segunda-feira, 30 de maio de 2011

Questões sobre a sexualidade jovem atravessam o tempo

23/05/2011 -- 15h43
Questões sobre a sexualidade jovem atravessam o tempo
Mitos, dúvidas, problemas e práticas continuam no imaginário popular e perduram por décadas


De antemão, adianto! O título deste artigo sugere contrapontos marcados pelo tempo e pela vida em sociedade: de um lado, ''Na minha época...'' representando a senilidade, a história vivida, as experiências trazidas pela regras rígidas e normativas sociais que não devem ser negadas; de outro lado, a relação conflituosa entre pessoas de idades bem distintas, salientadas nos discursos ''libertários'' de uma juventude exposta cada vez mais a práticas violentas (produzidas também pela mídia) que desrespeitam o desenvolvimento global de crianças e adolescentes em todo o mundo. Continuando a análise do título, cabe uma nova indagação: por que não ''pais e filhos'' ao invés de ''jovens e cuidadores''? Muitas perguntas e apenas alguns apontamentos reflexivos.

O censo ainda não iniciado, possivelmente, revelará dados populacionais interessantes acerca das faixas etárias crescentes (o Brasil está ficando mais idoso); novas configurações familiares, entre elas, destacam-se as famílias monoparentais (chefiadas por um dos pais, geralmente a mãe), famílias onde os avós ou tios, ou ainda irmãos mais velhos são responsáveis pelos neto/sobrinhos/irmãos; entre outros. Também se buscaram referências em dados epidemiológicos alarmantes anunciados pelo Ministério da Saúde, que indicam a infecção de HIV por jovens entre 14 a 24 anos, sendo grande parte dessa população pertencente ao gênero feminino, que também aponta o aumento de casos de gravidez precoce e do aborto informal entre as jovens mulheres. O que fazer diante de graves estatísticas? O que dizer aos jovens de modo a levá-los a refletir um modo seguro de exercer sua erotização sem evidenciar uma interdição das expressões das sexualidades e dos afetos?

Os tempos mudaram, mas algumas questões pertinentes às sexualidades e aos afetos permaneceram acesas no imaginário e na busca de jovens desde décadas atrás. Hormônios em ebulição, modificação corporal, desejo, flertes, construção de identidade coletiva e individual, consumismo entre outros aspectos típicos da fase da adolescência, também estiveram presentes entre adultos que nasceram há décadas e hoje repetem a frase de seus avós na década de 1970: ''na minha época...''. O que se quer dizer é que, de fato, houve mudanças significativas nas estruturas sociais, e possivelmente, não são elas os fatores determinantes de uma cultura juvenil vulnerável às mazelas sociais. Se esses adultos se questionarem, verificarão que não expressavam suas sexualidades por medo e não por uma escolha reflexiva e que poderia se pensar uma proximidade no diálogo entre gerações, de maneira a se proporcionar uma cumplicidade e ajuda mútua em se pensar a vida, o que se foi, o que se é, e o que será.

Se hoje as pulseirinhas do sexo suscitam discussões escabrosas, há décadas se brincava de médico ou s.a.l.a.d.a (''se amam loucamente, amor de adolescente'', jogo erotizado que um(a) menino(a) escolhia com os olhos vendados um dos colegas da rua para beijar, abraçar, acariciar entre outras expressões). O problema consiste em duas meias verdades: 1 - nunca na história da humanidade foi tão acessível e disponível a comunicação facilitada por aparelhos eletrônicos como, por exemplo, telefonia, redes virtuais de relacionamento. 2 - nunca o ser humano demonstrou tanta falta de habilidade em se expressar, em se comunicar. De fato, a culpa não está somente do lado de fora dos lares, mas na ausência ou deficiência de diálogos convergentes, que aproximam as diferentes gerações. Pense nisso!

Márcio Alessandro Neman do Nascimento, professor de Psicologia da UEL.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--145-20110523&tit=questoes+sobre+a+sexualidade+jovem+atravessam+o+tempo

