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domingo, 17 de julho de 2011

anorexia sexual

17/07/2011 às 02:00 - Atualizado em 17/07/2011 às 02:00
Um sintoma, causas diferentes
O termo anorexia sexual é a forma mais recente de se referir à total ausência de desejo. Assim como na anorexia nervosa, há fatores psicológicos que podem agravar a falta de interesse pelo sexo.

A repressão é um deles, mas existem outros como a incapacidade de aceitar a própria imagem, traumas diversos que levam a distúrbios de imagem (a pessoa se vê diferente do que é, sempre enfatizando características negativas), dificuldades de relacionamento com o parceiro, entre outros.

Sem ajuda médica, muitos pacientes são abandonados por seus parceiros por serem incapazes de demonstrar afeto, através do contato físico; já os solteiros tendem a se acomodar com a situação. Em ambos os casos, a ajuda de um especialista é imprescindível.

Apesar do debate em torno do assunto ter se fortalecido recentemente, as ciências como Psiquiatria, Psicologia, Ginecologia, Urologia e Sexologia já estudam o tema há cerca de 100 anos. A partir de então, foram estabelecidas discussões sobre casos ligados às patologias sexuais, como é a falta de desejo.
http://www.odiario.com/saude/noticia/447484/um-sintoma-causas-diferentes/

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Casais sem sexo?

Casais sem sexo?
Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Existem casais que não fazem sexo...
Muitas podem ser as razões.
A frequência sexual coital depende de uma série de fatores que seguem regramentos que dirigem os relacionamentos e o mundo humano.
Primeiramente devemos considerar cada dos dois indivíduos envolvidos, depois o casal, e então fatores históricos e ambientais.
Cada dos indivíduos tem próprias necessidades e formas de solucionar e administrar suas satisfações. A razão pela qual desejaram casar/formar casal será um ponto muito importante sobre quando a frequência coital irá diminuir. Para as mulheres a razão ter filhos é um forte determinante: casar para ter filhos; teve os filhos desejados: não será mais necessário ter sexo! Para os homens o casamento pode ser um fator de segurança, e uma vez casado: o sexo pode ser procurado em outras pessoas (isto serve para heterossexuais e bissexuais). Estas razões não precisam ser conscientes, percebidas pelos indivíduos, podem ser regras absorvidas/criadas desde infância e que se realizam na vida adulta sem reconhecimento de serem sujeitos da ação. Formas individuais psicopatológicas também intervêm: ansiedade e depressão são as principais que atuam sobre a frequência sexual trazendo disfunções e inibições do desejo sexual.
O casal é outro fator de importância que determina como o sexo existirá a partir do estabelecimento das regras do casal. Como o casal estabelece que deve se relacionar e o papel do sexo no espaço conjugal. Isto é feito de maneira involuntária desde o momento que ambos se conhecem, negociando como devem agir de acordo com expectativas de ambos. Estas formas tendem a se cristalizar como maneira de garantir o relacionamento. Algumas destas regras podem incluir implicitamente que o sexo deve ser garantido na fase de sedução mas não ser necessário depois de algum tempo de relacionamento, por exemplo. E como estes acordos são feitos de forma tácita, nenhum dos dois reconhece que produziria esta diminuição de frequência coital.
Alguns fatores comuns ao longo da vida dos casais produz fases de diminuição coital que pode se estender. Um dos mais comuns é o nascimento de filhos. No puerpério a necessidade de atenção ao nascituro por parte da mãe, em especial com amamentação, deriva a atenção e as energias, diminuindo a disponibilidade emocional e física, em especial por parte da mulher. Porém, o que deveria durar um par de meses pode se estender quando o casal não tem habilidades para superar o interregno de diminuição coital. E devemos lembrar que esta condição pode se reproduzir outras vezes tantas quantos filhos o casal pretende ter.
Momentos de doenças crônicas de um dos cônjuges é claramente determinante de diminuição coital e se os papéis deles saírem de amantes para cuidadores, o desejo sexual estará fadado à diminuição, embora o laço afetivo positivo continue.
Alguns casais são assexuados, ou seja, não tem necessidades de relacionamentos sexuais,. Isto pode ocorrer num período de vida e não ser assim noutra fase da história do casal.
Muitos se preocupam com a rotina. A rotina em si não é um inibidor do desejo sexual.
Nossa cultura tem criado este mito como uma forma de justificar o que não se compreende.
Para a maioria das pessoas o conhecido é sempre desejável, não o contrário.
A rotina é ruim para pessoas impulsivas e sem controle sobre as emoções.
O que faltou para que um casal tenha comportamentos estereotipados na cama foi o desenvolvimento de um padrão diferenciado entre os 15 e 20 anos de idade. Naquela fase é que se criam os padrões para o comportamento sexual que se vai utilizar por toda a vida. O padrão desenvolvido geralmente é de repertório pobre e restrito, fazendo o que as pessoas chamam de “rotina”, um comportamento previsível sem estímulos variados que auxiliem ao outro focar mais no momento sexual, auferindo mais prazer.
As pessoas transam mesmo por fatores subjetivos, internos a si mesmas e não por fatores externos a exemplo do relacionamento a inabilidade de administrar o estresse, seja advindo do trabalho ou dos filhos e outros problemas.
Para algumas pessoas e alguns casais existem fases com menor desejo sexual e com menor disponibilidade para a atividade sexual. Estas podem ser fases e podem durar semanas, meses ou anos e não ser exatamente patológico.
O problema é se esta fase ocorre apenas com um dos cônjuges, produzindo uma inadequação sexual do casal.
O relacionamento conjugal existe com outras funções além do sexo. Estas outras funções são mais básicas do que a atividade sexual não reprodutiva, ganhando maior evidência e sendo mais importantes do que o sexo ao longo dos anos do casamento.
Um casal que passe uma fase sem atividades sexuais precisa de alguma elaboração para que o sexo retorno. Cada qual saber o que quer e poder expressar verbalmente é o passo inicial. O segundo passo exige paciência e o retomar do namoro e das aproximações físicas sensuais e eróticas de modo vagaroso e sobreposto. Assim ambos administram os limites existentes, não entram em ansiedades e não se submetem a novas emoções negativas que postergariam mais o sexo.
Isto significa que num primeiro momento de nada adianta a idéia de ir às pressas para um sex-shop e encher o carrinho de compras para fazerem de tudo no próximo fim de semana!
A possibilidade de fazer sexo depende dos dois desejarem e terem uma comunicação verbal clara e compreendida pelo outro, terem organização do cotidiano, do local que facilite a possibilidade de sexo, e terem um plano de vida que inclua o sexo como forma de relacionamento e comunicação emocional-afetiva do casal.
23 May 2011
http://sabuguinho.com/home/show_news.php?subaction=showfull&id=1306155772&archive=

