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sábado, 19 de novembro de 2011

Identidade Sexual e Transexualidade


Identidade Sexual e Transexualidade

Identidade Sexual e Transexualidade

1a. edição,

Vários autores

Roca Biomedicina

Veja ficha completa


R$ 65,00

Esta obra resultou do nosso desejo de disponibilizar para estudantes e profissionais dos mais variados campos do conhecimento, como medicina, psicologia, sexologia, antropologia, sociologia e direito, assim como interessados no tema em geral, um compêndio que reúna a desejável abrangência, sem perder as características de um texto para consulta rápida e objetiva e também para leitura completa. O livro busca oferecer acima de tudo um conjunto de conhecimentos sobre transexua-lidade e identidade sexual, até o momento não disponível em nosso idioma e inédito pela multidisci-plinaridade de sua abordagem. Os autores, escolhidos por sua reconhecida competência aliada à vasta experiência no trato com o tema em sua atuação profissional, contribuem sobremodo com este objetivo- pela maneira esmerada com que abordam seus conteúdos, de forma direta e simples, sem prescindir do essencial e sem delongar com o supérfluo. Como a transexualidade só recentemente tornou-se objeto de tratamento científico, é natural que, influen-ciado também pelo campo do qual é feita sua abordagem, apareçam conflitos no entendimento das diversas matérias aqui tratadas entre os autores. Foi nossa intenção respeitar plenamente a livre exposição de cada autor, sem preconceitos ou limites pré-estabelecidos, deixando ao leitor o livre arbítrio no julgamento dos pontos colidentes, em observância apenas aos ditames do seu patrimônio cultural e científico.Esperamos, por fim, que os portadores dos diversos quadros abordados no texto -venham a desfrutar, com a dignidade e o respeito de que são merecedores, melhores resultados em seus tratamentos, viabilizando sua completa integração ao meio social, permitindo o alcance de direitos inerentes à condição humana, indispensáveis à conquista plena de sua felicidade.
Editora: Roca Biomedicina
Edição: 1
Especificações: Brochura | 216 páginas

FICHA TÉCNICA

ISBN: 978-85-7241-788-4
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1137621/identidade-sexual-e-transexualidade

Transexuais demonstram dúvida sobre identidade sexual desde a infância


11/11/2011 - 20h00

FABIO ANDRIGHETTO

da Livraria da Folha
Segundo psicólogo Rafael Kalaf Cossi, transexuais relatam que a dificuldade em reconhecer o corpo biológico como correspondente à identidade sexual aparece, em muitos casos, desde a primeira infância. Autor de "Corpo em Obra", livro que defende o aspecto não patológico da transexualidade, Rafael apresenta novos estudos sobre o tema.
Reprodução
Livro contribui para a clínica psicanalítica do transexualismo
Livro contribui para a clínica psicanalítica do transexualismo
Em entrevista à Livraria da Folha, o psicólogo falou sobre a descoberta e a aceitação do transgênero. "Essa incoerência entre sexo e gênero aparece muito cedo, mas a pessoa se dizer transexual e pedir pelos tratamentos, isso varia muito de sujeito para sujeito". Ouça.
A obra é resultado de uma dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Psicologia da USP. A pesquisa aponta que o transexualismo não está associado à personalidade psicótica, mas às características singulares de cada pessoa.
*
"Corpo em Obra"
Autor: Rafael Kalaf Cossi
Editora: nVersos
Páginas: 168
Quanto: R$ 16,99 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Asociación de Transexuales de Andalucía celebra la nueva denominación de la Unidad de Trastorno de Identidad de Género

Agencias | 10/10/2011 - 18:48h
SEVILLA, 10 (EUROPA PRESS)

La Asociación de Transexuales de Andalucía (ATA) celebra la nueva denominación de la Unidad de Trastorno de Identidad de Género (UTIG), después de haber alcanzado un acuerdo con la Consejería de Salud de la Junta, pasándose a llamar ésta 'Unidad de Transexualidad e identidad de Género'.

En este sentido, la Asociación resalta en una nota que el acuerdo queda enmarcado en el compromiso de la misma por "la despatologización de la transexualidad". Así, ha recordado que esta Asociación viene reivindicando este asunto desde hace tres años y sumándose a la Lucha Internacional por la despatologización de la transexualidad. 

De esta manera, con tal motivo se efectuaron distintas acciones solicitando a la Organización Mundial de la Salud la desclasificación de la transexualidad como enfermedad o trastorno mental, pero al mismo tiempo queriendo que esta reivindicación tuviera efecto en un ámbito más cercano. 

