segunda-feira, 27 de junho de 2011

Durante debate em São Paulo, especialistas em sexualidade alertam que sem orientação adequada, lésbicas ignoram prevenção das DST/aids

Durante debate em São Paulo, especialistas em sexualidade alertam que sem orientação adequada, lésbicas ignoram prevenção das DST/aids

23/06/2011 - 16h20

Uma “Roda de Conversa sobre Saúde Lésbica” discutiu nesta quinta-feira no Conselho Regional de Psicologia, em São Paulo, o preconceito e o despreparo de profissionais da área da saúde para atender as demandas específicas de mulheres lésbicas. Sem orientação adequada, muitas delas desconsideram a necessidade de fazer exames como o papanicolau uma vez por ano e a prevenção das DSTs/aids.

Participaram do debate Ana Gabriela Sena, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde; Lurdinha Rodrigues, representante do Movimento LGBT no Conselho Nacional de Saúde e do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais; Ana Naiara Malavolta, pesquisadora na área de saúde lésbica; e Patrícia Porchat, psicanalista representante da Comissão de Sexualidade e Gênero.

Segundo Ana Naiara, “as faculdades de medicina precisam criar uma cadeira de “sexualidade”, preparando os futuros médicos para entender as demandas específicas de mulheres que fazem sexo com mulheres”.

“Lésbicas não vão ao médico por conta do tratamento discriminatório. Não queremos ambulatório diferenciado, porque a discriminação vai continuar no ambulatório normal, queremos médicos preparados para lidar com as nossas especificidades”, disse Lurdinha Rodrigues.

A psicanalista Patrícia acredita que “o sentimento de desvalorização da lésbica vítima do “estupro corretivo” faz com ela adote um comportamento auto-destrutivo, fazendo sexo sem o uso de preservativo e contraindo doenças sexualmente transmissíveis”.

Cartilha para Mulheres

Questionadas sobre a cartilha de prevenção ao HIV, que a OMS vai lançar direcionada ao público de homens gays, Lurdinha e Ana Naiara compartilham da mesma opinião. “No caso da aids eu acho um erro, pois devolve o foco de maior transmissão dentro do chamado “grupo de risco”. Seria mais correto tratar das pessoas que fazem sexo anal, devido ao maior risco de transmissão, homossexuais e héteros. Tem que se pensar na população em geral, mas com um trabalho voltado para as especificidades de cada grupo da população.”

Esta “Roda de Conversa” integra o ciclo de atividades e debates que antecedem a 15 Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

Maria Carolina Bastos
http://agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=17145

Exercício que ajuda a mulher a ter mais prazer sexual

Exercício que ajuda a mulher a ter mais prazer sexual

Fisioterapia em musculatura na área vaginal auxilia a superar falta de desejo



Rio - Cerca de 35% das mulheres brasileiras sofrem de alguma disfunção sexual, entre elas falta de orgasmo, dor durante a relação sexual e o vaginismo, segundo dados da pesquisa Mosaico Brasil. E muitos destes problemas poderiam ser resolvidos com exercícios. Entretanto, não é qualquer musculação que vai melhorar a vida sexual delas.

Segundo especialistas, é preciso exercitar o lugar certo: o períneo, conjunto de músculos que começa no clitóris. Para isso, é utilizada a fisioterapia uroginecológica.


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A fisioterapeuta realiza o tratamento em consultório. Com o tempo, paciente passa a se exercitar em casa | Foto: Divulgação
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Indolor, a técnica, além de melhorar o desempenho e prazer sexual femininos, é usada para melhorar as outras disfunções do períneo, por exemplo, a incontinência urinária.

Para mulheres a partir dos 40 anos de idade, este tipo de fisioterapia pode ser usado como forma de prevenção de tais problemas. De acordo com a fisioterapeuta especializada em uroginecologia, Mônica Lopes, tais exercícios, feitos em consultório, procuram aumentar o tônus da musculatura do períneo.

“Após um período de tratamento, os exercícios podem ser feitos em casa. Porém, como esta é uma musculatura que se cansa rápido, os movimentos devem ser feitos sempre com orientação médica”, pondera.

Períneo precisa ser exercitado sempre

O períneo é uma musculatura frágil, que precisa ser exercitada para desempenhar funções que vão além da garantia da qualidade do sexo. “Tônica, a musculatura ajuda a mulher a ter prazer maior por facilitar o contato entre a vagina e o pênis”, diz Mônica. “Além disso, é responsável pela sustentação das vísceras, como a bexiga, além de garantir a continência urinária e fecal”, completa.

A flacidez é a maior reclamação das pacientes que procuram seu consultório, mas outros problemas também podem lesionar o períneo e afastar da mulher o prazer sexual. “Além da flacidez pós-parto e aquela causada pela chegada da menopausa, o vaginismo, tensão grande da musculatura vaginal, e a vulvodínea, ardência na entrada da vagina, também tornam o sexo menos prazeroso”, exemplifica.
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/6/exercicio_que_ajuda_a_mulher_a_ter_mais_prazer_sexual_170821.html

domingo, 26 de junho de 2011

Sexo oral provoca aumento de casos de câncer de garganta

Domingo, 26 de junho de 2011 - 09h00 Última atualização, 26/06/2011 - 08h57

Sexo oral provoca aumento de casos de câncer de garganta

HPV resultou em aumento nos casos de câncer de boca e garganta entre os mais jovens
Fabio Mendes

cidades@eband.com.br
O consumo excessivo de álcool e tabaco sempre foi apontado por médicos especialistas como os maiores causadores de câncer de garganta. No entanto, nos casos de pessoas com menos de 50 anos, um fator se mostra muito mais frequente: o sexo oral. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos.

De acordo com o estudo, o vírus HPV – que pode ser transmitido por relações sexuais, inclusive sexo oral - atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos.

Na Europa, outras pesquisas também apontam um fenômeno semelhante. A Inglaterra identificou aumento dos casos de câncer de garganta devido ao HPV. O mesmo ocorre na Suécia, onde o índice subiu de 25% para 90% nos últimos 30 anos.

Tumores

No Brasil, não há números específicos sobre câncer de garganta, mas os casos de tumores da boca cresceram consideravelmente. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), foram registrados 14 mil novos casos em 2010.