terça-feira, 24 de maio de 2011

Assexuados começam a sair do armário e, com a ajuda da internet, assumir sua indiferença pelo sexo

OS SEM-DESEJO
Assexuados começam a sair do armário e, com a ajuda da internet, assumir sua indiferença pelo sexo
Publicada em 28/06/2009 às 17h33m
Carlos Albuquerque

Num mundo em que o poder do sexo é vendido em pílulas e a sensualidade parece transbordar das nossas televisões, pessoas como Fabiana (nome fictício) parecem peixinhos nadando contra a grande corrente do desejo. Com 25 anos, ela frequenta a Lapa, vai a rodas de samba e noites de rock no Circo Voador. Sai com amigos para beber, gosta de cinema (Tarantino é seu diretor predileto), ir à praia e dançar. Vive uma rotina igual à de tantas outras cariocas da sua idade, com uma crucial exceção: o sexo não faz parte dela.

Não sou virgem, simplesmente não tenho o sexo como prioridade da minha vida. Fico me sentindo um verdadeiro ET
- Não sou virgem, eu simplesmente não tenho o sexo como prioridade da minha vida - diz ela, por telefone. - As pessoas ao meu redor reparam que eu não namoro, mas acham que eu tenho casinhos por aí. Só minhas amigas mais próximas sabem da real situação. Como são amigas de verdade, elas entendem essa minha posição. Mas, no geral, é muito chato ter que ficar escondendo isso. Eu fico me sentindo um ser de outro planeta, um verdadeiro ET.

Mas ela não é uma "alienígena" solitária: faz parte de um grupo - os assexuados - que, aos poucos, bem timidamente, começa a sair do armário para mostrar à sociedade que a vida sem sexo pode - não pode? - ser considerada normal. São pessoas que trocam o sexo por qualquer outra atividade - leitura, televisão, esportes etc - aparentemente sem nenhum problema. E é justamente aí, dizem os especialistas, que pode estar a diferença entre considerar isso uma opção de vida - mesmo que indo contra a sua própria natureza, de procriar e perpetuar a espécie, como outros animais - ou uma doença.

- Existem dados da Organização Mundial de Saúde que mostram que 7% das mulheres e 2,5% dos homens garantem viver perfeitamente sem sexo, não tendo qualquer problema com isso - diz a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. - Em termos médicos, acredito que isso não deva ser estigmatizado, considerado um desvio, doença ou atribuído qualquer valor negativo. Desde que, e isso tem que ser ressaltado, a pessoa não demonstre qualquer desconforto, estresse ou sofrimento com tal atitude. Se isso acontecer, aí sim isso pode significar um problema, que deve ser avaliado, já que ele pode ter várias causas.

Acho que sexo pode até ser legal, mas não é o principal
Entre essas possíveis razões, diz a psiquiatra, estão a baixa produção de hormônios, uma possível depressão, conflitos de relacionamento, um abuso sexual ou mesmo uma decepção amorosa.

- Há muitas possibilidades e uma não exclui necessariamente a outra - afirma ela. - Pode haver uma baixa produção de hormônios, associada a uma depressão por problemas de relacionamento, causando esse, digamos, esquecimento do sexo.

