Mostrando postagens com marcador abuso sexual. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador abuso sexual. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alerta do metrô de Xangai sobre roupas reveladoras gera polêmica; veja


27/06/2012 - 13h24

DA BBC BRASIL


O início do verão no hemisfério norte gerou um debate e uma polêmica na China a respeito da roupa mais apropriada para evitar o assédio sexual no transporte público.
Tudo começou com a foto de uma mulher em uma estação de metrô de Xangai usando uma roupa transparente.
A Companhia de Metrô de Xangai postou a foto em sua página em um microblog chinês e pediu que as mulheres se cobrissem para evitar "os pervertidos".
Milhares de mulheres reagiram dizendo que estão sendo culpadas por um problema que não é exclusivo da China.
Aa questão até se transformou em um raro protesto de ativistas dentro de uma estação de metrô de Xangai.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Nadadora olímpica desmaia por estresse causado por depoimento de Xuxa



24/05/2012 às 02h25min 

O estresse causado pela revelação da apresentadora Xuxa, de que sofreu abuso sexual até os 13 anos, e pela avalanche de pedidos de entrevista e mensagens sobre o tema abalaram a nadadora Joanna Maranhão. O assunto ainda é delicado para a atleta, que contou ter sofrido abuso de um ex-treinador na infância. A revelação foi feita em 2008.
"É lógico que me chocou, é lógico que me entristeceu ver que mais uma vez a banalidade dos crimes sexuais tem proporções gigantescas. Todo processo doloroso de verbalizar e fazer terapia eu já fiz e, no momento, a minha vida está 100% focada no meu esporte, na minha carreira e na minha performance. Para buscar os meus sonhos eu preciso de paz: física e mental", escreveu a atleta de 25 anos em seu site.

Joanna afirmou que sofreu um desmaio causado por estresse após a repercussão do caso de Xuxa.

"Não estou me negando de maneira alguma a continuar na luta pela causa, apenas peço encarecidamente que respeitem o meu momento. O meu trabalho é minha terapia hoje, é o que me faz bem, me dá prazer e me motiva. Cada vitória minha na carreira é vitória de todos que lutam pela causa", disse.

A nadadora explicou que não quer mais dar entrevistas sobre o assunto. Ela está treinando para disputarsua terceira Olimpíada (tem índice para os 400 m medley).

Em Atenas-2004, Joanna ficou em quinto lugar nos 400 m medley, a melhor colocação de uma mulherbrasileira na natação ao lado de Piedade Coutinho, em Londres-1948. Desde então, não repetiu resultados tão expressivos internacionalmente.

"Não se faz mais necessário ficar falando novamente sobre o que passei, não ganho nada com isso a não ser lembranças ruins e sentimentos dolorosos, portanto, daqui pra frente falo apenas do meu presente e do meu futuro. Quero deixar meus sentimentos para a apresentadora Xuxa que demonstrou muita coragem e verdade nas suas palavras, peço que Deus a ilumine e que o amor de sua família e sua filha sejam esteio para que ela siga em frente."

SEM INVESTIGAÇÃO

O caso de abuso sofrido pela nadadora brasileira também ficou sem investigação, a exemplo do que acontecerá com Xuxa.

A atleta contou ter sido vítima de abuso de um ex-técnico quando tinha 9 anos. Ela ficou calada por 12 anos até, em 2008, quebrar o silêncio. De acordo com a nadadora, o trauma de infância a fez desenvolver até medo de entrar na água.

Joanna não pôde processar o ex-treinador pois já tinha 21 anos quando revelou a história. O crime prescreveu. Ele processou a atleta e a mãe dela por difamação.

Neste ano foi aprovada uma lei que ganhou o nome de Joanna Maranhão e estabelece que o prazo de prescrição dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes deve passar a contar a partir do momento em que a pessoa abusada completa 18 anos. O texto foi para sanção presidencial.

Atualmente o prazo de prescrição começa quando o crime é praticado. Muitas vezes, prescreve antes mesmo de a pessoa completar a maioridade ou prescreve logo depois.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Famosas falam de abusos sexuais na infância


Relato de Xuxa ajuda a quebrar o silêncio de centenas de brasileiras abusadas

Do Domingo Espetacular
Desde o depoimento da apresentadora Xuxa, que confessou ter sofrido abuso sexual na adolescência, dobraram os relatos e denúncias de pessoas que sofreram o mesmo tipo de violência em todo o País.
A Rainha dos Baixinhos se calou por décadas e na entrevista no domingo passado contou que foi abusada por três pessoas até os 13 anos, todas próximas à família. A revelação de Xuxa, de 49 anos, comoveu o Brasil, mas ela não está sozinha. Outras celebridades venceram o medo e já relataram terem sofrido abuso sexual na infância ou adolescência.
A ex-modelo e apresentadora Monique Evans contou, há dois anos, em entrevista à apresentadora Ana Hickmann, que a violência que sofreu quando tinha 14 anos por um grupo de meninos provocou severos bloqueios em sua vida emocional. 

