quinta-feira, 31 de maio de 2012

Famosas falam de abusos sexuais na infância


Relato de Xuxa ajuda a quebrar o silêncio de centenas de brasileiras abusadas

Do Domingo Espetacular
Desde o depoimento da apresentadora Xuxa, que confessou ter sofrido abuso sexual na adolescência, dobraram os relatos e denúncias de pessoas que sofreram o mesmo tipo de violência em todo o País.
A Rainha dos Baixinhos se calou por décadas e na entrevista no domingo passado contou que foi abusada por três pessoas até os 13 anos, todas próximas à família. A revelação de Xuxa, de 49 anos, comoveu o Brasil, mas ela não está sozinha. Outras celebridades venceram o medo e já relataram terem sofrido abuso sexual na infância ou adolescência.
A ex-modelo e apresentadora Monique Evans contou, há dois anos, em entrevista à apresentadora Ana Hickmann, que a violência que sofreu quando tinha 14 anos por um grupo de meninos provocou severos bloqueios em sua vida emocional. 

"Eu não sei porque aquilo aconteceu", lamentou Monique, que, além dos danos emocionais, levou desse episódio marcas de faca e canivete pelo corpo. 
Outra vítima de abuso sexual é a cantora Pitty, hoje com 34 anos. Em 2003 ela revelou que os ataques na infância partiram de uma empregada da casa. 

A atriz Cláudia Jimenez também sofreu abusos aos sete anos de um amigo da família. O trauma levou Cláudia Jimenez a se afastar dos homens por muito tempo. Hoje, a atriz ainda faz terapia.
— Ele fazia umas coisas que eu não entendia. Até que, um dia, entrou uma pessoa e ele tirou a mão. Foi aí que percebi que era errado.
A nadadora Joanna Maranhão também guardou segredo dos abusos que sofreu por parte do ex-técnico de natação por mais de uma década. Ela começou a ser molestada aos nove anos por Eugênio Miranda, que era considerado pessoa de confiança da família.

Joanna se rebelou esta semana contra todas as pessoas que usaram as redes sociais para rir e ridicularizar a atitude de Xuxa ao tornar público o mal que sofreu quando menina.

— Infelizes essas pessoas que acham graça do depoimento da Xuxa. Não fazem ideia do quão doloroso é por tudo aquilo pra fora, escreveu a atleta.


Assista à reportagem:

Liberdade vigiada



Fotos da atriz Carolina Dieckmann nua, feitas por ela em momentos íntimos, foram furtadas por um chantagista e divulgadas na internet. O que esse caso ensina a todos nós

