domingo, 2 de outubro de 2011

Tire dúvidas sobre masturbação


domingo, 25 de setembro de 2011 7:00

Do Diário do Grande ABC
Masturbação é o ato de dar-se prazer ou proporcioná-lo a outro, por meio de carícias na região genital (vagina, clitóris, pênis ou ânus). Vem da união entre dois termos latinos - manus, que significa mãos, e turbari, esfregar.
Já foi considerada coisa do demônio. Livros de medicina do século 19 afirmavam que provocava fraqueza e até surdez; médicos (ou videntes?) percebiam de longe quem havia se tocado por prazer. Quanta besteira! Mesmo que, ao longo do tempo, esse ato tenha passado a ser compreendido como atividade natural, ainda é visto com preconceito e vergonha.
Sexólogos e especialistas garantem que não causa problema, doença ou bizarrice (como nascimento de verrugas e pelos) para quem pratica. Pelo contrário. Quando feito em local reservado e moderadamente, é um jeito de o homem e a mulher conhecerem melhor o próprio corpo e seus mecanismos de prazer. Também é a chance de ficar de olho em como anda a saúde sexual. Confira o que a sexóloga Laura Muller e o urologista Paulo Mazili explicam sobre o assunto.

Masturbação vicia? Com que frequência pode ser feita?
Não vicia. É claro que em alguns períodos, a gente pode sentir mais desejo de se masturbar do que em outros, mas isso é natural e não significa que esteja viciado. Na verdade, não há uma regra. Pode ser todo mês, toda semana, todo dia. Depende da vontade. Só é um problema se começar a atrapalhar a vida, afastando a pessoa da convivência com amigos e família ou provocar machucados.

Os espermatozoides podem acabar por causa dela?
De jeito nenhum. Os homens não nascem com uma quantidade x de esperma. Diferentemente do caso das mulheres - em que há uma determinada quantidade de óvulos -, a produção de espermatozoides é contínua e nunca acaba.

Dizem que nasce pelo na mão, verruga...
Isso é lenda, não tem base científica. O aparecimento de espinhas também não está ligado à masturbação. Esses mitos fazem parte do folclore que envolve o assunto.

O pênis cresce por causa disso?
Não. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.O tamanho e a grossura do pênis estão ligados apenas à estrutura física e biológica de cada um. Também não há relação da masturbação com impotência e ejaculação precoce.

Pode pegar DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids ao se masturbar?
Depende. Isso só pode ocorrer se a masturbação acontecer entre duas ou mais pessoas (e uma delas esteja contaminada) e, após o ato, as secreções (esperma, fluido vaginal) entrarem em contato direto com os órgãos sexuais das demais. De qualquer forma, a masturbação é um dos atos sexuais mais seguros. Mas isso não quer dizer que dá para dispensar a higiene. Lave bem as mãos antes e depois e, de preferência, tome banho.

Toda masturbação provoca orgasmo?
Não necessariamente. Não é preciso ocorrer sempre a equação orgasmo=prazer sexual máximo. É possível apenas ter sensações prazerosas.

Perde a virgindade?
Teoricamente isso só ocorre se introduzir objetos dentro da vagina. Nesse caso, é possível que o hímen se rompa. Por isso, e pela possibilidade de provocar infecções, evite usar qualquer objeto.

Os outros conseguem saber se me masturbo?
Impossível. Nem o médico consegue ver se você se masturbou. Mas é importante ressaltar: é um ato pessoal e deve ser feito no seu quarto, na sua intimidade.

E se não quero me masturbar?
Não é regra se masturbar nem não querer se masturbar. A dica é fazer apenas e, tão somente, o que cada um tem vontade.

Pode se masturbar quando está namorando?
Muita gente sente ciúme da masturbação do companheiro ou da companheira, mas não é preciso. Uma prática não exclui a outra: o casal pode ser feliz sexualmente e, ao mesmo tempo, cada um sentir vontade e prazer pela masturbação.

