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sábado, 17 de setembro de 2011

Sexualidade Criminalizada: Prostituição, Lenocínio e Outros Delitos - São Paulo 1870/1920


Revista Brasileira de História

Print version ISSN 1806-9347

Rev. bras. Hist. vol. 18 n. 35 São Paulo  1998

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01881998000100012 

Sexualidade Criminalizada: Prostituição, Lenocínio e Outros Delitos - São Paulo 1870/1920

João Batista Mazzieiro Pontifícia Universidade Católica de São Paulo


RESUMO
Este artigo acompanha debates de criminólogos, juristas, médicos e outros profissionais sobre a sexualidade julgada criminalizável e doentia, por eles associada à pobreza, em São Paulo. O texto realça práticas de esquadrinhamento da cidade e da plebe não-proletarizada por aqueles agentes e suas instituições como estratégias de disciplina e dominação em nome de normas burguesas.
Palavras-chave: criminalidade, prostituição, homossexualismo, São Paulo.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01881998000100012&script=sci_arttext

domingo, 4 de setembro de 2011

Garotas de programa de luxo

Elas parecem aquela sua amiga da faculdade, mas ganham R$ 3 mil em uma hora
icone postado
03.06.2010 | Texto por Ariane Abdallah e Juliana Menz Fotos Gabriel Rinaldi


Elas estão em faculdades, restaurantes caros, passarelas, baladinhas e festas da alta sociedade. Com calças Diesel, bolsas Louis Vuitton e sapatos Gucci, essas meninas de 20 e poucos anos circulam com homens casados, solteiros, executivos, príncipes, sheiks e, quem sabe, com aquele amigo seu – por até R$ 3 mil a hora. A reportagem da Tpm se infiltrou no mundinho VIP das garotas de programa de luxo de São Paulo – e revela que ele fica logo ali.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo

Pelo número que aparece no celular, Andressa* sabe que vai dormir fora de casa. Há um ano Nicolas* é seu cliente. Executivo italiano da indústria do petróleo, ele vem regularmente ao Brasil. Assim que desce do avião, telefona para Andressa e segue para o restaurante do hotel Fasano – um dos melhores do Brasil, onde um prato pode custar até R$ 350, um vinho pode chegar a R$ 40 mil e qualquer mulher é recebida por quatro funcionários diferentes, da entrada até a mesa.

De vestido Gucci (presente de Nicolas e um dos 80 que ela tem no armário) e bolsa Louis Vuitton, ela senta à mesa de frente para o “gringo”, que não pesa menos que 100 quilos. Ele segura sua mão, diz que está linda e pergunta o que quer beber. “Veuve Clicquot”, responde a garota de 25 anos, sem consultar o cardápio. Foi com ele que aprendeu que essa e Cristal são as melhores marcas de champanhe. O garçom serve a garrafa que custa R$ 406. Andressa não agradece. Abre o cardápio e seus olhos deslizam pela fileira dos preços. “Nem lembro o que comi da última vez. Escolho pelo mais caro, porque vendo que você é cara os clientes dão presentes bons”, explica. O raciocínio vale também para roupas e carros: “São investimentos”, resume ela.

Andressa faz parte de um grupo de cerca de 300 garotas de programa que vivem em São Paulo, e engana-se quem pensa que elas se resumem a “modelos-manequins”. São também estudantes de enfermagem e profissionais de marketing, entre outras ocupações. Passar uma hora com elas custa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Mas com Nicolas, cliente fixo de Andressa, tem algumas diferenças. A primeira e mais importante é que ele paga em euro – e um valor acima da média: 1.500. Por esse preço, ela até topa passar a noite numa suíte cinco estrelas que pode custar até R$ 22 mil. Além de Nicolas, ela tem um cliente fixo de 60 anos – paga a mensalidade da faculdade de enfermagem com parte dos R$ 10 mil que recebe para encontrá-lo cerca de três vezes por mês.
Essas meninas não estão em casas como o Café Photo, que nos anos 90 era referência em prostituição de luxo. Hoje, estima-se que as garotas que frequentam o lugar cobram entre R$ 300 e R$ 500 por programa e chegam a atender até três clientes na mesma noite. Moram em regiões de classe média e média baixa de São Paulo, como zonas leste e norte, e fazem mais o estilo “gostosonas” do que as garotas de programa de luxo. Já essas meninas são discretas. Têm silhueta de modelo e não se vestem com decotes extravagantes, saias curtas e barriga à mostra. Além disso, não mentem o nome nem negam beijo na boca aos clientes.

As amigas de profissão da Andressa têm entre 20 e 25 anos e atendem, sobretudo, empresários. Apesar de terem alguns clientes solteiros e jovens, a maioria deles é casada e já passou dos 40. Eles fazem questão de pagar caro por uma hora ao lado de prostitutas que não dão pinta de prostitutas.

As garotas de luxo são muito parecidas com as mulheres que esses clientes conhecem nas baladas – mas com estas eles evitam ficar por serem casados ou para não correrem o risco de se envolver. “Vejo as garotas de programa como amigas que ajudo. É melhor do que ter uma amante, que pode começar a fazer cobranças”, explica Luciano*, 45 anos, casado, pai de dois filhos pequenos. Júnior*, um empresário de 32, enfatiza que a opção não tem a ver com estar mal no casamento: “Além da atração física, elas te elogiam, aumentam a autoestima. Por mais que o casamento seja maravilhoso, existem cobranças que com uma garota dessas não tem. Ela é só o lado bom”, confessa.

Os clientes levam garotas como Andressa para passear em seus aviões particulares, barcos, helicópteros ou carros como Mini Cooper, Audi e Land Rover. Talvez por isso, mesmo quando não estão trabalhando elas não cogitam a hipótese de usar transporte público. Se interessam em namorar homens que tenham seus 30 anos – mais novo, só se for filho de milionário – e um carro que valha cerca de R$ 450 mil, como uma caminhonete BMW. “Estou com um namoradinho, mas vou acabar hoje. É pobre”, desabafa a paulistana Patrícia*, amiga de Andressa, numa conversa com a reportagem da Tpm em um restaurante dos Jardins. “Não quero casar com um cara que ganha R$ 3 mil por mês. Pra ficar dividindo conta e sustentando filho? Tô fora”, solta.

Quando vão atender os clientes, elas usam táxi ou seus próprios carros – que vão de modelos populares, como Corsa, a importados automáticos, como Tucson. Se o cara é solteiro, muitas vezes são recebidas na casa deles, em bairros classe alta, como Jardins e Morumbi. Com os casados, os encontros costumam acontecer durante o dia, nos hotéis de luxo. Andressa conta que uma vez fazia sexo oral num cliente, no meio da tarde, quando tocou o celular dele. “Ele atendeu, fez sinal para eu continuar e falou: ‘Oi, amor, estou numa reunião’”, ri.

Por receio de serem vistos, os brasileiros não costumam circular com elas em lugares públicos. Em compensação, os estrangeiros parecem fazer questão do contrário. “Sei que sou o tipo de mulher que o cara quer exibir como prêmio”, confessa Andressa, contratada por gringos, como Nicolas, através de agenciadoras (cafetinas com quem não têm nenhum vínculo).

Mulheres invisíveis

Das outras mesas do restaurante, mulheres acompanhadas de seus maridos curvam o pescoço, como que para ver melhor “a menina que está com aquele gordo”. Andressa não desvia o olhar do cardápio nem do cliente. “Mulher, sempre que vê outra mulher bonita, olha com reprovação, é normal”, observa ela. Como não está namorando, não tem receio de se expor jantando ao lado de Nicolas – mas confessa que teria vergonha se ele fosse “muito velho”.

Apesar de Andressa estar à vontade, um funcionário antigo do restaurante garante que não reconhece seu rosto nem de nenhuma outra garota de programa de luxo por lá – onde é comum escutar engravatados falando inglês ou alemão em mesas que também já foram reservadas para Madonna e Yoko Ono. “Essas meninas existem sim. Mas, se vêm aqui, é com algum hóspede estrangeiro, e passam despercebidas”, garante, numa conversa informal.

De fato, é o que elas dizem. “Não vou sozinha num lugar desses”, comenta Andressa, incluindo aí restaurantes “da rua Amauri”, no Itaim Bibi, bairro em que circula boa parte do PIB nacional e onde ficam os sofisticados Parigi, Magari, Ecco, Forneria San Paolo, entre outros. Apesar de sentir-se bajulada pelos garçons desses lugares – “eles sabem que vão ganhar gorjetas gordas dos nossos clientes” –, para ela e suas amigas ir a um restaurante como esses em um dia de folga é “programa de velho”. Andressa prefere festas fechadas, como uma no terraço da Daslu a que foi recentemente, ou áreas VIPs de baladas como o sertanejo Villa Country, frequentado por paulistanas de todos os tipos e classes sociais.

