domingo, 7 de julho de 2013

Como escrever um romance erótico de sucesso

A receita das escritoras atuais para um livro bem-sucedido. Dica: não é preciso ter grande experiência sexual – nem literária

MARCELA BUSCATO
07/07/2013 10h49
Na capa elegante de couro sintético, a chave estampada em tinta prateada promete revelar segredos. Não é um caderno qualquer. É o diário de uma “deusa interior”, figura que entrou para o hall de recursos infames da literatura por obra da britânica Erika Leonard James, a autora de Cinquenta tons de cinza. Na trilogia erótica que já vendeu 70 milhões de cópias em 37 países, Erika transformou a consciência de sua protagonista num personagem – não dos mais profundos. A deusa interior dança movimentos de salsa quando tem prazer, coloca as mãos na cintura para mostrar irritação, bate palmas como uma criança quando excitada. Um prodígio de consciência habitando a mente de Anastasia Steele, uma virgem de 21 anos que cede, não sem certo suspense, aos arroubos de dominação sexual de Christian Grey, um multimilionário de 27 anos, atormentado por um passado de violência e abandono.

No caderno-diário, lançado pela editora britânica Vintage Books e à venda na internet desde maio, Erika convida a leitora a soltar sua deusa interior pelas páginas em branco e escrever as fantasias inspiradas pelo Grey da ficção – ou, com sorte, pelo(s) da vida real. A ideia, escreve Erika no prefácio, é que todo mundo possa registrar os momentos de inspiração – leia-se lampejos de pornografia – que, aparentemente, quando organizados com algum método, podem render um best-seller. Quem sabe pode ser seu o próximo romance erótico de sucesso. Erika reabilitou o gênero com o lançamento da trilogia que deixou sua deusa exterior R$ 27 milhões mais rica em apenas oito meses, no ano passado.

Só as cenas de sexo, porém, não bastam. Elas podem ser o cerne desse tipo de obra, mas sozinhas não mantêm a trama. “Personagens empáticos e conflitos de difícil resolução são fundamentais, porque qualquer leitor se entedia com uma cena de sexo depois da outra”, diz Donna Condon, diretora da Harlequin, no Reino Unido, editora especializada em romances eróticos que oferece disputados workshops para futuros autores. “Existem regras para escrever um romance erótico, e, para entendê-las, é preciso ler, ler e ler.”

ÉPOCA leu os principais lançamentos do mercado erótico nacional para ajudar a preencher o diário de deusas interiores inclinadas a tentar a sorte de Erika – ou dispostas apenas a se divertir com as ideias. Foram 13 volumes – 4.414 páginas –, que revelaram a fórmula do pornô romântico de sucesso. Eis as quatro regras básicas:
1. Monte uma história de amor épica (do tipo que não existe)
Não basta ser uma paixão arrebatadora, deflagrada à primeira troca de olhares. O sentimento que une os protagonistas é daqueles que incitam loucuras, como trocar beijos ardentes ao acordar de manhã. Em Fantasias gêmeas, a autora canadense Opal Carew testa os limites do afeto humano – e da paciência do leitor. O protagonista traído Ryan não apenas aceita ficar com a namorada, Jenna, grávida do irmão gêmeo dele, como transa com ela logo após a revelação da gravidez, aliviado por não ser abandonado. O envolvimento sexual de Jenna com dois homens é uma exceção no gênero. Só é permitido porque a fantasia abordada no livro é o sexo a três. No romance erótico feminino, a maioria dos casos são monogâmicos. Com direito a casamento e final feliz na última página. “Os leitores esperam que, mesmo os conflitos mais extremos, sejam resolvidos de maneira emocionalmente satisfatória”, diz a australiana Madeleine Morris, autora de histórias eróticas e estudiosa de seus clichês.
SEGREDO Exemplares do caderno O diário da deusa interior (Vintage Books). A leitora preenche com suas próprias fantasias (Foto: Divulgação)
Se a paixão é extraordinária e o sexo é ousado, os conflitos vividos pelos personagens são bem ingênuos. Como a angústia de Jake McCann, apaixonado desde a infância pela doce bibliotecária Sophie Sullivan, de Só tenho olhos para você. Jake teme ser rejeitado por Sophie, porque teve problemas de aprendizagem na infância e não domina muito bem a arte de juntar as letrinhas. Imagina contar a uma bibliotecária que ele não gosta de ler?