Desde hace mas de dos años ATA ha venido manteniendo conversaciones con la Consejería de Salud de la Junta de Andalucía para que se renombrase la Unidad de Trastorno de Identidad de Género por una denominación que no indicara patología alguna. Así, la semana pasada el departamento de María Jesús Montero hizo realidad la demanda de ATA, que se hará efectiva de "inmediato", según han concretado fuentes de la Consejería a Europa Press. 

Así, ATA quiere expresar su agradecimiento expreso al Instituto Andaluz de Sexología y a la Federación Española de Sociedades de Sexología por el hecho de haber emitido a petición de esta asociación sendos informes avalando desde una concepción científica lo justo de esta demanda.

Como consecuencia del acuerdo, ATA desconvoca la concentración que tenía prevista para el 21 de Octubre en el Hospital Carlos Haya de Málaga. Según la presidenta de ATA, Mar Cambrollé, "Andalucía fue la pionera en atención a personas transexuales y este nuevo gesto supone un avance más en la igualdad y la normalización de hombres y mujeres transexuales de Andalucía".
http://www.lavanguardia.com/local/agencias/20111010/54229164771/asociacion-de-transexuales-de-andalucia-celebra-la-nueva-denominacion-de-la-unidad-de-trastorno-de-i.html

sábado, 29 de outubro de 2011

João W. Nery por ele mesmo


sexta-feira, 28 de outubro de 2011 | 11:52 | 4 Comentários

Depois de 34 anos da cirurgia, me tornei um transhomem feminino, no sentido do que está palavra pode trazer de tudo de sensível e belo da nossa cultura. Mais que um anti-machista, continuo me permitindo o que muitos homens hetero ainda não conseguem.


Veja comparação:

Operei-me em 1977, quando as cirurgias eram proibidas e consideradas “mutilação do humano”. Nem na Justiça poderia entrar porque os próprios juízes desconheciam o que era a “transexualidade”. Com os novos documentos que eu próprio tirei, para poder me articular na sociedade, perdi meu histórico escolar. Deixei de ser psicólogo, professor universitário, mestrando, fechei meu consultório e passei a ser um analfabeto.Teria que fazer supletivo do primeiro grau. Para sobreviver acabei sendo pedreiro, vendedor, massagista de shiatsu, artesão, chofer de taxi, etc e acabei escritor.

Aos 37 anos me torno pai não biológico da gravidez da minha mulher. Experiência única e que hoje me sinto extremamente gratificado. Tenho um filho de 24 anos que acaba de se formar engenheiro e que optou por ser hetero. Aos 13 anos contei-lhe a minha história e hoje não temos mais segredos. Somos amigos e confidentes.

Casei 4 vezes em relacionamentos apaixonados e duradouros. Hoje estou a 15 anos com a mesma mulher, numa relação madura e companheira.

Quando eu nasci em 1950 é que foi criado o termo transexualismo, desconhecido no Brasil. Também não me sentia um homossexual e sabia que não era um caso de intersexo. Vivi por quase 10 anos uma dupla identidade social, Era mulher na família, na faculdade e trabalho e homem com os desconhecidos.

Hoje, como transexual masculino ou transhomem sou pela DSM  IV (Manual Diagnóstico e Estatístico das Desordens Mentais) um desordenado na minha identidade de gênero. A Medicina me considera um doente mental, cuja cura não está na terapia (já que esta é comprovadamente inoperante para os trans) mas no físico, na cirurgia transgenital. Desconhecem que há trans que não querem se operar ou que se tornaram trans-homo, trans-bi, etc.



A França foi o primeiro país a despatologizar o transexualismo, mas ainda não deu respaldo para efetivar que os trans tenham acesso a todos os seus direitos civis, como freqüentar banheiros públicos se só existem os femininos ou masculinos, muitas vezes sem reservados (na Austrália já começaram a experimentar um terceiro tipo). Em que enfermaria seremos socorridos se só há “patinhos” e “comadres”?

Não terminei as cirurgias de redesignação sexual, como faz a maioria, por serem ainda terem um resultado muito precário. A partir de 1997 tornaram-se legais e gratuitas pelo SUS, mas para F to M (fêmea para macho) são ainda consideradas “experimentais”.