Patrícia* também tem 25 anos, é formada em marketing, aluna de pós-graduação de uma faculdade respeitada de São Paulo e tem um cliente que deposita, “religiosamente”, R$ 5 mil por mês em troca de encontros esporádicos. Filha de um empresário bem-sucedido, ela tinha coleções de joias, sapatos, bolsas e viagens pelo mundo até seu pai perder tudo e ela passar a sustentar a casa com o salário de R$ 2.500 que ganhava como recém-formada. Há dois anos no ramo da prostituição de luxo, ela ajudou os pais a abrirem pequenas empresas e, quando não está trabalhado com eles ou com seus clientes, gosta de comer sushi em restaurantes de Moema – o que lhe custa uma média de R$ 100 por refeição, duas vezes por semana. Ainda mora com os pais, que acreditam que a filha ganhou uma bolada ao ser demitida do antigo emprego e que agora trabalha como freelancer na área de marketing. “Me considero privilegiada pelo meu trabalho. Essa oportunidade é um presente de Deus”, orgulha-se.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Luxo e lixo

Taís*, 23 anos, estudou teatro, fez fotos para um site sensual recentemente – o que inflacionou seu cachê mínimo para R$ 2 mil – e já saiu correndo de um hotel ao encontrar Nicolas, o cliente que agora é atendido por Andressa. “Quando vi aquele obeso deitado na cama, fui embora!”, conta. Ela acaba de terminar um namoro com um cara que sabia sua profissão e aparentemente aceitava. “Mas, na hora das brigas, ele jogava na minha cara”, lamenta. Taís atrasou um encontro com a reportagem da Tpm porque estava fazendo a unha numa quinta-feira à tarde. Ela adora ir com as amigas ao Studio SP, ao Bar Secreto, à Pink Elephant, ao D-Edge e a outras baladinhas frequentadas pela juventude paulistana.

Andressa ficou amiga de Taís quando viajaram juntas para uma cidade serrana em São Paulo, para trabalhar com uma turma de amigos empresários, banqueiros e executivos. Na ocasião, um deles fez questão de assistir a uma performance sexual entre as duas. Esse grupo viaja junto quatro vezes por ano para o interior do Brasil ou para algum lugar da América Latina. Leva sempre duas mulheres para cada homem e fecha os hotéis em que se hospeda, que costumam ser “pequenos e luxuosos” – Andressa e Taís garantem nem ter prestado atenção aos nomes desses lugares. Durante a viagem, todas as meninas têm direito a regalias oferecidas pelo lugar: piscina, ofurô, massagem, spa, comida no quarto, roupão extra...

Esse tipo de viagem, promovido principalmente por milionários estrangeiros, existe aos montes, no mundo inteiro, e é a oportunidade mais cobiçada pelas garotas de luxo. Entre os destinos que se vangloriam de já terem conhecido, Patrícia, Taís e Andressa destacam Salvador, Rio de Janeiro, Milão e Roma (Itália), Ibiza e Madri (Espanha), Saint-Tropez (França) e Caribe.



Saint-Tropez e Gucci

Mas para chegar a esses lugares elas têm que passar por uma seleção – primeiro por fotos, depois pessoalmente – feita por cafetinas, que muitas vezes são ex-garotas de programa que já passaram dos 30 anos. As exigências são objetivas: as garotas têm que ser bonitas, elegantes, animadas, ou seja, estar a fim de diversão. O pagamento, feito por um assistente particular do “gringo”, é em dinheiro.

Patrícia foi uma das escolhidas para ganhar mil euros por dia ao lado de meninas de várias nacionalidades (italianas, inglesas e russas, essas últimas tão requisitadas quanto as brasileiras por serem supostamente bonitas e descontraídas). Numa viagem a Saint-Tropez, sua mala Louis Vuitton viajou cheia de roupas justas, biquínis, calças Diesel e acessórios Gucci – mas sem exagerar na quantidade de cada item, pois a graça do passeio está em fazer compras e ganhar presentes. Levadas por um iate até o balneário francês – um dos points mais frequentados do planeta por jovens ricaços e famosos como Paris Hilton –, as garotas se hospedaram, por um mês, com os clientes, num dos melhores resorts da região. As suítes escolhidas estavam entre as mais caras: cerca de 2.900 euros por dia.

Quanto ao trabalho, elas eram responsáveis por “brincar” com príncipes e sheiks árabes quando eles entravam no mar ou dançar para entretê-los durante a tarde. “Somos tratadas como rainhas”, garante Patrícia, que fez topless e tomou muito champanhe durante o trajeto de barco. “Os estrangeiros dificilmente querem muito sexo, eles gostam é de se exibir com a gente”, conta ela. De vez em quando, surgia uma oportunidade e ela transava com algum dos convidados do barco, o que lhe rendia gorjetas.

Tanto Andressa, que nasceu no interior de Santa Catarina e pensava em ser freira quando criança, quanto Taís, natural de São Paulo, entraram no ramo pela indicação de amigas. No começo, achavam absurdas as histórias que ouviam. Mas vendo que as meninas não repetiam roupa, viajavam e iam a jantares chiques, começaram a questionar a vida convencional que levavam. “Na primeira vez que saí com um cliente fiquei bêbada, o cara teve que cuidar de mim. Levei um susto quando vi aquele bolo de dinheiro. Hoje me sinto pobre se tiver menos que R$ 1 mil na carteira”, conta Patrícia. “No início, eu pensava: ‘Meu Deus, sou uma puta!’. Saía do encontro e vomitava”, lembra Taís. Recentemente, ela recebeu um convite para um teste de elenco de uma peça e anda pensando em mudar de vida. “O problema é que vicia”, confessa.

Quem dá mais?


O vício é no dinheiro que entra rápido. Andressa conta que comprou um imóvel com os R$ 100 mil que juntou em um ano (sem considerar gastos com contas mensais, roupas, baladas, restaurantes e viagens). Mas, para a psicanalista Diana Corso, coautora do livro Fadas no Divã e colunista do jornalZero Hora, não é só uma questão financeira. Ela acredita que toda mulher tem a fantasia de ser “puta”, de transar com vários homens, sem compromisso, e de ter certeza de que é desejada. “A garota de programa tem a garantia de que o cara a deseja, afinal ele está pagando”, analisa ela. O filósofo Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de S.Paulo, completa: “Essas garotas são acompanhantes, bonitas, divertidas, dá para ir ao cinema, jantar. Gostam de sexo, sabem fazer e não vão ligar na casa do cara no dia seguinte”, observa.

Apesar de afirmar nunca ter gozado com um cliente, Andressa diz que às vezes sente prazer. Patrícia, quando questionada se gosta do que faz, responde: “Não é tão mau assim. Melhor que qualquer outro emprego que já tive”.

Mas elas próprias admitem: “O valor mais importante da minha vida é o dinheiro”, diz Andressa, ressaltando que no Dia das Mães poderia comprar o presente que quisesse. Quando falam sobre viagens que fizeram ao exterior, a trabalho ou por lazer, o foco é sempre nas compras. Para elas, a qualidade das coisas é traduzida em cifras: o que é caro é entendido como bom.

Mas ao entrarmos em seus apartamentos alugados, por exemplo, nos Jardins, por R$ 2 mil mensais, encontramos o avesso da ostentação. Enquanto ocupam-se de manter os corpos e seus enfeites atraentes, as paredes descascam, os poucos móveis não combinam e o quarto vive bagunçado. Essas garotas estão sempre repetindo que vão mudar de casa – e de profissão. A impressão que dá é que estão eternamente de passagem.

* Taís, Andressa, Patrícia, Nicolas, Luciano e Júnior são nomes fictícios, usados para proteger suas reais identidades

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Garotos de programa brasileiros são maioria em saunas na Espanha, diz ONG

12/08/2011 - 13h41
Garotos de programa brasileiros são maioria em saunas na Espanha, diz ONG

Jovens brasileiros dominam o mercado de prostituição masculina na Espanha, especialmente nas saunas gays de cidades como Madri, Barcelona e Ibiza, segundo uma pesquisa de uma ONG espanhola divulgada no início deste mês.

De acordo com o relatório do Coletivo de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam), a prostituição masculina triplicou desde 2007, início da crise financeira que atinge o país.

Imagem da deetenção da primeira quadrilha de prostituição masculina na Espanha, em 2010
O documento afirma também que há diferenças nos esquemas de trabalho entre homens e mulheres estrangeiros que exercem a prostituição no país.

Ao contrário da maioria das mulheres, que muitas vezes são vítimas de quadrilhas de tráfico de pessoas e chegam ao país enganadas por falsas promessas de trabalho, em geral, estes homens já têm a intenção de trabalhar no setor e dispensam intermediários. Cerca de 85% deles se definem como heterossexuais.

"Constatamos um aumento significativo de brasileiros dedicando-se à prostituição na Espanha", disse à BBC Brasil um porta-voz da polícia espanhola.

"Mas como exercer a prostituição não é delito, não atuamos. A polícia só intervém quando se trata de uma quadrilha que obrigue as pessoas a se prostituir contra sua vontade. Temos inúmeros exemplos assim com mulheres brasileiras, mas com homens só uma vez, por enquanto", completou.

Em 2010, a polícia da Espanha capturou uma quadrilha que explorava a prostituição masculina e mantinha garotos de programa brasileiros em regime de cárcere privado.
Rotina de trabalho
De acordo com o Cogam, os locais de trabalho dos homens são divididos por nacionalidades - africanos (marroquinos, em sua maioria) e europeus do leste (romenos, russos e búlgaros) oferecem serviços nas ruas e os brasileiros controlam as saunas.

Nestas saunas, os homens que se prostituem pagam por dia para dormir em colchonetes ou mesas de massagens quando há poucos clientes.

