domingo, 31 de julho de 2011

No Dia do Orgasmo, especialista ensina os cinco segredos do prazer feminino

31/07/2011 - 17h08
No Dia do Orgasmo, especialista ensina os cinco segredos do prazer feminino
VLADIMIR MALUF - Da Redação

O autoconhecimento é fundamental para que a mulher consiga atingir o orgasmo
Os poucos e compensadores segundos do auge da transa têm uma data de comemoração: 31 de agosto é o Dia do Orgasmo. E, ainda hoje, com o sexo mais liberto, não são poucas as mulheres que não conseguem atingir esse grande momento do prazer sexual. De acordo com com o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, as mulheres estão habituadas a esperar que o prazer venha apenas das relações sexuais e não tocam o próprio corpo. "O segredo do orgasmo consiste em conhecer as próprias necessidades e limites, dedicar-se em pensamento e no ato, experimentar sempre e insistir no que lhe dá prazer". Veja cinco itens que o especialista aponta para que o orgasmo aconteça:
1. Dedique-se ao sexo
Desenvolva a capacidade de dedicar a atenção e o pensamento às questões sexuais. isso permite usar a fantasia, conhecer seus limites e descobrir mais sobre o próprio comportamento sexual. "Invista diariamente nesta atividade interna. Ao se exercitar, pensar e fantasiar, a mulher poderá reconhecer o que lhe envolve, o que lhe excita, o que lhe produz desejo e motivação, assim como o que deverá ser evitado", afirma Oswaldo.
2. Explore seu corpo
Reconheça como o corpo pode e deve receber estímulos táteis que sejam importantes para a atividade sexual. A masturbação é essencial para facilitar o orgasmo depois, durante uma transa. "Se as mulheres desejam que o orgasmo ocorra com a penetração, é necessário que treinem desta mesma forma. A maioria das mulheres que se masturba aprende a ter orgasmos apenas com estimulação clitoriana e, assim, habitua-se à prática. Depois, não sabem como ter orgasmos nas relações sexuais de penetração", explica Oswaldo.
3. Combata a timidez
A mulher deve aprender a mostrar o que sente e dizer isso ao parceiro. Muitas consideram que não devem e nem precisam contar o que querem ou precisam ao homem. "Falar, com todas as palavras, sem usar formas infantilizadas, facilita que os prazeres do sexo ocorram", diz o especialista.
4. Não desvie a atenção
Pensar em questões que produzem ansiedade ou distraem é um problema. Seja por imaginar que um filho pode entrar no quarto ou ficar preocupada sua forma física, por exemplo. Aprenda a lidar com as suas inseguranças. Mas, se perceber que não consegue isso sozinha, pense se não é a hora de procurar um acompanhamento psicológico.
5. O papel do homem
O homem não pode ser considerado como o responsável por dar prazer à mulher. Ele tem o seu papel, que é importante, mas um orgasmo não depende só dele. "O parceiro deve estar atento ao que a mulher diz para que saiba o que fazer. O homem precisa compreender que precisa dedicar-se emocionalmente ao momento e saber quais são os objetivos de ambos estarem juntos. A parceira reconhecerá no seu toque a sua disponibilidade", afirma Oswaldo.
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/07/31/no-dia-do-orgasmo-especialista-ensina-os-cinco-segredos-do-prazer-feminino.htm

A história do fetiche

A história do fetiche

Segundo o dicionário Larousse Cultural, a palavra de origem francesa fetiche diz de um "objeto natural ou artificial, ao qual são atribuídas propriedades mágicas ou o qual se venera como sobrenatural". Caindo pra psicanálise, esse ato de atribuir valores simbólicos a algo é o fetichismo, atitude geradora de desejo, prévia sexual. A idéia é que o culto ao fetiche pode, algumas vezes, ser mais valorizado que o que ato sexual em si.

