"Isso nunca tinha acontecido antes"
Publicação: 22 de Agosto de 2010 às 00:00
Dr. Jorge Boucinhas - médico e professor da UFRN
O título deste Artigo reproduz a famosa desculpa dada pelo homem ao falhar em atingir a ereção peniana ao tentar o intercurso sexual. Muitos já a pronunciaram pelo menos uma vez na vida, pelo que o tema deste Artigo é de interesse não só para os indivíduos que adentram em idade como para suas companheiras!
Comece-se pela definição. Disfunção erétil (DE) é a denominação dada à dificuldade em ter ou manter uma ereção adequada para atividade sexual satisfatória. É mais comum do que se pensa: chega a atingir, numa ou noutra ocasião, metade da população masculina, e importa saber que falhar ocasionalmente não significa ser impotente. Por vezes trata-se apenas de um episódio de desânimo, não computável como verdadeira impotência, e trata-se de problema bem encontradiço, calculando-se que afete mais de dez milhões de homens brasileiros.
A DE tanto pode ser provocada por elementos psicológicos como por orgânicos ou pela combinação de ambos. Aparentemente a imensa maioria dos homens jovens que apresentam súbita redução da capacidade de ereção deve sua condição a causas psicológicas. Até a quarta década de vida julga-se que nove em cada dez casos ocorrem por tais fatores. Após a sexta, metade já ocorreria por motivos orgânicos (físicos). Ademais, os fatores psicológicos também estão presentes e são complicadores adicionais mesmo quando a causa básica da impotência é orgânica.
As causações psicológicas compreendem: conflitos sexuais íntimos; depressão; ansiedade em geral; síndrome do "burn-out" (a conhecida "estafa"); excesso de trabalho; preocupação com o próprio desempenho sexual; brigas com o cônjuge.
As orgânicas compreendem, entre outras mais: diabete melito; distúrbios neurológicos primários; cirurgia ou traumatismo pélvicos; efeitos colaterais de medicamentos; insuficiências gonadal, renal, hepática, cardíaca e tireoidiana; hipertensão arterial severa; AVC; infarto do miocárdio; doenças debilitantes crônicas (incluindo tuberculose pulmonar, câncer, AIDS); aterosclerose intensa.
O uso de tóxicos merece consideração à parte, e provoca, inicialmente, diminuição do desejo, seguindo-se incapacidade erecional. Cada um age de sua forma peculiar. O álcool tanto provoca neuropatia periférica quanto depressão do Sistema Nervoso Central. A cocaína lesa diretamente a musculatura lisa que existe nos corpos cavernosos do pênis. A maconha pode alterar os níveis de testosterona. O tabagismo causa vasoconstricção, lesa a parede arterial e diminui o colesterol benéfico, o que predispõe à arteriosclerose e à aterosclerose.
Hoje já há muitas possibilidades de tratamento. É fundamental tomar precauções, quais: ter hábitos de vida saudáveis, exercitando-se regularmente e usando comidas equilibradas; evitar o fumo, o álcool e as drogas ilícitas; ter uma companhia interessante e interessada na vida sexual do casal. Quanto à tão propalada abordagem terapêutica hormonal, na verdade só metade dos casos têm sido comprovados como ocasionados por níveis anormais de hormônios sexuais, e estes, realmente, têm solução simplíssima: basta repor a testosterona (quando não houver outras afecções, como as prostáticas, que o impeçam!). Para os casos com componente psíquico, a terapia sexual e o aconselhamento e psicológico reduzem o nível de ansiedade. Dispositivos de vácuo, nos quais se insere o pênis num cilindro de plástico e se induz vácuo, obtendo ereção, têm sido muito vendido mas têm apresentado resultados instáveis. Colocação de prótese peniana pode ser uma solução mas fica para casos extremos. Há também o recurso a fitoterápicos quais marapuama, ginseng, catuaba, maca, ioimbina, entre outros. Novos medicamentos de síntese química têm-se revelado mui úteis, dentre os quais os três a seguir agem diretamente no pênis inibindo a enzima fosfodiesterase e elicitando vasodilatação com ereção. São sildenafiI, vardenafil, tadalafila. Têm alguns pequenos efeitos colaterais e convém serem indicados para cada caso, bem como são contra-indicados nos homens que usam nitratos para tratamento da hipertensão arterial. Pode-se adicionar a apomorfina, que age no Sistema Nervoso Central, do qual é enviado estímulo para que o pênis fique ereto, e a fentolamina, que impede que o excesso de adrenalina da ansiedade bloqueie a ereção.
A mensagem básica que deve ficar, então, é: pode-se erguer a cabeça e ter boas sessões de sexo, independentemente da causa do problema! O que vale é olhar a questão de frente, deixar a vergonha de lado e buscar orientação qualificada!
Que essa revisão tenha sido proveitosa e até a semana vindoura!
http://tribunadonorte.com.br/noticia/isso-nunca-tinha-acontecido-antes/157588
domingo, 10 de julho de 2011
Do orgasmo clitoridiano
Do orgasmo clitoridiano
Publicação: 23 de Mar�o de 2011 às 00:00
imprimircomentarenviar por e-emailreportar erroscompartilhartamanho do texto A+ A-
Sábado, agora, dia 26, haverá na Livraria Siciliano, do Miduei, o lançamento do livro O papel da vulva e da vagina no prazer sexual, da médica pernambucana Angelina Maia, logo após uma palestra da autora sobre o tema "Onde está o prazer sexual feminino". Tudo isso a partir das 18 horas com entrada franca, gratuita. Quem conta essa história é a coleguinha Emídia Felipe, que tempos atrás brilhou na editoria de Economia da TN, e hoje, dando expansão ao seu talento jornalístico, trabalha no Recife. Dela recebi um rilize com o título perguntando: "Onde está o prazer sexual feminino?" Passei a vista por cima e por baixo das dúvidas, acompanhando alguns tópicos do texto de Emídia:
- Historicamente, sempre houve um verdadeiro controle do prazer sexual feminino, o que não apenas colaborou para inibir a libido das mulheres como acabou por retrair estudos e definições sobre esse tema. Em sua palestra "Onde está o prazer sexual feminino", dra. Angelina Maia explica as relações que envolvem a anatomia, tabus e pensamentos, mostrando, para homens e mulheres, a descoberta dos caminhos que levam ao orgasmo da mulher.
- Outro assunto abordado envolve os termos "orgasmo vaginal" e "orgasmo clitoridiano", que, apesar de muito usados, são, com frequência, mal definidos. Alguns estudiosos responsabilizam Freud por uma das teorias mais amplamente divulgadas e que gerou muito conflito nas mulheres, que é o do orgasmo vaginal. O orgasmo clitoridiano e o orgasmo vaginal não são entidades separadas. Os estudos mostram que o clitóris tem o papel de receptor e transformador das sensações eróticas, qualquer que seja o estímulo aplicado sobre ele.
- Em "Onde está o prazer sexual da mulher", Angelina também aborda a sexualidade humana, tem que ela tem quatro pós-graduações, tema em que ela tem quatro pós-graduações. Em estatísticas relativas a "ações humanas", quase todos confundem "mais frequentes" com "normais". No sexo, também é "normal" aquilo que a maioria não gosta (...) A comunicação sobre os gostos sexuais entre os pares deve ser sempre estimulada, e é bom lembrar que, se for difícil usar as palavras,os sons, os movimentos e os gestos são muito bem compreendidos.
- Para a médica, é informando e lembrando de que cada um gosta do que seja feito com o seu corpo que o contato sexual ganha em qualidade. "Apesar de que o toque no local certo ser muito importante, o essencial é que o pensamento esteja entregue ao prazer". Angelina usa uma sigla simples para definir o ato sexual: "É um composto f-F (fricção e fantasia) - mas fantasia do que fricção".
