segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Masturbação ajuda a descobrir novas fontes de prazer


Tocar-se, ao contrário do que já foi defendido, só faz bem para mulheres

Por Minha Vida
Não há consenso entre os médicos e especialistas no campo da sexualidade humana se a masturbação já deixou de ser tabu para ser uma prática reconhecida e incorporada à saúde feminina ou se ainda é vista como uma ameaça à família e aos bons modos. O fato é que as informações sobre dar prazer a si mesma ao menos começaram a ser tiradas dos armários em que permaneceram trancadas por tanto tempo. "Atualmente a masturbação é uma prática aceita pela maioria das mulheres", acredita o terapeuta e médico vibracional, Eduardo Navarro. Para o especialista, a discussão sobre ser ou não tabu tem que ser superada.

Depois de tantos anos sendo ameaçada por castigos dignos de uma pecadora caso ousasse sentir prazer tocando o próprio corpo, a mulher incorporou a culpa por "sujar" as mãos se distanciando da fonte primeira de satisfação plena: ela mesma. Proibida de tocar seu próprio corpo, ficou difícil de se conhecer, de saber sobre seus medos e desejos. Isso dificultou, inclusive, o aprendizado de como guiar o parceiro no sexo a dois. 
Masturbação ajuda a descobrir novas fontes de prazer - Foto: Getty Images
Saber que em si mesma você é um instrumento de prazer é uma mudança de perspectiva capaz de reinventar a sua vida, defende Navarro. De acordo com o especialista, para mudar o padrão dos relacionamentos é preciso começar por si mesma. Ser feliz numa relação a dois envolve uma séria de trocas além das sexuais. Enquanto estamos sozinhos - seja isso um período em nossas vidas ou um momento no dia - precisamos aproveitar para nos conhecer mais e saber com convicção do que nos faz feliz. Se é assim,  nosso corpo funciona como um grande mapa do tesouro, com setas para realização dos nossos desejos.

Sozinha para estar a dois 
A psicoterapeuta e sexóloga Magda Gazzi tem orientado muitas mulheres a se voltarem para si mesmas como forma de salvar seus casamentos. "Enfatizo a importância das mulheres descobrirem seus pontos erógenos, as partes do corpo que mais dão prazer, e para isso é necessário se tocar e se descobrir. Cada pessoa é única, para poder aproveitar o prazer é preciso conhecer de onde ele vem", explica. 
Para quem não sabe como começar, vale dizer que masturbação, assim como sexo, não possui roteiro ou manual de utilização. O que existem são alguns cuidados em relação ao seu corpo, como ir regularmente aoginecologista, cuidar da sua higiene e praticar sexo seguro. Fora isto, coloque para funcionar os seus instintos, seu lado íntimo e sensual. Se você não sabe que parte do corpo sente mais prazer, aproveite para se conhecer inteira.

Observe suas sensações em cada pequenina região que tocar e atenda aos seus pedidos de "quero mais". A masturbação ensina os primeiros passos do sexo e doorgasmo a dois. Algo que começa na intimidade feminina para depois evoluir e alcançar sintonia quando em combinação com a masculina. 

http://minhavida.uol.com.br/conteudo/12673-masturbacao-ajuda-a-descobrir-novas-fontes-de-prazer.htm

O que os homens esperam das mulheres na hora do sexo?


O jogo do amor deve ter fantasias e companheirismo

Por Especialistas

Mulheres querem respeito, carinho, dedicação, educação, amor, sinceridade, etc... Mas como sabemos, sem a atração física e a paixão a pessoa seria apenas um amigo. Mas e os homens, o que eles desejam e esperam de uma mulher?


Muitas pesquisas foram realizadas no mundo e os resultados vêm a seguir:


O que você (homem) espera de uma mulher no relacionamento? 
Honestidade e comunicação aberta falando o que pensa; emoção, firmeza, flexibilidade e romantismo; inteligência nos atos do dia a dia para evitar o desgaste da rotina; ter um companheirismo sem cobranças; ter a capacidade de ser criança, mãe e amante ao mesmo tempo; saber organizar e dividir o tempo para as coisas de seu homem, filhos, da família,e também entre estudo, trabalho, lar e amigos.