“O aumento no número de casos de câncer de boca e garganta está ligado ao vírus HPV, sobretudo em jovens sem histórico de alcoolismo ou tabagismo”, explica Hézio Jadir Fernandes Júnior, oncologista clínico e diretor do Instituto Paulista de Cancerologia.

Segundo Fernandes, a divulgação deste tipo de pesquisa aponta uma evolução na compreensão da doença, mas não altera o conceito de tratamento e diagnóstico. “Ela é muito importante especialmente para conscientizar a população sobre os riscos de se contrair o vírus”.

Prevenção

De acordo com o médico oncologista, o método de prevenção básica é evitar ter relações sexuais de risco. “Se a pessoa frequentemente realiza sexo oral sem proteção, com vários parceiros, ela deve realizar alguns exames de avaliação. Caso seja identificada a presença do vírus, é possível realizar um tratamento antiviral”.

De acordo com Fernandes, um passo importante para o futuro seria uma campanha de vacinação massiva para meninas entrando na puberdade. “Imunizar estas pessoas, antes de elas entrarem em seu período de atividade sexual seria muito importante”.

Sintomas

Alguns sintomas podem ser identificados em pessoas que começaram a desenvolver a doença. Um deles é o surgimento de nódulos no pescoço, alteração na voz ou dificuldade para se alimentar. “Uma observação atenta da boca também é muito importante. Manchas ou sangramentos que não são curados em duas semanas podem ser um indício da doença”, explica o oncologista. “Neste caso a pessoa deve passar por uma biópsia”.
http://www.band.com.br/jornalismo/saude/conteudo.asp?ID=100000440698

MITOS SEXUAIS MASCULINOS

MITOS SEXUAIS MASCULINOS
Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.


A maioria dos homens, independentemente da inteligência e educação tem seu comportamento sexual afetado negativamente por mitos ou falsas idéias sobre sexo. Por causa disso muita infelicidade sexual cai sobre estes homens, com problemas, inadequações e disfunções sexuais.

É quase impossível para um homem crescer em nossa sociedade sem assimilar um grande número de idéias que dirigem e dirigirão sua vida pelos anos afora. Muitas dessas idéias são até ridículas ou são falsas concepções sobre o sexo e a vida sexual. De qualquer forma, muitas destas idéias ou conceitos são assimilados conjuntamente ao sentir-se homem. Desta forma anexado à identidade masculina, as expressões sexuais parecem ser parte inerente do ser homem e trazem muita dificuldade em serem discutidas racionalmente, visto que foram assimiladas e aprendidas quando não existia pensamento crítico na criança.

O primeiro mito sobre o sexo do homem é o de que homem não tem nenhum defeito na área sexual. Em outros campos do comportamento humano, afirmações assim podem até ser encaradas como loucura! Na realidade, a maioria dos homens, se pudessem ser honestos consigo mesmos, admitiriam que sentem alguma inadequação sexual. Estas inadequações acontecem devido à comparação entre o que o homem realmente é e o que ele sente que deveria ser ou desejaria ser.
O condicionamento dos homens se dá desde a mais tenra infância, quando ele é ensinado e aprende (também por imitação) como um "verdadeiro macho" deve ser. E sexualmente o homem aprende que deverá ser um super-homem sexual, um maravilhoso atleta que saciará sempre e de todas as formas toda e qualquer mulher durante toda a sua vida!

E como são os mitos sexuais mais comuns ao homem?

A seguir vamos desdobrar os piores mitos que tanto fazem sofrer homens, às vezes calados, às vezes conseguindo vencer preconceitos e nos procurar, aos especialistas em sexualidade, em nossos consultórios.

MITOS SOBRE O PÊNIS
O pênis por ser um órgão de prazer para o homem, e ter sido conhecido desde sua infância como a parte mais importante de seu corpo, é a que mais traz mitos sexuais.

Mito 1 - Quanto maior, melhor...
A maioria dos homens, até finalmente crescerem ou desistirem deste pensamento, é insatisfeita com o tamanho do próprio pênis. A dura realidade é‚ que o que interessa mesmo é como o homem usa este pênis e quanto prazer este realmente dá a este homem. Na verdade, o tamanho do pênis não é tão importante para o prazer, melhor dizendo, ele não é, em nada responsável pelo prazer do homem ou da mulher. Claro que existem exceções para o tamanho. Um pênis não pode ser muito grande (por exemplo acima de 20 cm, ou como aquele famoso negro americano com seus 45 cm de falo sem rigidez), mas também não pode ser muito pequeno (menor do que os 5 cm em ereção). O importante quanto ao tamanho é poder penetrar a parceria sexual (se este é o interesse da pessoa ou casal). No geral as mulheres não prestam muita atenção para o tamanho do pênis. O que conta para a mulher é o como o homem sabe fazer amor, os aspectos emocionais, aquilo que para elas é literalmente fazer amor! O carinho que acompanha o sexo, o antes e o depois com atenção e compreensão. Claro que também deve importar o prazer do orgasmo, mas nós homens não somos os reais responsáveis pelo prazer orgásmico da mulher, apenas ajudamos...

Se o homem preocupa-se com o tamanho do pênis, isto interferirá com a satisfação sexual, e o pior, com seu desempenho sexual, com sua ereção ou capacidade de segurar a ejaculação. Poderá chegar ao pior: a impotência ou o gozo rápido sem controle.

A preocupação com o tamanho do pênis é uma forma neurótica de não prestar atenção no que interessa do sexo: o relacionamento gostoso com quem se deseja!

Embora cada homem que tenha estas preocupações tenha medo de admitir, este é um distúrbio neurótico. Neurótico porque impede o objetivo final e mais importante que é o relacionamento sexual a dois e a obtenção de prazer. A maioria dos homens que nos procuram com esta queixa é constituída de pessoas que evitam o sexo, Ter namorada ou se aproximar de mulheres. A justificativa é de que seriam rejeitados. Muitos sequer experimentaram aproximar-se... e isto é um comportamento neurótico, gostem ou não!

A fantasia de ter um pênis maior só leva à angústia e sofrimento que impede o homem de ser feliz e procurar um relacionamento humano e satisfatório.

Há muito pouco a fazer com o pênis e seu tamanho. O melhor é aprender a como alcançar de dar prazer com o que temos. Isto éreal, o resto é fantasia!