MARCELA BUSCATO, NELITO FERNANDES, MAURÍCIO MEIRELES E LUÍZA KARAM
ACUADA Carolina Dieckmann chega para depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de  Informática, no Rio. Ela não sabe como suas fotos foram roubadas (Foto: Severino Silva/Ag. O Dia)
A atriz Carolina Dieckmann, de 33 anos, nunca posou nua. Apesar de habitar a tela e a imaginação dos brasileiros desde os 15 anos, quando estreou na televisão na minissérie Sex appeal, ela sempre resistiu aos convites para tirar a roupa diante das lentes. Mãe de Davi, de 13 anos, de seu casamento com o ator Marcos Frota, e de José, de 4, da atual união com o diretor de TV Tiago Worcman, sempre brigou para preservar seus filhos – dos excessos dos paparazzi que a acompanham diariamente e da possibilidade de ver a mãe pelada numa revista. Não adiantou. Desde o dia 4, Carolina está sem roupa e em poses sensuais em um número incalculável de computadores.
As fotos, clicadas por ela mesma em momentos íntimos, foram furtadas. Não se sabe ao certo de onde. Muito menos por quem. Durante duas semanas, a atriz se recusou a ceder a uma chantagem. O criminoso fez contato por e-mails anônimos enviados a seu empresário, Alex Lerner. Chegou a exigir R$ 30 mil para não divulgar as fotos e mandou duas delas para provar que não blefava. Baixou o preço para R$ 10 mil, mas Carolina não cedeu, convencida de que a chantagem nunca teria fim. Ela não sabe como as fotos foram obtidas. Uma das hipóteses é que alguém teve acesso físico a seu computador ou celular e aproveitou para copiar as imagens. Antes da chantagem, seu computador tinha sido levado para a assistência técnica por causa de um defeito. Mesmo que Carolina tivesse apagado as fotos indiscretas da memória da máquina, há programas capazes de recuperá-las. Os dois técnicos que consertaram o computador já foram ouvidos pela polícia. Outra suspeita recai sobre um celular antigo que a atriz deu de presente a uma funcionária. Há também a possibilidade de que Carolina tenha sido vítima de um ataque remoto de um hacker. Em sua conta no Twitter, ela escreveu pelo menos duas vezes que suspeitava estar sendo hackeada. Em 1o de março, Carolina postou a mensagem: “Rackearam (sic) meu e-mail do Google!!! É a milésima vez que fazem isso; que absurdooo...”. Em 23 de abril, um novo recado: “Tô sendo constantemente rackeada (sic), sempre segunda-feira de manhã... Que estranho, viu? Tô de olho!!!”.
Na segunda-feira 7, Carolina prestou depoimento por sete horas ao delegado Gilson Perdigão, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, que decidiu manter a investigação sob sigilo. Quando chegou, escondia os olhos atrás de óculos escuros. Sorriu, mas não falou com os jornalistas. Estava visivelmente constrangida. “Qualquer um poderia estar na situação dela”, afirma Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas, do Rio de Janeiro. No passado, Carolina deu mostras de que valoriza sua privacidade e está disposta a defendê-la. Em 2006, ganhou uma ação contra o prograna Pânico, então na Rede TV!. No ano anterior, o programa levara um guindaste ao prédio onde ela mora para chegar a seu apartamento. Carolina diz ter ficado com fama de chata por causa do episódio.
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A mensagem
Para pensar
A invasão de privacidade não ocorre apenas com gente famosa e descuidada
Para agir
É necessário proteger as imagens produzidas na intimidade
 A divulgação de suas fotos íntimas expõe de forma dramática a perda diária e gradual de privacidade que avança a nosso redor. Antes, eram os paparazzi que flagravam a intimidade alheia. As celebridades, suas únicas vítimas. Agora, são os famosos – e até nós mesmos – que tiram as próprias fotos e as armazenam nos computadores. Aos hackers resta roubá-las. Ou se aproveitar da exposição voluntária das futuras vítimas. “A maior ferramenta do hacker é a engenharia social”, diz Rodrigo Valle, chefe do grupo de operações da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. “As pessoas mostram a casa, fazem fotos, mostram os filhos, os nomes, endereços, tudo. Alguém pode reunir esses dados e cometer fraudes em compras on-line ou tentar falsos sequestros por telefone.”
Foi assim que o hacker americano Christopher Chaney, de 35 anos, conseguiu entrar em contas de e-mails de mais de 50 celebridades e acessar todos os documentos e imagens que estavam armazenados. Ele clicava no botão “senha esquecida” e testava a combinação com base em informações colhidas na internet sobre a vida das celebridades: data de nascimento, apelidos, nome do animal de estimação. Famosos como Scarlett Johansson tinham senhas previsíveis a ponto de ser adivinhadas por Chaney. Milhões de pessoas ao redor do mundo puderam saciar sua curiosidade sobre o corpo da atriz vendo as imagens que ela mesma tinha feito para seu marido à época, o ator Ryan Reynolds. Depois do escândalo, Chaney foi descoberto por uma investigação do FBI, a Polícia Federal americana. Ele está preso e pode pegar até 60 anos de prisão. A sentença deverá sair em 23 de julho.