45% dos brasileiros têm problemas para conseguir ou manter ereção


29/09/11, 08:21

De acordo com pesquisa, 45,1% dos homens brasileiros têm disfunção erétil.
A saúde sexual masculina vem melhorando muito nos últimos anos, desde o surgimento da famosa ‘pílula azul’. Outros medicamentos também já foram lançados, como o Cialis diário, que oferece ao homem a chance de tomar o medicamento de forma constante e não somente na hora ‘H’. Porém, como adverte o urologista Giuliano Aita, não é só a disfunção erétil o grande problema masculino.

Segundo ele, como mostra o recente resultado de uma pesquisa, grande parte desses homens que sofrem com disfunção erétil também apresentam outros problemas associados, que podem comprometer a vida sexual. “Quando falamos de disfunção sexual, geralmente se pensa somente na incapacidade de ereção, mas pode haver outros problemas concomitantes que não são resolvidos apenas com uso de pílulas”, diz o médico.


De acordo com a pesquisa, 45,1% dos homens brasileiros têm disfunção erétil (mínima, moderada ou completa), ou seja, algum problema para conseguir alcançar ou manter uma ereção. O estudo analisou o resultado de questionários de mais de 12.000 homens com mais de 40 anos de idade.
 
Os resultados mostraram ainda que 65% dos homens com disfunção erétil são também incapazes de obter um orgasmo, e 58% têm problemas com a ejaculação. " O urologista pode fazer essa análise e pensar na melhor terapêutica para cada caso”, explica o médico.
 
Giuliano explica melhor os dados e comenta sobre o que também pode ser um verdadeiro pesadelo para a vida sexual de um homem. Ejaculação precoce, retardada, incapacidade de ejacular e ejaculação dolorosa são tão problemáticas quanto a dificuldade de ereção, pois também trazem problemas de relacionamento e satisfação sexual. “Os remédios para ereção que vêm surgindo nos últimos anos comprovadamente auxiliam a vida sexual dos homens, porém, ainda há um longo caminho a se percorrer com relação aos outros males para os quais não há tratamento medicamentoso específico. Recentemente foi lançada no mercado europeu o primeiro medicamento com indicação exclusiva para o tratamento da ejaculação rápida que se mostrou eficaz quando usado de uma a três horas antes das relações sexuais. Este fato representa um grande avanço porque as medicações disponíveis para este problema eram apenas da classe dos antidepressivos, que podem têm efeitos colaterais significativos", pondera o médico.
 
E achar uma solução para essa problemática é crucial para os homens, tanto quanto vem sendo importante o surgimento de medicações para ereção. “Na verdade, qualquer fator que venha a atrapalhar o desempenho masculino é motivo de estresse, insatisfação e uma vida sexual ruim com prejuízo na qualidade de vida. Todos esses males têm que ser observados e tratados. Em muitos casos indicamos o acompanhamento conjunto da Psicologia", observa Giuliano.
 
Mas ainda há outro desafio percebido dentro dos consultórios médicos diariamente. É o fato de que muitos homens ainda não conseguem falar com seus médicos abertamente sobre esses problemas. Estima-se que, dos homens com mais de 50 anos na população em geral, 30 a 40% experimentem problemas em relação ao orgasmo e ejaculação. “Aos poucos os homens vem reconhecendo a importância da consulta médica, mas ainda há muito o que se conquistar para termos dados mais próximos da realidade”, diz Aita.


Para o presente e futuro, fica o desafio e a esperança da Medicina de que, assim como o Viagra, outras drogas sejam descobertas para atender a uma gama tão grande de problemas. “O fato é que a saúde masculina está mais no foco das atenções nos últimos anos e certamente as pesquisas estão sendo feitas para que cada vez mais disfunções sejam tratadas adequadamente também com medicamentos”, espera o médico.



Da redaçãoredacao@cidadeverde.com

Lésbicas apoiam mudança de sexo de filho de 11 anos


Caso está a causar polémica nos EUA
d.r.
Com apenas 11 anos, Thomas veste roupas femininas e comporta-se como uma menina
Um menino está no centro de uma grande polémica nos Estados Unidos. Thomas, de apenas 11 anos, decidiu tornar-se mulher e está a ser submetido a uma terapia hormonal para mudar de sexo. A transformação é apoiada pelas duas mães adoptivas.