O que você (homem) acha sexy em uma mulher? 
Os olhos; lábios provocantes; bom senso de humor; pernas e seios bonitos; firmeza muscular; como andam e balançam os cabelos; vestimentas que mostram as suas curvas; o seu cheiro; ela sentir-se a melhor amante do mundo, etc.


E sexualmente, o que faz uma mulher ser uma boa parceira sexual e o que você espera dela? 
Adoro ser seduzido; saiba usar a linguagem do corpo e me faça estremecer com toques; não ter vergonha de experimentar (um número cada vez maior de homens está se dando conta de que sente prazer em ser seduzido).  
Porém poucos homens têm a coragem de pedir a uma mulher que conduza o sexo, principalmente se não for uma parceira na qual ele se sinta seguro e à vontade na intimidade. Na verdade, como o homem teme ser rejeitado sexualmente, levar um "não" ou achar que não está desempenhando o papel de "homem de verdade", faz com que ele omita sua vontade de ser dominado sexualmente. Se não diz, a mulher fica com receio de arriscar uma ousadia.

A mulher assumindo o controle do sexo , uma vez ou outra, vai oferecer um estimulante poderoso para a fantasia sexual masculina, pois vai ver que isso faz parte dos seus delírios sexuais, ainda que nem sempre dito por ele. O jogo do amor deve sempre ter muita fantasia, criatividade nos toques e posições sexuais, cumplicidade e muito sentimento. 
Do que os homens mais gostam nas mulheres?
Bom humor; sensualidade; sensibilidade; maneira carinhosa de ser; maneira cuidadosa e delicada de falar, andar, comunicar-se; firmeza de caráter; inteligência; fogosidade sexual; sociabilidade, charme e beleza; amizade; da sua forma forte de vencer adversidades, de adaptar-se a dificuldades e sair delas rapidamente; de sua maneira sutil e franca de dizer as coisas; e lógico de sua capacidade de manter os gastos dentro de patamares que não o leve à falência. 
Eles gostam daquela mulher que sabe o que pode comprar; que vibra tanto com uma singela rosa quanto com um colar de diamantes; que quando doente, não se afasta de seu leito; que quando ele não está, é mãe, pai e chefe de família sem perder a feminilidade; que quando ele encontra-se indisposto, faz-lhe uma massagem e toma-o no colo; que diz que ele é o melhor amante do mundo, e que de todos os homens da Terra, é o mais viril.

Em resumo, os homens querem uma mulher companheira, parceira, esposa e amante.

http://minhavida.uol.com.br/conteudo/11401-o-que-os-homens-esperam-das-mulheres-na-hora-do-sexo.htm

Quanto maior o pênis melhor?

Não é verdade. A crença de que seu pênis é menor que os dos outros, abala a confiança masculina e diminui a sua auto-estima. Na maior parte dos casos a insatisfação não vem de uma queixa da parceira, mas sim do seu desejo de possuir um pênis maior, seja por desconhecimento das dimensões normais, seja por comparações errôneas feitas com outros pênis, vistos em revistas e filmes eróticos, ou através de "vantagens" contadas por amigos. Certos pais induzem um trauma psicológico nos filhos na infância ao compararem os seus pênis com os de outros meninos da mesma idade.


Nos homens normais, geralmente, o pênis atinge seu tamanho definitivo aos 16 anos de idade e 80% dos pênis eretos situam-se entre 11 e 17 cm, sendo 14 cm a média comum. A circunferência do pênis ereto situa-se em média entre 6 e 15 cm. Diferenças raciais não estão bem definidas, mas existe uma aparente variação para uma média maior ou menor.

Em flacidez, o tamanho médio do pênis do adulto varia de 06 a 09 cm. Esta avaliação tende à subjetividade, já que tanta ansiedade, frio, obesidade, tônus muscular e outros fatores podem retrair e enrugar o pênis, diminuindo o seu tamanho.

O tamanho do pênis é uma preocupação masculina e não feminina, pelo falso mito de que quanto maior o pênis, maior prazer proporcionará ao outro parceiro sexual.


