segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

História da sexualidade brasileira


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 7:17

Luciane Mediato 

Do Diário do Grande ABC


A sexualidade e suas práticas estão inscritas em nossa natureza mais profunda. Cada cultura reserva-lhe um espaço privilegiado em seu sistema, representando-a à sua maneira. E a sexualidade não muda só no espaço, mas no tempo também. O de ontem não é o mesmo de hoje. Isso porque as práticas sexuais se transformam ao longo dos séculos. 

Somos herdeiros de um passado que ignoramos. Nosso comportamento sexual não é o mesmo de outras nações. Ainda que inúmeros livros tenham sido escritos sobre o assunto e tantas matérias inundem jornais, revistas, TV e a internet, há ainda lacunas na historiografia brasileira sobre o assunto. Reunir o material disperso e apresentar cronologicamente os acontecimentos é o que pretende o sociólogo Paulo Sérgio Carmo, autor de 'Entre a Luxúria e o Pudor - A História do Sexo no Brasil' (Octavo, 448 páginas, R$ 68).

Paraíso tropical, clima quente, Carnaval, mulheres e homens com pouca roupa e liberação sexual. Para muitas pessoas, essas são as são imagens que retratam o Brasil. Mas será que as definições correspondem à realidade ou se tratam de um mito fabricado? Não se pode compreender a história de nosso País ignorando a 
história de nossa vida sexual. "Fui buscar os fatos que aconteciam na intimidade das casas, quartos e bordeis. A sexualidade tem uma cronologia específica. Somos um País que vive, desde os primórdios, o conflito entre a moral religiosa/social e os prazeres. Luxúria e pudor conviveram juntos em nossa trajetória histórica", diz o autor.

Nudez e pudor, hábitos de higiene, afrodisíacos, crendices, homossexualidade, prostituição, o surgimento da lingerie, a popularização do biquíni, a criação de remédios caseiros para aborto, o nascimento dos bailes de Carnaval e a revolução sexual. Todos esses ingredientes compõem a interessante trajetória do sexo em 
território brasileiro. Aos olhos dos colonizadores, a nudez dos índios era semelhante à dos animais - afinal, como as bestas com quem conviviam, eles não tinha vergonha ou pudor natural. Vestí-lo era afastá-lo do mal e do pecado. Afinal, como se queixava padre Anchieta, além de andar peladas, as indígenas não se negavam a ninguém. "A associação entre nudez e luxúria provocava os castigos divinos. Ameaçavam-se as pecadoras que usavam decotes. Eis por que a luxúria foi associada a uma profusão de animais imundos: sapos, serpentes ou ratos que se agarravam aos seios ou ao sexo das mulheres lascivas".

PONTOS DE VISTA
O sociólogo mostra que vivemos, ao mesmo tempo, entre a luxúria característica de um povo miscigenado e o pudor herdado da igreja em País marcadamente católico. Outra ideia é a de que as mesmas condutas sexuais foram e são julgadas por diferentes grupos. Para Carmo, o que para certos setores da alta sociedade pode ser considerado como revolução nos costumes ou exotismo, outros setores menos favorecidos lidam com certas questões como degradação dos costumes ou desregramento moral. 

"O paraíso sexual é desfrutado apenas por uma minoria. Além disso, o nível cultural de cada um influência no tipo de liberdade sexual que a pessoa terá, ou seja, quanto mais conhecimento tiver mais livre será", explica.
'Entre a Luxúria e o Pudor' traz algumas curiosidades sobre as diversas manifestações sexuais, como as do amor livre na Colônia Cecília, no Paraná, no final do século 19; a homossexualidade na ilha de Fernando de Noronha entre os séculos 18 e 19; e o casamento no mundo caipira do interior de São Paulo e de outros estados nas primeiras décadas do século 20. O Santo Ofício da Inquisição condenou 29 mulheres que tinham relações sexuais com outras mulheres no século 16. A obra também cita nome de escritores famosos, como Jorge Amado, grande conhecedor de bordéis, e Oswald de Andrade, ao confessar em suas memórias que um 
de seus primeiros contatos sexuais ocorreu com uma "criadinha mulata, que não deveria ter mais que quatorze anos". Ainda há espaço para a afirmação de Nelson Gonçalves, que, antes de decolar sua carreira como cantor, chegou a ser cafetão de dez mulheres, e para recordar que Gilberto Freyre, em seu diário de 1922, contou experiência sexual com uma europeia e sua queda pelo sexo oral.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Afinal, o que é uma boa pegada?