Acrescenta o rilize que a doutora Angelina Maia está em Natal para um curso de colo de útero e vulva, organizado pelas ginecologistas Ana Cristina Araújo (Sogorn) e Ana Khaterine Gonçalves, da Sociedade de Colposcopia e Patologia do Colo do Rio Grande do Norte. Ela é coordenadora do Setor de Prevenção do Câncer e Colposcopia da Universidade Federal de Pernambuco.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/do-orgasmo-clitoridiano/176331
Publicação: 23 de Mar�o de 2011 às 00:00
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Sábado, agora, dia 26, haverá na Livraria Siciliano, do Miduei, o lançamento do livro O papel da vulva e da vagina no prazer sexual, da médica pernambucana Angelina Maia, logo após uma palestra da autora sobre o tema "Onde está o prazer sexual feminino". Tudo isso a partir das 18 horas com entrada franca, gratuita. Quem conta essa história é a coleguinha Emídia Felipe, que tempos atrás brilhou na editoria de Economia da TN, e hoje, dando expansão ao seu talento jornalístico, trabalha no Recife. Dela recebi um rilize com o título perguntando: "Onde está o prazer sexual feminino?" Passei a vista por cima e por baixo das dúvidas, acompanhando alguns tópicos do texto de Emídia:
- Historicamente, sempre houve um verdadeiro controle do prazer sexual feminino, o que não apenas colaborou para inibir a libido das mulheres como acabou por retrair estudos e definições sobre esse tema. Em sua palestra "Onde está o prazer sexual feminino", dra. Angelina Maia explica as relações que envolvem a anatomia, tabus e pensamentos, mostrando, para homens e mulheres, a descoberta dos caminhos que levam ao orgasmo da mulher.
- Outro assunto abordado envolve os termos "orgasmo vaginal" e "orgasmo clitoridiano", que, apesar de muito usados, são, com frequência, mal definidos. Alguns estudiosos responsabilizam Freud por uma das teorias mais amplamente divulgadas e que gerou muito conflito nas mulheres, que é o do orgasmo vaginal. O orgasmo clitoridiano e o orgasmo vaginal não são entidades separadas. Os estudos mostram que o clitóris tem o papel de receptor e transformador das sensações eróticas, qualquer que seja o estímulo aplicado sobre ele.
- Em "Onde está o prazer sexual da mulher", Angelina também aborda a sexualidade humana, tem que ela tem quatro pós-graduações, tema em que ela tem quatro pós-graduações. Em estatísticas relativas a "ações humanas", quase todos confundem "mais frequentes" com "normais". No sexo, também é "normal" aquilo que a maioria não gosta (...) A comunicação sobre os gostos sexuais entre os pares deve ser sempre estimulada, e é bom lembrar que, se for difícil usar as palavras,os sons, os movimentos e os gestos são muito bem compreendidos.
- Para a médica, é informando e lembrando de que cada um gosta do que seja feito com o seu corpo que o contato sexual ganha em qualidade. "Apesar de que o toque no local certo ser muito importante, o essencial é que o pensamento esteja entregue ao prazer". Angelina usa uma sigla simples para definir o ato sexual: "É um composto f-F (fricção e fantasia) - mas fantasia do que fricção".
Acrescenta o rilize que a doutora Angelina Maia está em Natal para um curso de colo de útero e vulva, organizado pelas ginecologistas Ana Cristina Araújo (Sogorn) e Ana Khaterine Gonçalves, da Sociedade de Colposcopia e Patologia do Colo do Rio Grande do Norte. Ela é coordenadora do Setor de Prevenção do Câncer e Colposcopia da Universidade Federal de Pernambuco.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/do-orgasmo-clitoridiano/176331
Los barbudos también acuden a consulta sexual
REPORTAJE: TRANSICIÓN SEXUAL
Los barbudos también acuden a consulta sexual
Poligamia, obsesión por la virginidad, homosexualidad reprimida... La doctora Amal Chabach, única sexóloga marroquí, describe la oscilante evolución de la sexualidad en Marruecos
IGNACIO CEMBRERO 10/07/2011
El hombre barbudo vestía una gandoura (larga túnica sin mangas) y la mujer llevaba burka, pero fue ella la que tomó la palabra en la consulta del médico para quejarse. Su esposo, explicó, no la satisfacía sexualmente porque era "demasiado rápido" haciendo el amor y, si quería ser un buen musulmán, debía colmarla. El marido asentía.
"Muchas jóvenes piden un certificado de virginidad que mostrar al marido si no sangran en la noche de bodas"
A lo largo de sus 11 años de ejercicio de la sexología, la doctora Amal Chabach, de 43 años, ha visto desfilar casos singulares por su consulta de Casablanca, pero conserva un recuerdo agudo de este matrimonio islamista que recibió hace seis meses.
Cuando Chabach decidió, en 1997, estudiar sexología en la Universidad de Bobigny (París), tras acabar la carrera de medicina, su principal motivación era "ayudar a las mujeres a mejorar su sexualidad, a consultar sin avergonzarse a otra mujer, pero especialista en esa materia". "Había constatado que existía esa necesidad mientras hice prácticas en un hospital de Casablanca", rememora la doctora.
Cuando, tres años después, Chabach se convirtió en la primera sexóloga de Marruecos -aún sigue siendo la única-, sus primeros y escasos pacientes fueron hombres "con problemas urgentes como la disfunción eréctil". "No me daba ni para pagar el alquiler de la consulta", recuerda.
A lo largo de la última década, la doctora Chabach se ha convertido, sin embargo, en un personaje conocido no solo porque hay cola para acudir a su gabinete en Casablanca, sino porque anima en la emisora tangerina Medi 1 un exitoso programa semanal de consultas por teléfono. Ahora prepara un programa de televisión.
Acaba además de publicar en mayo, en París, La pareja árabe en el siglo XXI. Manual de instrucciones (editorial Quintessence), que amplía, con aportaciones de otros sexólogos árabes, su primer libro editado el año pasado en Casablanca. Es una incipiente Elena Ochoa a la marroquí, aquella doctora que en la España de los noventa hizo mucha pedagogía sexual en los medios de comunicación.
"Marruecos está en transición en lo político y también en lo concerniente a la vida conyugal", declara Chabach resumiendo su experiencia. "He visto estos años cómo se ampliaba la visión sexual de los marroquíes, pero subsiste el lastre de la educación, tradiciones y tabúes, que se tardará décadas en superar", asegura sonriente en la terraza de una cafetería.
A los hombres aquejados de disfunción eréctil y de eyaculación precoz se añadieron pronto, como pacientes, mujeres que padecían anorgasmia y vaginismo (contracción involuntaria de los músculos de la vagina que impide la penetración).
"El vaginismo es una fobia relativamente frecuente en Marruecos, achacable, entre otras cosas, a la matraca que padecen las niñas a la que se les repite que no pierdan su virginidad, que permanezcan cerradas y, de paso, se les anticipa que la noche de bodas es espantosa", sostiene Chabach.
"Desde hace cuatro o cinco años, estas urgencias motivan, sobre todo, a acudir a la consulta a pacientes rurales, mientras que aquellos que vienen de las grandes ciudades, muchas veces en pareja, buscan cada vez más mejorar su rendimiento sexual para darse mutua satisfacción", añade satisfecha por esta transformación. "En el marco del matrimonio, el islam es de lo más permisivo", sostiene Chabach. "Solo está vetada la sodomía".
Ambos sexos han evolucionado. "La mujer estudia, trabaja y exige compartir el placer", recalca. "El hombre toma conciencia de que si satisface a su mujer, si el placer es mutuo, la relación de pareja será mucho más sólida". "De ahí que me haya encontrado con algún que otro joven que no quería casarse mientras no resolviese su problema de eyaculación precoz".
