quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“Se trataría de un trastorno psíquico”


OPINÓ EL SEXÓLOGO DANIEL RODRÍGUEZ, SOBRE EL CASO DE LA PERRA VIOLADA Y LUEGO ASESINADA


Además, manifestó que, “a veces, el objeto sexual de una persona se transforma y se va hacia otro lugar, como en este caso, a un animal”.

miércoles, 15 de agosto de 2012
“Se trataría de un trastorno psíquico”
El Dr. Rodríguez estuvo en los estudios de LV11.
El médico sexólogo, Dr. Daniel Rodríguez, dialogó conLV11 sobre el macabro hecho suscitado en un motel de La Banda, donde un sujeto violó y asesinó a una perra.
Al respecto manifestó sobre la zoofilia que “dentro de las parafilias o cambios en el objeto de deseo de las personas, se dan lo que antes se conocían como perversiones o desviaciones sexuales y hoy en día están clasificadas internacionalmente como parafilias”.
Además, dijo que “están consideradas como una patología”, y que existen distintos tipos de parafilia, “que son socialmente inaceptadas y se castigan desde el punto de vista legal”.

El profesional aseveró que “normalmente en nuestras vidas tenemos el impulso de llevar ese deseo sexual hacia otro objeto” y acotó que “a veces, en muchísimas causas, el objeto sexual de una persona se transforma y se va hacia otro lugar, como por ejemplo en este caso hacia un animal”.

Además sostuvo que tiene que tener ciertas características. “No es solamente que por tener una experiencia con un animal se trataría de una parafilia, es decir, tienen que ver el tiempo y las características clínicas de la persona”.

Violencia 
Ahondando en el caso planteado dijo que “no solamente es parafilia, sino que también está la violencia hacia el animal, por lo que tendría que haber ciertos trastornos psiquiátricos de tinte sexual”.

Explicó que “estas cosas se van manifestando de a poco, un solo hecho aislado desde el punto de vista sexual no se lo clasificaría como una parafilia, sino que tiene que tener una duración más larga”.

El Dr. Rodríguez indicó que no todas las parafilias son consideradas delito. “La pedofilia es uno de los delitos más castigados desde el punto de vista sexual, pero las demás no son todas consideradas como delito”, argumentó.

Zoofilia 
Sobre la zoofilia dijo que “desde la Sociedad Protectora de Animales se castiga el hecho de la violencia y de que lo haya matado, pero no así la relación sexual”. En ese marco sostuvo que “la zoofilia es muy común, sobre todo en la zona rural, donde al no tener una pareja las prácticas con animales son comunes desde la antigüedad. Entonces no significa que esa persona tenga una desviación, simplemente fue la circunstancia social que vivía la persona en ese momento”.

Asimismo indicó sobre este caso que “no es solamente el hecho de que haya tenido relaciones con el animal, sino todo el contexto, es decir que haya ido a un albergue transitorio, dejar muerto a un animal con signos de haber sido abusado, la violencia que ejerció”. Por eso dijo que por indicios, “se trataría de un trastorno psiquiátrico”.

“No sorprende el hecho sexual sino que la matara”Sobre si existe tratamiento para esto, el Dr. Daniel Rodríguez señaló que “lamentablemente, hay muchas terapias que no tienen el resultado esperado, porque en un proceso biológico de fijar el deseo sexual en algo, es casi imposible cambiar esa forma de sentir. Es decir que si hay algo que da placer y está incorporado en tu ser, es muy difícil de modificar”.
Ante esto ejemplificó los casos de pedofilia “donde hay tratamientos de castración química, psicológicos y psiquiátricos, pero no dan buenos resultados porque se producen muchas reincidencias”.

En cuanto al caso de zoofilia registrado, dijo que “esta persona se puede recuperar, pero depende del entorno”.

Por último manifestó que este caso “llamó la atención de la gente, en primer lugar por el hecho de haber tenido relaciones sexuales con el animal, no que lo haya matado. A mí me llama la atención al revés, no el hecho sexual sino que la haya matado, por eso me sorprende el trastorno psiquiátrico que pueda tener esta persona”.