Mito 2 - Um homem faz sexo a qualquer momento que queira.
Há partes do corpo que fazem o que mandamos, mas existem partes do corpo que não fazem do jeito que ordenamos. Quando queremos levantar o braço, é só levantar. O pênis não obedece como o braço, pois é diferente. Assim como o funcionamento dos pulmões e fígado ou rins, o pênis não é comandado pela mente de forma direta.
Um homem não pode ter uma ereção a qualquer momento. A maioria dos homens não terá ereções em situações que serão constrangedoras, por exemplo, estar exposto numa vitrine de uma loja de departamentos, nu, esperando ter uma ereção; pois, a maioria dos homens já não conseguiria...

O que é difícil de acreditar é que nosso corpo não é dirigido nesta ora. A ereção pode ser facilitada, mas não controlada totalmente pelo pensamento. Mas o pensamento pode atrapalhar a ereção!
O pênis não entrará em ereção se não acontecerem coisas que facilitem esta ereção. Da mesma forma que um carro precisa de uma bateria para o motor pegar, o pênis precisa de alguma coisa dentro (e fora) de nós que permita que ele entre em ereção.

O que será preciso para acontecer a ereção dependerá de cada homem e mudará bastante com a idade. Sempre teremos que aprender nossas possibilidades.

Mito 3 - Sem ereção não há sexo.
Quando temos este pensamento na cabeça, não haverá nem ereção, e é isto o que acontece com muitos homens impotentes.
Claro que o sexo pode existir sem a ereção. Nós homens é que não aprendemos a lidar com isso e assim facilitar nossa ereção de acontecer.

O sexo sempre irá acontecer entre um casal onde há o amor. Com quem amamos o sexo tem várias formas, e um casal precisa destas várias formas de expressão do sexo. Sem estas outras formas de expressão sexual, um casal provavelmente deixará de existir e o homem nunca saberá o que aconteceu. Mas isto é quase impossível para alguns homens, e a insistência com a ereção poderá acabar com tudo, pois sem a ereção este homem, tão preocupado, não dará atenção às necessidades e desejos de carinhos de sua amada (?). Esta desatenção não será percebida pelo homem, quem só considerará que a mulher não está sendo servida, mesmo que ela se satisfizesse com os carinhos e amor que ele pudesse oferecer...
A única utilidade da ereção é a penetração. O homem não precisa nem da ereção para ter seu prazer. A ejaculação pode acontecer sem ereção!

Também a mulher não precisa necessariamente da ereção do pênis para ter seu orgasmo (muitas nem mesmo sabem tê-los, então nestes casos tanto faz se a ereção tem ou não papel no orgasmo da mulher...)

OS MITOS MACHISTAS

Mito 1- O "verdadeiro homem" não pode mostrar seus sentimentos.
Quando mostra o que sente muitos homens acreditam que ficarão sentimentais, fracos, femininos, ou muito pior, pois acreditam que o "verdadeiro homem" deve controlar suas emoções. Controlar as emoções é anormal, é doentio e provoca doenças no homem (por exemplo, facilita os ataques do coração). Este mito causa, provavelmente, mais infelicidade ao homem, do que qualquer outra falsa concepção, e certamente é causa de muitos casamentos fracassarem ou não permitirem felicidade.

Até mesmo os animais são sensíveis o bastante para expressarem e demonstrarem seus sentimentos. O homem que sempre se sentiu mais evoluído, deixou de sentir e expressar? Claro que não pode ser assim, claro que expressar o que sentimos é uma das qualidades humanas pois podemos expressar os sentimentos de muitas mais formas além das que os animais utilizam.

Mito 2- O "verdadeiro homem" está sempre com desejo e pronto para o sexo.
Ao vermos assim escrito, parece tão ridículo, pois nunca poderíamos defender esta idéia em sã consciência, é insensato. Infelizmente, muitos homens acreditam nisto e agem segundo esta idéia. Muitos homens esperam estar constantemente aptos para procurar situações sexuais, não importando se estão muito ocupados ou se estão extremamente cansados. Infelizmente, desprezando suas capacidades físicas, muitos homens tentarão ir além de seus físicos, achando que sexualmente poderão ser adequados, pois acreditam que será assim! Acreditam que poderão ter um bom desempenho sexual e se satisfazer, e esperam que possam satisfazer a outra pessoa!
Os homens, mesmo que esteja muito bem de saúde, com muito tempo livre, e com muito desejo de sexo, ainda assim destinará apenas uma pequena parte de seu cotidiano para o sexo. Mesmo pensando muito em sexo, haverá pouco tempo destinado a fazer coisas sexuais se compararmos com o trabalho, por exemplo! E mesmo estando com desejo sexual ¡íntegro e adequado, ainda deverá falhar sexualmente se as condições em que fizer sexo forem desfavoráveis.

MITOS SOBRE A IDADE
A idade do homem provoca dois mitos sexuais opostos, e que estão arraigados na maioria das pessoas.

Mito 1- Ao envelhecer, não há qualquer mudança no interesse sexual do homem, nem na resposta ou desempenho sexuais.
Embora poucos homens concordassem com isso quando falamos desta forma, muitos agem com se acreditassem que sempre se manterão jovens. Muitos homens chegam ao consultório afirmando que desejam voltar a ser sexualmente como eram aos 20 anos e idade! Não se confirma com as mudanças e exigem que seus corpos funcionem como no passado.

Os homens preocupam-se quando, a partir dos 45 anos a ereção peniana demora mais para acontecer, não conseguem ereção totalmente rígida se não se estimularem diretamente no pênis, e perderem a ereção rapidamente se a parceira parar de brincar com o pênis. Os homens não sabem que estas mudanças são normais, inevitáveis, e que não devem se preocupar com isso. Em verdade, o homem deveria estar desenvolvendo outras formas para o relacionamento sexual para superar estas "dificuldades".

Mito 2- Envelhecendo você perde o interesse no sexo e não conseguirá mais fazer sexo.
Quantos e quantos homens inteligentes que continuam acreditando nisso... E o pior é que se um homem acredita nisso como uma verdade, verdade será mais tarde em sua vida. Assim se mostra o poder de nossas crenças, realizam-se, mesmo não sendo verdadeiras.