A exceção à regra do final feliz são os livros estritamente eróticos. Ali há pouco – ou nenhum – romance, porque a ênfase é no sexo. O estilo pode incomodar leitores desavisados. Em Falsa submissão, há cenas de sexo com animais. Em 80 dias, práticas de submissão que vão além dos açoites do senhor Grey em Cinquenta tons de cinza. Nem os livros puramente eróticos estão a salvo de cumprir a segunda regra da cartilha da escrita erótica.
2. Amarre a protagonista: ela não tem opção
As mocinhas podem ser as protagonistas da história, mas não de suas escolhas sexuais. Elas sucumbem às fantasias porque são obrigadas pelas circunstâncias. Pelo menos, essa é a interpretação preferida de suas deusas interiores – que, obviamente, precisam de terapia. A garçonete Cassie Robichaud, a amargurada viúva de 35 anos de S.E.G.R.E.D.O, cede à proposta irresistível de uma sociedade secreta, cuja nobre missão é satisfazer sexualmente mulheres reprimidas. Traumatizada desde a morte do marido alcoólatra, Cassie está há cinco anos sem sexo. Se Anastasia Steele tem uma deusa interior, Cassie Robichaud transforma seus cinco anos de celibato num personagem, descrito como um cão magro e velho: “Cinco Anos ia comigo a toda parte, a língua pendendo para fora, trotando na ponta das patas”. Cinco Anos desaparece quando Cassie se entrega a nove fantasias pedidas por ela à sociedade secreta, numa preparação para transar com sua paixão platônica. “Quis escrever um livro em que a mulher definisse o que acha excitante, em que não precisa se submeter às necessidades masculinas”, diz L. Marie Adeline, pseudônimo da autora, uma canadense que trabalha como produtora de televisão. A personagem Cassie pode até ter feito uma listinha com seus desejos. Mas são os homens os protagonistas de cada um deles. Eles conduzem Cassie em suas fantasias, no papel de guias experientes. As protagonistas adoram o tipo.
3. Crie um dominador para chamar de seu
Amantes dominadores – figuras autoritárias na cama e fora dela – são imprescindíveis aos romances eróticos. Parece até que as mocinhas sofrem do complexo de Electra, conceito que descreve a inveja que as mulheres sentem das mães a ponto de desejar, inconscientemente, o próprio pai. “Essas histórias são capazes de excitar porque realizam um desejo incestuoso, camuflado pelo sadomasoquismo”, diz a psicanalista Betty Milan.

A identificação das leitoras com as heroínas submissas é um tabu comparável ao desejo incestuoso. Porque não é preciso ser uma feminista ferrenha para se constranger com histórias como a de Geneviève Loften, uma executiva que aceita ser escrava sexual do megaempresário James Sinclair em troca de um contrato de publicidade com a empresa dele. Em Os noventa dias de Geneviève, a protagonista se descobre uma submissa ao apreciar sessões de masoquismo e amarração (bondage), comandadas pelo autoritário Sinclair.

Como explicar que as mulheres independentes do século XXI, bem-educadas sobre seus direitos, bem resolvidas sexualmente, achem excitante – e não ultrajante – esse tipo de mote? Eliane Robert, pesquisadora de literatura e erotismo na Universidade de São Paulo, oferece uma interpretação reconfortante para as leitoras que pensam em rasgar a carteirinha de mulher moderna ao se entusiasmar com uma fantasia dessas. “É bem possível que tal associação entre a repressão feminina e o desejo se deva a uma curiosidade sobre o papel ‘passivo’, interditado a um grande contingente de mulheres urbanas nos últimos tempos”, diz. O fim da história de Geneviève – e de todas as outras heroínas erótico-românticas – sempre mostra que o poder de acatar ou não a submissão é das mulheres, mesmo que elas precisem de desculpas para justificar suas escolhas. As autoras se preocupam em ser politicamente corretas para não ofender. Pena que não se possa dizer o mesmo sobre o zelo com a linguagem.
4. Capriche nas descrições. abuse das metáforas
Filósofos como o francês Georges Bataille (1897-1962), que dedicou sua vida a desvendar os mistérios do desejo sexual, já falavam sobre a limitação da linguagem para traduzir o erotismo em palavras. A dificuldade fica patente até no trabalho de autores consagrados. O escritor americano Philip Roth já figurou na lista de finalistas à premiação de Pior Cena de Sexo, homenagem às avessas conferida pela Literary Review, revista britânica especializada em literatura. Algumas autoras de romances eróticos mostram dificuldade de escrever sobre sexo em todo o seu esplendor. Heróis viris “grunhem” (muitas vezes) e “rosnam” (tantas outras). A zoomorfização é sofrível. A repetição, insuportável.