A história do fetiche é bastante rica em detalhes por causa da evolução de conceitos e valores humanos. Existem duas vertentes que teorizam sua origem de formas distintas. Uma considera o fetiche como sendo, praticamente, inerente ao homem, na medida em que tratam a história do fetiche como sendo paralela à história do homem. Assim, como não podia deixar de ser, um dos fenômenos mais descritos são as mulheres chinesas tendo que usar sapatos pequenos para atrofiar os pés.

Mas não são todos que seguem essa teoria. Muitos filósofos e estudiosos do comportamento humano consideram o fetiche uma atitude guiada pelo desejo, surgida apenas entre os séculos 18 e 19, na Europa. Alfred Binet, pensador francês, foi o primeiro a utilizar a palavra como a entendemos hoje, em seu ensaio Le Fetichismo dans L'amour (O fetichismo no amor), em 1887.

Estágios do Fetiche

O fetichista pode ter quatro diferentes estágios de comportamento. O "Parcialismo" é considerado o primeiro passo, quando existe apenas uma certa preferência por determinado parceiro, estímulo ou atividade sexual. No segundo, temos o fetichismo um pouco mais intenso, onde a preferência já é mais evidente. Quer dizer, a relação sexual pode acontecer sem a presença do fetiche, mas é muito provável que tal fetiche acabe entrando em cena. O terceiro é o grau dos "Moderados", quando um estímulo sexual é necessário para a performance e o envolvimento sexual. Aí, já é comum o fetichista se focar de tal forma no objeto, que este passa a ser a chave do seu interesse e/ou atividade sexual. E, finalmente, o último estágio é quando temos a substituição do ato e do parceiro sexual pelo fetiche em questão.

Sexo, fetiche e moda

Roupa é, quase que por definição, a linguagem do corpo. E por isso, consiste num diálogo permanente com o mundo que nos cerca. A primeira assimilação entre o nu e o pecado é na história de Adão e Eva, quando o sexo aparece como sinônimo de pecado. Esse tabu acompanhou a humanidade, sempre valorizando a obsessão por se manter todas as possíveis e imagináveis partes do corpo escondidas. É nos idos do século 16 que a ousadia começa a entrar em cena com corpetes, chapéus, golas, sapatos. Ainda assim mantinha-se o intuito de esconder os segredos do corpo feminino - só que o enigma começava a ser instaurado. E junto com o enigma, o desejo crescia.

Fazendo uma ponte para a realidade nossa, podemos observar as proporções tomadas pelo tal enigma. Nos anos 60, tivemos seriados de televisão como Os Vingadores, no qual Diana Rigg fazia o papel de uma mulher poderosa e sensual chamada Emma Peel, que usava botas bizarras e um macacão de couro estilo catsuit (fantasia felina). Trinta anos depois Michelle Pfeiffer dá provas de perfeito entendimento com o assunto em "Batman - O Retorno".

Em termos de estilo mais propriamente dito, uma das mais importantes referências para o fetiche é Jean Paul Gaultier. Inesquecível o espartilho criado para Madonna em sua turnê "Blonde Ambition". E o estilo correntes e coleiras dos punks acabou sendo adaptado pelo visual moderninho de alguns gays clubbers.
Já no lado mais grotesco do fetichismo, o do erotismo perverso e sado-masoquista é também fetichismo chique presente no ensaio fotográfico de Helmut Newton (veja livros do gênero na Taschen).

Mas o erotismo e a sensualidade na sociedade ocidental não são somente em função de um objeto. A ausência de algo, um cheiro, um pensamento também são considerados fetiche, pois também motivam e induzem ao prazer. Por exemplo, quando perguntaram para Marylin Monroe o que ela usava para dormir e ela repondeu "duas gotas de Channel n.5". Ou ainda quando Brooke Shields em um filme publicitário marcou o erotismo quando dizia que "entre ela e seu jeans não havia nenhuma outra pecinha".

Fonte: Mood.
http://insidecosmeticos.blogspot.com/2011/07/historia-do-fetiche.html?spref=tw

Amor: permanente ou intermitente?

