Tabu
Todo mundo finge orgasmo
Encenar orgasmos não é prerrogativa feminina. Alguns homens também simulam o que não sentem, por motivos idênticos aos das mulheres. No meio de tantos gritos e sussurros, eles e elas concordam num ponto: ter ou não ter orgasmo não é a questão. Por Lina Barbosa
Já aconteceu de eu ter um orgasminho e passar a impressão de que tinha sido o máximo"; "Às vezes disfarço com uns gemidos para não ficar muito na cara que não foi legal". Nenhum espanto com as confissões acima - a não ser pelo fato de que são afirmações masculinas.
"Tem homens que fingem sim", diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade. Na cabeça da mulher, e de muitos homens, simular um orgasmo parece impossível -a ejaculação seria a prova concreta de que ele aconteceu. Só que não é bem assim.
Orgasmo e ejaculação são fenômenos fisicamente distintos, separados por quase um metro de nervos, da cabeça aos órgãos genitais. O primeiro é o prazer que o homem sente no ponto culminante do ato sexual, antes da fase do relaxamento, e ocorre no cérebro. O segundo é a saída do esperma pela uretra e acontece na base do pênis. "Os dois não precisam acontecer juntos. São eventos desconexos, mas que o homem associa desde a adolescência. E, adulto, entra em pânico se não vê o líquido sair, acha que sem ele não tem prazer", diz Rodrigues.
Celso Gromatzky, urologista do Hospital das Clínicas e do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria, do mesmo hospital, vê a questão de modo um pouco diferente. Segundo ele, orgasmo e ejaculação, embora fisiologicamente distintos, são correlatos: "Homens que controlam a ejaculação podem até sentir prazer, mas não o pico máximo da excitação."
Mas os especialistas concordam que há prazer e prazer, numa escala de intensidade tão ampla quanto óbvia - caso contrário, masturbar-se no banheiro ou namorar a Sharon Stone daria na mesma. E é exatamente aí quando alguns homens fingem.
Nos depoimentos que se seguem, homens e mulheres dizem se, quando e por quê forjam orgasmos. As justificativas de quem assume a farsa giram em torno das mesmas razões. Algumas mulheres acham que é assim que tem que ser; alguns homens não querem magoar a parceira; existem aquelas com medo de perder o companheiro e as que não querem perder pontos para possíveis rivais, assim como homens que esperam não deixar dúvidas sobre sua virilidade. E ainda há homens e mulheres que frustram suas expectativas e querem acabar logo com aquilo.
Há quem afirme que na cama não simula nada de jeito nenhum e que acha tudo isso uma falsa questão. Só que hoje, quando sentir orgasmo virou obrigação, e fazer o outro sentir, uma cobrança, o teatro na cama deve estar mais forte do que nunca.
http://marieclaire.globo.com/edic/ed103/rep_tabu1.htm
domingo, 7 de agosto de 2011
Ainda existem tabus sexuais em pleno século 21?
Ainda existem tabus sexuais em pleno século 21?
12 ótimas respostas
(matéria de Patrícia Zaidan, publicada pela revista Cláudia, edição de março de 2005, http://claudia.abril.com.br/livre/edicoes/522/index.shtml)
O Brasil é um dos países mais identificados com as liberdades sexuais. Mas será que a fama corresponde mesmo à realidade? Decidimos investigar o assunto, analisando até que ponto já nos livramos de preconceitos, temores e vergonhas sem sentido, capazes de roubar alegrias e gratificações eróticas mais do que merecidas. Nessa tarefa, contamos com a ajuda de três especialistas no assunto: eles respondem a questões decisivas e esclarecem o papel positivo que alguns tabus exercem, protegendo-nos de situações que ainda não conseguimos gerenciar. Os experts são: Oswaldo Rodrigues Jr., psicólogo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (Abeis); Ana Canosa, psicóloga, terapeuta sexual e diretora da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash); e Maria Helena Brandão Vilela, diretora do Centro de Estudos da Sexualidade Humana do Instituto Kaplan e consultora de CLAUDIA.
1. A virgindade ainda é valorizada?
O tabu da virgindade foi derrubado, é algo sem volta. As exceções ficam restritas aos grupos religiosos ultra-conservadores. O sexo entra mais cedo na vida dos jovens. Tanto nas cidades alicerçadas na produção rural - onde não há shoppings ou cinemas e a relação íntima é uma das poucas formas de diversão - quanto nos grandes centros, a média de iniciação sexual das meninas é 15 anos. A explicação pode estar no fato de que a mulher, ao entrar no mercado de trabalho, passou a desenvolver outros papéis. Se não se casar, ela pode ter um lugar respeitado na sociedade em razão da vida profissional. Antes, valia a pena segurar o desejo sexual, pois a ela só cabia ser esposa e mãe. Se não conquistasse o grande amor, ficaria solteira. Assim, guardava o que acreditava ser o melhor de si - a pureza e a submissão - para depositar nas mãos do amado. Hoje, uma garota tem consciência de que, se não conseguir o parceiro que escolheu, outros virão. O surgimento do teste de DNA também colaborou. O homem não precisa mais do certificado de castidade para acreditar que os filhos surgidos no casamento são de fato dele. Na dúvida, recorre ao teste de paternidade. Ana Canosa e Maria Helena Vilela
2. O sexo anal foi incorporado normalmente pelos casais?
Não. Penetrar o ânus da mulher faz parte dos desejos masculinos mais freqüentes, porém ainda é um tabu. Mas ele tende a ser derrubado em breve, já que muitas informações sobre o tema têm sido divulgadas. Elas afastam idéias errôneas, como a de que a prática provoca dor excessiva ou leva à perda do controle do esfíncter. Para evitar incômodos e usufruir o prazer que o ato é capaz de proporcionar, o casal precisa esquecer a pressa. Numa primeira etapa, a mulher pode, após aplicar lubrificante, pedir ao parceiro para introduzir apenas o dedo, devagar. Em outro encontro, ele colocaria o pênis em contato com o ânus, sem pensar ainda em penetração. Depois de algumas sessões desse tipo, as chances de aproveitar a relação aumentam muito. Ana Canosa
3. Hábitos como freqüentar um clube de suingue ou fazer sexo a três em casa são tidos como perversão?
Ainda há um olhar assustado e reticente diante dessas práticas. Um fator, porém, está contribuindo para diminuir o tabu: a compreensão de que, se desejadas com a mesma intensidade pelo homem e pela mulher, elas não prejudicam o relacionamento. Afinal, os parceiros incrementam, unidos, sua vida sexual. Só se pode falar em perversão quando ambos não conseguem obter prazer de outra forma. O fato é que cada dia as pessoas procuram mais as casas de suingue, onde ocorrem não apenas trocas de casais e sexo a três mas também o voyeurismo. Muitas vezes, os casais freqüentam esses locais apenas como observadores: excitados, voltam para transar em casa. Quando se entregam às práticas, os problemas só costumam aparecer se não se preparam para a experiência ou não respeitam as regras estabelecidas antes de entrar no jogo, como, digamos, não beijar na boca ou não dar o telefone a terceiros. Ana Canosa
4. Qual é o maior dos tabus?
Havendo ou não penetração, o incesto é o maior tabu da humanidade. Poucas sociedades admitem a relação intra-familiar, mesmo que os envolvidos não tenham laços consangüíneos, caso de madrasta e enteado. Mas, sob o ponto de vista erótico, o fato de a irmã se excitar ao ver o irmão tomando banho não configura uma doença. Perceber o despertar de uma sensação prazerosa, ainda que diante de um familiar, não é o fim do mundo. O problema é não conseguir controlar essa sensação e partir para o ato sexual. Isso se agrava ao ocorrer uma gravidez. A família deve ajudar a criança que se coloca de forma muito sexualizada diante dos irmãos ou dos pais, evitando práticas como deitar na mesma cama ou andar nua pela casa. Proporcionar o contato com outras crianças também colabora. Ana Canosa
5. Millôr Fernandes disse: "De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha que a abstinência". Não admitimos a vida sem sexo?
Temos um discurso, reforçado pela mídia, que garante que o sexo é essencial para a felicidade. Mas ele não é fundamental. Para o equilíbrio, é preciso ter saúde física, mental e social. Muitas pessoas podem se realizar sem sexo. Do contrário, não haveria padre, freira, viúvo ou celibatário feliz. Eles podem encontrar bem-estar se decidirem lidar com o sexo como algo do segundo plano e se sublimarem a energia sexual, canalizando-a para o crescimento espiritual ou intelectual. Para tanto, é necessário maturidade. Oswaldo Rodrigues Jr.
6. Hoje as mulheres se masturbam sem culpa?
Na tradição judaico-cristã, a masturbação era vista como perda de esperma e da possibilidade reprodutiva. Em 1620, ao escrever um livro médico, o ex-padre suíço Tissot chegou a descrevê-la como algo que podia causar a morte. Essa versão reverberou por séculos, embora não tenha impedido que os homens se dedicassem à prática às escondidas. Em 1953, o cientista Alfred Kinsey, da Universidade de Indiana, publicou uma pesquisa atestando que as mulheres também se masturbavam. Em 1992, o papa afirmou que a masturbação deixava de ser um pecado mortal para ser um pecado menor, aceitável em situações especiais - caso de presos e homossexuais, que, ao se manipularem, evitavam "um mal maior". Mesmo com as flexibilizações e com as descobertas de que o auto-conhecimento físico colabora com a saúde sexual, a nossa cultura ainda não vê com bons olhos a menina que se toca. As conseqüências da condenação, muitas vezes, são a anorgasmia (falta de prazer sexual) e os problemas relacionais. A mulher que não explorou seus órgãos na adolescência pode demorar de dois a cinco anos para aprender a ter prazer. Oswaldo Rodrigues Jr.