A revolução egípcia sexualmente assediada

29-05-2011 | Mundo

A revolução egípcia sexualmente assediada
por Ahmed Awadalla

-- Lara Logan e Sherihan --

Por que o negacionismo do assédio sexual é tão forte no Egito? Não é hora de discuti-lo porque estamos no meio de uma revolução pacífica sem precedentes? Ou o patriarcalismo está tão enraizado a ponto de ignorarmos horríveis incidentes de assédio sexual em massa?
Durante os dias de revolução, todos falavam de como a praça Tahrir estava livre de qualquer assédio sexual. Me pergunto como seria possível alguém checar tal afirmação! Temos assédio de forma desenfreada, sim, mas ainda temos uma cultura do silêncio e da vergonha envolvendo o assunto. Quantas garotas e mulheres seriam capazes de levar cabo uma denúncia?
Em umas das famosas 18 noites de sit-in na praça Tahrir antes da queda de Mubarak, eu estava com uma amiga que me contou que havia sido apalpada por um vendedor de balões. Fomos atrás dele e o conduzimos ao pessoal dos comitês públicos responsável pelo acesso à praça, e eles o expulsaram.
Não quero dizer com isso que Tahrir estava cheia de assédio sexual, e na verdade testemunhamos um grande estado de harmonia e interação positiva durante aqueles 18 dias. Penso que a negação dos casos de assédio naqueles dias se deveu ao fato de, no final das contas, sermos uma cultura conservadora, e estávamos tentando provar que a mistura de homens e mulheres nos dias e noites em Tahrir era algo inocente e “patriótico”.
Sexta-feira passada foi um dia importante para a revolução. Manifestantes voltaram a tomar a praça Tahrir para reafirmar as exigências da revolução. Grupos islamistas decidiram não participar, então foi um teste de organização para os grupos liberais e seculares. Foi considerado um sucesso, haja visto os milhares que compareceram, mas foi desvirtuado pelo horrível incidente de assédio sexual da famosa diva Sherihan.
Sherihan foi uma atriz e música adorada pelos egípcios, particularmente durantes os anos 80 e 90. Ela sofreu um sério acidente de carro em meados dos anos 90, e na época correu o rumor de que tudo foi parte do capítulo de uma saga de amor e poder que envolveria Alaa, o filho mais velho de Mubarak. Magicamente, ela recuperou-se e voltou aos palcos, mas apenas a tempo de sofrer poucos anos depois com um câncer e se retirar da cena artística. Sherihan foi uma das poucas artistas que participaram da revolução, ao contrário de muitos outros que não apareceram para assumir uma postura política.
Minha mãe me contou que esse vídeo lamentável foi exibido na tevê, mostrando o incidente. O ambiente à sua volta não parece com Tahrir, alguns informaram que tudo aconteceu quando ela estava deixando a praça na sexta.
O que realmente me enfurece é a falta de atenção dedicada a tal incidente e alguns dos comentários culpe-a-vítima, como os que sempre escuto quando toca-se no assunto assédio sexual. Alguns perguntam o que ela queria saindo de casa! O que me faz pensar o quão enraizado o negacionismo acerca da desigualdade de gênero é em nosso país. Mesmo ativistas abstêm-se de mencionar o incidente. É porque não tomaram conhecimento? Ou é uma tentativa de manter em evidência o lado bom da revolução? Será que não é mesmo importante falar disso agora? Ou trata-se apenas de patriarcalismo enrustido?
A resposta para o problema não será simples e muitos fatores se apresentam. E se isso tivesse ocorrido com uma das famosas ativistas da revolução? Terá a revolução um sistema autoritário que controla quem é importante e quem não é? Se a vítima do assédio tivesse sido uma pessoa desconhecida, será que ao menos teríamos tomado conhecimento?
Quando a repórter Lara Logan foi abusada sexualmente em Tahrir logo após Mubarak ser derrubado, a mídia ocidental em massa correu para cobrir sua história. A cobertura foi muito irregular, com alguma coisa de culpe-a-vítima e também ataques ao Islã. Mas a mídia egípcia falhou ao não reportar o ocorrido. É porque nos recusamos a reconhecer a existência de assédio sexual? É por ela ser uma estrangeira? Ou simplesmente estávamos entusiasmados com a saída de Mubarak?
Em disputas de gênero, há a interferência de outros fatores, como raça, idade, classe e poder. Acho que realmente precisamos pensar nessas questões e reconhecer nossos preconceitos. É assim que devemos fazer avançar a revolução.

Ahmed Awadalla - Vive no Cairo, onde trabalha para uma ONG responsável pela conscientização de questões relacionadas à sexualidade. Escreve no blog "Rebel With a Cause", de onde, com sua autorização, reproduzimos alguns textos no Amálgama.

http://www.amalgama.blog.br/05/2011/revolucao-egipcia-sexualmente-assediada/

Homofobia se aprende, Sexualidade não: Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes

Homofobia se aprende, Sexualidade não: Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes
Texto publicado em 26 de Maio de 2011 - 14h22

A presidenta Dilma, acaba de vetar as discussões sobre homofobia no espaço escolar. Ela pode vetar o material, o programa, mas não pode vetar a vozes dos educadores, que viram na proposta do Ministério da Educação, uma forma de se discutir a homoafetividade no espaço escolar. O veto da presidenta sinaliza o preconceito e a descriminação de uma nação, que se julga tão democrática, porém tem nas suas entrelinhas a descriminação.