"Cerca de 30% deles é menor de 20 anos. Isso nós comprovamos, mas sabemos que a maioria mente sobre idade porque os clientes querem rapazes cada vez mais jovens", disse à BBC Brasil a assistente social da Cruz Vermelha, Maria de Mar García, que investiga o setor e colaborou na elaboração do relatório.
Depressão
O relatório afirma ainda que é grande o número de casos de depressão e tendência ao suicídio entre os homens que trabalham nas saunas gays.

De acordo com especialistas, fatores como a quantidade de horas passadas em espaços sob luz quase inexistente, calor frequente e conflitos pessoais contribuem para uma síndrome que eles chamam de "bomba-relógio".

"(Eles) sentem repugnância pelo contato físico e, para poder evadir-se e manter a libido em condições de trabalho, apelam para o consumo de drogas. Quando o efeito passa, se envergonham e se maltratam emocionalmente. Dizem que suas famílias lhes repudiariam se vissem o que fazem", afirmou à BBC Brasil o psicólogo Jesus Bardo, um dos autores do documento.

Prostitutas de cidade alemã devem pagar imposto diário em caixa automático

30/08/2011 - 08h03
Prostitutas de cidade alemã devem pagar imposto diário em caixa automático
Em Berlim

Modelo de caixa eletrônico no qual as prostitutas de Bonn, na Alemanha, devem pagar a partir desta semana imposto diário noturno para trabalhar
As prostitutas que trabalham nas ruas da cidade alemã de Bonn, no oeste do país, devem pagar a partir desta semana imposto diário noturno para trabalhar.

A tarifa de €6 deve ser paga em um caixa automático das 20h15 até as 6h, semelhante a um parquímetro para automóveis, informa nesta terça-feira o jornal alemão "Bild".

Se a "profissional" não apresentar o recibo emitido pela máquina poderá ter que pagar multa de até € 100.

Com essa medida, a cidade de Bonn pretende arrecadar de prostitutas que trabalham na rua os mesmos impostos já pagos pelas que atuam em bordéis controlados e legalizados, informou um porta-voz municipal.

A iniciativa pioneira na Alemanha é baseada na chamada "lei do imposto sexual" da Prefeitura de Bonn, que entrou em vigor neste ano. Essa norma deve trazer aos cofres municipais receita suplementar de € 300 mil anuais.

Os fiscais municipais se encarregarão de verificar se as prostitutas de rua compraram o ticket no caixa automático antes de começar a oferecer seus serviços e poderão multá-las caso não apresentem recibo.

O único caixa automático para pagamento do imposto por prestação de serviços sexuais fica em Immenburgstrasse, ao lado de um sex shop e de um estacionamento público, e possui seis cabines de madeira que poderão ser ocupadas pelas prostitutas.

sábado, 27 de agosto de 2011

Texas mantém taxa de entrada obrigatória em clube de strip-tease

27/08/2011 - 06h06
Texas mantém taxa de entrada obrigatória em clube de strip-tease
Do UOL Notícias
Em São Paulo
A Suprema Corte do Estado do Texas, nos Estados Unidos, determinou que a o valor cobrado para a entrada nos clubes de strip-tease é considerado constitucional, segundo informações do "Huffington Post". Dessa forma, a cobrança é mantida. O chamado “imposto do pecado” custa US$ 5 para o cliente que quiser frequentar o clube.

Representantes dos estabelecimentos classificam a taxa de “inapropriada” e afirmam que a medida traz desvantagem para o negócio, o que pode, inclusive, reduzir o faturamento e movimento nos estabelecimentos. Os proprietários dos clubes já anunciaram que pretendem recorrer da decisão.

O valor é cobrado desde 2007, e parte da renda é destinada a programas de combate à exploração sexual e saúde preventiva. O valor arrecadado também é direcionado para políticas que beneficiam a população de baixa renda.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos

Testes mensais a prostitutas são ridículos, dizem peritos
The Age (Melbourne) (05.31.11)::Julia Medew
As entidades oficiais recusaram uma proposta de aumentar o tempo entre os testes obrigatório às DSTs para as prostitutas. Em Maio, um Departamento de saúde oficial anunciou que Victoria em Setembro iria mudar os testes requeridas às prostitutas de mensais para trimestrais. No entanto, poucos dias depois um porta-voz do Ministro da Saúde David Davis disse que a proposta não tinha o seu apoio.

O ministro recebeu a proposta, mas "não ficou convencido que as mudanças propostas fossem apropriadas," disse o porta-voz.

A testagem mensal gasta recursos de saúde pública, disse Christopher Fairley, professor de saúde sexual na Melbourne University. Num estudo de 2896 prostitutas rastreadas para DSTs durante três anos na Melbourne Sexual Health Center, apenas 3% eram positivas. Cerca de 41% dos 4208 casos de DSTs diagnosticados durante esse tempo foram em homossexuais.

Os médicos recusam todos os anos centenas de doentes que procuram fazer testes às DSTs devido à obrigatoriedade do rastreio das prostitutas, disse Fairley. O centro recusou cerca de 1200 pessoas nos primeiros quatro meses deste ano, em parte devido à obrigatoriedade da testagem das prostitutas, disse ele. Cerca de mais 3000 doentes poderiam ser vistos em cada ano se o estado aprovasse a testagem trimestral das prostitutas, estimou ele.

A testagem obrigatória também implica um consentimento informado cultural, que "fornece um ambiente de apoio onde os doentes podem discutir livremente as suas preocupações," disse Bebe Loff, director do Michael Kirby Center for Public Health and Human Rights. Também pode aumentar a procura por sexo não protegido por clientes que pensam que as trabalhadoras testadas estão "limpas," disse Cheryl Overs, fundadora da Australian Prostitutes Collective.

09 Agosto 2011
Tradução / Edição: Inês Bártolo
http://www.aidsportugal.com/Modules/WebC_AIDS/Articles/ViewArticles.aspx?Mid=177&Aid=10754

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Más información sobre los proxenetas en Ámsterdam

Más información sobre los proxenetas en Ámsterdam
Publicado el 24 de marzo 2011 - 3:26 de la tarde
Categorías: Ámsterdam Homosexualidad lover boys
Ámsterdam (RNW) - El próximo año lectivo, los niños holandeses recibirán en el primer año de la escuela secundaria lecciones para reconocer a los "lover boys".

El concejal de Bienestar Social, de Ámsterdam, Eric van der Burg, quiere combatir con mayor información este fenómeno que lleva cada año a más niñas a caer en las garras de la prostitución, manipuladas por esos "lover boys".

"El Servicio de Salud impartirá lecciones sobre sexo para aclarar qué cosas son normales y cómo se reconoce a estos proxenetas. El conocimiento de las adolescentes es a menudo insuficiente cuando se trata de sexo y relaciones", reconoció Van der Burg en una entrevista concedida al periódico de Telegraaf. Asimismo los chicos recibirán lecciones, aunque separados de las chicas.

Los "lover boys", que reclutan a chicas en situación de vulnerabilidad para trabajar en la prostitución, abusan de la falta de conocimiento entre las adolescentes. Es más, algunas piensan que es normal intercambiar sexo por dinero, señaló Van der Burg, que quiere evitar ese tipo de situaciones ofreciendo una mejor información en las escuelas.

Si el Concejal concreta su proyecto, a partir del próximo año un equipo de entre cinco a diez profesores del Servicio de Salud recorrerá todas las escuelas secundarias de la capital holandesa para impartir información. Esas lecciones se sumarán a las que las escuelas ya ofrecen sobre educación sexual en general.

Los niños holandeses también recibirán información en la escuela sobre homosexualidad.
http://www.rnw.nl/espanol/bulletin/mas-informacion-sobre-los-proxenetas-en-amsterdam

“Antes el cuerpo se vendía bien”; historia de una sexoservidora

“Antes el cuerpo se vendía bien”; historia de una sexoservidora
Rosario Carmona/ Uriel Ricardo Hernández (Animal Político)
18-Julio-2011

Vanessa ha tenido días y años mejores, en ocasiones llegó a juntar hasta 2 mil 500 pesos; pero eso era cuando “el cuerpo se vendía bien, ahora hasta quieren que les regales el trabajo”

Por fin llegó la hora de quitarse las zapatillas doradas; siete horas de llevarlas puestas y apenas consiguió 200 pesos.

Vanessa ha tenido días y años mejores, en ocasiones llegó a juntar hasta 2 mil 500 pesos; pero eso era cuando “el cuerpo se vendía bien, ahora hasta quieren que les regales el trabajo”.

Han pasado unas horas del operativo en Manzanares donde “rescataron” a unas 64 sexoservidoras, pero ella dice que ya todo está normal.

El día ha sido difícil, reconoce, pero no por las incursiones de la policía sino por la falta de clientes. Antes de aceptar la charla, Vanessa botó sus zapatillas de 10 centímetros de alto que le han sacado ampollas y ya le provocaron calambres, enfundó sus pies en unas chanclas y se despojó de sus recuerdos.

Son ya 16 años de dedicarse a esta actividad, primero en una casa de citas, pero no le gustó y mejor se fue a una esquina de avenida Circunvalación en el centro de la ciudad.

“Yo estaba casada con un abogado, pero cuando nació mi bebé, me di cuenta que él andaba con otra mujer, una abogada también y entonces me separé. Fueron casi cuatro meses sola, yo trabajaba en un centro comercial pero no alcanzaba el dinero; en una ocasión leí un periódico donde decía que se solicitaban muchachas, jóvenes y bonitas para una casa de citas, estaba bien especificado, bien claro, nadie me engañó”.