É preciso (um pouco) de solidariedade com as autoras. A tarefa é complexa. Se as cenas mais quentes forem descritas em palavras retiradas de um livro de anatomia, não há sensualidade que resista. Metáforas desgastadas ou rasteiras também pouco fazem pela qualidade do texto – e pelo nível de excitação. A maioria das autoras prefere um meio-termo entre os dois tipos, numa mistura que nem sempre evita o constrangimento. Como diz a bibliotecária (mais uma, só pode ser fetiche...) Gwenolynne, protagonista de Bem profundo: “Este magnífico órgão é de uma beleza crua, física, a própria expressão da masculinidade primordial, a essência do homem”.

A americana Sylvia Day, autora da série Crossfire, é uma das mais explícitas. As cenas de sexo entre Eva Tramell, uma jovem vítima de violência sexual, e o milionário Gideon Cross, outra vítima de abuso, são descritas em termos bastante concretos. “Não posso me importar com a sensibilidade das pessoas. É inapropriado impor nossa moral e valores aos personagens. Somos apenas observadores de suas jornadas e devemos apreciá-las com isso em mente”, diz Sylvia. Ela afirma que seus personagens têm vida própria. E, ressalte-se, nenhum pudor literário durante o clímax. Ou antes. Ou depois. Os leitores compreendem. O terceiro volume da série Crossfire, recém-lançado, já figura na lista dos mais vendidos.
http://epoca.globo.com/vida/noticia/2013/07/como-escrever-um-bromance-eroticob-de-sucesso.html

segunda-feira, 1 de julho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Venezuela: Maracuchas que se exhiben: Los secretos de la seducción criolla (Especial NAD)

