domingo, 3 de julho de 2011

Yoga para el desempeño sexual

Yoga para el desempeño sexual

Posted on Sunday Jun 26th at 4:49pm

El tema de la impotencia sexual sigue siendo un tabú, pero ya muchos hombres comienzan a buscar ayuda a través de métodos.
A muchos les pasa, pero la mayoría guarda silencio. Varios hombres que transitan su cuarta o quinta década de vida enfrentan ansiedad por su bajo rendimiento sexual.
Un estilo de vida poco saludable, la incapacidad para lograr una erección firme o para retrasar la eyaculación son ingredientes que hacen permanente la angustia y se genera un círculo vicioso.
Una nueva técnica
Maestros y practicantes de yoga han creado un método con el que hombres en esa situación mejoran su salud física y emocional recibiendo como efecto paralelo una mejora en su salud sexual.
Como filosofía de vida, el yoga promueve la unión de los cuerpos físico, mental y espiritual; así, quien aprende a reconocer sus sensaciones, se vincula con su mente y desarrolla su espíritu, explica Hjalmar Ndlius, maestro en Yoga Hombre, nombre del proyecto que nació hace cinco meses y que cuenta con 53 alumnos.
“Yoga Hombre decanta los ejercicios de yoga que tienen como objetivo el equilibrio, la salud y el bienestar del ser humano de manera integral, pues en general nuestra salud se empieza a deteriorar a partir de la cuarta década de vida, tenemos más responsabilidades, presiones familiares y laborales y vivimos con más estrés”, señala Arturo Hernández Tovar, practicante de yoga y uno de los creadores del proyecto.
Tranquilidad
A través de ejercicios físicos y de meditación, y de la promoción de mejores hábitos de alimentación, quienes se integran de manera disciplinada al programa pueden ver mejoras en tres meses de trabajo. “El yoga, y en general las disciplinas que tienden a favorecer un estado de paz mental o de tranquilidad en general son buenas para el desempeño erótico”, considera David Barrios, sexólogo y director de Caleidoscopia.
De hecho, agrega, algunas terapias sexuales integran a sus dinámicas ejercicios de respiración y relajación para que los pacientes entren en contacto con sus sensaciones, pues estudios científicos han demostrado que la tranquilidad es uno de los cuatro elementos importantes para un buen desempeño erótico.
Los otros tres son un buen estado hormonal, que en el caso de los hombres se tiene al contar con andrógenos suficientes porque éstos son los responsables de activar el deseo, que haya una buena irrigación de sangre a la zona pélvica y que el sistema nervioso periférico esté saludable. Sin embargo, el director de Caleidoscopia indica que se debe incluir una terapia sexual donde se incluyan otros ejercicios de experiencias eróticas estructuradas, y en los casos que lo amerite, en conjunto con la administración de fármacos”.
http://m.laprensa.hn/35171/show/1b306fc6e877e6aef795ce8f61ecc1c2&t=7da6acfaf3922e1b1270552303e411f4

Aceitar as diferenças

14/05/2011
Aceitar as diferenças


“Toda pessoa tem o direito de constituir família, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero. Não pode um estado democrático de direito conviver com o estabelecimento entre pessoas e cidadãos com base em sua sexualidade. É inconstitucional excluir essas pessoas”. Foi com essa frase que o ministro Celso de Mello, do STF, votou a favor da união homoafetiva, na última quinta.

Este posicionamento do Supremo Tribunal Federal foi uma vitória, não apenas para aqueles que estão nesta situação de não reconhecimento dos direitos de uma união estável, mas para toda a sociedade brasileira, que reconhece o Estado laico, livre das amarras do falso moralismo e da Igreja.

Pois como o próprio ministro afirmou: “A República é laica e, portanto, embora respeite todas as religiões, não se pode confundir questões jurídicas com questões de caráter moral ou religioso”.

O nosso país está caminhando para a evolução intelectual e para a dissolução de antigas amarras que só serviam para nutrir o preconceito e a violência. Aceitar não significa ser partidário, aceitar significa respeitar. O respeito é necessário na vida de todas as pessoas, o respeito está relacionado à dignidade. E hoje, o respeito à diversidade é palavra de ordem.

A palavra diversidade significa no dicionário on-line: “tudo aquilo que diferencia de algo ou de outro”. Segundo consulta à enciclopédia livre Wikipédia, diversidade é um conceito amplo, com aplicação em diferentes campos da vida humana, como na antropologia cultural: a diversidade de hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores, e a aceitação da diferença no outro (chamada de alteridade). No campo da política internacional, da diplomacia ou da economia: a manifestação da diversidade se dá por meio do multiculturalismo.