Entre las tendencias más recientes, Chabach señala que empieza a haber mujeres que asumen haber perdido su virginidad antes de contraer matrimonio e incluso parejas que, sin estar casadas, conviven bajo un mismo techo. Internet cambia mentalidades y "sobre todo facilita los contactos", recalca.
Estos brotes de liberalismo en las costumbres no deben ocultar el conservadurismo de una sociedad marcada por la tradición y la religión. Un porcentaje elevado de jóvenes mujeres solicitan a Chabach un certificado de virginidad antes de casarse. "Lo piden, por ejemplo, para mostrárselo al marido si, por casualidad, no sangran al tener una primera relación en su noche de bodas", explica la doctora.
Esa noche es especialmente estresante para la recién casada en algunos pueblos. Tras perder la virginidad debe colocarse un seroual (pantalón blanco corto) y mancharlo de sangre antes de quitárselo, colocarlo en una bandeja y mostrarlo a los familiares.
En alguna remota aldea sureña es "el joven marido el que comparece ante la parentela y se declara o no agradado por esa primera relación", explica Chabach. Si lo está, la familia del esposo agasaja a la de la esposa. Si, en cambio, aquel muestra su disgusto, la familia del esposo insatisfecho golpea a la de la recién casada.
El islam permite la poligamia, lo que genera situaciones peculiares. "He atendido, por ejemplo, a un sexagenario que no daba abasto para satisfacer por igual, como le obliga la religión, a sus tres esposas", recuerda Chabach. "Quería saber cómo estar a la altura".
Viudos ancianos, a veces octogenarios, que se disponen a casarse con cuarentañeras -en Marruecos son ya solteronas- forman también parte de la clientela de la doctora. Acuden preocupados por su capacidad de tener erecciones e incluso de procrear. Estos matrimonios son frecuentes en Marruecos. Los varones longevos encuentran a una mujer que les atienda y estas últimas adquieren el estatuto de casada, mucho mejor que el de soltera, mal visto a partir de cierta edad.
Como en España, muchos hombres se inician en el sexo con la ayuda de prostitutas, un fenómeno discreto pero bastante generalizado en Marruecos. Pero a la hora practicar el sexo con su esposa son reacios, a diferencia de los europeos, a acariciar los genitales de la mujer y "muchos rechazan el cunnilingus". Estas reticencias pueden dificultar el tratamiento del vaginismo en el marco de la pareja.
La felación tampoco es un hábito frecuente, "sobre todo en el marco del matrimonio; fuera sí está más generalizada". ¿Por qué? "Cuando un hombre se casa, su mujer adquiere, a veces, un carácter semisagrado, sobre todo cuando es madre", responde Chabach. "No hay que ensuciar a la madonna con usos supuestamente sucios", prosiguen. "Esos se reservan para el burdel o la relación extramarital".
El islam y la ley condenan en Marruecos la homosexualidad. Entre los cientos de pacientes que ha tratado la sexóloga hay, sin embargo, apenas media docena de gais, señala Chabach. "Suelen ser adolescentes que descubren su orientación sexual, sufren ante el rechazo social que provocan y no la aceptan".
http://www.elpais.com/articulo/reportajes/barbudos/acuden/consulta/sexual/elpepusocdmg/20110710elpdmgrep_2/Tes
Los barbudos también acuden a consulta sexual
Poligamia, obsesión por la virginidad, homosexualidad reprimida... La doctora Amal Chabach, única sexóloga marroquí, describe la oscilante evolución de la sexualidad en Marruecos
IGNACIO CEMBRERO 10/07/2011
El hombre barbudo vestía una gandoura (larga túnica sin mangas) y la mujer llevaba burka, pero fue ella la que tomó la palabra en la consulta del médico para quejarse. Su esposo, explicó, no la satisfacía sexualmente porque era "demasiado rápido" haciendo el amor y, si quería ser un buen musulmán, debía colmarla. El marido asentía.
"Muchas jóvenes piden un certificado de virginidad que mostrar al marido si no sangran en la noche de bodas"
A lo largo de sus 11 años de ejercicio de la sexología, la doctora Amal Chabach, de 43 años, ha visto desfilar casos singulares por su consulta de Casablanca, pero conserva un recuerdo agudo de este matrimonio islamista que recibió hace seis meses.
Cuando Chabach decidió, en 1997, estudiar sexología en la Universidad de Bobigny (París), tras acabar la carrera de medicina, su principal motivación era "ayudar a las mujeres a mejorar su sexualidad, a consultar sin avergonzarse a otra mujer, pero especialista en esa materia". "Había constatado que existía esa necesidad mientras hice prácticas en un hospital de Casablanca", rememora la doctora.
Cuando, tres años después, Chabach se convirtió en la primera sexóloga de Marruecos -aún sigue siendo la única-, sus primeros y escasos pacientes fueron hombres "con problemas urgentes como la disfunción eréctil". "No me daba ni para pagar el alquiler de la consulta", recuerda.
A lo largo de la última década, la doctora Chabach se ha convertido, sin embargo, en un personaje conocido no solo porque hay cola para acudir a su gabinete en Casablanca, sino porque anima en la emisora tangerina Medi 1 un exitoso programa semanal de consultas por teléfono. Ahora prepara un programa de televisión.
Acaba además de publicar en mayo, en París, La pareja árabe en el siglo XXI. Manual de instrucciones (editorial Quintessence), que amplía, con aportaciones de otros sexólogos árabes, su primer libro editado el año pasado en Casablanca. Es una incipiente Elena Ochoa a la marroquí, aquella doctora que en la España de los noventa hizo mucha pedagogía sexual en los medios de comunicación.
"Marruecos está en transición en lo político y también en lo concerniente a la vida conyugal", declara Chabach resumiendo su experiencia. "He visto estos años cómo se ampliaba la visión sexual de los marroquíes, pero subsiste el lastre de la educación, tradiciones y tabúes, que se tardará décadas en superar", asegura sonriente en la terraza de una cafetería.
A los hombres aquejados de disfunción eréctil y de eyaculación precoz se añadieron pronto, como pacientes, mujeres que padecían anorgasmia y vaginismo (contracción involuntaria de los músculos de la vagina que impide la penetración).
"El vaginismo es una fobia relativamente frecuente en Marruecos, achacable, entre otras cosas, a la matraca que padecen las niñas a la que se les repite que no pierdan su virginidad, que permanezcan cerradas y, de paso, se les anticipa que la noche de bodas es espantosa", sostiene Chabach.
"Desde hace cuatro o cinco años, estas urgencias motivan, sobre todo, a acudir a la consulta a pacientes rurales, mientras que aquellos que vienen de las grandes ciudades, muchas veces en pareja, buscan cada vez más mejorar su rendimiento sexual para darse mutua satisfacción", añade satisfecha por esta transformación. "En el marco del matrimonio, el islam es de lo más permisivo", sostiene Chabach. "Solo está vetada la sodomía".
Ambos sexos han evolucionado. "La mujer estudia, trabaja y exige compartir el placer", recalca. "El hombre toma conciencia de que si satisface a su mujer, si el placer es mutuo, la relación de pareja será mucho más sólida". "De ahí que me haya encontrado con algún que otro joven que no quería casarse mientras no resolviese su problema de eyaculación precoz".
Entre las tendencias más recientes, Chabach señala que empieza a haber mujeres que asumen haber perdido su virginidad antes de contraer matrimonio e incluso parejas que, sin estar casadas, conviven bajo un mismo techo. Internet cambia mentalidades y "sobre todo facilita los contactos", recalca.
Estos brotes de liberalismo en las costumbres no deben ocultar el conservadurismo de una sociedad marcada por la tradición y la religión. Un porcentaje elevado de jóvenes mujeres solicitan a Chabach un certificado de virginidad antes de casarse. "Lo piden, por ejemplo, para mostrárselo al marido si, por casualidad, no sangran al tener una primera relación en su noche de bodas", explica la doctora.