Pesquisa mostra diferenças emocionais entre ciúme masculino e feminino


22/08/2012 - 10h21

MARCO VARELLA

ENVIADO ESPECIAL A VIENA


Um estudo da pesquisadora chilena Ana Maria Fernandez, da Universidade de Santiago do Chile, traz novos dados sobre as diferenças entre homens e mulheres nas manifestações emocionais do ciúme. A pesquisa foi apresentada durante a 21. Conferência de Etologia Humana em Viena, na Áustria.
Fernandez usou trechos de filmes, como "Closer", estrelado por Julia Roberts, Jude Law, Clive Owen e Natalie Portman, para induzir reações ciumentas em homens e mulheres, e então controlou parâmetros fisiológicos dos participantes como batimento cardíaco e taxa de respiração. As cenas usadas para isso foram cuidadosamente escolhidas, envolvendo momentos de traição conjugal no filme.
"Descobrimos que os parâmetros fisiológicos de homens estão mais voltados para a agressão --aumento do batimento cardíaco e taxa de respiração. Já para as mulheres os dados foram mais complexos, não tão coesos quanto para os homens" disse Fernandez à Folha.
Essa agressividade suscitada em homens pelas emoções ciumentas teriam a função evolutiva de manutenção do par romântico por meio da competição com outros homens. A reação feminina ficou mais semelhante às de dor, tristeza e insatisfação pessoal.
CIUME SEXUAL E EMOCIONAL
Ela também verificou diferenças entre homens e mulheres que são comuns em diferentes culturas. Homens tendem a sofrer mais por ciúme sexual, enquanto mulheres sofrem mais por ciúme emocional.
Já que, por conta da fecundação interna, as fêmeas de mamíferos têm mais certeza de que os filhos são seus, os machos sempre ficam na dúvida. Essa diferença fisiológica na fecundação e gestação da prole influenciou na evolução do tipo de ciúme mais predominante em homens e no tipo mais predominante em mulheres.
Os homens ancestrais temeram mais ajudar a criar um filho que não era deles e as mulheres ancestrais temeram mais perder o vínculo emocional e assim o cuidado paternos em seus filhos.
Essa diferença sexual no tipo de contexto que suscita mais ciúme só foi descoberta quando da aplicação da abordagem evolutiva ao estudo da psicologia humana. Isso mostra o poder heurístico da abordagem, ou seja, o potencial que tem de gerar novas predições e descobrir novos fenômenos.
Ambos, homens e mulheres, sentem ciúme sexual e emocional -- só a proporção relativa de cada tipo varia segundo o sexo. Carlos Gil Birmann, da Universidade Autônoma de Madri, acrescenta que "a fidelidade sexual é mais importante em mulheres antes dos 30 anos, mas em homens é importante em todas as idades".
AMOR E CIÚME
Muitos pensam que o amor foi inventado por poetas românticos e acreditam que nossos ancestrais eram brutos e insensíveis --a velha imagem do homem das cavernas arrastando a mulher pelo cabelo. Da mesma forma, há quem ache que o ciúme é uma doença ou algo a ser eliminado completamente dos relacionamentos.
Ambas as noções estão equivocadas. Tanto o amor quanto o ciúme são aspectos universais de nossa psicologia. São tendências comportamentais extremamente importantes evolutivamente para a reprodução humana, mais especificamente na vinculação e manutenção da parceria amorosa por tempo suficiente para o cuidado da prole.
O fato de termos herdado tais propensões de nossos ancestrais não implica que agiremos todos da mesma forma, que a cultura não tenha importância, que não temos livre-arbítrio ou que é impossível ter filhos sem amor ou ciúme. Mas sim que, na média dos relacionamentos românticos, seja aqui, no Chile, na China ou África do Sul, amor e ciúme estarão contribuindo para que pessoas queiram ficar juntas e proteger o parceiro de terceiros.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1141245-pesquisa-mostra-diferencas-emocionais-entre-ciume-masculino-e-feminino.shtml

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Conheça o corpo e a mente da mulher e dê um up na transa e no seu poder de sedução


Pronto para inaugurar o ano com outra qualificação sexual? Em 6 módulos, nossos especialistas sugerem um caminho para você compreender mais sobre o corpo e a mente da mulher. Dê um up na transa e no seu poder de sedução.

MÓDULO 1 – Biologia evolutiva
Para ser o homem que ela procura

As escolhas da garota dependem da época do mês. Entenda o motivo e caia nas graças dela!

“Os hormônios femininos mudam durante o ciclo menstrual e influenciam as preferências sexuais da garota”, afirma Randy Thornhill, biólogo e professor da Universidade do Novo México (EUA). Ou seja, há dias em que ela sente mais desejo. “É no período fértil, quando ocorre a ovulação – por volta do 14º dia após o início da menstruação. Nesse momento, aumenta o nível de testosterona na mulher e a libido se intensifica”, explica Amaury Mendes Junior, ginecologista e professor do ambulatório de sexualidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mais: a garota também pode mudar o critério de seleção. “Nos dias férteis, inconscientemente ela tende a privilegiar genética: o homem com sinais claros de efeitos da testosterona”, diz Randy. Ou seja, ela se derrete pelo cara em quem vê porte de provedor e protetor. “Fora da ovulação, a mulher se inclina a priorizar personalidade. Observa o comportamento e, em geral, prefere generosos e românticos.” Mas como nem sempre é possível saber em que fase menstrual ela está – e como sempre há exceção em regras –, conheça comportamentos que indicam anseios da garota e aja para se dar bem.

O comportamento: A garota está olhando para você, mas de um jeito que o deixa em dúvida se ela está a fim.
Significa que ela quer: Romance.

Sua ação: Seja generoso. Segundo pesquisa no The British Journal of Psychology, as mulheres se atraem pelo homem altruísta. “Ela quer alguém atencioso, que preze a necessidade dos outros”, explica Carla Cecarello, psicóloga de São Paulo e coordenadora do Projeto Ambsex (Ambulatório da Sexualidade), da Associação Brasileira de Sexualidade. Calma, se a garota estiver num desses dias não precisa se inscrever num trabalho voluntário ou fundar uma ONG. Segurar a porta para pessoas passarem, se oferecer para lavar a louça, ser simpático, ajudar um idoso a atravessar a rua e se propor a fazer um favor são atos que soam generosos. Explicitam que você sabe ser amável e contribuir com o bem-estar alheio.

O comportamento: A garota veste roupas que realçam o corpo.
Significa que ela quer: Masculinidade.

Sua ação: De acordo com estudo da Universidade de Utah (EUA), homens mais altos e largos são vistos, inconscientemente, pelas mulheres como “dominantes evolutivamente”. No período fértil, você leu, elas dão mais credibilidade à “genética da testosterona”. Não tem dois metros de altura? Deixe a barba por fazer: para a garota, é um dos principais símbolos de masculinidade.

O comportamento: A garota fixa os olhos em você com frequência.
Significa que ela quer: Características híbridas.

Sua ação: Mantenha o porte de macho, ande com a coluna reta e o peito aberto, e lance atitudes sutis, simpáticas. Fazer elogios à parceira cai bem aí – veja como no próximo módulo.