TERÇA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2011

Amor: permanente ou intermitente?



Com um texto de Artur da Távola, compartilho uma reflexão sobre o amor e o amar.

Qual o amor é melhor: aquele que é permanente e flui sem parar ou aquele que é feito de ódio, paixão, novo ódio, novo amor, numa atividade intermitente e incerta, mas intensa?

Qual forma de amar traz a quem ama uma quantidade maior de vivências: amar constantemente como uma fonte que flui ou amar por espasmos contraditórios, vivendo os pólos do amor, da raiva, da paixão, da rejeição, da ternura? Chamemos (só para facilitar) a primeira de "amor permanente'' e a segunda de "amor intermitente."

Não sei a resposta. Sei que as duas formas existem e variam conforme o temperamento das pessoas. Umas só sabem amar deixando correr a fonte permanente dos sentimentos; outras vivendo as intermitências e alternativas (ódio-amor, amor-ódio).

Para as primeiras (amor permanente), a interferência de sentimentos aparentemente contrários (raiva, ódio, rejeição) será sempre o fator de perturbação da vida amorosa. Para as segundas (amor intermitente), o fluir constante do sentimento de amor a tudo transformará em repetição, rotina e chatice, acabando por diminuir a intensidade: essas pessoas precisam das alternativas, das constantes ameaças de perda, para fortalecer a relação.
Uma pessoa tipo amor permanente como parceiro ou parceira de outra tipo amor intermitente, dará um resultado tétrico de sofrimento para ambos. Um, porque se chateará com a permanência e a constância amorosa do outro; este, porque não tolerará as dúvidas, vacilações e oscilações daquele.

Já duas pessoas tipo amor permanente, definido, fluente, dar-se-ão bem sempre.

Igualmente duas pessoas tipo amor intermitente passarão a vida inteira entre brigas e conciliações dentro do mesmo episódio de paixão mútua. Seja numa só relação, seja em várias os tipos permanecem. Sim, porque os tipos podem existir dentro de relações duradouras ou passageiras.

Um tipo amor permanente tanto pode ter várias uniões como uma só. Mas todas serão integrais, de amor fluente. Enquanto envolto numa relação, o tipo permanente amará sem parar, com constância. Se a relação acabar, partirá para outra, sempre de maneira permanente. O amor intermitente pode viver a vida inteira numa só relação, mas ela será entrecortada de paixão, procura, ódio, tédio, saudade, busca. Ou pode viver várias relações, inclusive paralelas, todas entrecortadas, repletas de alternativas.
http://psicokarinasimoes.blogspot.com/2011/07/amor-permanente-ou-intermitente.html

Viva o dia mundial do Orgasmo

DOMINGO, 31 DE JULHO DE 2011

Viva o dia mundial do Orgasmo


Falar em sexo é sempre polêmico e interessante. Na Tv ou nos jornais, enfim, na mídia quando participo, as perguntas nunca querem calar... E nos bastidores fica um frisson na expectativa das respostas a cada pergunta. Assim, percebemos o quanto sexo é importante nas relações e também ainda um tabu entre a comunicação interepssoal.

Hoje comemora-se o dia mundial do orgasmo. Ano passado aqui no Blog referenciei também esse dia, esclarecendo como foi criado e suas comemorações. Hoje, venho falar o quanto essa palavra soa como um monstro para alguns e para outros um céu de estrelas.

No Brasil, 10% dos homens e 30% das mulheres nunca experimentaram o orgasmo. Esta busca pelo orgasmo, o torna quase uma obsessão, passando assim, a casais procurarem ajuda nos consultórios médicos e psicológicos.

O orgasmo é um conjunto de manifestações físicas e psíquicas, então não force seu corpo a querer sentir tais eventos quando você estiver com a cabeça um pouco "desligada" ou mesmo em situação de extremo stress.