197639 151698394891082 880779 n 250x300 Maracuchas que se exhiben: Los secretos de la seducción criolla (Especial NAD)Un escote, una minifalda, un short, un pantalón ajustado, son el atuendo preferido en la mayoría de las mujeres ‘maracuchas’ a la de hora de vestirse. Unas dicen que es por moda, otra expresan que es por coquetería y en su mayoría coinciden que es una manera de ‘exhibirse’. Pero ¿qué es lo que verdaderamente hay detrás de enseñar un poquito de más?
 No ha sido un secreto que la mujer -sabiéndose sexy- busca la manera de cautivar y de ser el centro de atención a la hora de llegar o estar en un lugar, pero también como sucedió en la famosa película Bajos Instintos, cuando Sharon Stone (una manipuladora mujer) utilizó una pose muy sexy y enseñó el famoso “picón” con el que buscaba seducir al famoso policía, la mujer en muchos casos utiliza como un arma de seducción ‘enseñar un poquito de más’.
Pero ¿Existe verdaderamente el exhibicionismo en la mujer?
Según Kai Villalobos, psicólogo, el exhibicionismo como parafilia, es decir, un comportamiento sexual en la que domine el placer, en este caso, enseñando sus partes íntimas, no es tan frecuente en la mujer, pero la exhibición de partes no genitales del cuerpo es más común en la mujer que en el hombre. Esta conducta en la mayoría, hace que la mujer en una manera de mostrar su encanto y belleza femenina, sienta la admiración y sometimiento de  los hombres.
“Creo que todas tenemos un punto exhibicionista, solo que unas lo desarrollamos más que otras, a mí, por ejemplo, me gusta vestir sexy, llevar escotes y sentir como me miran los hombres, aunque no me gusta enseñar demasiado, prefiero insinuar” comenta Isabel de 25 años.
Y es que a diario en los diferentes medios de comunicación se observa a las principales figuras femeninas enseñar alguna parte de su cuerpo, por ejemplo una pierna, o que el pecho se destaque más, en algunos casos el uso de las transparencias en los vestidos es el plato fuerte, si no hay que preguntarle a Jennifer López para ver que dice.
Según Villalobos, “el exhibicionismo, -no como trastorno- está relacionado de alguna manera con el egocentrismo, y por ende, es otra cualidad que resalta más en mujeres que en hombres. La explicación sería la necesidad de atraer y excitar a los hombres para que se produzca el acto sexual, aunque hay casos en donde la mujer también siente placer al enseñar”.
“A mí me gusta cuando siento que al hablar con un hombre, este me mira los senos. Creo que todas las mujeres somos un poco exhibicionistas, me gusta la ropa sexy ajustada, los escotes”, explica Adriana de 22 años.
La pregunta ¿Por qué muestran las mujeres?
Articulo Vertical exhibicionismo Maracuchas que se exhiben: Los secretos de la seducción criolla (Especial NAD)Como se dijo al inicio de la nota, puede ser por moda, placer, seducción. Para Yelitza Ramírez, el mostrar, “más no ser vulgar” es una forma de sentirse bien con ella misma, “tengo buenos atributos y porque negar lo que dios me ha dado, me considero una mujer linda, pienso que no es pecado mostrar al mundo lo que eres, me siento yo misma no trato de aparentar nada solo me siento bien así y tampoco trato de causar ningún tipo de sensación solo, lo hago porque me siento bien, no busco la aprobación de los hombres”.
Asimismo, expresa Vanessa Rodríguez, “me gusta ser sexy, y como dice el dicho, lo que no se exhibe no se vende, además creo que toda mujer quiere ser el centro de atención donde quiera que se pare, inclusive, no solo para los hombres, si no para mostrarle a otras mujeres que eres más deseadas que ellas”.
Diana González comenta que en su caso ella lo hace para mostrar lo que tanto esfuerzo ha conseguido, “un buen cuerpo”, “me gusta que me miren, eso es normal, en todas las mujeres, pero no hasta el punto de que me deseen y quieran llevarme a la cama, como pasa con algunas mujeres, que se visten de una manera, una cosa es ser sexy y la otra llegar a ser vulgar, me gusta atraer miradas solo eso, no deseo que me lleven a la cama”.
En el caso de la mayoría de las mujeres, si hay algo que no soporta es los “piropos groseros”, así que si eres de esos hombres al que no se le puede dejar de escapar uno, cuando ve a una fémina insinuante en la calle, piensen que una cosa es “buscar seducir” y la otra muy distinta es llevarla a “la cama” solo con la mirada y en algunos casos con las palabras, y en esta sociedad en la que la mayoría de las mujeres enseñan algo más vale controlarse. Así que hombre a la hora de observar las curvas femeninas “disimula un poco” antes que suceda lo que en muchos casos pen.