Essas causas, porém, não aparecem com frequência nos tópicos das crescentes comunidades sobre assexuados na rede social Orkut. É ali, no mundo virtual e muitas vezes anônimo da internet, que os assexuados parecem se sentir mais à vontade para discutir ou mesmo celebrar a sua opção de uma vida sem sexo.

- Acho que sexo pode até ser legal, mas não é o principal. Se eu encontrasse caras que se contentassem apenas com afetos e carinhos, ficaria feliz para o resto da vida porque hoje em dia, está tudo tão sexualizado, tão carnal - escreve um integrante da Comunidade dos Assexuados, que conta com 818 membros.

Esse ponto de vista tem a compreensão da psicóloga Laura Muller, especialista em sexualidade pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash) e consultora do programa "Altas horas", da TV Globo.

- De fato, vivemos numa cultura que banaliza e ao mesmo tempo reprime a sexualidade, causando uma certa confusão - diz ela. - Vivemos sob um conjunto de regras sobre o que pode e não pode ser feito. Em torno delas, decidimos o que fazer de nossas vidas. E aí a pessoa pode optar, simplesmente, por não priorizar o sexo. É delicado cobrar a presença de sexo na vida de uma pessoa ou dizer que se trata de uma doença. Afinal, a vida é dinâmica e cada um de nós tem um jeito de encará-la.

Fico preocupado com o que vão pensar de mim. Não quero que pensem que sou homossexual
Nos tópicos de outra comunidade em português, Assexuados (864 integrantes), seus integrantes discutem como fazer para não se sentirem discriminados com o que consideram uma postura normal. Isso inclui até mesmo o que fazer em caso de assédio.

- No meu trabalho tem uma mulher, muito linda, que me assedia. Faz provocações, até já me convidou para sair - descreve um integrante. - Eu acho que todos os caras do meu trabalho têm tesão por ela e nunca iriam recusar um convite dela. Então fico preocupado com o que eles vão pensar de mim. Não quero que pensem que sou homossexual, e não quero que ela pense que sou homossexual. Ela é uma mulher com quem eu namoraria, mas sem sexo, só para sair, passear, ir ao cinema, se divertir com outras coisas.

Para Elizabeth Abbott, pesquisadora associada do Trinity College, na Universidade de Toronto, a assexualidade, assim como a homossexualidade, é uma opção que pode ser "incrivelmente dura" de ser assumida em público.

- Nossa sociedade dá um valor muito alto ao sexo e ao desempenho no ato. Espera-se que todos só pensem nisso - conta ela, que, em 1999, lançou o livro "A history of celibacy". - E até recentemente os assexuais viviam no armário, assim como os homossexuais. Mas o que está acontecendo agora é que eles encontraram na internet um meio apropriado para se comunicar e compartilhar suas experiências e dúvidas. Afinal, eles vivem num dilema constante. Para eles, a assexualidade é perfeitamente normal. E para a sociedade movida pelo sexo, isso é totalmente anormal e incompreensível.

Elizabeth acredita que o impulso sexual é determinado desde o nascimento, ou seja, ele é genético.

- A sexualidade é uma característica natural das pesssoas, mas o nível varia entre elas, chegando a ser muito baixo ou inexistente em algumas delas. Veja o ex-presidente Bill Clinton. Ele parece ter um nível muito alto de impulso sexual. Ele vive num extremo. No centro, está a maioria das pessoas, embora eu não goste de definir o nível normal de sexualidade. E os assexuados estão no outro extremo. Por isso, classifico a assexualidade como a baixa ou a total ausência de impulso ou desejo sexual.

A falta de apetite sexual pode ser temporária, ressaltam os especialistas, trazendo um pouco mais de confusão para o já delicado mundo dos assexuados e seus limites.

Muitas pessoas, em determinados momentos da vida, canalizam a libido para outros interesses
- Muitas pessoas, em determinados momentos da vida, canalizam a libido para outros interesses, confundindo a definição do que é o assexuado - assegura Carmita Abdo. - Uma pessoa que trabalha muito e está voltada para o seu progresso profissional, tem menos libido do que uma outra que não tem essa preocupação.

Nas mulheres, diz ela, isso pode ser dar também a partir da menopausa, quando ocorre a diminuição da produção dos hormônios sexuais.

- Principalmente a testosterona, que a mulher também produz, por meio dos ovários e das glândulas supra-renais, e é o hormônio motivador do desejo. De qualquer forma, é impossível deixarmos de pensar que se o assexualismo fosse regra, a Humanidade estaria extinta. Para a nossa espécie, sexo quer dizer vida.
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/06/28/assexuados-comecam-sair-do-armario-com-ajuda-da-internet-assumir-sua-indiferenca-pelo-sexo-756558791.asp

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Movimento pelo casamento sem sexo cresce

15.02.2009 | 22h10
Movimento pelo casamento sem sexo cresce
Muitos casais preservam o núcleo romântico e buscam a sexualidade fora dele

UOL

Muito se fala da emancipação do sexo em relação ao amor, mas pode o amor se tornar independente do sexo? O debate vem à tona enquanto emerge o movimento "assexual" como "quarta orientação sexual" e muitos casais preservam o núcleo romântico e buscam a sexualidade fora dele.