Debra Lobel e Pauline Moreno contaram que as primeiras palavras do menino, aos três anos, em linguagem gestual, devido a um problema de fala, foram: "Eu sou uma menina". Aos sete anos, Thomas, agora chamado de Tammy, mutilou os próprios genitais. Nessa altura, psiquiatras diagnosticaram-lhe um transtorno de identidade sexual e, um ano depois, o menino iniciou o processo de transformação.
O tratamento hormonal, que o próprio menino aplica, vai impedi-lo de viver a adolescência como um rapaz, evitando o desenvolvimento da voz grave ou o crescimento de barba.
O apoio do casal de lésbicas à transformação do seu filho adoptivo está a ser fortemente criticado por amigos e família. "Estão todos zangados connosco. Como nos podem fazer isto? Deviam viver as suas próprias vidas!", desabafou Pauline Moreno, em declarações ao ‘Daily Mail'.
Às críticas, as mães, que adoptaram Tommy quando este tinha apenas dois anos, respondem com um estudo realizado no Reino Unido, que indica que 50 por cento dos transexuais tentam o suicídio antes de cumprir 20 anos.
Desde os oito anos que o menino escolhe roupas femininas e decidiu adoptar o nome de Tammy. As mães afirmam que Thomas passou de uma criança triste para uma menina feliz.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mídia e estereótipos de gênero

A personagem Gina integra o programa de animação “Café Central”, da Rádio Televisão Portuguesa (RTP). Na atração, ela é uma prostituta retratada como maníaca sexual. Gina, imigrante brasileira, não é um caso isolado. É apenas um dos exemplos, entre tantos outros, de como as mulheres do Brasil são estigmatizadas.

Diante da forma estereotipada com que a mulher brasileira vem sendo representada na mídia lusitana, movimentos e entidades portuguesas lançaram um manifesto criticando essa tendência. O texto cita a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (Cedaw/ONU), da qual Brasil e Portugal são signatários.

Clique aqui para ler o manifesto e assinar a petição online.

Leia abaixo a íntegra do manifesto.

Manifesto em repúdio ao preconceito contra as mulheres brasileiras em Portugal
Vimos por meio deste, manifestar nosso repúdio ao preconceito contra as mulheres brasileiras em Portugal e exigir que providências sejam tomadas por parte das autoridades competentes.

Concretamente, apontamos a comunicação social portuguesa e a forma como, insistentemente, tem construído e reproduzido o estigma de hiper sexualidade das mulheres brasileiras. Este estigma é uma violência simbólica e transforma-se em violência física, psicológica, moral e sexual. Diversos trabalhos de investigação, bem como o trabalho de diversas organizações da sociedade civil, têm demonstrado como as mulheres brasileiras são constantemente vítimas de diversos tipos de violência em Portugal.

O estigma da hiper sexualidade remonta aos imaginários coloniais que construíam as mulheres das colônias como objetos sexuais, escravas sexuais, e marcadas por uma sexualidade exótica e bizarra. Cita-se, por exemplo, a triste experiência da sul-africana Saartjie Baartman, exposta na Europa, no século XIX, como símbolo de uma sexualidade anormal. Em Portugal, esses imaginários coloniais, infelizmente, ainda são reproduzidos pela comunicação social.

Teríamos muitos exemplos a citar, mas focaremos no mais recente, o qual motivou um grupo de em torno de 140 mulheres e homens, de diferentes nacionalidades, a mobilizarem-se, a partir das redes sociais, para escrever este manifesto e conseguir apoio de diferentes organizações da sociedade civil. Trata-se da personagem “Gina”, do Programa de Animação “Café Central” da RTP (Rádio Televisão Portuguesa). A personagem é a única mulher do programa, a qual, devido ao forte sotaque brasileiro, quer representar a mulher brasileira imigrante em Portugal.

A personagem é retratada como prostituta e maníaca sexual, alvo dos personagens masculinos do programa. Trata-se de um desrespeito às mulheres brasileiras, que pode ser considerado racismo, pois inferioriza, essencializa e estigmatiza essas mulheres por supostas características fenotípicas, comportamentais e culturais comuns. Trata-se de um desrespeito a todas as mulheres, pois ironiza/escarnece sua sexualidade, sua possibilidade de exercer uma sexualidade livre, o que pode ser considerado machismo e sexismo.