Especialista dá dicas dos principais pontos de excitação do homem e da mulher para impressionar o parceiro

Na opinião da especialista, durante a pegada, o homem deve ser do tipo Dom Juan / Yuri Arcurs/ ShutterstockNa opinião da especialista, durante a pegada, o homem deve ser do tipo Dom JuanYuri Arcurs/ Shutterstock

A pessoa pode ser simpática, bonita, sarada, sensual, ter um sorriso arrasador, mas se não tiver pegada, não adianta. Especialistas em sexologia garantem que é preciso haver o encaixe entre mãos, boca, corpo, personalidade e afins para que um relacionamento tenha sucesso. Caso contrário, o romance pode não ir para frente. 

“Uma boa pegada deve contar uma pitada de romantismo e outra de sacanagem. A sedução deve estar presente, porém, sem vulgaridade”, segundo a psicóloga Carla Cecarello, especializada em sexualidade humana e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade).

Na opinião da especialista, durante a pegada, o homem deve ser do tipo ‘Dom Juan’. “Ele deve esperar, estudar bem o jeito da mulher e, aí com boa dose de bom humor, sacanagem e romantismo partir para cima, através de palavras que encantem a mulher com comentários sobre ela, o comportamento dela...”, diz. Carla afirma ainda que esse tipo de atitude encanta a mulher, pois ela se sente especial.

Avançar o sinal 

Ainda segundo a psicóloga, a mulher por sua vez deve ser sensual, mas sem vulgaridade. “Ela deve mostrar que está interessada, mas sem tomar a frente. Na hora do sexo deve ser participativa e o bom humor deve reinar sempre. Homens detestam mulheres contestadoras e com humor ruim”, alerta.

A especialista diz que quando os homens tentam avançar o ‘sinal’ e a mulher se incomoda, ela deve agir de forma delicada, porém objetiva e direta dizer coisas como: "desculpe! É nosso primeiro encontro. Que tal irmos com um pouco mais de calma? Não me leve a mal, mas prefiro assim. Pode ser?". 

Segundo Carla, a atitude feminina vai mostrar o seu caráter e o motivo que pelo qual está ‘ali’ – no primeiro, segundo, terceiro ou décimo encontro. A psicóloga ainda explica que, caso o homem se interesse, irá apreciar esse tipo de atitude. “Mas, se ele só quiser uma transa e nada mais, vai cair fora, com certeza”, indica.

Pontos principais de excitação


De acordo com a psicóloga, homens e mulheres têm alguns pontos que, ao serem tocados, aumentam o prazer e o desejo sexual. Nas mulheres, em geral, é o ponto atrás do pescoço, ao longo de toda coluna vertebral, os seios (algumas não gostam que mexa nos bicos, apenas no seio como todo), lado interno dos braços e coxas, os pés. Por último, a vagina, em especial o clitóris. Já no caso dos homens, geralmente, a parte interna das coxas, virilha, abdômen, bumbum, e o próprio pênis, incluindo o saco escrotal.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Virgindade aos 30 anos vira tema de reality show


11.12.2011 | 15:31
'The Virgin Diaries', que estreou recentemente nos EUA, explora situações constrangedoras de casais que resolveram esperar
  IG

Estreou no último domingo (04), no canal TLC dos EUA, um reality show que promete causar polêmica. Como o próprio nome entrega, “The Virgin Diaries” acompanha a rotina de homens e mulheres já maduros que estão se casando virgens – a idade da maioria gira em torno dos 30 anos. A inexperiência de alguns integrantes vai além do fato deles nunca terem praticado sexo, como deixa claro um comercial que promove a curiosa atração. Nele, o casal formado por Ryan, de 31 anos, e Shanna, 27, dá seu primeiro beijo em pleno altar, logo após os dois dizerem “sim” e aceitarem um ao outro como marido e mulher. Tal qual uma criança que imita desajeitadamente uma cena de filme, o rapaz beija a noiva de maneira atabalhoada e acaba provocando gargalhadas inevitáveis nos convidados e nos familiares. O beijo de Ryan não espanta só por ter sido o primeiro dado em sua noiva, mas por ser o primeiro em toda a sua vida – o que é bem esclarecedor sobre a falta de habilidade dele. Shanna já tinha beijado outro rapaz, vivência insuficiente para promover o mínimo de jogo de cintura na cena.

Apesar da farra que o reality promove diante da inexperiência extrema dos casais, a questão de manter a virgindade até o casamento está longe de ser fator isolado num programa de televisão. Jovens decidem ter a primeira relação sexual só após trocarem alianças. Essa decisão é majoritariamente influenciada pela religião, mas há também outros motivadores, como a ideia de se guardar para alguém especial.