Pensar que discutir as temáticas ligadas à sexualidade é algo que fere a moral, ou que, por discutir as questões voltadas para o respeito às diferenças irá induzir uma criança a ser homossexual é uma barbaridade epistemológica. O que não podemos aceitar é que, deputados e outras “autoridades” constituídas pelo povo, agora deixem de representar o povo. Ser gay é algo absolutamente normal, o que algumas pessoas estão pregando, é que ser gay, é uma perversão, é algo que fere os bons princípios, que Deus o criador de tudo e todos, abomina os homossexuais. Será que em plena contemporaneidade, vamos ver a morte de inúmeros jovens e adolescentes gays, sendo desrespeitados, marginalizados e sofrendo Bullying, por serem normais?

Muitos jovens gays crescem achando que são diferentes, anormais e revoltados com a vida e com o mundo. Aprendem, que ser gay, é ser diferente, desprezível e ignóbil. Muitas famílias encaram a homossexualidade, como uma anormalidade, e o filho gay, torna-se a ovelha negra, o zero a esquerda, o mutante, o emblema de vergonha. E desta forma crescem, sendo vitimados pelos seus pares.

Ser gay é poder explorar as possibilidades de uma vida recheada de sonhos. Ser gay é também poder desenvolver uma espiritualidade, acreditar em um Deus de amor, louvá-lo pela existência e realizar orações. Ser gay é poder amar incondicionalmente um homem ou mulher, perdoa e agir com solidariedade e companheirismo. Ser Gay é ser capaz de olhar para si mesmo, e ver o quanto ser, um ser humano é belo. Ser gay é enfrentar os obstáculos, superá-los e crescer com cada adversidade, construindo possibilidades de sempre poder ser melhor. Ser gay é tolerar a indiferença dos indiferentes, compreender as limitações dos preconceituosos, agir racionalmente e dentro das legalidades. Ser gay, é ser um cidadão, que paga impostos e cumpre seus deveres sociais. Ser um cidadão gay, é poder demonstrar afetos livremente, amar, sorrir, divertir-se e apaixona-se.
Ninguém nasce homofóbico, pois homofobia se aprende, sexualidade não

Fonte: Blog do Silvano Sulzart
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=46259

Religião deve ser levada em conta quando se trata de questões sobre sexualidade

É preciso buscar alternativas para conciliar o tradicionalismo da Igreja com visões mais modernas sobre o tema.
Três Lagoas-MS Segunda-feira, 30 de Maio de 2011
AGÊNCIA NOTISA – Questões relativas à sexualidade humana continuam sendo geradoras de polêmicas e discussões. Segundo o artigo “Orientações sobre o comportamento sexual e reprodutivo: princípios e práticas dos sacerdotes católicos”, publicado ano passado na Revista Latino-Americana de Enfermagem, isto se dá porque, além de mera atividade biológica, a sexualidade envolve questões de ordem social, cultural e familiar. Neste contexto, a religião, por ser ainda hoje manifestação importante em nossa sociedade, também tem um papel destacado na formação de considerações sobre comportamentos sexuais e reprodutivos tidos como adequados.

De acordo com os autores, Luiza Akiko Komura Hoga e equipe da Faculdade de Enfermagem da USP, não se pode ignorar a influência da religião católica em nosso país, onde, dizem no artigo, cerca de ¾ da população se declara católica, e 46,1% deles vão a missas pelo menos uma vez por semana. Assim, é preciso que profissionais de saúde e da educação adquiram “os fundamentos necessários para uma análise crítica dos fatores envolvidos em comportamentos sexuais e reprodutivos”, sendo tal conhecimento “necessário para permitir a adoção de uma postura ética, marcada pela abertura e despida de atitudes preconceituosas”, consideram.

A pesquisa foi realizada através de entrevistas com 13 padres católicos da cidade de São Paulo. De maneira geral, os pesquisadores perceberam que seus conselhos e guias seguiam uma linha conservadora e respeitosa aos ditos da Bíblia, porém “algumas instruções contrárias a estes princípios religiosos foram providenciadas por padres que acreditam que a realidade de hoje pede a consideração de um grupo de circunstâncias envolvidas nas esferas familiares e sociais”, notaram os autores. Alguns padres, por exemplo, não condenavam o uso de contraceptivos entre casais casados ou, mesmo posicionando-se contra o aborto, deixavam claro para aquelas que buscavam conselho sobre o assunto que esta é uma decisão pessoal.