A maior briga de Carolina, além de encontrar o culpado pelo vazamento, é impedir que as fotos se espalhem pela rede mundial de computadores – uma tarefa praticamente impossível. A pedido de seu advogado, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, os dois sites que primeiro divulgaram as fotos, situados no exterior, já as tiraram do ar. Bastou Kakay mandar reportagens divulgadas no Brasil sobre como as fotos foram adquiridas ilegalmente. A outra frente promete ser mais complicada: impedir que o Google mostre as fotos nos resultados de suas buscas. Em nota, o Google disse não ter responsabilidade sobre os conteúdos publicados na internet e que “não interfere em seus resultados de busca”. Para fazer isso, exige uma medida judicial.
A reação popular às fotos de Carolina variou da admiração pelo corpo da atriz às críticas escancaradas ou veladas a seu comportamento: quem, afinal, mandou tirar fotos pelada? Não é o caso de atirar pedras, porém. Todo mundo tem o direito de se fotografar da maneira que quiser. Do ponto de vista moral, o sujeito que furta as fotos é um criminoso idêntico ao que arromba uma janela e retira fotos de família de uma gaveta na cômoda do quarto. Um ladrão, nem mais nem menos. Quanto à nudez, ela faz parte de um contexto amplo de mudança de hábitos. No mundo inteiro, as pessoas estão se fotografando e se deixando fotografar em situações íntimas. É cultural, traz prazer para alguns. Mas acarreta riscos. “Ainda queremos acreditar que algumas coisas podem ser mantidas protegidas, distantes do olhar alheio”, diz o advogado americano David Montes, autor do estudo Living our lives online: the privacy implications of online social networking (Vivendo nossas vidas on-line: as implicações para a privacidade das redes sociais). “Por isso, é cínico dizer que as pessoas queriam, mesmo que inconscientemente, que sua intimidade fosse trazida a público.”
Há explicações psicológicas para justificar o gosto por fotos íntimas. Em primeiro lugar, a popularização das câmeras digitais deu asas ao encanto de nos vermos retratados. “Os seres humanos são essencialmente sociais, por isso sentimos prazer quando as pessoas nos reconhecem em fotos”, afirma o ginecologista Paulo Canella, chefe do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Sentimos que estamos inseridos no grupo.”
Em segundo lugar, estamos constantemente expostos a imagens e vídeos com apelo sensual. É natural que queiramos reproduzir situações glamorizadas, mesmo sem ter o desejo (ao menos consciente) de dividi-las com outras pessoas. “A onipresença de câmeras, assim como a fascinação em nos vermos, nos levou a uma estética do tipo ‘faça você mesmo’ na vida sexual”, escreve o pesquisador americano Craig Watkins. Ele estuda o comportamento dos jovens nas mídias digitais na Universidade do Texas. Por fim, há também uma explicação neurológica. “O cérebro feminino é programado para excitar-se com a excitação masculina”, diz o neurocientista americano Ogi Ogas, que pesquisa o consumo pela internet de material erótico e pornográfico. Ele diz que é estimulante para as mulheres retratarem-se em poses sensuais e roupas diminutas.
Carolina escreveu pelo menos duas vezes no Twitter que suspeitava estar sendo hackeada 
Quando o prazer desses pequenos flagrantes íntimos vira um pesadelo de exposição pública, as consequências podem ser graves. Os sentimentos variam de remorso à dificuldade de expressar emoções. Algumas vítimas isolam-se. Outras apresentam quadros de ansiedade. Poucas entram em depressão e há até relatos de suicídio. Nos Estados Unidos, duas jovens, Jesse Logan, de 18 anos, e Hope Witsell, de 13 anos, se mataram depois que fotos que elas tiraram nuas foram parar nas mãos de colegas. As duas histórias são semelhantes: as imagens foram enviadas aos namorados, que as repassaram. Claro que os casos extremos são minoria. Da mesma forma como algumas vítimas podem entrar num quadro de desânimo e depressão, outras podem superar a situação com facilidade. “As reações individuais dependem dos mecanismos que a pessoa usa para administrar situações indesejadas”, afirma o psicoterapeuta Oswaldo Rodrigues Junior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. “Algumas pessoas podem reagir de modo útil, superar a circunstância e tirar proveito dela.”