7. Já aceitamos as escapadas da mulher casada?
As chances de conhecer homens especiais fora de casa são maiores hoje. Num caso extraconjugal, a mulher, não raro, sabe separar as coisas para que o desejo fortuito não atrapalhe o casamento. Porém, ela ainda revela o fato a uma amiga como quem acaba de praticar algo proibido e sofre por não corresponder ao que o marido espera. Então, termina o caso com receio da condenação por parte dele e da sociedade. A cobrança de fidelidade é mais severa sobre ela. Maria Helena Vilela
8. A visita a sex shops e as compras de acessórios com o objetivo de esquentar o casamento são comuns?
A brasileira prefere ir à sex shop com um grupo de amigas ou de gays. Mas faz isso como uma brincadeira. Sozinha, ela não entra. O que não quer dizer que deixe de comprar. Ao contrário. A cada ano as lojas eróticas na internet aumentam as vendas de acessórios, filmes e livros excitantes, e a principal clientela é feminina. Como a mulher aprendeu a se dar prazer, não tem preconceito quanto a escolher principalmente vibradores que estimulam o clitóris. Mas rejeita a idéia de levá-los para desfrutar com o marido. Ela teme ser julgada uma ninfomaníaca. Também não quer que o parceiro se sinta menosprezado, imaginando que só o artifício pode satisfazê-la. Por isso, guarda o aparelho e usa quando ele não está em casa. Maria Helena Vilela
9. Sexo no primeiro encontro atrapalha os planos da mulher que quer se casar?
Se ela saiu para se divertir, vai propor um motel sem se preocupar com o que ele vai pensar. Porém, se planeja um namoro firme, inventará desculpas. O preconceito está na cabeça feminina, que preserva o ideal romântico desvinculado do sexo. Mesmo se sentindo autônoma, acredita que passando a boa impressão" pode se tornar uma excelente candidata ao casamento. Maria Helena Vilela
10. O sexo na velhice ainda é objeto de censura?
Até os anos 50, o sexo era associado apenas à reprodução. A sociedade, então, interditava o idoso com a sentença: "Se ele não pode mais reproduzir, faz sexo por sem-vergonhice". O peso da condenação era ainda maior sobre as mulheres. O homem contava com a complacência ao arranjar uma jovem capaz de engravidar. Felizmente, há uma tendência de mudança. Os jovens já sabem que vão viver mais tempo que os avós e que precisam se preparar para ter qualidade de vida - e isso inclui o sexo - aos 70 e 80 anos. Oswaldo Rodrigues Jr
11. A mulher aprendeu a lidar com certas fantasias do homem, como manter relação vestido de mulher?
Ela já se dispõe a realizar muitas das fantasias masculinas. Mas essa é muito provável que não aceite. Tende a interpretar o fato como uma revelação da orientação sexual do parceiro. Ou seja, vai imaginar que, no fundo, ele é gay. O mesmo acontece quando ele pede carícias no ânus. Por uma distorção cultural, acreditamos que só os homossexuais têm prazer na região anal. Mas isso não é verdade: a área é altamente excitável, e tanto homens como mulheres podem experimentar sensações prazerosas ao serem tocados ali. Maria Helena Vilela
12. A troca de carícias entre pessoas do mesmo sexo ainda é associada pela sociedade à homossexualidade?
Não mais. Presenciei uma linda mulher revelando às amigas que ela havia se encontrado com uma colega numa festa. As duas se sentiram atraídas, se beijaram, se tocaram e os contatos pararam por aí. Ambas têm parceiros masculinos e não mudaram a orientação sexual por causa da experiência. Também estão se tornando comuns os movimentos de adolescentes que dão "selinho" (beijo nos lábios) nas baladas para demonstrar afeto, sem que isso desencadeie desejos. As meninas adotam o comportamento sem culpa, como forma de auto-afirmação diante dos meninos, que são mais introvertidos e menos decididos do que elas. Ana Canosa
http://www.paracrescer.com.br/pasta_qualidade/pg_qualidade2/textos/sexualidade_09.htm
12 ótimas respostas
(matéria de Patrícia Zaidan, publicada pela revista Cláudia, edição de março de 2005, http://claudia.abril.com.br/livre/edicoes/522/index.shtml)
O Brasil é um dos países mais identificados com as liberdades sexuais. Mas será que a fama corresponde mesmo à realidade? Decidimos investigar o assunto, analisando até que ponto já nos livramos de preconceitos, temores e vergonhas sem sentido, capazes de roubar alegrias e gratificações eróticas mais do que merecidas. Nessa tarefa, contamos com a ajuda de três especialistas no assunto: eles respondem a questões decisivas e esclarecem o papel positivo que alguns tabus exercem, protegendo-nos de situações que ainda não conseguimos gerenciar. Os experts são: Oswaldo Rodrigues Jr., psicólogo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (Abeis); Ana Canosa, psicóloga, terapeuta sexual e diretora da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash); e Maria Helena Brandão Vilela, diretora do Centro de Estudos da Sexualidade Humana do Instituto Kaplan e consultora de CLAUDIA.
1. A virgindade ainda é valorizada?
O tabu da virgindade foi derrubado, é algo sem volta. As exceções ficam restritas aos grupos religiosos ultra-conservadores. O sexo entra mais cedo na vida dos jovens. Tanto nas cidades alicerçadas na produção rural - onde não há shoppings ou cinemas e a relação íntima é uma das poucas formas de diversão - quanto nos grandes centros, a média de iniciação sexual das meninas é 15 anos. A explicação pode estar no fato de que a mulher, ao entrar no mercado de trabalho, passou a desenvolver outros papéis. Se não se casar, ela pode ter um lugar respeitado na sociedade em razão da vida profissional. Antes, valia a pena segurar o desejo sexual, pois a ela só cabia ser esposa e mãe. Se não conquistasse o grande amor, ficaria solteira. Assim, guardava o que acreditava ser o melhor de si - a pureza e a submissão - para depositar nas mãos do amado. Hoje, uma garota tem consciência de que, se não conseguir o parceiro que escolheu, outros virão. O surgimento do teste de DNA também colaborou. O homem não precisa mais do certificado de castidade para acreditar que os filhos surgidos no casamento são de fato dele. Na dúvida, recorre ao teste de paternidade. Ana Canosa e Maria Helena Vilela
2. O sexo anal foi incorporado normalmente pelos casais?
Não. Penetrar o ânus da mulher faz parte dos desejos masculinos mais freqüentes, porém ainda é um tabu. Mas ele tende a ser derrubado em breve, já que muitas informações sobre o tema têm sido divulgadas. Elas afastam idéias errôneas, como a de que a prática provoca dor excessiva ou leva à perda do controle do esfíncter. Para evitar incômodos e usufruir o prazer que o ato é capaz de proporcionar, o casal precisa esquecer a pressa. Numa primeira etapa, a mulher pode, após aplicar lubrificante, pedir ao parceiro para introduzir apenas o dedo, devagar. Em outro encontro, ele colocaria o pênis em contato com o ânus, sem pensar ainda em penetração. Depois de algumas sessões desse tipo, as chances de aproveitar a relação aumentam muito. Ana Canosa
3. Hábitos como freqüentar um clube de suingue ou fazer sexo a três em casa são tidos como perversão?
Ainda há um olhar assustado e reticente diante dessas práticas. Um fator, porém, está contribuindo para diminuir o tabu: a compreensão de que, se desejadas com a mesma intensidade pelo homem e pela mulher, elas não prejudicam o relacionamento. Afinal, os parceiros incrementam, unidos, sua vida sexual. Só se pode falar em perversão quando ambos não conseguem obter prazer de outra forma. O fato é que cada dia as pessoas procuram mais as casas de suingue, onde ocorrem não apenas trocas de casais e sexo a três mas também o voyeurismo. Muitas vezes, os casais freqüentam esses locais apenas como observadores: excitados, voltam para transar em casa. Quando se entregam às práticas, os problemas só costumam aparecer se não se preparam para a experiência ou não respeitam as regras estabelecidas antes de entrar no jogo, como, digamos, não beijar na boca ou não dar o telefone a terceiros. Ana Canosa
4. Qual é o maior dos tabus?
Havendo ou não penetração, o incesto é o maior tabu da humanidade. Poucas sociedades admitem a relação intra-familiar, mesmo que os envolvidos não tenham laços consangüíneos, caso de madrasta e enteado. Mas, sob o ponto de vista erótico, o fato de a irmã se excitar ao ver o irmão tomando banho não configura uma doença. Perceber o despertar de uma sensação prazerosa, ainda que diante de um familiar, não é o fim do mundo. O problema é não conseguir controlar essa sensação e partir para o ato sexual. Isso se agrava ao ocorrer uma gravidez. A família deve ajudar a criança que se coloca de forma muito sexualizada diante dos irmãos ou dos pais, evitando práticas como deitar na mesma cama ou andar nua pela casa. Proporcionar o contato com outras crianças também colabora. Ana Canosa
5. Millôr Fernandes disse: "De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha que a abstinência". Não admitimos a vida sem sexo?
Temos um discurso, reforçado pela mídia, que garante que o sexo é essencial para a felicidade. Mas ele não é fundamental. Para o equilíbrio, é preciso ter saúde física, mental e social. Muitas pessoas podem se realizar sem sexo. Do contrário, não haveria padre, freira, viúvo ou celibatário feliz. Eles podem encontrar bem-estar se decidirem lidar com o sexo como algo do segundo plano e se sublimarem a energia sexual, canalizando-a para o crescimento espiritual ou intelectual. Para tanto, é necessário maturidade. Oswaldo Rodrigues Jr.
6. Hoje as mulheres se masturbam sem culpa?
Na tradição judaico-cristã, a masturbação era vista como perda de esperma e da possibilidade reprodutiva. Em 1620, ao escrever um livro médico, o ex-padre suíço Tissot chegou a descrevê-la como algo que podia causar a morte. Essa versão reverberou por séculos, embora não tenha impedido que os homens se dedicassem à prática às escondidas. Em 1953, o cientista Alfred Kinsey, da Universidade de Indiana, publicou uma pesquisa atestando que as mulheres também se masturbavam. Em 1992, o papa afirmou que a masturbação deixava de ser um pecado mortal para ser um pecado menor, aceitável em situações especiais - caso de presos e homossexuais, que, ao se manipularem, evitavam "um mal maior". Mesmo com as flexibilizações e com as descobertas de que o auto-conhecimento físico colabora com a saúde sexual, a nossa cultura ainda não vê com bons olhos a menina que se toca. As conseqüências da condenação, muitas vezes, são a anorgasmia (falta de prazer sexual) e os problemas relacionais. A mulher que não explorou seus órgãos na adolescência pode demorar de dois a cinco anos para aprender a ter prazer. Oswaldo Rodrigues Jr.
