19 de abril de 2011. | N° 1104
OPINIÃO
Saúde do homem
Há cerca de dois anos, o Ministério da Saúde lançou uma Política Nacional de Saúde, com enfoque na saúde masculina. Isso porque, em média, os homens vivem sete anos a menos que as mulheres. Além disso, em cada três mortes de pessoas adultas, duas serão do sexo masculino.
A maior incidência de complicações graves se deve às doenças do coração, diabetes, hipertensão e câncer. Uma pesquisa feita em parceria entre o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Urologia, com mais de mil homens de diferentes capitais brasileiras, chegou a dados alarmantes, como o que mostra que na faixa etária de 40 a 70 anos, somente 32% realizaram o exame de toque retal. Apesar disso, entre os entrevistados, 76% declararam saber que este exame é utilizado para detectar câncer de próstata.
Entre as principais doenças urológicas estão o câncer de próstata, a disfunção sexual e o declínio hormonal. A evolução do câncer de próstata é insidiosa e as manifestações clínicas (sangramento e dor, por exemplo) refletem doença em estágio avançado. A detecção precoce, realizada em exames a partir dos 40/45 anos, aumenta as chances de cura. A investigação é realizada por meio do exame de sangue e do toque retal. Na suspeita de doença, uma biópsia da próstata deve ser indicada.
A disfunção sexual envolve principalmente a disfunção erétil (DE), a ejaculação precoce (EP) e a perda de libido. A DE ou impotência sexual se manifesta em diferentes graus e acomete de jovens a idosos, geralmente relacionada a causas psicogênicas, como depressão e ansiedade, ou causas orgânicas, como disfunção hormonal. Já a EP acomete diferentes faixas etárias, e o tratamento com psicoterapia e antidepressivos costuma trazer bons resultados.
Com o envelhecimento, há queda gradativa na produção de testosterona, cuja manifestação clínica pode ser variável e resultar no declínio hormonal. Os sintomas mais comuns são: diminuição da libido, perda na qualidade de ereção, diminuição da massa muscular, perda de massa óssea, diminuição da atividade intelectual e raciocínio, irritabilidade, etc. O tratamento é feito com reposição de testosterona, mas deve ser prudente, pois pode ocasionar problemas hepáticos, cardíacos e aumentar a velocidade de crescimento de um câncer de próstata “oculto”. Se feito corretamente, traz melhora na qualidade de vida, da sensação de bem-estar e melhora na função sexual.
FÁBIO LEPPER, MÉDICO UROLOGISTA, INTEGRANTE DO CORPO CLÍNICO DO HOSPITAL DONA HELENA
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3279677.xml&template=4187.dwt&edition=16928§ion=892
terça-feira, 19 de abril de 2011
O sexo depois dos 50
O sexo depois dos 50
Estudos mostram o quanto a ansiedade e cobranças sociais atrapalham a vida sexual na maturidade
Por Maria Fernanda Schardong
29/06/2010
Dizem por aí que a grama do vizinho é sempre mais verde. A vida sexual dos outros, então, é sempre mais perfeita, mais satisfatória, mais frequente, os parceiros são sempre mais vigorosos. O casal ao lado, no entanto, pode não dar sinais, mas estar tão insatisfeito quanto muita gente que diz que faz sexo bem. Pesquisas aqui e nos Estados Unidos revelam o quanto a insatisfação sexual é queixa cada vez mais frequente nas relações. E quem os casais apontam como os causadores de tamanha ansiedade.
A American Association of Retired Persons (AARP), uma organização sem fins lucrativos, entrevistou 1.670 americanos com mais de 45 anos a respeito de seus relacionamentos e, claro, vida sexual. Os resultados mostram que os americanos não estão muito muito felizes na cama. Desde a última pesquisa realizada pela associação até a atual, houve uma queda de 10% no percentual de pessoas maduras que fazem sexo pelo menos uma vez por semana. E somente 43% disseram estar satisfeitos com suas vidas sexuais.
O caso dos brasileiros também não é muito diferente. Segundo a pesquisa mais recente do Projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), 68% dos adultos com mais de 18 anos estão insatisfeitos na cama. Para a sexóloga e coordenadora da pesquisa, as razões dessa insatisfação vão muito além da cama. “O sexo ruim está ligado a uma série de fatores. A vida estressante, a situação econômica, a rotina e o desgaste da relação fazem com que a qualidade e a frequência do sexo diminuam. Além disso, principalmente o homem que passa dos 50, sofre uma série de mudanças. O pênis já não é tão rígido, o sono diminui, aumenta a gordura abdominal e diminui a disposição física. Diante de tudo isso, o homem se culpa tanto que acaba não rendendo na cama como gostaria, ficando insatisfeito sexualmente”, explica ela.
Que a idade traz algumas limitações na hora do sexo, isso todo mundo sabe. Entretanto, a pressão em torno do tema pode influenciar muito mais do que a própria idade. E os americanos sabem bem disso. Segundo a pesquisa da AARP, os entrevistados que dizem fazer pouco sexo consideram a pressão da mídia a grande vilã. “A mídia, de fato, faz uma pressão muito grande, pois a indústria do sexo gera milhões. O apelo sexual está em toda parte, nas revistas, na televisão, nos jornais. E isso são formas de pressionar o indivíduo a ter um corpo perfeito e uma frequência sexual exemplar. Quem já está na maturidade acaba desencorajado a fazer sexo”, diz Cecarello.
Se o sexo não vai bem, há quem recorra a ajudas extras. Tanto nos EUA. quanto no Brasil, o número de pessoas que se masturbam, inclusive na maturidade, é maior do que muita gente imagina. Dentre os americanos, 42% dos homens e 15% das mulheres se masturbam. E por aqui, 38% o fazem com frequência. “A masturbação ainda é um grande tabu, principalmente para os casados que a consideram uma traição com o parceiro(a). Mas, na intimidade, felizmente, isso é muito mais comum. Ela ajuda a pessoa a conhecer melhor o próprio corpo, reconhecer suas sensações e, com isso, pode influenciar a melhoria do sexo”, aconselha a sexóloga.
O mais importante, segundo ela, é que cada um encontre seu próprio caminho em busca do prazer. “De acordo com a OMS, uma boa qualidade de vida implica num conjunto de quatro fatores: família, trabalho, lazer e sexo. É esse conjunto que vai determinar o quão boa será a vida sexual, independentemente de cor, sexo, religião ou nacionalidade. Procure se informar, saber suas limitações, comer bem, se exercitar, realizar atividades em grupo. Tudo isso contribui para autoestima e resulta numa vida sexual sadia”, finaliza Cecarello.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7898
Estudos mostram o quanto a ansiedade e cobranças sociais atrapalham a vida sexual na maturidade
Por Maria Fernanda Schardong
29/06/2010
Dizem por aí que a grama do vizinho é sempre mais verde. A vida sexual dos outros, então, é sempre mais perfeita, mais satisfatória, mais frequente, os parceiros são sempre mais vigorosos. O casal ao lado, no entanto, pode não dar sinais, mas estar tão insatisfeito quanto muita gente que diz que faz sexo bem. Pesquisas aqui e nos Estados Unidos revelam o quanto a insatisfação sexual é queixa cada vez mais frequente nas relações. E quem os casais apontam como os causadores de tamanha ansiedade.