Isso não é verdade, pois há um limite de tamanho que pode penetrar na vagina e com certeza haverá um incomodo e dor na sua penetração, o que é muito repudiado pelas mulheres. Geralmente dor e prazer não se encaixam bem entre os casais.
A grossura do pênis pode interferir no prazer da mulher pois a sensibilidade maior na vagina ocorre nos primeiros centímetros a partir de sua abertura na vulva e o contato de um pênis mais grosso pode aumentar a sensibilidade. A posição sexual e a abertura ou fechamento das pernas pode favorecer o maior contato entre o pênis e a vagina nos casos de mulheres que se acham largas ou em homens que têm o pênis mais fino.
O mito de que observando o tamanho do nariz, da mão ou do pé do homem pode-se calcular o tamanho do seu pênis nada tem a ver. Estas idéias são mitos falsos e fazem parte da fantasia de homens e mulheres.  Na formação do embrião humano cada órgão ou parte do corpo tem uma origem diferente, sem correspondência um com o outro.
A maioria dos homens insatisfeitos com as dimensões dos seus pênis enquadra-se nas seguintes condições:

a) pênis de tamanho normal, adequado para sua função;
b) pênis de tamanho normal, "escondido" parcialmente pelo aumento da gordura, comum nos obesos;
c) pênis de tamanho normal, em um homem alto com pênis proporcionalmente pequeno;
d) pênis de tamanho normal, parcialmente encoberto por uma implantação anormal da bolsa escrotal;
e) pênis de tamanho normal, em que uma porção excessiva de prepúcio foi retirada durante a circuncisão.

Portanto, a maioria dos casos pode ser resolvida com uma simples orientação ou com cirurgias simples. O aconselhamento psicológico tem papel relevante para melhorar a auto-estima e fazer com que o indivíduo se aceite como é.

A cirurgia de alongamento peniano com finalidade cosmética em pênis normais é considerada um procedimento experimental, reservado para casos selecionados e com realização permitida apenas em centros médicos de pesquisa, de acordo com normas estabelecidas pelas Resoluções 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e 1478/97 do Conselho Federal de Medicina.

http://minhavida.uol.com.br/conteudo/821-quanto-maior-o-penis-melhor.htm

Pênis torto é sinal de doença?


A curvatura pode atingir até 90 graus e dificultar o ato sexual

Por Minha Vida
A doença de Peyronie, mundialmente assim conhecida, foi descrita pela primeira vez, em 1743, por François Gigot de La Peyronie (1678 - 1747), médico do Rei Luiz XV, da França. Peyronie era ministro da saúde e portador do mal. A doença de Peyronie se caracteriza pelo desenvolvimento de uma placa de fibrose, em qualquer lugar do pênis. Os pacientes se referem a ela como um caroço que aparece na túnica albugínea que reveste o corpo cavernoso. O problema pode estar associado à curvatura peniana ou à dor durante a ereção. Geralmente, essa curvatura faz com que o pênis se posicione para cima, mas ele pode curvar-se também para o lado ou para baixo. 

A túnica albugínea é constituída por um tecido elástico que envolve os corpos 
cavernosos, estruturas parecidas com esponjas que se enchem de sangue para produzir a ereção. Se existir algum tipo de fibrose nessa região, a túnica albugínea não consegue se distender e como ela costuma atingir um dos cilindros, o outro, sem esta limitação arqueia o pênis durante a fase de ereção. Não podemos confundir esta situação clínica com o pênis torto congênito, onde uma assimetria 

destes cilindros existe desde o nascimento. Antes de falarmos mais sobre a doença de Peyronie é preciso esclarecer que quando ereto, o pênis não tem de formar um ângulo de 90º com o corpo. O pênis não é reto como uma régua, ele precisa ter curvaturas leves e eixo adequado para facilitar a penetração.

Entenda o problema
Inicialmente, a doença foi descrita em homens idosos (sua incidência é de 3% a 4% nos homens acima de 50 anos), mas, hoje, se sabe que pode acometer também os jovens. Além da doença de Peyronie, a curvatura do pênis pode surgir por outras razões: tumores (tumor de reto e de próstata) podem provocar metástases no pênis e doenças congênitas. Há meninos que nascem com uma anomalia, o pênis curvo congênito, provocada pela desproporção entre o tamanho maior dos corpos cavernosos e o tamanho menor da uretra.