Hoje aos 61 anos me tornei um cara tranqüilo e aprendi a me bastar com o que tenho. E satisfeito comigo Continuo uma cobaia da ciência, na medida que entro na menopausa aos 27 anos e em vez de estrogênio, tomo testosterona. Nenhum médico pode me afiançar o que acontecerá comigo. Não há ainda tempo hábil para uma avaliação estatística, Só sabem que a testosterona me evita a osteoporose e aumenta meu colesterol e só desconfiam que ela possa ser a responsável pelo reumatismo sistêmico que me toma. Brinco, dizendo que economizei cirurgias para gastá-las agora na velhice. Botei 3 próteses (uma na coluna e duas no quadril, o que me rendeu, 20 dias depois, também um infarto em setembro último).

Enfrento agora este segundo inimigo, a que todos nós estamos sujeitos: a velhice, que prá mim novamente, torna meu corpo um obstáculo em vez de um instrumento do desejo, mas com o consolo que ainda estou vivo.

Resolvi escrever então um livro autobiográfico - “Viagem Solitária”, Ed. Leya,  não só para descurtinar o que é o desencontro da identidade sexual com a anatonia corporal, como para desmistificar alguns valores que a nossa cultura coloca como categóricos, quase “naturais”. E para ter crédito, resolvi sair do “armário”. 

Mostrar a cara na mídia
Não tenho mais dúvidas de que ser “homem” não é ter um pênis ou mais que isso, não é ter uma configuração masculina, o mesmo valendo para a “mulher”. Sexo e gênero são coisas bem distintas, quase mesmo “imaginários” sociais.

Minha luta hoje é contra o heterocentrismo, esse binarismo onde só existe homem e mulher. Muitos ainda não querem ver a multiplicidade de corpos, de transidentidades sexuais, quase infinitas, que existem. Seríamos os “queer”,os “híbridos”, os trangêneros, que transcedem os valores e esquemas padronizados dentro de rótulos hoje aceitos. E por sermos múltiplos, enriquecemos e ameaçamos às sociedades patriarcais, pautadas nos  cisgêneros (do latim cis = do mesmo lado) aqueles cujaidentidade de gênero está em consonância com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer, os ditos normais - os heterossexuais.

A luta tem que continuar e avançamos lentamente, mas ainda falta muito para conserguirmos pelo menos a  aprovação do PLS 612/11, que está em tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que altera o Código Civil e modifica interpretações que impedem a transformação da união estável em casamento. 

Veja toda Entrevista feita recentemente no De Frente com Gabi:

Entrevista com João W. Nery - Parte 1


Entrevista com João W. Nery - Parte 2


Entrevista com João W. Nery - Parte 3


Entrevista com João W. Nery - Parte 4

domingo, 23 de outubro de 2011

Construção e expressão da masculinidade em homens homo hetero e transexuais


trabalho de iniciação científica (Mariana Ghetler em PUC-SP)

O objetivo deste estudo é compreender como se constroem,e expressam as masculinidades de homens hetero, homo e transexuais (sexo biológico feminino e gênero masculino), a partir da perspectiva de Gênero. Busca-se revelar se e como o ideal de masculinidade hegemônica permeia as masculinidades subordinadas, como definidas por Connell (2002). O modelo de pesquisa é o qualitativo-descritivo, com foco na construção de significados por parte dos colaboradores, suas vivências e como as percebem. Por meio de entrevista semi-dirigida foram colhidos o relato de 23 homens, sendo 8 heterossexuais, 8 homossexuais e 7 transexuais. Refletiu-se sobre suas narrativas, analisadas em profundidade, percebendo-se comunalidades e diferenças entre elas, a partir de uma perspectiva desenvolvimental e do conceito de Gênero.

Download: Parte 1Parte 2
http://ftmbrasil.blogspot.com/2011/04/construcao-e-expressao-da-masculinidade.html

domingo, 2 de outubro de 2011

Lésbicas apoiam mudança de sexo de filho de 11 anos


Caso está a causar polémica nos EUA
d.r.
Com apenas 11 anos, Thomas veste roupas femininas e comporta-se como uma menina
Um menino está no centro de uma grande polémica nos Estados Unidos. Thomas, de apenas 11 anos, decidiu tornar-se mulher e está a ser submetido a uma terapia hormonal para mudar de sexo. A transformação é apoiada pelas duas mães adoptivas.