MÓDULO 2 – Sociologia
Para elogiar com perfeição

Explicitar que valoriza o corpo e o jeito dela turbina a libido. Aqui, o melhor caminho para dizer


Falar as palavras certas nos momentos certos dá a ela a confiança necessária para você ter o sexo que quer. “Quanto mais a mulher se percebe desejada mais deseja o parceiro”, afirma Amaury. Para tanto, elogiar é infalível. Desde que você mande bem no tom. “Fale de forma verdadeira”, indica Oswaldo Martins Rodrigues Junior, psicoterapeuta e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, em São Paulo. “A mulher só crê no elogio se reconhecer nela a qualidade que você destacou.” É arriscado ressaltar algo que a garota não gosta em si. E é comum ela ter complexos. “Os ideais de beleza feminina que os homens possuem são a razão principal para a mulher achar frustrações no corpo”, diz Patricia Leavy, socióloga no Stonehill College (EUA). Ainda não conhece tanto sua musa para saber quais os complexos dela? “Ressalte qualidades do jeito de se mexer, de falar, de vestir”, sugere Carla. Ou siga estes truques rápidos para elogiar o corpo sem erro.

Barriga: As mulheres costumam encanar com essa região, mesmo que sejam magras. Se notar que a sua tenta esconder a barriga ou fica pouco à vontade quando a mostra na cama, mude o foco das palavras. “Deixe a aparência de lado e elogie a boa sensação de tocar aquela pele lisa”, sugere Simone Bienne, terapeuta psicossexual britânica.



Seios: “Jamais fale do tamanho”, diz Simone. “Além de ser clichê, pode fazer a garota se sentir um objeto – ainda que tenha um volume que goste.” Diga, por exemplo, que os seios são lindos e você adora beijá-los. Vai excitá-la.

Bunda: Elogiar como a forma dela se encaixa perfeitamente nas suas mãos costuma dar certo. “A combinação é reconfortante e, portanto, mais convincente”, afirma Simone, já que você não cita tamanho nem pele – vai que a parceira também tem paranoias quanto à celulite e etc.

MÓDULO 3 – Psicologia evolutiva
Para sacar como ela mostra que quer sexo

Conexões do cérebro podem fazê-la explodir de prazer. Comande-as

“Cinco pares de nervos enviam sensações do corpo feminino ao lóbulo paracentral, no cérebro – a parte do córtex sensorial que induz ao orgasmo”, afirma Barry Komisaruk, neurocientista e professor da Universidade de Rutgers (EUA). Essas partes são clitóris, interior da vagina, colo do útero, útero e mamilos. Enquanto o colo do útero e o útero são melhores alcançados por seu pênis, você pode atiçar bastante os outros três locais com os dedos e a língua. “Estimule-os individualmente e desencadeie uma reação que ativa o orgasmo. Estimule todos de uma vez e produza um prazer mais forte, complexo e gratificante”, diz Barry. Com uma condição. “Compreenda as emoções da parceira para ter um controle maior na hora de proporcionar o orgasmo”, explica Oswaldo. Saber o que ela curte ouvir de você durante a transa, e como prefere ser tratada, ajuda. Isso posto, eis o passo a passo para levar a garota às alturas – sem sair da cama.

Passo 1 Aproveite o relax que rola na sequência de uma boa transa para perguntar qual parte do corpo dela é especialmente sensível. Se a garota responder mamilos, vagina ou clitóris, pule para o Passo 3. Do contrário, siga para o Passo 2.



Passo 2 Comece nos mamilos, vá para a vagina e depois ao clitóris: acaricie essas áreas com seus dedos e/ou língua. Simultaneamente, passeie com a(s) mão(s) livre(s) pelo corpo dela. Isso vai ajudar a garota a relaxar e a se sintonizar com o que mais a excita.

Passo 3 Se a parceira acelerar a respiração e/ou enrijecer músculos enquanto você estimula os mamilos, a vagina ou o clitóris, indica que você acionou legal o botão ligar. A chave para o superorgasmo é não negligenciar agora as outras áreas. Certifique-se de passar o mesmo tempo – de 90 a 120 segundos – nelas antes de voltar ao ponto-chave.

Passo 4 O crucial aqui é notar as reações da parceira, inclusive para escolher o momento de penetrá-la. A maioria das mulheres precisa se concentrar nas sensações que você fornece para chegar a poderosos orgasmos. Interrupções inesperadas podem fazer o tesão da parceira dar um passo atrás. Para evitar, acompanhe os movimentos dela. Puxa você para ter maior pressão? Afasta-o para ter menos? Saque isso e fique no ritmo. Ela vai explodir de prazer – você também.

MÓDULO 5 – Psicologia
Para não queimar a largada

A garota esfria o clima por causa de duas ações masculinas. Despache-as de seu repertóri
o
Em pesquisa encabeçada por Cynthia Graham, psicóloga clínica da Universidade Brunel (Inglaterra), as mulheres deram dois motivos para explicar a puxada de freio que dão às vezes numa relação. “Elas decidem parar ou porque alguns homens querem chegar muito rápido aos genitais, ou porque são tímidos demais para excitá-las”, diz Cynthia. É fácil agir no meio termo: aplique os ensinamentos desta reportagem e garanta que a festa de vocês role a noite inteira.

MÓDULO 6 – Antropologia
Para fazer a parceira pedir bis, sempre

Há um neurotransmissor que ajuda você a ser imprescindível no calendário dela. Estimule-o

“A paixão está relacionada ao nível de dopamina no cérebro”, diz Helen Fisher, antropóloga biológica da Universidade Rutgers (EUA). Esse neurotransmissor atua nos centros de recompensa e prazer do cérebro e duas coisas aumentam o nível dele por ali. A primeira: fazer cada vez mais sexo – de qualidade, claro. “Um estudo recente mostrou que 35% das pessoas acabaram tendo um relacionamento sério após transar pela primeira vez com seu par”, afirma Helen. “É uma prova de que circuitos cerebrais do amor e do sexo estão ligados.” A segunda coisa para elevar a taxa de dopamina da parceira: propor, e realizar, atividades que sejam excitantes para ela – uma viagem, um jantar especial, tudo que a faça se sentir bem ao seu lado. “Promover o bem-estar da garota leva-a a ficar mais disponível para o sexo”, afirma Oswaldo. Uma mulher satisfeita com um homem sempre quer retribuir isso a ele.