7. Já aceitamos as escapadas da mulher casada?
As chances de conhecer homens especiais fora de casa são maiores hoje. Num caso extraconjugal, a mulher, não raro, sabe separar as coisas para que o desejo fortuito não atrapalhe o casamento. Porém, ela ainda revela o fato a uma amiga como quem acaba de praticar algo proibido e sofre por não corresponder ao que o marido espera. Então, termina o caso com receio da condenação por parte dele e da sociedade. A cobrança de fidelidade é mais severa sobre ela. Maria Helena Vilela
8. A visita a sex shops e as compras de acessórios com o objetivo de esquentar o casamento são comuns?
A brasileira prefere ir à sex shop com um grupo de amigas ou de gays. Mas faz isso como uma brincadeira. Sozinha, ela não entra. O que não quer dizer que deixe de comprar. Ao contrário. A cada ano as lojas eróticas na internet aumentam as vendas de acessórios, filmes e livros excitantes, e a principal clientela é feminina. Como a mulher aprendeu a se dar prazer, não tem preconceito quanto a escolher principalmente vibradores que estimulam o clitóris. Mas rejeita a idéia de levá-los para desfrutar com o marido. Ela teme ser julgada uma ninfomaníaca. Também não quer que o parceiro se sinta menosprezado, imaginando que só o artifício pode satisfazê-la. Por isso, guarda o aparelho e usa quando ele não está em casa. Maria Helena Vilela
9. Sexo no primeiro encontro atrapalha os planos da mulher que quer se casar?
Se ela saiu para se divertir, vai propor um motel sem se preocupar com o que ele vai pensar. Porém, se planeja um namoro firme, inventará desculpas. O preconceito está na cabeça feminina, que preserva o ideal romântico desvinculado do sexo. Mesmo se sentindo autônoma, acredita que passando a boa impressão" pode se tornar uma excelente candidata ao casamento. Maria Helena Vilela
10. O sexo na velhice ainda é objeto de censura?
Até os anos 50, o sexo era associado apenas à reprodução. A sociedade, então, interditava o idoso com a sentença: "Se ele não pode mais reproduzir, faz sexo por sem-vergonhice". O peso da condenação era ainda maior sobre as mulheres. O homem contava com a complacência ao arranjar uma jovem capaz de engravidar. Felizmente, há uma tendência de mudança. Os jovens já sabem que vão viver mais tempo que os avós e que precisam se preparar para ter qualidade de vida - e isso inclui o sexo - aos 70 e 80 anos. Oswaldo Rodrigues Jr
11. A mulher aprendeu a lidar com certas fantasias do homem, como manter relação vestido de mulher?
Ela já se dispõe a realizar muitas das fantasias masculinas. Mas essa é muito provável que não aceite. Tende a interpretar o fato como uma revelação da orientação sexual do parceiro. Ou seja, vai imaginar que, no fundo, ele é gay. O mesmo acontece quando ele pede carícias no ânus. Por uma distorção cultural, acreditamos que só os homossexuais têm prazer na região anal. Mas isso não é verdade: a área é altamente excitável, e tanto homens como mulheres podem experimentar sensações prazerosas ao serem tocados ali. Maria Helena Vilela
12. A troca de carícias entre pessoas do mesmo sexo ainda é associada pela sociedade à homossexualidade?
Não mais. Presenciei uma linda mulher revelando às amigas que ela havia se encontrado com uma colega numa festa. As duas se sentiram atraídas, se beijaram, se tocaram e os contatos pararam por aí. Ambas têm parceiros masculinos e não mudaram a orientação sexual por causa da experiência. Também estão se tornando comuns os movimentos de adolescentes que dão "selinho" (beijo nos lábios) nas baladas para demonstrar afeto, sem que isso desencadeie desejos. As meninas adotam o comportamento sem culpa, como forma de auto-afirmação diante dos meninos, que são mais introvertidos e menos decididos do que elas. Ana Canosa
http://www.paracrescer.com.br/pasta_qualidade/pg_qualidade2/textos/sexualidade_09.htm
Somos tão felizes no sexo quanto dizemos que somos?
Somos tão felizes no sexo quanto dizemos que somos?
Pesquisa da Harvard diz que o sexo é o momento em que as pessoas estão mais felizes. Mas quanto disso é verdade?
Carina Martins, iG São Paulo | 19/11/2010 15:56Mudar o tamanho da letra:A+A-Compartilhar:
Felizes mesmo as pessoas ficam quando estão fazendo sexo. O resto do tempo, ou 46,9% dele, preferem nem pensar na atividade que estão executando. Deixam a mente divagar enquanto trabalham, dirigem ou se arrumam, esquecendo o que estão fazendo para pensar em outra coisa (talvez em sexo?). O resultado, indica uma pesquisa feita pela Harvard e divulgada este mês na revista Science, é que o desligamento entre o que pensamos e o que fazemos promove índices altos de infelicidade. Concentrados no que estão fazendo, e felizes, os entrevistados disseram estar enquanto faziam sexo, bem mais do que qualquer outra atividade.
Em uma sociedade de consumo, uma vida sexual plena torna-se um objeto de desejo em si
Os pesquisadores de Harvard sabem muito mais do que nós sabemos, mas algumas coisas são do repertório de todos. Como, por exemplo, o fato de que nem sempre o que as pessoas dizem é necessariamente o que elas pensam, fazem ou sentem. O estudo aponta que, quando consultados via celular, os entrevistados diziam que não há felicidade como a proporcionada pelo sexo. Mas será que é realmente isso que vivem? "Orgasmo é o fenômeno que proporciona extremo prazer ao ser humano. Ele foi selecionado filogeneticamente como uma atividade que proporciona prazer justamente para garantir a reprodução das espécies", diz o psicólogo e terapeuta sexual João Batista Pedrosa.
A concentração nesta atividade específica, para ele, também teria respaldo orgânico. "Na hora do sexo, as pessoas ficam concentradas e, na obtenção do orgasmo, entram num estado único de desligamento da realidade por segundos. É tanto que os franceses chamam o orgasmo de ‘le petit mort’, ou seja, a pequena morte. O orgasmo está associado à diminuição do fluxo sanguíneo no córtex órbito-frontal, uma parte do cérebro que é fundamental para o controle do comportamento", diz."Acho que a grande maioria das respostas não estão ligadas a uma idealização do sexo, mas que elas realmente sentem isso, ou seja, gostam do sexo".
Gostar de sexo é uma coisa. Aproveitar a sexualidade de maneira saudável a ponto de ela ser a principal fonte de satisfação da vida cotidiana é outra. E é aí que pode haver uma diferença: o que os entrevistados contam sobre suas vidas pode ser o que vivem, mas pode ser o que acham que deveriam viver. Com base em sua experiência profissional, o especialista em sexualidade Paulo Tessarioli afirma que o sexo costuma ser mais fonte de angústia do que plenitude. "Não tenho nenhuma dúvida disso, é um fato. O sexo hoje está muito mais voltado a ser um complicador do que um facilitador na vida das pessoas", diz. A explicação para o resultado da pesquisa, ele acredita, estaria na importância do discurso. "Numa sociedade consumista, o sexo não fica de fora. Vira um objeto que eu tenho que desejar e ter. Esse sexo que está no nível do discurso é inatingível, completamente construído e idealizado".
Para Tessarioli, não é que a prática não seja importante, mas o discurso acaba sendo mais. "As pessoas falam demais, e isso vem ao encontro de uma tentativa de mostrar a si mesmo e ao mundo que 'eu estou bem'. Mas nem sempre isso se sustenta na realidade. E no discurso eu posso sustentar tudo", afirma. Fora do discurso, ele vê um mundo em que as pessoas têm "muitas dúvidas, muitas incertezas, muita insatisfação e pouco desejo". A combinação entre a cobrança de uma vida sexual perfeita e a realidade de dúvidas e falta desejo é fonte de sofrimento para muita gente. "Para quem está consciente disso, realmente é de uma angústia ímpar".
Os pesquisadores de Harvard acreditam que, para ser feliz, ajuda muito evitar as distrações que levam a mente para longe de nós mesmos. O conselho de Tessarioli para ter uma vida sexual tão satisfatória quanto a dos entrevistados da pesquisa parece ser é o mesmo. "As pessoas precisam perceber o que realmente querem. Parece grandioso, mas é tão simples", diz. Eleger momentos de reflexão pode ajudar - como caminhar sem levar o celular ou usar fones de ouvido, por exemplo. "Momentos de reflexão são bons para que a pessoa consiga de alguma forma se conectar com isso e não ficar no meio da massa".
http://delas.ig.com.br/amoresexo/somos+tao+felizes+no+sexo+quanto+dizemos+que+somos/n1237830713945.html
Pesquisa da Harvard diz que o sexo é o momento em que as pessoas estão mais felizes. Mas quanto disso é verdade?
Carina Martins, iG São Paulo | 19/11/2010 15:56Mudar o tamanho da letra:A+A-Compartilhar:
Felizes mesmo as pessoas ficam quando estão fazendo sexo. O resto do tempo, ou 46,9% dele, preferem nem pensar na atividade que estão executando. Deixam a mente divagar enquanto trabalham, dirigem ou se arrumam, esquecendo o que estão fazendo para pensar em outra coisa (talvez em sexo?). O resultado, indica uma pesquisa feita pela Harvard e divulgada este mês na revista Science, é que o desligamento entre o que pensamos e o que fazemos promove índices altos de infelicidade. Concentrados no que estão fazendo, e felizes, os entrevistados disseram estar enquanto faziam sexo, bem mais do que qualquer outra atividade.
Em uma sociedade de consumo, uma vida sexual plena torna-se um objeto de desejo em si
Os pesquisadores de Harvard sabem muito mais do que nós sabemos, mas algumas coisas são do repertório de todos. Como, por exemplo, o fato de que nem sempre o que as pessoas dizem é necessariamente o que elas pensam, fazem ou sentem. O estudo aponta que, quando consultados via celular, os entrevistados diziam que não há felicidade como a proporcionada pelo sexo. Mas será que é realmente isso que vivem? "Orgasmo é o fenômeno que proporciona extremo prazer ao ser humano. Ele foi selecionado filogeneticamente como uma atividade que proporciona prazer justamente para garantir a reprodução das espécies", diz o psicólogo e terapeuta sexual João Batista Pedrosa.
A concentração nesta atividade específica, para ele, também teria respaldo orgânico. "Na hora do sexo, as pessoas ficam concentradas e, na obtenção do orgasmo, entram num estado único de desligamento da realidade por segundos. É tanto que os franceses chamam o orgasmo de ‘le petit mort’, ou seja, a pequena morte. O orgasmo está associado à diminuição do fluxo sanguíneo no córtex órbito-frontal, uma parte do cérebro que é fundamental para o controle do comportamento", diz."Acho que a grande maioria das respostas não estão ligadas a uma idealização do sexo, mas que elas realmente sentem isso, ou seja, gostam do sexo".