Esa noche es especialmente estresante para la recién casada en algunos pueblos. Tras perder la virginidad debe colocarse un seroual (pantalón blanco corto) y mancharlo de sangre antes de quitárselo, colocarlo en una bandeja y mostrarlo a los familiares.
En alguna remota aldea sureña es "el joven marido el que comparece ante la parentela y se declara o no agradado por esa primera relación", explica Chabach. Si lo está, la familia del esposo agasaja a la de la esposa. Si, en cambio, aquel muestra su disgusto, la familia del esposo insatisfecho golpea a la de la recién casada.
El islam permite la poligamia, lo que genera situaciones peculiares. "He atendido, por ejemplo, a un sexagenario que no daba abasto para satisfacer por igual, como le obliga la religión, a sus tres esposas", recuerda Chabach. "Quería saber cómo estar a la altura".
Viudos ancianos, a veces octogenarios, que se disponen a casarse con cuarentañeras -en Marruecos son ya solteronas- forman también parte de la clientela de la doctora. Acuden preocupados por su capacidad de tener erecciones e incluso de procrear. Estos matrimonios son frecuentes en Marruecos. Los varones longevos encuentran a una mujer que les atienda y estas últimas adquieren el estatuto de casada, mucho mejor que el de soltera, mal visto a partir de cierta edad.
Como en España, muchos hombres se inician en el sexo con la ayuda de prostitutas, un fenómeno discreto pero bastante generalizado en Marruecos. Pero a la hora practicar el sexo con su esposa son reacios, a diferencia de los europeos, a acariciar los genitales de la mujer y "muchos rechazan el cunnilingus". Estas reticencias pueden dificultar el tratamiento del vaginismo en el marco de la pareja.
La felación tampoco es un hábito frecuente, "sobre todo en el marco del matrimonio; fuera sí está más generalizada". ¿Por qué? "Cuando un hombre se casa, su mujer adquiere, a veces, un carácter semisagrado, sobre todo cuando es madre", responde Chabach. "No hay que ensuciar a la madonna con usos supuestamente sucios", prosiguen. "Esos se reservan para el burdel o la relación extramarital".
El islam y la ley condenan en Marruecos la homosexualidad. Entre los cientos de pacientes que ha tratado la sexóloga hay, sin embargo, apenas media docena de gais, señala Chabach. "Suelen ser adolescentes que descubren su orientación sexual, sufren ante el rechazo social que provocan y no la aceptan".
http://www.elpais.com/articulo/reportajes/barbudos/acuden/consulta/sexual/elpepusocdmg/20110710elpdmgrep_2/Tes
A Crítica noticia: Indígenas do Amazonas vítimas de turismo sexual entram com denúncia na justiça dos EUA
A Crítica noticia: Indígenas do Amazonas vítimas de turismo sexual entram com denúncia na justiça dos EUA
10 JULHO 2011
India da etnia Terena - Foto ilustrativa, sem relação com o caso [Valter Campanato/ABr]O Jornal A Crítica de Manaus, traz uma notícia estarrecedora: como se não bastasse o fato de já termos suficientes casos de exploração sexual internacional de 'civilizados', agora as indígenas é que estão na mira da perversão sexual dos capitalistas: "Caso veio à publico em reportagem publicada no jornal "The New York Times" e na Folha Online. Funai confirma as denúncias"
A ong norte-americana de combate ao turismo sexual de mulheres, Equality Now, divulgou em seu site que quatro indígenas brasileiras (naturais do Estado do Amazonas) entraram com um processo contra a empresa Wet-A-Line, dos Estados Unidos, acusando-a de tráfico sexual.
Conforme a ong, é a primeira vez que a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico daquele país é acionada para estes casos. O caso foi noticiado na edição deste sábado (09) no jornal "The New York Times" e reproduzido na edição deste domingo (10) no portal Folha Online.
De acordo com a Equality Now, a Wet-A-Line operava no Amazonas em parceria com a empresa Santana Eco Fish Safari, que tem sede em Manaus. Segundo a ong, a atividade aconteceu "durante vários anos", até por volta de 2009.
Em entrevista ao portal acritica.com, o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Melo, confirmou que as indígenas aliciadas por agências de turismo são do município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).
Conforme o indigenista, as embarcações e hidroavião com os turistas costumavam pousar, sem autorização, no lago Cunhã-Sapucaia, pertencente a terra indígena do mesmo nome, no município de Borba.
Melo conta que as denúncias chegaram a ser publicadas em alguns veículos de comunicação, mas o assunto acabou sendo esquecido.
Naufrágio
Segundo Melo, a prática de aliciamento e o estupro das meninas (todas com menos de 18 anos de idade) migrou para a região de Autazes depois do escândalo envolvendo empresários e políticos que faziam a mesma tipo de ativista turística no município de Barcelos.
O naufrágio do barco onde estavam os aliciadores e as meninas, ocorrido há aproximadamente cinco anos, durante o qual algumas delas morreram, ajudou a escancarar o turismo sexual praticado no Amazonas.
"Não havia essa atividade em Autazes. Quando estourou aquele escândalo, as agências de turismo de pesca foram para Autazes. E não eram apenas mulheres indígenas. Não-indígenas também eram aliciadas. Mas depois que saiu nos jornais novamente, a situação parou", disse Melo.
Em entrevista à Folha Online, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes, disse pelo menos 15 meninos foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair. O caso, segundo a reportagem da Folha Online, está em segredo de Justiça no Brasil.
O portal acritica.com tentou falar com Sérgio Fontes mas ele não atendeu às ligações feitas ao seu celular.
Investigação
Em matéria publicada no dia 14 de junho, a Equality Now diz que as meninas afirmaram que, nos barcos de pesca, "receberam álcool e drogas e foram forçadas a manter relações sexuais com homens durante as excursões de pesca".
Elas afirmaram que, na época, tinham menos de 18 anos. A mais jovem tinha apenas 12 anos. Conforme o site, a Wet-A-Line já vem sendo investigada pela justiça brasileira.
A Equality Now afirma que atua contra indústria do turismo sexual nos Estados Unidos há 15 anos.
Segundo a ong, a Unicef estima que 250 mil crianças são forçadas a praticar turismo sexual no Brasil. A entidade acusa a polícia dos Estados Unidos de fazer vista grossa contra essa prática.
Em entrevistada dada ao G1 neste domingo, a ministra da Secretaria das Mulheres, Iniry Lopes, ao tomar conhecimento da reportagem do jornal "The New York Times", disse que nesta segunda-feira decidirá o melhor procedimento sobre o caso e que, se for necessário, a pasta enviará uma comissão à Amazônia.
Fonte: http://acritica.uol.com.br
http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1813%3Aa-critica-noticia-indigenas-do-amazonas-vitimas-de-turismo-sexual-entram-com-denuncia-na-justica-dos-eua&catid=184%3Apovos-indigenas
10 JULHO 2011
India da etnia Terena - Foto ilustrativa, sem relação com o caso [Valter Campanato/ABr]O Jornal A Crítica de Manaus, traz uma notícia estarrecedora: como se não bastasse o fato de já termos suficientes casos de exploração sexual internacional de 'civilizados', agora as indígenas é que estão na mira da perversão sexual dos capitalistas: "Caso veio à publico em reportagem publicada no jornal "The New York Times" e na Folha Online. Funai confirma as denúncias"
A ong norte-americana de combate ao turismo sexual de mulheres, Equality Now, divulgou em seu site que quatro indígenas brasileiras (naturais do Estado do Amazonas) entraram com um processo contra a empresa Wet-A-Line, dos Estados Unidos, acusando-a de tráfico sexual.