Sexo e orgasmo estão intimamente ligados a bem estar e a saúde mental. Não se cobre e ele virá. Não se auto analise e ele "baterá a sua porta". E chegará com uma sensação única, só sua, experiência que só você e o parceiro (a) poderão descrever.

Sentir orgasmo é sexualidade saudável, e isso implica em conhecer o próprio o corpo. Lembre-se: saúde mental está interligada a sexualidade plena e resolvida.

Feliz dia mundial do Orgasmo!
http://psicokarinasimoes.blogspot.com/2011/07/viva-o-dia-mundial-do-orgasmo.html?spref=fb

‘Quando o assunto é sexo todo mundo mente muito’

30/07/2011 22:30
‘Quando o assunto é sexo todo mundo mente muito’
O professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto e um dos nomes mais conceituados nas áreas da psiquiatria e sexologia da cidade, Sérgio Almeida fala como os estressantes dias de hoje afetam o corpo e a alma das pessoas



anuncie!
Agência BOM DIA

O sabatinado Sérgio Almeida e os membros do Conselho de Leitores durante entrevista no BOM DIA
Luciano Moura
Maria Elena Covre
Agência BOM DIA

Se para muitas pessoas falar sobre sexo ainda é tabu, para o psiquiatra e sexólogo Sérgio Almeida é como falar do tempo ou de um jogo de futebol. Sérgio fez medicina na UFG (Universidade Federal de Goiás), psiquiatria na Universidade Complutense de Madri e curso de sexologia na Sedes-Sapiens, orgão ligado à PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

Ele atende no consultório particular, dá aulas e trabalha no Departamento de Urologia da Famerp (Faculdade de Medicina e Enfermagem de Rio Preto). Sem papas na língua, rasgou o verbo ao responder às dúvidas, principalmente sobre sexo, que “rondam” as mentes dos membros do Conselho de Leitores do BOM DIA. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Cleuza Idalgo - O senhor acha que o mundo de hoje, tão louco e conturbado, está fazendo as pessoas ficarem mais broxas?
Acho que sim. Temos que dividir problemas, pois homens e mulheres não são atingidos da mesma maneira. A sexualidade do homem sofre mais com as crises do que a da mulher, porque ele dá mais valor ao sexo. O homem é susceptível a dinheiro, perda de emprego, ansiedade no trabalho e disputa pelo poder. Esses fatores já não influenciam tanto a mulher. A parte sexual da mulher é influenciada por como ela se dá com o parceiro, ou seja, o relacionamento afetivo existente entre ambos. Por mais que as mulheres se modernizem, ainda existe essa relação de afetividade e sexo. Devido a isso, para o homem, dar um rapidinha por aí é algo normal. Muitas mulheres fazem também, mas não é normal na cabeça feminina. Graças a Deus temos remédios que deram uma aliviada.

Marco Antonio Vanzeli - Por que o número de pessoas à procura de atendimento psiquiátrico tem aumentado ?
Se compararmos hoje com 10 anos atrás, o número de procura triplicou ou até quadriplicou nos consultórios. A minha faixa dentro da psquiatria é basicamente ansiedade e depressão. Não vence tratar. A pressão sofrida pelas pessoas, principalmente as lutas por emprego, faz com que a ansiedade aumente. Muitas pessoas possuem tendência de depressão e isso vai se agravando. Novos antidepressivos vão surgindo a cada dia, devido ao número alto de vendas.

Davi Augusto Leme - O jovem está sofrendo pressão dos amigos para fazer sexo mais cedo?
Sim, mas acho que as mulheres estão começando mais cedo e os homens, não. O adolescente não pode contar que com certa idade é virgem ainda, pois vira motivo de zoação. Mesmo os que zoam não têm experiência, já que o sexo em qualquer idade é hipervalorizado, muito mais do que deveria ser. A pressão sofrida é dele mesmo. Sexo é como conversa de pescador: as pessoas mentem pra caramba, exageram demais nas histórias.