Trata-se, ainda, de um desrespeito às profissionais do sexo, pois ironiza o seu trabalho, transformando-o em símbolo de deboche/piada/anedota, sendo que não é um trabalho criminalizado em Portugal, portanto, é um direito exercê-lo livre de estigmas. Destacamos que o fato é agravado por se tratar de uma emissora pública, a qual em hipótese alguma deveria difundir valores que ferem o direito das mulheres e da dignidade humana.

Exigimos, das autoridades competentes, que se faça cumprir a “CEDAW – Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres”, da qual tanto Portugal, como o Brasil, são signatários. Destacamos, também, o “Memorando de Entendimento entre Brasil e Portugal para a Promoção da Igualdade de Gênero”, no qual consta que estes países estão "resolvidos a conjugar esforços para avançar na implementação das medidas necessárias para a eliminação da discriminação contra a mulher em ambos os países".

Organizações e Movimentos Sociais que apoiam e subscrevem o Manifesto:
Associação ComuniDária – comunidade solidária à pessoa imigrante, sensível às questões de género e com iniciativas diversificadas de integração

Observatório das Representações de Género nos Média, UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

Movimento SlutWalk Lisboa
Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial de Mulheres
Casa do Brasil de Lisboa
Coordenação do Manifesto: Contatos: manifestobrasileiras@gmail.com

Publicada em: 29/09/2011 às 11:10 notícias CLAM
http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=%5FBR&infoid=8703&sid=7

Terapia sexual ajuda a salvar o relacionamento?

28/09/2011 -- 16h28
Com o objetivo de ajudar no tratamento de conflitos sexuais, a terapia sexual aparece como uma opção para casais
A terapia sexual é uma forma terapêutica desenvolvida nos últimos anos, principalmente para ajudar no tratamento de homens e mulheres com disfunções sexuais, tais como: ejaculação rápida, disfunção erétil (impotência), anorgasmia (ausência de orgasmo), dispareunia (dor na relação sexual), entre outras.

O profissional pode ser um médico ou psicólogo especialista em sexualidade humana, e tem como objetivo ajudar o indivíduo ou o casal a compreender os conflitos da vida sexual.

É importante se trabalhar com uma equipe multiprofissional (urologista, ginecologista, cardiologista, vascular, psicólogo, etc.) para saber as causas das disfunções sexuais: se elas são orgânicas, psicogênicas (origem psicológica), ou ambas.

O terapeuta sexual procurará identificar as causas do conflito sexual e trabalhará as possíveis soluções para uma melhoria sexual.

À medida que o paciente vai se conhecendo e esclarecendo as suas dúvidas, entendendo suas angústias, observamos uma melhora na sua vida pessoal e sexual. Muitos só necessitam de uma orientação.

Algumas vezes a presença do parceiro durante o tratamento é fundamental para ajudar o terapeuta a identificar conflitos que às vezes o próprio paciente não percebe em si.

O mais importante é o casal perceber a necessidade em buscar um profissional especialista no assunto e conversarem francamente sobre o problema. Começa aí a solução: uma boa conversa sobre si mesmo, assim como no início do namoro.

Lucianne Fernandes, psicóloga clínica especialista em Sexualidade Humana

É possível aumentar tamanho do pênis?

29/09/2011 -- 16h11
Por se tratar de um órgão essencialmente vascular, não existe nenhum tratamento eficaz para aumentar o pênis
Atualmente, com a internet e a grande disponibilidade de informações disponíveis para o público leigo, surgiu um novo filão para o charlatanismo. Os tratamentos mirabolantes vão desde medicamentos ''mágicos'' para a impotência sexual até métodos ''revolucionários'' de alongamento peniano. Nada disso tem fundamento científico.