Por Camila Dourado e Stuart Hood | Fotos: Alex Young

[Protegendo nosso futuro] Sexualidade é expressão humana


EXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2012

A Campanha Diabetes 2012 é Proteger o nosso Futuro com o foco emEducação e Prevenção.

Todas as sextas-feiras até novembro alguns blogs vão estar postando sobre o assunto, desmistificando o estigma de que quem tem diabetes terá complicações, muito pelo contrário com Educação e Prevenção o diabético tem uma vida normal.

Um assunto que sempre tive curiosidade foi a vida sexual do diabético e a Sarah postou em seu blog  o tema  Diabetes x Sexo, falando que com alguns cuidados pode se ter uma vida normal neste aspecto, fiquei muito feliz por meu filho!

Mas e o psicológico muda alguma coisa? Sim com certeza, muita coisa depende do aspecto emocional, andei procurando a respeito e encontrei esse artigo sobre sexualidade que se aplica não somente aos portadores de DM, mas a todos de uma maneira geral...

Sexualidade é expressão humana

O tema é sempre muito complexo. Sexualidade é um termo aplicável unicamente ao ser humano. Ele nos diferencia dos outros animais e também diferencia o homem atual dos que viviam há meros 150 anos, quando a palavra foi criada para conceituar a vida sexual incluindo as emoções e sentimentos humanos. Apesar de compreender a união dos órgãos sexuais e levar à reprodução, a sexualidade é mais: permite o bem-estar e a comunicação entre indivíduos, independentemente de impulsos reprodutivos. Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Sexualidade Humana (Sbrash), a sexualidade se revela de modo particular em cada cultura, em cada país, em épocas distintas e para pessoas diferentes. Mesmo incorporando componentes culturais, a exteriorização da sexualidade é desenvolvida individualmente e, comparada a outras manifestações sociais, é a que recebe menor influência do mundo externo. Ela é tão individual e diferente entre as pessoas que pode causar dificuldades nos relacionamentos justamente pela amplitude e variedade com que se pode exprimir.

A expressão e vivência da sexualidade permitem equilíbrio e bem-estar e proporcionam relacionamento interpessoal e obtenção de prazer. O sexo genital não tem, mas a sexualidade, sim, essa tem a mesma importância para ambos os gêneros. Os homens aprendem desde crianças a valorizar muito o genital e o uso do genital nos relacionamentos interpessoais. Já as mulheres são ensinadas que as outras expressões extra-genitais são mais importantes, inclusive para permitir a elas dirigirem-se ao genital e ao prazer que pode proporcionar. Muitos fatores interferem na expressão da sexualidade, desde a genética até as capacidades físicas inatas. Mas o que mais interfere na sexualidade são os aspectos emocionais, psicológicos, principalmente os que se conectam com os relacionamentos entre as pessoas. Duas expressões emocionais são especialmente danosas para a sexualidade: depressão e ansiedade. Essas dificuldades emocionais produzem muitos problemas sexuais, desde diminuição ou inibição do desejo sexual, até problemas de excitação (ereção para os homens e lubrificação vaginal para a mulher) e são elas que atrapalham o prazer orgásmico.

Rodrigues Jr. explica que algumas situações físicas associadas a doenças interferem diretamente na capacidade de o corpo reagir de modo satisfatório para a expressão da sexualidade. Cirurgias, remédios e outros tratamentos para várias doenças também produzem essas dificuldades. Mas a medida dessa interferência pode variar e em geral pessoas psicologicamente equilibradas, que não sofrem de ansiedade ou depressão, encontram mais facilmente as soluções para esses problemas, podendo usufruir da sexualidade para atingir o bem-estar e o prazer de viver. 

São dois fatores a serem observados: a reação comum da pessoa frente a situações impactantes e as formas de a pessoa administrar o problema.As características de personalidade definem essas formas e a reação que a pessoa terá. Muitos reagem com depressão e ficam imobilizados, não querendo tratar-se, nem resolver um problema secundário sexual surgido após uma doença ou como resultado do tratamento dessa doença.

Outros reagem de modo ansioso, desordenado e sofrido, tornando-se incapazes de resolver o problema da doença original e as dificuldades sexuais dela decorrentes. Um terceiro grupo, ainda, é de pessoas que vivenciam relacionamentos estáveis e equilibrados, baseados em afetos positivos, enfrentam a situação da doença e terão força para lidarem com as dificuldades sexuais decorrentes.

Para o psicólogo, quando uma pessoa entra em grande estresse (ansiedade crônica) ou depressão em decorrência de uma doença ou do tratamento dela, será necessário receber suporte psicoterapêutico para sair da situação em que se encontra e poder retomar uma vida sexual satisfatória. Muitas vezes a doença é crônica e se estende por muito tempo antes de ser convenientemente tratada, o que prejudicará diretamente o comportamento sexual. O corpo não conseguirá mais reagir de modo conveniente e precisará de um recondicionamento por meio de psicoterapia focalizada na sexualidade que cuide de reorganização das emoções/afetos, das cognições (conteúdos e processos) e do comportamento sexual em si. 
Fonte: http://www.quimioral.com.br/sc/quimioral/web/qualidade/sexualidade/expressaohumana.aspx

Se necessário, em determinado momento de nossa vida devemos sim contar com a ajuda dos profissionais e depois seguir em frente!!

http://joaopedroeodiabetes.blogspot.com.br/2012/08/protegendo-nosso-futuro-sexualidade-e.html

“Hoje o show é meu!”