"Não tem nada a ver com a promiscuidade. Simplesmente, há cada vez mais gente que aceita que é muito difícil encontrar todos os estímulos em uma só pessoa", explica à Agência Efe Anthony Bogaert, professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Brock, em Ottawa, no Canadá e especialista em sexualidade.

O amor aspira atualmente a sobreviver a este "divórcio", apesar dos esquemas tradicionais. "Ainda são pessoas sexuais, mas perderam o apego sexual ao seu companheiro, embora não o romântico", especifica, às vésperas do dia de São Valentim (dia dos namorados nos Estados Unidos e em países da Europa).

De fato, este casamento amor-sexo, de uma visão psicanalítica, pode ser, muitas vezes, de conveniência e esta nova fórmula seria mais realista.

"O amor e o sexo estão geralmente separados. Os casais que mais se amam, os que se conheceram aos 12 anos, foram ao colégio e à universidade juntos e depois se casaram, não são os que mais gozam", afirma à Efe Miguel Oscar Menassa, diretor do Grupo Zero de Poesia e Psicanálise.

Ele acrescenta: "Muitas mulheres têm seu primeiro orgasmo fora do casal. Depois, gozam com o companheiro, mas primeiro, para ter uma boa sexualidade é preciso aprender a não respeitar demais o objeto sexual".

Mesmo assim, "o ideal continua sendo poder conjugar que aquilo que eu amo também é aquilo que eu desejo", mas isso "ocorre muito poucas vezes" e, nesses casos, também pode ter uma duração restrita, diz Menassa.

"As consultas estão cheias de casais de apaixonados que não conseguem ter relações. Eles se transformam em impotentes e elas, em frígidas", explica Menassa.

Além dos caminhos divergentes que o amor toma em relação ao sexo, começa a ganhar força um grupo que se reivindica como a quarta orientação sexual: os asexuais.

Para a visão psicanalítica de Menassa, isso não existe. "Separamos a sexualidade da 'genitalidade'. A sexualidade é um montão de coisas da atividade humana e uma função vital imprescindível", rebate.

No entanto, Bogaert, em seus estudos, avalia que, enquanto muita gente "não quer sexo pela relação afetiva", também existem outras pessoas "que simplesmente não têm interesse nem atração pelo sexo".

Os assexuais, segundo os analistas, formam entre 1% e 3% da população, nos quais muitos incluem figuras célebres como Salvador Dalí, Frédéric Chopin e Isabel I da Inglaterra.

Em todo caso, trata-se de uma minoria que começa a se fazer ouvir, a reivindicar sua personalidade não-patológica e a explicar sua maneira de progredir em um mundo notadamente sexuado.

Eles assinam claramente a declaração de independência do amor, já que "os assexuais podem, sim, sentir uma atração romântica pela outra pessoa" e mesmo assim não entrar em matéria sexual, explica Bogaert.

O casal nem sempre é assexual, por isso o estabelecimento das relações íntimas é complicado e, muitas vezes, o membro assexual do casal aceita fazer sexo pontualmente, já que fisicamente é capaz.

Mais fácil, porém, é uma relação entre assexuais, como afirmou em setembro de 2008 o jornal inglês "The Guardian", através do testemunho de Paul Cox, um jovem de 24 anos assexual que se vangloriava das felicidades de seu recém-celebrado casamento.

"É muito difícil para o assexual encontrar um companheiro, e uma indubitável fonte de estresse", reconhece Bogaert.

Assim nasceu o Platonic Partners (www.platonicpartners.co.uk), um site de contatos para encontros amorosos libertados do -para seus adeptos- "jugo" do sexo.

Ou, para entender o fenômeno mais amplamente ou "se juntar" a ele, nasce a Asexual Visibility and Education Network (www.asexuality.org) -existe ainda um site dedicado ao assunto em português (http://www.assexualidade.com.br).

Acontece que, nesta minoria, também existe uma grande variedade.

"Vai desde o que não entende o sexo com outras pessoas, mas se masturba como qualquer outro, até o que se declara 'A-romântico' -também não sente atração por nenhum tipo de vínculo amoroso", explica Bogaert, que segue investigando a busca de base biológica por trás disso.

De qualquer forma, o coletivo assexual segue um patrão parecido ao gay em sua "saída do armário". Começam a se usar termos como o "A-Pride" (orgulho asexual) e eles se vendem com o slogan "Amoeba Lifestyle" (estilo de vida ameba).

Além disso, muitos testemunhos postados na rede afirmam que foi "muito libertador" se encontrar com gente de sua mesma condição, após uma adolescência na qual se sentiram excluídos em meio a tanta revolução hormonal.

