domingo, 2 de outubro de 2011

45% dos brasileiros têm problemas para conseguir ou manter ereção


29/09/11, 08:21

De acordo com pesquisa, 45,1% dos homens brasileiros têm disfunção erétil.
A saúde sexual masculina vem melhorando muito nos últimos anos, desde o surgimento da famosa ‘pílula azul’. Outros medicamentos também já foram lançados, como o Cialis diário, que oferece ao homem a chance de tomar o medicamento de forma constante e não somente na hora ‘H’. Porém, como adverte o urologista Giuliano Aita, não é só a disfunção erétil o grande problema masculino.

Segundo ele, como mostra o recente resultado de uma pesquisa, grande parte desses homens que sofrem com disfunção erétil também apresentam outros problemas associados, que podem comprometer a vida sexual. “Quando falamos de disfunção sexual, geralmente se pensa somente na incapacidade de ereção, mas pode haver outros problemas concomitantes que não são resolvidos apenas com uso de pílulas”, diz o médico.


De acordo com a pesquisa, 45,1% dos homens brasileiros têm disfunção erétil (mínima, moderada ou completa), ou seja, algum problema para conseguir alcançar ou manter uma ereção. O estudo analisou o resultado de questionários de mais de 12.000 homens com mais de 40 anos de idade.
 
Os resultados mostraram ainda que 65% dos homens com disfunção erétil são também incapazes de obter um orgasmo, e 58% têm problemas com a ejaculação. " O urologista pode fazer essa análise e pensar na melhor terapêutica para cada caso”, explica o médico.
 
Giuliano explica melhor os dados e comenta sobre o que também pode ser um verdadeiro pesadelo para a vida sexual de um homem. Ejaculação precoce, retardada, incapacidade de ejacular e ejaculação dolorosa são tão problemáticas quanto a dificuldade de ereção, pois também trazem problemas de relacionamento e satisfação sexual. “Os remédios para ereção que vêm surgindo nos últimos anos comprovadamente auxiliam a vida sexual dos homens, porém, ainda há um longo caminho a se percorrer com relação aos outros males para os quais não há tratamento medicamentoso específico. Recentemente foi lançada no mercado europeu o primeiro medicamento com indicação exclusiva para o tratamento da ejaculação rápida que se mostrou eficaz quando usado de uma a três horas antes das relações sexuais. Este fato representa um grande avanço porque as medicações disponíveis para este problema eram apenas da classe dos antidepressivos, que podem têm efeitos colaterais significativos", pondera o médico.
 
E achar uma solução para essa problemática é crucial para os homens, tanto quanto vem sendo importante o surgimento de medicações para ereção. “Na verdade, qualquer fator que venha a atrapalhar o desempenho masculino é motivo de estresse, insatisfação e uma vida sexual ruim com prejuízo na qualidade de vida. Todos esses males têm que ser observados e tratados. Em muitos casos indicamos o acompanhamento conjunto da Psicologia", observa Giuliano.
 
Mas ainda há outro desafio percebido dentro dos consultórios médicos diariamente. É o fato de que muitos homens ainda não conseguem falar com seus médicos abertamente sobre esses problemas. Estima-se que, dos homens com mais de 50 anos na população em geral, 30 a 40% experimentem problemas em relação ao orgasmo e ejaculação. “Aos poucos os homens vem reconhecendo a importância da consulta médica, mas ainda há muito o que se conquistar para termos dados mais próximos da realidade”, diz Aita.


Para o presente e futuro, fica o desafio e a esperança da Medicina de que, assim como o Viagra, outras drogas sejam descobertas para atender a uma gama tão grande de problemas. “O fato é que a saúde masculina está mais no foco das atenções nos últimos anos e certamente as pesquisas estão sendo feitas para que cada vez mais disfunções sejam tratadas adequadamente também com medicamentos”, espera o médico.



Da redaçãoredacao@cidadeverde.com

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