"Eu não sei porque aquilo aconteceu", lamentou Monique, que, além dos danos emocionais, levou desse episódio marcas de faca e canivete pelo corpo. 
Outra vítima de abuso sexual é a cantora Pitty, hoje com 34 anos. Em 2003 ela revelou que os ataques na infância partiram de uma empregada da casa. 

A atriz Cláudia Jimenez também sofreu abusos aos sete anos de um amigo da família. O trauma levou Cláudia Jimenez a se afastar dos homens por muito tempo. Hoje, a atriz ainda faz terapia.
— Ele fazia umas coisas que eu não entendia. Até que, um dia, entrou uma pessoa e ele tirou a mão. Foi aí que percebi que era errado.
A nadadora Joanna Maranhão também guardou segredo dos abusos que sofreu por parte do ex-técnico de natação por mais de uma década. Ela começou a ser molestada aos nove anos por Eugênio Miranda, que era considerado pessoa de confiança da família.

Joanna se rebelou esta semana contra todas as pessoas que usaram as redes sociais para rir e ridicularizar a atitude de Xuxa ao tornar público o mal que sofreu quando menina.

— Infelizes essas pessoas que acham graça do depoimento da Xuxa. Não fazem ideia do quão doloroso é por tudo aquilo pra fora, escreveu a atleta.


Assista à reportagem:

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Abuso sexual é o segundo maior tipo de violência sofrida por crianças, indica pesquisa


23/05/2012

O levantamento indica que esse tipo de agressão fica atrás apenas das notificações de negligência e abandono 


O abuso sexual é o segundo tipo de violência mais característica em crianças de até 9 anos, de acordo com pesquisa divulgada na última quarta-feira (22) pelo Ministério da Saúde. O levantamento indica que esse tipo de agressão fica atrás apenas das notificações de negligência e abandono.
Em 2011, foram registrados 14.625 casos de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra menores de 10 anos – 35% do total, enquanto a negligência e o abandono responderam por 36% dos registros.
Os dados revelam ainda que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Na faixa de 15 a 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%).
Os números apontam também que 22% do total de casos (3.253) envolveram menores de 1 ano e 77% foram registrados na faixa etária de 1 a 9 anos.
A maior parte das agressões ocorreu na residência da criança (64,5%). Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos, o provável autor da violência era do sexo masculino. A maior parte dos agressores é alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente: o pai, algum parente ou ainda amigos e vizinhos.
De acordo com o ministério, o sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar casos de violência doméstica, sexual e outras formas (psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatória em todos os estabelecimentos de saúde do país no ano passado.
Os dados são coletados por meio da Ficha de Notificação/Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, que é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Qualquer caso, suspeito ou confirmado, deve ser notificado pelos profissionais de saúde. 

Autor: Paula Laboissière 
Fonte: Agência Brasil 
http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=14846

terça-feira, 17 de abril de 2012

Técnicos escolares terão que seguir novas regras após caso de abuso sexual nos EUA