"Algum dia, a assexualidade será mais aceita, mas nunca será tão poderosa quanto o movimento gay por uma simples razão: são menos. Espero que seja um movimento significativo, que se juntem, compartilhem informação e sintam proximidade", conclui Bogaert.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=170702&tipo=0

terça-feira, 19 de abril de 2011

Virgem aos 54

Virgem aos 54
Nem me masturbar direito eu sei, diz a leitora

25/09/2009

"Cheguei aos meus 54 anos ainda virgem e já estou na menopausa há 4 anos. Ainda sonho, no entanto, encontrar alguem com quem viver um grande e profundo amor. Carrego em mim, porém, uma séria dúvida: poderei ter uma vida sexual normal? Minha experiência é pouquíssima, nada além de beijos e abraços, carícias pouco íntimas. Nunca deixei chegar aos finalmente e, para falar a verdade, acho que nem me masturbar direito eu sei. Mas ouço e tenho lido tanta coisa boa, que chego a pensar que, talvez ainda haja chance para mim?"
SPO

Resposta de Ana Fraiman

Ao achar as respostas, mudarão as perguntas, então. Claro que há chances. Sempre as há. Elas não obedecem às estatísticas, as chances esbarram nas pessoas quando elas se dispõem a encontrá-las, quando as pessoas cultivam um estado de espírito aberto para dizer sim à vida. Não só para relacionamentos amorosos e experiências sexuais, mas sim para amizades, passeios, prazeres vários, alegrias mil, por meio de atitudes simples e fáceis de adotar.

Brincar mais, por exemplo. Recuperar o riso solto, a bobeira, quer coisa mais gostosa do que rir a toa? E você se dá conta como uma pessoa, qualquer pessoa se torna cativante e atraente quando tem um riso fácil? Não estou falando de rir feito boba, mas de portar um riso solto, um sorriso gentil nos lábios, um olhar maroto ou uma boa gargalhada, mesmo! Já percebeu que tem gente que só ri amarelo, nem som não sai de sua boca ao dar risada? Tem um riso petrificado, que mais parece um esgar, tipo cara de dor de barriga, em vez de cara de contentamento?

Pois é, para aumentar as chances de que pessoas interessantes e cheias de vida, gente que valha a pena, se aproxime de você, torne-se você também, mais interessante.

Cursos de teatro, interpretação, contador de histórias, bio-dança, expressão corporal, dança de salão, são excelentes recursos para deixar o corpo mais macio, com mais ginga e a mente mais relaxada, com maior disposição para ter empatia com o outro e recuperar a delícia de dar mais risada. No teatro há um, curso sen-sa-cio-nal para recuperar a espontaneidade: o curso de Clown. É, de palhaço! É muito sério ser palhaço e fazer palhaçada. Divertir-se ao divertir os outros é uma das maiores doações que uma pessoa pode fazer de si. Mas é claro que nem todos têm coragem de começar por aí.

Enfim, um caminho muito bom para desenvolver a sexualidade e a sensualidade é a arte!

A música e o canto, principalmente. Uma pessoa precisa aprender a se expressar por meio de sua sensibilidade e se comunicar pelos sentidos. Não é só tocar seu corpo ou o corpo do outro, mas tocar o íntimo e deixar-se emocionar, entende? Isso desenvolve a arte de deixar-se levar por prazer, sem se sentir ameaçado nem ameaçar.
Um outro aspecto, que se pode desenvolver paralelamente é adquirir maior autoconhecimento: ver-se num grande espelho, nos mínimos detalhes. Colocar-se frente a um espelho, na intimidade de um quarto de dormir ou de vestir ou no banheiro, sem pressa. Não para se criticar, mas para perder inibição de se conhecer, de se tocar, de perceber como o próprio corpo é único e inteiro, que as mãos têm a ver com os pés, que tudo é um todo especial, uma morada querida, que nos é dada de empréstimo, do nascer ao morrer, para ser bem tratada e bem cuidada, apreciada, amada, sempre. As pessoas têm um relacionamento muito cruel consigo próprias frente ao espelho. Em geral só enxergam os defeitos.

Proponho simplesmente se ver, sem julgar. Enxergar-se com olhos de amor e de bondade. Com aceitação e apreço, antes de querer mudar e corrigir alguma coisa. Construir uma auto imagem real e ter uma excelente visão de seu próprio sexo, não só uma noção. Usar espelho de aumento se necessitar. Ver de perto. Vencer a vergonha. Tudo é sagrado em nosso corpo e merece o maior respeito. Senão, porque haveríamos de entregar nossas abominações e porcarias ao ser amado? Teríamos que escondê-las, não é verdade? Um amor verdadeiro não necessita de vergonhas, aliás, nem as tolera. Logo logo as suprime. Recato é bom. Vergonha, não. Antes de querer que outro alguém as descubra, as pessoas precisariam conhecer-se melhor e ser coerentes com aquilo em que acreditam.

