Reforçando o ditado popular de que a amizade entre homem e mulher sempre reserva um interesse afetivo, muitos namoros nascem em meio ao convívio diário e a troca de confidências. No mundo dos famosos, Ronnie Von é casado há mais de 25 anos com sua amiga de infância, Cristina Rangel, enquanto a jornalista Carla Vilhena subiu ao altar com um amigo de longa data, há dois anos. Mesmo sem maldade, com o tempo, é natural o bom amigo tornar-se ainda mais especial e que daí nasça um interesse amoroso.
“Muitas vezes, num primeiro momento, as pessoas criam afinidade como amigas e só depois isso se transforma em amor”, analisa Ana Merzel, psicóloga do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. As vantagens de namorar um homem que já nos conhece bem quase sempre se sobrepõem às consequências desse relacionamento, pois os dois possuem interesses em comum e têm uma relação baseada na confiança, um sentimento essencial para um relacionamento duradouro.
Embora isso não seja garantia de que a relação vingue, vale a pena apostar as fichas. “Apesar dos riscos que se corre ao namorar um amigo, como terminar a amizade, a mulher está indo de encontro aos seus sentimentos e, de repente, pode descobrir sua cara metade”, afirma a especialista. Porém, antes de começar um namoro é preciso conhecer e entender os próprios sentimentos e também os do parceiro. “Os dois precisam refletir se há algo mais do que amizade entre ambos, se existe a vontade de ter algo a mais” ressalta.
Além disso, certas situações podem dificultar o relacionamento, como o excesso de confidências, por vezes embaraçosas. “A união entre duas pessoas não é como uma receita de bolo. Se tratando de amigos, o que muda é apenas a questão física e sexual, pois na verdade o namoro é também uma relação de amizade”, completa Ana.
Amiga de ex-namorado
O caminho inverso também é válido. Muitos casais, após se relacionarem por um bom tempo, chegam à conclusão de que a vontade de estar juntos e o amor que os unia chegaram ao fim, mas o carinho não. A amizade pode ser perfeitamente agradável, dependendo de como o relacionamento foi conduzido, e principalmente, de como terminou. “Se houve respeito e não restaram mágoas, apenas perderam a vontade sexual e de estar junto do outro, é provável que a relação fraternal seja algo natural. Se ambos conseguiram encontrar outros parceiros, é ainda melhor”, completa Ana.
Agência Hélice
Terra