O ex-professor Eric Justin Toth é acusado de pornógrafo infantil, quando encontraram imagens de crianças em uma câmera que usava no trabalho; ele encabeça a lista dos dez mais procurados pelo FBI
O ex-professor Eric Justin Toth é acusado de pornógrafo infantil, quando encontraram imagens de crianças em uma câmera que usava no trabalho; ele encabeça a lista dos dez mais procurados pelo FBI
O caso de Jerry Sandusky, um ex-coordenador de defesa do time de futebol da Penn State acusado de dezenas de atos de abuso sexual de menores, está tramitando nos tribunais. Mas está tendo um impacto duradouro sobre milhares de outros técnicos, tanto pagos quanto voluntários, que se veem diante de um novo escrutínio por parte dos pais, organizações esportivas e até legisladores estaduais.
Desde que o escândalo da Penn State veio à tona em novembro, legisladores em mais de uma dúzia de estados -incluindo Nova York, Califórnia e Pennsylvania- entraram com projetos de lei para que técnicos, diretores atléticos ou funcionários das universidades sejam "obrigados a denunciar" se suspeitarem de abuso ou negligência para com as crianças. No mês passado, leis como estas foram aprovadas na Virgínia, Washington e West Virgínia, e vários outros estados devem seguir o exemplo em breve.
Embora as leis variem, algumas impõem punições significativas, incluindo multas, acusações por delitos e até tempo de prisão, para técnicos ou funcionários que violem as novas leis de denúncia.
As leis, como um todo, têm a intenção de evitar que se repita a resposta aparentemente negligente dos funcionários da Penn State -inclusive do falecido técnico Joe Paterno. Segundo críticos da universidade, foi isso que permitiu que Sandusky continuasse abusando de crianças durante anos, depois que as suspeitas surgiram.
"O que vimos na Penn State foi uma conspiração de silêncio, e este é o principal alvo do meu projeto de lei", disse o representante estadual Kevin Boyle, democrata que entrou com o projeto de lei na Pennsylvania em meados de novembro. "Quero impedir que as instituições mantenham os abusos em segredo."
De acordo com a Conferência Nacional de Legislativos Estaduais, que acompanha essas leis, a maioria dos estados diz exatamente quais profissões são obrigadas a delatar o abuso infantil, entre elas professores, assistentes sociais e funcionários da saúde. E os legisladores dizem que as novas leis propostas não têm a intenção de lançar dúvidas sobre técnicos inocentes, mas simplesmente fechar as brechas onde eles não são citados especificamente nas leis de denúncia de abusos.
"Tomara que este seja um passo positivo em vez de punitivo", disse o legislador Roger Dickinson, democrata que apoiou um dos vários projetos de lei ainda pendentes na Califórnia.
As checagens dos históricos dos técnicos também cresceram, assim como as iniciativas para acabar com as brechas nessas checagens. Este mês, o Conselho Nacional de Esportes Juvenis deve anunciar um critério mais rígido e amplo, acrescentando especificamente a uma lista de "alerta" qualquer condenação ou acusações pendentes envolvendo exposição indecente, prostituição ou crimes envolvendo danos a um menor, para alertar as ligas a não convocarem voluntários questionáveis.
As novas regras, que deverão ser usadas nas ligas de vários esportes para determinar quem pode ser técnico, devem fortalecer uma série de normas de "tolerância zero" que já listam crimes como a crueldade contra animais e posse de drogas como ofensas que podem desqualificar o candidato, não importa quando tenham acontecido.
"Se alguém quer ser voluntário, e acha que não deve porque se preocupa com o que quer que tenha acontecido no passado, então não se voluntarie", disse Sally S. Johnson, diretora-executiva do conselho. "Tenho certeza que há outras pessoas por aí que querem ser técnicos".
Apesar de todas as mudanças concretas que afetam os técnicos, a nova supervisão também levou a mudanças mais sutis nas atitudes e abordagens. "Eu sei que os pais dos meus jogadores nunca suspeitariam que eu me portasse mal", disse Raven Scott, jogador de vôlei na escola de segundo grau Millsaps College em Jackson, Mississippi, que também é técnico de um time feminino. "Mas ao mesmo tempo, sei que agora eles estão ainda mais inclinados a estarem presentes em práticas para monitorar com uma mentalidade de 'apenas para garantir'".
Os técnicos – muitos dos quais são pais também – disseram que estavam mais cientes de como se comunicam com os jogadores. Alguns dizem que passaram a enviar mais e-mails e textos para suas equipes, para fornecer um registro das interações no caso de que surjam acusações, enquanto outros disseram que também mudaram a forma de cumprimentar os vencedores ou consolar os perdedores.
"Eu fiquei ainda mais cuidadoso ao abraçar os alunos", disse Dug Barker, administrador de sistemas e pai de quatro em Louisville, Kentucky, que é técnico de vários esportes desde o final dos anos 70. "E tenho muito cuidado com palavras e frases que podem ter duplo sentido."
O escândalo de Sandusky também revelou códigos de conduta há muito praticados: evitar trabalhar sozinho com os jogadores, por exemplo, ou dar caronas para casa sem outro adulto ou jogador no carro. O contato físico – uma mão no braço para ajustar um movimento, por exemplo – deveria ser anunciado antes.
Tudo isso não serve somente para proteger as crianças, mas também as reputações dos técnicos. Karen Ronney, instrutora de tênis profissional e mãe de três meninas que praticam o esporte em San Diego, disse se lembrar de ser "extremamente cautelosa quando trabalha com crianças" - apesar de anos de experiência na lateral das quadras.
"Uma situação potencialmente negativa pode destruir uma carreira ou uma vida", disse Ronney. "Possivelmente a minha."
Organizações que representam os esportes juvenis também tomaram medidas em resposta ao caso de Sandusky. Em novembro passado, a Liga de Beisebol Infantil reiterou suas normas para reportar abusos – e para identificar potenciais autores de abuso sexual de menores – depois de ouvir pais e voluntários. Em fevereiro, a Positive Coaching Alliance, um grupo sem fins lucrativos de Mountain View, California, realizou dois seminários online dedicados a impedir o abuso sexual de menores. O fundador do grupo, Jim Thompson, disse esperar que as discussões encorajem os técnicos a agirem como sentinelas para o potencial abuso ou negligência de menores.
"Parte de nossa mensagem para os técnicos é: 'não seja defensivo, não leve para o pessoal'", disse Thompson. "Não pense: 'eu sou um cara legal, por que as pessoas suspeitariam de mim?' Reconheça que se trata de uma comunidade tentando proteger as crianças e abrace seu papel de protegê-las."
Os seminários online incluem sessões sobre as "seis medidas a tomar se uma criança menciona algo sobre ser abusada", bem como as "seis formas de evitar ser falsamente acusado de abuso".
"Se uma criança disser que você está sendo abusivo, não tente evitar ou negar", diz uma dica da apresentação. "Em vez disso, use isso como um momento de ensinamento. Você pode dizer: 'obrigado por me dizer isso. Sinto muito que isso tenha incomodado. Os problemas não devem ser segredos, e vamos conversar sobre isso com seus pais'."
Talvez nenhum outro lugar tenha ficado mais abalado com o escândalo de Sandusky do que cidades como Mill Hall, Pennsylvania, na mesma rua do State College, que abriga a Penn State. Bill Garbrick é técnico da Little League, e segundo muitos relatos, um modelo para os demais: humilde, trabalhador e dedicado à sua equipe, um time bem sucedido que liderou durante todo o caminho para a Série Mundial da Little League no ano passado, também sediada ali perto, em Williamsport, Pennsylvania.
Ele disse que o escândalo de Penn State havia sido "bem perto de casa" e certamente poderia deixar alguns técnicos incomodados. "Se técnico novo chegar na liga, tenho certeza que será muito cauteloso", disse ele.
Os pais de seus jogadores dizem que também ficaram estremecidos com as alegações de Sandusky, embora não se preocupem com seus filhos ficarem longe de casa para dormir fora durante a Série Mundial da Little League.
"Eu sempre me senti segura com eles", disse Shelli McCloskey sobre Garbrick e seus colegas técnicos, que foram técnicos de seu filho Tyler durante vários anos. "Eles são muito respeitados pelas crianças."
Numa noite de sexta-feira recente, enquanto Garbrick observava sua equipe treinar, admitiu que o caso de Sandusky era difícil de evitar. Mas disse que estava muito mais preocupado com as crianças que foram supostamente abusadas.
"Como isso afeta o trabalho do técnico na Little League? Certamente o tornará um pouco mais difícil", disse ele. "Mas isso é apenas uma pequena parte."
Tradutor: Eloise De Vylder