Conforme a ong, é a primeira vez que a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico daquele país é acionada para estes casos. O caso foi noticiado na edição deste sábado (09) no jornal "The New York Times" e reproduzido na edição deste domingo (10) no portal Folha Online.
De acordo com a Equality Now, a Wet-A-Line operava no Amazonas em parceria com a empresa Santana Eco Fish Safari, que tem sede em Manaus. Segundo a ong, a atividade aconteceu "durante vários anos", até por volta de 2009.
Em entrevista ao portal acritica.com, o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Melo, confirmou que as indígenas aliciadas por agências de turismo são do município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).
Conforme o indigenista, as embarcações e hidroavião com os turistas costumavam pousar, sem autorização, no lago Cunhã-Sapucaia, pertencente a terra indígena do mesmo nome, no município de Borba.
Melo conta que as denúncias chegaram a ser publicadas em alguns veículos de comunicação, mas o assunto acabou sendo esquecido.
Naufrágio
Segundo Melo, a prática de aliciamento e o estupro das meninas (todas com menos de 18 anos de idade) migrou para a região de Autazes depois do escândalo envolvendo empresários e políticos que faziam a mesma tipo de ativista turística no município de Barcelos.
O naufrágio do barco onde estavam os aliciadores e as meninas, ocorrido há aproximadamente cinco anos, durante o qual algumas delas morreram, ajudou a escancarar o turismo sexual praticado no Amazonas.
"Não havia essa atividade em Autazes. Quando estourou aquele escândalo, as agências de turismo de pesca foram para Autazes. E não eram apenas mulheres indígenas. Não-indígenas também eram aliciadas. Mas depois que saiu nos jornais novamente, a situação parou", disse Melo.
Em entrevista à Folha Online, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes, disse pelo menos 15 meninos foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair. O caso, segundo a reportagem da Folha Online, está em segredo de Justiça no Brasil.
O portal acritica.com tentou falar com Sérgio Fontes mas ele não atendeu às ligações feitas ao seu celular.
Investigação
Em matéria publicada no dia 14 de junho, a Equality Now diz que as meninas afirmaram que, nos barcos de pesca, "receberam álcool e drogas e foram forçadas a manter relações sexuais com homens durante as excursões de pesca".
Elas afirmaram que, na época, tinham menos de 18 anos. A mais jovem tinha apenas 12 anos. Conforme o site, a Wet-A-Line já vem sendo investigada pela justiça brasileira.
A Equality Now afirma que atua contra indústria do turismo sexual nos Estados Unidos há 15 anos.
Segundo a ong, a Unicef estima que 250 mil crianças são forçadas a praticar turismo sexual no Brasil. A entidade acusa a polícia dos Estados Unidos de fazer vista grossa contra essa prática.
Em entrevistada dada ao G1 neste domingo, a ministra da Secretaria das Mulheres, Iniry Lopes, ao tomar conhecimento da reportagem do jornal "The New York Times", disse que nesta segunda-feira decidirá o melhor procedimento sobre o caso e que, se for necessário, a pasta enviará uma comissão à Amazônia.
Fonte: http://acritica.uol.com.br
http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1813%3Aa-critica-noticia-indigenas-do-amazonas-vitimas-de-turismo-sexual-entram-com-denuncia-na-justica-dos-eua&catid=184%3Apovos-indigenas
"Namorinho de portão" já é coisa do passado
"Namorinho de portão" já é coisa do passado
Publicação: 12 de Junho de 2011 às 00:00
Sara Vasconcelos
Repórter
O bilhetinho escrito no guardanapo entregue no meio da festa. A troca de cartas em papel decorado. O pedido (sim, com todas as letras): "Você quer namorar comigo?". E a espera de alguns dias - para posar de difícil - até a resposta. A sequência de fatos faz parte da maioria dos relatos de início de namoros de pais e mães acima de 40 anos. Atualmente, o guardanapo e o papel de cartas foram trocados por mensagens instantâneas, disparadas por celulares e internet, garantindo maior dinamismo e menos espera para os dois lados. Mas não foram apenas as táticas de conquista que se modernizaram. O tal 'pedido de namoro' - quase em desuso - foi substituído por uma dúvida ou despreocupação em saber dizer quando, de fato, começaram a enamorar. E o relacionamento ganhou um formato mais liberal, inclusive com a permissão de alguns pais para que os apaixonados fiquem no quarto de casa.
As mudanças não param por aí. Há também uma troca de endereço, mesmo que temporária. É assim para a jornalista Jamille Nogueira, 25 anos, que aos finais de semana "se muda" para a casa dos pais do namorado, o produtor cultural Tarso Latorraca Casadei, 27 anos. Ele lembra que a frequencia com que se viam e se falavam dispensou o pedido formal e estão namorando, desde que se conheceram, há dois anos e meio.
O estar inserido não só na vida, como também no ambiente familiar é visto como ponto positivo pelos familiares. "Acredito que essa proximidade nos garante uma intimidade, uma sintonia, evita surpresa. Ele já me vê pela manhã descabelada", brinca a jornalista. Para ele, a proximidade durante o namoro ajuda a não encarar o casamento como um "peso". "O casamento é uma união para me fazer mais feliz e completo. O convívio antes do casamento é fundamental para isso, para conhecê-la melhor, respeitar suas particularidades", disse enquanto confessava não ter dormido na casa da namorada, apesar do acolhimento dos futuros sogros.
A coordenadora de projetos sociais Inês Latorraca, 52 anos, considera essa liberdade dada ao namoro do filho - e impensada na época dela - uma preparação importante para o futuro dos dois. "Prefiro que estejam em casa, fico mais tranquila. Além de ser mais seguro, permite que, como família, nos conheçamos e participemos melhor da relação deles", avalia.
O consentimento dos pais não é sinônimo de desrespeito, garante a dona de casa Ivaneide Alves de Brito Santos, 46 anos, que há cerca de um ano abriu as portas da casa para Adailton Siqueira, 34 anos, namorado da filha, a enfermeira Camila Alves dos Santos, 24 anos. O que permitiu o futuro genro, que mora sozinho, passar o tempo livre na casa da namorada. "Estranhei no início, porque fui criada num sistema bastante rígido, mas hoje prefiro tê-los por perto, dá para orientá-los", observa.
Desde que ficaram noivos, o casal que casa em novembro teve a "bênção" para dormirem juntos. "Mas por opção nossa, mantemos a porta aberta", diz Camila.
Ainda existem amores à moda antiga
Para a enfermeira Isabella Bezerra de Lima, 27 anos, o estilo à moda antiga ainda é mais prazeroso e construtivo. O namoro com o analista de sistema Jamersson Luis Moares, 28 anos, que dura 3,6 anos, começou de forma diferente. Integrantes de uma comunidade católica, antes mesmo do pedido formal de namoro, os pretendentes foram acompanhados por padrinhos para conhecer compatibilidades. Com casamento marcado para novembro, o casal diz ser comum entre os amigos a decisão de aguardar o matrimônio, para ter mais intimidade.
Para o casal, existe diferença em namorar e casar. "O namoro é um momento mais leve, que apesar de conhecimento, não pode ser vivido como um 'testar para ver se vai dar certo'", conclui Izabella. Os pais compartilham da opinião, apesar de considerar exagero a vigilância da comunidade durante a paquera. A mãe, Maria das Graças de Lima, conta que nas poucas vezes em que foi necessário Jamersson dormir em sua casa, a filha precisou mudar de quarto. "É um cuidado. Não sou a favor de muita liberdade no namoro, sob pena de perder o encantamento dessa fase", observa. O pai Israel de Lima, de 66 anos lembra que na época de solteiro, o namoro tinha outra conotação que assegurava maior compromisso.
Bate-papo
"A vontade de namorar, de amar e ser amado, permanece"
As pessoas ainda querem namorar ou buscam companhia pra fugir da solidão?