Moringa é o novo “milagre” dos que buscam medicamentos que curam tudo

MORINGA

A vontade de se libertar das enfermidades tem levado muitos doentes a aderirem aos remédios naturais. Os produtos são comercializados em vários pontos de Luanda, na zunga e nos mercados, mas a moringa é encontrada apenas nos portões dos hospitais de Luanda, sobretudo no Hospital Américo Boavida, Josina Machel e Hospital Militar, onde os comerciantes se concentram em maior número.
Diferentes do jola miongo, missange, jipepe e de outros medicamentos naturais já conhecidos no mercado nacional, as várias partes da moringa podem ser usadas para curar no mínimo 300 doenças, isto é o que afirma a comerciante Beatriz Gonçalves, com alguma solenidade. “Os medicamente todos são chamados de moringas, como a moringa sementes, moringa raízes e moringa em folha. Existe também o xarope de moringa, que resulta da efusão de uma mistura das folhas, flores, sementes e raíz da moringa, e à que se junta também alho, limão e mel, tudo nacional”, realçou.
“Moringa Santo Remédio” serve para tratar doentes com diabetes, miomas, febre tifoide e impotência sexual. Para além dessas doenças, a medicação com moringa pode sarar os enfermos com problemas de visão, dor de estômago, inflamações no corpo.
CANCRO DA MAMA NA LISTA
Particularmente para as mulheres, a moringa pode ajudar no tratamento do cancro da mama, infecções urinárias, cancro do útero, prisão de ventre. Tudo isso ainda nas palavras de Beatriz Gonçalves.
Ela também diz como se deve usar cada parte da planta: se for a parte da semente, o processo passa por tirar-lhes a casca e mastigar, ao mesmo tempo que se vai bebendo um copo de água. A medicação é feita três vezes ao dia, mastigando três sementes às sete da manhã, às 14 horas e, por último, às 22 horas. Se tiver de tratar-se com as folhas, deve-se fervê-las e tomar a infusão resultante em duas porções (equivalentes a 2 chávenas) por dia. Para o caso das raízes, deve-se ferver oito metades num litro de água e depois tomar três porções por dia. O xarope é tomado com uma colher de chá três vez ao dia. Este é o receituário, segundo D. Beatriz Gonçalves.
Com seis meses de negócio em frente ao Hospital Militar, Beatriz diz ter já muitos clientes.
A nossa “curandeira” de frente de hospital diz que um doente com febre tifóide deve tomar a medicação com sementes durante quinze dias.
A folha da moringa, diz ela, tem grande efeito na cura da hipertensão. Mas é também boa para curar a tosse em crianças. Já a moringa raiz faz bem, sobretudo, às mulheres com infecção urinária, aclarou.
Beatriz compra os produtos no Huambo,  em sacos de 50 quilos que custam 5 mil kwanzas. Quando vai vender, fá-lo em medidas pequenas,  e um quilo sementes é vendido  a mil kwanzas. Já moringa raiz custa 500 kwanzas, e a moringa folhas custa apenas 200 kwanzas. O negócio é rentável, num dia de vendas é possível facturar dez mil kwanzas.
O curioso é que Beatriz descobriu a planta por indicação de uma amiga indiana que conhecia a moringa no seu país e a veio reencontrar em Angola.
“Eu também consumo esses produtos e fui curada de um cancro. Os nossos maiores clientes são os doentes dos hospitais, muitos deles são recomendados pelos doutores, alguns médicos do Hospital Militar também têm comprado os nossos produtos porque são credíveis”, disse.
Uma outra mulher, Tânia Sebastião de Carvalho, vende a moringa há um ano em frente ao Hospital Militar. Diz ela que se sente bem, porque cada venda efectuada está “a curar pessoas e a devolver vida”. Tânia conta que começou a comercializar esses medicamentos quando viu os seus efeitos depois de uma prima os ter receitado para o seu filho que estava muito doente.
 Antes, Tânia não exercia outra actividade para ocupar o seu tempo. Ao contrário da “colega” Beatriz, os produtos de Tânia são adquiridos em Cacuaco.
GRÁVIDAS NÃO DEVEM TOMAR
Paulina Jambila, uma outra vendedora, diz que não recebe reclamações dos clientes. Ao contrário, os consumidores passam testemunhos positivos e surgem mais interessados em comprar. A medicação feita com a moringa está proibida para as mulheres gravidas, acrescenta, por se tratar de algo muito forte, já “para os homens com pouca potência sexual é aconselhado usar as sementes e as raízes da moringa”.     
“A doença no corpo do homem entra rápido, mas sai lentamente, a medicação deve ser feita constantemente. Muitos doentes apenas provam os medicamentos, neste caso a doença ou o vírus fica apenas murcho, quando ressuscita resulta em trombose, febre alta ou mesmo malária”, salientou a senhora.
A nossa interlocutora disse que vende os produtos naturais há três anos, em vários pontos de Luanda, mas é especificamente defronte aos hospitais que as coisas melhor correm. Actualmente vende para os doentes do Hospital Américo Boa Vida. A senhora explicou que quando se começa uma medicação deve-se continuar até ao dia determinado que são trinta dias. Durante a medicação com produtos naturais o doente não deve consumir bebidas alcoólicas nem beber água fresca. Não deve alimentar-se de frango importado nem carne congelada, apenas é recomendável comer “carne abatida” e peixe grelhado ou cozido, excluindo-se o frito, por causa da gordura que tem causado várias doenças.
Paulina Jambila revelou, entretanto, que neste negócio não estão apenas angolanos, a moringa que ela vende vem de uma companhia chinesa chamada Jenerdin, localizada no bairro do Cassenda, distrito da Maianga. “Mas os produtos são nacionais e aprovados por laboratórios da India”, defendeu.
RECEITAS SEM FIM
Cada vendedora tem a sua própria lista de doenças que são tratadas pela moringa e dos procedimentos para a cura. Em caso de intoxicação, o antídoto passa pela ingestão de “uma mistura de mel e carvão”, receitou a Paulina.
Para os homens com problemas de ejaculação precoce ou dor de rins, aconselha-se o chá feito com a raiz “para fazer uma limpeza no organismo”. Paulina diz que muitas doenças são consequências dos alimentos que consumimos.
Paulina Jambila disse ainda que a medicação com remédios naturais não  deve ser misturada com os fármacos modernos.  