En ese instante Vanessa definió su futuro.

Le pidió permiso a su mamá, las dos primeras ocasiones le dijo que estaba loca. La tercera se limitó a decir que hiciera con su vida lo que quisiera, así lo hizo.

De la casa de citas se salió porque la obligaban a beber y no le gustó. Se fue a la Merced y se paró en la calle, entonces cuando el “cuerpo se vendía bien”.

“Hasta 9 ó 10 clientes llegué a tener, pero ahora, a veces en la madrugada llegan y te dicen que te dan 100 pesos y a mí me cobran 55 del hotel; casi, casi te cobran por estar con ellos”.



En la soledad

Vanessa dice que sus horas en la calle pueden ser muy largas, dolorosas y hasta tristes, sobre todo cuando se pierde de los momentos importantes para sus hijos.

Ahí comparte la soledad y el peso de su tragedia personal con cientos de mujeres, algunas, apenas unas niñas, pero pocas son sus amigas, la mayoría son compañeras anónimas de un trabajo que, al menos para ella, fue su elección.

Durante las madrugadas en la calle de la Soledad, Vanessa espera que lleguen sus clientes, pero sobre todo espera que llegue el amanecer.

En la plaza rodeada de hoteluchos y casas viejas que ya no tienen cuartos, donde apenas dividen los cubículos con cortinas que alcanzan a cubrir asientos de cemento, ahí la basura se acumula en las esquinas y la desesperanza se respira, ahí Vanessa comparte sus temores y hasta sus recuerdos.

“Todos los días comemos”. Vanessa justifica con esta frase el motivo de su trabajo, del que asegura no estar arrepentida, pues le ha permitido sacar adelante a sus tres hijos: un varón de 16 y dos jovencitas de 14 y 12 años, aunque reconoce que muchas veces los ha descuidado porque pasa muchas horas fuera de casa.

Antes, su madre se hacía cargo de sus hijos, pero desde que murió las cosas se le han complicado.

A diferencia de varias de sus compañeras, Vanessa no viste minifaldas ni ropa transparente que deje ver su tanga; dice que no es bueno porque en la zona pasan muchos niños y no está bien el ejemplo que les pueden dar.

De fácil hablar, y con un buen sentido del humor cuenta, desde que se inició en esta actividad, a los 21 años, hasta de su futuro en el que sólo busca ser una mamá y una tía buena onda.

De lunes a jueves se para en una esquina de avenida Circunvalación, desde las 11 de la mañana hasta las seis de la tarde y las madrugadas de viernes y sábado trabaja en la calle de la Soledad.

Todo tiempo pasado fue mejor, para la mujer que ahora tiene 37 años de edad.

“Si vas a gastar tanto el cuerpo, pues va a valer la pena, es porque vas a comer bien, vestir bien, pero de unos tres, cuatro años para acá, el trabajo ha bajado mucho, antes cuando empecé sacaba 2 mil, mil 500 pesos diarios, con 9 ó 10 clientes, pero en ese tiempo el cuerpo sí se vendía correctamente”.

Años atrás cobraba 400 pesos, pero cuando el cliente quería un trabajo completo, todavía le cobraba extra “porque te desnudaras, porque tocaran arriba de la cintura, te besaran o por el francés eran 50 hasta 80 pesos más y ahora la economía pues afecta, la edad también. Depende incluso de la experiencia que tengas, el buen trato, el buen trabajo”.



Que me agarren suavecito, con cariño...

De sus clientes, dice que la mayoría la tratan bien, incluso a veces la ayudan económicamente. Le dan más de lo que regularmente cobra, pero eso es por hacerles un buen trabajo, “con unos 15 minutos bien trabajados se van contentos y rápido”. En alguna ocasión que estaba muy cansada y se lo hizo saber a un cliente recurrente, éste le dio dinero y le dijo que se fuera a descansar un mes completo.

Su única queja es que algunos son muy toscos, parecen luchadores; sobre todo los que no están acostumbrados a estar con una mujer, los que no tienen pareja o no están casados, asegura.

Cuenta que una ocasión le dejaron los dedos marcados en las caderas, por eso lo único que pide es que la agarren suavecito; “si yo no les estoy haciendo nada, no los estoy golpeando”, dice Vanessa mientras sonríe.

Ella superó 12 años de drogadicción, se anexó cinco veces a centros de rehabilitación y cuatro veces la internó su mamá, incluso pasó meses sin aparecerse por su casa, hasta que estaba anémica y a punto de la muerte.

“Me quedé 12 años estancada en eso”, recuerda. “Pero ahora, el día que no regreso a casa es porque voy a divertirme con mis compañeras, correctamente. Pero sí llegaron a ser hasta ocho meses sin regresar, me quedaba en los hoteles, este trabajo es socorrido y parece que cuando uno se está haciendo daño, el diablo anda suelto y más trabajo nos da”.

Aún así, dice que siempre respetó a su mamá, incluso cuando decidió dedicarse a la prostitución, por eso le pidió permiso.

De pronto el llanto la ahoga cuando habla sobre una relación que tuvo con un hombre que vive en Las Lomas de Chapultepec.

Tuvimos una relación muy bonita de dos años y cuando mi mamá estuvo en el hospital, le hablé para pedirle 500 pesos para la ambulancia y no me ayudó. Le dije a mi hermano, mi mamá me enseñó a trabajar y si ella sacó adelante a 9 hijos yo cómo no voy a poder.

La dejé y me fui a trabajar, saqué el dinero que necesitábamos y tres días después la sacamos del hospital en un ataúd.

Recuerda que en sus inicios, en la Merced llegaron a ser más de mil 500 sexoservidoras. Ahora, dice, son unas 500 de diferentes edades y algunas, quizá un 10%, víctimas de esclavitud sexual, pero otras no tienen padrote, “trabajamos para mantener a nuestros hijos, no a un hombre”, dice la mujer que viste pantalón de mezclilla ajustado y blusa escotada en tono azul, sus lentes cubren su rostro, mientras sus manos se mueven al compás de sus recuerdos.

¿Y cómo le haces para dejar a Vanessa y volver a ser la mamá? No es fácil, hay que trabajar mucho la cabeza para poder despojarte del cuerpo, pero con el tiempo sí lo logras. Yo dejo aquí todo y me voy para mi casa, como todos”.

Cuando termina el turno nada más “te quitas el maquillaje y pides respeto”.

Fuente: Animal Político
http://www.vanguardia.com.mx/anteselcuerposevendiabien;historiadeunasexoservidora-1049503.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Como ser prostituta profissional? Site do Ministério do Trabalho ensina!

Como ser prostituta profissional? Site do Ministério do Trabalho ensina!

O que está disponibilizado lá é uma verdadeira cartilha para o bom exercício dessa que é uma das mais antigas profissões do mundo.

O governo Lula está entrando firme na questão do desemprego. Mostrando-se aberto e democrático a todas as vocações, fez uma ampla listagem de atividades na seção Classificação Brasileira de Ocupações, disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=5198). O item 5198, “Profissionais do sexo”, está especialmente caprichado. Vai muito além da classificação, compondo uma verdadeira cartilha para o bom exercício da prostituição. Para quem quiser se iniciar no meretrício, uma passada nos anais do Ministério do Trabalho é promessa de ótima colocação no mercado. O capítulo sobre “Capacidades pessoais” é especialmente didático.

O governo faz recomendações sutis, talvez inimagináveis às não iniciadas nas artes do sexo profissional. É preciso, por exemplo, “demonstrar capacidade de expressão gestual”. Evidentemente, é preciso também “demonstrar capacidade de realizar fantasias eróticas” (o Ministério do Trabalho infelizmente não oferece sugestões para este item), mas também é preciso “respeitar o silêncio do cliente”. As dicas ultrapassam o terreno da psicologia: além de saber manter o sigilo profissional, os trabalhadores do ramo devem “agir com honestidade”. É o governo preocupado com a ética.

Há um capítulo muito útil aos candidatos a um emprego na calçada. É intitulado “Recursos de trabalho”, que vem com dicas essenciais para que a pessoa não comece no ramo com uma mão na frente e a outra atrás. O capítulo é encabeçado pelo item “guarda-roupa de batalha”. Depois segue-se uma lista básica, para quem acha que essa vida se ganha só com camisinha: “gel lubrificante à base de água”, “papel higiênico”, “lenços umedecidos”, “documentos de identificação”, “celular” e outros. Mas nenhum capítulo é tão rico quanto a “Tabela de atividades”.

Ali está, por assim dizer, a bíblia do meretrício. O item “Batalhar programa”, por exemplo, é um verdadeiro manual de caça.Fonte

Conceito:

O conceito de prostituição pode variar dependendo da sociedade e das circunstâncias onde se dá. Num extremo, em sociedades mais liberais praticamente inexiste a prática, pois a permissividade de troca é gerada pelo prazer ao invés do comércio; já em outro extremo, quando existe rigidez comportamental, é perseguida e punida como delito, e muitas vezes como crime.

Normalmente a prostituição é reprovada nas sociedades, devido à degradação, segundo os mais moralistas, que gera aos praticantes, à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST), e também a algum despeito comum relativo a todas as atividades supostamente geradora de proventos "fáceis".