Dependendo da religião de cada pessoa, masturbação é ou não é admissível. Procuro, simplesmente respeitar a crença de cada qual. Dentre os sexólogos e dentre os psicólogos, em nosso código de ética, é plenamente aceitável e recomendável a prática da masturbação, para o desenvolvimento psico-sexual e tomada de consciência de como propiciar-se prazer, independente de ter ou não uma companhia sexual. Mesmo uma mulher virgem pode obter muito prazer por meio do orgasmo clitoriano e sem introdução de qualquer objeto na canal vaginal.

De qualquer forma, é indicado que você consulte seu médico ou médica ginecologista, seja para fazer seus exames de rotina, seja para solicitar maiores orientações sobre como proceder com relação a tudo isso. Esse é um capítulo extenso e delicado, que deve começar por você e não pela pessoa que você haverá de conhecer e com quem haverá de se envolver. Caso o profissional consultado não seja bastante claro nas suas orientações, ou procure algum sexólogo (sexóloga) e faça suas perguntas de forma clara e explícita ou volte a nos escrever.

Para você saber, mulheres que têm prazer e orgasmo, têm a musculatura vaginal mais hígida e podem até mesmo evitar pequenas perdas urinárias ao rir, tossir, correr, evitar fazer cirurgias no assoalho pélvico que, com exercícios corretos bem podem ser corrigido. Você prestou atenção? Ter prazer e ter orgasmo é algo bem diferente. Há mulheres que sentem prazer, mas não chegam lá. O orgasmo é uma experiência de plenitude, física, emocional e espiritual. Há leituras fantásticas a esse respeito. Estude mais, leia bastante, converse a esse respeito.

Na maior parte das vezes, é necessário um bom tempo de convivência e experiência para começar a ter orgasmos. Envolve sentir muita confiança: em si mesma e no companheiro, também. Uma vagina, porém, que nunca foi penetrada, não pode e não deve sê-lo sem um devido preparo anterior, para torná-la mais receptiva, mais macia, mais flexível, paredes mais elásticas e resistentes, mais vascularizadas e musculatura mais desenvolvida, enfim. Isso não demora, mas é preciso bastante cuidado, excelentes noções de higiene e muito boa orientação inicial, se não a dor é muita, pois machucaria demais. E liberdade para falar de usar de prevenção contra DSVs - doenças sexualmente transmissíveis.

Há um número de pessoas que foram ou continuam casadas longos anos e parecem ter sido muito felizes. E inúmeros outros casais, homens e mulheres que foram casadas, sim, mas não sentiram aquele amor pelos seus cônjuges. Não chegaram a se sentir nem emocional nem sexualmente plenamente realizados e só alcançam isso depois, num segundo ou terceiro relacionamento, quando já mais amadurecidas e confiantes. Quem vê um casal andando de mãos dadas imagina que sempre se deram bem em tudo.

Mas não é bem assim. Conhece o ditado: quem vê cara não vê coração? Do ponto de vista psicológico ocorre um fenômeno muito especial: uma mulher pode ter tido filhos com seu marido, pode estar casada há mais de 30 anos, mas nunca ter-se entregue a ele de maneira total. Um dia, sabe-se lá quando ou como, dá-se a magia. Encontra-se com seu amor verdadeiro e se enlaçam: sua experiência amorosa será total e avassaladora. Sentir-se-á como uma noiva virgem, que em suas núpcias, se entrega ao seu homem de sempre: eu pertenço ao meu amado, meu amado me pertence.

Leia o Cântico dos Cânticos. Você e tantas outras mulheres e homens poderão se inspirar...

*Ana Fraiman é psicóloga formada em Psicologia Social, especialista nas áreas clínica e social, com mestrado pela USP e, atualmente, cursa doutorado na PUC de São Paulo na área de Antropologia. Possui vários livros publicados, é articulista e Diretora da APFraiman Consultoria, empresa pioneira em Programas de Preparação para a Aposentadoria e Pós-carreira. Para enviar sua dúvida, escreva um email para editora@maisde50.com.br
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7474

domingo, 17 de abril de 2011

Movimento assexual traz à tona outra forma de encarar o desejo físico

Sexo | 03/04/2011 17h10min
Movimento assexual traz à tona outra forma de encarar o desejo físico
Grupo que despreza os prazeres da carne troca experiência em comunidades virtuais
Quase um desconhecido, o conceito motiva zombaria antes das devidas apresentações. Pouco discutido e entendido , dificulta até mesmo a busca de um verbo para classificá-lo: abdicar, negar, renunciar, desdenhar. O que faz, afinal, quem decide viver sem sexo, abdicando da prática, negando o desejo, renunciando ao prazer, desdenhando de relações tradicionalmente alicerçadas em um instinto tão primitivo? Mais à vontade em comunidades virtuais, os assexuais trocam o peso do preconceito pelo alívio do entendimento entre iguais.

"Não sinto desejo ou necessidade de fazer sexo. Não me sinto atraído por homens nem mulheres. É absurdamente confuso, já que ser gay significa sentir atração pelo mesmo sexo — não é o meu caso — e ser heterossexual é desejar o sexo oposto — o que também não ocorre comigo. Resta-me uma opção: assexualidade. Mas nem sei se isso existe...", diz um depoimento em uma discussão na Internet.