Com o envelhecer o homem precisar aprender a adequar-se e integrar-se às modificações que o corpo vive. Com certeza não seremos com 60 anos de idade o que formos fisicamente com 20... mas muito pode ser feito. Primeiramente aprendermos a lidar com estes envelhecimento. Depois precisamos desenvolver comportamentos sexuais que talvez não existissem antes e que permitirão continuar tirando prazer deste esquema.

Um homem que se chama feliz com 70 ou 80 anos de idade é o que continua a fazer sexo e fez modificações de seu comportamento e adaptou-se às novas necessidades e diferenças!!!

MITOS SOBRE O FAZER O AMOR
Os seguintes mitos sobre o fazer o amor representa apenas uma pequena parte de um número muito grande de crenças irracionais e mitos.

Mito 1- A habilidade em se fazer amor é inata e a desenvolvemos naturalmente.

Parece que o homem acredita nisto por ser o sexo uma função normal do corpo físico. As coisas não são bem assim. Um homem sábio, disse um dia, que o fazer amor é igual a tocar violino com toda a técnica necessária, e que é preciso tanto ensino quanto prática para funcionar bem. Sexo é assim. Nosso corpo permite fazer sexo, mas é preciso aprendermos como e treinarmos para que o sexo seja bem feito. Não adianta ficar à espera de que o corpo funcione.

É muito difícil a muitos homens acreditarem que precisam aprender a serem sensuais e eróticos. Dói muito aos homens reconhecerem que não são tão sexualmente bons e que seus desempenhos sexuais não tão inatos como gostariam que fossem. Dói aos homens assumirem a responsabilidade sobre seus comportamentos sexuais... mas é a saída para muitos problemas!

Mito 2- Sexo deve ser espontâneo.
Se alguém acreditar nisso não há lugar para qualquer atividade sexual premeditada.
Um homem nunca poderia procurar uma prostituta (seria premeditado...).
Um casal não poderia por as crianças para dormir, ou mandá-las para a casa dos avós com a intenção de virem a fazer sexo...
Ninguém poderia se arrumar, vestir-se bem e perfumar-se para sair sábado à noite...
Não há nada de errado com o sexo espontâneo, com o sexo impulsivo. Agora, é importante não se fechar as portas para as formas prazerosas de se fazer sexo planejado ou preparado!
As mulheres também se preocupam muito com estas idéias e às vezes perdem grandes oportunidades pois as consideram não naturais.
Oras o natural do ser humano é o humanamente construído, feito com o propósito desejado, e não por acaso!

Mito 3- O mais importante o desempenho perfeito na hora do sexo.
Muitos homens passaram por uma lavagem cerebral para poderem acreditar que suas qualidades masculinas estão relacionadas com sua capacidade no desempenho do sexo. Esta atitude sobre o desempenho atinge o sexo de forma terrível, pois o homem passará a se preocupar com coisas que trarão problemas:

- quanto tempo tem que durar o coito;
- quantas vezes o homem tem que conseguir fazer sexo na mesma noite;
- quantas posições temos que executar;
- temos que ter técnicas sexuais complexas e até difíceis de executar;
- O homem espera ser "bom" o bastante para levar sua parceira ao orgasmo antes que ele ejacule...
Enquanto o homem está ocupado com tudo isso, ele não estará ligado com suas emoções e sensações e na própria parceira. Se este homem não puder dar atenção a suas sensações físicas de prazer e suas emoções, não poderá aproveitar verdadeiramente o momento sexual. Estará pensando mais do que sentindo.
Além do mais, se o homem achar que seu desempenho não atinge suas expectativas, ele sentirá raiva, ansiedade e ficará muito chateado consigo mesmo! Estes sentimentos estragarão o prazer e farão o desempenho pior. Assim se criará um ciclo vicioso sem controle e com muitos outros problemas na esfera da sexualidade e dos relacionamentos amorosos.
A verdade é que o que realmente conta é dividir o momento de intimidade, único, físico e emocional com alguém a quem se ame, ou no mínimo confie e goste.

Mito 4- Sexo bom o supersexo.
Há pessoas que acreditando nisso não apreciarão o fazer sexo, exceto se esse sexo tornar-se uma extravagância com classificação de hotel de cinco estrelas (nunca menos!).
É ótimo fazer sexo de todas as formas, muitas vezes e com tudo que nossa fantasia determinar, se tivermos tempo e oportunidade. Porém, cada homem será mais sexualmente feliz se trouxer seus objetivos mais para baixo, para a realidade. Assim o homem ode aprender como melhor aproveitar e melhor sentir a intimidade sexual.

Mito 5- Todo prazer físico obtido num contato com outra pessoa deve conduzir a sexo.

Geralmente o homem cresce com essa idéia, só há duas formas de contatos: o sexo e a agressão (é por isso que os meninos são tão briguentos e se batem ou estapeiam-se o tempo todo, pois não podem mostrar que gostam um do outro, não há como mostrar carinho, afeto pois há a fantasia de sexo, então só sobra a agressão física).

Tudo isso significa que tocar uma mulher sem poder fazer sexo é inaceitável. Tocou o corpo da mulher tem que haver sexo, pois não existe outra forma, a alternativa é bater!

Muitos homens se surpreenderiam se soubessem que uma das queixas mais comuns que as mulheres tem dos homens ‚ que "ele só me toca, acaricia ou põe a mão em mim, quando ele quer sexo". É claro que as mulheres, não sem razão, ficam muitos ressentidas com isso.

Todos nós, humanos, temos necessidades de sermos tocados por outras mãos humanas. E não há nada de errado com isso. Muitas vezes muito confortável, simplesmente ser abraçado e acariciado e não é algo não masculino sentir isso.
Se um homem se viciou em somente tocar outra pessoa quando quiser sexo, ele levará algum tempo para sair desta forma bitolada, mas será ótimo quando sentir a diferença que faz quando for capaz de acariciar, massagear, pegar, abraçar, tudo isso sem segundas intenções sexuais.
Enquanto o sexo e o tocar ficarem associados com exclusividade em sua cabeça, o homem não poderá tocar outra pessoa sem se pressionar ao sexo, quando talvez seja o desejo de ambos!

Mito 6- Machos devem ser ativos durante o sexo.

Mito 7- Homens são responsáveis pelo que acontece no sexo.