O pênis é um órgão essencialmente vascular, ou seja, composto na sua maior parte de estruturas semelhantes aos vasos sanguíneos, os corpos cavernosos. Estes são os responsáveis pela ereção, se enchendo de sangue como uma esponja, na presença de estímulo sexual adequado. Portanto, o pênis não é um músculo que pode ser ''exercitado'' e ter seu tamanho aumentado, assim como fazemos com nossos bíceps na academia.

Do mesmo modo, existem aparelhos disponíveis que prometem um aumento peniano às custas de constante tração no pênis, acreditando que esticar este órgão constantemente provocará seu crescimento. Pura enganação.

Atualmente as cirurgias para aumento peniano são exclusivamente experimentais, podendo ser realizadas somente em instituições credenciadas para pesquisas em seres humanos e de acordo com rígidas diretrizes da bioética. Não estão disponíveis, ainda, para a população em geral.

É preciso que a população masculina entenda que o tamanho do pênis não tem relação nenhuma com o prazer feminino. A vagina da mulher tem, em média, de 7 cm a 8 cm, sendo a região de maior estímulo sexual a sua porção mais externa.

O pênis do brasileiro tem, em média, 14 cm a 16 cm em ereção. Portanto, a imensa maioria dos homens tem plena capacidade de ter relações sexuais satifastórias para ambos os sexos com seu pênis ''original de fábrica'', sem precisar recorrer a quaisquer artifícios duvidosos.

Juliano Plastina, urologista

Bicicleta - Pedalar pode estragar a vida sexual diz estudos médicos

Andar de bicicleta pode a vida sexual e provocar nos homens problemas irreversíveis de ereção, segundo uma série de recentes estudos médicos.

29.09.2011 - 14:24 - noticiasbizarras.com.br

Andar de bicicleta pode em alguns casos estragar a vida sexual e provocar nos homens problemas irreversíveis de ereção, segundo uma série de recentes estudos médicos.

Um selim inadaptado pode bloquear a circulação sanguínea nos órgãos genitais e levar à impotência, sendo que as mulheres ciclistas podem também ter problemas sexuais devido a má vascularização e inervação do clítoris.

Uma dezena de estudos feitos desde 2000 – e resumidos em três artigos publicados por médicos na edição de Setembro do Journal of Sexual Medicine – estima que quatro a cinco por cento dos homens que andam regularmente de bicicleta sofre de impotência em diversos graus, explica o urologista Irwin Goldstein.

Para este médico, chefe de redação do jornal, “por vezes os danos são apenas temporários”, mas nesses casos “vale mais mudar de atividade física”.

Os homens que usam bicicletas de competição, cujos selins são longos e estreitos, correm mais riscos de impotência sexual, afirma Goldstein.

O períneo, região entre o ânus e os órgãos genitais em que passa um canal com uma artéria e os nervos que participam no bom funcionamento sexual, nunca fica comprimido quando uma pessoa se senta numa cadeira.

Mas num selim de bicicleta a pressão é sete vezes maior.

Quando mais estreita for a parte da frente do selim, maior é a compressão do períneo, acrescenta.

Também um estudo que comparou as mulheres ciclistas com as corredoras mostra que as adeptas da bicicleta têm mais dificuldade em chegar ao orgasmo.

Para Steven Schrader, especialista no sistema reprodutor no Instituto Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (NIOSH), isto não quer dizer que se deva deixar de andar de bicicleta.

“Os ciclistas ocasionais raramente têm problemas” – escreve este especialista num editorial do jornal. “Mas os que passam longas horas todas as semanas sentados num selim devem ter cuidado”.

Segundo estudos, um ciclista sentado num selim tradicional, longo e estreito, projeta para a frente um quarto do seu peso, exercendo uma pressão máxima sobre o períneo.

Três minutos depois, o fluxo sanguíneo que alimenta o pênis começa a diminuir, explicou Goldstein. Passada uma hora, o pênis entorpece, primeiro sinal de problema, acrescentou.

Na sua óptica, os fabricantes de bicicletas, embora tentem melhorar os selins, “evitam reconhecer o problema”, o que atribui “talvez ao medo de processos judiciais”.

“Não é normal que as bicicletas sejam vendidas sem avisos, já que se trata de um verdadeiro problema médico”, insiste Goldstein.