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alunos repudiam manual de calouros que dita 'obrigações sexuais'


29 de março de 2012  10h00  atualizado às 11h33



Um "manual de sobrevivência" que afirma que garotas têm a obrigação de "manter uma relação sexual" com os homens causou indignação e polêmica ao ser distribuído por um grupo de alunos de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O material de oito páginas, além de oferecer dicas dos melhores lugares para beber na região, mostra um tópico que ensina ao calouro "como se dar bem na vida amorosa utilizando a legislação brasileira".
O livreto foi produzido pelo Partido Democrático Universitário (PDU), grupo que comandava o centro acadêmico da instituição até 2011, e foi distribuído neste mês aos estudantes. Os responsáveis estão sendo acusados por grupos feministas e de esquerda da universidade de machismo e de incitar a prática ao estupro . Os alunos que se sentiram ofendidos iriam se reunir nesta quarta-feira para decidir se fariam ou não uma reclamação à direção da faculdade.
A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (Anel) publicou em seu blog uma nota escrita pelo Grupo de Gênero, também do curso de Direito da universidade, repudiando o ato. No documento de nome "Como cagar em cima dos humanos em 12 lições", os veteranos procuraram abordar de forma bem humorada o cotidiano dos alunos da faculdade, citando códigos penais para cada situação que possa vir a acontecer, como conhecer uma garota, por exemplo.
Segundo o manual, a mulher tem o papel de cumprir as obrigações impostas pelo homem. "Ela prometeu e não cumpriu. Disse 'vamos com calma': art. 252,§ 1º Código Civil: 'Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra'. Ela vai ter que dar tudo de uma vez!", cita um dos parágrafos do livreto.
Ainda na nota publicada, estudantes afirmam que "o manual em questão, que reitera a perspectiva de domínio masculino sobre a mulher, é claramente uma prática agressiva e atentatória à dignidade feminina", dizendo ainda que as pessoas não devem, então, levar a sério casos de estupro, visto que a mulher teria colaborado com o ato por estar usando uma roupa mais provocante ou dar atenção a um homem em uma festa.
As mulheres que assinam o repúdio ao manual dizem em resposta: "temos autonomia sobre nossos corpos para dispor de nossa sexualidade como quisermos, e devemos ser respeitadas. Não somos os objetos de satisfação de prazer egoísta que a mídia impõe. Não viemos para servir a homens, veteranos, pdu's ou não".
Com informações do jornal Folha de S. Paulo e do blog da Anel.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5691952-EI8266,00-Alunos+repudiam+manual+de+calouros+que+dita+obrigacoes+sexuais.html

quinta-feira, 29 de março de 2012

Manual de calouros dita 'obrigação sexual' de alunas da UFPR


29/03/2012 - 10h59
DE SÃO PAULO

Um "manual de sobrevivência" distribuído a calouros do curso de direito da UFPR (Universidade Federal do Paraná) causou indignação de alunos. O livreto de oito páginas afirma que mulher "tem a obrigação de dar" e que não pode ser parcelado.
A informação é da reportagem de Jean-Philip Struck publicada na edição desta quinta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
O material afirma ainda que se uma garota disser "vamos com calma", o aluno deve dizer "não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra", segundo um trecho do artigo 252. E conclui: "Ela vai ter que dar tudo de uma vez".
O livro foi produzido pelo PDU (Partido Democrático Universitário), grupo que até 2011 comandava o centro acadêmico local, e começou a ser distribuído neste mês.
O estudante de direito André Arnt Ramos, presidente do PDU, disse à Folha, por e-mail, que o manual era uma "piada" e que não tinham a intenção de ofender ninguém". "Peço desculpas se isso aconteceu", disse Ramos.
Editoria de Arte/Folhapress
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1068893-manual-de-calouros-dita-obrigacao-sexual-de-alunas-da-ufpr.shtml

quarta-feira, 14 de março de 2012

Menina de 14 anos morre após receber 80 chibatadas em Bangladesh


05/02/2011 10:22

Uma adolescente de 14 anos morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado.A sentença tinha sido decretada por um tribunal religioso na cidade em que a jovem vivia, Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 km da capital, Daca.

Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, que era casado. Ele também foi condenado a receber cem chibatadas, mas conseguiu fugir.A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo seis dias após ter sido internada.
O caso teve grande repercussão no país e provocou protestos de moradores de Shariatpur. Há relatos na mídia de Bangladesh de que Hena, na verdade, foi raptada e estuprada pelo primo.O imã Mofiz Uddin, responsável pela sentença contra Hena, e outras três pessoas foram presas. O caso está sendo investigado.
Atraídos por gritos de socorro de Hena, moradores locais chegaram a acudir a adolescente. Mofiz Uddine também se dirigiu ao local, juntamente com professores da madrassa (escola de ensinamentos islâmicos) da região.
Mídia local diz que jovem foi estuprada
Os jornais bengalis informaram que em vez de tomar uma ação contra o autor do suposto estupro, os religiosos trancaram a jovem dentro de um quarto. No dia seguinte, o mesmo imã e representantes do Comitê da Sharia, o código de leis muçulmanas, acusaram Hena de ter cometido atos de ``sexualidade imoral`` fora do casamento.Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante quando mantinha relações sexuais com um morador do vilarejo.
Pessoas da família do primo casado também teriam espancado a adolescente, um dia antes da fatwa ter sido decretada.Autoridades do vilarejo também exigiram que o pai da jovem pagasse uma multa equivalente a R$ 419.
Na última quarta-feira (2), um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença. Dorbesh Khan, o pai da adolescente, foi ao protesto."Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido".
Punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, país secular, mas de maioria muçulmana, desde o ano passado.Comitês que obedecem a princípios religiosos vêm se tornando influentes em diferentes países com população de maioria islâmica, mesmo sendo ilegais em muitos desses países.
A morte de Hena Begum foi a segunda provocada por uma sentença ligada à sharia, desde que a prática foi proibida pela Corte Suprema de Bangladesh.Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do islamismo.
Fonte:R7

