domingo, 10 de julho de 2011

Desejo novo sabor menta

Desejo novo sabor menta
Publicação: Natal, 10 de Julho de 2011 às 00:00
Isaac Ribeiro – repórter
Os portadores de algum tipo de disfunção erétil acabam de ganhar mais um aliado. Chegou ao mercado brasileiro um medicamento que promete amenizar, ou até mesmo resolver, a falta de ereção, seja ela mínima, moderada ou severa, melhorando a qualidade de vida dos homens afetados pelo problema. O diferencial do Levitra ODT, lançado pela Bayer Healthcare, com relação aos similares já existentes nas farmácias é o fato de ser o primeiro comprido com essa função que dissolve na boca em segundos, sem a necessidade de líquidos, além de ter o sabor de menta.
É o primeiro medicamento para disfunção erétil em forma orodispersível lançado no Brasil. Na coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, em São Paulo, outras vantagens foram apresentadas aos jornalistas. O TN Família estava lá.
O design da embalagem também é diferenciado, com um dispositivo que faz a cartela de comprimidos deslizar, expondo a dose a ser consumida minutos antes da relação sexual, tudo em nome da discrição, do comodismo e da funcionalidade.
A ação do novo medicamento começa com 15 minutos após ser ingerido. A partir daí, segundo os especialistas da Bayer, a ereção está garantida por um período de oito horas, bastando apenas um estímulo sexual para que ela se manifeste.
O urologista Archimedes Nardozza Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - seção São Paulo (SBU/SP), explica que o Levitra não apresenta interação com álcool e alimentos, podendo ser tomado por qualquer homem, até mesmo por hipertensos, diabéticos e cardiopatas, desde que não façam uso regular de remédios à base de nitratos e doadores de óxido nítrico.
O preço fixado para o medicamento é de R$17 por comprimido, podendo ser comprado em embalagens com dois ou quatro.
Para entender a forma de ação da novidade, foi realizada uma pesquisa com 300 homens com problemas de ereção, e ainda 240 médicos. Mais de 90% dos entrevistados apontaram positivamente à propriedade de dissolução na boca e 62% deles disseram estar dispostos a mudar para esta nova modalidade. Cerca de 152 milhões de homens no mundo apresentam algum tipo de disfunção erétil. O repórter viajou a convite da Bayer Healthcare.
Saúde sexual boa é sinal de melhor qualidade de vida
A Organização Mundial de Saúde considera a saúde sexual fundamental para se ter boa qualidade de vida. Para a maioria dos homens, não ter uma ereção satisfatória e duradoura pode resultar em perda da autoestima, problemas com autoimagem e prejuízos também nos relacionamentos interpessoais. Isso sem citar a questão da masculinidade e a autopercepção do papel social do homem.
Divulgação Na apresentação do Levitra ODT, foram destacados diferenciais como o design da embalagem, o sabor menta e fato de dissolver na boca
"A ereção é tão significativa para a identidade masculina quanto à maternidade para a identidade feminina", comenta o psicólogo e terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex) e membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash).
De acordo com o terapeuta, o homem afetado pela disfunção erétil também pode ter sérios problemas com sua afetividade, tendendo a nutrir sentimentos negativos em relação à parceira, como raiva, caindo em quadros de depressão. "Ele não quer mais dormir de conchinha", diverte-se o psicólogo.
A depressão e a ansiedade são os principais fatores psicológicos responsáveis pela falta de ereção - e geralmente estão relacionadas à forma como encaramos e tentamos resolver os problemas cotidianos. E nenhuma das duas ajuda aos mecanismos da ereção.
Cerca de 45% dos homens com disfunção erétil têm alguma queixa de depressão, de acordo com Oswaldo Martins; mesmo que seja a chamada "depressão sorridente", quando se está deprimido e não se demonstra.
O próprio ato sexual já gera um pouco de ansiedade. O fato de precisar fazer uso de um medicamento para ter uma ereção satisfatória também é motivo de apreensão. "Se o homem tem que tomar um comprimido já se sente coagido. Ele tem que disfarçar, ir ao banheiro, tem que ter água. E se for começar uma relação sexual com preocupações já é complicado", avalia o psicólogo. "Solucionar problemas sexuais ajuda a resolver outros problemas da vida."
Fatores Fisiopatológicos
Mas não são apenas as percepções psicológicas que geram problemas de ereção. Fatores fisiopatológicos também levam à disfunção, principalmente doenças como diabetes, dislipidemia (altos níveis de gordura no sangue), hipertensão arterial, obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da barriga), além de problemas cardiovasculares.
Mas apesar de as doenças crônicas terem uma alta prevalência na causa da disfunção erétil, a maioria dos homens associa o problema principalmente a fatores psicológicos - como demonstrou a pesquisa "Homens em todo mundo", realizada pelo Instituto Ipsos Mori.
Pequenos riscos e efeitos
O Levitra ODT só é contraindicado mesmo para cardiopatas usuários de medicamentos à base de nitrato. Fora isso, qualquer homem saudável pode usá-lo sem problemas, como afirmam os especialistas da Bayer. "Pode ser tomado todas as vezes que for ter relações sexuais, diariamente inclusive. Porém, não é recomendável tomar mais de um por dia", esclarece o urologista Archimedes Nardozza Jr. Ainda de acordo com ele, na primeira hora após tomar o remédio pode ocorrer rubor facial, dor de cabeça e alguma alteração intestinal, sintomas provocados pela ação vasodilatadora.
Vale salientar que o medicamento não causa nenhum efeito nas mulheres, uma vez que seu objetivo maior é favorecer a vasodilatação do tecido cavernoso do pênis. Mas o psicólogo Oswaldo Martins considera a parceira fundamental para o tratamento da disfunção erétil. "Ela sabe mais sobre nossos pacientes do que nós, médicos."
http://tribunadonorte.com.br/noticia/desejo-novo-sabor-menta/188356

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