Nessas situações, pesa muito o julgamento público. Se a pessoa for anônima ou famosa, não faz diferença. Ela será exposta diante de seu grupo social e pode ser julgada com severidade, embora a repetição desses casos esteja criando tolerância e até mesmo solidariedade com aqueles cuja intimidade foi violada. “A reação popular tem sido cada vez menos implacável”, afirma o advogado Montes. “Consigo imaginar um futuro em que pessoas envolvidas nesses escândalos poderão ser eleitas a cargos públicos sem problemas.” É pouco provável, por exemplo, que esse caso afete a imagem de Carolina, prejudicando contratos publicitários. “A vida pessoal dela foi violada. Qualquer empresa é capaz de entender que ela foi vítima de um crime. Não houve qualquer desvio de conduta da parte dela”, diz o empresário Ike Cruz, que agencia vários artistas, como a atriz Juliana Paes.
Mas isso não impede o falatório. Até famosos que já sofreram em situações semelhantes, como a atriz Luana Piovani, tripudiaram sobre o drama de Carolina. Em sua conta no Twitter, Luana escreveu: “Isso nunca vai acontecer comigo. Eu dou outros moles”. O mole a que a atriz se refere foi uma cruzada de pernas, em 2004, durante uma premiação da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Luana, flagrada por um fotógrafo, sentada ao lado do então namorado, Ricardo Mansur, estava sem calcinha. Esse tipo de reação sarcástica contra a vítima de invasão de privacidade não é desconhecido. A estudante Naina Yamasaki, filha da cineasta brasileira Tizuka Yamasaki, também foi responsabilizada por conhecidos quando, em 2008, um filme em que ela aparecia numa relação sexual vazou. Até hoje, ela não sabe ao certo como o vídeo, que gravara aos 16 anos, saiu de seu computador. O material caiu na rede e se espalhou de sites pornôs às telas de computador de seus colegas, numa faculdade de São Paulo. Naina teve a sensação de que todo mundo tinha visto. “O que mais escutei foi: ‘Você é burra. Fez por merecer’”, diz Naina, que mora atualmente em Nova York.
Carolina, fortalecida pela decisão de reagir à chantagem, parece firme, ainda que fragilizada. Ela tem evitado sair de casa, mas cumpre compromissos de trabalho. No dia seguinte ao depoimento à polícia, assistiu a um workshop nos estúdios da TV Globo no Rio, em preparação para a próxima novela de Glória Perez, Salve Jorge. Carolina interpretará uma jovem presa por uma quadrilha que faz tráfico de mulheres. Ela chorou durante o depoimento de uma moça que passou pela situação real. Marcos Frota conversou com a ex-mulher ao telefone e contou que a maior preocupação de Carolina é o filho adolescente dos dois. O ator almoçou com ela e toda a família no sábado, um dia depois que as fotos foram publicadas, e disse que o assunto não os abalou. “Carol é uma mulher realizada na carreira e na vida pessoal”, afirma Frota. “Ela vai tirar isso de letra.”
A multiplicação de episódios de violação de imagem envolvendo artistas e anônimos sugere que o problema deixou de ser pessoal para tornar-se coletivo. Diante das infinitas possibilidades de invasão criadas pelas câmeras e pelos arquivos digitais, a sociedade precisa criar normas legais e de conduta para proteger os momentos de intimidade. Como disse a escritora e filósofa americana Ayn Rand (1905-1982) “civilização é o progresso em direção a uma sociedade de privacidade. Civilização é o processo de libertar o homem do homem”.
4 dicas para proteger sua intimidade na rede 
Muitos hackers se aproveitam de dados fornecidos pelas próprias vítimas em redes sociais e de descuidos na segurança do computador e dos arquivos 
Previna-se contra invasões de hackers
Mantenha o sistema do computador atualizado. As correções enviadas pelas empresas de software evitam o ataque de hackers. Por esse motivo, use sempre programas originais. Os piratas não recebem as atualizações. Evite arquivos de procedência duvidosa: se não conhece o remetente ou desconfia do arquivo, não acesse. Tenha um antivírus para destruir softwares daninhos
Cuide dos arquivos armazenados no computador
Se você quer impedir que hackers acessem algum conteúdo íntimo, deve armazená-lo numa mídia externa, como HDs, pendrives ou CD-ROMs. Lembre que alguns programas podem recuperar informações deletadas. Uma maneira de evitar a exposição é usar criptografia, para embaralhar informações e apresentá-las de outro jeito, ilegível para quem acessá-las
Crie senhas difíceis
A senha dos e-mails deve ser complicada até mesmo para o dono (se for preciso, anote suas senhas num arquivo de texto e o proteja com criptografia). Tenha cuidado com as “perguntas secretas” — usadas pelos provedores para a recuperação de senhas. As respostas, nome do bicho de estimação, escola em que estudou podem estar em seu perfil numa rede social. Use senha no celular
Aceite os limites (invisíveis) da privacidade virtual
Se você não quer que alguém veja alguma foto, vídeo ou informação pessoal, não publique em nenhuma rede social. Mesmo que seus dados só estejam disponíveis a quem você autoriza, eles podem ser repassados por essa pessoa para outras. Não se engane: você não tem controle sobre sua exposição quando sua intimidade está on-line