1073 mulheres* contam o que gostam e esperam de você enquanto têm uma conversa tête-à-tête com seu amigão. Alinhe seu prazer ao dela e curta um sexo oral como nunca imaginou



“Para fisgar um cara, é preciso saber cair de boca”
Ainda me lembro do dia em que uma amiga soltou essa frase, na mesa de um bar. Eu ainda não pilotava esse barco com maestria e, confesso, não existe uma mulher que não trema na base quando está no começo da carreira sexual. Afinal, se é um quesito tão importante à ala masculina, nós não queremos fazer feio – tampouco errar na performance. “Os homens supervalorizam o sexo oral. Eles acreditam que é uma forma de a mulher se entregar e demonstrar seu tesão por eles”, explica a terapeuta sexual Jussania Oliveira, consultora da MH. E os homens não estão errados de pensar assim, tanto que 91% das mulheres que responderam à nossa enquete* disseram que fazer sexo oral no parceiro também é excitante para elas. “Quando a mulher leva o pênis à boca, em certo aspecto, é um símbolo do controle dela sobre ele”, diz Jussania. Para encontrar o equilíbrio entre o que elas curtem e que a gente gosta, fizemos uma enquete com 1073 leitoras do site da revista Nova e reunimos um grupo de garotas para descobrir o que passa no corpo e na mente delas na hora do sexo oral. Com nosso guia, no momento em que ela começa a degustar seu amigão vocês podem estar iniciando uma noite inesquecível. Ou um namoro! Ou uma vida!
NA PONTA DA LÍNGUA
O que ela quer, o que você pensa, como vocês agem. Uma equação que deve e pode ser balanceada

Enquete  MH* 
44% das entrevistadas (a maioria) podem se recusar a fazer sexo oral em você  se desconfiarem de que seu pênis não está limpo ou saudável
40% das mulheres acham que a melhor posição para encarar seu amigão é com você deitado na cama

Acrescente um ingrediente a mais
“Durante o sexo oral, coloco na boca uma pedra de gelo. O contraste do frio com o quente dos meus lábios fizeram a minha fama nessa performance.” Marcela Boaventura, 29, advogada, de São Paulo
Fuja das mancadas As mulheres pensam em diversas alternativas para não cair na mesmice. Mas quer um conselho? Deixe o champanhe – ou qualquer manguaça – para outro tipo de brinde. “O álcool presente na bebida agride a pele da glande do pênis, que é mais sensível”, explica a urologista Syvia Marzano, diretora do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp), de São Paulo. Bastam algumas gotinhas para deixar seu amigão de molho.
Manobra salva-vidas Ataque a dispensa e prefira alimentos mais espessos, como o leite condensado, mel e calda de chocolate. O segredo
é que, como eles “grudam” mais na pele, sua parceira precisará dar algumas lambidas a mais para tirar até a última gota. Está no motel e não tem nem um freezer, tampouco uma gôndola do supermercado ao alcance das mãos? Vasculhe a bolsa dela: 37% das nossas entrevistadas disseram gostar de bala extraforte para incrementar o sexo oral.

Não force uma entrada com o amigão combalido
“Só entro em cena quando está tudo em ponto de bala.” Carolina Ramos, 33, nutricionista, de São Paulo
Fuja das mancadas Na hora H, mil coisas passaram pela sua cabeça, como pendências no trabalho, problemas com o carro, contas a pagar… Até que seu amigão decidiu se recolher para a toca. Aviso: grande parte das mulheres é como Carolina. Nem todas, é verdade. Mas pense antes de tentar ressuscitá-lo pedindo à parceira um boca a boca. Claro que aparecer vivinho da Silva é bem melhor. “A mulher tende a acreditar que uma possível falta de interesse do homem é culpa dela”, alerta Jussania Oliveira. Mesmo que você consiga explicar que está cheio de problemas e que essas coisas acontecem com qualquer um, muitas minhocas passarão na cabeça da parceira.
Manobra salva-vidas Vire o jogo e parta para o ataque. “Diferentemente das mulheres, os homens voltam para o estado de excitação muito rápido”, indica Jussania. Invista em uma pegada forte, aliando beijos, amassos e, quem sabe, um sexo oral nela. Com a parceira mostrando prazer, será fácil pedir para ela retomar os trabalhos.

Deixe-a pesquisar o meio de campo
“Quando vou partir para o oral, primeiro eu passo os lábios na parte interna da coxa e na virilha, e lambo bem os testículos.” Dayane Gutierrez, 31, assessora de imprensa
Fuja das mancadas Não queime a largada ao tentar guiar a cabeça dela durante o vai e vem da preliminar. Isso é motivo para você ser cortado da cama (e da vida) de 26% das nossas entrevistadas. “Além de ser desconfortável, elas interpretam como uma falta da habilidade em proporcionar prazer”, diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade. Com a autoestima em crise, não há santo que faça uma mulher desmanchar o bico e abrir a boca novamente.
Manobra salva-vidas Fique sossegado para dizer o que está gostando durante a embocadura da parceira. A reação que 90% delas mais esperam é que você dê esse feedback e diga o que gosta na hora do rala e rola. Por isso, mesmo se você não tiver intimidade com a garota, não se encolha: você vai ganhar pontos ajundado-a no show da noite. Qualquer que seja o palco, a estrela é ela. Sorte sua…

Assista ao espetáculo de camarote
“Descobri que não preciso inventar muito no sexo oral. Posso fazer o bê-á-bá, mas, enquanto isso, fico olhando para o rosto do meu parceiro. Desse jeito ele não demora muito para gozar.” Fernanda Reinaldo, 28, analista financeira, de São Paulo
Fuja das mancadas Encare a garota. A parceira não pode controlar seus pensamentos, mas vai que você fecha os olhos e imagina sua bondosa vizinha, a estagiária novata… “Manter o contato visual é uma forma de a mulher descobrir se o parceiro gosta da maneira como ela o está estimulando e se há uma conexão entre os dois”, diz Jussania Oliveira.
Manobra salva-vidas Você é o centro das atenções, mas não perca o foco na parceira. Coloque a mão por trás da nuca dela e puxe levemente os cabelos. “É um sinal de excitação que ficará subentendido por ela”, conclui a terapeuta. Lembre-se: não force a cabeça da garota nem um centímetro mais fundo. Controle a empolgação!