Na cultura silvícola de algumas regiões, inclusive no interior da Amazônia, Brasil, e em algumas comunidades isoladas, onde não há a família monogâmica, não existe propriedade privada e por conseguinte não existe a prostituição: o sexo é encarado de forma natural e como uma brincadeira entre os participantes. Já onde houve a entrada da civilização ocidental com a catequização das tribos, o fenômeno da prostituição passa a ser observado com a troca de objetos entre brancos e índias em troca de favores sexuais.
http://www.exactaexpress.com.br/prostituta_profissional.htm

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Turismo sexual infantil

14-07-2011
Turismo sexual infantil

Argentina es un país donde se produce “exportación” de niños y mujeres para explotación y turismo sexual, mientras el gobierno “no cumple plenamente con las normas mínimas para la eliminación” de la trata de personas, advirtió un informe del Departamento de Estado norteamericano. Responsabiliza al Gobierno nacional, aunque reconoce avances.

Agencia DyN

“Argentina es un país de origen, tránsito y destino de los hombres, mujeres y niños víctimas de la trata de personas, en particular la prostitución forzada y trabajo forzado”, subrayó el documento.

El informe consideró, además, que “el turismo sexual infantil es un problema, particularmente en la Triple Frontera y en Buenos Aires”.

Asimismo, sostuvo que el país es “un lugar de tránsito” para mujeres y niñas extranjeras que son llevadas para ejercer la prostitución forzada a Chile, Brasil, México y Europa Occidental, en tanto recibe personas para explotación sexual de Paraguay, Brasil, Perú y República Dominicana.

En este sentido, indicó que “las extensas fronteras de Argentina son difíciles de controlar, convirtiendo al país en una zona de tránsito para los traficantes y sus víctimas”.

El Departamento de Estado insistió en advertir que “el gobierno de Argentina no cumple plenamente con las normas mínimas para la eliminación de la trata”, aunque reconoció que “está haciendo esfuerzos significativos para lograrlo”.

Tras valorar que se produjeran las primeras condenas en virtud a la ley 26.364 contra la trata de personas, promulgada en abril de 2008, y se mejoraron los mecanismos para identificar y atender a las víctimas, alertó que “el número total de condenas fue baja en comparación con el número de víctimas identificadas”.

En ese sentido, denunció una “supuesta complicidad de funcionarios gubernamentales con los traficantes, para prevenir un mayor esfuerzo global de lucha contra la trata de personas”. El informe sobre trata de personas de 2010 también reveló que “bolivianos, paraguayos y peruanos, así como colombianos y dominicanos, son sometidos a trabajos forzados en talleres clandestinos, en granjas, y cada vez más en tiendas de comestibles y en la venta ambulante”.

Precisó que muchas de las víctimas de las zonas rurales o de provincias del norte se ven obligadas a ejercer la prostitución en los centros urbanos o provincias ricas en el centro y sur de Argentina.

El documento aseveró que la zona rural es la principal empleadora, sobre todo en quintas familiares y empresas que tercerizan la producción de tabaco, algodón y uvas, en la mayoría de las veces, en contacto directo con plaguicidas sin la debida protección.

Puntualizó, también, que en las zonas urbanas, los menores de edad se desempeñan en el servicio doméstico y en la calle como vendedores ambulantes, lustrabotas o “recicladoras de basura”, en referencia a los cartoneros.

En otro punto, el informe señaló -citando a ONGs- que existen “complicidades” de autoridades provinciales y municipales con los traficantes, y apuntó en especial contra agentes de policía que “hacen la vista gorda” ante actividades de tráfico de personas o previenen a los propietarios de prostíbulos sobre las redadas inminentes.
http://www.sexualidadparatodos.com.ar/tv_mis_tratsex.html

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por que os homens procuram prostitutas

domingo, 12 de junho de 2011
Por que os homens procuram prostitutas

Olá “Astolfo”! Para quem não entendeu a ironia, vai aqui a legenda, Astolfo é o nome no registro do travesti carioca mais famoso do Brasil, a Rogéria. Se quiser saber mais procura no Google…

Bom, adorei a pergunta e prometo tentar não me alongar muito na resposta, apesar do assunto render, ok?
A prostituição, como muitos sabem, é uma profissão das mais antigas do mundo, acredito que começou no tempo das cavernas, o cidadão saia com sua clava atrás de algo para comer e depois de uma batalha de vida ou morte voltava para casa com o sustento da família. Acontece que no meio do caminho ficava a caverna da Dona Uga, viúva de outro caçador que fora devorado pela caça, daí é só somar dois mais dois.

Como ela não tinha força física para caçar e nem inteligência suficiente para produzir algo que pudesse trocar, ela só sabia fazer uma coisa: entreter os homens! Essa troca de felicidade momentânea pelo sustento originou toda essa putaria que vemos agora, outro dia escreverei sobre os motivos que levam uma mulher a prostituir-se.
É preciso entender que, no Brasil, a prática da prostituição não é crime, mas sim o local destinado a promovê-la. Trocando em miúdos, se você quer vender o corpo, problema seu, se alguém quiser vende-lo já é outra história. O que leva a outra pergunta: Como alguém consegue abrir uma zona? Muito simples, abrem com alvará de bar, restaurante, casa de shows e até mesmo hotel. Os proprietários alegam que não sabem nada sobre acordos financeiros entre as garotas e os clientes.

Antes que alguma leitora me pergunte se existem prostíbulos destinados ao público feminino, existem, mas eu não recomendo, a frequência nestes locais é muito maior por parte de outros “homens”.

Agora que já entendemos um pouco mais a questão de forma geral, vamos às respostas de sua pergunta, sim, respostas. Não existe um motivo exclusivo que faça os homens procurarem as moçoilas, vamos aos principais:
Poder
Muitos homens têm fixação pelo poder, consideram o ato de possuir uma mulher sem que ela o deseje, apenas em troca de grana, uma experiência muito prazerosa.
Necessidade
Lembra da história do cara de 36 anos que ainda é virgem? Então, ele já se pronunciou afirmando que não procurará ajuda profissional, boa sorte! Porém, existem outros homens que também não tem muita habilidade no trato com as mulheres, mas decidiram não se acabar na “mão”. Pode até parecer impossível, mas conheço figuras que só dão uma se pagarem.
Deficiência
Não raro é a presença de pessoas com algum tipo de deficiência física ou mental nos locais destinados a prostituição. Aqueles que têm problemas com a aparência são figurinhas carimbadas, pois não são discriminados como acontece normalmente. Homens com certos tipos de retardo mental costumam ficar agressivos se não liberarem a tensão sexual… E tem gente que diz que a vida delas é fácil…
Desejos reprimidos
Cerca de 50% dos homens consumidores assíduos desse produto são adeptos ao famoso fio-terra, o Data Urso, através de uma pesquisa extensa, descobriu que um em cada dez homens que pagam prostitutas gostam de ser dominados, com consolo e tudo mais.

Muitos pedem para que as moças andem (de salto) em cima do rapaz, urinem nele, chamem-no de corno ou batam nele.
Auto-afirmação
Existem também aqueles que vão com a onda, se os amigos vão, ele também vai, assim não fica de fora da turma.
Praticidade
Homens têm testosterona e esse hormônio mexe com a cabeça, ou melhor, com as cabeças dos rapazes. Daí muitos querem apenas uma relação sexual sem maiores comprometimentos, sem ter que conhecer pai e mãe, sem criar vínculo afetivo com a mulher, essas coisas. Resumindo, querem tirar a porra da cabeça de forma não-burocrática!
Diversidade
Foi feita uma pesquisa com um boi e uma vaca, depois que o boi acasala com determinada vaca ele não quer dar um repeteco na bichinha. Chegaram até a pintar a vaca de outra cor e nada. O boi continua querendo comer coisa diferente. Têm caras que funcionam nessa toada, não aguentam comer a mesma coisa todos os dias.
Pacote completo
Em alguns casos, pode ser que a falta de alguns itens na relação convencional leve o cidadão a procurar as profissionais. “Sexo oral até o fim” e “sexo anal” são os mais requisitados as “moças de família”, algumas cobram extras por esses “benefícios”.

Cara Rogéria “Astolfo”, não sei se era isso que você queria ler, talvez você esteja procurando uma brecha para aumentar as vendas do setor de travestis, mas está aí.
Abraço do Urso

http://www.pergunteaourso.com.br
http://vivasexo.blogspot.com/2011/06/por-que-os-homens-procuram-prostitutas.html

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Garota de programa foge ao descobrir que cliente era o marido

Garota de programa foge ao descobrir que cliente era o marido
|| Publicado por : Geronimo Barbosa || Às 15:07 ||

Querendo ganhar dinheiro, uma mulher casada que mora em Blumenau, interior de Santa Catarina, resolveu virar garota de programa. Para tentar conseguir clientes ela publicou anúncio no jornal, com nome e celular diferente, para o marido não desconfiar. A primeira ligação ocorreu justamente no horário de trabalho do marido, motivo para ela pular de alegria e correr para os braços do primeiro cliente, já pensando na grana que iria ganhar.

Mas o primeiro cliente foi justamente o marido, que viu o anúncio nos Classificados do jornal e telefonou, sem saber que se tratava da sua esposa.

O encontro foi marcado em um galpão abandonado. O cliente foi exigente pedindo para que a garota entrasse no local seminua. Quando a mulher chegou ao local, que tirou parte da roupa e entrou no galpão, viu que o cliente era o seu marido e começou a confusão.

