terça-feira, 15 de maio de 2012
A arte de beijar
Especialista fala sobre a importância do beijo e ensina alguns bastante inusitados | |
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Por Ilana Ramos |
Beijo de selinho, de língua, esquimó, de bom dia e de saudade são beijos comuns. Mas ainda existem beijos técnicos, de peixinho, de mola, grampo, touro. É mais do que a gente sequer se dá conta. Tanto que um especialista no tema reuniu – e descreveu – 484 formas diferentes de beijar. Pois é, um beijo nunca é igual ao outro e nem deveria ser. O beijo faz parte de uma relação amorosa e é através dele que conseguimos medir a "temperatura" da relação. Não importa a idade do casal, beijar é uma arte que deve ser explorada em todas as suas vertentes.
Em um relacionamento amoroso, o beijo é fundamental. De acordo com Pedro Paulo Carneiro, jornalista, diretor de TV e cinema e autor do livro "Dossiê do Beijo: 484 formas de beijar", da editora Catedral das Letras, "sem beijo não existe relação amorosa verdadeira, não existe a cumplicidade. O beijo é muito mais do que a união de duas bocas, é a junção de almas, texturas, cheiros, gostos, sentimentos, energias e vontades. Através do beijo, o casal mantém uma relação de reciprocidade amorosa, sendo ele, também, um termômetro infalível do nível de afetividade do casal".
"O beijo é o termômetro do sexo". Quem nunca ouviu esse dito popular? O beijo sempre precede o sexo e é uma excelente maneira de medir o nível de entrosamento do casal. "Esse dito é 90% verdade. O beijo é a conexão mais íntima entre dois corpos, maior até que a relação sexual. Nossas bocas, língua, palato têm terminações nervosas semelhantes a do nosso órgão sexual. Através do beijo conseguimos transmitir mais de 60 tipos diferentes de sensações, que vão desde o odor da saliva, passando pela textura dos lábios, dos movimentos da língua, pela intensidade, vontades, pupilas dilatadas até chegar aos feromônios liberados. Tudo isto e muito mais enviam para nosso cérebro informações preciosas sobre o tipo de pessoa que estamos beijando, sexualmente falando", diz Pedro.
Beijar é bom em todas as épocas da vida, mas, na maturidade, esse gesto adquire um nível diferente. Pedro explica dizendo que " o beijo não muda ao longo da vida, o que muda é o sentimento envolvido nele. Uma pessoa com mais de 50 anos pode vir a beijar outra de uma forma mais quente e decisiva do que um adolescente. O que importa na verdade são os sentimentos envolvidos. Gosto de contar a história do surgimento do selinho (forma mais tradicional de se beijar), para que possamos entender esta relação. O selinho 'nasceu' na Idade Média quando senhores donos de terras trocavam seus bens e 'selavam' o acordo através de um beijo frontal, com duas testemunhas que presenciavam a cena. Ou seja, este beijo significa compromisso, não afetividade. Com o advento da peste, este costume foi substituído pelo sinete do anel no papel, e, posteriormente, pela assinatura".
Casais que estão juntos há muito tempo tendem a perder a intensidade e o "fogo" do relacionamento – dando muito mais selinhos do que outros tipos de beijos para demonstrar afetividade. Acontece que, como já vimos, o selinho não é o tipo de beijo ideal para isso. "Muitos casais ao longo dos anos vão perdendo 'o calor' do beijo, restando apenas o selinho. E selo, como vimos, significa compromisso, e não paixão, afetividade. Costumo dar uma sugestão para manter a chama acesa: dê dez beijos diferentes por dia", recomenda Pedro. "Beijar é um tipo diferente de arte porque você pode executá-la de diferentes formas e evoluir na 'arte' de conceder prazer. O beijo nada mais é do que proporcionar a liberação da serotonina, o elemento neurotransmissor de prazer", conclui.