Na sexologia, a diversidade de manifestações sexuais, ou simplesmente “diversidade sexual”. Nos campos da biologia e do meio ambiente, a diversidade biológica ou biodiversidade.

No campo da lógica, a diversidade de soluções para um mesmo problema, usando ferramentas como a criatividade e a originalidade. Na psicologia, as ideias de heterogeneidade e de singularidade.

No campo do direito, a diversidade de decisões judiciais sobre um mesmo assunto; e no direito comparado internacional, a diversidade de legislações sobre um mesmo tema. E no campo da publicidade e da propaganda, a difusão do discurso pró-diversidade.

Portanto, se o mundo é tão diverso, em todos os âmbitos, por que não respeitar todas as diferenças e eliminar o preconceito e a ignorância de nossas vidas?

Juliana de Souza, mestre em filosofia, é professora da Universidade do Sagrado Coração.
E-mail: engenhodeideias@yahoo.com.br
Juliana de Souza
Professora da USC e mestranda em Filosofia pela UNESP-Marília, atua nas áreas de teoria crítica, ética e estética
http://www.redebomdia.com.br/Artigo/2317/Aceitar+as+diferencas

Sexo é qualidade de vida

07/02/2011 10:06
Sexo é qualidade de vida
BOM DIA inaugura hoje a seção semanal Tudo de Sexo; especialista vai esclarecer dúvidas de leitores

Antonio Basílio

Sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves
Michelle Mendes
AGÊNCIA BOM DIA

Sexo faz tão bem à saúde quanto comer, dormir bem, fazer exercícios e manter contato com os amigos. Quem afirma isso é o psicólogo, psicanalista e sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves, de 64 anos, que a partir de hoje, semanalmentes, vai falar e responder perguntas dos leitores do BOM DIA sobre um dos assuntos que mais despertam dúvidas e curiosidades entre homens e mulheres, mas que todo mundo tem vergonha de falar: sexo!

As reportagens serão publicadas sempre na seção ‘Tudo de Sexo’, que será publicada sempre às segundas-feiras.

Formado em psicologia em 1969 na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Esteves se especializou em sexologia em 95. No currículo, traz valiosas experiências, já trabalhou para grandes empresas, mas depois optou pela psicanálise e trabalha em seu próprio escritório. Ele tornou-se uma referência na região e muitos médicos o indicam a pacientes que apresentam dificuldades de ereção, frigidez, ejaculação precoce, entre outros problemas, após descartada relação com doenças e causas físicas.

Hoje, com 42 anos de experiência em psicologia e 16 anos em sexologia, ele faz questão de afirmar que saúde e sexo são sinônimos.
"Sexo é qualidade de vida, uma pessoa que vive bem, tem boas relações consigo e com o outro", afirma o especialista.

Sem mudanças /Criada em 1960 e distribuída no Brasil pela primeira vez em 1962, foi com o advento da pílula anticoncepcional que as pessoas passaram a se interessar mais sobre a atividade sexual.

Diante desse contexto histórico, a mulher passou a conquistar liberdade na relação sexual, devido à segurança e praticidade e, o homem, perdeu o medo de engravidar a mulher.

Desejo/Esteves lembra que enquanto a maioria dos animais do planeta fazem sexo com fins reprodutivos, o homem é o único animal para o qual o sexo representa viver bem. Junto com a independência financeira e os conhecimentos sobre o assunto, o sexo desempenha um importante papel motivacional na vida das pessoas. “Trata-se de um desejo instintivo que todos os seres humanos experimentam em algum momento da vida, e o componente sexual, que trabalha com a sensualidade de uma relação, é fundamental para mantê-la forte e saudável. “

Dúvidas/Apesar de ter um papel importante nas relações entre homens e mulheres, a discussão sobre sexo ainda é considerado um tabu. Nas escolas, os professores dificilmente conseguem introduzir os adolescentes para um debate sério e esclarecedor.
Assim, acabam tornando-se adultos cheios de dúvida e, consequentemente, com problemas na cama.