sábado, 10 de março de 2012

Edad, deterioro cognitivo y criminalidad


00:39 25/02/2012


El "Río Negro", en su edición del 23 de febrero señala, en la sección Policiales, la noticia sobre un presunto predador sexual octogenario con residencia en la ciudad de Bahía Blanca (véase "Abusó de tres niños"). Por supuesto, todos los medios locales de esa ciudad, y los regionales, reflejan también esta desagradable crónica.
Ante este tipo de notas, y a fin de una apropiada comprensión de la realidad, importa tener en cuenta ciertos datos que, como tales, devienen incuestionables:
1) La labor de los medios masivos de comunicación –radiales, televisivos o escritos– reviste enorme valor social al destacar y advertir a la población sobre la existencia cercana de este particularmente nefasto tipo de criminales.
2) La existencia indubitable de un perfil criminal de abusador sexual en sus diversas modalidades (el de la noticia propalada corresponde al tipo pedófilo, una parafilia caracterizada por impulsos sexuales intensos, recurrentes o por fantasías sexuales referentes a actividad sexual con niños prepúberes) y la imposibilidad de revertir tal tipo de patología. En otras palabras: el abusador siempre lo será, independientemente de su edad y del tratamiento que se le haya instituido.
3) Resulta sumamente extraño el debut criminal –particularmente en el tipo abuso sexual– en un octogenario; este tipo de patologías comienzan mucho más tempranamente en la vida del sujeto, incluso en la infancia.
4) Asimismo, es insólito que un abusador sexual llegue a tan tardía edad sin registrar antecedentes sobre su desviación; sería inverosímil que no hubiera sido nunca descubierto o incluso sospechado de perversión sexual con anterioridad.
5) El avance en la edad cronológica conlleva, en numerosas ocasiones, deterioro a nivel cognitivo por atrofia de las estructuras neurológicas superiores secundario a insuficiencia vascular, hormonal, neoplásica, degeneración tipo enfermedad de Alzheimer, etcétera.
6) Tal tipo de patología estructural córtico-cerebral supone –entre la constelación de signo sintomatología que produce– la génesis potencial de conductas absolutamente inapropiadas socialmente (incluida la aparición de desviaciones sexuales antes inexistentes e impensadas en un sujeto determinado).
Establecidos estos hechos –por ende, irrefutables en tanto datos de la realidad objetiva– corresponde tratar este tipo de noticias con sumo tacto y delicadeza, quizás incluso con el empleo del tiempo condicional.
Toda persona, según nuestra legislación, es inocente hasta tanto se demuestre lo contrario, y por lo que se desprende de las crónicas referidas a este sujeto –reitero: hasta donde obra en mi conocimiento a través de los medios periodísticos, presunto abusador de tres niños de corta edad– no se ha probado su culpabilidad.
La responsabilidad ante un hecho delictual –incluso uno aberrante como el abuso sexual infantil– depende de la capacidad de la persona para comprender la criminalidad de sus actos y de dirigir sus acciones. Y para determinar este hecho –capacidad de comprender y de dirigir los propios actos– amerita un examen médico legal exhaustivo que deberá incluir, en el caso citado, la evaluación física y psíquica integral de la persona sindicada de abusador.
Este peritaje médico legal no deberá omitir, bajo ningún concepto, el estudio de neuroimágenes (tomografía axial computada, resonancia nuclear magnética, etcétera) que permitan detectar anomalías corticales cerebrales o patología del lóbulo frontal, que pudieran ser las desencadenantes de estas conductas inapropiadas y/o perversas, amén de estudios hormonales, psicológicos, psiquiátricos, etcétera. En suma, la evaluación médico legal debe ser integral e incluir todos los aspectos, absolutamente todos, tanto físicos cuanto psíquicos, de éste o de cualquier otro imputado de un acto criminal para determinar su aptitud psicofísica y, consiguientemente, su responsabilidad o no en el hecho que se le imputa.
De resultar positivos estos estudios, es decir de ser portador el sujeto de una alteración neuroanatómica o fisiológica que –adecuadamente mensurada– eventualmente lleve a la conclusión al perito médico, y sólo a este en tanto médico, de la incapacidad de la persona para comprender la criminalidad de sus actos o de dirigir sus acciones, informado este hecho al juzgador y a las partes resultará en una situación de inimputabilidad del sujeto.
En suma: no es igual ser portador de una parafilia sin alteraciones orgánicas que padecer una patología similar con bases neuroanatómicas o fisiológicas sin cuyo concurso la enfermedad quizás nunca se hubiera presentado en la persona. (Defínese parafilia como un trastorno psicosexual caracterizado por impulsos sexuales intensos, recurrentes y fantasías sexuales referentes a objetos inanimados, a sufrimiento o humillación de la pareja, a niños y/o a otras parejas sin su consentimiento, que incluyen exhibicionismo, fetichismo, froteurismo, pedofilia, etcétera).
Y por cierto no es lo mismo informar periodísticamente sobre un "abusador" que hacerlo sobre un "presunto abusador"; allí radica la inmensa diferencia que puede pasar de ser una gran ayuda para la sociedad –al informar la existencia en determinado sitio de un abusador sexual– a la simple estigmatización de una persona –hasta la fecha inocente pues no se ha probado lo contrario– con un cargo de semejante trascendencia social.
Una vez cumplida la evaluación médico legal del imputado, conocidos todos los datos clínicos y psíquicos de dicha persona y siendo ésta responsable de sus acciones, sí resultará útil –sin duda alguna– el alerta a la población sobre la existencia de un abusador sexual y su identificación completa a fin de prevenir, hasta donde ello fuera posible, su reincidencia.
Finalmente, ¿qué hacer con la persona enferma que, en razón de su patología y por ende inimputable, desarrolla este tipo de conductas aberrantes como es el abuso sexual? Ésa ya es otra cuestión que excede el cometido de estas líneas, pero que también amerita un interesante debate.
(*) Médico. Especialista jerarquizado en
Medicina Legal
abevaqua@intramed.net
ALEJANDRO BEVAQUA (*)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Iglesia apuesta por la formación afectiva del clero frente a abusos sexuales


CIUDAD DEL VATICANO. Los obispos y expertos reunidos en el simposio de Roma esta semana reconocieron graves lagunas en la formación afectiva de los sacerdotes y preconizaron una rigurosa selección y una sólida “formación humana” para evitar que se repitan los abusos pedófilos.

Una auténtica “revolución copernicana” en la preparación al sacerdocio está en curso desde hace 10 años, estimó Jorge Carlos Patrón Wong, obispo coadjutor de Papantla  (México) , ante los 200 delegados reunidos durante cuatro días esta semana en la Universidad Gregoriana.
   
El único postulado que no se cuestiona es el del celibato: para los expertos católicos, no hay relación de causa a efecto entre la renuncia a una vida sexual activa y la frecuencia de los abusos sexuales.
   
Pero la sociedad civil duda. “Algunos responsabilizan al celibato de todas las malas conductas sexuales” , reconoció monseñor Luis Chito Tagle, arzobispo de Manila.
   
Lo más importante, según monseñor Jean-Claude Hollerich, arzobispo de Luxemburgo, es que los sacerdotes sean formados para desarrollar “una visión muy positiva de la sexualidad, y no la vean como un peligro” .

Aunque queda camino por recorrer: “tengo la impresión de que muchos seminaristas todavía no son conscientes de su sexualidad. Eso es muy peligroso” , dice a la  AFP .
   