A American Association of Retired Persons (AARP), uma organização sem fins lucrativos, entrevistou 1.670 americanos com mais de 45 anos a respeito de seus relacionamentos e, claro, vida sexual. Os resultados mostram que os americanos não estão muito muito felizes na cama. Desde a última pesquisa realizada pela associação até a atual, houve uma queda de 10% no percentual de pessoas maduras que fazem sexo pelo menos uma vez por semana. E somente 43% disseram estar satisfeitos com suas vidas sexuais.
O caso dos brasileiros também não é muito diferente. Segundo a pesquisa mais recente do Projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), 68% dos adultos com mais de 18 anos estão insatisfeitos na cama. Para a sexóloga e coordenadora da pesquisa, as razões dessa insatisfação vão muito além da cama. “O sexo ruim está ligado a uma série de fatores. A vida estressante, a situação econômica, a rotina e o desgaste da relação fazem com que a qualidade e a frequência do sexo diminuam. Além disso, principalmente o homem que passa dos 50, sofre uma série de mudanças. O pênis já não é tão rígido, o sono diminui, aumenta a gordura abdominal e diminui a disposição física. Diante de tudo isso, o homem se culpa tanto que acaba não rendendo na cama como gostaria, ficando insatisfeito sexualmente”, explica ela.
Que a idade traz algumas limitações na hora do sexo, isso todo mundo sabe. Entretanto, a pressão em torno do tema pode influenciar muito mais do que a própria idade. E os americanos sabem bem disso. Segundo a pesquisa da AARP, os entrevistados que dizem fazer pouco sexo consideram a pressão da mídia a grande vilã. “A mídia, de fato, faz uma pressão muito grande, pois a indústria do sexo gera milhões. O apelo sexual está em toda parte, nas revistas, na televisão, nos jornais. E isso são formas de pressionar o indivíduo a ter um corpo perfeito e uma frequência sexual exemplar. Quem já está na maturidade acaba desencorajado a fazer sexo”, diz Cecarello.
Se o sexo não vai bem, há quem recorra a ajudas extras. Tanto nos EUA. quanto no Brasil, o número de pessoas que se masturbam, inclusive na maturidade, é maior do que muita gente imagina. Dentre os americanos, 42% dos homens e 15% das mulheres se masturbam. E por aqui, 38% o fazem com frequência. “A masturbação ainda é um grande tabu, principalmente para os casados que a consideram uma traição com o parceiro(a). Mas, na intimidade, felizmente, isso é muito mais comum. Ela ajuda a pessoa a conhecer melhor o próprio corpo, reconhecer suas sensações e, com isso, pode influenciar a melhoria do sexo”, aconselha a sexóloga.
O mais importante, segundo ela, é que cada um encontre seu próprio caminho em busca do prazer. “De acordo com a OMS, uma boa qualidade de vida implica num conjunto de quatro fatores: família, trabalho, lazer e sexo. É esse conjunto que vai determinar o quão boa será a vida sexual, independentemente de cor, sexo, religião ou nacionalidade. Procure se informar, saber suas limitações, comer bem, se exercitar, realizar atividades em grupo. Tudo isso contribui para autoestima e resulta numa vida sexual sadia”, finaliza Cecarello.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7898
Estabilidade sexual
Estabilidade sexual
la existe e está mais próxima dos 50 anos do que você imaginava
Por Viviane d'Avilla
26/07/2010
Fim de linha, prega o senso comum quando o assunto é a sexualidade de quem já passou dos 60 anos. O corpo não funciona, o cérebro não ativa a libido... As limitações existem. Mas, segundo o ginecologista, Amaury Mendes, essa pode ser também a hora de ganhar mais confiança. E estabilizar, por que não, a vida sexual. Assim como o psicólogo da sexualidade, Oswaldo Rodrigues, defende e cita quatro das reclamações mais corriqueiras em seus consultórios. Mas diz como lidar com elas.
Para o ginecologista especializado em terapia sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade (SBRASH), Amaury Mendes, a vida sexual tem grandes chances de atingir sua estabilidade e autonomia com o avanço da idade. O reconhecimento do corpo e sobre si mesmo é maior o que contribui para o autoconhecimento, a possibilidade em gerar maior prazer ao parceiro e um maior entendimento sobre o seu próprio prazer.
“É claro que existem as limitações recorrentes à idade, porém, não devemos olhar com preconceito para este grupo de pessoas como impossibilitadas de ter uma vida sexual saudável e prazerosa e acima de tudo de buscar por isso. A medicina está muito avançada e para a maioria das limitações de uma pessoa mais velha em relação ao sexo, já existem os medicamentos apropriados para isso. A idade deve ser vista como um bom vinho que quanto mais envelhecido mais saboroso e sofisticado se torna”, opina Amaury.
Amaury confirma que o sexo para a mulher, a partir dos 35 anos, por exemplo, adquire autonomia sobre seu corpo e suas preferências, e já não carrega tantos pudores. “Com maior desembaraço sobre seu corpo e si mesma a mulher passa a ser dona de si. É o início da plenitude sexual da mulher, ou seja, a partir daí, a tendência é melhorar,” afirma.
Situações de vida que surgem em uma determinada idade como, por exemplo, aposentadoria, envelhecimento, cuidado com os netos, perda de familiares e pessoas próximas, podem interferir no cotidiano sexual. Tudo isso contribui com transformações, principalmente psicológicas que afetam o comportamento, inclusive o sexo. Quem defende este argumento é Oswaldo Rodrigues, psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade e autor dos livros “Problemas Sexuais” e “Ejaculação Precoce”.
Em seu consultório, Oswaldo Rodrigues convive com muitos casais acima dos 50 anos. Abaixo, ele faz um resumo das principais queixas.
“Meu esperma não é o mesmo, está uma ‘aguinha’ e é muito pouco comparado ao que era antes, devo estar doente”
Tanto a quantidade de esperma quanto a cor e consistência tendem a mudar com a idade e mesmo de acordo com dieta alimentar. Um dos fatores mais diretamente ligados é a diminuição da ingestão de água por adultos após os 50 anos - menos água, menos líquido para se perder. Esta mudança, quando percebida, assusta muitos homens que não atentaram para a mudança que foi ocorrendo ao longo de uma década pelo menos. Se fizer um espermograma (exame para verificar quantidade e qualidade dos espermatozóides) poderá ver que os espermatozóides continuam existindo e em quantidade adequada.
“Minha vagina não lubrifica como antes, fica seca, mesmo quando eu tenho vontade de sexo”
Esse “vaginismo senil” (como muitas vezes é chamado) ocorre pela falta de hormônios que atuam diretamente sobre as paredes internas da vagina e faz com que este tecido não permita a passagem de soro fisiológico que lubrifica a vagina quando da excitação sexual. Pode-se utilizar um lubrificante à base de água na forma de gel, com cuidados e não com o objetivo imediato de lubrificar, pode-se usar um creme que contém hormônios femininos que restauram a parede interna da vagina (quando se usa como lubrificante, e infelizmente muitos casais acham que podem fazê-lo, o hormônio é absorvido pelo homem através da mucosa do pênis e pode afetar as funções fisiológicas masculinas com este excesso de hormônios). Ainda a melhor alternativa neste caso será a reposição hormonal cuidada pelo médico ginecologista ou endocrinologista.