Dúvidas/O ajudante mecânico Leonardo Messias Leal, de 22 anos, aprovou a iniciativa do jornal de publicar reportagens sobre sexo. E aproveitou para fazer uma estrear o ‘tira-dúvidas’ , perguntando se a satisfação sexual está ligada ao desejo e ereção e se existe hormônios para estimulá-los. Esteves responde: “A não ser que a pessoa tenha problemas hormonais diagnosticados, não. O que faz aumentar o desejo é o interessse pela mulher e as fantasias sexuais que ela desperta nele”, disse. Ele ressaltou ainda que o interesse sexual pode ser afetivo ou somente sexual.

Estresse, alimentação e dívidas afetam o desempenho
O sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves lembra que, mais do que falar em ereções, maratonas sexuais e parceiros, as pessoas procuram se aprofundar no assutno sexo visando responsabilidade com a saúde mental e do organismo. É comum a preocupação com o sexo seguro, evitando as Doenças Sexualmente Transmissíveis e as gestações indesejada. Mas atualmente, as pessoas apresentam um comportamento concentrado em amar e encorajar um ao outro, procurando a aprendizagem em vez do controle e da dependência. Segundo Esteves, o estresse, a família, a vida social e a alimentação influenciam a vitalidade sexual. “Estresse, aborrecimentos, trabalho em excesso e preocupação financeira podem afetar a energia e o desempenho sexual.”

Tá com dúvida?
Quando a mulher começa a sentir o orgasmo?
Pergunta da estudante A.C.S., 17 anos, de
São José
Resposta:
Mulher é fogão à lenha e homem é gás. Dessa maneira, ela só vai sentir o orgasmo quando tiver um relaxamento dos músculos da vagina. Isso vai proporcionar a estimulação do prazer e o auto-conhecimento, até que ela esteja pronta para o ato de penetração. Em geral, o homem consegue chegar ao orgasmo com mais facilidade, porque desde o primeito contato, ele já está pensando em tocar e fazer a penetração.
O corpo pode ficar mais lubrificado e o desejo sexual aumenta em cada relação. Além disso, com o tempo, a mulher adquire o amadurecimento corporal, das sensações e do controlo melhor momento do gozo
http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/44793/Sexo+e+qualidade+de+vida

Muito sexo virtual? Xii...

09/05/2011 15:45
Muito sexo virtual? Xii...
Viciado em sexo pela internet pode falhar na hora do ‘real’

João Paulo Sardinha/ São José
Agência BOM DIA

Ela tira a calcinha. Ele, a cueca. Totalmente nus, estão repletos de tesão. A transa está prestes a começar e promete ser quente.

Tudo perfeito até aí! Seria ainda melhor se a conexão da internet fosse mais veloz e o monitor tivesse 42 polegadas.

Se você já fez sexo virtual, sabe o que estamos falando. Se ainda não fez, vai entender melhor ao longo do texto o que isso significa.

A verdade é que os contatos íntimos, pele na pele, foram substituídos pela fantasia do prazer em frente a um computador conectado à internet.

O sexo virtual ou cibersexo é, na realidade, uma forma de masturbação em dupla ou grupo.

Em salas de bate-papo da internet, as pessoas se mostram em frente à webcam, com o objetivo de levar o parceiro ao prazer.

“A vida sexual é povoada de fantasias. Com a chegada da internet, abriu-se mais uma possibilidade para essas fantasias. Mas o que acontece é que muitas pessoas têm dificuldade na hora de passar tudo isso para a vida real”, explicou o sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves.

Em outras palavras, o praticante fica viciado em sexo virtual e sente dificuldade em fazer sexo carnal.

Crise conjugal pode motivar sexo virtual

O sexólogo Carlos Eduardo Paiffer Esteves, consultado pela reportagem do BOM DIA, explicou que muitas pessoas recorrem ao sexo virtual quando estão com problemas na vida sexual a dois. E, às vezes, quando esse uso vira excessivo, precisa ser tratado em consultas com
uma terapeuta. “O uso da internet é normal, mas não pode virar compulsivo. É como qualquer outro tipo de compulsão”, disse.
http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/53308/Muito+sexo+virtual%3F+Xii...

Além de diminuir inibições, um drink pode contribuir com o clima de romance

09/06/2011 10:29
Beba
Além de diminuir inibições, um drink pode contribuir com o clima de romance

Luciano Guaraldo
Agência BOM DIA

Vários brindes ao amor
Um jantar à luz de velas, uma música romântica tocando ao fundo, um casal apaixonado e... nada para beber? Há algo de errado nesse cenário, e opções não faltam para completá-lo. Uma bebida bem escolhida pode ser essencial para que o clima de romance esquente, além de diminuir as inibições do casal. Mais tradicional das bebidas românticas, o vinho faz sucesso desde a Roma Antiga, com festas e orgias dedicadas ao deus Baco. E a explicação é física. “Uma pequena dose de vinho aumenta a concentração de hormônios na corrente sanguínea e, consequentemente, provoca um aumento da libido, especialmente da feminina”, diz a nutricionista Viviane Castro.