Debra Lobel e Pauline Moreno contaram que as primeiras palavras do menino, aos três anos, em linguagem gestual, devido a um problema de fala, foram: "Eu sou uma menina". Aos sete anos, Thomas, agora chamado de Tammy, mutilou os próprios genitais. Nessa altura, psiquiatras diagnosticaram-lhe um transtorno de identidade sexual e, um ano depois, o menino iniciou o processo de transformação.
O tratamento hormonal, que o próprio menino aplica, vai impedi-lo de viver a adolescência como um rapaz, evitando o desenvolvimento da voz grave ou o crescimento de barba.
O apoio do casal de lésbicas à transformação do seu filho adoptivo está a ser fortemente criticado por amigos e família. "Estão todos zangados connosco. Como nos podem fazer isto? Deviam viver as suas próprias vidas!", desabafou Pauline Moreno, em declarações ao ‘Daily Mail'.
Às críticas, as mães, que adoptaram Tommy quando este tinha apenas dois anos, respondem com um estudo realizado no Reino Unido, que indica que 50 por cento dos transexuais tentam o suicídio antes de cumprir 20 anos.
Desde os oito anos que o menino escolhe roupas femininas e decidiu adoptar o nome de Tammy. As mães afirmam que Thomas passou de uma criança triste para uma menina feliz.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CHINA: Transexuais na TV? Não, obrigado!

Domingo, 25 Setembro 2011 23:50 (22:50Z)
Actualizado há 13 horas.
CHINAJin Xing, a famosa bailarina chinesa, uma das principais figuras da dança contemporânea, afirma que foi excluída como juíza de um concurso de talentos televisivo por se ter submetido a uma cirurgia de correcção de sexo.

Jin é a fundadora do festival de dança de Shanghai, onde vive com o seu marido alemão e três filhos adoptados.

Tinha sido contactada para aparecer em oito episódios de Feitong Fanxiang, um concurso de talentos a emitir pela Zhejiang TV.

No entanto, na segunda-feira passada recebeu um telefonema do director do show, Chao Chi-tai, (um famoso apresentador tailandês que foi também banido para os bastidores de forma similar) a dizer que a presença dela tinha sido dispensada por “a sua identidade transexual poder ter efeitos negativos na sociedade”.

Numa postagem no seu perfil Sina Weibo que foi reproduzido umas estonteantes 30.000 vezes, Jin anunciou: "É uma grande tristeza! Não poderei aparecer nas finais do show este fim de semana porque a produção recebeu ordens da Zhejiang Province Radio, Film and Television Bureau que eu teria de sair do painel de juízes por ser transexual! Estou furiosa! Não me interessa se vou ser juíza ou não, mas como cidadã não aceitarei ser discriminada por causa da minha identidade de género!"

Jin afirmou ao jornal China Daily que Chao citava um documento oficial da administração provincial de Zhejiang para a rádio, cinema e televisão.

"Perguntei ao director do show Chao Qitai inúmeras vezes se tinha visto pessoalmente uma cópia do documento. Ele disse-me que viu perfeitamente a razão da expulsão claramente descrita no documento com os seus próprios olhos," acrescentou Jin Xing num post mais recente. "Aparentemente, a administração contactou a produção do show expressando o seu ultraje pelo meu post anterior, notando que não deviam ter divulgado o documento. Que piada! Se se atrevem a fazer algo, que tenham pelo menos a coragem de o admitir!"

"Somos amigos há muitos anos e é um artista com reputação, portanto acredito nele," afirmou a bailarina reformada de 44 anos.

Jin Xing, indignada, afirmou que a sua vida vai continuar já que não depende da TV para sobreviver e é primeiro e principalmente uma bailarina.

Um elemento da administração declinou comentar terça-feira, somente dizendo que “estou muito ocupado para confirmar ou negar."

Jin, que se submeteu a uma cirurgia de correcção de sexo em 1996, insistiu que não procura nenhuma espécie de compensação ou em tomar medidas que forçassem um pedido de desulpas da administração.

"Estou somente zangada que a administração use desculpas tão pouco convincentes. É um ataque pessoal," afirmou.

O sucedido despoletou uma forte reacção por parte de muitos dos seguidores do seu blog.

Zhang Beichuan, professor especializado em sexologia na universidade de Qingdao, declarou que se Jin foi excluída por ser uma mulher transexual, "É um sério caso de discriminação".

"A decisão de mudar de género não tem nada a ver com a moralidade," afirmou, acrescentando que a China ainda não tem leis específicas para proteger os interesses desta população.

O ministério da saúde chinês disponibilizou regras para a supervisão das cirurgias de correcção de sexo em 2009 para assegurar a sua segurança. Aplicantes devem ser solteiros, terem mais de 20 anos e terem esperado pelo menos cinco anos pelas cirurgias.