Deve-se pontuar uma diferença fundamental: assexualidade não é celibato, a abstinência atrelada a crenças e práticas religiosas. Mas isso não torna a tarefa menos complexa: afirmar-se assexual é negar, na opinião de especialistas, traços inatos da espécie humana.

— A sexualidade faz parte da construção da identidade. As pessoas não aceitam a possibilidade de alguém abrir mão do sexo, que é algo que proporciona tanto prazer e é tão valorizado. Mas é mais comum do que a gente imagina — afirma Lina Wainberg, terapeuta de casal e família e doutora em Psicologia, que avaliou em sua tese na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a satisfação sexual e a intimidade marital de 800 casais.

Escolha ou problema sexual

A inexistência de atração sexual pode não ser uma simples escolha ou interpretação do que o corpo não consegue sentir. Há enfermidades e disfunções que comprometem a libido — tratáveis, permitem que a pessoa retome ou inicie uma vida sexual saudável.

— A pessoa pode ter vivenciado algo ruim, um abuso, uma repressão, uma decepção erótico-afetiva. Pode ter medo de se comprometer com a intimidade de alguém. Será que ela está, de fato, optando por isso ou escondendo alguma dificuldade? — questiona a terapeuta de casal e família Juliana Garcia.

Na ânsia de encontrar um diagnóstico que justifique a pouca empolgação, não se pode desconsiderar que o que à primeira vista parece problema pode não passar de um descompasso.

— Um casal que transa bastante pode passar por períodos sem sexo devido a problemas ou a outras interferências. O importante é que os dois se satisfaçam —esclarece Juliana.

Elisabete Regina Baptista de Oliveira, pedagoga, trata da assexualidade entre jovens em sua tese de doutorado pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP):

— A possibilidade da assexualidade como orientação sexual questiona uma das certezas históricas da ciência: a de que o desejo é universal, todo ser humano tem que sentir ou é necessariamente portador de algum problema. A recente visibilidade dos indivíduos que afirmam não sentir desejo ou atração sexual, sem que isso lhes cause angústia ou desconforto, traz à ciência o desafio de estudar a sexualidade e a assexualidade, a partir de novos paradigmas.

A Asexual Visibility and Education Network (Aven), maior comunidade de assexuais do mundo, foi fundada nos Estados Unidos em 2001 e reúne mais de 30 mil integrantes. Disponibiliza material em 13 idiomas e é referência no tema, o que aumentou o interesse de pesquisadores no exterior na última década. Por aqui, o debate ainda é incipiente.

— Os assexuais brasileiros existem, mas estão confinados às comunidades virtuais, principalmente no Orkut. Ainda não temos um movimento assexual — diz a pesquisadora.

— Assexualidade não é escolha, não é decisão, é um modo de ser. Não diz respeito ao comportamento sexual, mas a uma identidade.

Abdicar o sexo?

Como o movimento ainda se delineia, o ato de assumir-se assexual é corajoso. Vale a comparação:
— Hoje, ser assexual é mais difícil de admitir do que ser homossexual. É abdicar por completo de um prazer. Não é desviar, como alguns acreditam: é abdicar — comenta a terapeuta Lina Wainberg.

— Se isso (o sexo) gera muito mais sofrimento do que prazer, pode ser uma escolha saudável.

Se forem descartadas possíveis enfermidades e alterações hormonais, a psicóloga e terapeuta sexual Lúcia Pesca julga inviável a anulação das sensações que impulsionam a busca da satisfação sexual e tudo que dela decorre.

— É impossível que alguém não tenha uma fantasia. Acho impossível não sentir vontade. Tudo que a gente estuda a vida inteira, neurológica e hormonalmente, não nos deixa explicar isso — protesta Lúcia.

Membros da comunidade quase invisível dos que desprezam os prazeres da carne não deixam de ser espirituosos. Sites internacionais, como o da Aven, comercializam camisetas, canecas, bandeiras — o símbolo do movimento são listras horizontais em
preto, cinza, branco e roxo. "Assexuais se divertem mais" e "Nada de sexo, por favor" estão entre as frases de efeito. Versões adaptadas de sites de namoro propagandeiam a possibilidade de encontrar alguém, apaixonar-se e viver as delícias de um amor... platônico. Cada um na sua, sem chegar muito perto.

"Nos sentimos como ETs"

Comerciante e estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal de Pernambuco, Júlio Manoel Neto é uma das raras figuras dispostas a falar abertamente sobre o tema. Soube que era diferente na adolescência, quando não partilhava do interesse dos amigos pela descoberta do sexo. Hoje, aos 20 anos, descobriu que há mais gente que pensa como ele e criou um blog, em que posta reflexões sobre o que chama de "era sexual".