“Minha ereção não é a mesma de antigamente, mesmo quando estou bem excitado, meu pênis parece mais macio, embora sempre penetre e façamos sexo direitinho”
Torna-se difícil para a maior parte dos homens compreender estas mudanças físicas reais como algo que não os impede de fazer sexo, mas que precisa desta compreensão e que este homem precisa administrar estes sentimentos que surgem e atrapalham a possibilidade sexual que ocorre. Se a ereção é adequada para a relação de penetração, o problema está na cabeça de cima, a incompreensão que este homem tem das modificações do corpo. Nem sempre é fácil lidar com estes mecanismos sem ajuda profissional, o que inclui que sozinho pode-se levar até mesmo alguns anos para administrar esta situação e com perdas de situações sexuais que seriam plenamente satisfatórias para ambos no casal.
“Estou velho/a, não sou mais atraente”
Ao tratar-se de um casal com compromisso de longa data, a atração física será o que menos causará efeito no processo de preferência sexual. Existem exceções, mas outros aspectos,que não físicos são mais importantes para os casais além dos 50 anos. Ser inteligente, ser compreensivo, atencioso, fisicamente carinhoso e atento.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7939
la existe e está mais próxima dos 50 anos do que você imaginava
Por Viviane d'Avilla
26/07/2010
Fim de linha, prega o senso comum quando o assunto é a sexualidade de quem já passou dos 60 anos. O corpo não funciona, o cérebro não ativa a libido... As limitações existem. Mas, segundo o ginecologista, Amaury Mendes, essa pode ser também a hora de ganhar mais confiança. E estabilizar, por que não, a vida sexual. Assim como o psicólogo da sexualidade, Oswaldo Rodrigues, defende e cita quatro das reclamações mais corriqueiras em seus consultórios. Mas diz como lidar com elas.
Para o ginecologista especializado em terapia sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade (SBRASH), Amaury Mendes, a vida sexual tem grandes chances de atingir sua estabilidade e autonomia com o avanço da idade. O reconhecimento do corpo e sobre si mesmo é maior o que contribui para o autoconhecimento, a possibilidade em gerar maior prazer ao parceiro e um maior entendimento sobre o seu próprio prazer.
“É claro que existem as limitações recorrentes à idade, porém, não devemos olhar com preconceito para este grupo de pessoas como impossibilitadas de ter uma vida sexual saudável e prazerosa e acima de tudo de buscar por isso. A medicina está muito avançada e para a maioria das limitações de uma pessoa mais velha em relação ao sexo, já existem os medicamentos apropriados para isso. A idade deve ser vista como um bom vinho que quanto mais envelhecido mais saboroso e sofisticado se torna”, opina Amaury.
Amaury confirma que o sexo para a mulher, a partir dos 35 anos, por exemplo, adquire autonomia sobre seu corpo e suas preferências, e já não carrega tantos pudores. “Com maior desembaraço sobre seu corpo e si mesma a mulher passa a ser dona de si. É o início da plenitude sexual da mulher, ou seja, a partir daí, a tendência é melhorar,” afirma.
Situações de vida que surgem em uma determinada idade como, por exemplo, aposentadoria, envelhecimento, cuidado com os netos, perda de familiares e pessoas próximas, podem interferir no cotidiano sexual. Tudo isso contribui com transformações, principalmente psicológicas que afetam o comportamento, inclusive o sexo. Quem defende este argumento é Oswaldo Rodrigues, psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade e autor dos livros “Problemas Sexuais” e “Ejaculação Precoce”.
Em seu consultório, Oswaldo Rodrigues convive com muitos casais acima dos 50 anos. Abaixo, ele faz um resumo das principais queixas.
“Meu esperma não é o mesmo, está uma ‘aguinha’ e é muito pouco comparado ao que era antes, devo estar doente”
Tanto a quantidade de esperma quanto a cor e consistência tendem a mudar com a idade e mesmo de acordo com dieta alimentar. Um dos fatores mais diretamente ligados é a diminuição da ingestão de água por adultos após os 50 anos - menos água, menos líquido para se perder. Esta mudança, quando percebida, assusta muitos homens que não atentaram para a mudança que foi ocorrendo ao longo de uma década pelo menos. Se fizer um espermograma (exame para verificar quantidade e qualidade dos espermatozóides) poderá ver que os espermatozóides continuam existindo e em quantidade adequada.
“Minha vagina não lubrifica como antes, fica seca, mesmo quando eu tenho vontade de sexo”
Esse “vaginismo senil” (como muitas vezes é chamado) ocorre pela falta de hormônios que atuam diretamente sobre as paredes internas da vagina e faz com que este tecido não permita a passagem de soro fisiológico que lubrifica a vagina quando da excitação sexual. Pode-se utilizar um lubrificante à base de água na forma de gel, com cuidados e não com o objetivo imediato de lubrificar, pode-se usar um creme que contém hormônios femininos que restauram a parede interna da vagina (quando se usa como lubrificante, e infelizmente muitos casais acham que podem fazê-lo, o hormônio é absorvido pelo homem através da mucosa do pênis e pode afetar as funções fisiológicas masculinas com este excesso de hormônios). Ainda a melhor alternativa neste caso será a reposição hormonal cuidada pelo médico ginecologista ou endocrinologista.
“Minha ereção não é a mesma de antigamente, mesmo quando estou bem excitado, meu pênis parece mais macio, embora sempre penetre e façamos sexo direitinho”
Torna-se difícil para a maior parte dos homens compreender estas mudanças físicas reais como algo que não os impede de fazer sexo, mas que precisa desta compreensão e que este homem precisa administrar estes sentimentos que surgem e atrapalham a possibilidade sexual que ocorre. Se a ereção é adequada para a relação de penetração, o problema está na cabeça de cima, a incompreensão que este homem tem das modificações do corpo. Nem sempre é fácil lidar com estes mecanismos sem ajuda profissional, o que inclui que sozinho pode-se levar até mesmo alguns anos para administrar esta situação e com perdas de situações sexuais que seriam plenamente satisfatórias para ambos no casal.
“Estou velho/a, não sou mais atraente”
Ao tratar-se de um casal com compromisso de longa data, a atração física será o que menos causará efeito no processo de preferência sexual. Existem exceções, mas outros aspectos,que não físicos são mais importantes para os casais além dos 50 anos. Ser inteligente, ser compreensivo, atencioso, fisicamente carinhoso e atento.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7939
Prazer sem recato
Prazer sem recato
Saiba o que as mulheres de meia idade procuram - e acham - em lojas eróticas
Por Filipe de Paiva
05/10/2010
Uma fantasia na cabeça, uma loja de múltiplos acessórios, prazer garantido. Sem qualquer vergonha, as mulheres, principalmente, não apenas se divertem como levam para casa os objetos que podem satisfazer os desejos delas e dos parceiros. A variedade de artigos é grande. Para quem acha que isso é coisa de jovem, um recado de especialista: a libido não se perde com o tempo. Pelo contrário. E o mercado de apetrechos eróticos já entendeu a mensagem.