Para todos os tipos e gostos
Batidas e drinks são boas opções para ajudar a criar o clima. Como existem centenas de receitas, há opções para todos os paladares. Prefere algo mais doce? Aposte nas bebidas à base de mel, como o sweet heart. Quer apimentar a relação? A clássica bloody mary é a solução. E nenhuma mulher resiste ao cosmopolitan, que fez sucesso na série “Sex and the City”.


Sugestão que vem no nome
Nenhum drink combina tanto com o Dia dos Namorados quanto o sex on the beach, que ganha muitos pontos com seu sugestivo nome – “sexo na praia”, em inglês. A bebida, cuja receita você confere abaixo, também é favorecida pelo apelo visual: os líquidos de densidades diferentes criam camadas coloridas no copo. O sex on the beach também é uma opção adequada para uma noite romântica se você e seu par não têm o costume de beber muito. A mistura do suco de laranja com o licor de pêssego combina com o gosto marcante da vodca, o que proporciona um sabor suave e de baixo teor alcoólico.


Sempre com moderação
É importante lembrar que, mesmo que o consumo de álcool ajude na hora da conquista ao limitar as inibições, beber em excesso pode ter o efeito contrário. A nutricionista Viviane Castro alerta que ingerir mais de três taças de 180 ml de vinho podem causar mal-estar e até impotência sexual. Então, tenha cuidado para não transformar uma noite de romance em uma tragédia.


Sem álcool, com carinho
Se bebidas alcoólicas não foram mesmo feitas para você e seu par, não há motivos para desânimo. Sucos são refrescantes, saborosos e garantem que você vai terminar a noite com plena consciência de seus atos, evitando um “apagão” na cama. Além disso, algumas frutas também têm alto poder afrodisíaco. Ou você acha que a maçã é considerada o fruto proibido à toa?
http://www.redebomdia.com.br/noticias/viva/56392/alem+de+diminuir+inibicoes,+um+drink+pode+contribuir+com+o+clima+de+romance

Tania Navarro-Swain: A busca do feminino sem a maternidade

Tania Navarro-Swain: A busca do feminino sem a maternidade
QUI, 05 DE MAIO DE 2011 17:52 ESCRITO POR REDAÇÃO

A historiadora Tania Navarro-Swain acredita que a força das representações sociais incute nas mulheres a compulsão à maternidade e ao casamento como definição do feminino.

por Anelise Zanoni, no IHU On-Line



Com a chegada da revolução sexual feminina, principalmente com o lançamento da pílula anticoncepcional, começaram as grandes transformações nos cenários até então desenhados para as mulheres. O medicamento, mais seguro que os demais métodos existentes, permitiu a decisão sobre o próprio corpo. Entretanto, para a historiadora Tania Navarro-Swain algumas regras seguiram semelhantes: “O Estado, a medicina e a religião continuam a lutar por suas prerrogativas masculinas de decidir sobre os corpos das mulheres. A sociedade cobra das mulheres a reprodução e as que não têm uma consciência feminista sentem-se inferiorizadas, excluídas dos laços sociais”, afirma.

Em entrevista por e-mail para a IHU On-Line, a pesquisadora feminista considera que a maternidade é parte das possibilidades de uma mulher, não uma obrigação ou um elemento constitutivo como ser humano.

“Uma vez que as mulheres se desfaçam da obrigação incontornável de casar e ter filhos, como essência de ser-no-mundo, elas passam a decidir de seus afetos e de seus engajamentos”, diz. Além disso, para ela, a força das representações sociais que incute nas mulheres a compulsão à maternidade e ao casamento como definição do feminino é forte demais para que as estruturas familiares tradicionais sejam completamente rompidas e substituídas.

Pós-doutora em estudos femininos pela Universidade de Quebec, no Canadá, e em história na Universidade de Montreal, no mesmo país, Tania Navarro-Swain é professora da Universidade de Brasília – UnB e atua nas áreas de epistemologia feminista, sexualidade, gênero, história das mulheres, teoria e metodologia da história.

Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como podemos compreender os impactos da pílula anticoncepcional na liberação sexual das mulheres e, como consequência, na construção de uma mãe moderna?