"Sempre pensei diferente das outras pessoas e não via problema no meu desinteresse pelo sexo. O problema é o sentimento de que estamos fora do mundo. Nos sentimos como ETs, com a sensação de que estamos errados. Não imaginava que isso pudesse ser simplesmente normal, como qualquer outra forma de se relacionar. Até que descobri que outras pessoas também pensavam e sentiam como eu. Percebi como é importante discutir esse modelo de sociedade voltado para o culto do sexo.

Como minha opinião foi formada desde cedo e sempre tive certeza de quem sou, nunca me obriguei a fazer sexo somente para satisfazer uma convenção social. Pelo contrário, aprendi a construir relacionamentos sem sexo. Hoje não tenho namoros convencionais, o que não significa que não tenha relacionamentos. Sou livre com minha afetividade. A maior parte dos assexuais, no entanto, faz sexo por não saber que existe a alternativa de, simplesmente, não fazer.

Para tornar isso mais claro para as pessoas e fomentar a discussão, criei o blog e hospedei em um site sobre o tema, feito por uma amiga. Não pregamos bandeiras como a virgindade ou abstinência por questões morais ou religiosas. Simplesmente concordamos que o culto ao sexo que existe atualmente não é o único caminho. É possível, se for a vontade do indivíduo, ver a realidade de uma outra forma, sem a conotação sexual."

Estereótipo premiado

Gênio da física e antissocial orgulhoso, Sheldon Cooper imprime humor ao estereótipo dos assexuados. Personagem que valeu a Jim Parsons o Globo de Ouro deste ano de melhor ator de comédia no seriado The Big Bang Theory, uma das comédias americanas de maior sucesso na atualidade (exibida no Brasil pelo canal a cabo Warner), Sheldon despreza toda forma de interação social afetiva ou sexual, então, nem se fala.

Restringe o convívio aos três amigos mais próximos e à vizinha bonitona, Penny (Kaley Cuoco), a única da turma que não é vidrada em quadrinhos, videogames e fórmulas complexas e vive a lhe despertar suspiros inconformados e olhos revirados em desapontamento.

Ao contrário de Leonard (Johnny Galecki), Howard (Simon Helberg) e Raj (Kunal Nayyar), que tentam furar a barreira que separa o universo geek das simples mortais e ensaiam alguns desastrados flertes, Sheldon não suporta a mais sutil referência a qualquer tipo de contato carnal, de um aperto de mão a — o horror, o horror — um beijo. "Procriação", só se for com uma mãozinha da ciência e da fertilização in vitro, e apenas para perpetuar seu brilhantismo.

O físico inicia um "namoro" com a igualmente enfastiada Amy Farrah Fowler (Mayim Bialik), neurocientista sem o mínimo de feminilidade ou vaidade, que parece ser o seu improvável par perfeito. Ainda que carregado nas tintas de uma deliciosa comédia, o programa encampa a bandeira de quem acha que o mundo é muito mais interessante quando se mantém uma segura e asséptica distância dos outros.
LARISSA ROSO
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,647,3260367,Movimento-assexual-traz-a-tona-outra-forma-de-encarar-o-desejo-fisico.html

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mulheres renunciariam ao sexo em troca de magreza, diz estudo

Mulheres renunciariam ao sexo em troca de magreza, diz estudo
DA EFE
19/02/2011 - 20h15
Uma pesquisa realizada pela revista "Fitness" levantou que as mulheres norte-americanas preferem sacrificar um ano de sexo em troca de um corpo mais magro. O resultado da enquete que ouviu 2.400 mulheres foi publicado na revista neste sábado: 51% delas responderam que sim.
A conclusão do estudo focado nas dietas e hábitos alimentares das mulheres reforça a ideia de que algumas sentem muita pressão sobre sua aparência física, segundo os especialistas.
Para 22% das entrevistadas, a pior parte de uma dieta é seguir um plano para perder os quilos extras. Cerca de 43% delas disseram que evitam comer e 39% informaram que já tomaram remédio para emagrecer.
Em relação a restrições alimentares, 40% contaram que fizeram seu primeiro regime para perder peso antes de finalizar o ensino fundamental --entre os 11 e os 14 anos.
Por outro lado, a compulsão alimentar deixa 40% das mulheres satisfeitas, enquanto 26% delas sentem-se culpadas e 17% deprimidas. Apenas 7% disseram que nunca se permitiram comer junk food e 71% que preferem praticar exercícios todos os dias para poder comer o que quiserem.
A psicóloga e professora da Escola de Pós-Graduação em Psicologia Ferkauf, em Nova York, disse no programa "The Early Show on Saturday Morning", da CBS, que a pesquisa escancara a pressão a que são submetidas as mulheres.
"Nós somos bombardeadas com imagens de como deveria ser nossa aparência, como deveríamos ser magras, altas e o que deveríamos vestir."
A psicóloga observou que a mídia tem grande responsabilidade em transmitir a mensagem da necessidade de ser magra, que leva à crescente procura por dietas cada vez mais cedo pelas garotas, o que considera "preocupante".
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/878285-mulheres-renunciariam-ao-sexo-em-troca-de-magreza-diz-estudo.shtml