domingo, 8 de janeiro de 2012

Satisfação sexual feminina aumenta com a idade, diz pesquisa


JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

A maioria das mulheres com mais de 60 anos está satisfeita com sua vida sexual, segundo estudo americano publicado nesta semana. E mesmo aquelas que declararam não praticar sexo também se dizem satisfeitas.
O trabalho analisou 806 questionários de mulheres com em média 67 anos. Foram feitas perguntas sobre atividade sexual, reposição hormonal, dor, lubrificação, desejo sexual e orgasmo durante a relação.
"Embora existam pesquisas sobre satisfação sexual, poucos estudos falam sobre idosas", escrevem os autores do artigo, pesquisadores da Universidade da Califórnia e da San Diego School of Medicine. O estudo foi publicado na revista "The American Journal of Medicine".
Do total de voluntárias, metade (49,8%) disse ter feito sexo no último mês. A maioria (64,5%) declarou ficar excitada, 64,5% disseram ter lubrificação normal e 67,1% afirmaram que têm orgasmo.
"No geral, dois terços das que eram sexualmente ativas estavam satisfeitas, assim como metade das sexualmente inativas." Para a surpresa dos pesquisadores, as mulheres mais velhas do estudo (com mais de 80 anos) relataram maior satisfação.
Por outro lado, 40% de todas as voluntárias disseram que nunca ou quase nunca sentem desejo sexual. Segundo Elizabeth Barrett-Connor, médica e pesquisadora da Universidade da Califórnia, esse resultado sugere que o desejo não é essencial para que a relação sexual aconteça. "Elas podem se envolver em uma atividade sexual por múltiplas razões, como a manutenção de um relacionamento", disse a pesquisadora para o site de divulgação científica EurekAlert!.
Outra conclusão do trabalho é que a relação sexual nem sempre é necessária para a satisfação. Aquelas que são sexualmente inativas podem conseguir se satisfazer só com a intimidade do relacionamento ou com a masturbação.
Para o psicoterapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Júnior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, várias pesquisas já demonstraram que, muitas vezes, o mais importante para as mulheres é a troca de afeto e a proximidade com o parceiro. "Nem sempre para se satisfazer é preciso ter orgasmo."
Ele aponta, porém, dois problemas de metodologia na pesquisa americana: a dificuldade de saber o que é satisfação e o fato de as perguntas se referirem apenas às últimas quatro semanas. "O questionário acaba sendo limitado. A satisfação envolve muitos aspectos subjetivos."
De acordo com o psicólogo, o lado bom do estudo é que dá para perceber que essas mulheres estão mais dispostas a comentar sobre o tema. "Elas estão se sentindo mais livres para falar de assuntos delicados como orgasmo e lubrificação. Isso é sinal de uma mudança cultural. Há 30 anos, mulheres dessa idade dificilmente falariam sobre isso."
Segundo ele, não tem como saber se o que elas estão falando é o que realmente acontece. "Elas demonstraram um esforço para mostrar que estão satisfeitas. Isso pode ser verdade como pode ser uma forma de autoafirmação, para expressar o contrário de uma ideia que elas mesmo tinham sobre mulheres mais velhas."

FBI reconhece homens como vítimas de estupro


7.01.2012, 14:07
© Flickr.com/dnewman8/cc-by

O FBI (Departamento Federal de Investigação) pela primeira vez em 83 anos tem atualizado a definição de esturpo, incluindo como vítimas homens e pessoas que não resistiram fisicamente à violação. Anteriormente, como um esturpo foi considerado apenas uma relação sexual com uma mulher cometido por força e contra a vontade dela.
O vice-presidente dos EUA Joe Biden, que levantou a necessidade de alterar a definição de esturpo em Julho de 2011, chamou a atualização de uma vitória para aqueles cujos sofrimentos não foram considerados durante mais de 80 anos.

Tweaking sex education: Abstinence isn’t the only option


Tweaking sex education: Abstinence isn’t the only option (Vanessa Tan, TNP, 30/12, p21)