Mito 8- Durante o sexo o macho é responsável pela excitação e pelo orgasmo da parceira.
Se considerarmos estes três mitos conjuntamente poderemos discutir os papéis sexuais de homens e mulheres.
Homem e mulher são iguais e tem direitos e responsabilidades iguais no sexo. Oras é claros que existem diferenças, e "Viva a diferença!". Mas quanto a responsabilidades, estas devem ser repartidas por várias razões.

Não há qualquer razão que nos leve a pensar no homem como o responsável por tudo o que acontece durante ato sexual. São duas pessoas fazendo sexo, cada uma tem seu papel e, mais do que isso, cada uma sabe lá dentro o que necessita e deve fazer para obter prazer. Cada uma fará sexo da forma que sente que pode fazer sexo. As pessoas fazem sexo da mesma forma como fazem outras coisas. tenderão a fazer sexo inibido, passivo, deixando toda a responsabilidade para o outro se assim são na vida em geral. tentarão conduzir o sexo, dizendo o que o outro deverá fazer, se assim são no cotidiano. Por‚m o oposto também pode ser verdade, uma pessoa reprimida em seu dia-a-dia, poderá encontrar no sexo a forma de se expressar inteiramente, e querer mandar e conduzir a relação. É muito individual, e depende da história de vida de cada pessoa.

Durante o fazer sexo, cada parceiro pessoalmente responsável pela própria excitação e orgasmo. É nossa responsabilidade assegurar que vamos ter a estimulação sexual que desejamos e necessitamos. É preciso que cada um assuma que é responsável sobre o onde e o quando fazer sexo e por quanto tempo deseja fazer sexo. Cada um, homem e mulher saberá como o sexo que precisa.

Nossa única responsabilidade com nossa parceira é o de fazermos o melhor para dar a ela (ele) o que ela (ele) parece querer.
Importante lembrar que muitas mulheres gostam de ser ativas no sexo, fazendo e dizendo como fazer. Com estas mulheres, o homem que julgar que é ele que deveria ser o ativo, ficará se sentindo mal e inadequado sexualmente. Provavelmente, esta situação contrária ao que está pensando, considerando como verdadeiro, fará com que se sentia ansioso e tenha falhas sexuais, a exemplo da ejaculação precoce e impotência.

Também é bom lembrar que nenhum homem é responsável pelo prazer que a mulher pode sentir. Se a mulher não consegue sentir prazer orgásmico, nenhum homem a fará senti-lo. Não é o homem o responsável pelo sexo da mulher...

Mito 9- Sexo deve levar ao orgasmo.

Mito 10- Uma vez começado o sexo, ele deve continuar até ambos terem orgasmos.

Mito 11- Um homem e sua parceira devem alcançar o orgasmo ao mesmo tempo.
O orgasmo é uma preocupação para homens e mulheres na atualidade.
É impossível a muitos homens pensar que uma pessoa possa começar a fazer sexo e parar sem que tenha tido orgasmo. Mas sexo bom, mesmo que aconteça sem que venha a ter ejaculação e orgasmo.

Estes mitos atingem a maior parte das pessoas, embora mais homens acreditem nele do que as mulheres.
É muito normal uma pessoa querer ter o contato sexual e não necessariamente ter orgasmos. O prazer obtido com a intimidade pode ser o que se deseja. Se assim for o orgasmo não será buscado. O importante ‚ que a pessoa saiba, de verdade, se deseja orgasmo ou apenas intimidade.

Envelhecendo, os homens precisam menos do orgasmo para se sentirem recompensados sexualmente. Muitos idosos dizem que se sentem, e por isso desejam o coito, mas não estão interessados em orgasmos. não há nada de errado nisso. Se os parceiros sexuais sentem que devem ter orgasmos sempre que fizerem sexo, estarão se forçando, e isto causará problemas, mais cedo ou mais tarde.

Muitos homens acreditam, erroneamente, que uma vez que estimulação sexual comece, deve continuar sem interrupção até o orgasmo.

A idéia de que durante o sexo, um ou ambos parceiros gostariam de descansar um pouco, ou ouvir alguma música, ou mesmo dormir, antes de continuar o sexo, é incompreensível para algumas pessoas. Na realidade, as sensações sexuais mais intensas acontecem quando a atividade sexual pára e reinicia várias vezes, mais do que quando mantém a atividade sexual progressivamente sem pausa.

O orgasmo simultâneo um mito absurdo e destrutivo e precisa ser desfeito com urgência. Mesmo na atualidade, quando a maioria dos homens cultos e educados reconhecem racionalmente que apenas uma minoria de mulheres consegue obter orgasmo apenas pela estimulação do coito, da penetração.

Na verdade, é muito improvável que um casal consiga chegar ao clímax juntos, e só quando um dos parceiros segura desesperadamente o orgasmo, enquanto o outro freneticamente tenta apressá-lo. Se um ou outro falhar, geralmente desapontam-se e frustram-se, deprimindo-se... Os campeonatos de cama como estes conduzem facilmente é infelicidade.
O triste fato é que, para dividir o orgasmo de sua parceira, o homem precisa observá-la neste momento em que ela experiencia o orgasmo, o que é uma recompensa emocional muito importante, e isto é possível se ambos tiverem o orgasmo ao mesmo tempo!

Avaliação de ansiedade em amostra de pacientes com queixas sexuais por meio do Inventário Beck de Ansiedade

Avaliação de ansiedade em amostra de pacientes com queixas sexuais por meio do Inventário Beck de Ansiedade

Diego H. Viviani
Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Fernanda Robert de C. S. Silva
Elaine C. Catão
Itor Finotelli Jr.

A revisão da literatura sobre disfunções sexuais demonstra a associação causal entre ansiedade e disfunções sexuais (Althof e cols, 2006). O Inventário Beck de Ansiedade (BAI) é uma escala de auto-relato que descreve a intensidade dos sinais e sintomas de ansiedade, distribuídos em 21 afirmativas avaliadas por uma série escalar individual de zero a três pontos (0=mínimo de ansiedade 3= máxima ansiedade). O escore total é obtido pela soma das pontuações dos itens e varia entre 0 e 63. O escore total permite determinar os graus de ansiedade por pontos de corte: mínimo 0–10; leve 11–19; moderado 20–30 e grave 31–63. O inventário inicialmente foi criado para uso em pacientes psiquiátricos e posteriormente foi validado em populações médico-clínico e não-clínicas. As médias encontradas para as pesquisas médico-clínico foram entre 6,87 (DP=7,98) a 16,47 (DP=7,63) e para as populações não-clínicas 5,10 (DP=3,95) a 15,62 (DP=9,64) (Cunha, 2001).

