: rememorou os detalhes da conversa, montou pastas no computador para juntar pistas até descobrir o e-mail dele. Aí forjou um encontro casual. Deu certo: começaram a namorar já no dia do reencontro.
"Eu tinha a certeza de que tinha encontrado o homem da minha vida. Ele achou que era coisa do destino".
O namoro terminou quatro anos depois. "Ele viajava muito", diz Beatriz.
Hoje eles ainda saem, mas para tomar café juntos.
"O amor não acabou, só a relação é que mudou. O modelo que todo mundo espera não existe."
Editoria de Arte/Folhapress
OUTRA COISA
A atuária Luiza Ferreira, 28, de Brasília, trabalha com números, mas não sabe quantificar quanto dura o amor. Só sabe que o sentimento é passageiro. "Meus pais se separaram quando eu era pequena", explica.
Seu namoro mais curto, lembra, durou um ano, e o mais longo, cinco.
"Tem muito casal que vive junto, mas sem amor, só pelo carinho. Com o tempo, amor vira outra coisa."
O supervisor mecânico Fernando Vicente, 50, e a professora Sílvia, 45, estão casados há 26 anos. Dizem nunca ter passado por uma crise.
"Se ela não é minha alma gêmea, é a mais próxima disso", diz Vicente. Mais da metade dos amigos deles já se separaram, acrescenta.
MONOGAMIA SERIADA
O cineasta Roberto Moreira, 50, diz que o amor pode ser eterno, "mas a probabilidade é pequena."
Para ele, relacionamento que dure mais de dez anos é um "sucesso".
Moreira lançou em 2009 o filme "Quanto Dura o Amor?", que narra a busca melancólica de uma atriz, uma advogada e um escritor por um amor que dure.
"Talvez o melhor título fosse 'Quanto Dura a Paixão?', porque o amor só vem quando o outro deixa de ser uma projeção sua", afirma.
No filme, os amores são tão efêmeros quanto as relações na cidade. "O final é pessimista, mas mostra que muitas pessoas podem crescer com o amor", diz Moreira.
Professora de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais e autora de "Reinvenções do Vínculo Amoroso" (Ed. UFMG), Marlise Matos não despreza a dimensão biológica --e mais efêmera-- do amor. Mas se concentra na dimensão que é pura construção social. "O amor pós-moderno é a possibilidade de dissolução."
O psicanalista Francisco Daudt, colunista da Folha, diz que vivemos um tempo de "monogamia seriada".
"É poligamia disfarçada. Cumprimos o papel de polígamos, mas com uma pessoa de cada vez."
Ele tem perguntado a seus pacientes se se imaginam casados com a mesma pessoa daqui a 20 anos.
"A negativa é frequente. Estamos menos hipócritas."