Gostar de sexo é uma coisa. Aproveitar a sexualidade de maneira saudável a ponto de ela ser a principal fonte de satisfação da vida cotidiana é outra. E é aí que pode haver uma diferença: o que os entrevistados contam sobre suas vidas pode ser o que vivem, mas pode ser o que acham que deveriam viver. Com base em sua experiência profissional, o especialista em sexualidade Paulo Tessarioli afirma que o sexo costuma ser mais fonte de angústia do que plenitude. "Não tenho nenhuma dúvida disso, é um fato. O sexo hoje está muito mais voltado a ser um complicador do que um facilitador na vida das pessoas", diz. A explicação para o resultado da pesquisa, ele acredita, estaria na importância do discurso. "Numa sociedade consumista, o sexo não fica de fora. Vira um objeto que eu tenho que desejar e ter. Esse sexo que está no nível do discurso é inatingível, completamente construído e idealizado".
Para Tessarioli, não é que a prática não seja importante, mas o discurso acaba sendo mais. "As pessoas falam demais, e isso vem ao encontro de uma tentativa de mostrar a si mesmo e ao mundo que 'eu estou bem'. Mas nem sempre isso se sustenta na realidade. E no discurso eu posso sustentar tudo", afirma. Fora do discurso, ele vê um mundo em que as pessoas têm "muitas dúvidas, muitas incertezas, muita insatisfação e pouco desejo". A combinação entre a cobrança de uma vida sexual perfeita e a realidade de dúvidas e falta desejo é fonte de sofrimento para muita gente. "Para quem está consciente disso, realmente é de uma angústia ímpar".
Os pesquisadores de Harvard acreditam que, para ser feliz, ajuda muito evitar as distrações que levam a mente para longe de nós mesmos. O conselho de Tessarioli para ter uma vida sexual tão satisfatória quanto a dos entrevistados da pesquisa parece ser é o mesmo. "As pessoas precisam perceber o que realmente querem. Parece grandioso, mas é tão simples", diz. Eleger momentos de reflexão pode ajudar - como caminhar sem levar o celular ou usar fones de ouvido, por exemplo. "Momentos de reflexão são bons para que a pessoa consiga de alguma forma se conectar com isso e não ficar no meio da massa".
http://delas.ig.com.br/amoresexo/somos+tao+felizes+no+sexo+quanto+dizemos+que+somos/n1237830713945.html
Oito curiosidades sobre o orgasmo
Oito curiosidades sobre o orgasmo
O que você não sabe - nem imagina - sobre esse prazer máximo
Redação iG São Paulo
31 de julho é o Dia do Orgasmo. Essa sensação de prazer e satisfação faz o coração bater mais forte, relaxa o corpo e deixa a gente mais feliz! E o clímax esconde também outras propriedades e características – algumas delas até curiosas. Selecionamos oito fatos e curiosidades sobre o orgasmo que você provavelmente não sabia. [Leia outras matérias no "Especial Orgasmo"]
1. O orgasmo feminino pode ser mais longo que o masculino – ponto para as mulheres!
2. A palavra orgasmo vem do grego "orgasmós", que significa "ferver de ardor".
3. Pesquisadores escoceses e belgas defendem que é possível determinar se uma mulher tem orgasmos vaginais pela maneira como ela anda. Segundo eles, a anatomia determina a capacidade de uma mulher gozar se estimulada pela vagina e, portanto, especialistas podem fazer a análise desses orgasmos apenas ao observá-la caminhando. Os autores do estudo apontam também que os músculos da pélvis mais tensionados podem indicar dificuldades sexuais, enquanto um andar confiante mostra satisfação.
4. Já outra pesquisa feita na King´s College de Londres diz que as mulheres com inteligência emocional têm mais orgasmos. Ou seja, aquelas que lidam melhor com os sentimentos próprios e dos outros sentem mais prazer. Ótimo motivo para ser mais compreensiva, certo?
5. Usar salto alto é, além de sofiticado e sexy, benéfico para a vida sexual feminina. Um levantamento feito na Universidade de Verona mostrou que andar com um sapato moderadamente alto condiciona os músculos – inclusive os da região pélvica, que ajudam a sentir prazer.
6. Na hora do orgasmo, as paredes da vagina soltam uma pequena descarga elétrica. “Cinco mulheres, neste momento, poderiam produzir energia suficiente para acender uma lâmpada de 1 volt”, estimam o jornalista Marcelo Duarte e o ginecologista Jairo Bouer autores do livro “Guia dos Curiosos – Sexo” (Panda Books).
7. Aquela taça de vinho ou champagne pode não te ajudar tanto assim na hora do sexo, apesar de diminuir a inibição. Quando a mulher ingere álcool pode demorar muito mais para chegar ao orgasmo, já que ele atinge o sistema nervoso central. O brinde não parece mais tão romântico,
8. Os cariocas têm mais orgasmos nas relações sexuais do que os mineiros. Segundo a pesquisa Mosaico Brasil, realizada em nove capitais brasileiras, 93,8% dos homens e 77,2% das mulheres do Rio de Janeiro disseram que têm orgasmos freqüentemente. Já em Minas Gerais o número cai para 91% dos homens e 71% delas. O estudo foi comandado pela psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/oito+curiosidades+sobre+o+orgasmo/n1237732950926.html
O que você não sabe - nem imagina - sobre esse prazer máximo
Redação iG São Paulo
31 de julho é o Dia do Orgasmo. Essa sensação de prazer e satisfação faz o coração bater mais forte, relaxa o corpo e deixa a gente mais feliz! E o clímax esconde também outras propriedades e características – algumas delas até curiosas. Selecionamos oito fatos e curiosidades sobre o orgasmo que você provavelmente não sabia. [Leia outras matérias no "Especial Orgasmo"]
1. O orgasmo feminino pode ser mais longo que o masculino – ponto para as mulheres!
2. A palavra orgasmo vem do grego "orgasmós", que significa "ferver de ardor".
3. Pesquisadores escoceses e belgas defendem que é possível determinar se uma mulher tem orgasmos vaginais pela maneira como ela anda. Segundo eles, a anatomia determina a capacidade de uma mulher gozar se estimulada pela vagina e, portanto, especialistas podem fazer a análise desses orgasmos apenas ao observá-la caminhando. Os autores do estudo apontam também que os músculos da pélvis mais tensionados podem indicar dificuldades sexuais, enquanto um andar confiante mostra satisfação.
4. Já outra pesquisa feita na King´s College de Londres diz que as mulheres com inteligência emocional têm mais orgasmos. Ou seja, aquelas que lidam melhor com os sentimentos próprios e dos outros sentem mais prazer. Ótimo motivo para ser mais compreensiva, certo?
5. Usar salto alto é, além de sofiticado e sexy, benéfico para a vida sexual feminina. Um levantamento feito na Universidade de Verona mostrou que andar com um sapato moderadamente alto condiciona os músculos – inclusive os da região pélvica, que ajudam a sentir prazer.
6. Na hora do orgasmo, as paredes da vagina soltam uma pequena descarga elétrica. “Cinco mulheres, neste momento, poderiam produzir energia suficiente para acender uma lâmpada de 1 volt”, estimam o jornalista Marcelo Duarte e o ginecologista Jairo Bouer autores do livro “Guia dos Curiosos – Sexo” (Panda Books).
7. Aquela taça de vinho ou champagne pode não te ajudar tanto assim na hora do sexo, apesar de diminuir a inibição. Quando a mulher ingere álcool pode demorar muito mais para chegar ao orgasmo, já que ele atinge o sistema nervoso central. O brinde não parece mais tão romântico,
8. Os cariocas têm mais orgasmos nas relações sexuais do que os mineiros. Segundo a pesquisa Mosaico Brasil, realizada em nove capitais brasileiras, 93,8% dos homens e 77,2% das mulheres do Rio de Janeiro disseram que têm orgasmos freqüentemente. Já em Minas Gerais o número cai para 91% dos homens e 71% delas. O estudo foi comandado pela psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/oito+curiosidades+sobre+o+orgasmo/n1237732950926.html
20 dicas para conquistar ou turbinar seu orgasmo
20 dicas para conquistar ou turbinar seu orgasmo
Um guia para aumentar seu prazer durante o sexo e chegar lá!
Júlia Reis, iG São Paulo
Selecionamos dicas para te ajudar a chegar ao clímax com mais facilidade – ou tornar seus orgasmos ainda mais intensos. Listamos 20 coisas que você pode descobrir para se divertir ainda mais na cama e ter muito prazer – sozinha ou acompanhada. [Leia outras matérias no "Especial Orgasmo"]
Conheça seu corpo. A masturbação te ajuda a descobrir como gosta de ser tocada e quais pontos são mais sensíveis. “Mulheres não se conhecem e querem que o parceiro adivinhe onde ela quer ser estimulada!”, diz Elsa. Portanto, explore o prazer sozinha sem medo! “Funciona muito ficar na frente do espelho e explorar partes do corpo. É uma forma de ensaiar a desinibição”, defende Carla Cecarello, psicóloga, sexóloga e fundadora da Associação Brasileira de Sexualidade.
Faça tudo no seu tempo. Capriche nas preliminares, abuse dos jogos de sedução, tire a roupa lentamente e esquente o clima com beijos e carícias até você estar bem excitada. Afinal, pra que a pressa?
Estimule outras zonas erógenas. Experimente sensações de outras partes do corpo - você pode se surpreender! Existem mulheres que relatam chegar ao orgasmo só com o toque nos seios, por exemplo. “O corpo precisa ser explorado em toda extensão: pescoço, colo, mamas, barriga, pélvis, virilha, interno de coxa, dedos dos pés. E os toques devem ser alternados usando as mãos e a boca”, explica Fátima Protti, psicoterapeuta sexual.
Foto: Getty Images
Explorar o próprio corpo e se comunicar com o parceiro ajudam você a atingir o orgasmo
Relaxe. Não é momento de se preocupar com a bagunça do quarto ou com uma gordurinha extra no seu corpo. Você pode pensar sobre isso depois! Na hora da transa, respire fundo e aproveite o momento!
Informe seu parceiro. Diga a ele quais as posições e estímulos que mais gosta – eles nem sempre adivinham sozinhos! “Gosto assim” ou “continue fazendo isso” são toques bastante esclarecedores. E se é difícil verbalizar suas preferências, não hesite na hora de redirecionar as mãos dele para um carinho que te agrade– ele vai entender o recado!
Teste posições diferentes. Não é preciso comprar um livro do Kama Sutra ou ficar de ponta cabeça... Mas dê preferência para as posições que favoreçam a estimulação do clitóris. Carla Cecarello sugere a “manobra de ponte”: a mulher sentada por cima do parceiro, com ela ou ele estimulando o clitóris junto com a penetração. “Isso ajuda porque muitas mulheres têm dificuldade de atingir o orgasmo só com a penetração”, diz a especialista.