I refer to your article, “Abstinence over contraception?” (The New Paper, Dec 26).
I wish to express my disappointment over the Ministry of Education’s decision to emphasise abstinence over contraception in their sex education classes in view of criticism from members of the Catholic community.
It’s naive to think that preaching abstinence is the way to keep the number of teenage pregnancies down.
A 2011 study by researchers at the University of Georgia—of teen pregnancy and birth data from 48 US states—bears this out.
The study, the first large-scale one of its kind, found that the states that prescribe abstinence-only sex education programmes in public schools have “significantly higher teenage pregnancy and birth rates than states with more comprehensive sex education programmes.”
Science Daily online reported the study on Nov 29.
Although I’m single, I would want my younger siblings and cousins to have a sex-positive sex education.
Horrifying images
My vague memories of sex education in secondary school involved lots of horrifying pictures of sexually transmitted diseases and scary-looking contraceptives.
We certainly weren’t taught about consent, masturbation, the different types of sexual expression, and other aspects of sex, which form a well-rounded sex education.
My peers and I had to turn to the Internet and each other for advice and guidance—certainly not the most accurate channels of information.
I’m not against abstinence—that’s a lifestyle choice for some to make. But I’m strongly against placing one lifestyle choice over another in what’s supposed to be a secular education system.
We should give equal weightage to the different options, present the students with the pros and cons, and allow them to make their own decisions.
Singapore is a secular state, and to preserve harmony between the different races and religions, it should remain so, even in sexuality education programmes.

Los carros se convierten en moteles de cuatro ruedas, divertidos y peligrosos


Em defesa do 'sexo inteligente'


Entrevista

O psicoterapeuta Stanley Siegel, consagrado especialista americano, defende que sentimentos dolorosos podem ser transformados em fontes de prazer - erotizando-os. LEIA A SUA ENTREVISTA À VISÃO