Veja desculpas e outros jeitos deselegantes de romper relação


15/02/2011 - 08h30

JULIANA VINES


Poucas coisas são tão universais --e, ao mesmo tempo, tão incompreensíveis-- quanto levar um fora. Principalmente quando é acompanhado de desculpas esfarrapadas, dignas de serem gravadas e reproduzidas.
Letícia Moreira/Folhapress
Eufemismos, mentiras e grosserias fazem parte do script clássico de rompimento. Por que é tão difícil ser sincero?
Eufemismos, mentiras e grosserias fazem parte do script clássico de rompimento. Por que é tão difícil ser sincero?
"Não quero me envolver. Como assim, não quer se envolver? Então compre uma planta e se relacione com ela. Pessoas se envolvem", diz Fabi Cimieri, coautora do recém-lançado "O Guia do Toco --Como Dar e Levar sem Perder o Bom Humor"(BestSeller, 160 págs., R$ 24,90).
O livro lista dezenas de foras, divididos entre clássicos, esfarrapados e sinistros.
"Sinistros são aqueles que você não acredita que levou. Clássicos são os que todos dão e levam", explica Leticia Rio Branco, também autora.
Entre tantos tipos de tocos absurdos, o livro deixa uma pergunta no ar: não seria mais simples dizer não?
A estilista Deborah Monteiro, 32, namorava havia sete anos com um cara declaradamente mulherengo. Um dia, ele saiu com esta: "Ando muito enrolado. Acho que gosto de homem".
"Comecei a rir. Eu sabia que ele estava com outra. É mais fácil dizer que virou gay do que falar a verdade?"
A advogada Flavia, 34, que não quer se identificar, ouviu uma lorota mais absurda ainda, célebre entre suas amigas como o "toco fungos".
"Estava saindo com um cara há semanas. Um dia, ele mandou um e-mail dizendo que estava com fungos e por isso não poderia sair mais comigo." Ela nem questionou. "Não quis mais. Vai saber onde ele tinha fungos."
COVARDIA EMOCIONAL
Por que tanta gente prefere repetir clichês tipo "não quero me envolver" ou inventar coisas originais como "estou com fungos" em vez de explicar que não quer mais aquele relacionamento?
Não dizer a verdade é uma forma de sair pelos fundos e salvar a própria pele.
"Temos medo da reação, do ataque do outro. É uma estratégia de sobrevivência", diz o psiquiatra Carlos Briganti, diretor da Associação Brasileira de Psicoterapia.
Segundo a terapeuta familiar Flávia Stockler, não é o altruísmo que leva alguém a dizer, na hora do chute: "o problema sou eu, não você".
"A pessoa se justifica dizendo que não quis ofender. Na verdade, ela não quer se decidir, prefere ficar com o pé em duas canoas."
Apesar da conspiração feminina segundo a qual é o homem quem dá os piores e mais desajeitados tocos, dizer não é difícil para todos.
"Implica em escolha, perda. Escolher não é simples. Preferimos adiar até que a coisa se resolva sozinha."
O problema é que as indefinições criam uma coleção de relações mal resolvidas.
"É uma distorção de comportamento, uma forma de covardia emocional. A consequência são relações insatisfatórias", diz o terapeuta Sergio Savian, especialista em relacionamentos.
Para a antropóloga Telma Amaral, da Universidade Federal do Pará e pesquisadora na área de conjugalidades, existe uma tendência de encarar o fora como natural.
"É como se fugir fizesse parte da natureza humana, mas não faz. É um comportamento alimentado."
Também não é preciso ser radical e condenar todo e qualquer toco, diz o psicólogo Ailton Amélio, professor da USP. "Às vezes é a saída menos danosa, quando a pessoa não tem vínculo nenhum com a outra."
CUIDE BEM DE VOCÊ
A artista plástica francesa Sophie Calle levou um fora eternizado na exposição "Prenez Soin de Vous", que quer dizer "cuide bem de você", última frase do e-mail de rompimento que recebeu do namorado.
Sem saber o que responder, ela entregou a carta a 107 mulheres, que a interpretaram como bem entenderam.
"Era uma maneira de ganhar tempo antes de romper. Uma maneira de cuidar de mim", escreveu ela, no texto de apresentação da mostra, que esteve no Brasil em 2009.
Terminar por e-mail ou por mensagem de celular pode ajudar a dizer a verdade, mas não é a melhor saída, e muito menos a mais elegante.
"Quanto mais envolvimento você teve ou tem com uma pessoa, mais cuidado deve ter na hora de terminar uma relação", diz Savian.
De acordo com Amélio, o fim de uma união longa pode demorar dez anos para ser digerido. "É traumático. Objetivos, identidade social e psicológica foram misturados."
É mais difícil ser sincero, porque é deixar muito claro o desinteresse pelo outro.
Para Maria Luiza Munhoz, terapeuta da Associação Brasileira de Terapia Familiar, é possível aprender alguma coisa com tocos --nem que seja uma nova desculpa.
"Não existe um bom jeito de acabar, mas é preciso esvaziar as emoções do rompimento. A conversa é importante, ajuda os dois a saírem melhor." Sei. Falar é fácil.