“Eu tomei essa decisão quando era menina, nem tinha namorado ainda. Eu fui orientada pelos meus pais para entender o sexo como algo bonito, divino, mas que precisa ser feito no tempo certo, que é depois do casamento”, conta Amanda Neuman, que tem 21 anos e mora em Aracajú (SE). Evangélica, ela se apoia na fé para lidar com a sua libido. “O desejo sempre existe, não nego, mas você precisa alimentar o espírito para poder vencer a carne. Como se faz isso? Orando, lendo a bíblia e se evolvendo com as atividades da igreja”, explica Amanda.

Amanda está de casamento marcado para 2012 com o seu noivo, o agente fiscal Danilo Silva, 25, que também é virgem. “É muito mais difícil para o homem. Porque para a mulher ainda é bonitinho ela ser virgem, muitos pais gostam e apoiam. Já o homem tem que perder a virgindade cedo, nem que seja num prostíbulo. Ele é muito mais cobrado”, diz o sergipano, ciente que sua atitude é vista com estranhamento por muitas pessoas. “Nós tentamos lutar o máximo contra o desejo. Ele existe, mas não pode nos dominar. A gente evita conversas, ambientes e pessoas que possam representar tentações”, completa Danilo.

O casal de Sergipe é partidário do movimento pró-virgindade “Eu escolhi esperar”, que surgiu nas igrejas evangélicas e atrai seguidores de outras religiões, como os católicos. A ideia ganhou força nas redes sociais: a campanha tem 72 mil seguidores no Twitter (@EscolhiEsperar) e mais de 135 mil fãs no Facebook. “O objetivo é dar apoio às pessoas que decidem se guardar para o casamento. Muitas vezes os jovens que fazem essa escolha são motivo de deboche dos amigos. É uma maneira de conhecer e conversar com pessoas que compartilham o mesmo pensamento”, esclarece o pastor Nelson Júnior, 35, idealizador do projeto.

O médico Francisco Carlos Anello, ginecologista e especialista em sexualidade, interpreta a valorização da virgindade com um movimento natural na sociedade. “Depois de um período de muita liberdade sexual, como vimos recentemente, é comum surgir uma onda mais conservadora. É cíclico”, diz.Especialista em uroginecologia e professora de sexualidade, Débora Pádua faz ressalvas: “As pessoas precisam estar bem informadas sobre o sexo, mesmo não transando. Elas devem conhecer os próprios corpos e conversar sobre o assunto, para evitar um completo estranhamento na primeira vez”, avalia a expert, que aponta um risco dessa decisão. “Eu já tive casos de homens que se casaram virgens e só descobriram que tinham ejaculação precoce ou alguma disfunção sexual depois do casamento”, alerta Débora.

Danilo diz não ter medo deste tipo surpresa na noite de núpcias. “Se Deus orientou para você fazer as coisas desse jeito, ele organizou todas as coisas para funcionar neste dia também”, aposta. 
http://gazetaweb.globo.com/v2/entretenimento/texto_completo.php?c=246725

http://sexualintelligence.wordpress.com/2011/12/03/a-word-about-brazilian-women/

A Word About Brazilian Women

I’ve now been in Brazil for over a week. And after blogging (with photos) every day about history, culture, architecture, or nature, it’s time to mention the women.

Everyone knows they’re gorgeous, so let me say a little more than that.

http://sexualintelligence.wordpress.com/2011/12/03/a-word-about-brazilian-women/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mulheres negociam sexo para conseguir o que querem, indica livro


Depoimentos de mais de mil mulheres revelam poder do sexo
Depoimentos de mais de mil mulheres revelam poder do sexo