Apesar das mudanças que ocorrem com o passar do tempo, alguns aspectos do mundo humano são universais e atemporais. A vontade de namorar não parece esvaziada, atravessando diferentes culturas em tempos distintos. Houve algumas modificações nos formatos de namoro, mas a vontade de namorar e o desejo de amar e ser amado parece fazer parte da realidade da maioria das pessoas.
O namoro hoje em dia é menos compromisso?
Namorar pode ter inúmeros sentidos e significados que são construídos a partir da história de vida de cada sujeito. Isto pode implicar um maior ou menor compromisso e pode ter o casamento como vislumbre ou não. O namoro percorre tantas variações quantos universos existentes.
Essa liberdade de dormir juntos na casa dos pais é uma evolução natural nos relacionamentos?
Acredito que a liberdade de dormir juntos na casa dos pais não representa nem evolução nem retrocesso nas relações, é apenas reflexo da sociedade moderna, principalmente no que diz respeito à violência urbana, apontada como principal causa desta nova configuração, que é também conseqüência do exercício mais precoce da sexualidade aliado a uma maior dependência dos pais.
Conversar sobre sexualidade ou até mesmo abrir as portas da casa para acolher os namorados é o ideal?
Dormir na casa dos pais proporciona segurança, algo muito importante em tempos de violência, além das longas distâncias características dos grandes centros. Isso explica uma maior incidência deste comportamento nas cidades maiores. Além disso, conversar sobre sexualidade de forma mais aberta pode ser importante para a troca de informações e a construção de uma maior confiança na vida dos jovens. Para filhos e pais, estas podem ser situações constrangedoras ou difíceis de administrar se não houver um acordo comum e a escolha de ambas as partes e se os pais forem de encontro aos seus valores. Caso contrário, a situação pode ser confortável e ainda trazer ganhos para todos.
Como os pais devem agir e definir limite e liberdade?
Os pais precisam tentar travar diálogos abertos e honestos. É interessante construir uma liberdade regrada, em que estejam claros os espaços de circulação de cada um. O limite e a liberdade são reflexos do movimento e dinâmica de cada família.
É comum ainda se ter receio em assumir que o namoro não é mais como na época dos nossos pais?
Ter vergonha ou não de viver o namoro no formato menos tradicional, vai depender do quão confortável é para cada pessoa. Pode gerar vergonha porque o tema sexo é sempre tabu, independente da forma que é vivido e da época em que é abordado.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/namorinho-de-portao-ja-e-coisa-do-passado/185002
Publicação: 12 de Junho de 2011 às 00:00
Sara Vasconcelos
Repórter
O bilhetinho escrito no guardanapo entregue no meio da festa. A troca de cartas em papel decorado. O pedido (sim, com todas as letras): "Você quer namorar comigo?". E a espera de alguns dias - para posar de difícil - até a resposta. A sequência de fatos faz parte da maioria dos relatos de início de namoros de pais e mães acima de 40 anos. Atualmente, o guardanapo e o papel de cartas foram trocados por mensagens instantâneas, disparadas por celulares e internet, garantindo maior dinamismo e menos espera para os dois lados. Mas não foram apenas as táticas de conquista que se modernizaram. O tal 'pedido de namoro' - quase em desuso - foi substituído por uma dúvida ou despreocupação em saber dizer quando, de fato, começaram a enamorar. E o relacionamento ganhou um formato mais liberal, inclusive com a permissão de alguns pais para que os apaixonados fiquem no quarto de casa.
As mudanças não param por aí. Há também uma troca de endereço, mesmo que temporária. É assim para a jornalista Jamille Nogueira, 25 anos, que aos finais de semana "se muda" para a casa dos pais do namorado, o produtor cultural Tarso Latorraca Casadei, 27 anos. Ele lembra que a frequencia com que se viam e se falavam dispensou o pedido formal e estão namorando, desde que se conheceram, há dois anos e meio.
O estar inserido não só na vida, como também no ambiente familiar é visto como ponto positivo pelos familiares. "Acredito que essa proximidade nos garante uma intimidade, uma sintonia, evita surpresa. Ele já me vê pela manhã descabelada", brinca a jornalista. Para ele, a proximidade durante o namoro ajuda a não encarar o casamento como um "peso". "O casamento é uma união para me fazer mais feliz e completo. O convívio antes do casamento é fundamental para isso, para conhecê-la melhor, respeitar suas particularidades", disse enquanto confessava não ter dormido na casa da namorada, apesar do acolhimento dos futuros sogros.
A coordenadora de projetos sociais Inês Latorraca, 52 anos, considera essa liberdade dada ao namoro do filho - e impensada na época dela - uma preparação importante para o futuro dos dois. "Prefiro que estejam em casa, fico mais tranquila. Além de ser mais seguro, permite que, como família, nos conheçamos e participemos melhor da relação deles", avalia.
O consentimento dos pais não é sinônimo de desrespeito, garante a dona de casa Ivaneide Alves de Brito Santos, 46 anos, que há cerca de um ano abriu as portas da casa para Adailton Siqueira, 34 anos, namorado da filha, a enfermeira Camila Alves dos Santos, 24 anos. O que permitiu o futuro genro, que mora sozinho, passar o tempo livre na casa da namorada. "Estranhei no início, porque fui criada num sistema bastante rígido, mas hoje prefiro tê-los por perto, dá para orientá-los", observa.
Desde que ficaram noivos, o casal que casa em novembro teve a "bênção" para dormirem juntos. "Mas por opção nossa, mantemos a porta aberta", diz Camila.
Ainda existem amores à moda antiga
Para a enfermeira Isabella Bezerra de Lima, 27 anos, o estilo à moda antiga ainda é mais prazeroso e construtivo. O namoro com o analista de sistema Jamersson Luis Moares, 28 anos, que dura 3,6 anos, começou de forma diferente. Integrantes de uma comunidade católica, antes mesmo do pedido formal de namoro, os pretendentes foram acompanhados por padrinhos para conhecer compatibilidades. Com casamento marcado para novembro, o casal diz ser comum entre os amigos a decisão de aguardar o matrimônio, para ter mais intimidade.
Para o casal, existe diferença em namorar e casar. "O namoro é um momento mais leve, que apesar de conhecimento, não pode ser vivido como um 'testar para ver se vai dar certo'", conclui Izabella. Os pais compartilham da opinião, apesar de considerar exagero a vigilância da comunidade durante a paquera. A mãe, Maria das Graças de Lima, conta que nas poucas vezes em que foi necessário Jamersson dormir em sua casa, a filha precisou mudar de quarto. "É um cuidado. Não sou a favor de muita liberdade no namoro, sob pena de perder o encantamento dessa fase", observa. O pai Israel de Lima, de 66 anos lembra que na época de solteiro, o namoro tinha outra conotação que assegurava maior compromisso.
Bate-papo
"A vontade de namorar, de amar e ser amado, permanece"
As pessoas ainda querem namorar ou buscam companhia pra fugir da solidão?
Apesar das mudanças que ocorrem com o passar do tempo, alguns aspectos do mundo humano são universais e atemporais. A vontade de namorar não parece esvaziada, atravessando diferentes culturas em tempos distintos. Houve algumas modificações nos formatos de namoro, mas a vontade de namorar e o desejo de amar e ser amado parece fazer parte da realidade da maioria das pessoas.
O namoro hoje em dia é menos compromisso?
Namorar pode ter inúmeros sentidos e significados que são construídos a partir da história de vida de cada sujeito. Isto pode implicar um maior ou menor compromisso e pode ter o casamento como vislumbre ou não. O namoro percorre tantas variações quantos universos existentes.
Essa liberdade de dormir juntos na casa dos pais é uma evolução natural nos relacionamentos?