O departamento de supervisão da província de Zhejiang, refutou na quinta-feira as alegações de que tenha sido ordenada a uma bailarina para parar de aparecer no show por causa da sua transexualidade, negando a existência de tal ordem, segundo o director do departamento Hu Jian.

CHINA: Transexuais na TV? Não, obrigado!
http://portugalgay.pt/news/Y250911A/china:_transexuais_na_tv_nao_obrigado

sábado, 17 de setembro de 2011

"Fiquei feliz de poder ser quem sou",

16/09/2011 - 21h09 / Atualizada 17/09/2011 - 05h28
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Livvy James, 10, ao lado da mãe, SaffronLivvy James, 10, ao lado da mãe, Saffron
Depois de ter sua história revelada, Livvy James, 10, o "menino" britânico que surpreendeu seus colegas ao retornar das férias escolares vestido de menina, em Worcester, no Reino Unido, disse que está gostando das mudanças pelas quais tem passado. Livvy, que nasceu garoto, foi diagnosticada com o chamado transtorno de identidade de gênero – quando um menino ou menina sente que, na verdade, pertence ao outro sexo.
"Estava tão ansiosa para o meu primeiro dia na escola que não me preocupava o que as pessoas iam falar de mim. Mesmo se me falassem coisas ruins, eu não me importaria. Me senti feliz por poder ser quem eu sou e não ter mais que fingir", disse Livvy, que agora usa saias como uniforme, mudança que ela disse ter "adorado".
A recepção na escola foi positiva. Em entrevista ao Daily Mail, Livvy contou que não teve problemas com nenhum de seus amigos, embora alguns ainda continuem a chamá-la pelo antigo nome – Sam. "Mas é normal. Leva tempo para as pessoas se acostumarem com as mudanças. Tenho um pequeno grupo de amigos próximos que vai me defender se eu precisar."
Alguns pais de colegas de Livvy é que ficaram incomodados com o fato de a escola onde ela estuda ter exibido um vídeo explicativo sobre transtorno de identidade de gênero, sem tê-los avisado antes.
"Meu filho chegou em casa me perguntado o que eram genitálias", disse um dos pais ao jornal britânico.
A família de Livvy parece ter aceitado a ideia com tranquilidade. "Ela não escolheu isso. Não houve escolha. Ela é uma garota que por alguma razão estava no corpo de um menino", disse a mãe de Livvy, Saffron.
"Não precisamos saber o porquê; as pessoas não têm que entender isso. Não esperamos isso deles. Nós só não queremos que a chamem de aberração, porque ela não é uma", afirmou.
A história de Livvy foi revelada pelo jornal local "Worcester News", da cidade de mesmo nome, onde vive a família.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Médico deve pagar R$ 40 mil por cirurgia de silicone mal sucedida em transexual da Marinha, decide Justiça

15/09/2011 - 21h11
Aliny Gama
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

Éryka teve complicações após cirurgia de colocação de silicone e receberá indenização do médico
  • Éryka teve complicações após cirurgia de colocação de silicone e receberá indenização do médico
O Tribunal de Justiça de Alagoas condenou, nesta quarta-feira (15), o cirurgião plástico Sérgio Levy Silva e a clínica Centro Integrado de Cirurgia Plástica, no Rio de Janeiro, a indenizar o 3º sargento reformado da Marinha e transexual Erivaldo Marinho de Oliveira, 39. Ele deve receber R$ 40 mil por conta de uma cirurgia plástica mal sucedida para implantação de silicone.

A condenação foi dividida em R$ 25 mil, por danos morais, e R$ 15 mil por danos materiais e estéticos. A decisão dos desembargadores da Segunda Câmara Civil do TJ manteve a sentença da 1ª instância, por unanimidade, rejeitando o pedido de apelação do médico, que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

O relator do processo, desembargador Estácio Luiz Gama, explicou que a retirada das próteses de silicone da paciente, colocadas para reparos estéticos, foi “caracterizada pela negligência do médico por não ter realizado exames pré-operatórios necessários.” O desembargador entendeu ainda que "quando o procedimento cirúrgico é estético, o médico assume a obrigação de resultado."

O desembargador reforçou ainda que o médico tinha conhecimento sobre a utilização de silicone industrial pela transexual antes do procedimento e que o produto não foi extraído por completo, mas, mesmo assim, o médico realizou a implantação das próteses.