Telma Van-Dúnem
8 de Abril de 2013

Mulher relata estupro por pensamento e Polícia de SP registra a ocorrência

A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de uma mulher que afirmou ter sido estuprada “por pensamento” por dois homens
Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima ao Instituto Médico-Legal (IML).

O caso ocorreu em 18 de maio deste ano, mas só foi revelado publicamente nesta semana depois de o documento vazar na internet e gerar polêmica nas redes sociais.

Foram feitos comentários favoráveis e contrários à elaboração da queixa pela polícia.

A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública foi procurada para comentar o assunto. A secretaria foi questionada sobre qual foi a conclusão do boletim de ocorrência, se a mulher realizou o exame e qual o seu resultado e onde ela se encontra atualmente.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, “a delegada Luciana Martin de Oliveira Souza, titular da DDM, disse que em setembro de 2010 havia sido instaurado inquérito atendendo ofício do MP pedindo apuração dos fatos, que o inquérito foi relatado ao fórum central em abril deste ano e que a mulher não voltou com exame e não tem informações sobre o seu paradeiro”.

Cópia do boletim mostra que a suposta vítima voltou a procurar a delegacia, que fica no Jaguaré, por volta das 17h do dia 18 de maio. Lá, relatou a uma escrivã e a uma delegada ter sido violentada por dois homens que usaram a força da mente para abusar sexualmente dela sem tocá-la.

O relato da dona de casa está em três páginas do documento, registrado como “Boletim de Ocorrência de Autoria Conhecida”. Nele, estão os nomes da “declarante” e das “partes” (dois homens).

Os nomes dos envolvidos foram suprimidos nos colchetes pela equipe de reportagem.

“Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por [...] e [...], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

“A declarante alega que desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.


Sem carinho

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos que, segundo ela, as relações sexuais eram por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

A mulher também afirmou que já fez outros boletins de ocorrência para relatar o mesmo fato e que chegou a procurar a Polícia Federal, que lhe orientou a ir para uma delegacia especializada.

Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Ela também solicitou que um investigador morasse com ela para ela se sentir mais segura.

Após essa afirmação da mulher, os policiais escreveram na terceira página do boletim que foi “requisitado I.M.L / Psicológico para a declarante. Declaro que mediante Requisição do Ministério Público, já foi instaurado por esta especializada Inquérito Policial sob o nº 388/2010 para cabal apuração dos fatos”.

A assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo não foi localizada para comentar o assunto.


‘Velha louca’

Ainda na última página do boletim, escrivão e delegado relatam que procuraram o filho e o irmão da mulher. O adolescente de 15 anos chama a mãe de “velha louca” e pergunta: “Será que vocês não percebem?”. O irmão contou que a dona de casa é sua irmã adotiva e que sempre teve problemas.

“Ela é minha irmã adotiva, vivia com meu pai e ele faleceu no ano retrasado. Eu não tenho contato com ela e não quero ter contato. Ela é meio estranha. Há mais de 20 anos eu não convivo com ela. Ela deve ter problema psicológico”, disse o comerciante Iginio Gonzales Gestoso, de 59 anos, por telefone. Questionado se sabe onde a irmã está, ele informou: “Não sei e não quero saber”.

As associações dos delegados e dos escrivães da Polícia Civil de São Paulo foram procuradas para opinar sobre o caso.

“Só quem faz um plantão sabe as agruras de um plantão. É um pronto-socorro social. Seria leviana de fazer análise. Boletim não criminal não gera nenhum efeito. O destino é o arquivo. Talvez tenha sido feito para preservar as pessoas acusadas. Tem que dar uma resposta imediata. É muito relativo, precisa de cautela antes de se fazer juízo de valor”, disse a delegada Marilda Pasonato, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil de São Paulo.

“Em 41 anos nunca vi isso. Eu não registraria, mas o escrivão só faz aquilo que o delegado pede”, disse o escrivão Oscar de Miranda, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de São Paulo.