Exercite sua vagina. Uma musculatura íntima tonificada pode aumentar seu prazer. Para isso, exercite a região vaginal enrijecendo e soltando os músculos internos (aperte e solte, basicamente). Em lojas de produtos eróticos são vendidos pequenos pesos para auxiliar o processo. Dentro da vagina, é preciso segurá-los com a musculatura local para praticar
Não se sinta obrigada a gozar junto com ele. Se isso acontecer, ótimo, mas o importante é que vocês dois fiquem satisfeitos, mesmo que um chegue lá antes. “Isso é coisa de Cinderela, não existe. Cada um tem o seu tempo e vai depender do dia, vontade e estimulo. Cada um busca o seu orgasmo”, diz Cecarello.
Drible a rotina: Uma lingerie nova ou roupa que faça você se sentir sexy pode esquentar o clima. E que tal seduzir seu parceiro em um ambiente diferente da casa, para variar? Uma noite romântica no motel também pode ser uma boa pedida.
Prepare o ambiente: Luz indireta, aromas e velas criam um clima. Aliás, lâmpadas vermelhas e laranjas são um Photoshop natural e ajudam a esconder imperfeições, além de serem tons quentes e sexy.
Não finja: Seu parceiro precisa saber o que te agrada e o que não dá resultado. Fingir um orgasmo é mentir para você mesma e para ele.
Estimule os cinco sentidos. Aposte em detalhes como óleos perfumados para massagem, música ambiente, lingerie colorida (saia do preto), frutas e uma bebida como espumante ou um coquetel sem álcool bem atraente. Tudo isso ajuda a despertar as sensações do corpo.
Fale durante o sexo. Peça para ele falar palavras ou frases que podem aumentar seu prazer e seja mais verbal também, contando o que sente e o que deseja durante a transa.
Lubrificação, lubrificação e... lubrificação! Para sexo oral, penetração vaginal e sexo anal a lubrificação é importante para garantir o prazer. Use e abuse dos produtos a base de água.
Diga sim para novas experiências. Lógico que não é preciso fazer algo que você não gosta, mas teste brincadeiras na cama, ouça as fantasias do seu parceiro e tente botar em prática algum desejo seu! Que tal fazer aquele striptease você tinha vontade? “Contos e filmes eróticos são uma boa ferramenta e podem auxiliar a aumentar o grau de excitabilidade. Assim aumenta a chance de chegar ao orgasmo”, diz Carla.
Namore sempre. Não importa se vocês se conhecem há um ano ou estão casados há 20. É preciso ter momentos para o casal, como tomar banho juntos, sair para jantar ou ir ao cinema. Isso ajuda a manter um clima de romance constante.
Faça o sexo presente em vários momentos do seu dia. Pense sobre o assunto, relembre suas transas e arrisque mensagens picantes ou e-mails para seu parceiro. O desejo vai crescendo à distância...
Uma transa só para você. Separe um momento para pedir carícias, sexo oral e o que mais gostar sem ter que retribuir.
Verifique suas medicações. Alguns remédios como antidepressivos podem diminuir o desejo sexual.Verifique esse efeito colateral junto ao seu médico.
Procure ajuda profissional. Se você sentir dor na relação ou encontrar outro tipo de dificuldade recorrente, não hesite em procurar ajuda com um ginecologista ou psicólogo.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/20+dicas+para+conquistar+ou+turbinar+seu+orgasmo/n1237732928977.html
Um guia para aumentar seu prazer durante o sexo e chegar lá!
Júlia Reis, iG São Paulo
Selecionamos dicas para te ajudar a chegar ao clímax com mais facilidade – ou tornar seus orgasmos ainda mais intensos. Listamos 20 coisas que você pode descobrir para se divertir ainda mais na cama e ter muito prazer – sozinha ou acompanhada. [Leia outras matérias no "Especial Orgasmo"]
Conheça seu corpo. A masturbação te ajuda a descobrir como gosta de ser tocada e quais pontos são mais sensíveis. “Mulheres não se conhecem e querem que o parceiro adivinhe onde ela quer ser estimulada!”, diz Elsa. Portanto, explore o prazer sozinha sem medo! “Funciona muito ficar na frente do espelho e explorar partes do corpo. É uma forma de ensaiar a desinibição”, defende Carla Cecarello, psicóloga, sexóloga e fundadora da Associação Brasileira de Sexualidade.
Faça tudo no seu tempo. Capriche nas preliminares, abuse dos jogos de sedução, tire a roupa lentamente e esquente o clima com beijos e carícias até você estar bem excitada. Afinal, pra que a pressa?
Estimule outras zonas erógenas. Experimente sensações de outras partes do corpo - você pode se surpreender! Existem mulheres que relatam chegar ao orgasmo só com o toque nos seios, por exemplo. “O corpo precisa ser explorado em toda extensão: pescoço, colo, mamas, barriga, pélvis, virilha, interno de coxa, dedos dos pés. E os toques devem ser alternados usando as mãos e a boca”, explica Fátima Protti, psicoterapeuta sexual.
Foto: Getty Images
Explorar o próprio corpo e se comunicar com o parceiro ajudam você a atingir o orgasmo
Relaxe. Não é momento de se preocupar com a bagunça do quarto ou com uma gordurinha extra no seu corpo. Você pode pensar sobre isso depois! Na hora da transa, respire fundo e aproveite o momento!
Informe seu parceiro. Diga a ele quais as posições e estímulos que mais gosta – eles nem sempre adivinham sozinhos! “Gosto assim” ou “continue fazendo isso” são toques bastante esclarecedores. E se é difícil verbalizar suas preferências, não hesite na hora de redirecionar as mãos dele para um carinho que te agrade– ele vai entender o recado!
Teste posições diferentes. Não é preciso comprar um livro do Kama Sutra ou ficar de ponta cabeça... Mas dê preferência para as posições que favoreçam a estimulação do clitóris. Carla Cecarello sugere a “manobra de ponte”: a mulher sentada por cima do parceiro, com ela ou ele estimulando o clitóris junto com a penetração. “Isso ajuda porque muitas mulheres têm dificuldade de atingir o orgasmo só com a penetração”, diz a especialista.
Exercite sua vagina. Uma musculatura íntima tonificada pode aumentar seu prazer. Para isso, exercite a região vaginal enrijecendo e soltando os músculos internos (aperte e solte, basicamente). Em lojas de produtos eróticos são vendidos pequenos pesos para auxiliar o processo. Dentro da vagina, é preciso segurá-los com a musculatura local para praticar
Não se sinta obrigada a gozar junto com ele. Se isso acontecer, ótimo, mas o importante é que vocês dois fiquem satisfeitos, mesmo que um chegue lá antes. “Isso é coisa de Cinderela, não existe. Cada um tem o seu tempo e vai depender do dia, vontade e estimulo. Cada um busca o seu orgasmo”, diz Cecarello.
Drible a rotina: Uma lingerie nova ou roupa que faça você se sentir sexy pode esquentar o clima. E que tal seduzir seu parceiro em um ambiente diferente da casa, para variar? Uma noite romântica no motel também pode ser uma boa pedida.
Prepare o ambiente: Luz indireta, aromas e velas criam um clima. Aliás, lâmpadas vermelhas e laranjas são um Photoshop natural e ajudam a esconder imperfeições, além de serem tons quentes e sexy.
Não finja: Seu parceiro precisa saber o que te agrada e o que não dá resultado. Fingir um orgasmo é mentir para você mesma e para ele.
Estimule os cinco sentidos. Aposte em detalhes como óleos perfumados para massagem, música ambiente, lingerie colorida (saia do preto), frutas e uma bebida como espumante ou um coquetel sem álcool bem atraente. Tudo isso ajuda a despertar as sensações do corpo.
Fale durante o sexo. Peça para ele falar palavras ou frases que podem aumentar seu prazer e seja mais verbal também, contando o que sente e o que deseja durante a transa.
Lubrificação, lubrificação e... lubrificação! Para sexo oral, penetração vaginal e sexo anal a lubrificação é importante para garantir o prazer. Use e abuse dos produtos a base de água.
Diga sim para novas experiências. Lógico que não é preciso fazer algo que você não gosta, mas teste brincadeiras na cama, ouça as fantasias do seu parceiro e tente botar em prática algum desejo seu! Que tal fazer aquele striptease você tinha vontade? “Contos e filmes eróticos são uma boa ferramenta e podem auxiliar a aumentar o grau de excitabilidade. Assim aumenta a chance de chegar ao orgasmo”, diz Carla.
Namore sempre. Não importa se vocês se conhecem há um ano ou estão casados há 20. É preciso ter momentos para o casal, como tomar banho juntos, sair para jantar ou ir ao cinema. Isso ajuda a manter um clima de romance constante.
Faça o sexo presente em vários momentos do seu dia. Pense sobre o assunto, relembre suas transas e arrisque mensagens picantes ou e-mails para seu parceiro. O desejo vai crescendo à distância...
Uma transa só para você. Separe um momento para pedir carícias, sexo oral e o que mais gostar sem ter que retribuir.
Verifique suas medicações. Alguns remédios como antidepressivos podem diminuir o desejo sexual.Verifique esse efeito colateral junto ao seu médico.
Procure ajuda profissional. Se você sentir dor na relação ou encontrar outro tipo de dificuldade recorrente, não hesite em procurar ajuda com um ginecologista ou psicólogo.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/20+dicas+para+conquistar+ou+turbinar+seu+orgasmo/n1237732928977.html
Catuaba realmente resolve problema de impotência?
Catuaba realmente resolve problema de impotência?
por Alex Botsaris
A potência sexual é um dos aspectos da vida masculina que mais preocupa o homem, especialmente à medida que ele envelhece. Muitos consideram uma humilhação não ter uma ereção durante um momento íntimo com uma mulher. Com a introdução de novos medicamentos para disfunção erétil - que inibem a enzima fosfodiesterase tipo 5, facilitando a vasodilatação peniana - houve uma mudança de hábitos. Boa parte dos homens, inclusive jovens, tem feito uso deles para melhorar sua potência, ou mesmo abolir qualquer chance de falhar nos momentos decisivos de seu desempenho sexual, sem uma indicação médica.
O pênis é um órgão que possui uma estrutura no centro semelhante a uma esponja, chamada de corpo cavernoso. Para que ele fique ereto, essa estrutura precisa se encher com sangue suficiente para preencher todo seu conteúdo. Isso é feito através de uma artéria, que necessita estar bastante dilatada para que o aporte de sangue seja suficiente para encher todo corpo cavernoso. Por isso os vasodilatadores da artéria peniana, como Viagra e Cialis, melhoram a potencia masculina.