22/09/2011 - 14h00

da Livraria da Folha


Desde que o mundo é mundo, o sexo sempre foi um "negócio" interessante e que, na maior parte das vezes, satisfazia os dois lados, mesmo que de formas diferentes.
E nos tempos modernos, com menos tabus sobre a sexualidade, estudiosos do assunto buscam entender e divulgar todas as "vertentes" em que o sexo atua, desde na profissão mais antiga do mundo, na sedução da profissional por um cargo melhor até a esposa que quer a nova bolsa lançada na Europa.
Um dos tantos resultados pode ser acompanhado no livro "Por Que as Mulheres Fazem Sexo", dos pesquisadores Cindy Meston e David Buss.
A interessante obra afirma que homens e mulheres têm 237 motivos para fazer sexo, e entre o amontoado, algumas dessas razões naturalmente se destacam e merecem um olhar mais apurado.
É o caso do conceito (conceito é uma palavra muito formal, então digamos "ideia"), da ideia da venda e troca do sexo - seu valor literal e metafórico.
Para explicar a ideia, os autores contam as histórias reais de duas jovens que usaram o sexo como "moeda de troca", ou seja, fizeram um negócio, sem se preocupar com o romantismo ou mesmo a simples atração sexual. O desejo, que fique claro, era pelo bem maior, e nesse caso, o que conquistariam a partir da relação sexual.
Da primeira vez...
O primeiro exemplo é de Natalie, que para conseguir pagar o seu mestrado decidiu leiloar sua virgindade. Em cinco meses, os lances alcançaram o valor de 4 milhões de dólares. Curiosidade: a irmã mais velha trabalhava como prostituta para pagar suas contas. Observe, Natalie foi uma "empreendedora" e ofertou no mercado algo inédito. Princípios básicos da economia.
Um passeio alegre...
A segunda jovem, Stephanie, queria explorar a floresta amazônica antes de deixar o Brasil de volta para os Estados Unidos. Ninguém queria ser seu guia, até um rapaz que havia nascido na região se oferecer. Mesmo não achando o rapaz atraente, seduziu o jovem e passaram duas semanas explorando a mata e fazendo sexo. "Foi um bom negócio para ambos. Pude conhecer a floresta e ele transou com uma bonita garota americana", comentou depois.
O ato e o fato
Ambas as histórias têm o denominador comum comentado, a ideia do sexo como negócio, como moeda de troca. Sobre esse comportamento, os autores do livro explicam que isso é um fenômeno que ocorre em todas as culturas e faz muito tempo. Só não era dito assim dessa maneira.
O que as pesquisas apontam é que alguns assuntos coincidem no desejo feminino, como:
-Eu queria um aumento salarial
-Eu queria conseguir um emprego
-Eu queria ser promovida
Contudo, as motivações, como indica o livro, podem vir de outras partes. "No mercado dos parceiros, as mulheres acumulam notável poder em consequência da psicologia sexual dos homens - seu desejo de variedade, sua libido exigente, sua tendência ao exagero na percepção sexual, suas constantes fantasias eróticas e seu cérebro programado para responder a estímulos visuais", escrevem.
O estudo, que não quer concluir nada, e sim apenas considerar e compreender a sexualidade humana, deixa claro que o sexo é um negócio muito rentável, e provavelmente continuará sendo por um algum tempo.
"Por Que as Mulheres Fazem Sexo" é um esclarecedor ensaio sobre o desejo humano atuando em diversas frentes. E é sempre muito bom entender os motivos que pautam a sociedade e a vida de cada um.
*
"Por Que as Mulheres Fazem Sexo"
Autores: Cindy Meston e David Buss
Editora: Cultrix
Páginas: 296

Workshop promete ensinar 'como enlouquecer um homem'


