Andar de bicicleta pode a vida sexual e provocar nos homens
problemas irreversíveis de ereção, segundo uma série de recentes estudos
médicos.
29.09.2011 - 14:24 -
noticiasbizarras.com.br
Andar de bicicleta pode em alguns casos estragar a vida sexual e
provocar nos homens problemas irreversíveis de ereção, segundo uma série de
recentes estudos médicos.
Um selim inadaptado pode bloquear a circulação sanguínea nos
órgãos genitais e levar à impotência, sendo que as mulheres ciclistas podem
também ter problemas sexuais devido a má vascularização e inervação do
clítoris.
Uma dezena de estudos feitos desde 2000 – e resumidos em três
artigos publicados por médicos na edição de Setembro do Journal of Sexual
Medicine – estima que quatro a cinco por cento dos homens que andam
regularmente de bicicleta sofre de impotência em diversos graus, explica o
urologista Irwin Goldstein.
Para este médico, chefe de redação do jornal, “por vezes os danos
são apenas temporários”, mas nesses casos “vale mais mudar de atividade
física”.
Os homens que usam bicicletas de competição, cujos selins são
longos e estreitos, correm mais riscos de impotência sexual, afirma Goldstein.
O períneo, região entre o ânus e os órgãos genitais em que passa
um canal com uma artéria e os nervos que participam no bom funcionamento
sexual, nunca fica comprimido quando uma pessoa se senta numa cadeira.
Mas num selim de bicicleta a pressão é sete vezes maior.
Quando mais estreita for a parte da frente do selim, maior é a
compressão do períneo, acrescenta.
Também um estudo que comparou as mulheres ciclistas com as
corredoras mostra que as adeptas da bicicleta têm mais dificuldade em chegar ao
orgasmo.
Para Steven Schrader, especialista no sistema reprodutor no
Instituto Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (NIOSH), isto não quer
dizer que se deva deixar de andar de bicicleta.
“Os ciclistas ocasionais raramente têm problemas” – escreve este
especialista num editorial do jornal. “Mas os que passam longas horas todas as
semanas sentados num selim devem ter cuidado”.
Segundo estudos, um ciclista sentado num selim tradicional, longo
e estreito, projeta para a frente um quarto do seu peso, exercendo uma pressão
máxima sobre o períneo.
Três minutos depois, o fluxo sanguíneo que alimenta o pênis começa
a diminuir, explicou Goldstein. Passada uma hora, o pênis entorpece, primeiro
sinal de problema, acrescentou.
Na sua óptica, os fabricantes de bicicletas, embora tentem
melhorar os selins, “evitam reconhecer o problema”, o que atribui “talvez ao
medo de processos judiciais”.
“Não é normal que as bicicletas sejam vendidas sem avisos, já que
se trata de um verdadeiro problema médico”, insiste Goldstein.
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