Não se sabe ainda se o uso abusivo desses medicamentos pode causar algum dano maior à saúde, mas é certo que, ao menos do ponto de vista psicológico, vai acabar se tornando uma ‘muleta’ obrigatória do indivíduo inseguro quanto a sua potência, criando dependência. Alguns casos com esse perfil já foram detectados e ainda não está claro se a dependência é puramente psíquica ou se há também algum fundamento químico e/ou biológico para ela. Enquanto respostas definitivas não aparecem, vale a pena ser cauteloso e sempre consultar um médico antes do uso de vasodilatadores.
Considerando esses riscos uma boa idéia é lembrar de algumas estratégias tradicionais que nossos avós usavam para melhorar sua potência, num tempo onde o uso de ativos naturais ainda sobrepujava a influência da indústria farmacêutica e a tecnologia era limitada. Algumas dessas estratégias podem ajudar as pessoas que não têm indicação formal dos medicamentos vasodilatadores.
Muitas plantas têm sido usadas por diferentes populações no mundo, para melhorar a potência sexual. Na África, por exemplo, uma espécie local, a “casca de ioimbe” (Pausinystalia yohimbe) tem sido usada tradicionalmente para melhorar a potência sexual por várias tribos locais. Ela possui um alcalóide, a yoimbina, que possui potentes ações no organismo, seja estimulando o sistema simpático, seja promovendo vasodilatação, e apresentou resultados em estudos clínicos de disfunção erétil. Contudo, o uso indiscriminado dessa planta tem causado efeitos colaterais, inclusive crises de hipertensão.
A biodiversidade brasileira foi mais generosa e nos presenteou com plantas que também são ativas, mas cuja segurança e freqüência de efeitos indesejáveis é muito menor. Uma é a marapuama (Ptycopetalum olacoides), um cipó que cresce na Amazônia. Num estudo clínico, homens que usaram marapuama tiveram um número significativamente maior de relações sexuais que um outro grupo que ingeriu placebo. Entretanto, a forma de agir da marapuama é diferente da casca de ioimbe. Ela atua muito mais no cérebro melhorando a libido. Estudos feitos na UFRGS mostraram que a marapuama também tem ação antidepressiva e ajuda na memória, por seus efeitos facilitadores dos estímulos cerebrais.
Outra planta que é muito conhecida no Brasil por sua fama de melhorar a potência sexual masculina é a catuaba. Existem mais de uma espécie chamada de catuaba no Brasil e todas com emprego como afrodisíaco. A catuaba verdadeira é a espécie introduzida pelos índios tupis-guaranis com esse nome, cujo nome botânico é Anemopaegma arvensis. Planta que cresce no Planalto Central do Brasil, desde o Nordeste até São Paulo, foi tão explorada na primeira metade do século passado, que quase foi extinta. Mas como os mateiros começaram a procurar outras espécies e pararam com a coleta predatória, a espécie se recuperou e já ocorre de novo em vários estados brasileiros.
Cientistas fizeram experiências com catuaba nos anos 30 e 40, mostrando que ela tinha um forte efeito vasodilatador, além de atuar no sistema nervoso autônomo. Alcalóides semelhantes à yoimbina foram isolados. Mas esses estudos caíram no esquecimento e atualmente a sua metodologia é considerada ultrapassada. Aparentemente a vantagem da catuaba sobre a casca de ioimbe é que a primeira tem efeito mais suave e não costuma causar efeitos colaterais. Mesmo assim não deve ser usada por pessoas com problemas cardíacos, glaucoma ou retenção urinária.
Segundo a tradição, a marapuama e a catuaba precisam ser usadas em associação para potencializar seu efeito. Mateiros que fazem *garrafadas ainda acrescentam gengibre, ginseng, fafia e outras plantas tônicas alegando que elas aumentam o efeito das plantas com atividade afrodisíaca. Quem já foi no mercado do Ver o Peso em Belém, teve oportunidade de ser abordado por vários mateiros com suas garrafadas afrodisíacas de marapuama e catuaba.
O uso de fitoterápicos pode ajudar para melhorar a potência, mas quando o resultado não é satisfatório, a pessoa precisa consultar um médico. É importante verificar a causa do problema e adequar para o melhor tratamento. Se ela é emocional, abordagens como programação neurolingüística (PNL), psicoterapia, aromaterapia e terapia com florais de Bach podem ajudar. Se for causada por um problema neurológico, talvez a acupuntura possa oferecer algum resultado, pois ela pode aumentar os reflexos nervosos causadores da ereção. Vale destacar que é recomendável se ter bons hábitos, como alimentação saudável, mais de seis horas de sono tranqüilo, caminhadas diárias e controle do estresse.
*Garrafada e um tipo de preparação tradicional onde as plantas medicinais são colocadas dentro de uma garrafa com cachaça e deixadas por um tempo, para então tomar um peqeuno cálice dário como medicamento.
Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/impotencia.htm
por Alex Botsaris
A potência sexual é um dos aspectos da vida masculina que mais preocupa o homem, especialmente à medida que ele envelhece. Muitos consideram uma humilhação não ter uma ereção durante um momento íntimo com uma mulher. Com a introdução de novos medicamentos para disfunção erétil - que inibem a enzima fosfodiesterase tipo 5, facilitando a vasodilatação peniana - houve uma mudança de hábitos. Boa parte dos homens, inclusive jovens, tem feito uso deles para melhorar sua potência, ou mesmo abolir qualquer chance de falhar nos momentos decisivos de seu desempenho sexual, sem uma indicação médica.
O pênis é um órgão que possui uma estrutura no centro semelhante a uma esponja, chamada de corpo cavernoso. Para que ele fique ereto, essa estrutura precisa se encher com sangue suficiente para preencher todo seu conteúdo. Isso é feito através de uma artéria, que necessita estar bastante dilatada para que o aporte de sangue seja suficiente para encher todo corpo cavernoso. Por isso os vasodilatadores da artéria peniana, como Viagra e Cialis, melhoram a potencia masculina.
Não se sabe ainda se o uso abusivo desses medicamentos pode causar algum dano maior à saúde, mas é certo que, ao menos do ponto de vista psicológico, vai acabar se tornando uma ‘muleta’ obrigatória do indivíduo inseguro quanto a sua potência, criando dependência. Alguns casos com esse perfil já foram detectados e ainda não está claro se a dependência é puramente psíquica ou se há também algum fundamento químico e/ou biológico para ela. Enquanto respostas definitivas não aparecem, vale a pena ser cauteloso e sempre consultar um médico antes do uso de vasodilatadores.
Considerando esses riscos uma boa idéia é lembrar de algumas estratégias tradicionais que nossos avós usavam para melhorar sua potência, num tempo onde o uso de ativos naturais ainda sobrepujava a influência da indústria farmacêutica e a tecnologia era limitada. Algumas dessas estratégias podem ajudar as pessoas que não têm indicação formal dos medicamentos vasodilatadores.
Muitas plantas têm sido usadas por diferentes populações no mundo, para melhorar a potência sexual. Na África, por exemplo, uma espécie local, a “casca de ioimbe” (Pausinystalia yohimbe) tem sido usada tradicionalmente para melhorar a potência sexual por várias tribos locais. Ela possui um alcalóide, a yoimbina, que possui potentes ações no organismo, seja estimulando o sistema simpático, seja promovendo vasodilatação, e apresentou resultados em estudos clínicos de disfunção erétil. Contudo, o uso indiscriminado dessa planta tem causado efeitos colaterais, inclusive crises de hipertensão.
A biodiversidade brasileira foi mais generosa e nos presenteou com plantas que também são ativas, mas cuja segurança e freqüência de efeitos indesejáveis é muito menor. Uma é a marapuama (Ptycopetalum olacoides), um cipó que cresce na Amazônia. Num estudo clínico, homens que usaram marapuama tiveram um número significativamente maior de relações sexuais que um outro grupo que ingeriu placebo. Entretanto, a forma de agir da marapuama é diferente da casca de ioimbe. Ela atua muito mais no cérebro melhorando a libido. Estudos feitos na UFRGS mostraram que a marapuama também tem ação antidepressiva e ajuda na memória, por seus efeitos facilitadores dos estímulos cerebrais.
Outra planta que é muito conhecida no Brasil por sua fama de melhorar a potência sexual masculina é a catuaba. Existem mais de uma espécie chamada de catuaba no Brasil e todas com emprego como afrodisíaco. A catuaba verdadeira é a espécie introduzida pelos índios tupis-guaranis com esse nome, cujo nome botânico é Anemopaegma arvensis. Planta que cresce no Planalto Central do Brasil, desde o Nordeste até São Paulo, foi tão explorada na primeira metade do século passado, que quase foi extinta. Mas como os mateiros começaram a procurar outras espécies e pararam com a coleta predatória, a espécie se recuperou e já ocorre de novo em vários estados brasileiros.
Cientistas fizeram experiências com catuaba nos anos 30 e 40, mostrando que ela tinha um forte efeito vasodilatador, além de atuar no sistema nervoso autônomo. Alcalóides semelhantes à yoimbina foram isolados. Mas esses estudos caíram no esquecimento e atualmente a sua metodologia é considerada ultrapassada. Aparentemente a vantagem da catuaba sobre a casca de ioimbe é que a primeira tem efeito mais suave e não costuma causar efeitos colaterais. Mesmo assim não deve ser usada por pessoas com problemas cardíacos, glaucoma ou retenção urinária.
Segundo a tradição, a marapuama e a catuaba precisam ser usadas em associação para potencializar seu efeito. Mateiros que fazem *garrafadas ainda acrescentam gengibre, ginseng, fafia e outras plantas tônicas alegando que elas aumentam o efeito das plantas com atividade afrodisíaca. Quem já foi no mercado do Ver o Peso em Belém, teve oportunidade de ser abordado por vários mateiros com suas garrafadas afrodisíacas de marapuama e catuaba.
O uso de fitoterápicos pode ajudar para melhorar a potência, mas quando o resultado não é satisfatório, a pessoa precisa consultar um médico. É importante verificar a causa do problema e adequar para o melhor tratamento. Se ela é emocional, abordagens como programação neurolingüística (PNL), psicoterapia, aromaterapia e terapia com florais de Bach podem ajudar. Se for causada por um problema neurológico, talvez a acupuntura possa oferecer algum resultado, pois ela pode aumentar os reflexos nervosos causadores da ereção. Vale destacar que é recomendável se ter bons hábitos, como alimentação saudável, mais de seis horas de sono tranqüilo, caminhadas diárias e controle do estresse.
*Garrafada e um tipo de preparação tradicional onde as plantas medicinais são colocadas dentro de uma garrafa com cachaça e deixadas por um tempo, para então tomar um peqeuno cálice dário como medicamento.
Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/impotencia.htm
O Ponto da Deusa
Filosofando
O Ponto da Deusa
Por Márcia Yáskara Guelpa
16.06.05
Pode parecer incrível, mas a idéia de a mulher ter prazer sexual foi, durante muitos séculos, inadmissível. Mulher não gostar de sexo, então, era considerado um predicado lisonjeiro, a valorizava, e mais, fazia com que fosse considerada feminina, pois eram vistas como seres humanos cuja principal função deveria ser procriar e serem apenas receptoras passivas da atividade sexual masculina.
Estudos e pesquisas sobre a sexualidade feminina são absolutamente recentes. Faz apenas 55 anos que o médico Ernst Grafenberg descreveu, pela primeira vez, um lugar dentro da vagina que é extremamente sensível à pressão intensa e, em sua homenagem, esse ponto passou a chamar-se Ponto G.
Localizado na parede interior da vagina, atrás do osso púbico, mais ou menos a cinco centímetros da entrada do canal vaginal, o Ponto G é muito importante para quem pratica o sexo tântrico, e é conhecido como o ponto da deusa, dado o papel a ele atribuído de trazer as mulheres ao pico do prazer. Na realidade, o Ponto G possui tamanho e localização variáveis de mulher para mulher. Para saber onde se localiza basta imaginar um pequeno relógio dentro da vagina, com o ponteiro das 12 horas apontado para o umbigo. A maioria das mulheres encontrará o Ponto G situado na região entre 11 e 1 hora. O Ponto G e o clitóris são descritos pelos tântricos como pólos de carga sexual – um dentro e outro fora da vagina.
Cassandra Lorius, em seu livro “Sexo Tântrico”, diz que uma das melhores maneiras de achar o Ponto G é agachar-se e enfiar dois dedos (polegar de uma das mãos e indicador de outra) na vagina, pressionando um para cima em direção ao umbigo e o outro para baixo sobre o osso púbico (parecido com o exame de um ginecologista). É mais fácil achá-lo quando se está excitada sexualmente, pois os tecidos incham e se tornam mais sensíveis. A textura é diferente da de outros músculos que circundam a vagina. É mais áspera, com protuberâncias ou arestas.
Entretanto, existe uma terrível resistência quanto à existência do ponto em questão, em decorrência dos vestígios ainda latentes das antigas idéias de que as mulheres não devem ter desejos ou reagirem como seres sexuais. Há, inclusive, quem afirme não ser ele real, mas apenas um mito, o que nos leva a crer que algumas pessoas tentem, com essa afirmação, restringir o prazer da mulher. Por outro lado, alguns autores atuais afirmam em seus livros que a mulher só pode ter orgasmo com a estimulação do clitóris.
A essa altura você já deve estar querendo localizar o seu Ponto G, não? Então vamos lá! Você vai perceber que ele se apresenta como uma pequena saliência enrugada, do tamanho de um feijão e que, quando estimulado, começa a intumescer-se, parecendo um pequeno caroço entre os dedos. Para algumas mulheres pode crescer até o tamanho de uma moeda.
Massagem yoni
Não fique desapontada se o não encontrar com facilidade. Por ser relativamente pequeno, muitas mulheres encontram dificuldade em localizá-lo sozinhas. Caso seja de sua preferência você poderá localizar o ponto da deusa através de uma massagem chamada yoni, cujo objetivo é o de ver e apreciar a yoni (vagina) da deusa hindu Shakti, que possui energia inata, a energia feminina. Não é algo que se precise construir ou criar, é algo que você precisa ativar tão logo a descubra.
Em “Sexo Tântrico”, Cassandra afirma que Shakti não é, na realidade, somente uma deusa, mas a força criativa por trás da existência, e se manifesta em diferentes formas. Por essa razão, diz ela, não é retratada como uma única deidade, mas como várias deusas que representam as várias qualidades dessa energia primal.
A massagem yoni, cuja finalidade é curar lembranças do passado que nela se armazenam, é fascinante e deve ser praticada por você e sua parceira. Vamos lá! Faça primeiro na sua parceira. Em seguida ela fará em você. Fique atenta para cada movimento e cada toque, pois ambos devem ser delicados e suaves.
Vejamos o que diz Cassandra Lorius sobre a massagem yoni:
* “Sua parceira deve deitar-se confortavelmente, com travesseiros apoiando onde for necessário. Você pode sentar-se a seu lado ou entre as suas pernas abertas, também apoiadas por travesseiros. Olhe para ela, sincronize a sua respiração com a dela, criando uma conexão amorosa. Ponha sua mão esquerda delicadamente sobre o coração dela, enquanto sua mão direita (se você for destra) descansa sobre a pelve, no chacra umbilical”.
* “Depois de alguns minutos, faça massagem no corpo dela, com óleo ou talco. Afaste a energia da região da pelve, levando-a para o ventre e descendo pelos braços, coxas e pernas”.
* “Massageie em volta da pelve, dos músculos acima do púbis, da virilha (na prega onde as coxas se encontram com a região púbica) e no topo das coxas – lugares onde a tensão pode se concentrar. Controle com ela o ritmo e a pressão dos movimentos da massagem”.
* “Antes de proceder à massagem da yoni, ponha a mão em concha sobre o púbis e os lábios vaginais de sua parceira, mantendo a outra no centro do coração, restabelecendo a conexão com os olhos”.
* “Depois de acariciar suavemente a região do púbis, derrame uma pequena quantidade de lubrificante sobre os lábios externos da yoni, e massageie suavemente esta parte. Faça isso por algum tempo, sem pressa. Olhe para a yoni da parceira, admire-a e diga o que vê”.
* “Aperte delicadamente o lábio externo com os dedos, e deslize-os por toda a sua extensão, para cima e para baixo. Faça a mesma coisa com os lábios internos (vulva). Aperte então todos os lábios nas mãos como um sanduíche de yoni. Pergunte à parceira se ela está gostando do ritmo e da pressão de seu toque”.
* “Acaricie o clitóris, fazendo pequenos círculos e comprimindo-o. Diga à parceira para relaxar, sentir as sensações eróticas proporcionadas sem se concentrar muito nelas. Você pode dispersar a energia afastando-a da região da pelve com a mão que está livre, ou aumentá-la com um duplo estímulo – acariciando um mamilo, por exemplo”.
* “Quando a parceira estiver pronta, ela vai lhe convidar a colocar o dedo médio da mão direita dentro da vagina. Explore o interior dela em todas as direções, fazendo uma massagem. O resto de sua mão pode descansar sobre o púbis ou massageá-lo. Varie a profundidade, velocidade e pressão de seus dados. Há três tipos principais de movimentos: pequenos círculos, vibrando onde parecer dormente, ou simplesmente segurando, sobretudo se a parceira parecer angustiada (neste caso é melhor a mão ficar parada, sem retirar o dedo)”.
* “Com a palma da mão para cima e o dedo médio dentro da yoni, mexa o dedo num gesto de “vem cá” ou dobre-o em direção à palma. Você vai entrar em contato com uma região de tecido esponjoso abaixo do osso púbico, atrás do clitóris. É chamada de Ponto G ou, para o Tantra, ponto sagrado. Sua parceira pode ter a sensação de querer urinar, ou experimentar dor ou prazer. Se for incômodo para a parceira, pare de mover os dedos ou tente variar a pressão, velocidade e padrão de movimentos. Você pode fazer movimentos para o lado, para a frente e para trás ou em círculos com o dedo médio”.
* “Mantenha a respiração e continue a olhar em seus olhos. Emoções fortes podem vir à tona, e ela pode querer chorar ou dividir com você o que está por vir. Continue respirando e seja delicada. Não entre em pânico. Continue a massagem até que ela lhe diga para parar. Remova então as suas mãos lentamente, com delicadeza e respeito. Deixe-a ali por um momento, deleitando-se com o resultado da massagem da yoni. Ou abrace-a com ternura”.
Orgasmos, ejaculação e resistência médica
O Ponto G adequadamente estimulado por pressão intensa, intumesce, aumenta de tamanho e pode provocar vários orgasmos consecutivos, com ou sem ejaculação. O resultado é um orgasmo vaginal bem diferente do orgasmo alcançado pela excitação do clitóris. Aliás, é cada vez maior o número de mulheres que experimentam o orgasmo a partir de sua estimulação.
Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, o Ponto G só existe para 1/3 das mulheres. Para os outros 2/3 ele não é a área mais sensível, mas, como a cultura diz que é, fica todo mundo correndo atrás.
Conhecido desde a antiguidade, o Ponto G foi descrito, no século XVII pelo anatomista holandês Regnier de Graaf como uma mucosa membranosa da uretra. Assim, podemos considerá-lo um homólogo da próstata masculina e entender por que o líquido que algumas mulheres expelem no momento do orgasmo é similar, quimicamente falando, ao sêmen masculino, sem conter espermatozóides. Essa expulsão, aliás, é conhecida como ejaculação feminina e muitos médicos a contestam. Contudo há comprovações de que a uretra pode expelir vários centímetros cúbicos de um líquido leitoso cuja composição se aproxima consideravelmente do fluido prostático.
Ponto U – Alguém conhece?
O Ponto G é, ainda, pouco conhecido e a respeito dele pouco se comenta. Isso talvez se deva ao fato da pouca importância dada à sexualidade feminina, e porque em um exame ginecológico normal a área do Ponto G é geralmente apalpada e não estimulada. Portanto, ele passa despercebido, pois em estado de repouso ele é praticamente imperceptível e de difícil localização.
A verdade é que mulheres que buscam sensações prazerosas poderão descobrir um ABC completo de pontos interessantes. Basta se tocarem mais. Entretanto, convém ressaltar que tais pontos não são fórmulas mágicas e nem todos os fisiologistas e anatomistas reconhecem com exatidão as estruturas vinculadas a esses pontos, a ponto de poderem confirmar seu papel na sensibilidade sexual.
Fala-se, atualmente, no Ponto U, descoberto pelo cientista norte-americano, Dr. Mckenna. Segundo ele, esse ponto é a chave do orgasmo feminino. Ele fica na entrada da uretra feminina e daí a escolha da letra U para batizá-lo. De acordo com essa teoria, baseada em experiências com ratos, cuja anatomia sexual é parecida com a do homem, a estimulação manual desse ponto desencadearia o aumento da serotonina – substância reguladora do nosso humor – produzida pelas células da uretra. E essa estimulação levaria rapidamente ao orgasmo. Entretanto, sua manipulação merece especial atenção, pois se trata de uma área extremamente sensível e deve ser tocada de leve e com mãos limpas. Irritação e sujeira podem provocar infecções no local e na bexiga.
http://gonline.uol.com.br/site/arquivos/estatico/gnews/gnews_filosofando_15.htm
O Ponto da Deusa
Por Márcia Yáskara Guelpa
16.06.05
Pode parecer incrível, mas a idéia de a mulher ter prazer sexual foi, durante muitos séculos, inadmissível. Mulher não gostar de sexo, então, era considerado um predicado lisonjeiro, a valorizava, e mais, fazia com que fosse considerada feminina, pois eram vistas como seres humanos cuja principal função deveria ser procriar e serem apenas receptoras passivas da atividade sexual masculina.