http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/05/liberdade-vigiada.html

EUA: Senado da Califórnia passa lei que proíbe "terapia de conversão" para jovens gays



Quarta-feira, 30 Maio 2012 23:33 (22:33Z)



O Senado votou esta quarta-feira uma proposta para proibir psicoterapeutas na Califórnia de usar uma espécie de terapia para tentar "converter" os menores de gays para heterossexuais.

O senador Ted Lieu disse que a terapêutica é baseada em "ciência-lixo" que foi desacreditada por muitos na comunidade médica. "Não é apenas que as pessoas estão perdendo tempo e dinheiro com terapias que não funcionam", disse Lieu. "Estas terapias são perigosas."

Ele disse que avançou com a proposta SB 1172 depois de ouvir relatos sobre jovens homossexuais que cometem suicídio ou que vivem em depressão após terapeutas os pressionarem com culpa para mudarem a orientação sexual.

O Senado votou 23 contra 13 para aprovar a medida e enviá-lo à Assembleia para apreciação.

O projeto é contestado por David Pickup, um psicoterapeuta Glendale que representa a "Associação Nacional para a Pesquisa e Tratamento da Homossexualidade". Ele defende que esta medida iria interferir com o fornecimento de ajuda a jovens vítimas de violação que tenham questões de identidade sexual.

A medida também tem a oposição do senador Alan Lowenthal da Associação Psiquiátrica da Califórnia Estado que defende que alguns profissionais médicos estão preocupados com a lei ser "muito vaga e poder proibir a sua capacidade de se envolverem em discussões sobre a sexualidade."

Lieu disse que estava disposto a trabalhar com psicólogos e psiquiatras para tratar de suas preocupações enquanto o projeto de lei avança para ser analisado pela Assembleia. E esclarece: "Ser gay ou lésbica ou bissexual não é uma doença ou transtorno mental, pela mesma razão que ser heterossexual não é uma doença ou um transtorno mental", disse Lieu. "A comunidade médica é unânime em afirmar que a homossexualidade não é uma condição médica."

Esforços de mudança de orientação sexual apresentam riscos à saúde críticos, incluindo vergonha, depressão, diminuição da auto-estima, retraimento social, abuso de drogas, auto-mutilação e até suicídio. Para os menores, que muitas vezes são submetidos a essas práticas, por insistência dos pais que não sabem, ou não acreditam, que a prática é prejudicial, os riscos de consequências a longo prazo de saúde mental e física são particularmente graves.

Em 2007, a American Psychological Association convocou uma comissão para estudar a questão. A comissão fez uma extensa análise de estudos revistos por especialistas e concluiu que os esforços para mudar a orientação sexual não são susceptíveis de serem bem sucedido e envolvem algum risco de dano.

A Associação de Psicologia Americanos, a Associação Nacional de Assistentes Sociais, a Academia Americana de Pediatria, a Associação Americana de Terapia Familiar e Matrimonial, e a Associação da Califórnia de Terapeutas de Família emitiram declarações de posição de cautela sobre os esforços de mudança de orientação sexual.

Recentemente, o Dr. Robert Spitzer, o autor de um estudo frequentemente citado pelos proponentes para validar os esforços de mudança de orientação sexual como uma prática terapêutica legítima, emitiu um pedido formal de desculpas à comunidade LGBT e rejeitou as interpretações do seu trabalho



http://portugalgay.pt/news/300512A/eua:_senado_da_califrnia_passa_lei_que_probe_terapia_de_converso_para_jovens_gays

Marta Suplicy saúda proposta de criminalização da homofobia feita por juristas


Senado

Publicado Quarta-Feira, 30 de Maio de 2012, às 18:11 | CenárioMT com Senado
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) saudou a decisão dos juristas que elaboram o anteprojeto do Novo Código Penal de criminalizar a homofobia e ampliar a quantidade de situações em que uma pessoa pode responder, na Justiça, por discriminação.

- Quero parabenizar a Comissão de Juristas, porque ela está na vanguarda do que a sociedade pensa e do que é o século 21 - disse.

Na tarde desta quarta-feira (30), Marta Suplicy também comentou, no Plenário, o documento expedido pela Organização Pan-americana de Saúde rechaçando terapias que tenham como objetivo mudar a orientação sexual das pessoas. Ela afirmou que é inaceitável a aplicação de teorias e modelos, por determinados profissionais de saúde, que encaram a homosexualidade como um desvio ou uma opção que pode ser modificada pela simples vontade ou com supostas técnicas terapêuticas.

Marta Suplicy disse que um profissional de saúde que se presta a fazer “terapia reparativa”denota profunda ignorância em matéria de sexualidade e desvirtua sua função primordial, de oferecer apoio.