Este estudo tem por objetivo avaliar o grau de ansiedade em pacientes com queixas sexuais por meio da aplicação do Inventário Beck de Ansiedade.Para este estudo foi utilizada uma amostra de 75 sujeitos atendidos em clínica de psicologia em sexualidade (54 homens e 21 mulheres), com média de idade de 35 anos (DP = 9,64; Idade mínima = 20 anos; Idade máxima = 62 anos), dos quais 32,0% solteiros, 61,3% casados, 6,7% separados; com escolaridade nível superior completo em 83,3% da amostra. Todos os sujeitos apresentavam queixas sexuais: 46,7% disfunção erétil, 25,3% ejaculação rápida, 12,0% inibição de desejo sexual, 8,0% vaginismo, 4,0% anorgasmia e 4,0% inadequação sexual do casal. Os resultados demonstram que a média dos escores dos sujeitos foi 14,64 (DP=11,16), sendo para homens 13,50 (DP=9,64) e mulheres 17,57 (DP=14,22). Ao considerar as médias por queixas sexuais foram encontrados: disfunção erétil 13,80 (DP=10,60); ejaculação rápida 12,95 (DP=7,81); inibição de desejo sexual 16,11 (DP=16,04); vaginismo 12,00 (DP=6,03), anorgasmia 12,67 (DP=9,29) e inadequação sexual do casal 38,00 (DP=7,21).

Os resultados demonstram que a média dos escores dos sujeitos foi 14,64 (DP=11,16), sendo para homens 13,50 (DP=9,64) e mulheres 17,57 (DP=14,22). Ao considerar as médias por queixas sexuais foram encontrados: disfunção erétil 13,80 (DP=10,60); ejaculação rápida 12,95 (DP=7,81); inibição de desejo sexual 16,11 (DP=16,04); vaginismo 12,00 (DP=6,03), anorgasmia 12,67 (DP=9,29) e inadequação sexual do casal 38,00 (DP=7,21). Para os graus de ansiedade, segundo a amostra, os resultados revelaram que 81,5% dos homens estão entre “Mínimo e Leve”, enquanto para as mulheres, esses mesmos graus correspondem a 66,7%.

A maioria dos homens da amostra encontra-se na 2=25,70 para três graus de liberdade ecfaixa leve para o grau de ansiedade ( significância de 0,00%). A amostra feminina não demonstrou nenhuma tendência 2=2,81, para três graus de liberdade e significância de 42,19%).c( Em relação à análise da consistência interna (α Cronbach), os resultados demonstram índice de precisão para a amostra total 0,92 (homens 0,90 e mulheres 0,95). Tais dados demonstram um panorama da média dos escores em população clínica com queixas sexuais similares as médias encontradas em populações médico-clínica e não clínica. Ainda revelam apropriados índices de consistência interna ao apresentar boa precisão na avaliação do grau de ansiedade dessa população. Destaca-se ainda que futuros estudos são necessários para distinguir os principais sintomas segundo o instrumento, característicos de homens e mulheres com queixas sexuais, bem como suas queixas em questão.
Referências bibliográficas
Althof; A; Leiblun, S; Chever-Measson, M; Hartman, U; Levine, SB; McCabe, M; Plaut, M; Rodrigues, O; Wylie, K; Solsona-Narbon, E; Thuroff, D; Vaughan, D; Wirth, M (2006): Psychological and Interpersonal Dimensions of Sexual Function and Dysfunction. J Sex Med, 2, 793-800.
Cunha, JA (2001): Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo.


Palavras-Chaves: Inventário Beck de Ansiedade; Ansiedade; Disfunções Sexuais; Disfunção Erétil; Ejaculação Rápida
Key words: Beck Anxiety Inventory; anxiety, sexual dysfunctions, erectile dysfunction; rapid

A boca e o sexo: com prazeres e preocupações desta década.

A boca e o sexo: com prazeres e preocupações desta década.