Clara Soares
11:06 Domingo, 8 de Janeiro de 2012

Psicoterapeuta de celebridades e colunista da revista Psychology Today, Stanley Siegel acaba de lançar, em conjunto com a filha, o livro Your Brain on Sex, onde explica como o "sexo inteligente" pode mudar a nossa vida. Aos 62 anos, o especialista, também conhecido por assumir a sua homossexualidade e não abdicar de uma visão liberal da intimidade, defende que o sexo e o erotismo podem ser uma terapia, até para os maiores traumas, e um motor de liberdade e expansão pessoal.  
O que é o prazer inteligente?
É compreender os nossos desejos sexuais e o que significam na nossa vida psicológica. Se usarmos estes desejos para nos guiarem na escolha de parceiros sexualmente compatíveis, podemos curar conflitos passados e satisfazer as nossas necessidades.
De que forma?
É um processo por etapas. Primeiro, há que imergir no espírito de descoberta, sem juízos de certo ou errado. Depois, identificar os nossos desejos e fantasias, em torno de um tema, uma história com ligação ao nosso passado. Podem, até, ser de dominação e submissão.
E porque é isso relevante?
Cada encontro sexual pressupõe uma escolha e uma história, com fantasias que remetem para temas centrais da nossa vida. Por exemplo: quem se imagina a ser humilhado e a fazer coisas vergonhosas viveu, no seu passado familiar, uma experiência traumática. E a forma de lidar com isso pode ser erotizar essa experiência dolorosa, através da sexualidade, convertendo esse conflito numa fonte de prazer.
Como no filme de Cronenberg, sobre Freud, Jung e a paciente Sabine, que se excitava com a ideia de ser batida...
A base da histeria dela era um pai dominador, que a castigava fisicamente. Ela erotizou essa dor e, já adulta, tinha fantasias de ser batida pelo parceiro sexual, transformando isso numa coisa agradável.
Como se ultrapassa esse conflito, inicialmente erotizado?
Honrar tais fantasias sem reprimi-las é o primeiro passo; concretizá-las com alguém de confiança, para ver até onde nos levam, seguindo-se o processo de cura.
Mas a generalidade dos terapeutas acha que concretizar fantasias é contraproducente e perigoso...
Sim, é verdade. Muitas escolas defendem que este é um método perigoso, que as fantasias devem ser vividas no plano puramente mental, simbólico. Contraponho que, quanto mais silenciosas estiverem, mais tomarão conta de nós. As fantasias não morrem, mas mudam, podem ser transformadas. Se postas em prática, o seu poder diminui, porque pensamos menos nelas.
E pode ficar-se viciado?
Há casos em que isso acontece. Mas é quem reprime o sexo que tem mais propensão para ficar dependente. Agir as fantasias implica superar a vergonha e o medo. Nessa perspetiva, é libertador e reparador.
O que entende por sexo reparador?
Se compreendermos as nossas fantasias e as concretizarmos num ambiente seguro, podemos falar abertamente sobre o assunto com o parceiro, e perceber que o que nos excita baseia-se, quase sempre, num conflito relacional. Só isso pode ser redentor e ajudar-nos a ultrapassar os conflitos em causa.
É esse o prazer inteligente de que fala?
Sim. A sexualidade não é para ser vivida ao acaso. É importante ter consciência do que as experiências sexuais nos evocam, da sua intencionalidade oculta, no plano emocional. Quando estamos profundamente ligados a alguém, expressamo-nos de modo autêntico, da forma como realmente somos, além da dimensão física.
O sadomasoquismo, o swing e o poliamor são práticas recomendáveis?
Começaram por ser movimentos indiferenciados de libertação, numa altura em que o sexo era silenciado. No caso das mulheres, libertaram-nas da vergonha e da culpa, por terem prazer. Hoje, o sexo casual é um direito, também para elas. E os movimentos libertários converteram-se em estilos de vida.
É sustentável viver com alguém sem ter sexo?
Se a escolha do parceiro for feita em função de interesses comuns, como salário, educação, religião e estatuto socioeconómico, pode funcionar - mas nada tem a ver com sexo inteligente. Ele fica em segundo plano, desde o início, e não admira que a situação se torne chata, logo após um ou dois anos de casamento.
E quanto à falta de compatibilidade e diferenças de registo sexual no casal?
Há várias opções possíveis; costumo negociar com os casais qual a via mais adequada. Uns decidem suspender o sexo nas suas vidas. Outros optam por satisfazer as necessidades do(a) parceiro(a), abdicando das próprias. E há os que não concebem nenhuma destas possibilidades e preferem terminar o relacionamento. Por fim, existe quem entenda que a decisão razoável é manter um casamento aberto, com respeito pelo parceiro que escolheu para viver em comum.
A orientação sexual pesa, nestas escolhas?
Sim. Os homens, mais do que as mulheres, têm a vida mais facilitada, porque sempre entenderam a finalidade recreativa do sexo. Até recentemente, se elas faziam o mesmo, eram chamadas prostitutas ou promíscuas. Mas as mais jovens já se sentem com outro à vontade para negociar a sexualidade dentro da relação.
Os assexuais existem, ou trata-se de uma abstração?
Estou convencido de que os europeus são mais descontraídos do que os americanos. Nós sempre vivemos mergulhados numa onda de puritanismo; basta pensar que os EUA foram fundados por peregrinos. Admito que o movimento assexual seja uma reação à visibilidade e aceitação das diferentes expressões da sexualidade - o sexo casual, a homossexualidade, os estilos de vida ditos alternativos. Assiste-se a uma espécie de retrocesso ou movimento oposto, em defesa de valores religiosos.
Como reage ao rótulo "terapeuta das celebridades e que também é gay"?
Não considero que seja problemático, uma vez que, do ponto de vista clínico, até pode representar uma vantagem. Os homossexuais tiveram, desde cedo, de conviver com a falta de aceitação, sem figuras de referência nem mapas orientadores. Tiveram de inventar as suas vidas e sobreviver, dependendo do seu próprio pensamento e da sua criatividade.
Como foi para si - e, já agora, para a sua filha - lidar com a sua saída do armário?
Revelei-me quando ela tinha 13 anos. Lidou precocemente com a ideia de que o pai tinha sexo. Decidi que não queria mais silenciar a minha sexualidade como o fizera antes. Desenvolvemos um diálogo aberto e livre, e, neste livro, em que ela, também terapeuta, participou, até descobrimos coisas novas acerca de cada um.
Quer falar sobre isso?
Temos diferentes pontos de vista, por exemplo, sobre a monogamia. Para mim, é uma escolha, tal como as relações abertas o são. A minha filha atribui mais importância à estabilidade num relacionamento, valorizando a exclusividade conjugal.
Como é viver em família com essas diferenças?
Ela vive em Portland, eu em Nova Iorque. Estamos afastados geograficamente, mas somos próximos e damo-nos muito bem. Em datas importantes, reunimo-nos todos - a minha ex-mulher, o meu neto e os meus antigos namorados, que também fazem parte da família.


Ler mais: http://aeiou.visao.pt/em-defesa-do-sexo-inteligente


sábado, 7 de janeiro de 2012

Representantes de 17 países em Congresso de Educação Sexual

Imagen activaHavana, 6 jan (Prensa Latina) Especialistas de 17 países, sete deles latino-americanos, participarão do VI Congresso Cubano de Educação, Orientação e Terapia Sexual, que será realizado aqui entre os próximos dias 23 e 26.

  Sob o lema a educação sexual nos processos de transformação social, participarão pesquisadores da Venezuela, Brasil, México, Colômbia, Equador, Argentina, Estados Unidos, Canadá e Cuba em representação do continente americano.