Erina Ferreira - Quanto tempo um casal de adolescentes consegue esperar para fazer sexo?
Depende. Há pessoas que fazem um pacto de casar virgens e outros que vão para cama dois dias depois de ter se conhecido. Não tem um padrão. Entretanto, sexo no primeiro dia é pouco discutido com as mulheres, porque mulher que vai para cama com um homem no primeiro dia é apontada como biscate, não? Existe ainda esse preconceito de ser intitulada de mulher fácil, ou seja, caiu o tabu da virgindade e entrou outro, o da promiscuidade.

Willian Gustavo Batista - O que determina a preferência sexual de uma pessoa: as características do seu corpo, da sua mente ou as suas experiências?
É uma questão de orientação sexual, de como a pessoa se vê e como se sente. A identidade sexual se fecha aos três anos de idade. Então, nessa idade, vai estabelecer a heterossexualidade, bissexualidade, a homossexualidade e todas as suas variações. Ela pode aflorar em qualquer época: adolescência, fase adulta ou aos 50 anos. Ninguém vira nada (no caso do homossexual). A pessoa já nasce. Como também não existe ex-gay ou ex-drogado. Existe drogado que não está se drogando e existe gay que tem um comportamento reprimido ou controlado, podendo resultar em série de doenças, inclusive.

Gilberto Scandiuzzi - O que encaminhou o senhor para essa área do comportamento sexual ?
Quando me formei em medicina, resolvi ser psiquiatra. Agora sexualidade não se aprende na faculdade de medicina. No curso de formação psiquiátrica, muito pouco. Então comecei a trabalhar e percebi que a maioria dos paciente tinha problemas sexuais e não sabia como ajudá-los. Resolvi fazer sexologia e vi ser uma área super interessante. É muito mais interessante falar de sexo do que esquizofrenia.

José Carlos Sé - Quais os tipos de tratamento para o homem sobre disfunção erétil e ejaculação precoce? E no caso das mulheres, sobre falta de desejo e falta de orgasmo?
Se algum paciente chega com queixa de disfunção erétil ou ejaculação precoce, primeiro encaminho para um urologista para saber se existe um problema orgânico, já que 60% são problemas psicólogos e o restante físico. Depois disso, faço uma avaliação baseada na masturbação. Em seguida, proponho tratamento, geralmente na base de exercícios e, se houver necessidade, medicação. Quanto às mulheres, 25% não têm orgasmo, mas existe tratamento, mesmo que não tenha 100% de sucesso. Geralmente a falta de orgasmo requer uma terapia a longo prazo. Já as que têm orgasmo devem saber que o clitóris dá prazer e não a vagina. Isso a maioria dos homens desconhece, a mulher também. Nesse caso tem de orientar posições para que o clitóris seja manipulado, como exemplo, a posição em que a mulher fica por cima do parceiro, a ajuda a ficar com as mãos livres para masturbar-se. Por isso, ela tem de saber a se masturbar para depois usar isso durante a relação. Tenho uma paciente que chega a ter 25 orgasmos por relação. São orgasmos clitorianos. Sobre a falta de desejo nas mulheres, geralmente está ligada a problemas de relacionamento.

Edilberto Imbernom - E quando a pessoa, depois de adulta [até mesmo casada], resolve sair do armário?
Como já disse, ninguém vira nada. O que deve ter acontecido é que aos 45 anos, por exemplo, a pessoa não deve ter aguentado a barra ou encontrou uma pessoa especial para sair do armário. Nesse caso, entra todo o problema da família, porque cada um pensa de um jeito. Contudo, a reação vai variar de família para família. Umas acabam até aceitando razoavelmente. Isso tem a ver com o passado, como era o relacionamento desses pais com esses filhos. A mulher vai se sentir altamente traída. Geralmente as filhas aceitam melhor. É bem complexo e ainda mais difícil quando a pessoa resolve fazer uma cirurgia de mudança de sexo.