Ligue o pisca-pisca quando for gozar
“Eu posso ficar horas excitando e chupando meu parceiro, mas ele precisa me dizer quando for ejacular.” Clarissa Mendes, 28, veterinária, de São Paulo
Fuja das mancadas Quando a mulher gosta que você ejacule na boca dela, fique tranquilo que ela dirá com todas as letras. Caso contrário, seja cavalheiro e anuncie que está prestes a explodir. Se faltarem palavras, você sabe, um gemido já diz tudo… Tanto faz, mas sinalize. “O sexo é um pacto entre duas pessoas. Descumprir o combinado pode arruinar a confiança que ela tem em você na cama”, alerta Oswaldo Rodrigues Jr.
Manobra salva-vidas Aqui você não tem muita escolha. Se a garota não quer provar do seu manjar e você não consegue segurar o rojão, sugira uma saída. “Eu não me importo que ele ejacule nos meus seios, por exemplo”, indica Clarissa. Se a ocasião não permite uma chuveirada logo depois, tenha alguns lenços por perto – no porta-luvas do carro, por exemplo.

O show não pode parar!
Se você mantiver seu “microfone” higienizado, não tem como desafinar…
No dia seguinte de uma sessão de sexo oral, fique atento se a parceira não reclama de aftas na boca. Caso ela sinta algo errado, o culpado é um fungo chamado Candida albicans, existente nos pelos pubianos, região mais quente e úmida do corpo. “Para acabar com o problema, vá a um especialista que, após os exames, prescreverá um creme. O tratamento é muito simples”, diz a urologista Sylvia Marzano, de São Paulo.
O Ministério Sexual MH adverte: mantenha sempre a região com o matagal aparado e enxugue-se bem após o banho. A boquinha dela agradece! E, se a parceira não for uma companhia constante, lembre-se de que o sexo oral também é uma forma de transmissão de HPV, hepatite (leia em Vacinas Para Maiores!, na pág. 116) e AIDS. Na dúvida, camisinha!

Fique na zona de conforto
“Pegação e amassos não têm lugar para acontecer, mas prefiro explorar o corpo do meu parceiro com ele deitado na cama.” Luana Canário, 36, analista de sistemas, de São Paulo.
Fuja das mancadas Aventuras em cinema, praia, escadaria do prédio ou banheiros de balada e avião parecem não fazer a cabeça da maioria das mulheres. “Até mesmo porque, nesses casos, precisaríamos ficar agachadas no chão e esses lugares não são muito limpos”, completa Luana.
Manobra salva-vidas O carro é uma boa alternativa para sair do lugar-comum. Depois da carona, pule para o banco do passageiro. Jogue todo o assento para trás e deixe a parceira de joelhos no chão na sua frente. Depois, inverta as posições e dê você um beijo de boa noite nela.

Enquete  MH*
41%  das mulheres acham que você deve dar sinais (gemidos, olhares) de que vai gozar
34% vão além: pedem que você diga com todas as letras que está chegando lá. Se o fizer sem a autorização delas, 25% não voltam  a brincar
* Pesquisa com 1073 mulheres no site de NOVA entre 2 e 22 de março
Matéria publicada na Revista Men’s Health de abril.

http://menshealth.abril.com.br/sexo-e-relacionamento/sexo/hoje-o-show-e-meu/

Uma abordagem cuidadosa, mas sem traumas


A sexualidade em pessoas com deficiência intelectual deve deixar de ser tabu e alvo de preconceitos para melhora da qualidade de vida

Por Lucas Vasques / Fotos Divulgação


Uma conquista familiar à custa de muito trabalho e bom senso, que tem por objetivo a construção da identidade do filho. Desta forma, o psicoterapeuta e educador Fabiano Puhlmann Di Girolamo resume o caminho que os pais de pessoas com deficiência intelectual precisam percorrer quando o assunto é a sexualidade dos filhos.
O médico, que também é especialista em Sexualidade, Integração Social e Psicologia Hospitalar de Reabilitação, explica que não há uma receita para se tratar o tema polêmico. “O desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual é muito variável. Não há um padrão, pois existem casos em que o paciente tem grande autonomia, sem problemas físicos, como disfunções sexuais ou orgânicas, e outros que se apresentam apenas com dificuldade de ansiedade, além de um terceiro tipo, com limitações múltiplas.”
Fabiano conta que o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa com deficiência intelectual se submeta à terapia sexual. “Tudo com o objetivo de facilitar sua transição da fase de adolescente para adulto, com noções teóricas em relação ao seu corpo e como lidar com essas novas emoções e reações físicas. Afinal, dependendo do grau de limitação, a pessoa nem sempre sabe conduzir sozinha a questão. Por isso, é importante esse cuidado desde pequeno.”
Um fator importante que deve ser obervado, primeiramente, é como a família se porta em relação ao assunto. “É necessário verificar em que estágio se encontra a sexualidade dos pais, de modo geral, como eles tratam do tema com os outros filhos, caso tenham, e como enxergam isso em relação à deficiência”, revela.
Esse processo de acompanhamento do despertar para a sexualidade do filho, geralmente, segundo o médico, recai sobre as mães.