Acredito que a liberdade de dormir juntos na casa dos pais não representa nem evolução nem retrocesso nas relações, é apenas reflexo da sociedade moderna, principalmente no que diz respeito à violência urbana, apontada como principal causa desta nova configuração, que é também conseqüência do exercício mais precoce da sexualidade aliado a uma maior dependência dos pais.
Conversar sobre sexualidade ou até mesmo abrir as portas da casa para acolher os namorados é o ideal?
Dormir na casa dos pais proporciona segurança, algo muito importante em tempos de violência, além das longas distâncias características dos grandes centros. Isso explica uma maior incidência deste comportamento nas cidades maiores. Além disso, conversar sobre sexualidade de forma mais aberta pode ser importante para a troca de informações e a construção de uma maior confiança na vida dos jovens. Para filhos e pais, estas podem ser situações constrangedoras ou difíceis de administrar se não houver um acordo comum e a escolha de ambas as partes e se os pais forem de encontro aos seus valores. Caso contrário, a situação pode ser confortável e ainda trazer ganhos para todos.
Como os pais devem agir e definir limite e liberdade?
Os pais precisam tentar travar diálogos abertos e honestos. É interessante construir uma liberdade regrada, em que estejam claros os espaços de circulação de cada um. O limite e a liberdade são reflexos do movimento e dinâmica de cada família.
É comum ainda se ter receio em assumir que o namoro não é mais como na época dos nossos pais?
Ter vergonha ou não de viver o namoro no formato menos tradicional, vai depender do quão confortável é para cada pessoa. Pode gerar vergonha porque o tema sexo é sempre tabu, independente da forma que é vivido e da época em que é abordado.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/namorinho-de-portao-ja-e-coisa-do-passado/185002
Desejo novo sabor menta
Desejo novo sabor menta
Publicação: Natal, 10 de Julho de 2011 às 00:00
Isaac Ribeiro – repórter
Os portadores de algum tipo de disfunção erétil acabam de ganhar mais um aliado. Chegou ao mercado brasileiro um medicamento que promete amenizar, ou até mesmo resolver, a falta de ereção, seja ela mínima, moderada ou severa, melhorando a qualidade de vida dos homens afetados pelo problema. O diferencial do Levitra ODT, lançado pela Bayer Healthcare, com relação aos similares já existentes nas farmácias é o fato de ser o primeiro comprido com essa função que dissolve na boca em segundos, sem a necessidade de líquidos, além de ter o sabor de menta.
É o primeiro medicamento para disfunção erétil em forma orodispersível lançado no Brasil. Na coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, em São Paulo, outras vantagens foram apresentadas aos jornalistas. O TN Família estava lá.
O design da embalagem também é diferenciado, com um dispositivo que faz a cartela de comprimidos deslizar, expondo a dose a ser consumida minutos antes da relação sexual, tudo em nome da discrição, do comodismo e da funcionalidade.
A ação do novo medicamento começa com 15 minutos após ser ingerido. A partir daí, segundo os especialistas da Bayer, a ereção está garantida por um período de oito horas, bastando apenas um estímulo sexual para que ela se manifeste.
O urologista Archimedes Nardozza Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - seção São Paulo (SBU/SP), explica que o Levitra não apresenta interação com álcool e alimentos, podendo ser tomado por qualquer homem, até mesmo por hipertensos, diabéticos e cardiopatas, desde que não façam uso regular de remédios à base de nitratos e doadores de óxido nítrico.
O preço fixado para o medicamento é de R$17 por comprimido, podendo ser comprado em embalagens com dois ou quatro.
Para entender a forma de ação da novidade, foi realizada uma pesquisa com 300 homens com problemas de ereção, e ainda 240 médicos. Mais de 90% dos entrevistados apontaram positivamente à propriedade de dissolução na boca e 62% deles disseram estar dispostos a mudar para esta nova modalidade. Cerca de 152 milhões de homens no mundo apresentam algum tipo de disfunção erétil. O repórter viajou a convite da Bayer Healthcare.
Saúde sexual boa é sinal de melhor qualidade de vida
A Organização Mundial de Saúde considera a saúde sexual fundamental para se ter boa qualidade de vida. Para a maioria dos homens, não ter uma ereção satisfatória e duradoura pode resultar em perda da autoestima, problemas com autoimagem e prejuízos também nos relacionamentos interpessoais. Isso sem citar a questão da masculinidade e a autopercepção do papel social do homem.
Divulgação Na apresentação do Levitra ODT, foram destacados diferenciais como o design da embalagem, o sabor menta e fato de dissolver na boca
"A ereção é tão significativa para a identidade masculina quanto à maternidade para a identidade feminina", comenta o psicólogo e terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex) e membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash).
De acordo com o terapeuta, o homem afetado pela disfunção erétil também pode ter sérios problemas com sua afetividade, tendendo a nutrir sentimentos negativos em relação à parceira, como raiva, caindo em quadros de depressão. "Ele não quer mais dormir de conchinha", diverte-se o psicólogo.
A depressão e a ansiedade são os principais fatores psicológicos responsáveis pela falta de ereção - e geralmente estão relacionadas à forma como encaramos e tentamos resolver os problemas cotidianos. E nenhuma das duas ajuda aos mecanismos da ereção.
Cerca de 45% dos homens com disfunção erétil têm alguma queixa de depressão, de acordo com Oswaldo Martins; mesmo que seja a chamada "depressão sorridente", quando se está deprimido e não se demonstra.
O próprio ato sexual já gera um pouco de ansiedade. O fato de precisar fazer uso de um medicamento para ter uma ereção satisfatória também é motivo de apreensão. "Se o homem tem que tomar um comprimido já se sente coagido. Ele tem que disfarçar, ir ao banheiro, tem que ter água. E se for começar uma relação sexual com preocupações já é complicado", avalia o psicólogo. "Solucionar problemas sexuais ajuda a resolver outros problemas da vida."
Fatores Fisiopatológicos
Mas não são apenas as percepções psicológicas que geram problemas de ereção. Fatores fisiopatológicos também levam à disfunção, principalmente doenças como diabetes, dislipidemia (altos níveis de gordura no sangue), hipertensão arterial, obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da barriga), além de problemas cardiovasculares.
Mas apesar de as doenças crônicas terem uma alta prevalência na causa da disfunção erétil, a maioria dos homens associa o problema principalmente a fatores psicológicos - como demonstrou a pesquisa "Homens em todo mundo", realizada pelo Instituto Ipsos Mori.
Pequenos riscos e efeitos
O Levitra ODT só é contraindicado mesmo para cardiopatas usuários de medicamentos à base de nitrato. Fora isso, qualquer homem saudável pode usá-lo sem problemas, como afirmam os especialistas da Bayer. "Pode ser tomado todas as vezes que for ter relações sexuais, diariamente inclusive. Porém, não é recomendável tomar mais de um por dia", esclarece o urologista Archimedes Nardozza Jr. Ainda de acordo com ele, na primeira hora após tomar o remédio pode ocorrer rubor facial, dor de cabeça e alguma alteração intestinal, sintomas provocados pela ação vasodilatadora.
Vale salientar que o medicamento não causa nenhum efeito nas mulheres, uma vez que seu objetivo maior é favorecer a vasodilatação do tecido cavernoso do pênis. Mas o psicólogo Oswaldo Martins considera a parceira fundamental para o tratamento da disfunção erétil. "Ela sabe mais sobre nossos pacientes do que nós, médicos."
http://tribunadonorte.com.br/noticia/desejo-novo-sabor-menta/188356
Publicação: Natal, 10 de Julho de 2011 às 00:00
Isaac Ribeiro – repórter
Os portadores de algum tipo de disfunção erétil acabam de ganhar mais um aliado. Chegou ao mercado brasileiro um medicamento que promete amenizar, ou até mesmo resolver, a falta de ereção, seja ela mínima, moderada ou severa, melhorando a qualidade de vida dos homens afetados pelo problema. O diferencial do Levitra ODT, lançado pela Bayer Healthcare, com relação aos similares já existentes nas farmácias é o fato de ser o primeiro comprido com essa função que dissolve na boca em segundos, sem a necessidade de líquidos, além de ter o sabor de menta.