Doraci de Oliveira - A pessoa que faz troca de sexo precisa de um apoio psicológico depois?
Sim ela precisa. Porém muitas não voltam. Aconselho que elas façam tratamentos psiquiátricos e psicológicos pelo menos por dois anos. Acho até melhor fazer com pessoas que não participaram da equipe que fez a cirurgia, para a pessoa não lembrar do passado.

Maria Elena Covre - Por que o homem se incomoda tanto com o tamanho do pênis?
Isso corre paralelo ao mito de que quanto maior o tamanho, maior é o prazer proporcionado. Nada a ver uma coisa com a outra. Muitos homens têm essa mentalidade. Para muitos, o pênis representa simbolicamente o poder. Isso mexe com a cabeça do homem demais. A média brasileira varia entre 14,5 e 16 centímetros, mas todos querem se basear em atores de filmes pornô. Todo homem olha o pênis do outro, quando tem oportunidade, mas sempre vão negar.

Maria Elena Covre - De perto, ninguém é normal, como diz Caetano?
Essa frase é perfeita. Tem até livro sobre isso. E especialmente quando se trata de sexo, todo mundo tem alguma coisinha anormal.
http://www.redebomdia.com.br/noticias/dia-a-dia/62233/professor+de+medicina+sergio+almeida+fala+com+o+bom+dia+sobre+sexo+e+psiquiatria

sábado, 30 de julho de 2011

Disfunções Sexuais Femininas ainda são desconhecidas

Disfunções Sexuais Femininas ainda são desconhecidas
--------------------------------------------------------------------------------
Saúde e Bem-Estar - Psicologia
03-06-2011
O funcionamento da sexualidade
Por Erika Morbeck*
A sexualidade feminina tem sido alvo de muitos estudos nos últimos anos. No entanto, ainda pouco se conhece sobre este assunto. Embora a Sexologia tenha avançado muito nos finais do século XX e no século XXI, a sexualidade feminina tem vindo a ser estudada com mais intensidade após o lançamento do Viagra no mercado.



Em Portugal, um estudo promovido pela Sociedade Portuguesa de Andrologia referiu que a prevalência cumulativa das disfunções sexuais atinge 56 por cento das mulheres.

Uma disfunção sexual está associada a um funcionamento insatisfatório na sexualidade, para a mulher e/ou para o casal, que pode causar muito sofrimento e angustia. Trata-se de uma dificuldade a nível do ciclo da resposta sexual e/ou ao nível da dor.

O ciclo de resposta sexual foi classificado e reclassificado ao longo dos anos por investigadores. A mulher possui um ciclo de resposta sexual distinto do homem composto pela «Intimidade Emocional», a qualidade subjectiva da intimidade do casal; «Estímulo Sexual», as diferentes razões para começar uma relação sexual (e. g. ter desejo espontâneo, ser estimulada intelectualmente, estar satisfeita com a relação, ter carinho do parceiro, o parceiro ter iniciativa…); «Excitação», que, na mulher, corresponde à lubrificação; «Desejo», que corresponde à vontade de ter relações sexuais; e a «Satisfação Emocional» e física, análise subjectiva da satisfação conjugal, sexual e «Orgasmo».

As dificuldades sexuais podem ser «primárias», se existem desde do início da vida sexual, «secundárias», se surgiram num outro momento, «situacionais», se acontecem em algumas situações tais como com um parceiro ou tipo de estimulação específico, ou «generalizadas», se acontecem em todas as relações sexuais.

Na classificação das Disfunções Sexuais Femininas (DSF) acrescentamos ainda a dor, embora esta não faça parte do ciclo de resposta sexual. As DSF são classificadas da seguinte forma:

1.Perturbação do Desejo Sexual: «Desejo Sexual Hipoactivo», caracterizado por uma persistente e recorrente deficiência/ausência de fantasias e pensamentos sexuais e/ou receptividade à actividade sexual; «Desordem da Aversão Sexual», descrita como uma fobia e aversão ao contacto sexual permanente e persistente do parceiro.