Según la psiquiatra británica Sheila Hollins, un esquema frecuente antaño era el de niños abusados sexualmente e incapaces de entender su sexualidad que decidían optar por el celibato como sacerdotes. Nunca llegaban a la madurez sexual, se deprimían y a veces se convertían en abusadores a su turno.
   
Las bases de la formación en los seminarios se sentaron en el Concilio de Trento  (1545-1563) . Sin embargo, la revolución sexual de los años 1960 tocó también a los seminaristas y obispos que ya no viven cortados del mundo.
   
“La combinación terrible es la de una sexualidad marginal en un ambiente cultural permisivo” , según el experto estadounidense Stephen Rossetti, que ve en ella el motivo por el cual en Estados Unidos se han cometido tantos juicios con obispos en los años 1960 y 1970.
   
Un nuevo tipo de obispo emerge, más moderno pero dueño de su sexualidad, que renuncia a ejercer para consagrase a Dios, según los expertos. Juan Pablo II encarna este atractivo modelo: “sacerdote a la vez viril y tierno, bueno y exigente, muy paterno y fraterno” , notó monseñor Patrón Wong.
   
Fue el Papa polaco quien puso el acento en una sólida formación, y no sólo teológica, de los seminaristas.
   
Actualmente la selección empieza con una prueba draconiana: un “minucioso historial psicosexual con un experto calificado” , tal y como lo define monseñor Rossetti. Estas pruebas se generalizan poco a poco.
   
En una exposición muy argumentada, “selección, detección y formación” , monseñor Patrón Wong subrayó que las formaciones cortas de antaño en el seminario ya no tendrán lugar.
   
Los jóvenes tienen “un año de orientación vocacional” antes de ser admitidos al seminario para en general nueve años. Acabado el curso, demasiado teórico, deben ser formados en la construcción afectiva de su personalidad y efectuar pruebas en el exterior.
   
También hace falta, dice, que el seminario sea “una nueva familia” , formadora, y no una estructura fría.
   
Para evitar los recorridos solitarios y las dobles vidas, el obispo mexicano pone el acento en las obligaciones de los seminaristas: vida de grupo, amistades, espíritu de sacrificio y de reparto. La ira  (incluida la relacionada con traumatismos del pasado) debe poder expresarse, como la alegría.
   
El obispo caracteriza así a los aspirantes con los que hay que tener cuidado: “aquellos que se muestran demasiado castos y serios, rígidos y fríos, aquellos que han solucionado sus problemas y piensan poder leerlo todo, oírlo todo, verlo todo...” .
12 de Febrero de 2012 08:38

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Brasil terá relator em simpósio sobre abusos. Conheça-o




RealAudioMP3 
Cidade do Vaticano (RV) - O promotor de justiça do Vaticano, o Arcebispo Charles Scicluna,
afirmou nesta quinta-feira que os abusos sexuais contra menores cometidos por eclesiásticos “não são apenas um pecado, mas um crime”, e que a Igreja tem o dever de colaborar com o Estado para evitá-los.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, Dom Scicluna explicou os objetivos do simpósio sobre os abusos que será aberto no próximo dia 6 na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
O simpósio terá no primeiro dia o testemunho de uma vítima dos abusos - informou o promotor, que insistiu na necessidade da formação de agentes pastorais para evitar esses casos.
“Rumo à cura e à renovação”: é o título do simpósio que reunirá delegados provenientes de 110 Conferências Episcopais e de 30 ordens religiosas.

Pe. Edenio Valle é sacerdote há 50 anos e psicólogo há 45. Trabalha na PUC de São Paulo, atuando no programa de censo da religião. Tem grupo de pesquisa credenciado no Conselho Nacional de Pesquisas sobre Psicoterapia e Religião.

Por solicitação da CNBB, Pe. Edenio realiza pesquisas sobre os padres no Brasil, orienta teses de mestrado e doutorado. Assessor de dezenas de congregações masculinas e femininas, e de centenas de dioceses no Brasil, ele tem em sua bagagem 12 anos de experiência como diretor do ITA, Instituto Terapêutico “Acolher”, em São Paulo, onde, com um grupo de 15 psicólogos atende o clero e a vida religiosa com problemas psicológicos sérios. O Instituto já atendeu mais de mil casos.

Convidado como relator do Simpósio, Pe. Edenio, entrevistado em exclusiva pela RV, adianta o conteúdo de sua palestra:

Deram-me um tema sobre o qual vou falar: ‘Religião, sociedade e cultura, em diálogo’. Este tema está inserido num conjunto de 10 palestras. Não vou entrar em aspectos propriamente jurídicos, pastorais ou mesmo psicológicos. Vou fazer uma abordagem de natureza psico-sociológica. Penso que no tema que me foi confiado, o importante é a palavra que vem no fim: ‘em diálogo’. Tenho a impressão que os organizadores desta conferência tinham em mente colocar a Igreja em diálogo com a realidade, a realidade da sociedade hoje, plural e diversificada. De um lado, a realidade da cultura, com valores, comportamentos e padrões que já não são aqueles que a Igreja católica propõe. Este fenômeno, aqui na América Latina, também se torna cada vez mais forte e mais abrangente. É o caso específico do Brasil”.