O marido – quase traído – correu atrás da sua esposa, com um pedaço de ferro na mão, mas ela foi mais rápida, pulou várias cercas, e conseguiu escapar.

Ao conversar com a repórter do G17, Silvana Souza Sinara Silva, a mulher lamentou o episódio admitindo ser muito azarenta, e disse que não serve sequer para ser garota de programa. “Outra vez tentei conseguir um amante pela Internet mas o cara era o meu pai. Nunca tive sorte na vida”, contou a nossa repórter.
http://www.jornal1005noticias.com.br/2011/07/garota-de-programa-foge-ao-descobrir.html

domingo, 10 de julho de 2011

A Crítica noticia: Indígenas do Amazonas vítimas de turismo sexual entram com denúncia na justiça dos EUA

A Crítica noticia: Indígenas do Amazonas vítimas de turismo sexual entram com denúncia na justiça dos EUA

10 JULHO 2011

India da etnia Terena - Foto ilustrativa, sem relação com o caso [Valter Campanato/ABr]O Jornal A Crítica de Manaus, traz uma notícia estarrecedora: como se não bastasse o fato de já termos suficientes casos de exploração sexual internacional de 'civilizados', agora as indígenas é que estão na mira da perversão sexual dos capitalistas: "Caso veio à publico em reportagem publicada no jornal "The New York Times" e na Folha Online. Funai confirma as denúncias"

A ong norte-americana de combate ao turismo sexual de mulheres, Equality Now, divulgou em seu site que quatro indígenas brasileiras (naturais do Estado do Amazonas) entraram com um processo contra a empresa Wet-A-Line, dos Estados Unidos, acusando-a de tráfico sexual.

Conforme a ong, é a primeira vez que a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico daquele país é acionada para estes casos. O caso foi noticiado na edição deste sábado (09) no jornal "The New York Times" e reproduzido na edição deste domingo (10) no portal Folha Online.

De acordo com a Equality Now, a Wet-A-Line operava no Amazonas em parceria com a empresa Santana Eco Fish Safari, que tem sede em Manaus. Segundo a ong, a atividade aconteceu "durante vários anos", até por volta de 2009.

Em entrevista ao portal acritica.com, o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Melo, confirmou que as indígenas aliciadas por agências de turismo são do município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).

Conforme o indigenista, as embarcações e hidroavião com os turistas costumavam pousar, sem autorização, no lago Cunhã-Sapucaia, pertencente a terra indígena do mesmo nome, no município de Borba.

Melo conta que as denúncias chegaram a ser publicadas em alguns veículos de comunicação, mas o assunto acabou sendo esquecido.

Naufrágio

Segundo Melo, a prática de aliciamento e o estupro das meninas (todas com menos de 18 anos de idade) migrou para a região de Autazes depois do escândalo envolvendo empresários e políticos que faziam a mesma tipo de ativista turística no município de Barcelos.

O naufrágio do barco onde estavam os aliciadores e as meninas, ocorrido há aproximadamente cinco anos, durante o qual algumas delas morreram, ajudou a escancarar o turismo sexual praticado no Amazonas.

"Não havia essa atividade em Autazes. Quando estourou aquele escândalo, as agências de turismo de pesca foram para Autazes. E não eram apenas mulheres indígenas. Não-indígenas também eram aliciadas. Mas depois que saiu nos jornais novamente, a situação parou", disse Melo.

Em entrevista à Folha Online, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes, disse pelo menos 15 meninos foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair. O caso, segundo a reportagem da Folha Online, está em segredo de Justiça no Brasil.

O portal acritica.com tentou falar com Sérgio Fontes mas ele não atendeu às ligações feitas ao seu celular.

Investigação

Em matéria publicada no dia 14 de junho, a Equality Now diz que as meninas afirmaram que, nos barcos de pesca, "receberam álcool e drogas e foram forçadas a manter relações sexuais com homens durante as excursões de pesca".

Elas afirmaram que, na época, tinham menos de 18 anos. A mais jovem tinha apenas 12 anos. Conforme o site, a Wet-A-Line já vem sendo investigada pela justiça brasileira.

A Equality Now afirma que atua contra indústria do turismo sexual nos Estados Unidos há 15 anos.

Segundo a ong, a Unicef estima que 250 mil crianças são forçadas a praticar turismo sexual no Brasil. A entidade acusa a polícia dos Estados Unidos de fazer vista grossa contra essa prática.

Em entrevistada dada ao G1 neste domingo, a ministra da Secretaria das Mulheres, Iniry Lopes, ao tomar conhecimento da reportagem do jornal "The New York Times", disse que nesta segunda-feira decidirá o melhor procedimento sobre o caso e que, se for necessário, a pasta enviará uma comissão à Amazônia.

Fonte: http://acritica.uol.com.br
http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1813%3Aa-critica-noticia-indigenas-do-amazonas-vitimas-de-turismo-sexual-entram-com-denuncia-na-justica-dos-eua&catid=184%3Apovos-indigenas

Meninas que são escravas sexuais

10/07/2011 - 13h02
Meninas que são escravas sexuais

No começo da década de 90, eu percorri o Brasil, especialmente a Amazônia, documentando a exploração sexual de meninas, transformadas, na prática, em escravas. Esse levantamento resultou numa série de reportagens para a Folha e no livro "Meninas da Noite". Houve uma imensa repercussão tanto fora como dentro do país.

O processo contra empresas de turismo americanas acusadas de turismo sexual na Amazônia, explorando meninas, apenas mostra que, apesar dos avanços, pouco mudou, especialmente em algumas regiões no Norte e no Nordeste.

E pouco mudou porque há um conluio entre empresas de turismo, hotéis, polícia e até as famílias, que, em alguns casos, alugam suas filhas. Ou até vendem, como eu pude documentar e, depois, filmaram.

Grupos de defesa do direito da mulher americanos que estão acompanhando esse caso dizem que o Brasil está atraindo tanta ou mais atenção para o turismo sexual de meninas do que a Tailândia.

Antes, porém, que se imagine que é um problema trazido por turistas estrangeiros, é bom não esquecer que o principal cliente desse comércio trágico é o próprio brasileiro.


Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/941562-meninas-que-sao-escravas-sexuais.shtml

Empresa vendia sexo na Amazônia, diz Polícia Federal

10/07/2011 - 03h16
Empresa vendia sexo na Amazônia, diz Polícia Federal
LUCIANA COELHO - DE WASHINGTON
KÁTIA BRASIL - DE MANAUS

Uma empresa de turismo norte-americana que organizou excursões pesqueiras na Amazônia está sendo investigada sob suspeita de explorar o turismo sexual no Brasil.

A Wet-A-Line Tours é alvo de um processo no Estado da Geórgia, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal "The New York Times".

A agência também está sendo processada no Brasil, assim como a Santana Ecofish Safari, parceira que organizava passeios em Manaus.

Segundo investigações da Polícia Federal, ao menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair.

A empresa, segundo a investigação, utilizava iates luxuosos, camuflados de pesca esportiva para estrangeiros.

"O pacote incluía o turismo sexual", afirma o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.

As meninas são da cidade de Autazes, a 118 km de Manaus, e eram aliciadas, segundo a polícia, para participar dos passeios pesqueiros.

Além de Schair, são réus na ação penal José Lauro Rocha da Silva, proprietário da agência de turismo brasileira, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson Garcia da Silva e Adilson Garcia da Silva.

O processo do caso está em segredo de Justiça no Brasil.

Em seu site, o grupo norte-americano de ativismo feminino Equality Now afirma que o processo nos EUA foi aberto em junho por quatro meninas, todas de origem indígena, que dizem ter sido forçadas a se prostituir quando tinham menos de 18 anos --a mais jovem tinha 12 anos.

A Equality Now afirma que elas alegam ter sido "vendidas como prostitutas". "No barco, teriam recebido bebida alcoólica e drogas e forçadas a praticar atos sexuais".

O grupo diz que é a primeira ação a usar a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano para pedir compensação às supostas vítimas.

OUTRO LADO

O proprietário da Wet-A-Line Tours, Richard Schair, nega as acusações, segundo o jornal "The New York Times", que publicou ontem reportagem sobre o caso.

Schair negou envolvimento com a prostituição infantil nos depoimentos à Polícia Federal. A Folha não conseguiu localizar o empresário.

A reportagem tentou contato com os advogados dos outros réus na ação brasileira --José Lauro Rocha da Silva, da agência Santana Ecofish Safari, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson Garcia da Silva e Adilson Garcia da Silva--, mas não teve sucesso até a conclusão desta edição.

O empresário norte-americano tenta suspender temporariamente o processo que corre em seu país.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/941498-empresa-vendia-sexo-na-amazonia-diz-policia-federal.shtml

sábado, 11 de junho de 2011

Mulher denuncia prostíbulo após encontrar panfleto com marido

10/06/2011 - 16h35
Mulher denuncia prostíbulo após encontrar panfleto com marido

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

A reclamação de uma mulher enfurecida ao saber que o marido recebeu um panfleto com dois preservativos como propaganda de uma casa de prostituição durante uma feira comercial no Anhembi (zona norte de São Paulo), fez a Deatur (Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista), da Polícia Civil, deter 40 homens e 20 garotas de programas nesta sexta-feira.

Ao revirar as coisas do marido, essa mulher achou o panfleto do prostíbulo e o entregou à Deatur, que passou a investigar o lugar no início deste mês. Depois de constatar a exploração da prostituição, 18 policiais da Deatur fizeram uma operação para fechar o local hoje.

