domingo, 11 de setembro de 2011

Hospital de Coimbra já faz cirurgias de mudança de sexo

Ordem dos Médicos já autorizou 16 operações
Por: Redacção / ACS  |  9- 9- 2011  15: 10
Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) realizam este mês as primeiras cirurgias para a mudança de sexo. Dezasseis já estão autorizadas pela Ordem dos Médicos, disse esta sexta-feira o coordenador da equipa multidisciplinar criada para o efeito, citado pela Lusa.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC e responsável por este programa de cirurgias único no país, António Reis Marques, disse à agência Lusa que os primeiros quatro pacientes que pretendem mudar de sexo já foram seleccionados.

«Mas mais 12 pessoas já obtiveram a necessária autorização da Ordem dos Médicos, havendo ainda outros pedidos», referiu.

Os HUC, devido a uma proposta de Reis Marques, decidiram criar este ano a Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual, que integra 15 médicos com diferentes especialidades.

Reis Marques referiu que «vários colegas, da Urologia e da Cirurgia Plástica, estiveram algum tempo num país da Europa para ver como se faz» e para «saber qual a sequência» das diferentes cirurgias a que pode obrigar uma mudança de sexo.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, que já presidiu à comissão da Ordem dos Médicos que analisa os pedidos na área da transexualidade, avançou com a proposta para a criação deste serviço nos HUC, depois da aposentação de Décio Ferreira, do Hospital de Santa Maria, o único cirurgião que fazia estas operações em Portugal.

A administração dos HUC, presidida por Fernando Regateiro aprovou a criação da Unidade de Cirurgia Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual que depois obteve o aval do Ministério da Saúde.

O director do Serviço de Psiquiatria dos HUC, onde existe há três décadas uma consulta de sexologia iniciada há cerca de 30 anos pelo psiquiatra Allen Gomes, afirmou que «é no âmbito da sexologia que estes problemas se colocam».

de acordo com Reis Marques, nos HUC, da actual lista de pessoas que pretendem mudar de sexo, «há mais mulheres que querem ser homens» do que pacientes do sexo masculino que pedem para ser mulheres.

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