Complicações no dia seguinte

O sonho de ter seios depois que se submeteu à cirurgia de mudança de sexo tornou0se um pesadelo para Éryka Fayson - nome feminino de Erivaldo. Ela relatou ao UOL Notícias que procurou o cirurgião plástico Sérgio Levy, em 2002, por conta da “fama” que ele tinha em cirurgias reparadoras, no Rio de Janeiro. Porém, segundo ela, a decepção começou no dia seguinte à cirurgia.

“Acordei sentindo muitas dores. Meus seios estavam muito duros e a posição dos mamilos estava muito em cima. No dia seguinte, questionei o médico, mas ele disse que tudo era normal. Dias depois voltei à clínica porque não aguentava tanta dor, e a pele dos meus seios estava ficando preta. Devido à infecção, minhas próteses foram retiradas, extraiu-se a secreção e a foi recolocada apenas uma delas. Fiquei um mês com apenas um peito”, contou.

Segundo Éryka, o médico implantou outra prótese, que um mês depois teria se rompido. “Retornei à clinica, e o doutor Levy disse que eu teria de pagar pelo novo procedimento”, contou, afirmando que não tinha recursos para uma nova cirurgia.
“Meus seios ficaram horríveis, cheios de cicatrizes e um caroço saindo de um dos cortes que o médico fez. Parecia um olho saindo do peito”, comparou.

Fayson informou ainda que aguarda o pagamento da indenização para se submeter a cirurgias de reconstrução das mamas e plásticas para retirada das cicatrizes. “Mesmo sem condições financeiras, tempos depois daquela cirurgia, fui obrigada a retirar as próteses. Fiz uma série de exames, e a médica aqui em Alagoas me informou que eu estava com glândulas já dentro do silicone e corria grande risco de desenvolver um câncer de mama”, completou.

"Paciente sabia dos riscos"

Procurado pelo UOL Notícias, o cirurgião plástico alegou que Éryka Fayson chegou ao seu consultório solicitando cirurgia reparadora devido aos problemas de saúde decorrentes da aplicação de silicone industrial e do uso de hormônios por conta própria. Segundo o médico, o transexual estava com lesões pré-existentes ocasionadas por tumores na mama, chamados de silicomama, que se formaram por conta do material e do procedimento não adequado utilizado para formar seios.

“A paciente me procurou com um processo infeccioso devido à injeção de silicone por conta própria, adquirido em posto de combustível, para formação das mamas. Devido à complicação do ato caseiro, o silicone se transformou em trombos, que viraram tumores infecciosos e precisaram ser retirados. Expliquei que a retirada dos tumores deveria ser agregada a uma cirurgia reparadora porque no local dos seios iria ficar com dois buracos. A própria paciente solicitou o implante de próteses de silicone”, explicou Silva.

Ainda segundo o médico, antes do procedimento, Éryca assinou um documento tomando ciência da limitação da cirurgia de não conseguir reparar em 100% as lesões pré-existentes na região dos seios do paciente.

O médico contestou a afirmação do TJ de que não havia realizado exames pré-operatórios e garantiu que o paciente fez um check up antes da cirurgia. Ele disse ainda que vai analisar o resultado com seus advogados para decidir se vai recorrer da decisão.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/09/15/medico-deve-pagar-r-40-mil-por-cirurgia-de-silicone-mal-sucedida-em-transexual-da-marinha-decide-justica.jhtm

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Menino de 10 anos surpreende escola ao voltar das férias como menina

13/09/2011 - 10h59


Um menino britânico que se identifica com o sexo oposto surpreendeu seus colegas ao retornar das férias escolares vestido de menina.

O garoto de 10 anos, cujo nome tem sido mantido em sigilo, foi diagnosticado com o chamado transtorno de identidade de gênero -- quando um menino ou menina sente que, na verdade, pertence ao outro sexo.

A história foi revelada pelo jornal local "Worcester News", da cidade de mesmo nome onde vive a família. Segundo o jornal, a decisão de aceitar a menina foi tomada pela família durante as férias de agosto.

"Na cabeça dela, ela é uma garota, mas no corpo de um garoto", disse a mãe, de 36 anos de idade.

Diferenças

A condição foi diagnosticada por uma equipe de psiquiatras em Londres. Mas a família diz que percebeu as diferenças do menino desde os dois anos de idade.

"Ela prefere brincar de boneca do que de carro", afirmou a mãe. "Ela é uma garota bem feminina. Quer se vestir de acordo com a última moda. Não tem nada de masculino."
Desde que a história foi revelada, a criança tem recebido manifestações de apoio no "Worcester News".