Para Fabiano Puhlmann, o ideal é que, além de contar com apoio em casa, a pessoa se submeta à terapia sexual

Fabiano Puhlmann alerta que a repressão, isoladamente, pode trazer graves consequênciase
“Os pais costumam ficar fora disso. E é difícil para a mulher. Por isso, se torna tão importante a ajuda terapêutica especializada.”
Outra barreira a ser transposta se refere ao preconceito e ao tabu que o assunto sempre despertou. “Os pais e cuidadores, de maneira geral, precisam aprender a lidar com essa transição de forma tranquila, para identificar e transmitir limites nas manifestações sexuais dos filhos. Afinal de contas, nem sempre eles têm discernimento para não empreender determinadas práticas em público, por exemplo, ou agir de forma equivocada.”
A repressão, isoladamente, pode trazer graves consequências. “Por conta do preconceito e da dificuldade em lidar com tabus, os pais, muitas vezes, simplesmente reprimem as primeiras manifestações sexuais dos filhos, sem maiores explicações, inclusive de maneira agressiva. Essa forma de atuação faz com que o filho represe a energia e perca criatividade e espontaneidade, que vêm com essa energia, além de se tornar uma pessoa ansiosa e com tendência ao isolamento. A repressão, em si, gera patologias e faz com que a pessoa reproduza essa ação no futuro ou adquira um comportamento sexual marginal, como pedofilia e outras distorções.”
Fabiano volta a frisar a importância da orientação correta, também nos casos inversos à repressão exagerada. “Em geral, os adolescentes com deficiência intelectual não têm percepção do preconceito, não conseguem compreender as mudanças que estão ocorrendo com eles mesmos”. Seguem seus instintos. “Por isso, via de regra, eles beijam todas as pessoas, demonstram carinho exageradamente e podem, inclusive, se expor publicamente.” Por isso, os familiares precisam ser firmes, mas com segurança e bom senso.
Nos casos de relacionamento duradouro, o médico defende a autonomia dos filhos com deficiência intelectual, desde que o grau de limitação permita. Nas situações em que a evolução seja significativa e o namoro acabe em casamento, como ocorre em muitas oportunidades, a estratégia deve ser muito bem pensada.
“Além da orientação para prevenção de gravidez indesejável, é necessário se preocupar com outros fatores. O dia a dia de uma união não se resume somente à convivência afetiva e sexual. Há a necessidade de se administrar a questão financeira, por exemplo. Esses quadros exigem a participação efetiva dos pais, ao contrário dos casamentos convencionais”, conta Fabiano.
DesafioLuciana N. Carvalho, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência, em Belo Horizonte, Minas Gerais, afirma que a coragem de enfrentar o tema da sexualidade para as pessoas com transtornos intelectuais, de maneira geral, e não apenas para os pacientes com essas limitações, se torna um desafio para os pais quando o interesse pelo outro sexo e as mudanças corporais começam a desabrochar.
“Em relação, especificamente, aos adolescentes com deficiência cognitiva, soma-se a vulnerabilidade da falta de compreensão ao que está ocorrendo e a fragilidade de defesa em uma sociedade extremamente violenta. Os pais devem ser alertados pelos profissionais que cuidam de seus filhos ao risco que estes estão submetidos de uma possível agressão e ao assédio sexual. As meninas, muitas vezes, apresentam um corpo de mulher, mas a idade mental está abaixo de 10 anos. Aos pais, recomendamos uma boa opção por escolas e locais que não deixam os adolescentes sozinhos, além da confiança também em relação aos cuidadores escolhidos.”

Luciana Carvalho: “O tabu e o preconceito sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade”
O tabu e o preconceito também são abordados pela médica. “Ambos sempre andam de mãos dadas quando o assunto é sexualidade, principalmente, se for com crianças e adolescentes com deficiência, vítimas recorrentes da exclusão em nossa sociedade”, relata Luciana.
Para Luciana Carvalho, a abordagem da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais
Para ela, a menstruação é um incômodo permanente e, muitas vezes, se torna um fator de piora da ansiedade e de comportamentos agressivos. “Os pais devem procurar um especialista da área ginecológica (se for menina) para avaliar os benefícios e os riscos do uso de anticoncepcionais, no intuito de funcionar como um fator de proteção no caso de um possível abuso sexual. Estas orientações devem fazer parte das primeiras entrevistas com os pais ou tão logo a menina menstrue.”
No caso dos meninos, também há particularidades. “A masturbação é muito presente como fator de queixa dos pais que se sentem constrangidos diante da inadequação de muitos adolescentes. A orientação verbal para que a criança ou o adolescente se masturbe somente quando estiver sozinho, em seu quarto ou no banheiro, deve também fazer parte do manejo clínico das entrevistas familiares. Em muitos quadros, a situação foge ao controle e a prescrição de ansiolíticos é um recurso a ser usado.”
A abordagem das questões próprias da sexualidade pelo profissional que cuida das crianças alivia os pais, de acordo com Luciana, e melhora a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes, que já vivem sob a sombra da exclusão. “Entretanto, é sempre bom lembrarmos que filhos com deficiência funcionam sempre como uma ferida aberta dos pais e a abordagem, por mais delicada que seja, sempre dói”, finaliza.
Orientação especializada
A tese dos profissionais sobre as dificuldades que os pais encontram em lidar com o tabu provocado pela sexualidade em pessoas com deficiência intelectual é ratificada pelo depoimento de Rita de Cássia Oliveira Lírio, mãe de Josiane Lopes de Oliveira. Ela mesma admite o problema e reconhece a importância de um acompanhamento terapêutico. “Na verdade, fui mãe muito jovem e, em função de desconhecimento e do próprio preconceito, nunca fui de falar sobre sexo com a minha filha. Por isso, procurei auxílio da Avape, que conta com pessoas especializadas no assunto e que sabem abordar essas questões.”
Josiane tem 30 anos e sofre de esquizofrenia e deficiência intelectual, que provoca convulsões e falhas de memória esporádicas. “Das 12 às 17 horas, ela participa de inúmeras atividades na Avape e, inclusive, recebe orientações sexuais, o que acho muito importante. Sei que eles explicam a respeito do uso de preservativos, gravidez e outros temas, o que eu nunca tive coragem de falar com a Josi. Sempre senti receio de que ela me interpretasse mal ou comentasse com estranhos. O que eu falo com ela é no sentido de alertar, de fazer com que ela tenha cuidado com pessoas que não conhece.”