As causas para o aparecimento da doença ainda não são muito conhecidas. Sabe-se, porém, que podem estar relacionadas com um traumatismo repetitivo ocorrido durante a relação sexual ou por um processo infeccioso inflamatório que acomete esta túnica. Em casos de traumas mais graves, nos quais ocorre um estalo e o pênis incha imediatamente devido ao rompimento da túnica albugínea, popularmente chamado de fratura peniana, o paciente deve procurar um pronto-socorro imediatamente. Em casos de trauma sem inchaço e hematoma imediato, porém com dor durante as ereções após o trauma, o acompanhamento urológico é importante, pois é nesta fase da inflamação que se conseguem os melhores resultados, utilizando-se apenas de tratamento clínico.

No entanto, muitos pacientes desenvolvem o problema sem ter sofrido nenhum trauma que o justifique. Não há registro de predisposição hereditária da doença, apesar de alguns trabalhos levantarem essa hipótese. Na verdade, a doença de Peyronie é classificada como uma doença auto-imune, ou seja, aquela em que o organismo produz substâncias contra seus próprios tecidos. A única evidência científica que temos, no momento, é que são mais vulneráveis os portadores de doenças reumatológicas, da doença de Paget, os diabéticos e os indivíduos que fazem uso de betabloqueadores para controlar a hipertensão.

Tratando o mal

A doença de Peyronie não acarreta em nenhum problema para a saúde do paciente. Ela traz consigo problemas para a sexualidade masculina. Portanto, se o paciente conseguir manter a atividade sexual normal, não há necessidade de tratamento. Muitas vezes, ao examinar um indivíduo que procurou atendimento por outro motivo qualquer, o urologista percebe o nódulo endurecido no pênis. Se o paciente disser que ela está ali há mais de vinte anos e que nunca o incomodou, não é preciso tomar nenhuma providência.

O diagnóstico da doença é basicamente clínico. Na maioria das vezes, o nódulo é palpável e o paciente refere-se à curvatura do pênis e à dor durante a ereção. O exame de ultrassom ou a ressonância magnética permitem a visualização perfeita da placa endurecida. Após o diagnóstico, a primeira etapa do tratamento é explicar ao paciente que aquele nódulo no pênis não é nem vai virar um tumor maligno câncer e que raramente o levará à um quadro de impotência sexual. Aliás, se a disfunção erétil não se manifestou no início da doença, dificilmente irá se manifestar mais tarde.

20% dos nódulos desaparecem sozinhos, sem nenhum tipo de tratamento em um ano e meio ou dois anos. Embora não exista nenhuma droga que funcione adequadamente no tratamento do nódulo, existem algumas evidências de que associar vitamina E à colchicina, faz com que esse medicamento atue sobre o metabolismo das células que produzem a fibrose. Entretanto, o paciente precisa ser avisado de que a fibrose pode não regredir com o uso de medicamentos. E mesmo que a curvatura continue aumentando é necessário esperar dois anos para acompanhar a evolução do quadro clínico, antes que o urologista proponha a realização de uma cirurgia para resolver o problema. É preciso ter certeza que este nódulo não desaparecerá espontaneamente, antes de realizar uma intervenção cirúrgica desnecessária.

A experiência clínica mostra que, muitas vezes, o nódulo não desaparece, mas o paciente se adapta à situação, porque a curvatura não é muito grande e não atrapalha a atividade sexual. Hoje, a cirurgia é realizada em menos da metade dos casos diagnosticados. Durante este período de observação da progressão da doença, é muito importante informar o paciente que ele não deve usar extensores ou aparelhos a vácuo, aqueles mesmo que se propõem a aumentar o tamanho do pênis e a curar a doença de Peyronie. Infelizmente, existem muitos aparelhos desse tipo no mercado. Não faz sentido usá-los porque eles agravam o trauma sobre a placa, agravando o problema. 


Quando a cirurgia é necessária

Por vezes, uma tentativa de cura antes da realização da cirurgia é a aplicação de ondas de choque extracorpóreas iguais as que são utilizadas para a fragmentação de cálculos renais. Se o procedimento não resolver o problema, existem, ainda, dois tipos de cirurgia para corrigir a curvatura do pênis. 


O procedimento mais simples, utilizado também nos casos de pênis curvo congênito, tenta compensar o desvio provocado pela placa e retificar o pênis, fazendo do outro lado uma plicatura, ou seja, uma prega no corpo cavernoso. O inconveniente dessa técnica cirúrgica é a diminuição do tamanho do pênis. Por isso, não é aconselhada para indivíduos com pênis um pouco menor ou muito preocupados com as dimensões do pênis.