O desejo sexual não depende da idade e acompanha o ser humano durante toda a vida. Ir além do sexo “comum”, portanto, não é motivo para vergonha. O uso de acessórios e fantasias pode ajudar a expressar a sexualidade. “Homens, mulheres, independentemente de idade, têm fantasias sexuais. É um mito dizer que na terceira idade o desejo sexual diminui. Ele acompanha a pessoa até a morte”, ressalta a sexóloga Marilandes Braga.
A turma de frequentadores de sex shop sente na pele a realidade do desejo. “Sempre vêm mulheres de 60 e 70 anos aqui. Outro dia, apareceu uma senhora de 90 e poucos”, diz Vânia Maria, vendedora da carioca A2 Ella, loja erótica exclusiva para mulheres.
Algumas vão sozinhas, mas a maioria vai com amigas. Em grupo, a expereriência é carregada de bom humor. “Elas chegam tímidas, mas depois vêem que é um lugar discreto e se soltam”, afirma a vendedora, que atende com discrição. “Fingem que não querem olhar, mas daqui a pouco estão pegando tudo”, se diverte Isabel Porto, da Pselda.
Há também aquelas que freqüentam sex shops com a maior naturalidade, como se estivessem indo ao mercado. “Perguntam tudo que elas querem perguntar e quando têm dúvidas pedem explicação,” diz Andrea Andrade, vendedora da loja Santo Prazer Ipanema.
Na cestinha de compras, tem de tudo. “Vibradores, cremes, lingeries... O vibrador mais vendido é o Rabitt, o mais procurado”, diz a vendedora da A2 Ella. Já os homens, quando entram, procuram extensores de pênis, anel peniano, pomadas para manter a ereção. Apesar da presença masculina, são as mulheres que mais buscam essas lojas. “Geralmente querem fazer surpresas, seja aniversário de casamento, aniversário do parceiro, um dia especial, um sábado da vida, qualquer coisa pode ser um bom motivo”, afirma Porto.
O Rabitt é o vibrador mais vendido do mundo. Tem esse nome porque seu formato se assemelha ao de um coelho (rabbit, em inglês). Sua principal característica é uma intensa vibração que ajuda na masturbação. Já os anéis penianos têm por função proporcionar maior prazer durante o sexo e prolongar a ereção, uma vez que, colocados na base do pênis ou do saco escrotal, eles prendem a circulação.
As clientes de sex shops se divertem escolhendo os produtos e até as cores dos artigos são importantes. “Já atendi duas senhoras idosas, bem idosas, querendo comprar vibradores e discutindo tamanho e cor. Uma delas queria um que fosse de uma cor humana, pois disse que nunca viu pênis roxo ou rosa na vida e a outra disse que ficava rosa, sim, mas a outra só queria cor de chocolate ou cor humana,” ri Andrade. Comprar brinquedos eróticos para usar em viagens, longe da família, também é comum. “Teve três clientes de 70 e poucos anos que iam fazer um cruzeiro e vieram à loja e compraram um Rabitt, pois não teriam maridos e filhos por perto", diz Porto.
E você, já foi a uma sex shop? O que acha do uso de acessórios?
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8016
Saiba o que as mulheres de meia idade procuram - e acham - em lojas eróticas
Por Filipe de Paiva
05/10/2010
Uma fantasia na cabeça, uma loja de múltiplos acessórios, prazer garantido. Sem qualquer vergonha, as mulheres, principalmente, não apenas se divertem como levam para casa os objetos que podem satisfazer os desejos delas e dos parceiros. A variedade de artigos é grande. Para quem acha que isso é coisa de jovem, um recado de especialista: a libido não se perde com o tempo. Pelo contrário. E o mercado de apetrechos eróticos já entendeu a mensagem.
O desejo sexual não depende da idade e acompanha o ser humano durante toda a vida. Ir além do sexo “comum”, portanto, não é motivo para vergonha. O uso de acessórios e fantasias pode ajudar a expressar a sexualidade. “Homens, mulheres, independentemente de idade, têm fantasias sexuais. É um mito dizer que na terceira idade o desejo sexual diminui. Ele acompanha a pessoa até a morte”, ressalta a sexóloga Marilandes Braga.
A turma de frequentadores de sex shop sente na pele a realidade do desejo. “Sempre vêm mulheres de 60 e 70 anos aqui. Outro dia, apareceu uma senhora de 90 e poucos”, diz Vânia Maria, vendedora da carioca A2 Ella, loja erótica exclusiva para mulheres.
Algumas vão sozinhas, mas a maioria vai com amigas. Em grupo, a expereriência é carregada de bom humor. “Elas chegam tímidas, mas depois vêem que é um lugar discreto e se soltam”, afirma a vendedora, que atende com discrição. “Fingem que não querem olhar, mas daqui a pouco estão pegando tudo”, se diverte Isabel Porto, da Pselda.
Há também aquelas que freqüentam sex shops com a maior naturalidade, como se estivessem indo ao mercado. “Perguntam tudo que elas querem perguntar e quando têm dúvidas pedem explicação,” diz Andrea Andrade, vendedora da loja Santo Prazer Ipanema.
Na cestinha de compras, tem de tudo. “Vibradores, cremes, lingeries... O vibrador mais vendido é o Rabitt, o mais procurado”, diz a vendedora da A2 Ella. Já os homens, quando entram, procuram extensores de pênis, anel peniano, pomadas para manter a ereção. Apesar da presença masculina, são as mulheres que mais buscam essas lojas. “Geralmente querem fazer surpresas, seja aniversário de casamento, aniversário do parceiro, um dia especial, um sábado da vida, qualquer coisa pode ser um bom motivo”, afirma Porto.
O Rabitt é o vibrador mais vendido do mundo. Tem esse nome porque seu formato se assemelha ao de um coelho (rabbit, em inglês). Sua principal característica é uma intensa vibração que ajuda na masturbação. Já os anéis penianos têm por função proporcionar maior prazer durante o sexo e prolongar a ereção, uma vez que, colocados na base do pênis ou do saco escrotal, eles prendem a circulação.
As clientes de sex shops se divertem escolhendo os produtos e até as cores dos artigos são importantes. “Já atendi duas senhoras idosas, bem idosas, querendo comprar vibradores e discutindo tamanho e cor. Uma delas queria um que fosse de uma cor humana, pois disse que nunca viu pênis roxo ou rosa na vida e a outra disse que ficava rosa, sim, mas a outra só queria cor de chocolate ou cor humana,” ri Andrade. Comprar brinquedos eróticos para usar em viagens, longe da família, também é comum. “Teve três clientes de 70 e poucos anos que iam fazer um cruzeiro e vieram à loja e compraram um Rabitt, pois não teriam maridos e filhos por perto", diz Porto.
E você, já foi a uma sex shop? O que acha do uso de acessórios?