A boca é um meio muito importante no relacionamento afetivo e sexual entre os humanos. Muitas interações envolvendo a boca participam do contato erótico e podem ser prejudicados pelas circunstâncias bucais. A boca produz um dos mecanismos mais importantes do início do contato afetivo e erótico neste último século na espécie humana: o beijo. Aqui temos muitas discussões sobre preferências e limitações envolvendo a erotização.O beijo produz uma série de mensagens neurológicas e químicas que transmitem sensações táteis, excitação sexual e percepções de proximidade, motivação e euforia. Muitas pessoas compreendem que o primeiro beijo decide o futuro do relacionamento, e que um beijo “ruim” descartará o/a candidato/a. O beijo facilita a produção de ocitocina, controlando a produção de cortisol. Portanto, beijar é bom para combater estresse! Aparentemente os efeitos do beijo são maiores sobre as mulheres no que respeita a produção de ocitocina, e nos homens o efeito pode ser maior como alivio de estresse.
Muitas pessoas sentem-se limitadas pelos cheiros e percepções das bocas. Embora tenhamos o discurso social do beijo ser importante, algumas pessoas o considerarão não higiênico... devido a suas características psicopatológicas, mesmo que não se desenvolvam a ponto de ser necessária uma intervenção psiquiátrica. A boca convive com muitas bactérias e vírus, é verdadeiro, mas preocupar-e com isso em pessoas saudáveis é algo psicopatológico e que limita muitos casais nas atividades afetivo-erótico-sexuais. Não é incomum ouvir casais debaterem e combinarem, pela primeira vez após uma ou duas décadas de casamento, que podem, sim, ter atividades sexuais no domingo de manhã, desde que ambos escovem os dentes antes de iniciarem as carícias... Claro que estes casais já apresentavam outras dificuldades anteriores: dificuldades de expressividade emocional e de comunicação afetiva e efetiva sobre necessidades e modos de solução de problemas a dois (por isso a psicoterapia com o casal se torna importante para muitos casais: será o momento de desenvolver com a ajuda de terceiros a satisfação de necessidades simples que não eram satisfeitas).
A questão verdadeira não é a higiene, e se for é psicopatológica a motivação que subjaz. As principais razões pelas quais uma pessoa se incomode com a boca da outra será por preferência ou limitações de cheiros e gostos. Gostar é algo muito importante no que se refere à excitação sexual. Gostar ou não gostar de cheiros da boca ode impedir um relacionamento sexual. Então, na história de vida anterior a sexo genital, se o cheiro/gosto da boca normal (com cheiros de boca...) houver sido associada a emoções negativas, a preferência por uma boca com cheiro de “hortelã” pode ter sido desenvolvida e daí para frente o cheiro natural da boca e saliva nunca serão aceitas para o inicio das atividades eróticas. Um condicionamento comportamental sobre o qual as pessoas não têm controle, mas poderiam ter se assim o soubessem.
Então, reclamar do mau hálito diz respeito a preferências estabelecidas anteriormente por situações variadas, e que não diziam respeito à excitação sexual. Claro que existem situações chamáveis de objetivas, reais: doenças de boca a estômago produzindo odores fétidos que todos considerariam inadequados para o sexo. Estes odores podem afastar parceiros sexuais, embora sob excitação sexual a percepção de odores e sua classificação diminuam muito. O problema com relação à boca e os beijos é que este contato se faz antes da excitação sexual estabelecer-se! O uso da boca é inicial, e não no meio da relação sexual.
Aspectos visuais da boca têm grande importância na aproximação erótica. Ausência de dentes frontais é considerada pela maior parte das pessoas como um fator negativo e não erótico, não atraente. Porém, é necessário saber que existem pessoas que tem preferências diferentes e que desejarão a aproximação sexual e erótica de pessoas com aparentes deficiências, a exemplo da falta visível de dentes. Outra questão visual sobre os dentes será a presença de cáries, em especial nos dentes da frente da boca. Isto tem conduzido à produção estética de arcadas mais brancas e com dentes mais uniformes do que no passado. Também é necessário perceber que diferenças culturais e sociais se aplicam: europeus não se incomodam tanto quanto norte-americanos no que respeita a estética uniforme e branca dos dentes e a atração sexual...
Claro que lábios se incorporam nesta discussão de modo direto. O uso de substâncias corantes aplicadas aos lábios vêm do Egito faraônico há 5 mil anos, e associava-se ao sexo oral aplicado ao pênis (felação), assim parecia simular uma vulva mais avermelhada e preparada para o coito. Desde então, e cada vez mais sempre, o uso de batom associa-se a maior atratividade da mulher. E por esta razão histórica, aos homens não coube a necessidade de tornar os lábios mais vermelhos para serem atraentes...
Assim, lábios descolarados e com sinais que aparentem doenças são descartados ou não valorizados na atração sexual. Além das reclamações sobre preferências acima descritas, existem condições que tem recebido atenção dos profissionais de saúde, embora com chances muito, muito pequenas e de incidências acreditada muito baixa: a facilitação de transmissão de HPV do genital para a boca e associando-se ao desenvolvimento de tumores bucais e câncer. Existem indícios em pequenos estudos, mas como as causas para tumores de boca estão claramente associados a hábitos de tabagismo e alcoolismo, raramente o uso sexual da boca aparece associado a estas doenças nos estudos ao redor do mundo. Isto tende a ocorrer por serem os tecidos da mucosa da boca muito similares à mucosa vaginal e do cérvix. A associação de uso de álcool e tabaco facilitam a tansmissão de HPV entre genital e boca. A associação de sexo oral com câncer de boca apareceu em estudos publicados em 2004, quando o tipo de HPV-16, usualmente genital, apareceu em câncer de boca em pacientes com hábitos de sexo oral. O risco é muito baixo de desenvolver câncer de boca nas pessoas que apresentam o vírus: 1 em cada 10.000, e associam-se em 75% dos casos a tabagismo. O câncer de boca ocorre mais em homens, daí a pressuposição de contaminação através da prática de cunilíngua (sexo oral na vulva). Esta não deve ser uma real preocupação, pois além de câncer de boca ser raro, parece ser mais rara, ainda, a associação de prática de sexo oro-genital e câncer de boca. Porém é necessário apontar que, se uma pessoa preocupar-se com isso, significa que os aspectos psicológicos, as características de personalidade desta pessoa são problemáticos e precisam de atenção de profissionais de saúde mental, pois este fato não deve, nem pode, causar preocupações que eliminem a possibilidade de comportamento e prática oro-genital nas atividades sexuais. Estudos em pacientes com a presença de HPV-16 na boca, e que tiveram mais de 6 parceiros em sexo oral anteriormente, apresentaram uma chance maior de 8.6 vezes maior de terem câncer de boca que pessoas que não praticaram sexo oral com mais de 6 pessoas ao longo da vida.
Claro que outras doenças sexualmente transmissíveis podem ocorrer quando a boca é usada em beijos comuns (boca-boca) além do sexo oro-genital: herpes, gonorréia, clamídia e sífilis (esta incluindo situações sem maiores envolvimentos eróticos, como existem relatos de pais infectados transmitindo a doença a filhos crianças...). E por último, o sexo oral no pênis, denominado felação, preocupa mais quando se menciona a possibilidade de transmissão de HIV, em especial com a ejaculação dentro da boca. As maiores chances de contaminação ocorrem quando a boca apresenta lesões na mucosa e cáries: aberturas para o vírus adentrar a circulação sanguínea. O oposto não encontra respaldos e pesquisas quantitativas, mas é percebida como uma possibilidade preocupante. Portanto, é mais possível que uma pessoa que receba ejaculação na boca possa ser contaminada com HIV do que o homem que ejacule ser contaminado.
Diante da preocupação com transmissão de DSTs, o uso de preservativos no sexo oral também é aconselhado. Sabe-se, no entanto, que estas orientações não são seguidas e nem consideradas pela maioria das pessoas. Mesmo pessoas que consideram que o sexo seguro, usando preservativos, seja importante e que realmente usem preservativos, quando chega o sexo oral raramente utilizarão preservativos...
A saúde sexual tem sido exaltada na última década com a retomada deste conceito feita pela Organização Mundial de Saúde. Em 1975 a OMS iniciou uma discussão com especialistas sobre a saúde sexual, partindo do princípio que saúde sexual exige a saúde social, a física e a mental. Assim a OMS retomava o discurso de que saúde é mais do que a mera ausência de doenças. Com as discussões e preocupações mundiais sobre o HIV/AIDS, a discussão foi postergada, embora grupos europeus tenham dado continuidade em reuniões de especialistas em sexualidade a final da década de 1970 e inicio da de 1980. Em 2000, na cidade de Antigua, Guatemala, a Organização Pan-americana de Saúde fez uma nova consulta a especialistas em sexualidade e produziu um documento sobre saúde sexual com diretrizes aos governos das Américas sobre questões de formação de especialistas e aplicação de educação em sexualidade e tratamento de problemas sexuais. Em 2002 a OMS replicou a consulta em termos mundiais e publicou um documento em 2003 reforçando o documento da OPS e a idéia de que saúde sexual é uma finalidade da busca da saúde.
Cuidar da boca e da saúde bucal é um ponto que necessita consideração para a saúde sexual. O uso da boca no relacionamento afetivo e sexual precisa ser considerado como muito importante entre os profissionais de saúde, em especial os que se dedicam a educação e saúde sexuais.
A boca inicia a atividade sexual muito antes de algo sexual existir.
A boca emite as palavras que conduzirão ao encontro sexual.
A boca é literalmente a porta de entra do sexo na cultura ocidental o século XXI.