O outro procedimento cirúrgico consiste em fazer uma incisão, retirar a placa, colocar um enxerto de outro tecido para cobrir o defeito e retificá-la. A veia safena e as aponeuroses musculares são muito utilizadas como enxerto.

Esterilidade e potência sexual

A doença de Peyronie não provoca a esterilidade masculina. Em alguns casos, a doença está associada à impotência sexual. Numa minoria de casos, uma forma muito agressiva da doença, sem causa conhecida, faz com que a placa estrangule de tal forma o corpo cavernoso, que é constituído por um tecido nobre, parecido com uma esponja, que o indivíduo não consegue mais ter ereções. Para os indivíduos com curvatura peniana muito complexa, em forma de S, por exemplo, que impede a relação sexual, o tratamento extremo é a colocação de uma prótese que retifica o pênis e facilita a penetração. 

"Gosto de parecer mulher, mas adoro ser homem", diz Rogéria em estreia de monólogo musical no Rio

14/09/2011 - 09h56FABÍOLA ORTIZ Colaboração para o UOL, do Rio
  • Rogéria, nome artístico de Astolfo Barroso Pinto, estreia monólogo musical (setembro/2011)
    Rogéria, nome artístico de Astolfo Barroso Pinto, estreia monólogo musical (setembro/2011)
Aos 68 anos de idade e prestes a completar 50 anos de carreira, o transformista Rogéria se define como um grande ator. “As pessoas acham que sou transexual, que estou operada, mas eu digo que não tenho cabeça de mulher, sou homem e não estou nada operada. Nunca tive pretensões de ser mulher, eu gosto de passar por mulher. Eu adoro ser homem, adoro ser Astolfo Barroso Pinto, pinto eu ainda tenho. No fundo é um trabalho de ator, isso é muito gostoso para mim”, contou ao UOL Rogéria ainda no camarim, antes da estreia do monólogo “Rogéria e os Astolfos”, no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (13).
O espetáculo é um musical, em que o transformista, ex-vedete e ex-maquiadora de TV, alterna números musicais em português, inglês e francês com confissões sobre a infância, o despertar de sua carreira profissional, o sexo e a transexualidade. No palco, o transformista é acompanhado por um grupo de músicos, “Os Astolfos” (Rodrigo Revellis no sax, Paulo Proença na percussão e Otávio Santos no teclado e direção musical). 
Sem pudor, Rogéria improvisa no palco. "O babado era saber que eu era homem, se não, não tinha graça. Gosto de parecer mulher, mas prefiro ser homem mesmo”, diz num tom descontraído e bastante humorado. “Eu não sofri porra nenhuma. As pessoas perguntavam se eu tinha sofrido, não sofri nada. A minha mãe nunca teve vergonha de mim. Eu era bem viadinho e ela disse ‘você já era um artista’. Ai como eu pintava o sete”.

"Artista não tem sexo, como diria Fernanda Montenegro"; assista à entrevista

‘Sem o salto nada acontece’

O espetáculo, explica Rogéria antes de subir ao palco, é a “minha vida contada e recontada, o meu stage o meu palco. Quero que o público venha se divertir comigo”. Para o artista, sem o salto nada acontece. “Não posso mais descer do salto. Depois que virei Rogéria, tenho que respeitar meu público. Na rua, o povo quer falar comigo”, comenta.

O despertar da sua carreira foi em um concurso de fantasias no Teatro República, em 1964. “Eu era maquiador e fiz um teste, ganhei o concurso de Carnaval e estreei no dia 29 de maio daquele ano”, conta. Mas um dos causos que lhe marcou o seu início, foi quando Astolfo, como maquiador da extinta TV Rio, ouviu de Fernanda Montenegro o veredito que a levaria a abraçar de vez a carreira artística. “Um dia eu disse a Fernanda Montenegro que queria tanto fazer teatro, mas não vestido de homem. E ela me disse: arte independe de sexo, você precisa de talento e vocação. Eu fui seguindo o caminho dela e hoje estou por aí fazendo quase 50 anos de carreira, mas consciente de que sou Astolfo”, disse Rogéria.
Nunca sofri bullying, eu era terrível, geminiana, eu é que dava porrada, nunca recebi. A maior coisa na minha vida era a minha mãe. Ela nunca teve vergonha de Astolfo Rogéria, isso era fantástico. E se alguém tentasse fazer alguma coisa contra mim as unhas eram verdadeiras
Rogéria, sobre sofrer com o preconceito
Loucuras