O prostíbulo onde as mulheres eram obrigadas a fazer 20 programas todo dia, segundo a Deatur, funcionava na rua José Oscar de Abreu Sampaio, no bairro do Tatuapé (zona leste de SP).

Em média, cada programa custava R$ 130 (em dinheiro) ou R$ 140 (cartão de crédito ou débito). As mulheres admitiram à polícia que só passavam a ganhar com a prostituição a partir do do 13º programa de cada dia. Os outros 12 ficavam com os responsáveis pelo prostíbulo.

Todos os 40 clientes do lugar e as 20 mulheres serão interrogados pela Deatur e serão liberados até o fim do dia.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/928294-mulher-denuncia-prostibulo-apos-encontrar-panfleto-com-marido.shtml

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nós e as garotas de programa

Nós e as garotas de programa

00:42 Fabio Fraga
Muitas mulheres tem essa dúvida. Por que os homens procuram sexo pago?Na realidade não existe um motivo. Existem vários, e totalmente plausíveis. Se aceitáveis ou não, vai de cada um de vocês. Afinal, nosso espaço é justamente pra isso, a troca de idéias.

A começar, desiludam-se do homem que afirma pra vocês nunca ter ido a um puteiro. Mentira. Inclusive do pai de vocês, o namorado, o melhor amigo. Todos já foram.

-Ahh Felipe, mas meu pai foi criado no interior e lá era pequeno demais!
-Ok, ok! Mas lá tinha aquela casinha da luz vermelha sim... Nem que só houvesse a dona da casa. Todo homem já pagou por sexo.

Por que?

1 – Insegurança – Sim, acontece. O homem não se dá bem na “vida real” e procura o caminho mais fácil. Pra quem tem curiosidade, qualquer que seja a garota de programa, trata o homem como Deus, chama-o de lindo, maravilhoso e bom de cama. O homem pode querer melhorar seu desempenho sexual com uma garota de programa.

2- Machismo – Como assim? Muitos dos homens burros acham que não podem fazer com suas esposas, namoradas, noivas, o que fazem com uma garota de programa, o que pra mim, é um erro total, afinal, antes de ser garota de programa, ela é mulher e tem tesão igual a namorada, a noiva, a mulher.

3- Prática – Sexo pago é sexo prático. Não me recordo quem, mas um artista desses declarou: -Não pago pra ter sexo. Pago pra elas irem embora.
É muito pratico. Chega, escolhe, transa, goza e vai embora. Fim de papo.


4 – Situação financeira – Há quem fale que um homem que paga por sexo é incapaz de arrumar mulher na noite. Em partes. Há também esse caso, maaaaas, se você colocar na ponta do lápis, arrumar uma mulher na noite, levar para o motel sai muito mais caro. Entrada da boate, bebida, bebida pra mulher, gasolina, grana do motel, jantar ou lanche... Sim, é frio, mas se o cara só quer dar umazinha, por que não se preocupar com a grana?

5 – Diversão – É divertido ir a um puteiro. Fato. Os homens se sentem à vontade, e as mulheres são profissionais, não são nada bobas. Sentam, conversam, dão risadas. Nós bebemos tranqüilos e quando não queremos sexo (isso também ocorre, inclusive estive em um na terça e não fiz sexo) apenas aproveitamos a bebida e o ambiente. Na maioria dos lugares é uma boate normal, com mesas e mulheres, a diferença é que você chama pra subir, fora isso, tudo igual a uma noite convencional.

6 – Virgindade – Muitos adolescentes perdem a virgindade com garotas de programas. É mais comum do que se pensa. Pensem, o menino está se formando, começando a sair sozinho agora, andando com a turma e no fim daquela festa do colégio, a menininha ficou no rala e rola mas não deu. No fim: -Vamo pro puteiro cambada!

7 – Solidão – Há casos de homens sozinhos e solitários sim. Recém separados, excluídos ou qualquer que seja a causa da solidão, é um motivo para procurar companhia em uma garota de programa. É muito comum também em profissionais que viajam muito. Cidade diferente, falta de companhia pra sair, hospedado sozinho no hotel... aí... já viu né?

8- Sexo não convencional – Sim! Isso ocorre. Homens que gostam de ser penetrados por vibradores e afins, os chamados “brinquedinhos”, e acreditem, esse não é um número pequeno dessa estatística.

9 – Vício – Acreditem, existem homens viciados nesse tipo de sexo. Apenas com garotas de programas. Quanto a isso, as leitoras não tem com o que se preocupar. A grande maioria nesse caso, são homens solteiros.

10 – Insatisfação – Ao contrário do que deveriam realmente fazer, ou seja, conversar com sua parceira e esclarecer qualquer problema sexual, muitos homens simplesmente vão pelo caminho mais fácil, a política do “pago pelo que quero” e assim procuram as garotas de programa.

11 - Fantasias sexuais - A mais óbvia é: Duas mulheres e só o bonitão no meio! Esse é o caminho mais fácil, pagando! Essa é apenas uma das fantasias que os homens realizam com as garotas de programa, o que pra mim, dependendo da fantasia também acho infundado. Nada melhor em se realizar com quem tá do teu lado, embora algumas mulheres não aceitem, mas sou sempre a favor do diálogo entre as partes.

Bom minhas gostosas queridas leitoras e meus camaradas, enumerei aqui os principais motivos que nos levam até um puteiro, boate, termas ou qualquer que seja o nome em sua cidade. Vejam bem, enumerei os motivos, e isso não quer dizer que o seu parceiro freqüente ou tenha um deles, e muito menos que esses sejam os meus motivos ou que eu tenha algum deles. Significa que, um dia qualquer homem já foi por qualquer um desses motivos ou irá. Então, pé no freio ao achar que seu parceiro que ta ralando até tarde no trabalho está com uma garota de programa já que mulher é tudo ciumenta por natureza.

Como eu sei de tudo isso? Segredo... Quem sabe, dependendo da interação e aceitação que o assunto tiver aqui, eu conte alguns segredos, em forma de crônica, desse mundo que tanto intriga as mulheres e tanto atrai os homens.

Aos homens: Meus queridos, sei quanto isso nos atrai, mas sinceramente, não gosto de pagar por sexo, a não ser aquela coisa bem sem combinar mesmo, por acaso. No mais, deixaria de dica conversar com a parceira, afinal, ela também é mulher, e quem sabe, está louca pra realizar suas fantasias e gostaria que vocês a pegassem da mesma forma com que pegam uma garota de programa. Sua mulher também tem o mesmo tesão delas.

Pra terminar... faço programa de graça, mas só pras mulheres. Ando numa fase caridosa e com grana sabem? Quem quiser, fala com a Tessa. Ela cuida da minha agenda!

Beijos na virilha meninas


Fonte http://elaeles.blogspot.com/2009/05/nos-e-as-garotas-de-programa.html
http://lamoremiopersempre.blogspot.com/2011/01/nos-e-as-garotas-de-programa.html

sexta-feira, 3 de junho de 2011

São Paulo recebe a Marcha das Vadias no sábado

03/06/2011 - 19h10
São Paulo recebe a Marcha das Vadias no sábado

DE SÃO PAULO

No começo do ano, um representante da polícia do Canadá deu uma palestra em uma universidade de Toronto dizendo que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupro. A afirmação deu origem a Slut Walk, a Marcha das Vadias, que já aconteceu em Toronto, Los Angeles e Chicagos (EUA), Buenos Aires (Argentina), Amsterdã (Holanda), entre outras cidades do mundo.

São Paulo recebe o evento no sábado (3), a partir das 14h. A concentração está marcada na praça do Ciclista, na avenida Paulista com a rua Consolação, na região central da cidade.

A página da marcha no Facebook tinha, até o início da noite desta sexta-feira, 5.917 pessoas confirmadas.

"Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade. As mulheres do mundo estão se unindo!", diz a apresentação do evento no site.

A manifestação também está marcada para acontecer em Belo Horizonte (MG) no dia 18, na praça da rodoviária.

No blog de uma das organizadoras da marcha em São Paulo, Madô Lopez, ela diz já ter sido insultada pelas roupas que estava vestindo.

"Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais, bora pras ruas mulherada!"

No site oficial da Slut Walk, a organização diz que historicamente o termo slut (puta, vagabunda ou vadia, em português) tem conotação negativa e se tornou ferramenta de acusação grave de caráter.

"Somos um movimento exigindo que nossas vozes sejam ouvidas. Estamos aqui para exigir mudanças (...) Queremos sentir que seremos respeitadas e protegidas", diz o site.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/925192-sao-paulo-recebe-a-marcha-das-vadias-no-sabado.shtml

terça-feira, 17 de maio de 2011

La prostitución de hombres y mujeres a cambio de comida

El kamasutra milenario
La prostitución de hombres y mujeres a cambio de comida

Por Ignacio Monzón, 04 de abril de 2011


Los dioses practicaban el sexo como una forma de poblar el universo con más entidades superiores y cuando se emparejaban con los mortales producían individuos singulares que servían como agentes suyos en el mundo mortal. Es más que evidente que los mortales también disfrutaron de las relaciones carnales, pero posiblemente incluyendo una dimensión más lúdica e intrascendente.