Tânia Navarro-Swain – A pílula anticoncepcional foi um instrumento para que as mulheres se reapropriassem de seus corpos. De fato, na modernidade, as mulheres têm sido vinculadas a seus aparelhos genitais na definição do feminino. Desprovidas de razão, seu destino era o biológico, procriar e servir no domínio do privado, no âmbito do doméstico. A gravidez sucessiva é uma prática patriarcal para manter as mulheres fora do espaço público, um meio de mantê-las sob seu controle e determinar os limites de sua atuação. Neste sentido, a pílula permite às mulheres recuperar seus corpos sem renunciar à sexualidade ou sem sofrer as consequências do poder social conferido aos homens de exigir relações sexuais a seu bel prazer, com consentimento ou sem ele. Assim, este mesmo instrumento, mais seguro que outros existentes, permite que as mulheres decidam quando e se querem engravidar, quando e se querem ter e criar filhos. Mas se nos países ocidentais existe esta possibilidade, em muitíssimos países as mulheres só existem em função da reprodução e de preferência de meninos, como na China, na Índia e nos países muçulmanos.

De toda maneira, o acirramento patriarcal para impedir o aborto quando de uma gravidez indesejada – a pílula falhou ou não foi tomada – é a prova concreta de que a posse e o controle dos corpos das mulheres devem ficar em mãos masculinas. O Estado, a medicina e a religião continuam a lutar por suas prerrogativas masculinas de decidir sobre os corpos das mulheres.

IHU On-Line – Para algumas mulheres ser mãe ainda é uma obrigação social. Como você avalia esse pensamento?


Tânia Navarro-Swain - Como as mulheres foram definidas em relação à procriação, aquelas que não têm uma prole sentem-se fora do modelo da “verdadeira mulher”, esposa, mãe. Neste sentido, a sociedade cobra das mulheres a reprodução e as que não têm uma consciência feminista sentem-se inferiorizadas, excluídas dos laços sociais. Como feminista, considero que a maternidade é parte das possibilidades de uma mulher, não uma obrigação, nem um elemento constitutivo como ser humano.

IHU On-Line – Muitos pesquisadores afirmam que a falta de limites e a educação transgressora das crianças têm a ver com esse novo papel dos pais. Qual sua avaliação?


Tânia Navarro-Swain - Não vejo nenhum novo papel do pai. Ao contrário. Os pais, em grande número, estão ausentes da educação ou têm uma figura de punição e violência. Dos trabalhos domésticos, recusam-se a participar e dão um exemplo pernicioso aos meninos das famílias de uma divisão de trabalho desigual. Perpetuam assim, em casa, a hierarquia e a importância dada ao masculino. Se a educação das crianças tem sido considerada uma questão feminina – erroneamente –, hoje a mãe deve não só trabalhar fora, como assegurar um mínimo de higiene, alimentação e conforto nos lares.

De toda forma, esta tarefa deveria ser dividida igualmente, se as famílias fossem constituídas fora do esquema patriarcal de divisão de trabalho. Existe um sopro de violência que penetra em todas as esferas sociais: as escolas são um exemplo disto, a mídia, a TV, os filmes só falam de morte, sangue, drogas, polícia e bandidos. De fato, hoje, a escola e a mídia são os educadores e a permissividade é uma consequência disto.

Por outro lado, uma outra face da questão é que no Brasil há uma falta generalizada de educação das crianças para o convívio social: é permitido às crianças gritar, espernear, exigir, as famílias e a sociedade o aceitam; o convívio com crianças brasileiras é penoso, barulhento, quase incontrolável. Talvez a “nova atitude” dos pais (mãe e pai) seja a de uma permissividade, que faz crer às crianças que elas podem tudo, experimentar tudo, vivenciar tudo. Mas aí já estou saindo de minhas competências de análise.

IHU On-Line – As mudanças nos padrões de sexualidade são capazes de mudar a estrutura das famílias. E como fica a relação homem/mulher?