Estudos e pesquisas sobre a sexualidade feminina são absolutamente recentes. Faz apenas 55 anos que o médico Ernst Grafenberg descreveu, pela primeira vez, um lugar dentro da vagina que é extremamente sensível à pressão intensa e, em sua homenagem, esse ponto passou a chamar-se Ponto G.
Localizado na parede interior da vagina, atrás do osso púbico, mais ou menos a cinco centímetros da entrada do canal vaginal, o Ponto G é muito importante para quem pratica o sexo tântrico, e é conhecido como o ponto da deusa, dado o papel a ele atribuído de trazer as mulheres ao pico do prazer. Na realidade, o Ponto G possui tamanho e localização variáveis de mulher para mulher. Para saber onde se localiza basta imaginar um pequeno relógio dentro da vagina, com o ponteiro das 12 horas apontado para o umbigo. A maioria das mulheres encontrará o Ponto G situado na região entre 11 e 1 hora. O Ponto G e o clitóris são descritos pelos tântricos como pólos de carga sexual – um dentro e outro fora da vagina.
Cassandra Lorius, em seu livro “Sexo Tântrico”, diz que uma das melhores maneiras de achar o Ponto G é agachar-se e enfiar dois dedos (polegar de uma das mãos e indicador de outra) na vagina, pressionando um para cima em direção ao umbigo e o outro para baixo sobre o osso púbico (parecido com o exame de um ginecologista). É mais fácil achá-lo quando se está excitada sexualmente, pois os tecidos incham e se tornam mais sensíveis. A textura é diferente da de outros músculos que circundam a vagina. É mais áspera, com protuberâncias ou arestas.
Entretanto, existe uma terrível resistência quanto à existência do ponto em questão, em decorrência dos vestígios ainda latentes das antigas idéias de que as mulheres não devem ter desejos ou reagirem como seres sexuais. Há, inclusive, quem afirme não ser ele real, mas apenas um mito, o que nos leva a crer que algumas pessoas tentem, com essa afirmação, restringir o prazer da mulher. Por outro lado, alguns autores atuais afirmam em seus livros que a mulher só pode ter orgasmo com a estimulação do clitóris.
A essa altura você já deve estar querendo localizar o seu Ponto G, não? Então vamos lá! Você vai perceber que ele se apresenta como uma pequena saliência enrugada, do tamanho de um feijão e que, quando estimulado, começa a intumescer-se, parecendo um pequeno caroço entre os dedos. Para algumas mulheres pode crescer até o tamanho de uma moeda.
Massagem yoni
Não fique desapontada se o não encontrar com facilidade. Por ser relativamente pequeno, muitas mulheres encontram dificuldade em localizá-lo sozinhas. Caso seja de sua preferência você poderá localizar o ponto da deusa através de uma massagem chamada yoni, cujo objetivo é o de ver e apreciar a yoni (vagina) da deusa hindu Shakti, que possui energia inata, a energia feminina. Não é algo que se precise construir ou criar, é algo que você precisa ativar tão logo a descubra.
Em “Sexo Tântrico”, Cassandra afirma que Shakti não é, na realidade, somente uma deusa, mas a força criativa por trás da existência, e se manifesta em diferentes formas. Por essa razão, diz ela, não é retratada como uma única deidade, mas como várias deusas que representam as várias qualidades dessa energia primal.
A massagem yoni, cuja finalidade é curar lembranças do passado que nela se armazenam, é fascinante e deve ser praticada por você e sua parceira. Vamos lá! Faça primeiro na sua parceira. Em seguida ela fará em você. Fique atenta para cada movimento e cada toque, pois ambos devem ser delicados e suaves.
Vejamos o que diz Cassandra Lorius sobre a massagem yoni:
* “Sua parceira deve deitar-se confortavelmente, com travesseiros apoiando onde for necessário. Você pode sentar-se a seu lado ou entre as suas pernas abertas, também apoiadas por travesseiros. Olhe para ela, sincronize a sua respiração com a dela, criando uma conexão amorosa. Ponha sua mão esquerda delicadamente sobre o coração dela, enquanto sua mão direita (se você for destra) descansa sobre a pelve, no chacra umbilical”.
* “Depois de alguns minutos, faça massagem no corpo dela, com óleo ou talco. Afaste a energia da região da pelve, levando-a para o ventre e descendo pelos braços, coxas e pernas”.
* “Massageie em volta da pelve, dos músculos acima do púbis, da virilha (na prega onde as coxas se encontram com a região púbica) e no topo das coxas – lugares onde a tensão pode se concentrar. Controle com ela o ritmo e a pressão dos movimentos da massagem”.
* “Antes de proceder à massagem da yoni, ponha a mão em concha sobre o púbis e os lábios vaginais de sua parceira, mantendo a outra no centro do coração, restabelecendo a conexão com os olhos”.
* “Depois de acariciar suavemente a região do púbis, derrame uma pequena quantidade de lubrificante sobre os lábios externos da yoni, e massageie suavemente esta parte. Faça isso por algum tempo, sem pressa. Olhe para a yoni da parceira, admire-a e diga o que vê”.
* “Aperte delicadamente o lábio externo com os dedos, e deslize-os por toda a sua extensão, para cima e para baixo. Faça a mesma coisa com os lábios internos (vulva). Aperte então todos os lábios nas mãos como um sanduíche de yoni. Pergunte à parceira se ela está gostando do ritmo e da pressão de seu toque”.
* “Acaricie o clitóris, fazendo pequenos círculos e comprimindo-o. Diga à parceira para relaxar, sentir as sensações eróticas proporcionadas sem se concentrar muito nelas. Você pode dispersar a energia afastando-a da região da pelve com a mão que está livre, ou aumentá-la com um duplo estímulo – acariciando um mamilo, por exemplo”.
* “Quando a parceira estiver pronta, ela vai lhe convidar a colocar o dedo médio da mão direita dentro da vagina. Explore o interior dela em todas as direções, fazendo uma massagem. O resto de sua mão pode descansar sobre o púbis ou massageá-lo. Varie a profundidade, velocidade e pressão de seus dados. Há três tipos principais de movimentos: pequenos círculos, vibrando onde parecer dormente, ou simplesmente segurando, sobretudo se a parceira parecer angustiada (neste caso é melhor a mão ficar parada, sem retirar o dedo)”.
* “Com a palma da mão para cima e o dedo médio dentro da yoni, mexa o dedo num gesto de “vem cá” ou dobre-o em direção à palma. Você vai entrar em contato com uma região de tecido esponjoso abaixo do osso púbico, atrás do clitóris. É chamada de Ponto G ou, para o Tantra, ponto sagrado. Sua parceira pode ter a sensação de querer urinar, ou experimentar dor ou prazer. Se for incômodo para a parceira, pare de mover os dedos ou tente variar a pressão, velocidade e padrão de movimentos. Você pode fazer movimentos para o lado, para a frente e para trás ou em círculos com o dedo médio”.
* “Mantenha a respiração e continue a olhar em seus olhos. Emoções fortes podem vir à tona, e ela pode querer chorar ou dividir com você o que está por vir. Continue respirando e seja delicada. Não entre em pânico. Continue a massagem até que ela lhe diga para parar. Remova então as suas mãos lentamente, com delicadeza e respeito. Deixe-a ali por um momento, deleitando-se com o resultado da massagem da yoni. Ou abrace-a com ternura”.
Orgasmos, ejaculação e resistência médica
O Ponto G adequadamente estimulado por pressão intensa, intumesce, aumenta de tamanho e pode provocar vários orgasmos consecutivos, com ou sem ejaculação. O resultado é um orgasmo vaginal bem diferente do orgasmo alcançado pela excitação do clitóris. Aliás, é cada vez maior o número de mulheres que experimentam o orgasmo a partir de sua estimulação.
Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, o Ponto G só existe para 1/3 das mulheres. Para os outros 2/3 ele não é a área mais sensível, mas, como a cultura diz que é, fica todo mundo correndo atrás.
Conhecido desde a antiguidade, o Ponto G foi descrito, no século XVII pelo anatomista holandês Regnier de Graaf como uma mucosa membranosa da uretra. Assim, podemos considerá-lo um homólogo da próstata masculina e entender por que o líquido que algumas mulheres expelem no momento do orgasmo é similar, quimicamente falando, ao sêmen masculino, sem conter espermatozóides. Essa expulsão, aliás, é conhecida como ejaculação feminina e muitos médicos a contestam. Contudo há comprovações de que a uretra pode expelir vários centímetros cúbicos de um líquido leitoso cuja composição se aproxima consideravelmente do fluido prostático.
Ponto U – Alguém conhece?
O Ponto G é, ainda, pouco conhecido e a respeito dele pouco se comenta. Isso talvez se deva ao fato da pouca importância dada à sexualidade feminina, e porque em um exame ginecológico normal a área do Ponto G é geralmente apalpada e não estimulada. Portanto, ele passa despercebido, pois em estado de repouso ele é praticamente imperceptível e de difícil localização.
A verdade é que mulheres que buscam sensações prazerosas poderão descobrir um ABC completo de pontos interessantes. Basta se tocarem mais. Entretanto, convém ressaltar que tais pontos não são fórmulas mágicas e nem todos os fisiologistas e anatomistas reconhecem com exatidão as estruturas vinculadas a esses pontos, a ponto de poderem confirmar seu papel na sensibilidade sexual.
Fala-se, atualmente, no Ponto U, descoberto pelo cientista norte-americano, Dr. Mckenna. Segundo ele, esse ponto é a chave do orgasmo feminino. Ele fica na entrada da uretra feminina e daí a escolha da letra U para batizá-lo. De acordo com essa teoria, baseada em experiências com ratos, cuja anatomia sexual é parecida com a do homem, a estimulação manual desse ponto desencadearia o aumento da serotonina – substância reguladora do nosso humor – produzida pelas células da uretra. E essa estimulação levaria rapidamente ao orgasmo. Entretanto, sua manipulação merece especial atenção, pois se trata de uma área extremamente sensível e deve ser tocada de leve e com mãos limpas. Irritação e sujeira podem provocar infecções no local e na bexiga.
http://gonline.uol.com.br/site/arquivos/estatico/gnews/gnews_filosofando_15.htm
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