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8016
A ditadura do orgasmo
A ditadura do orgasmo
Sexo não ameniza carência, diz sexóloga
19/11/2009
Por Maria Helena Matarazzo*
Em seu livro Fazendo Amor com Amor (Editora Rosa dos Tempos)¸ a terapeuta sexual americana Dagmar OConnor questiona se fazemos sexo ou amor. E mostra, em diálogo imaginário, a diferença entre homens e mulheres. O homem pergunta: "Foi bom para você?". A mulher responde: "Não foi mal". "Só não foi mal? Eu estava certo que você tinha dito...Sabe?" "Um orgasmo? Tive dois" "Ótimo! Então o que há de errado?" "Só que me sinto vazia. E mais sozinha do que antes de começarmos". "Que tal começarmos de novo?", propõe ele.
Fazer sexo é uma maneira perfeita de reprimirmos nossos sentimentos mais profundos e, ao mesmo tempo, fingirmos afeto. Podemos fazê-lo com entusiasmo, carne contra carne, alcançar orgasmos retumbantes e convencer-nos de havermos estabelecido contato intenso e íntimo um com o outro.
A maioria de nós, porém, não se deixa enganar por muito tempo. Percebemos, em geral, que falta alguma coisa fundamental e nos sentimos isolados, emocionalmente carentes e sós. Homens e mulheres dizem ficar "entorpecidos" com os parceiros.
Concentrar nas sensações genitais e no clímax, proporcionar gozo mútuo e terminar o mais rápido possível – diz Dagmar OConnor – priva-nos do melhor. Quando nos tornamos capazes de acariciar lentamente o corpo um do outro, da cabeça aos pés, quando procuramos despertar um ao outro, lentamente, em vez de passar rápido ao próximo estágio", o torpor cede lugar à sensação de prazer e as fronteiras que nos separam começam a cair.
Os encontros corporais normalmente são centrados na relação sexual. As carícias preliminares são um dos melhores momentos para serem degustados. É a hora dos beijos brincalhões, ternos ou apaixonados, sobre todo o corpo e de carícias excitantes ou apaziguantes no rosto, na nuca, nas costas.
Na relação homem/mulher em seu estado íntimo e profundo, o jogo do amor é o jogo das mãos. Existem pessoas, entretanto, que não gostam de dar nem de receber carícias. Não podemos dar aquilo que não recebemos. O fato de sermos abraçados, embalados, é o que nos leva a aprender a alisar, acariciar, envolver. Ser alimentados com ternura, carregados nos braços, acariciados induz a um comportamento sexual solto, espontâneo. Inversamente, a parcimônia dos toques e sua frieza engendram uma atividade sexual despida de imaginação e de expansividade.
Muitos homens recusam carícias por terem sido educados de maneira dura. Já muitas mulheres sofreram de carência de ternura tátil na infância e mais tarde podem vir a sentir fome insaciável e procurar o contato sexual incessantemente, como se tivessem uma hipertrofia do desejo sexual; na verdade, porém, o que têm é enorme frustração de estímulos táteis, de toques amorosos.
Aprendemos a andar, a falar, a escrever. Aprendemos a cozinhar, a tocar guitarra, a brigar. Tudo se aprende, menos o erotismo. Ao contrário, tudo é feito para desaprendê-lo. A sociedade com suas leis e a religião com suas regras tudo fazem para esfriar, reprimir, culpabilizar esse belo instinto. Porém, a força da vida não se rende. Ao se humanizar, a sexualidade transforma-se em amor.
Precisamos aprender a viajar sobre a superfície da pele, despertando na passagem os pontos sensíveis e nos concentrando em certas zonas para delas extrair a quintessência. Fazer amor é um duplo perder-se. Implica entrega: perder a nós mesmos e nos perdermos no outro. Flutuar juntos, comunicar, tocar, dar e receber prazer para fazermos a excitação crescer, diminuir e tornar a crescer, para só então atingir o clímax.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Encontros, Desencontros & Reencontros.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7594
Sexo não ameniza carência, diz sexóloga
19/11/2009
Por Maria Helena Matarazzo*
Em seu livro Fazendo Amor com Amor (Editora Rosa dos Tempos)¸ a terapeuta sexual americana Dagmar OConnor questiona se fazemos sexo ou amor. E mostra, em diálogo imaginário, a diferença entre homens e mulheres. O homem pergunta: "Foi bom para você?". A mulher responde: "Não foi mal". "Só não foi mal? Eu estava certo que você tinha dito...Sabe?" "Um orgasmo? Tive dois" "Ótimo! Então o que há de errado?" "Só que me sinto vazia. E mais sozinha do que antes de começarmos". "Que tal começarmos de novo?", propõe ele.
Fazer sexo é uma maneira perfeita de reprimirmos nossos sentimentos mais profundos e, ao mesmo tempo, fingirmos afeto. Podemos fazê-lo com entusiasmo, carne contra carne, alcançar orgasmos retumbantes e convencer-nos de havermos estabelecido contato intenso e íntimo um com o outro.
A maioria de nós, porém, não se deixa enganar por muito tempo. Percebemos, em geral, que falta alguma coisa fundamental e nos sentimos isolados, emocionalmente carentes e sós. Homens e mulheres dizem ficar "entorpecidos" com os parceiros.
Concentrar nas sensações genitais e no clímax, proporcionar gozo mútuo e terminar o mais rápido possível – diz Dagmar OConnor – priva-nos do melhor. Quando nos tornamos capazes de acariciar lentamente o corpo um do outro, da cabeça aos pés, quando procuramos despertar um ao outro, lentamente, em vez de passar rápido ao próximo estágio", o torpor cede lugar à sensação de prazer e as fronteiras que nos separam começam a cair.
Os encontros corporais normalmente são centrados na relação sexual. As carícias preliminares são um dos melhores momentos para serem degustados. É a hora dos beijos brincalhões, ternos ou apaixonados, sobre todo o corpo e de carícias excitantes ou apaziguantes no rosto, na nuca, nas costas.
Na relação homem/mulher em seu estado íntimo e profundo, o jogo do amor é o jogo das mãos. Existem pessoas, entretanto, que não gostam de dar nem de receber carícias. Não podemos dar aquilo que não recebemos. O fato de sermos abraçados, embalados, é o que nos leva a aprender a alisar, acariciar, envolver. Ser alimentados com ternura, carregados nos braços, acariciados induz a um comportamento sexual solto, espontâneo. Inversamente, a parcimônia dos toques e sua frieza engendram uma atividade sexual despida de imaginação e de expansividade.
Muitos homens recusam carícias por terem sido educados de maneira dura. Já muitas mulheres sofreram de carência de ternura tátil na infância e mais tarde podem vir a sentir fome insaciável e procurar o contato sexual incessantemente, como se tivessem uma hipertrofia do desejo sexual; na verdade, porém, o que têm é enorme frustração de estímulos táteis, de toques amorosos.
Aprendemos a andar, a falar, a escrever. Aprendemos a cozinhar, a tocar guitarra, a brigar. Tudo se aprende, menos o erotismo. Ao contrário, tudo é feito para desaprendê-lo. A sociedade com suas leis e a religião com suas regras tudo fazem para esfriar, reprimir, culpabilizar esse belo instinto. Porém, a força da vida não se rende. Ao se humanizar, a sexualidade transforma-se em amor.