É o primeiro medicamento para disfunção erétil em forma orodispersível lançado no Brasil. Na coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, em São Paulo, outras vantagens foram apresentadas aos jornalistas. O TN Família estava lá.
O design da embalagem também é diferenciado, com um dispositivo que faz a cartela de comprimidos deslizar, expondo a dose a ser consumida minutos antes da relação sexual, tudo em nome da discrição, do comodismo e da funcionalidade.
A ação do novo medicamento começa com 15 minutos após ser ingerido. A partir daí, segundo os especialistas da Bayer, a ereção está garantida por um período de oito horas, bastando apenas um estímulo sexual para que ela se manifeste.
O urologista Archimedes Nardozza Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - seção São Paulo (SBU/SP), explica que o Levitra não apresenta interação com álcool e alimentos, podendo ser tomado por qualquer homem, até mesmo por hipertensos, diabéticos e cardiopatas, desde que não façam uso regular de remédios à base de nitratos e doadores de óxido nítrico.
O preço fixado para o medicamento é de R$17 por comprimido, podendo ser comprado em embalagens com dois ou quatro.
Para entender a forma de ação da novidade, foi realizada uma pesquisa com 300 homens com problemas de ereção, e ainda 240 médicos. Mais de 90% dos entrevistados apontaram positivamente à propriedade de dissolução na boca e 62% deles disseram estar dispostos a mudar para esta nova modalidade. Cerca de 152 milhões de homens no mundo apresentam algum tipo de disfunção erétil. O repórter viajou a convite da Bayer Healthcare.
Saúde sexual boa é sinal de melhor qualidade de vida
A Organização Mundial de Saúde considera a saúde sexual fundamental para se ter boa qualidade de vida. Para a maioria dos homens, não ter uma ereção satisfatória e duradoura pode resultar em perda da autoestima, problemas com autoimagem e prejuízos também nos relacionamentos interpessoais. Isso sem citar a questão da masculinidade e a autopercepção do papel social do homem.
Divulgação Na apresentação do Levitra ODT, foram destacados diferenciais como o design da embalagem, o sabor menta e fato de dissolver na boca
"A ereção é tão significativa para a identidade masculina quanto à maternidade para a identidade feminina", comenta o psicólogo e terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex) e membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash).
De acordo com o terapeuta, o homem afetado pela disfunção erétil também pode ter sérios problemas com sua afetividade, tendendo a nutrir sentimentos negativos em relação à parceira, como raiva, caindo em quadros de depressão. "Ele não quer mais dormir de conchinha", diverte-se o psicólogo.
A depressão e a ansiedade são os principais fatores psicológicos responsáveis pela falta de ereção - e geralmente estão relacionadas à forma como encaramos e tentamos resolver os problemas cotidianos. E nenhuma das duas ajuda aos mecanismos da ereção.
Cerca de 45% dos homens com disfunção erétil têm alguma queixa de depressão, de acordo com Oswaldo Martins; mesmo que seja a chamada "depressão sorridente", quando se está deprimido e não se demonstra.
O próprio ato sexual já gera um pouco de ansiedade. O fato de precisar fazer uso de um medicamento para ter uma ereção satisfatória também é motivo de apreensão. "Se o homem tem que tomar um comprimido já se sente coagido. Ele tem que disfarçar, ir ao banheiro, tem que ter água. E se for começar uma relação sexual com preocupações já é complicado", avalia o psicólogo. "Solucionar problemas sexuais ajuda a resolver outros problemas da vida."
Fatores Fisiopatológicos
Mas não são apenas as percepções psicológicas que geram problemas de ereção. Fatores fisiopatológicos também levam à disfunção, principalmente doenças como diabetes, dislipidemia (altos níveis de gordura no sangue), hipertensão arterial, obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da barriga), além de problemas cardiovasculares.
Mas apesar de as doenças crônicas terem uma alta prevalência na causa da disfunção erétil, a maioria dos homens associa o problema principalmente a fatores psicológicos - como demonstrou a pesquisa "Homens em todo mundo", realizada pelo Instituto Ipsos Mori.
Pequenos riscos e efeitos
O Levitra ODT só é contraindicado mesmo para cardiopatas usuários de medicamentos à base de nitrato. Fora isso, qualquer homem saudável pode usá-lo sem problemas, como afirmam os especialistas da Bayer. "Pode ser tomado todas as vezes que for ter relações sexuais, diariamente inclusive. Porém, não é recomendável tomar mais de um por dia", esclarece o urologista Archimedes Nardozza Jr. Ainda de acordo com ele, na primeira hora após tomar o remédio pode ocorrer rubor facial, dor de cabeça e alguma alteração intestinal, sintomas provocados pela ação vasodilatadora.
Vale salientar que o medicamento não causa nenhum efeito nas mulheres, uma vez que seu objetivo maior é favorecer a vasodilatação do tecido cavernoso do pênis. Mas o psicólogo Oswaldo Martins considera a parceira fundamental para o tratamento da disfunção erétil. "Ela sabe mais sobre nossos pacientes do que nós, médicos."
http://tribunadonorte.com.br/noticia/desejo-novo-sabor-menta/188356
Meninas que são escravas sexuais
10/07/2011 - 13h02
Meninas que são escravas sexuais
No começo da década de 90, eu percorri o Brasil, especialmente a Amazônia, documentando a exploração sexual de meninas, transformadas, na prática, em escravas. Esse levantamento resultou numa série de reportagens para a Folha e no livro "Meninas da Noite". Houve uma imensa repercussão tanto fora como dentro do país.
O processo contra empresas de turismo americanas acusadas de turismo sexual na Amazônia, explorando meninas, apenas mostra que, apesar dos avanços, pouco mudou, especialmente em algumas regiões no Norte e no Nordeste.
E pouco mudou porque há um conluio entre empresas de turismo, hotéis, polícia e até as famílias, que, em alguns casos, alugam suas filhas. Ou até vendem, como eu pude documentar e, depois, filmaram.
Grupos de defesa do direito da mulher americanos que estão acompanhando esse caso dizem que o Brasil está atraindo tanta ou mais atenção para o turismo sexual de meninas do que a Tailândia.
Antes, porém, que se imagine que é um problema trazido por turistas estrangeiros, é bom não esquecer que o principal cliente desse comércio trágico é o próprio brasileiro.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/941562-meninas-que-sao-escravas-sexuais.shtml
Meninas que são escravas sexuais
No começo da década de 90, eu percorri o Brasil, especialmente a Amazônia, documentando a exploração sexual de meninas, transformadas, na prática, em escravas. Esse levantamento resultou numa série de reportagens para a Folha e no livro "Meninas da Noite". Houve uma imensa repercussão tanto fora como dentro do país.
O processo contra empresas de turismo americanas acusadas de turismo sexual na Amazônia, explorando meninas, apenas mostra que, apesar dos avanços, pouco mudou, especialmente em algumas regiões no Norte e no Nordeste.
E pouco mudou porque há um conluio entre empresas de turismo, hotéis, polícia e até as famílias, que, em alguns casos, alugam suas filhas. Ou até vendem, como eu pude documentar e, depois, filmaram.
Grupos de defesa do direito da mulher americanos que estão acompanhando esse caso dizem que o Brasil está atraindo tanta ou mais atenção para o turismo sexual de meninas do que a Tailândia.
Antes, porém, que se imagine que é um problema trazido por turistas estrangeiros, é bom não esquecer que o principal cliente desse comércio trágico é o próprio brasileiro.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/941562-meninas-que-sao-escravas-sexuais.shtml
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