Colaborou MÁRCIO SAMPAIO
DEPOIMENTOS
'Mandei e-mail cortando relação'
Letícia Moreira/Folhapress
Marta Dias, 29, atriz, que depois de tanto levar fora, criou uma personagem e um blog sobre o tema
Marta Dias, 29, atriz, que depois de tanto levar fora, criou uma personagem e um blog sobre o tema
Os homens enrolam as situações por não ter coragem para resolver. Não querem ouvir o que a outra pessoa vai dizer. Tinha um rapaz com quem eu saía havia 4 meses. Ele tinha vindo de uma outra cidade. Lá, namorava uma menina. Dizia que tinha terminado, mas eu sempre fiquei meio desconfiada.
Passou um tempo, a gente já não estava muito bem e ele voltou para a cidade dele. Jurou que não tinha risco de voltar com a menina.
A gente ficou sem se falar, eu já tinha deixado pra lá. Quatro meses depois, ele reapareceu, soube que eu tinha saído com um cara. Fez cena de ciúme, cobrou atenção, ficou bravo.
Passou uns dois dias, entrei no Orkut dele e vi os recados que a menina mandava desde sempre. Era nítido que eles estavam juntos. Acho que nunca se separaram.
Mandei um e-mail cortando relações. É o tipo de homem que não diz a verdade porque quer enrolar. Quer duas mulheres esperando por ele.
Marta Dias, 29, atriz
'Ela fingiu que tinha morrido'
Letícia Moreira/Folhapress
Fernando Oliveira, 29, agente de turismo, já deu toco por SMS, mas também já levou fora no estilo "problema de saúde"
Fernando Oliveira, 29, agente de turismo, já deu toco por SMS, mas também já levou fora no estilo "problema de saúde"
Conheci uma pessoa pela internet, fui me envolvendo, vi fotos, conversamos pelo telefone várias vezes.
Eu me sentia comprometido, afinal, gostava muito dela, não saía com mais ninguém.
A gente fazia plano de se conhecer, mas até então não tinha dado certo.
Ela dizia que tinha um problema no cérebro, um aneurisma que poderia estourar a qualquer momento.Eu era compreensivo, não me importava.
Um dia, recebi uma ligação dizendo que ela tinha morrido. Fiquei desesperado, queria ir no enterro de todo jeito, mas não deu certo.Fiquei muito triste. Passou alguns dias e descobri que ela não tinha morrido coisa nenhuma.
A foto que ela tinha mostrado da primeira vez era de outra pessoa. Ela resolveu 'se matar' para depois vir falar comigo com a identidade verdadeira.
Depois de tanta loucura, não quis mais saber. Eu, hein?
Fernando Oliveira, 29, agente de turismo
'Ele 'colocou' a filha na UTI'
Luciana Whitaker/Folhapress
Dany Padilla, 42, consultora de moda, que levou fora na linha 'minha filha está na UTI
Dany Padilla, 42, consultora de moda, que levou fora na linha 'minha filha está na UTI'
Conheci um cara e me apaixonei perdidamente. Ele era lindo, loiro, alto, bem-sucedido. Óbvio, me envolvi.
Ele sempre dizia que era complicado, tinha acabado de se separar e estava confuso. Eu tive muita paciência.
Mas um dia enjoei. O tempo passou, fiquei com outro e, depois de dois anos, quando estava na fossa, resolvi ligar para o loiro de novo. Acredita que veio com a mesma história? Ainda estava confuso. Ok, resolvi voltar a sair com ele. Um dia, combinamos e ele não apareceu. Ligou dizendo que a filha estava no hospital, tinha sofrido um acidente e ido para a UTI.
Engoli. Depois de uns dias, descobri que era mentira. Ele tinha ido para Miami e tinha uma namorada.
'Colocar' a filha na UTI? Muito estranho. Me afastei de vez. Meses atrás, veio com uns papos para cima de mim.Então eu disse: 'eu me casei, separei, vida andou e você fica com essa enrolação?'
Dany Padilla, 42, consultora de moda
'Homem não sabe dizer não'
Marcos Michael/Folhapress
Creo Kellab, 38, ator, que já escutou o clássico fora 'eu não quero me envolver
Creo Kellab, 38, ator, que já escutou o clássico fora 'eu não quero me envolver'
Tomei um toco histórico. Estava fazia já uns oito meses com uma mulher e ela sempre dizia que o meu melhor amigo era um monstro, que era um galinha, que eu não deveria andar com ele.
Um dia, do nada, ela chegou para mim e disse que queria separar, que o momento não era propício para se envolver e todas essas desculpas.
Tudo bem. Passou três dias, sem exagero nenhum, ela passou a namorar com esse meu amigo. Eu vi!
Mas eu também já dei vários tocos. Uma vez, estava fazia dois anos com uma mulher. Fui deixando passar, mesmo sem gostar muito dela.
Ela estava totalmente envolvida, eu não. Então ela me apertou, eu disse que preferia ser amigo.
É engraçado que, por muito tempo, não soube dizer não. Muitos homens não sabem. Homem não sabe dispensar mulher, só dispensa quando é muito feia ou fora do perfil que ele procura. Se não, ele vai deixando como está.
Creo Kellab, 38, ator
*
Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress

Estudo diz que variedade dificulta escolha do parceiro amoroso


01/03/2011 - 12h39

DA FRANCE PRESS

Pesquisadores britânicos fizeram uma importante descoberta: quanto mais opções uma pessoa tiver para escolher um parceiro amoroso, maior a probabilidade de ficar sozinha.
Em um novo estudo divulgado nesta terça-feira, pesquisadores britânicos olharam a estranha dinâmica das escolhas nos chamados "speed-dating", ou "rodízio de encontros", eventos que ficaram famosos nos Estados Unidos e na Europa para promover encontros de casais de forma rápida.
No "speed-dating", solteiros encontram diversos outros solteiros, julgando cada pessoa após uma rápida conversa de cinco minutos que termina quando uma campainha toca.
Ter acesso a um alto número de candidatos não é um problema em si, segundo os pesquisadores. De fato, muitos "speed-daters" encontraram mais parceiros potenciais quando acessaram mais opções.
Mas essa vantagem só funcionou quando os candidatos eram similares entre si.
Quando os candidatos eram muito diferentes, os participantes do "speed dating" ficavam confusos por muitos fatores de conflito --e geralmente não conseguiam fazer uma escolha.
"A 'racionalidade' humana acredita que a variedade é uma coisa positiva", explica o pesquisador Alison Lenton da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
"O que pode ser surpreendente para algumas pessoas é que nossos resultados sugerem que uma alta variedade de opções leva à confusão. As pessoas ficam mais propensas a não escolher ninguém quando encontram muita variedade."
O estudo, publicado no jornal britânico Biology Letters, conversou com 1.868 mulheres e 1.870 homens em 84 eventos de "speed-dating".
Os solteiros deram detalhes sobre a profissão, escolaridade, idade, peso, altura e religião, permitindo aos pesquisadores traçar as diferenças entre eles.
A média de idade das mulheres era de 34,3 anos, enquanto dos homens era 35,6. Vinte por cento das mulheres e 27% dos homens tinham nível profissional ou posições de gerência, e o restante tinha nível técnico.
Os participantes do "speed dating" reuniram-se em grupos e realizaram encontros de três minutos entre 15 e 31 solteiros do sexo oposto.
Após o evento, o organizador reuniu aqueles que indicaram interesse mútuo, abrindo o caminho para um novo encontro.
Grandes eventos de "speed-dating" normalmente geram 123 propostas de encontros posteriores, ou demonstrações de interesse, quando os pretendentes são semelhantes entre si, explicaram os pesquisadores. Mas o número caía para mais de um quarto, a 88, quando os pretendentes eram muito diferentes entre si.
Pequenos eventos de "speed-dating" levaram a 85 propostas quando os candidatos eram semelhantes. Mas esse número caía em um terço, para 57 propostas, quando os candidatos eram variados.
Os homens eram geralmente mais entusiasmados que as mulheres em fazer uma proposta --mas também ficavam confusos quando tinham muitas opções.
Resumidamente, os pesquisadores concluíram que variedade é bom, mas em doses pequenas.
"Lidar com a variedade requer atenção e memória, e nós temos um limite de capacidade para cada uma delas", explicou Lenton.
Aumentar os encontros para 10 minutos não melhoraria os resultados, completou.
"É extremamente comum para nós fazer julgamentos rápidos sobre outras pessoas, mesmo em questão de segundos. E uma vez que esses julgamentos são feitos, é difícil de mudá-los."
Amber Soletti, que dirige uma empresa de "speed-dating" em Nova York, afirmou que reunir solteiros por interesse e preferências físicas aumentam as chances de um encontro bem sucedido.
Sua empresa, OnSpeedDating.com, oferece 75 grupos de nicho, como "persuasão asiática", "solteiros de academia" e "solteiros globais", que gostam de viajar.
Soletti resolveu criar sua empresa depois de não conseguir encontrar ninguém interessante em eventos genéricos de "speed-dating".
"Só gosto de namorar homens que tenham mais de 1,85 metro de altura. Mas sempre fui a eventos nos quais havia homens mais baixos, então não encontrava ninguém", disse, por telefone.
"Mas agora, se eu for no nosso evento para pessoas altas, tenho mais chances de encontrar alguém", disse.
"As pessoas sabem do que gostam", concluiu.