Precisamos aprender a viajar sobre a superfície da pele, despertando na passagem os pontos sensíveis e nos concentrando em certas zonas para delas extrair a quintessência. Fazer amor é um duplo perder-se. Implica entrega: perder a nós mesmos e nos perdermos no outro. Flutuar juntos, comunicar, tocar, dar e receber prazer para fazermos a excitação crescer, diminuir e tornar a crescer, para só então atingir o clímax.
*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Amar é Preciso e Encontros, Desencontros & Reencontros.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=7594
Na hora H
Na hora H
Saiba por que os homens têm problemas para atingir o clímax, depois dos 50. E como resolver o problema
da redação
28/12/2010
Apenas 47,3% dos homens com 61 anos ou mais se consideram bons no que se trata de sexo, contra 39,5% que se classificam como regulares, 5,4% como ruins e 7,8% como excelentes. Os dados são de uma pesquisa que envolveu 3.502 brasileiros de diferentes faixas etárias publicada no livro “Descobrimento Sexual do Brasil”, da especialista em medicina sexual da USP Carmita Abdo. Já os homens de 41 a 60 anos são mais confiantes e 60,8% estão satisfeitos com seu desempenho, enquanto 17,6% se consideram regulares, 1,6% ruins e 20% excelentes. Os motivos para tanto pessimismo são muitos, mas entre eles está a dificuldade para se ter um orgasmo, um problema nada incomum, mas sobre o qual há pouca conversa.
Boa parte dos homens passa seus 20 e poucos anos tentando demorar o máximo para alcançar o orgasmo, mas depois dos 50 alguns simplesmente não conseguem “chegar lá”, por mais o sexo esteja bom.
Segundo especialistas, a dificuldade para atingir o orgasmo e ejacular tem solução. O primeiro passo é entender o que pode estar por trás do problema. “É necessária uma investigação clínica e, descartado algum problema orgânico, fazer uma avaliação psicológica”, diz a sexóloga Laura Meyer, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
Na lista de possíveis culpados para a norgasmia masculina aparecem desde o processo natural do envelhecimento a complicações provocadas por estresse ou ansiedade. Conforme o homem envelhece, o pênis precisa de mais estímulo para poder ejacular. Isto é normal, mas pode ser embaraçoso. A idade também enfraquece os músculos da pélvis, cujas contrações ajudam na ejaculação. Quando estes músculos enfraquecem, a liberação do sêmem pode não dar mais tanto prazer quanto antes. Segundo Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX), o acúmulo de vivências de difícil administração, as frustrações do relacionamento conjugal e as dificuldades de se expressar emocionalmente também podem interferir. “Esta preocupação pode gerar angústia e, com isso, o homem poderá ter dificuldades para gozar e até mesmo de ereção”, alerta Meyer.
Condições médicas. Complicações neurológicas (diabetes, paraplegia, esclerose múltipla, etc.) podem danificar os nervos que controlam o orgasmo. Cirurgias de aumento benigno da próstata não têm efeito no orgasmo, mas elimina a ejaculação. E há um teste bem simples que pode ser feito para saber se alguma condição médica está causando o problema. É só se masturbar e ver se consegue chegar ao orgasmo. “Se o homem se autoerotizar, manipulando-se o pênis, e obter uma ejaculação, então não existe uma doença que impeça a ejaculação no relacionamento coital”, diz Rodrigues. “Há de se entender que o orgasmo acontece através de estímulos nervosos cerebrais e mesmo que o paciente seja portador de doenças degenerativas, poderá ter orgasmos,” diz Alcione Alves, especialista da SBRASH.
Drogas e medicamentos. Antidepressivos são notórios prejudicadores do desempenho sexual. O álcool é mais associado à disfunção erétil, mas em alguns homens pode causar problemas com o orgasmo. Analgésicos, calmantes, uma série de remédios para a pressão, medicamentos psiquiátricos, entre outros, também podem afetar. “Muitos medicamentos psiquiátricos podem causar a inibição ejaculatória”, explica Rodrigues. Boa parte destes remédios são, portanto, usados no tratamento da ejaculação precoce. Se eles estiverem atrapalhando a vida sexual, a solução é mais simples do que parece. “Isto facilmente seria resolvido com mudança de medicação”, afirma o diretor do INPASEX.
Estresse. “Estresse pode dar problema de ereção, ejaculação e baixa libido”, diz Meyer. Vários fatores de estresse emocional podem estar associados com o problema. Raiva por parte de um dos parceiros, medo de gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis (DST) e até mesmo fundamentalismo religioso são alguns exemplos. A ansiedade mantém o corpo em determinado modo físico. “Esta circunstância produz condições que atrapalham o desempenho sexual”, alega Rodrigues.
Dar sem receber. O sexo envolve dar e receber prazer, mas alguns homens podem se limitar apenas a tentar satisfazer a parceira e esquecer de si próprios. “É comum, mas não normal”, alerta Rodrigues. Se um homem presta muita atenção na experiência de sua parceira, ele pode perder o foco erótico, interferindo diretamente na ejaculação e no orgasmo. Este tipo de ação pode se tornar uma regra que escraviza o homem – e mulheres estão propensas a sofrer com esta sensação de ter a obrigação de dar prazer ao outro. “Dedicar atenção ao bem estar próprio sempre deve vir antes de poder dar prazer ao outro”, defende o diretor do INPASEX. “Cada um é responsável pelo seu prazer”, alerta Meyer. Se isto não acontecer, o organismo se programará para estar sempre atento e cuidando da outra pessoa, gerando ansiedade e atrapalhando o desempenho sexual.
Uma vez que a causa for identificada, é a hora de saber como lidar com a situação.
O primeiro passo é consultar um médico. Ele deve investigar possíveis infecções, questões envolvendo drogas ou medicamentos, dores, problemas neurológicos, etc. Se a culpa for de antidepressivos, vale pedir a prescrição de um que não tenha tanto impacto na vida sexual.
Praticar o exercício de Kegel. É um exercício simples e discreto que tonifica os músculos pélvicos, intensificando o orgasmo e reforçando a ejaculação. Para praticá-lo, basta contrair e descontrair o músculo pélvico. Para maiores informações, é só consultar o médico. “A musculatura mais forte proporcionará uma melhor qualidade e intensidade do orgasmo”, diz Alves. Meyer explica que o exercício também pode ajudar a ereção e aumentar a libido.
Dar valor ao contexto erótico. Homens mais jovens podem funcionar sexualmente quase sob qualquer circunstância, mas depois dos 50 a importância do contexto só aumenta. A dica é identificar, com a ajuda da parceira, qual situação sexual é ideal e tentar criá-la sempre que a hora H estiver se aproximando. “Permitirá melhor desempenho sexual, e aumento do prazer”, explica Rodrigues.
Valorizar o próprio prazer. A função do homem no sexo não é apenas dar prazer à mulher, mas também buscar satisfação para si mesmo. Ele tem todo o direito de conversar sobre isso e pedir à parceira que o ajude na busca pelo prazer. Com a idade, a penetração vaginal pode não ser mais suficiente para a ejaculação. “Alguns homens sentem necessidade da uma maior pressão exercida sobre o pênis, como na masturbação manual”, afirma Alves, que explica que a pressão exercida pela vagina é menor e pode até ser suave, o que dificulta a sensação de prazer, atrasando a ejaculação e o orgasmo. Não é nenhuma vergonha precisar de estimulação manual ou oral.