Agenda

Marta Suplicy também informou que estará, nesta quinta-feira (31), no encontro Mulheres Rumo à Rio+20 - A Sustentabilidade no Feminino, a convite da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. No evento, que será realizado no Rio de Janeiro, será apresentada uma plataforma de propostas da Rede Brasileira de Mulheres Líderes pela Sustentabilidade para a Rio+20. O documento tem três eixos: negócios sustentáveis, empoderamento feminino e consumo consciente. A rede reúne 200 executivas, empresárias, dirigentes de ONGs, membros do parlamento e do judiciário.

– Esse evento pretende consolidar as mulheres como agentes do desenvolvimento sustentável – disse a senadora.

Já na sexta-feira (1º de junho) a senadora estará em São Paulo, para uma audiência pública sobre o projeto de lei do Senado (PLS 284/2011) que regulamenta a profissão dos cuidadores de idosos. Ela disse que, como é relatora do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), seu relatório sobre o tema está pronto, mas ainda aberto a sugestões da sociedade.
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=200945&codDep=15
 

DR em pauta: ele não quer usar camisinha


Qui, 31/05/2012 - 05h00 - Amor e Sexo

Ele não quer usar camisinha e agora

Boa parte das pessoas que já fez sexo com e sem preservativo diz que a relação sem ele é mais prazerosa devido ao contato direto dos órgãos genitais. E garante que a camisinha na relação é como "chupar bala com papel".
Para muitos homens o preservativo, além de atrapalhar na hora "h", tira o prazer e dificulta a excitação.

Existe também o lado das mulheres. Muitas delas afirmam que o preservativo incomoda e irrita a pele e, durante a penetração com a proteção, demoram a ter um orgasmo ou, às vezes, nem conseguem chegar ao ponto de prazer.
Por esses e outros motivos, alguns casais que já namoram há alguns anos decidem realizar exames para descobrir se possuem ou nãoDST (Doença Sexualmente Transmissível) ou AIDS. Quando o resultado é negativo, muitos deles deixam de usar o preservativo em busca de um sexo mais intenso. Mas será que realmente eles estão seguros? E se um dos dois sai com outra pessoa (trai) e não usa camisinha?
Para o ginecologista e sexólogo, Amaury Mendes, professor e médico do ambulatório de sexologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o sexo sem camisinha, mesmo em uma relação de longo prazo deve ser bem pensado. "A monogamia é uma opção, porém não é um pacto entre o casal. É uma decisão que deve ser bem madura e refletida, pois tanto entre pessoas que estão namorando como as que estão casadas pode ocorrer uma traição", relata ele.
Ele afirma que o casal que decide parar, definitivamente, de utilizar a camisinha precisa realizar exames de hepatite, AIDS, sífilis e sangue, pelo menos uma vez por ano. "Cada um dos exames tem o intervalo de 30 dias. Somente depois do resultado de todos é que se pode realizar a relação sem proteção", diz ele. "Mesmo assim, não é seguro", alerta.
Mendes explica que, atualmente, ninguém está livre de passar por uma infidelidade. Sendo assim, o teste deve ser realizado frequentemente. Ele também garante que o diálogo entre o casal é fundamental para evitar uma possível traição e, consequentemente, a chance de ser infectado por HPV e outras DSTs. "O casal deve sempre realizar exames periódicos juntos, nos casos em que ambos não conseguem utilizar o preservativo", orienta.
Embora as pessoas acreditem que combinar com o parceiro de manter relações sexuais apenas um com o outro pode ser uma boa opção para se livrar dos riscos do sexo sem preservativo, o ginecologista relata que não dá para garantir a fidelidade do companheiro. "Ninguém está 100% seguro em uma relação, por isso confiar no parceiro é um conto, pois você pode brigar em uma semana, ficar com outro e depois se reconciliar novamente", explica.