2.Perturbação da Excitação Sexual: é assinalada como uma dificuldade persistente e recorrente de atingir ou manter uma adequada excitação sexual, podendo também ser expressa por uma falta de excitação subjectiva, genital (lubrificação) e/ou outras respostas somáticas.

3.Perturbação Orgásmica/Anorgasmia: é uma dificuldade persistente e/ou recorrente de atingir o orgasmo, podendo ser expressa por uma demora ou ausência da estimulação e da excitação.

Perturbação da Dor: «Dispareunia», dor persistente e recorrente associada ao coito; «vaginismo», espasmo involuntário da musculatura do terço exterior da vagina persistente e recorrente que interfere na penetração; «Dor Sexual não Coital», dor genital persistente e recorrente induzida por estimulação sexual não coital.

As causas podem ser orgânicas (problemas anatómicos, sequelas do parto, problemas hormonais, infecções, diabetes, administração de fármacos entre outras), psicossociais (psicopatologias, tipo de educação, cultura, crenças sexuais, relação conjugal, experiências de relações sexuais negativas, baixa auto-estima, saúde física e emocional, história de abuso sexual, personalidade entre outras) ou mistas. Assim sendo, o relacionamento pessoal, inter-relacional, ajustamento psicossocial, auto-estima e auto-imagem, podem influenciar o comportamento sexual e, em combinação e/ou comorbilidade, poderá levar ao aparecimento da disfunção sexual.

Na mulher, a etiologia da disfunção sexual pode igualmente estar associada às mudanças relacionadas com as fases da vida reprodutiva (puberdade, período pré-menstrual, gravidez, período pós-parto e menopausa). Estas fases apresentam problemas únicos e obstáculos potenciais na sexualidade e também são períodos em que a mulher está mais susceptível a alterações hormonais e de humor.

A DSF impede que a mulher e/ou casal viva a sexualidade de forma plena e com prazer. Na presença de DSF torna-se urgente um tratamento adequado para que a mulher possa garantir satisfação sexual e/ou conjugal, podendo assim, conseguir um nível satisfatório de qualidade de vida.

O casal deve conversar, detectar os problemas e procurar ajuda logo no início, pois o índice de sucesso do tratamento também depende do tempo da disfunção sexual. Convém ser um processo do casal e não responsabilizar apenas a mulher ou o homem. Deve-se fazer uma avaliação orgânica e psicológica e, depois, criar os objectivos da intervenção e seguir com o tratamento. Procurar sempre ajuda especializada, falar com o ginecologista e/ou urologista é muito importante, bem como procurar um terapeuta sexual, de preferência inscrito na Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

Toda gente tem direito a viver e ter prazer sexual. Faz parte da qualidade de vida e da saúde física e mental de todos nós.

* Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta, Terapeuta Sexual e Sexóloga

www.erikamorbeck.info
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=3220&w=disfuncoes_sexuais_femininas_ainda_sao_desconhecidas

A Sexualidade no Ciberespaço

A Sexualidade no Ciberespaço
----------------------------------------------------------------------------
Saúde e Bem-Estar - Psicologia
17-06-2011
Diferentes formas de viver
Por Erika Morbeck*

O ciberespaço tem proporcionado aos seus utilizadores o conhecer e/ou vivenciar a sexualidade de diversas formas e com diferentes tipos de atitudes e comportamentos. Autores defendem que a sexualidade no ciberespaço foi a última revolução sexual obtida pelo Homem nos últimos tempos.



Na década de 90 tiveram início vários estudos para tentar perceber qual o impacto real da Internet sobre o comportamento sexual. Desde esta época os estudos variaram entre a descrição da Internet como meio que propicia o comportamento desviante e/ou aditivo, o uso da pornografia, o incentivo ao assédio sexual, pedofilia e tráfico de mulheres e crianças. No entanto, actualmente, classificam-se diferentes tipos de utilizadores, tais como recreativos (e. g. Apropriate e Inapropriate) e problemáticos (e. g. Discovery, Predisposed ou Lifelong Sexually Compulsive Group).