Tânia Navarro-Swain – Apenas mudanças nos padrões de sexualidade não mudam a estrutura das famílias se as representações sociais de feminino, demasculino, de hierarquia não forem transformadas igualmente. A relação homem/mulher ficou apenas um pouco mais livre. As teorias feministas apontam para uma “heterossexualidade compulsória” que obriga ou força a união entre mulheres e homens para que respondam às normas e às representações de feminino e masculino no sistema social. Ou seja, esta heterossexualidade institui os papéis sociais, de forma hierárquica, bem como as normas e comportamentos aceitáveis. É a base do patriarcado, com o controle e a apropriação social dos corpos e do trabalho das mulheres. Assim, uma vez que elas se desfaçam da obrigação incontornável de casar e ter filhos, como essência de ser-no-mundo, elas passam a decidir a respeito de seus afetos e de seus engajamentos; passam a decidir o que querem e pretendem fazer de seus corpos e suas vidas. A força das representações sociais que incute nas mulheres a compulsão à maternidade e casamento como definição do feminino é ainda forte demais para que as estruturas familiares tradicionais sejam completamente rompidas e substituídas por variáveis múltiplas. Entretanto, é cada vez maior o número de mulheres que formam famílias monoparentais. Isto é, mulheres que se recusam ou se ausentam de relações permanentes que se fundam em uma hierarquia familiar, onde o homem é depositário da autoridade. Assim, as relações passam a ter um caráter mais igualitário.
IHU On-Line – As constantes mudanças na estrutura social, principalmente dentro da família, podem influenciar atitudes de risco dos filhos, como o uso de drogas e o gosto por atividades perigosas?


Tânia Navarro-Swain – A incrível violência doméstica que se abate sobre as mulheres e crianças, e que hoje se torna cada vez mais visível – incita ao uso de drogas e à delinquência juvenil, a meu ver. A mudança mais significativa na estrutura familiar é a maior participação das mulheres no mercado formal do trabalho e sua independência econômica cada vez mais ampla. Os homens aceitam com dificuldade esta mudança e a violência contra as mulheres tem crescido de forma exponencial. É igualmente o crescente número de mulheres que são as provedoras únicas ou principais da sobrevivência familiar. Porém, no imaginário social o masculino é preponderante, e a representação social familiar básica é a ordem do pai. Assim, nada mudou, pois nas famílias os homens continuam a manter intacta a divisão de trabalho familiar, da qual se ausentam e cultivam seu papel de autoridade e poder, cujo eixo principal é a violência. De modo que há um desdobramento desta imagem, cada vez mais negativa entre a juventude, que sofre com a violência familiar e social e a reproduz.

Os discursos sociais que alegam uma desestruturação familiar por causa da crescente presença e participação das mulheres no mercado de trabalho não são mais uma artimanha do poder para culpá-las e trazê-las de volta ao “bom caminho” da “verdadeira mulher”: esposa e mãe. Esta é mais uma tentativa de fazer retroceder as conquistas das mulheres, pois a independência econômica é essencial para a autoestima, e sua afirmação enquanto sujeitos políticos.
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011050512963/Nosso-pais/tania-navarro-swain-a-busca-do-feminino-sem-a-maternidade.html

Dobram os casos de Aids na terceira idade em 10 anos

03/07/2011 - 09h00
Dobram os casos de Aids na terceira idade em 10 anos
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Avôs e avós fazem sexo, sim. E, sem proteção, também pegam Aids. De 1998 a 2008, os casos da doença entre pessoas acima de 60 anos no Brasil mais que dobraram, segundo dados de 2010 do Ministério da Saúde.

A via predominante de transmissão é por relação sexual heterossexual, em ambos os sexos.

Embora o número absoluto de casos ainda seja pequeno em comparação com outras faixas etárias, o ritmo de crescimento da doença entre os idosos é preocupante, afirma Eduardo Barbosa, diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Sem o hábito --e, muitas vezes, sem o conhecimento-- de usar preservativos, esse grupo se expõe mais ao risco de contrair o vírus HIV, de acordo com Barbosa. "É difícil de mudar a mentalidade dessa população. Eles ainda encaram o sexo com camisinha como chupar bala com papel."

Além disso, para as mulheres o preservativo sempre esteve associado a um método contraceptivo. Como não estão mais em idade reprodutiva, não veem por que usá-lo.

VIDA SEXUAL ATIVA

O preconceito a respeito da vida sexual dessa população também dificulta a proteção. "Ninguém de nós vê nossos nossos avós como sexualmente ativos, e isso dificulta o diagnóstico e o acesso à prevenção", diz Barbosa.

Os idosos têm ainda a ideia de que a Aids é uma doença de jovens e que estão à margem do risco, segundo o infectologista do hospital Emílio Ribas Jean Gorinchteyn, autor do livro "Sexo e Aids depois dos 50".
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/938271-dobram-os-casos-de-aids-na-terceira-idade-em-10-anos.shtml