Grupos querem prevenir abuso sexual tratando pedófilos


A cada ano há mais denúncias de abuso sexual contra crianças. De janeiro a abril, passaram de 34 mil: um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

Nos meses de maio e junho o crescimento foi ainda maior, talvez puxado pela aparição de Xuxa no "Fantástico", declarando ter sido abusada na infância. Só nesse bimestre foram ouvidas 22 mil denúncias, alta de 30% em relação ao início do ano.

A repressão à pedofilia no Brasil dá passos --como a ampliação, em maio, do prazo de prescrição para esse crime abjeto no qual a criança é a vítima do desejo de alguém mais forte que ela e, quase sempre, de "confiança".

Mas há quem defenda um trabalho de prevenção por meio de tratamento, cuidados e apoio dispensados ao agressor em potencial.

Um pedófilo não é obrigatoriamente um criminoso. Pode sentir atração por crianças e se manter afastado delas a vida inteira --ou por anos.

Segundo o psicólogo Antônio Serafim, do Hospital das Clínicas de SP, a literatura aponta que 75% dos pedófilos nunca chegam a sair da fantasia para o crime.

"É importante oferecer suporte aos que sofrem do transtorno". Ele diz que os agressores são tipos imaturos e solitários. "A falta de habilidade social acaba os levando a mergulhos cada vez mais profundos na pedofilia."

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade e também como um desvio sexual.

"Se o tratamento, que envolve terapia e medicamentos, for iniciado no tempo adequado, com técnicas adequadas e por profissionais preparados, melhoras consideráveis e até a cura poderão ser alcançadas", afirma José Raimundo Lippi, que é psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais.

Surgiram iniciativas de apoio a pedófilos latentes em vários países. No Reino Unido e na Irlanda, o grupo Stop It Now! disponibiliza um número de telefone para quem tem consciência de seu problema e precisa de ajuda para continuar inofensivo.

DIFERENTES PERFIS





Na França há a L'Ange Bleu, fundada por Latifa Bennari, franco-argelina de 61 anos que não tem formação em psicologia, mas tem vasta experiência no assunto.

A associação é polêmica: em vez de dar assistência às vítimas, concentra-se no apoio aos pedófilos. Mas antes de fundá-la Bennari ajudou, durante 30 anos, pessoas traumatizadas por abuso sexual na infância.

Segundo ela, era comum a vítima pedir um encontro com seu agressor, para confrontá-lo e tentar seguir em frente. "Nesses grupos, fui percebendo vários perfis. Há o que não sente remorso, mas há o que sabe que tem algo errado com ele", conta.

"A pedofilia aparece cedo, mas as agressões demoram para acontecer. Durante anos conseguem se controlar, mas um dia a oportunidade surge e alguns cedem", diz Bennari, que trabalha com conhecimento de causa: ela foi abusada por um empregado da família dos cinco aos 13 anos.

O objetivo da sua entidade, diz, é apoiar os que têm conhecimento de seu transtorno, mas que, por consciência do mal que podem causar ou pelo simples medo da prisão, nunca realizaram seus desejos e precisam de ajuda para continuar inofensivos.

A L'Ange Bleu encaminha pessoas para consultas com psiquiatras, promove reuniões entre pedófilos em potencial e vítimas de pedofilia e até dá suporte jurídico a agressores, preservando a identidade dos participantes.

No Brasil não existe nada do tipo. Mas há o Centro de Estudos Relativos ao Abuso Sexual, em São Paulo, que atende famílias incestuosas.

"Fazemos ações anteriores ao aparecimento da patologia. A família incestuosa é uma fábrica de ofensores sexuais: ali são produzidos futuros pais incestuosos, pedófilos, estupradores etc. Trabalhar com essas famílias é fazer a prevenção primária desse grave problema de saúde pública", explica Lippi.

INVERSÃO DE PAPÉIS

Iniciativas como a da associação francesa são alvo de críticas. Nesse modelo de prevenção os pedófilos seriam vitimizados além da conta.
É o que pensa a psicanalista Lekissandra Gianis, filiada à Escola de Psicanálise do Rio de Janeiro. Para ela, ajudar as crianças é mais urgente: "A prioridade deve ser dada às vítimas, que vivem no limiar do surto psicótico".

Um caminho não invalida outro, segundo especialistas.


"Todo trabalho que vai na direção de intervir nas agressões sexuais é válido. Tratar o agressor em potencial seria positivo também para os profissionais, que teriam mais experiência nesse transtorno", opina a psicanalista Fani Hisgail, autora de "Pedofilia - Um Estudo Psicanalítico" (Iluminuras). Mas ela ressalva que tratar um pedófilo é muito complexo. "Primeiro ele tem que reconhecer seu problema e querer se tratar."

A L'Ange Bleu teve um início difícil. Em 1998, desejando chamar atenção para a causa, Bennari foi a um congresso de psicologia expor seu ponto de vista.

Rejeição unânime. "Todos me chamaram de louca, disseram para não focar no pedófilo, e sim na vítima. O objetivo era justamente evitar vítimas, mas disseram não ser politicamente correto. Achavam impossível um pedófilo sair das sombras antes de virar criminoso", lembra.

Hoje, num dia normal, Bennari atende em média sete novos pedófilos em potencial.

Nos EUA, dois pedófilos que se conheceram na rede criaram o site "Virtuous Pedophiles", que tenta mostrar ao mundo que um pedófilo pode ser inofensivo. Ethan*, como se apresenta um deles, diz que ninguém, exceto seu terapeuta, sabe de seu problema: "As pessoas nos odeiam", justifica.

"Os profissionais não estão preparados para lidar com esses pacientes. Interrompem o tratamento assim que o pedófilo se assume. Acreditam que cedo ou tarde seremos todos criminosos. Até mesmo terapeutas espalham que todos os pedófilos são abusadores, embora nem todos os abusadores sejam pedófilos", diz Ethan.