Ensinar a parceira. Não é preciso ter medo de dizer ou mostrar à mulher exatamente o que se considera excitante e funciona na hora do sexo, e ensiná-la a fazer do jeito que se gosta. Falar sobre algo que geralmente é privado pode gerar timidez, mas além de ajudar a melhorar o sexo, esta conversa envolve auto-revelação, que faz bem para a intimidade do relacionamento. “Dizer com todas as palavras e de modo direto sempre será o melhor a fazer”, diz Rodrigues. “É importante o diálogo entre o casal para que cada um possa ir sinalizando o que lhe dá prazer”, afirma Meyer.
Respirar fundo. Inspirar, expirar... Uma boa respiração equilibra os batimentos cardíacos e dá uma maior sensação de relaxamento, além de acalmar o sistema nervoso. Está aí um ótimo modo de facilitar a ejaculação e o orgasmo. “Respirar bem sempre será bom”, defende Rodrigues. “Simplesmente por eliminar a ansiedade”, completa Alves.
Focar em fantasias. Relembrar as fantasias sexuais que serviram para excitar no passado também ajuda, mesmo que elas não incluam a amante. Elas só precisam dar aquela animada. Assistir a filmes adultos também pode funcionar. “Provavelmente os homens que conseguem ejacular na masturbação fazem bom uso das fantasias sexuais, do uso do espaço mental para elaborar idéias, imagens mentais e contextos que facilitam a excitação”, afirma Rodrigues. Levar estas fantasias para o sexo pode ser de grande ajuda. “Fantasias são o combustível que movimenta o cérebro para o erotismo e o prazer sexual”, diz Alvs.
Usar lubrificante. Lubrificantes genitais deixam os órgãos sexuais mais sensíveis ao toque e, portanto, mais propensos ao prazer. E ainda auxiliam na penetração, tanto vaginal quanto anal. Alves atenta para a importância de se escolher lubrificantes a base de água, que são fisiologicamente melhores.
Consultar um terapeuta sexual. Se a assistência médica e a auto-ajuda não forem o suficiente para aliviar o problema, terapeutas sexuais podem facilmente ajudar os homens a lidar com a situação. “A gama de benefícios é extensa”, diz Alves, que cita como exemplos a aceitação e a exploração do corpo, o estímulo do toque e a indicação de filmes e livros relacionados ao assunto.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8111
Saiba por que os homens têm problemas para atingir o clímax, depois dos 50. E como resolver o problema
da redação
28/12/2010
Apenas 47,3% dos homens com 61 anos ou mais se consideram bons no que se trata de sexo, contra 39,5% que se classificam como regulares, 5,4% como ruins e 7,8% como excelentes. Os dados são de uma pesquisa que envolveu 3.502 brasileiros de diferentes faixas etárias publicada no livro “Descobrimento Sexual do Brasil”, da especialista em medicina sexual da USP Carmita Abdo. Já os homens de 41 a 60 anos são mais confiantes e 60,8% estão satisfeitos com seu desempenho, enquanto 17,6% se consideram regulares, 1,6% ruins e 20% excelentes. Os motivos para tanto pessimismo são muitos, mas entre eles está a dificuldade para se ter um orgasmo, um problema nada incomum, mas sobre o qual há pouca conversa.
Boa parte dos homens passa seus 20 e poucos anos tentando demorar o máximo para alcançar o orgasmo, mas depois dos 50 alguns simplesmente não conseguem “chegar lá”, por mais o sexo esteja bom.
Segundo especialistas, a dificuldade para atingir o orgasmo e ejacular tem solução. O primeiro passo é entender o que pode estar por trás do problema. “É necessária uma investigação clínica e, descartado algum problema orgânico, fazer uma avaliação psicológica”, diz a sexóloga Laura Meyer, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
Na lista de possíveis culpados para a norgasmia masculina aparecem desde o processo natural do envelhecimento a complicações provocadas por estresse ou ansiedade. Conforme o homem envelhece, o pênis precisa de mais estímulo para poder ejacular. Isto é normal, mas pode ser embaraçoso. A idade também enfraquece os músculos da pélvis, cujas contrações ajudam na ejaculação. Quando estes músculos enfraquecem, a liberação do sêmem pode não dar mais tanto prazer quanto antes. Segundo Oswaldo Rodrigues, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX), o acúmulo de vivências de difícil administração, as frustrações do relacionamento conjugal e as dificuldades de se expressar emocionalmente também podem interferir. “Esta preocupação pode gerar angústia e, com isso, o homem poderá ter dificuldades para gozar e até mesmo de ereção”, alerta Meyer.
Condições médicas. Complicações neurológicas (diabetes, paraplegia, esclerose múltipla, etc.) podem danificar os nervos que controlam o orgasmo. Cirurgias de aumento benigno da próstata não têm efeito no orgasmo, mas elimina a ejaculação. E há um teste bem simples que pode ser feito para saber se alguma condição médica está causando o problema. É só se masturbar e ver se consegue chegar ao orgasmo. “Se o homem se autoerotizar, manipulando-se o pênis, e obter uma ejaculação, então não existe uma doença que impeça a ejaculação no relacionamento coital”, diz Rodrigues. “Há de se entender que o orgasmo acontece através de estímulos nervosos cerebrais e mesmo que o paciente seja portador de doenças degenerativas, poderá ter orgasmos,” diz Alcione Alves, especialista da SBRASH.
Drogas e medicamentos. Antidepressivos são notórios prejudicadores do desempenho sexual. O álcool é mais associado à disfunção erétil, mas em alguns homens pode causar problemas com o orgasmo. Analgésicos, calmantes, uma série de remédios para a pressão, medicamentos psiquiátricos, entre outros, também podem afetar. “Muitos medicamentos psiquiátricos podem causar a inibição ejaculatória”, explica Rodrigues. Boa parte destes remédios são, portanto, usados no tratamento da ejaculação precoce. Se eles estiverem atrapalhando a vida sexual, a solução é mais simples do que parece. “Isto facilmente seria resolvido com mudança de medicação”, afirma o diretor do INPASEX.
Estresse. “Estresse pode dar problema de ereção, ejaculação e baixa libido”, diz Meyer. Vários fatores de estresse emocional podem estar associados com o problema. Raiva por parte de um dos parceiros, medo de gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis (DST) e até mesmo fundamentalismo religioso são alguns exemplos. A ansiedade mantém o corpo em determinado modo físico. “Esta circunstância produz condições que atrapalham o desempenho sexual”, alega Rodrigues.