Uma de suas maiores loucuras, diz Rogéria, foi fazer sexo dentro de um avião, inspirada em uma cena do filme erótico francês ‘Emanuelle’, da década de 70. “Eu vi o filme Emanuelle, aquela cena de sexo dentro do avião, eu fiz num avião da Japan Airlines. Encontrei um cara que não sabia que eu era homem, eu estava vindo do Cairo e ele ia saltar na Itália e ele saiu sem saber e tudo passou em branco. Foi uma grande jogada de mulher fatal”, lembrou.

Um dos 'causos' que Rogéria conta no palco é sobre o seu cabelo - que, aliás, é verdadeiro, assim como as unhas, garante. “Cabelo, ou você tem ou não tem. Eu alisava o cabelo e ainda queria que fosse loiro. Já fiz loucuras com o cabelo. Um dia fui a um baile de Carnaval e queria uma cor diferente mas não entendia nada de pintura. Peguei mercúrio cromo e passei no cabelo, no dia seguinte tive que raspar. Já passei ate água sanitária”.

Mas Rogéria conta que descobriu o seu cabelo mesmo em Paris e deixou de usar peruca. “As pessoas gostam muito de perguntar: como é que ficou esse cabelo assim? No Brasil, eu usava peruca, só fui descobrir o cabelo em Paris porque lá o clima é seco. Aqui é úmido e frisava, eu ficava com medo e alisava. Em Paris, ele cresceu. Aliás, cabelo e unha são meus, naturais”.

‘Minha mãe nunca teve vergonha’

Num balanço de quase cinco décadas de carreira artística, Rogéria diz que agradece primeiro aos seus santos protetores e presta homenagem à sua mãe Eloá Barroso. “Realmente não tenho culpa nenhuma, nunca sofri bullying, eu era terrível, geminiana, eu é que dava porrada, nunca recebi. A maior coisa na minha vida era a minha mãe. Ela nunca teve vergonha de 'Astolfo Rogéria', isso era fantástico. E se alguém tentasse fazer alguma coisa contra mim as unhas eram verdadeiras”, brincou.

No roteiro do espetáculo, Rogéria interpreta canções como “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, escolhida para fazer a abertura, assim como “La vie em rose” e “Je ne regrette rien”.
O espetáculo fica em cartaz até dia 26 de outubro no Rio de Janeiro e a expectativa da produção é prorrogar até final do ano no Rio e depois seguir para São Paulo e outras capitais brasileiras, especialmente no Sul. Rogéria diz que se cansou da Europa e quer investir no Brasil e na Argentina. “Amo São Paulo, amo o Brasil, quero ir a tudo quanto é lugar, não quero mais saber de Europa nem América. Minha meta agora é Buenos Aires que ainda não conheço, dizem que é belíssima”.

 “ROGÉRIA E OS ASTOLFOS”
Onde: Teatro Clara Nunes (Rua Marquês de São Vicente, 52 – 3º piso do Shopping da Gávea)
Quando: Terças e quartas, às 20h (até 26 de outubro)
Quanto: R$ 40 / R$ 20 (meia entrada para idosos e estudantes)

Ministério britânico estuda passaportes sem gênero sexual

9/09/2011 - 13h10


Por Alice Baghdjian Em Londres
 A Grã-Bretanha pode introduzir uma terceira categoria de gênero aos passaportes britânicos, permitindo aos cidadãos de sexo indeterminado optar por algo além da identificação padrão de homem ou mulher, disse uma autoridade do ministério do Interior na segunda-feira.
Sob as propostas em estudo, quem tiver sexo indeterminado poderia usar um "X" para indicar seu gênero no passaporte, em vez de um "M" ou um "F."
"O IPS está considerando as opções de gênero disponíveis no passaporte britânico", disse um porta-voz do Serviço de Identificação e Passaporte (IPS, na sigla em inglês) em um comunicado.
"Estamos explorando com parceiros internacionais e as partes interessadas as implicações de segurança de o gênero não ser exibido no passaporte. Essa discussão ainda está em estágio inicial e nenhuma decisão foi tomada. Quaisquer mudanças para o passaporte britânico precisariam satisfazer nossas rigorosas exigências de segurança," disse.
A lei atual exige que transexuais decidam a que gênero pertencem, que pode não coincidir com o adotado pelo detentor do passaporte na prática. Os que se submetem a cirurgias para mudança de sexo só podem mudar o gênero em seu passaporte depois que o processo de mudança de sexo é completado.
Simpatizantes dizem que as mudanças no sistema ajudarão a comunidade de transexuais e intersexuais a evitar situações constrangedoras em controle de passaportes no caso de sua aparência não ser a mesma do gênero estipulado no documento.