Por fim, os autores mais uma vez lembram que posicionamentos quanto à sexualidade são influenciados por vários fatores, de maneira que “atividades educacionais de promoção à saúde, especialmente aquelas que envolvem direta ou indiretamente aspectos relacionados a práticas sexuais e reprodutivas, não devem ser desenvolvidos de maneira padronizada e rígida”, num sentido de buscar um consenso em que a saúde seja valorizada ao mesmo tempo em que o papel das crenças religiosas não é ignorado.

Para ver o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000600026&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
http://www.jornaldiadia.com.br/jdd/cs/60304--religiao-deve-ser-levada-em-conta-quando-se-trata-de-questoes-sobre-sexualidade

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez

O Vai-Vem do Desejo na Gravidez
Por Carla Cecarello - Psicóloga e Sexóloga

Nessa fase, a libido se altera para a maioria das mulheres. As modificações geralmente ocorrem a cada trimestre.

1º Trimestre:
O desejo cai para 77% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: ansiedade, insegurança, medo de perder o bebê. Ou rejeição à gravidez: ela culpa a si mesma ou ao parceiro por ter feito sexo e perde temporariamente o desejo.
Causas físicas para a baixa da libido: as primeiras alterações físicas pegam a mulher de surpresa e provocam incômodo na transa, como o aumento de sensibilidade nas mamas. Os toques nos seios às vezes causam dor. Ela prefere evitar as carícias e o sexo.

2º Trimestre:
O desejo aumenta para 81% das mulheres.
Causas emocionais para o aumento da libido: aumento da auto-estima. É o período de maior tranqüilidade na gravidez: ela já passou pela fase inicial, de dúvidas e incertezas sobre o bebê, e ainda não chegou à etapa final da gestação, em que as preocupações recomeçam pela proximidade do parto.
Causas físicas para o aumento da libido: acabaram os primeiros sintomas da gravidez, como os enjôos. Fase de grande lubrificação vaginal, o que torna a penetração mais prazerosa.

3º Trimestre:
O desejo diminui para 80% das mulheres.
Causas emocionais para a baixa da libido: há uma auto-imagem negativa. Pensamentos que atrapalham: “estou gorda”, “estou feia”, “não estou atraente o suficiente para o sexo”. A ansiedade e o medo do parto atrapalham, assim como algumas crenças equivocadas (acham que transar machucaria o bebê).
Causas físicas para a baixa da libido: o corpo está muito mudado: a barriga cresceu, a lubrificação vaginal diminuiu... Isso coloca empecilhos ao sexo vaginal, o que repercute negativamente no desejo.

Ser mãe e amante: é possível?
Por Ângela Regina Freitas da Silva - Psicóloga e Sexóloga do Projeto AmbSex

Quando a mulher engravida, a relação sexual entre o casal se torna “devagar, quase parando.” Esse fato pode ocorrer devido a preocupação por parte do homem de poder machucar o bebê durante a penetração e na transformação da amante em mãe que representa uma figura imaculada, pura, confundindo-o e em alguns casos fazendo-o perder o desejo pela parceira.

Com isso, ela se sente desvalorizada, não desejada, muitas vezes o seu próprio desejo é sufocado e, aos poucos, os amantes vão se distanciando. Não se consegue perceber que essa mãe também pode ser uma mulher cheia de desejos, vontades. A comunicação entre os parceiros deve ser sempre incentivada e se faz necessária uma adaptação às mudanças. A mulher sendo mãe e amante completa-se: são dois papéis distintos e existentes numa só pessoa e há posições possíveis para as relações sexuais durante a gravidez (exceto para uma gravidez de risco), que não irão machucar o bebê e deixará a parceira confortável. Portanto, os dois continuarão a ter uma relação prazerosa, sem culpa e certamente ficarão cada vez mais unidos.

No caso de a dificuldade persistir, é aconselhável a psicoterapia de casal com o objetivo de estimular o diálogo entre eles, além de dar apoio e segurança nessa etapa de suas vidas.