Ainda na década de 90 começou-se a olhar para a interacção via Internet como sendo benéfica, relativamente à promoção de contactos sociais, desenvolvimento de competências de comunicação, redução do isolamento social, promoção de comunidades virtuais e acesso fácil a informação sobre a sexualidade.

O ciberespaço passou de revolução a uma característica cultural dos tempos actuais. «A Internet, não tendo fronteiras geográficas, é um mundo livre e de fácil acesso, com custos reduzidos, que permite a existência de todas as formas de actividade sexual», nomeadamente de actividades sexuais online (ASO).

Na Internet, os indivíduos podem fazer o seu perfil fidedigno ou optar por adoptar o nome, o género, a etnia, a personalidade que pretendem, conseguindo disfarçar ou incrementar o que são na realidade. Trata-se de um ambiente privado, de fácil acesso, seguro, sem contacto e com forte probabilidade de manter o anonimato.

Estudos demonstram que cerca de 12 por cento dos estudantes universitários homens e 10 por cento das mulheres já participaram em cibersexo. Algumas actividades sexuais online são mais visualmente orientadas (e.g. filmes e imagens de adultos) enquanto outras são mais interactivas e/ou comunicativas (e.g. chatting, fóruns de discussão). A ASO pode existir no contexto de uma relação íntima real (ex: entre namorados geograficamente separados) ou entre indivíduos desconhecidos que se encontram no ciberespaço.

São reconhecidas algumas vantagens e desvantagens da utilização do ciberespaço. Como vantagens considera-se que a Internet contribui para a informação adequada sobre a sexualidade, possibilitando uma educação sexual com mais qualidade, permite satisfazer alguns desejos sexuais sem o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis ou de engravidar, é fisicamente seguro para os jovens experimentarem as suas ideias sobre sexo e emoções, é também útil para pessoas doentes (SIDA) ou infectadas (incluindo HIV) ou sem parceiro/a sexual obterem gratificação sexual de uma forma segura, não pondo em risco eventuais parceiros. Permite ainda a parceiros (reais) fisicamente separados manterem a intimidade sexual, pode ser útil para fornecer conteúdos a escritores que necessitem de cenas realistas de sexo, permite o acting out de fantasias «proibidas» ou irrealistas, bem como proporcionar o encontro e/ou formação de grupos, facilitando as relações entre as populações minoritárias eróticas. Algumas desvantagens ou perigos associados às ASO são que, apesar de não envolver contacto físico, as emoções envolvidas podem causar stress conjugal, especialmente quando a experiência culmina num romance cibernético, podendo resultar em divórcio. Por outro lado, existem cada vez mais pessoas com comportamentos aditivos, o anonimato relativo pode encorajar a busca de parceiros menores de idade, pois no decurso destas «conversas» estes indivíduos enviam pornografia infantil a outros ou arranjam encontros reais com menores. Daí que a transferência do cibersexo para a vida real possa ter consequências perigosas (e.g. rapto, violação…), consumir muito tempo e disponibilidade (isolamento e negligência no trabalho e outras responsabilidades). Além disso, como na Internet não é possível efectuar uma verificação fidedigna de idades, os menores poderão, facilmente, envolver-se em situações sexuais inapropriadas.

O uso do ciberespaço é volúvel, cabendo a cada utilizador fazer uma análise do tipo de uso que dá a esta ferramenta. Tente perceber a que grupo pertence e caso considere que é um utilizador de risco tente mudar o comportamento sozinho ou com ajuda especializada.

* Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta, Terapeuta Sexual e Sexóloga

www.erikamorbeck.info
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=3287&w=a_sexualidade_no_ciberespaco