Consequências da violência sexual contra a mulher

17/09/2011

Os efeitos emocionais são os principais: intensos, devastadores e irrecuperáveis

"Pacientes que sobrevivem aos traumas físicos ou psicológicos gerados por tais violências não merecem ser chamadas de vítimas e sim de sobreviventes, segundo o médico Jefferson Drezett, um dos maiores estudiosos brasileiros nesta área"

"Os efeitos emocionais são os principais: intensos, devastadores e irrecuperáveis" A violência física ou sexual contra as mulheres ainda é alarmante. Perdem-se mais anos de vida saudável, com incapacidade gerada, do que em doenças graves como câncer da mama ou de colo de útero.

Há doze milhões de crimes sexuais no mundo. Só nos EUA, há 683 mil estupros por ano, enquanto que na cidade de São Paulo há o registro de 42 mil estupros por ano.

Pacientes que sobrevivem aos traumas físicos ou psicológicos gerados por tais violências não merecem ser chamadas de vítimas e sim de sobreviventes, segundo o médico Jefferson Drezett, um dos maiores estudiosos brasileiros nesta área.

O pior também é que apenas 13% das mulheres que chegam ao IML-SP (Instituto Médico Legal de São Paulo) conseguem prova material do estupro. Entre 28% a 60% das mulheres poderão desenvolver DST (doença sexualmente transmissível). Já o risco de infecção de HIV gira em torno de 0,8% a 2,7%, segundo literatura especializada. Tal risco é duas vezes maior em gestantes.

É importante haver a quimioprofilaxia para infecção de HIV, nos casos elegíveis e corretamente indicados. Outras DST, assim como as hepatites B e C, também requerem acompanhamento médico.

Dados trágicos incluem também uma possível gravidez por violência sexual, já que metade das mulheres estupradas está no período fértil. A estimativa da taxa de gravidez por violência sexual tem uma incidência de 1% a 5%. Só nos EUA, há cerca de 32 mil gestações anuais por violência sexual.

Violência sexual e anticoncepcional de emergência

Em tais gestações indesejadas, por conta do estresse pós-traumático gerado e outros transtornos mentais ou comportamentais, deve-se oferecer um amplo apoio psicológico aos envolvidos. Cabe ressaltar que o anticoncepcional de emergência, com derivado de progesterona (levonorgestrel), quando bem indicado, é uma prevenção contra a gravidez gerada por violência. Não há quaisquer evidências científicas de que tal método anticoncepcional seria abortivo, daí não precisar haver oposições neste sentido de grupos religiosos preocupados com a polêmica questão do aborto.

Os efeitos emocionais são os principais: intensos, devastadores e irrecuperáveis. Até mesmo alguns profissionais despreparados que atendem tais pessoas podem, sem dúvida, agir de forma preconceituosa agravando os danos psíquicos. Muitas dessas mulheres desenvolvem transtornos de sexualidade. Cerca de 18% das sobreviventes têm pensamentos suicidas.

Acolhimento é de grande ajuda na reabilitação psicossocial da mulher

Cabe a todos nós, como cidadãos, governantes ou profissionais da saúde, uma ampla reflexão sobre tais agravantes. A sociedade precisa se mobilizar para combater tal mazela. Os psicólogos têm que tomar cuidado para não haver manipulação por parte dos abusadores, geralmente, pais, tios e padrastos sedutores e educados. Devemos exigir a garantia do cumprimento dos direitos humanos, protegendo a vítima com dignidade, respeito e sensibilidade. O atendimento deve ser integral e ético, sem pré-julgamentos ou críticas. O acolhimento é a melhor ferramenta na reabilitação psicossocial de tais vítimas.

Autor: Joel Rennó Jr.

Fonte: Vya Estelar