Segundo a mãe, o carinho dos leitores é um "alívio".
 No passado, o menino foi ridicularizado por um grupo de adultos que o chamou de "bizarro" em um shopping center.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/09/13/menino-de-10-surpreende-escola-ao-voltar-das-ferias-como-menina.jhtm

domingo, 11 de setembro de 2011


Transgenitalização – o papel do psicólogo

 
1 Vote
Psic. Oswaldo Martins Rodrigues Junior
CRP 06/20610
Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br
Autor de Psicologia e Sexualidade (Medsi, RJ, 1995)
Psic. Oswaldo Rodrigues

Existem pessoas que nascem com uma dificuldade que até há poucas décadas não era considerado: compreender-se pertencente a um sexo e ter o corpo do outro sexo. A esta condição se chama de transexualidade, ou transgeneridade.
Uma das partes do tratamento que precisa ser efetuado nestas pessoas são as cirurgias que se chamam de transgenitalização.
A mudança de sexo, ou transgenitalização depende de compreendermos uma condição que implica numa identidade de gênero discordante com a anatomia com a qual a pessoa nasceu. Um diagnóstico implica que não se trata apenas de uma motivação da pessoa, seja qual seja esta motivação.
Apenas devem e podem fazer estas modificações físicas as pessoas que não tenham intercorrências psiquiátricas e que realmente sejam beneficiadas pelas cirurgias, além de serem apenas as pessoas que já desenvolveram as etapas psico-sociais que comprovam o diagnóstico e fazem com que a pessoa já esteja emocional e socialmente adaptada para a nova identidade social que viverá.
Estas pessoas terão muitas dificuldades no mundo social. Não se trata exatamente de um preconceito da sociedade, igual às outras situações onde apontamos preconceitos…
Mas as dificuldades são enormes e precisam ser enfrentadas dentro de uma adaptação e adequação.
Uma pessoa que tenha nascido homem, designado homem por um nome e criado pelos pais enquanto homem, recebe a expectativa dos pais, da família e socialmente de todos para que ele cumpra o papel a ele designado. Quando este homem percebe-se pertencente ao gênero feminino, está contrariando todas as expectativas que o mundo tem e que são baseadas em evidências físicas.
Os pais, a família e o mundo social que vive ao redor deste homem não tem como compreender o que ocorre.
Esta tem sido a razão de determinarmos uma qualificação de enfermidade para que possa ser tratada, promovendo uma correção física para que venha a ocorrer um equilíbrio
Esta condição transexual é de recente reconhecimento e ainda não é compreendida pela maioria população. Isto gera muito desconforto quando alguém tenta ser algo diferente do que o mundo sabe que aquela pessoa é.
Quanto mais tempo se passa na vida desta pessoa, mais o mundo não compreenderá o que ocorre. Mais dificuldades com a família e o mundo haverá para que essa pessoa enfrente e, consequentemente, sofra.
Enfrentar e superar cada dos problemas que preexistem e que ainda ocorrerão no decorrer das mudanças exigidas para desenvolver a nova coerência sempre trará novas frustrações e dificuldades a serem enfrentadas.
A pessoa precisa desenvolver novas formas de enfrentamento social e emocional.
O primeiro passo na transformação de identidade social diz respeito a compreendermos as características desta pessoa, efetuarmos um diagnóstico psicológico e outro psiquiátrico. Não existindo problemas psiquiátricos, o trabalho psicoterápico será de adequação social para a nova identidade. Semanalmente, por muitos meses, auxiliaremos a pessoa a se adaptar à identidade desejada, que nem sempre é percebida em termos reais e precisa de orientações. A visão externa do psicoterapeuta pode corrigir rumos e dar certezas para a pessoa. O desenvolvimento de comportamentos e atitudes coerentes com o buscado convive com as sessões psicoterápicas semanais. Auxiliar a desenvolver novas habilidades sociais (provavelmente inexistentes e as que sejam necessárias com a nova identidade) e preparar-se para possíveis relacionamentos afetivo-sexuais (que será maior foco após as cirurgias). Cuidar para que não se desenvolvam qualidades negativas e psicopatológicas será outra vertente do atendimento psicológico.
Todo o trajeto haverá a necessidade de auxiliar estas pessoas a administrarem as ansiedades e frustrações preexistentes e que ocorram durante o trajeto.
Este acompanhamento pode demorar-se por dois anos, mas deve prolongar-se após as cirurgias, inclusive prevendo retoques cirúrgicos que produzem novas frustrações e dificuldades emocionais a serem vencidas.
O procedimento profissional que fará o psicólogo dará condições ao cirurgião de ser efetivo no que se propõe. Mas sempre existirão cirurgiões que acederão fazer uma cirurgia sem que a pessoa esteja adequada a enfrentar a cirurgia e as mudanças radicais que ocorrerão. A questão é que estes cirurgiões não conseguem dar a atenção necessária para as transformações e do ponto de vista da paciente, eles serão responsáveis pelo sofrimento não previsto por elas… e passam a compor uma “lista negra” de cirurgiões de transgenitalização que roda pela internet.
O cirurgião deveria exigir que houvesse o acompanhamento anterior e o compromisso da paciente em seguir sob atendimentos psicológicos após a cirurgia.
Isto em paralelo a avaliação psiquiátrica, e tratamentos e cuidados de endocrinologista e fonoaudiólogo.
No Brasil devemos ter perto de 50 mil pessoas que poderiam ser diagnosticadas na condição transexual.
Estarem preparadas para a cirurgia… pouquíssimas… e necessitariam de atenções psicológicas para que se preparassem para a cirurgia.
Existem aspectos psicológicos que exigem desenvolvimentos para os enfrentamentos que ocorrerão. Mesmo com cuidados e atenções existirão pacientes que sofrerão muito no pós-cirúrgico, reclamarão muito de dores e malestares, deprimirão… e ninguém merece estes sofrimentos.
Infelizmente, devido a compreensões inadequadas, pessoas que se compreendem na classe dos que devem ser submetidos a cirurgias telefonam sempre à busca de um “laudo” que lhes permita submeter-se às cirurgias… Não querem passar pela psicoterapia, e se propõe a pagar pelo “laudo”… nós não fazemos isso. Só podemos assinar pelo que fazemos e no que cientificamente acreditamos, seguindo protocolos que nos assistem a cumprir finalidades de saúde mental e social.
Quem se localiza nesta condição, precisa desenvolver muitos aspectos para que aprenda a administrar a nova realidade que existirá. Seguir o tratamento psicológico ajudará a vencer possíveis problemas, sejam preexistentes, ou que venham a ocorrer ou se desenvolver ao longo das mudanças.