Da Europa chegarão delegados da Espanha, Portugal, Itália, Suécia, Bélgica e Holanda. Também do Japão e de Angola.

Organizado pelo Centro Nacional de Educação Sexual, que lidera Mariela Castro, e a Federação Latino-americana de Sociedades de Sexologia e Educação Sexual, o encontro centrará os debates em cerca de 20 temas, entre eles a Diversidade, gênero e desenvolvimento.

Também sexualidades e meios de comunicação nas transformações sociais, violência, direitos sexuais e políticas públicas, bem como as estratégias nacionais de educação integral da sexualidade.

A estas somam-se a Ética, princípios e boas práticas na atenção à saúde sexual, vulnerabilidade ao HIV/sida, disfunções e doenças crônicas.

O site na internet do evento anuncia que será realizado paralelamente o II Colóquio transidentidades, gênero e cultura, o Simpósio de sexologia clínica e o primeiro Conselho de doenças crônicas e disfunções sexuais.

O encontro é promovido, também, pela campanha Una-te para pôr fim à violência contra as mulheres para a América Latina e Caribe, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Associação Mundial para a Saúde Sexual.

mgt/alb/es
http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=465839&Itemid=1

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sexual satisfaction in women increases with age

According to new study in the American Journal of Medicine

Philadelphia, PA -- A new study of sexually active older women has found that sexual satisfaction in women increases with age and those not engaging in sex are satisfied with their sex lives. A majority of study participants report frequent arousal and orgasm that continue into old age, despite low sexual desire. The study appears in the January issue of the American Journal of Medicine.
Researchers from the University of California, San Diego School of Medicine and the Veterans Affairs San Diego Healthcare System evaluated sexual activity and satisfaction as reported by 806 older women who are part of the Rancho Bernardo Study (RBS) cohort, a group of women who live in a planned community near San Diego and whose health has been tracked for medical research for 40 years. The study measured the prevalence of current sexual activity; the characteristics associated with sexual activity including demographics, health, and hormone use; frequency of arousal, lubrication, orgasm, and pain during sexual intercourse; and sexual desire and satisfaction in older women.
The median age in the study was 67 years and 63% were postmenopausal. Half the respondents who reported having a partner had been sexually active in the last 4 weeks. The likelihood of sexual activity declined with increasing age. The majority of the sexually active women, 67.1%, achieved orgasm most of the time or always. The youngest and oldest women in the study reported the highest frequency of orgasm satisfaction.
40% of all women stated that they never or almost never felt sexual desire, and one third of the sexually active women reported low sexual desire. Lead investigator Elizabeth Barrett-Connor, MD, Distinguished Professor and Chief, Division of Epidemiology, Department of Family and Preventive Medicine, University of California, San Diego School of Medicine, comments, "Despite a correlation between sexual desire and other sexual function domains, only 1 in 5 sexually active women reported high sexual desire. Approximately half of the women aged 80 years or more reported arousal, lubrication, and orgasm most of the time, but rarely reported sexual desire. In contrast with traditional linear model in which desire precedes sex, these results suggest that women engage in sexual activity for multiple reasons, which may include affirmation or sustenance of a relationship."
Regardless of partner status or sexual activity, 61% of all women in this cohort were satisfied with their overall sex life. Although older age has been described as a significant predictor of low sexual satisfaction, the percentage of RBS sexually satisfied women actually increased with age, with approximately half of the women over 80 years old reporting sexual satisfaction almost always or always. Not only were the oldest women in this study the most satisfied overall, those who were recently sexually active experienced orgasm satisfaction rates similar to the youngest participants. "In this study, sexual activity was not always necessary for sexual satisfaction. Those who were not sexually active may have achieved sexual satisfaction through touching, caressing, or other intimacies developed over the course of a long relationship," says first author Susan Trompeter, MD, Associate Clinical Professor of Medicine. Division of General Internal Medicine, Department of Medicine at the University of California, San Diego School of Medicine and Staff Physician at the VA San Diego Healthcare System.
"Emotional and physical closeness to the partner may be more important than experiencing orgasm. A more positive approach to female sexual health focusing on sexual satisfaction may be more beneficial to women than a focus limited to female sexual activity or dysfunction," Trompeter concludes.
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The article is "Sexual Activity and Satisfaction in Healthy Community-Dwelling Older Women," by Susan E. Trompeter, MD, Ricki Bettencourt, MS, and Elizabeth Barrett-Connor, MD. It appears in the American Journal of Medicine, Volume 125, Issue 1 (January 2012) published by Elsevier.