O ginecologista ressalta a importância da utilização da camisinha. "Usar o preservativo principalmente na relação anal evita a transmissão de bactérias. Existe o perigo de entrar fezes no canal da uretra, causando infecções que se estendem ao testículo", esclarece ele.
Além da DST e da AIDS, outras doenças podem surgir decorrentes da falta de utilização do preservativo. Existe também a "HPV, que pode desenvolver câncer de útero, HPV no pênis, sífilis e até epididimite", relata ele. "A prevenção é com a camisinha. Se o parceiro não quer usar, nem faça sexo", finaliza ele.
Por Stefane Braga (MBPress)

Mandar fotos nuas pelo celular é algo biológico, afirma pesquisa





28/05/2012 09h03 - Atualizado em 28/05/2012 09h03
Thiago BarrosPara o TechTudo


Cada vez mais celebridades e anônimos têm fotos íntimas divulgadas na Internet. Mas você sabia que isso pode ter uma explicação científica? De acordo com psicólogos da Society for Sex Therapy and Research (Sociedade Para Terapia e Pesquisa Sexual), boa parte das pessoas tem, em seu inconsciente, desejos sexuais que motivam este tipo de comportamento.
Envio de mensagens eróticas no celular é cada vez mais comum (Foto: Reprodução/Daily Mail)Envio de mensagens eróticas no celular é cada vez
mais comum (Foto: Reprodução/Daily Mail)
Um estudo recente demonstrou que 47% das mulheres se fantasiam de strippers ou dançarinas. E esse é o ponto de partida para esta teoria, que é levantada pela presidente da SSTAR, Marta Meana. Segundo ela, este dado mostra que as mulheres têm esta vontade de exibir seu corpo e de se sentirem sensuais. Por isso, tiram fotos nuas ou seminuas e enviam para seus parceiros.
“A maneira como as mulheres se sentem sobre seus corpos é fundamental para entender este tipo de comportamento. Ser desejada é uma sensação que qualquer mulher gosta”, avaliou Meana.
sexting (envio de mensagens com tom erótico para os parceiros) é um “passatempo” que se torna cada vez mais comum na web ou no celular. Para Meana, isso é ainda mais facilitado pelos smartphones. Afinal, eles têm câmeras e acesso à Internet em poucos toques, o que facilita o compartilhamento de qualquer tipo de arquivo.
O problema é que estas imagens, muitas vezes, acabam parando nas mãos erradas. Seja por conta de hackers ou por vingança de ex-companheiros. Celebridades como Carolina Dieckmann, Jessica Alba, Rihanna, Miley Cyrus, Ke$ha, Chris Brown e Brett Favre já passaram por isso. Portanto, sendo uma atitude justificável pela ciência ou não, é sempre bom estar atento(a) na hora de tirar e compartilhar este tipo de imagem.


Campanha mobiliza homens contra a disfunção erétil


08/05/2012


Atualmente, 40% dos brasileiros acima de 40 anos apresentam algum grau de disfunção erétil. Desse total, apenas 23% fazem acompanhamento regular com urologistas, seja por preconceito, vergonha ou, simplesmente, falta de acesso. Essa situação afeta diretamente o relacionamento sexual e, consequentemente, a relação afetiva dos casais. 
A boa notícia é que 95% dos casos têm tratamento. Por isso, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) acaba de lançar a campanha “Bem de Novo”, que visa a mobilizar os homens a buscar tratamento para a disfunção erétil. 
Com o slogan “Procure ajuda e fique bem de novo”, a iniciativa tem como objetivo instruir os homens sobre a importância de consultar um especialista. Para que entendam que não estão sozinhos e que, portanto, não precisam sofrer em silêncio. Ainda de acordo com a SBU, a falta de tratamento pode prejudicar relacionamentos, pois a tendência é o homem se fechar pela ausência de conhecimento sobre o assunto. De acordo com o urologista Luciano Luzes, o homem ainda tem receio dos exames preventivos, como, por exemplo, para detectar o câncer de próstata, por causa do exame de toque, feito a partir dos 40 ou 45 anos de idade. “O homem ainda tem muito complexo e vergonha de falar para o outro que foi examinado. Mas isso melhorou muito. Lembro-me que nas primeiras campanhas este assunto era motivo de brincadeiras. Hoje muitos homens ficam constrangidos se todos os amigos foram ao médico e ele não”, destaca. 
Uma ferramenta informativa disponível para tirar dúvidas dos homens, e também das mulheres, sobre essa questão é o site www.
bemdenovo.com.br. Nele é possível encontrar informações sobre a doença, suas causas e tratamentos, além de uma lista de urologistas membros da SBU para auxiliar os homens a encontrar um especialista em sua cidade. Por meio de um teste adaptado do estudo “Índice Internacional de Função Erétil (IIEF): uma escala para avaliação multimensional disfunção erétil”, disponível no site, os homens também poderão tomar consciência sobre o grau de sua disfunção erétil, que pode ir do leve ao severo. (TM)
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,61665