Fonte: http://projetoambsex.com.br

domingo, 29 de maio de 2011

Esgotamento emocional também causa impotência

20/05/2011 -- 14h42
Esgotamento emocional também causa impotência
A chamada 'Síndrome de Burnout' é diferente da depressão e também acarreta dificuldades no dia a dia


Num mundo de trabalho cada vez mais competitivo, não é raro ouvirmos entre familiares, amigos, colegas ou em conversa de café, as expressões: ''Sinto-me como uma bateria a descarregar'' ou ''Estou esgotado''. A Síndrome de Burnout surge como um quadro psicológico frequente nos pedidos de terapia. Corresponde a exaustão física e psíquica, acompanhada de falta de realização profissional e da sensação de que todos os objetivos profissionais, a que o indivíduo se propôs, falharam.

Confunde-se com a depressão e convém esclarecer as diferenças entre estes quadros clínicos. No Burnout existe o cansaço físico e psíquico associado a atividade profissional, sabendo o indivíduo quais são as razões exatas para esse cansaço. Contudo, o indivíduo continua a retirar prazer na realização de outras atividades, fora do contexto laboral.

Sintomas: esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais; despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado; sintomas físicos de estresse, sendo cansaço e mal-estar.

Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima; frequente irritabilidade, inquietude, dificuldade de concentração, baixa tolerância a frustração, comportamentos paranóides e/ou agressivos para os clientes, companheiros e família.

Manifestações físicas: como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em transtornos psicossomáticos. Estes, referem-se à fadiga crônica, frequentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, e outros.

Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento, atitude cínica, falta de paciência e irritabilidade, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e familiar.

O tratamento da Síndrome de Burnout pode ser feito de várias formas: encaminhamento ao psicólogo; sessões de grupo (trocar ideias com outras pessoas); sessões de relaxamento; terapêutico (fármacos antidepressivos); psicoterapia (acompanha o tratamento farmacológico sendo uma ajuda de bom êxito da terapêutica). Muito importante neste caso é o psicoterapeuta, que deve procurar incutir no doente a constância necessária para prosseguir a terapêutica farmacológica. A psicoterapia compreende diversos tipos de tratamento psicológico e através de conversas e exercícios, de um terapeuta qualificado, ajudam a ultrapassar a crise, incutindo-lhe segurança e dando-lhe o apoio necessário.

Eliane Marçal, psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--134-20110520&tit=esgotamento+emocional+tambem+causa+impotencia

Sexo na terceira idade reforça sensação de aconchego

26/05/2011 -- 15h42
Sexo na terceira idade reforça sensação de aconchego
A sexualidade continua a proporcionar sensações agradáveis, carinho, afeto e boa comunicação, resultando em sentimento de felicidadee bem-estar


A função sexual envolve processos biológicos básicos, iniciada na concepção prosseguindo na maturidade. Recebe influência variada na cultura de acordo com valores próprios, estereótipos de masculinidade e de feminilidade, e tabus sobre comportamento sexual.

Aspectos psicológicos e emocionais afetam acentuadamente o comportamento sexual. O casamento traz nova dimensão à função sexual e, os filhos, novos estágios ao desenvolvimento sexual com a figura do pai e da mãe, e todas as suas repercussões.

Com o avanço da idade há tendência na diminuição da função sexual havendo queda na frequência das relações sexuais. Após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes corrigidos com uso de medicação apropriada.

O homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência é de fatores emocionais.

O sexo na terceira idade reafirma a identidade, demonstrando que a pessoa pode ser valiosa para outra. Junto ao sexo estão valores importantes nessa etapa da vida: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor.

Na terceira idade podemos constatar diminuição de resposta aos estímulos sendo um processo normal de envelhecimento, pois os idosos ignoram mudanças normais das funções sexuais próprias com o passar do tempo e, por falta de informação, adota atitudes erradas em relação a atividade sexual, podendo ser influenciados pela ansiedade da expressão sexual.

Quando o homem envelhece, a impotência acentua especialmente em homens cardíacos, diabéticos e hipertensos. Já se foi o tempo em que os idosos sentiam-se incapacitados para desfrutar a vida sexualmente feliz. O corpo se transforma e os desejos modificam, mas não acabam.

A sexualidade continua a proporcionar sensações agradáveis, carinho, afeto e boa comunicação, resultando em sentimento de felicidade, segurança e bem- estar.

É fato que a maioria das pessoas apresenta diminuição das atividades sexuais, mas não significa decaimento da capacidade de amar, de ter, dar e receber prazer.

Pesquisas atuais indicam que qualquer indivíduo saudável pode ser sexualmente ativo independente da idade, e que a atividade sexual faz bem a saúde tanto física como mental, além de ter um impacto positivo na qualidade de vida.

Eliane Marçal - psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--169-20110526&tit=sexo+na+terceira+idade+reforca+sensacao+de+aconchego