Dar sem receber. O sexo envolve dar e receber prazer, mas alguns homens podem se limitar apenas a tentar satisfazer a parceira e esquecer de si próprios. “É comum, mas não normal”, alerta Rodrigues. Se um homem presta muita atenção na experiência de sua parceira, ele pode perder o foco erótico, interferindo diretamente na ejaculação e no orgasmo. Este tipo de ação pode se tornar uma regra que escraviza o homem – e mulheres estão propensas a sofrer com esta sensação de ter a obrigação de dar prazer ao outro. “Dedicar atenção ao bem estar próprio sempre deve vir antes de poder dar prazer ao outro”, defende o diretor do INPASEX. “Cada um é responsável pelo seu prazer”, alerta Meyer. Se isto não acontecer, o organismo se programará para estar sempre atento e cuidando da outra pessoa, gerando ansiedade e atrapalhando o desempenho sexual.
Uma vez que a causa for identificada, é a hora de saber como lidar com a situação.
O primeiro passo é consultar um médico. Ele deve investigar possíveis infecções, questões envolvendo drogas ou medicamentos, dores, problemas neurológicos, etc. Se a culpa for de antidepressivos, vale pedir a prescrição de um que não tenha tanto impacto na vida sexual.
Praticar o exercício de Kegel. É um exercício simples e discreto que tonifica os músculos pélvicos, intensificando o orgasmo e reforçando a ejaculação. Para praticá-lo, basta contrair e descontrair o músculo pélvico. Para maiores informações, é só consultar o médico. “A musculatura mais forte proporcionará uma melhor qualidade e intensidade do orgasmo”, diz Alves. Meyer explica que o exercício também pode ajudar a ereção e aumentar a libido.
Dar valor ao contexto erótico. Homens mais jovens podem funcionar sexualmente quase sob qualquer circunstância, mas depois dos 50 a importância do contexto só aumenta. A dica é identificar, com a ajuda da parceira, qual situação sexual é ideal e tentar criá-la sempre que a hora H estiver se aproximando. “Permitirá melhor desempenho sexual, e aumento do prazer”, explica Rodrigues.
Valorizar o próprio prazer. A função do homem no sexo não é apenas dar prazer à mulher, mas também buscar satisfação para si mesmo. Ele tem todo o direito de conversar sobre isso e pedir à parceira que o ajude na busca pelo prazer. Com a idade, a penetração vaginal pode não ser mais suficiente para a ejaculação. “Alguns homens sentem necessidade da uma maior pressão exercida sobre o pênis, como na masturbação manual”, afirma Alves, que explica que a pressão exercida pela vagina é menor e pode até ser suave, o que dificulta a sensação de prazer, atrasando a ejaculação e o orgasmo. Não é nenhuma vergonha precisar de estimulação manual ou oral.
Ensinar a parceira. Não é preciso ter medo de dizer ou mostrar à mulher exatamente o que se considera excitante e funciona na hora do sexo, e ensiná-la a fazer do jeito que se gosta. Falar sobre algo que geralmente é privado pode gerar timidez, mas além de ajudar a melhorar o sexo, esta conversa envolve auto-revelação, que faz bem para a intimidade do relacionamento. “Dizer com todas as palavras e de modo direto sempre será o melhor a fazer”, diz Rodrigues. “É importante o diálogo entre o casal para que cada um possa ir sinalizando o que lhe dá prazer”, afirma Meyer.
Respirar fundo. Inspirar, expirar... Uma boa respiração equilibra os batimentos cardíacos e dá uma maior sensação de relaxamento, além de acalmar o sistema nervoso. Está aí um ótimo modo de facilitar a ejaculação e o orgasmo. “Respirar bem sempre será bom”, defende Rodrigues. “Simplesmente por eliminar a ansiedade”, completa Alves.
Focar em fantasias. Relembrar as fantasias sexuais que serviram para excitar no passado também ajuda, mesmo que elas não incluam a amante. Elas só precisam dar aquela animada. Assistir a filmes adultos também pode funcionar. “Provavelmente os homens que conseguem ejacular na masturbação fazem bom uso das fantasias sexuais, do uso do espaço mental para elaborar idéias, imagens mentais e contextos que facilitam a excitação”, afirma Rodrigues. Levar estas fantasias para o sexo pode ser de grande ajuda. “Fantasias são o combustível que movimenta o cérebro para o erotismo e o prazer sexual”, diz Alvs.
Usar lubrificante. Lubrificantes genitais deixam os órgãos sexuais mais sensíveis ao toque e, portanto, mais propensos ao prazer. E ainda auxiliam na penetração, tanto vaginal quanto anal. Alves atenta para a importância de se escolher lubrificantes a base de água, que são fisiologicamente melhores.
Consultar um terapeuta sexual. Se a assistência médica e a auto-ajuda não forem o suficiente para aliviar o problema, terapeutas sexuais podem facilmente ajudar os homens a lidar com a situação. “A gama de benefícios é extensa”, diz Alves, que cita como exemplos a aceitação e a exploração do corpo, o estímulo do toque e a indicação de filmes e livros relacionados ao assunto.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t3.asp?conteudo_id=8111
Desejo perdido
Desejo perdido
O bem-estar psicológico do homem pode garantir o prazer na cama
Por Ilana Ramos 17/03/2011
O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina. As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, especialistas alertam para a importância da questão psicológica na busca pelo desejo perdido.
O interesse pelo sexo depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem- estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. E de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado.
“Se alguma coisa não anda bem, o homem pode sofrer com a diminuição do desejo sexual. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nos tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los. E a dificuldade que o homem tem em lidar com os problemas, sejam eles de qualquer ordem, é exclusivamente psicológica”, garante ele.
Ovo de codorna, amendoim, banana, ostras, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. “A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. Antes de qualquer coisa, é preciso querer melhorar. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar” aconselha o psicólogo.
Muito além de uma questão física, o bom sexo depende também do bom funcionamento da mente. Embora seja mais difícil para o homem, conversar, compartilhar problemas e buscar ajuda psicológica podem melhorar de vez a vida sexual. “Explicar um problema que não conhecemos é bastante difícil. Mas existe algo que este homem pode fazer: contar o que sente, sem precisar tentar explicar algo que não sabe, simplesmente desabafar. O segundo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e quem sabe, resolver seus problemas’, finaliza Rodrigues.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8193
O bem-estar psicológico do homem pode garantir o prazer na cama
Por Ilana Ramos 17/03/2011
O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina. As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, especialistas alertam para a importância da questão psicológica na busca pelo desejo perdido.
O interesse pelo sexo depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem- estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. E de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado.
“Se alguma coisa não anda bem, o homem pode sofrer com a diminuição do desejo sexual. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nos tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los. E a dificuldade que o homem tem em lidar com os problemas, sejam eles de qualquer ordem, é exclusivamente psicológica”, garante ele.
Ovo de codorna, amendoim, banana, ostras, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. “A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. Antes de qualquer coisa, é preciso querer melhorar. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar” aconselha o psicólogo.
Muito além de uma questão física, o bom sexo depende também do bom funcionamento da mente. Embora seja mais difícil para o homem, conversar, compartilhar problemas e buscar ajuda psicológica podem melhorar de vez a vida sexual. “Explicar um problema que não conhecemos é bastante difícil. Mas existe algo que este homem pode fazer: contar o que sente, sem precisar tentar explicar algo que não sabe, simplesmente desabafar. O segundo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e quem sabe, resolver seus problemas’, finaliza Rodrigues.
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