Una de las evidencias para conocer algo de la mentalidad sobre el sexo en este sentido es el de la aparición de la prostitución en las primeras civilizaciones. El llamado “oficio más antiguo del mundo” si realmente no lo es, desde luego se encuentra entre los más añejos que ha ejercido la Humanidad, tanto en el caso femenino como en el masculino. Gracias a la documentación que ha sobrevivido de la antigua Sumeria sabemos que en las ciudades existían mujeres y hombres que intercambiaban sus favores por comida u otros productos y que recibían los nombres de “las que hacen la calle” o “las que hacen los muelles” en el caso femenino, unos apelativos bastante contemporáneos.

Pero quizá lo que más ha llamado la atención por parte de la comunidad de especialistas ha sido la existencia de otro tipo de servicio que poseía una protección de los dioses: la llamada “prostitución sagrada”. Más que un tipo único se trataría de una realidad heterogénea mal catalogada por griegos y romanos que incluiría prácticas sexuales vinculadas de forma oficial con los templos y potencias celestes. Heródoto (I, 199) recogía que en su viaje a Babilonia había contemplado un acto que le había llamado poderosamente la atención desde su perspectiva helénica. En el templo de Isthar –una versión de la Innana sumeria- las mujeres que deseaban casarse se sentaban en las escaleras y debían esperar a que un hombre les diera dinero. En ese momento debía yacer con el individuo y ofrecer el dinero a la divinidad. Con esto la mujer ya podía casarse, regresando a su casa con toda su honra al haber ofrecido su virginidad a la diosa.

Este pasaje generó y en ocasiones todavía lo hace, ríos de tinta acerca de las posibles interpretaciones. Desde un error del historiador a una deformación intencionada para hacer ver a los babilonios como seres depravados y algunas ideas más son las que se han barajado para explicar esta extraña mención. Una posibilidad muy sólida es que fuera un acto “escenificado” donde el futuro marido fuese el hombre que ofrecía el dinero. Al fin y al cabo todo se hacía en el recinto sagrado del templo, como los matrimonios religiosos actualmente se hacen en las iglesias o sinagogas. El mismo ofrecimiento del dinero a la patrona del templo sería una acción de gracias o una petición de felicidad y prosperidad, obteniendo la sanción del acto por parte de Ishtar. Otro posible significado de semejante costumbre sería el llamado “primer desvirgamiento”, una costumbre semita, al menos documentada en la zona de Canaan, donde los huéspedes, siempre ajenos a la familia, tendrían el derecho –y casi el deber- de disfrutar de los favores de las mujeres de la casa donde se hospedase. En ciertos pasajes bíblicos (Ier 5,7; 4,30; cfr. Gen 34,31; 38,15-21; los cap. 2 y ss.) esta costumbre de “hospitalidad sexual” sería extensible a las poblaciones hebreas.

El llamado “sexo sagrado” en los templos aparece en menciones de Estrabón (XVI, 1, 20) o Justino “(Epítome”, XVIII, 5, 4), éste último refiriéndose a la costumbre de la prestación de estos servicios en la isla de Chipre por parte de mujeres que se vinculaban a Afrodita cíprica –curiosamente la diosa había nacido en sus aguas recibiendo el nombre de Cipris-. Luciano de Samosata, en su “Dea Syria” (6) nos informa de que en la ciudad fenicia de Biblos existía esta prestación femenina pero como una suerte de “multa” o castigo para las mujeres que no se rapaban la cabeza en la fiesta de Adonis. Lo cierto es que todo lo relacionado con este tema de la “prostitución sagrada” sigue siendo debatido y estudiado pues parece comprender realidades muy diferentes que en general se alejan del mero comercio sexual.

Y, quitando a las prostitutas “civiles”, ¿existen más posibles menciones de "sexo por placer”? Eso es lo que han pensado algunos egiptólogos ante la existencia de pequeños elementos como figuras de marcado carácter erótico o pinturas de bailarinas desnudas. Aparecidas en contextos muy variados nos dejan bien claro que el gusto de los habitantes de la tierra del Nilo no era ajeno a los atractivos carnales. De hecho incluso conocemos algunos de los clichés relacionados con el atractivo sexual. En una cultura en la que, por razones de higiene, hombres y mujeres se rapaban la cabeza, el empleo de pelucas tenía un enorme componente erótico. Que una mujer se pusiera su postizo capilar indicaba que se estaba “poniendo guapa”, hablando en plata, y por tanto que podía desear ciertos tratos carnales. Los vestidos vaporosos y aparentemente transparentes que aparecen en pinturas del Reino Nuevo, dejan muy claro que no tenían prejuicios a la hora de mostrar su cuerpo.

En algunas tumbas de personajes notables se constatan estas figuras femeninas que dejan entrever sus formas o incluso mujeres completamente desnudas tocando instrumentos o bailando. La aparición de figuritas realizando el acto sexual, a veces con los genitales completamente exagerados, son hilarantes, pero no por ello deben ser ignoradas. Son testimonio de una posible dimensión desenfadada de la sexualidad pero no significaba por ello que fuera menos importante. Existe, además, un testimonio muy claro sobre las posibilidades sexuales de los egipcios que ha levantado una cierta polémica sobre su significado: el Papiro Erótico de Turín. A pesar de estar fragmentado, este documento del siglo XII a. C., en la XX Dinastía, muestra una serie de escenas donde un curioso personaje masculino, dotado de un falo desproporcionadamente grande, copula con una mujer en múltiples posturas.

A pesar de que se ha querido ver una cierta trascendencia en el trabajo, no son pocos los que lo han calificado como el “kamasutra” de la Antigüedad, 1.400 o 1.700 años anterior al texto indio. Sería por tanto una especie de manual erótico con todas las posturas que podrían practicarse para disfrutar del amor físico. Otras menciones en la literatura egipcia sobre las ansias del amor –como el Papiro Harris 500 o el Chester Beatty I- reforzarían esta idea de auténtico sexo por placer. Pero eso no habría significado necesariamente una promiscuidad moralmente aceptada. En el Libro de los Muertos o en el texto de Ptahhotep se advierte contra el adulterio, concibiéndose como algo negativo y por lo que se paga un alto precio al morir. De hecho a excepción del faraón los varones egipcios eran monógamos.
http://www.elreservado.es/news/view/262-el-sexo-en-la-historia-seriales-historia/1109-la-prostitucion-de-hombres-y-mujeres-a-cambio-de-comida

domingo, 15 de maio de 2011

'Marcha das vadias' ganha adeptos e se multiplica nos EUA

15/05/2011 - 10h27
'Marcha das vadias' ganha adeptos e se multiplica nos EUA
LUCIANA COELHO
EM BOSTON

Estuprada por colegas na faculdade em uma festa, Jaclyn Friedman nunca chegou a dar queixa. "Tanta gente disse que eu seria culpada, por estar na festa, por estar bebendo, por me vestir como eu me visto, que eu desisti."

O episódio, que aconteceu há quase duas décadas e foi narrado com resignação à Folha, marcou a vida da escritora e ativista feminista.
Seus agressores, inicialmente expulsos da faculdade, acabaram readmitidos e impunes, diz ela.

No último sábado, aos 39 anos, sutiã à mostra e tatuagem anunciando "corajosa", era Jaclyn uma das oradoras da SlutWalk, a "marcha das vadias", que reuniu 2.000 pessoas em Boston.

Até o segundo semestre, o movimento que começou em Toronto e pipocou em outras dez cidades dos EUA e do Canadá deve chegar a mais 40 cidades americanas e 19 outras pelo mundo.

Nova York, Houston, Londres, Johannesburgo e Buenos Aires estão no roteiro para reivindicar o significado da palavra "slut" (traduzível como "puta" ou "vadia", mas que na origem era "mulher desordeira").

"Porque nós vivemos um mundo de mentiras, sempre ouviremos que devemos ser obedientes, discretas, disponíveis e nunca agressivas -se o formos, viramos putas, e essa palavra é usada para nos pôr na linha", disse Jaclyn. A plateia urrou.

A SlutWalk surgiu como um protesto em resposta ao comentário de um policial canadense que orientou universitários dizendo: "Se a mulher não se vestir como uma vadia, reduz-se o risco de ela sofrer um estupro".

A frase reverberou não só no Canadá. Qualquer país, afinal, tem exemplos do que os organizadores chamam de "cultura de estupro": considerar o estupro um crime menor ou provocado pela vítima (quase sempre mulher, mas às vezes, homem).

MACHISMO

Os comentários de Paulo Maluf (com seu "estupra, mas não mata") e do comediante Rafinha Bastos (sobre mulheres feias que deveriam agradecer pelo estupro) traduzem o raciocínio.

Mas a SlutWalk vai além dos comentários machistas - como o da senhora que, ao ver Theresa Esconditto, 29, a caminho da marcha com "estou pedindo", estampado no decote, reprovou. "Espero que esteja assim para uma peça de teatro."

Como Jaclyn, muitas das participantes foram estupradas. "Não dá mais para que nos violem e nos culpem por isso, nem que nos digam o que fazer com nossos corpos", disse à Folha a comediante Cameryn Moore.

Na marcha majoritariamente feminina, moças carregavam frases como "meu vestido não significa sim". Uma participante tinha um cartaz dizendo ter sido estuprada aos 12 anos. "Estava usando agasalho largo e pantufas. Sou uma puta?"
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/916010-marcha-das-vadias-ganha-adeptos-e-se-multiplica-nos-eua.shtml