http://oswrod1.wordpress.com/2011/09/11/transgenitalizacao-%E2%80%93-o-papel-do-psicologo/

Hospital de Coimbra já faz cirurgias de mudança de sexo

Ordem dos Médicos já autorizou 16 operações
Por: Redacção / ACS  |  9- 9- 2011  15: 10
Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) realizam este mês as primeiras cirurgias para a mudança de sexo. Dezasseis já estão autorizadas pela Ordem dos Médicos, disse esta sexta-feira o coordenador da equipa multidisciplinar criada para o efeito, citado pela Lusa.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC e responsável por este programa de cirurgias único no país, António Reis Marques, disse à agência Lusa que os primeiros quatro pacientes que pretendem mudar de sexo já foram seleccionados.

«Mas mais 12 pessoas já obtiveram a necessária autorização da Ordem dos Médicos, havendo ainda outros pedidos», referiu.

Os HUC, devido a uma proposta de Reis Marques, decidiram criar este ano a Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual, que integra 15 médicos com diferentes especialidades.

Reis Marques referiu que «vários colegas, da Urologia e da Cirurgia Plástica, estiveram algum tempo num país da Europa para ver como se faz» e para «saber qual a sequência» das diferentes cirurgias a que pode obrigar uma mudança de sexo.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, que já presidiu à comissão da Ordem dos Médicos que analisa os pedidos na área da transexualidade, avançou com a proposta para a criação deste serviço nos HUC, depois da aposentação de Décio Ferreira, do Hospital de Santa Maria, o único cirurgião que fazia estas operações em Portugal.

A administração dos HUC, presidida por Fernando Regateiro aprovou a criação da Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual que depois obteve o aval do Ministério da Saúde.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, onde existe há três décadas uma consulta de sexologia iniciada há cerca de 30 anos pelo psiquiatra Allen Gomes, afirmou que «é no âmbito da sexologia que estes problemas se colocam».

de acordo com Reis Marques, nos HUC, da actual lista de pessoas que pretendem mudar de sexo, «há mais mulheres que querem ser homens» do que pacientes do sexo masculino que pedem para ser mulheres.