Pe. Edenio Valle contextualizará seu pronunciamento à realidade brasileira, incluindo o fenômeno da migração religiosa:

Como se pede que fale de religião, eu toco no campo religioso brasileiro. Hoje há uma massiva passagem de milhões e milhões de brasileiros de um catolicismo popular, sem assistência pastoral adequada devido à falta de padres e de recursos, uma população cada vez mais urbana, para religiões de origem carismática norte-americana que usam dia e noite a televisão e a rádio. Através desta forte presença midiática, atraem milhões de pessoas, sempre voltados à subjetividade: curas divinas, expulsão de demônios, milagres feitos diante das multidões. Pode-se ver isso em qualquer TV brasileira, dia e noite. Neste quadro, eu vou colocar a questão do abuso sexual por parte dos padres. Tenho conhecimento do que se passa em nível mundial, mas trarei alguns dados recolhidos aqui”.

O professor insere no conteúdo de sua palestra também a bagagem clínica acumulada na experiência do ITA:

Meus dados mais importantes são de natureza clínica: discutir com colegas, psicoterapeutas que fazem este tipo de atendimento. Meu conhecimento também é pastoral: trabalho com padres e sei como esta problemática aparece em padres abusadores. A questão do simpósio se volta mais especificamente para a chamada “pedofilia” e trata do abuso sexual de menores. Sobre este tema especificamente, não tenho nenhum estudo, mas tenho a prática clínica; portanto, vou partir daí para tentar mostrar que a Igreja católica nesta conjuntura não pode se voltar só para o seu problema interno e para a assistência ao clero. Tem que ver o problema sócio-cultural, o ambiente de exploração ‘via mídia’ e não só, e a liberalização de costumes, onde a sexualidade passa a ser muito banalizada. Aí dentro dá-se uma confusão da identidade de gênero e da identidade sexual das pessoas, e neste contexto eu situaria o problema do atendimento dos padres. Tenho interesse na questão do atendimento das vítimas, sobretudo crianças, o que no Brasil é ainda muito atrasado”.

Para ouvir a entrevista, clique acima.
(CM)

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=560177

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Eliziane lamenta caso de abuso sexual divulgado na internet

3 de novembro de 2011 às 18:38
Da Assecom / Gab. da dep. Eliziane Gama

O abuso sexual de duas adolescentes e em que todas as cenas da violência foram gravadas por celular e disseminadas na internet ganhou repercussão na tribuna da Assembleia Legislativa.

Na manhã desta quinta-feira (3), a presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, deputada Eliziane Gama (PPS) disse que tomará todas as providências para que o caso seja apurado.
A deputada denunciou que as adolescentes não estão recebendo o atendimento terapêutico e o laudo psicossocial ainda não foi emitido. Ela lamentou o sucateamento a perícia técnica do Maranhão e a demora na emissão de laudos.
“Não podemos entender a criança ou o adolescente como prioridade absoluta, se nós não damos a prioridade absoluta também na investigação criminal”, destacou.
Eliziane Gama destacou a disseminação do vídeo que expõe as imagens de abuso sexual das duas adolescentes na internet. Ela lembrou que o armazenamento e a divulgação de pornografia são crimes.
“Quero lembrar que quem está contracenando neste ato de abuso, quem propaga essa imagem, armazena ou recebe no seu e-mail e guarda no seu computador, todos esses estão cometendo crime”, esclareceu.
Segundo Eliziane, a comissão quer colaborar com o processo de investigação adotado pela polícia, que já pediu a prisão preventiva de dois dos acusados adultos e está tentando a aplicação de medidas sócio-educativas para o adolescente que participou do estupro.
Ela informou que a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias ouvirá nesta quinta-feira (3), às 15h na Sala das Comissões, os familiares e também uma das adolescentes vítimas de abuso sexual.
“Vamos ouvir a família e a adolescente considerando todos os princípios de proteção legal. A comissão vai construir um relatório para anexar ao processo judicial que está em tramitação”, explicou a parlamentar.
Na tribuna a deputada convidou os demais os parlamentares para participar da reunião. “Gostaria de convidar os colegas para que venhamos ouvir com mais exatidão e precisão e dar a parcela de contribuição desta Casa a um trabalho que está sendo feito pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente como pelo Ministério Público”, disse.
CASO
Segundo informações, as adolescentes foram levadas da porta do Colégio Paulo VI, na Cidade Operária, local em que elas estudam. Pelas imagens, a adolescente que tem 15 anos e a colega de 16 anos estão desacordadas. O vídeo foi disseminado pela internet e através de celulares. O caso estava sendo investigado pela Delegacia da Cidade Operária e será transferido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A polícia já pediu a prisão de dois dos três jovens que aparecem abusando das duas adolescentes, porém até agora não foram encontrados. Dois dos acusados são maiores de idade e um é adolescente.
http://www.jornalpequeno.com.br/2011/11/3/eliziane-lamenta-caso-de-abuso-sexual-divulgado-na-internet-175789.htm