12/11/2011 - 09h00

JULIANA VINES

DE SÃO PAULO

"Descubra como satisfazer seu parceiro de maneira simples e prática", prometia a propaganda do "workshop só para mulheres" sobre como enlouquecer um homem na cama.
Mais de 120 curiosas pagaram (R$ 29,90) para ver a "aula", segunda-feira à noite, em um teatro na região central de São Paulo. O professor, o psicanalista Maurício Sita, 64, é autor de "Como Levar um Homem à Loucura na Cama" (Viver Melhor, R$ 29,90). E diz ter a "dica de um milhão de dólares" para qualquer mulher virar um furacão entre quatro paredes.
Qual é a dica? Bom, ele deixa para o final. Antes, todas assistem a uma entrevista que o professor deu à TV e veem uma apresentação em "power point" sobre por que é importante ter uma vida sexual ativa e satisfatória.
"Todos dizem que é preciso comer bem e fazer exercícios. Ninguém diz que é preciso se satisfazer sexualmente." Elas olham atentas, algumas até anotam no caderninho. A plateia tem mulheres novas e velhas, poucas sozinhas, a maioria em grupinhos de amigas que cochicham e riem o tempo todo.
Sita aprendeu a enlouquecer homens há três anos, quando fez uma pesquisa virtual com 1.800 marmanjos. As perguntas ficaram disponíveis por 90 dias em um site e, durante esse tempo, ele teve que achar quem respondesse. "No começo foi difícil, mas depois foi uma reação em cadeia. Logo já tínhamos muitas respostas."
Foram 22 questões, do tipo "como uma mulher deve demonstrar interesse?", "quais suas preliminares favoritas?" ou "o que uma mulher deve fazer para ser boa de cama?".
As respostas não aparecem claramente no livro (nem foram ditas na palestra). Elas estão espalhadas em dicas. Para conquistar, por exemplo, a mulher, segundo ele, deve ser provocativa, mas não muito. Usar um vestido meio curto, passar um pouco de perfume, não exagerar na maquiagem.
Não há uma lista de preliminares favoritas dos homens. Há sugestões --como mandar mensagens de celular durante o dia ou usar uma lingerie diferente.
DE HOMEM PARA MULHER
Para o psicanalista, os manuais de sexo para mulheres estão errados. "Todos são escritos por mulheres! Elas leem revistas femininas e conversam com amigas. Mas não sabem o que os homens gostam, só pensam que sabem."
A grande sacada do livro, segundo ele, é esta: um homem falar de sexo para mulheres.
Um exemplo de erro comum: "Revistas femininas dizem para as mulheres fazerem sexo oral pensando que estão chupando um pirulito. Isso é errado!", diz Sita, em um vídeo exibido durante a apresentação. Todas dão risada.
Como é o sexo oral "certo", passo a passo, ele não conta. Fala só que é preciso "mostrar que está gostando e olhar sempre para o homem".
E, depois de um suspense de 45 minutos, finalmente a dica de um milhão de dólares: escolha uma coisa de que você goste no sexo e passe a fazê-la da melhor forma.
"Se gosta de sexo oral, faça o melhor sexo oral do mundo. Se gosta de massagem, aprenda uma massagem muito boa. Aprenda pompoarismo, 'Kama Sutra'."
PERGUNTAS INDECENTES
Chega a hora das perguntas da plateia. Todas pegam papeizinhos e escrevem suas dúvidas anonimamente. "Meu namorado não quer que eu me depile, mas eu quero. O que eu faço?", questiona uma delas.
"Deixa um pouquinho", sugere Sita.
"Como eu sei que tive um orgasmo?" é a próxima. A plateia fica muda. Ele explica que é uma sensação boa, que relaxa... E parte para a próxima: "Pelo o que entendi, é possível prender um homem com sexo?".
"Não, mas que o sexo ruim afasta, afasta."
Quase 30 minutos de perguntas depois, fica a dúvida que não quer calar, questionada mais de uma vez: "Por que homem gosta tanto de sexo anal?". O psicanalista diz que todos gostam de variar o prato. "Você gosta muito de feijoada e chocolate, mesmo assim não comeria todo os dias, não é?"
"Chocolate eu como sim", grita uma na plateia.
O workshop termina com muitas dúvidas e uma fila na mesa onde o livro está sendo vendido.
Depois, em entrevista, Sita afirma que acha os homens bem parecidos e que há pouca chance de seu manual de instruções falhar. "As mulheres são mais diferentes. Os homens gostam quase que das mesmas coisas."
No livro, além das dicas, há uma parte lacrada de "dirty talking" (uma expressão para sexo narrado usando palavrões). "Só vê quem quiser."
Para o ano que vem, ele prepara outro livro, agora sobre como enlouquecer uma mulher na cama. Mas elas não são diferentes entre si? "Sim, mas toda mulher quer melhorar o relacionamento e ser boa de cama."

Futuro do prazer se equilibra entre a satisfação e o vício


01/10/2011 - 14h00

da Livraria da Folha



Reprodução
Como comportamentos prazeroros funcionam e se tornam vícios?
Como comportamentos prazeroros funcionam e se tornam vícios?

Se fosse possível, viveríamos de prazer, como se fosse o ar que necessitamos. Acontece que a realidade é outra, e diariamente enfrentamos muitos obstáculos para alcançar o mínimo prazer no sexo, comida, jogo ou drogas.
Motivador da vida, o prazer também tem o seu lado negro, o que resulta no vício e nas censuras (não muito eficazes) da sociedade.
Mas afinal, como essas pequenas experiências atuam no cérebro e mente e fazem com que as pessoas se descontrolem e busquem aquela extasiante sensação por um instante?
"A Origem do Prazer" busca desvendar como o cérebro transforma nossos vícios (e virtudes) em experiências prazerosas.
O neurocientista David Linden apresenta os fundamentos biológicos do prazer, e faz refletir a respeito dos aspectos morais e legais dos vícios cotidianos.
As pesquisas realizadas pelo profissional dão uma ideia sobre como as substâncias funcionam e como despertam sensações no corpo, na linha entre a satisfação e o eterno desejo que torna vício.
A análise acompanha o caminho da nicotinha, heroína, comidas fast food, sexo promíscuo e jogos de azar.
Diante disso, Linden busca responder qual o futuro do prazer.
*
"A Origem do Prazer"
Autor: David Linden
Editora: Campus Elsevier
Páginas: 256