Medicamento pode aumentar libido em mulheres com disfunção sexual

Segundo pesquisadores, a FDA pode proibir a droga por medo de "excessos femininos" Foto: Getty Images
Segundo pesquisadores, a FDA pode proibir a droga por medo de "excessos femininos"
Foto: Getty Images
As mulheres que sofrem de disfunção do desejo sexual são incapazes de descobrir o que as fez parar de querer relações sexuais com o marido ou namorado.  O problema costuma atingir entre 10% e 15% do público feminino com idade entre 20 e 60 anos. Mas, o medicamento Lybrido pode ajudar a resolver o problema, segundo a revista Cosmopolitan.
Não é exatamente o “Viagra feminino”, pois, diferente da pílula masculina, o Lybrido trabalha com outras áreas de estímulo sexual, como partes do cérebro que cuidam dos impulsos sexuais e da falta deles. Um dos obstáculos ao criar um medicamento eficaz, no entanto, é a necessidade de mensurar quanto de libido falta na mulher.
Pesquisadores do Lybrido afirmaram que a droga funciona muito bem como um estimulante sexual para as mulheres, mas alertou que a FDA (Food and Drug Administration) pode proibi-la por medo de criar “excessos femininos”.

Investigação Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais

Os homens que sofrem de disfunção erétil têm mais crenças sexuais, designadamente a ideia do "macho latino", disse um investigador da Universidade do Porto que coordena o laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
Homens com disfunção eréctil têm mais crenças sexuais
Lusa
PAÍS
Nos homens com disfunção erétil, a crença sexual mais associada é de "macho latino" que nunca pode falhar uma penetração, que "aguenta" toda a noite a fazer sexo e que tem de satisfazer qualquer mulher independentemente das circunstâncias, conta Pedro Nobre, coordenador do SexLab, o primeiro laboratório de investigação em sexualidade humana em Portugal.
O investigador adiantou à agência Lusa conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher".
A crença sexual mais enraizada em toda a população masculina portuguesa avaliada no laboratório é a do "macho latino" que "nunca pode dizer que não ao sexo" e aquela crença sexual existe em toda a população masculina, independentemente da idade e das habilitações literárias, mesmo junto das populações mais jovens, como os universitários, refere o investigador.
Também as mulheres com crenças sexuais apresentam mais problemas ao nível do prazer sexual.
As crenças sexuais assinaladas nas mulheres com menos habilitações literárias e mais velhas estão relacionadas com a ideia de "passividade feminina", que o sexo deve ser "apenas e só após o casamento" e "apenas e só após o primeiro passo ser dado pelo parceiro".
A ideia de que as mulheres perdem desejo sexual com a idade ou que diminuem a capacidade do seu estímulo sexual por causa da imagem corporal, e a obrigatoriedade de ter boas performances sexuais, designadamente terem orgasmos, orgasmos múltiplos, orgasmos simultâneos ou orgasmos vaginais, são outras das crenças sexuais que surgem no seio do género feminino, adiantou o especialista.
Acrescentou que a liberalização para este tipo de crenças acarreta um "conjunto de consequências negativas", porque a maior parte delas são "irrealistas".
"A probabilidade das crenças sexuais diminuírem o estímulo sexual é "grande", enquanto que as pessoas com "menos destas crenças têm mais fatores de proteção" e interpretam de forma menos catastrófica as disfunções sexuais de que venham a padecer, explicou o investigador.
Outra das conclusões do estudo "Saúde Sexual no Homem e na Mulher", realizado pelo SexLab, indicam o quão importante é ter "pensamentos sexuais e emoções positivas" na resposta e funcionamento sexual.
A investigação encoraja a adoção de "atitudes positivas face à sexualidade, com vista à promoção da saúde e satisfação sexual".
Este estudo, financiado em 160 mil euros pela Fundação da Ciência e Tecnologia, valoriza a importância das psicoterapias cognitivas no tratamento das disfunções sexuais, sobretudo ao nível das modificações das emoções e pensamentos negativos associados à atividade sexual que são típicos dos homens e mulheres com estas dificuldades.
"Quem tem estas crenças sexuais tem, por norma, pensamentos mais derrotistas durante a atividade sexual e menos pensamentos sexuais durante a atividade sexual", explicou Pedro Nobre, reiterando que o "melhor preditor da resposta sexual são os "pensamentos sexuais" e as "emoções sexuais" positivas.