Autor: Instituto Paulista de Sexualidade – www.inpasex.com.br
Fonte: Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr.
http://abeis.org.br/artigos/53-a-boca-e-o-sexo-com-prazeres-e-preocupacoes-desta-decada-.html

TERAPIA SEXUAL

TERAPIA SEXUAL
Soledad Márquez - solmar@chasque.net

Tengo una beba de 4 meses. Me fue muy bien en el parto aunque me hicieron una episiotomía. Actualmente no me estoy cuidando con ningún método anticonceptivo. ¿Qué posibilidades de quedar embarazada tengo? Estoy dando solo pecho a mi beba, ¿esto me cuida en cierta forma? Gracias.

El amamantar no asegura la anticoncepción. Tu organismo no ovula en tanto genera leche durante los primeros meses después de nacido el bebe, pero cuando disminuye un poco su producción, es posible quedar embarazada de nuevo. Si no es lo que deseas, comienza a cuidarte ya. Hoy día existen píldoras anticonceptivas que no cortan el amamantazgo y que puedes pedir a tu médico tratante que te las indique. En tanto, lo más seguro es que uses preservativos.


Hola doctora Soledad tengo 37 años y algunas veces tengo dificultad al orinar. Estoy en tratamiento con urólogos y me dicen que puede ser una prostatitis. Mi problema es que con frecuencia tengo frigidez como en ciertos momentos no, ¿esto puede ser a causa de ese problema? ¿Será que puedo utilizar testoviron inyectable que de repente aumentaría mi actividad sexual? Ya que últimamente la he perdido. Quedo altamente agradecido.

No soy doctora, soy licenciada en Psicología y especialista en Sexología Clínica y Educación Sexual, por lo que tu pregunta deberás repetírsela al urólogo que te está tratando.

La prostatitis consiste en una inflamación de la glándula, generalmente producida por una infección, que suele ser causa de disfunciones sexuales, así que, respondiendo a tu pregunta: sí, puede ser por eso que no tengas erecciones y que disminuya tu deseo sexual. No creo que sea momento de inyectarte testovirón, espera a curarte y ahí pregúntale al médico si no tiene contraindicaciones en tu caso particular. El testovirón son hormonas masculinas que sin indicación médica pueden generar trastornos importantes en el organismo.

(Frigidez viene de frío y es un término en desuso con el que se indicaba que la mujer no respondía sexualmente a los estímulos que se le prodigaban, no se excitaba ni tenía orgasmos. Hoy día hablamos de disfunciones, o sea, lo que no funciona bien sexualmente).



Estoy saliendo con un muchacho hace 4 años... muchas veces cuando le digo "Te Amo", veo que no le gusta, que se fastidia incluso ¿Por qué será? En cambio le gusta cuando le digo que lo quiero y que me gustaría pasar con él mis días...

Aunque creo que lo mejor es que se lo preguntes a él, pues puede darle a estas dos palabras un contenido especial gracias a su historia personal, se me ocurre que puede deberse a que el término "amar" tiene connotaciones más serias, comprometidas y profundas que el "querer", y que por eso lo usamos en forma más restringida... En cambio, queremos a muchas personas, animales, cosas, etc. Hay quienes relacionan el amor con la entrega personal y total, con desear y buscar la felicidad del/ la otro/a, aún a costa de renunciar a la propia; y el querer con el deseo de poseer, tener, usar, disfrutar incluso, pero sin involucrarse afectivamente... o sin ningún tipo de compromiso.

Mi pareja tuvo una novia que le exigía que durara por lo menos una hora cada vez que la penetraba, para que ella pudiera así llegar al orgasmo. Cuando quiso hacer lo mismo conmigo, sentí que se me iba la lubricación y que no podía aguantar tanto, que después de tener un orgasmo, me dolía, me lastimaba. Mi pregunta es ¿qué debo hacer para conformarlo con menos tiempo o para aguantar yo una hora?

Entiendo que, si tu pareja supo y pudo adaptarse a las necesidades de su novia anterior, ahora le corresponde hacerlo contigo. Exigirte ser como la otra o actuar como ella es no valorarte como persona diferente y con necesidades también distintas. Tú también, si tuviste algún novio anterior, tendrás que dejar las comparaciones de lado y ver de ir ajustando tus tiempos a los de él. Es decir: cada nueva pareja sexual, que quiera perdurar, necesita de un tiempo de conocimiento de la otra parte, de adaptación y ajuste, en que los dos posiblemente tendrán que ceder en algo de sus anteriores costumbres y forjar nuevas, propias de esta relación en concreto. Si notas que tu lubricación es insuficiente, y deseas realmente aguantar más, puedes recurrir a alguna crema de base acuosa o al gel lubricante íntimo que venden en las farmacias.
http://www.larepublica.com.uy/comunidad/458823-terapia-sexual