Ao longo de mais de dez anos, Pedro Paulo Carneiro viajou para mais de 40 países para estudar o beijo. "O que me motivou a fazer isso foi, definitivamente, a sensação deliciosa que senti no meu primeiro beijo. Isto me fez querer aprender o porquê deste ato me proporcionar tanto prazer. Após ter me tornado jornalista, resolvi fazer uma pesquisa séria e objetiva sobre o assunto. Descobri muitos tipos de beijos e, após a edição do meu livro 'Dossiê do Beijo: 484 Formas de Beijar', eu descobri ainda mais, chegando a 600 formas diferentes”.
Beijo Japão:
Posicione-se atrás do seu parceiro (a), enlace a cintura com o braço direito estreitando (grudando) o corpo no dele(a). Com a mão esquerda, segure o cabelo e desnuda a nuca. Com a boca levemente entreaberta, beije a nuca (fortemente), vá girando pelo pescoço com a mesma forma de beijar. Quando chegar no canto da boca, com uma leve torção, gire a boca do(a) parceiro(a) em direção à sua e aplique um beijo “em cruz invertido” com a língua profundamente introduzida na boca do(a) parceiro(a). Todos estes movimentos fazem com que o sangue flua mais livremente para os lábios, deixando-os mais sensíveis. Esse era o beijo que os japoneses davam em suas gueixas.
Beijo “Blade Runner" (dei este nome, pois no filme Blade Runner, Harrison Ford aplica o beijo na atriz Sean Young):
Encoste seu parceiro na parede. Cole seu corpo de forma que ele(a) não consiga movimentar para frente. Cole sua boca e dê um selo forte, quase violento, até que os dentes do(a) parceiro(a) venham a ferir levemente os lábios internamente. Ao sentir que isto aconteceu, introduza sua língua lentamente entre os dentes e os lábios, passando lentamente. Isto fará a dor sumir e restará o prazer de sentir a boca pulsando durante uns sete dias. Era a forma que os indianos faziam para que suas mulheres não se esquecessem deles.
Orgásmico (China):
Este beijo é um facilitador do orgasmo (feminino ou masculino), sendo que ele depende de muita técnica e prática. Quando um casal está copulando, muitas vezes acontece uma dificuldade de se chegar ao orgasmo. Este beijo apressa esta chegada. Consiste em passar a língua no céu da boca da outra pessoa, vindo de trás para frente. Independentemente da intensidade do sexo que se está pratincando, deve-se ser feito isso lentamente. Estes movimentos do céu da boca liberarão a serotonina. A liberação dessa substância ajudará bastante e apressará o orgasmo.
Fruta com mordida:
A boca deve pegar um pedaço de fruta. Comece a brincar com ela entre os lábios e passe-a para outra boca, e pegue a de volta. Num determinado momento, morda a fruta e mastigue-a. Misture a fruta na boca de ambos. Acredita-se que com este ato, você estejam compartilhando a mesma vida, nessa caso, representada pela fruta.
...E o vento levou
com Clark Gable e Viven Leigh:
Este beijo é um espelho clássico da época em que foi produzido. O homem (Clark Gable) se aproxima da mulher (Scarlet), a imobiliza e a beija de cima para baixo, inclinando sua cabeça fortemente para baixo. Este é um gesto de opressão, de imobilidade, este beijo não dá chance da outra pessoa participar plenamente da ação. O ato de inclinar a cabeça para trás diminui sensivelmente o fluxo de sangue para o cérebro, deixando a pessoa beijada um pouco tonta com isso.
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2_t2.asp?conteudo_id=8746
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Livro foca as diversidades sexuais
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Na oportunidade, a professora, que leciona na graduação de Direito e no mestrado em Direito Processual e Cidadania da Unipar, e o trio lançaram o livro ‘Minorias Sexuais’. Abordando temáticas relacionadas à diversidade sexual, gênero e sexualidade, a obra conta com a colaboração de outros pesquisadores, estudiosos e profissionais de renome nacional e internacional. “O prefácio foi escrito pela ex-prefeita de São Paulo e hoje senadora, Marta Suplicy; mais de mil pessoas assistiram ao lançamento”, conta Tereza Vieira. ”É uma honra lançar um livro e participar de um grande evento como esse”, exalta. Durante o Congresso, a professora foi lembrada como uma das mais destacadas figuras paranaenses no cenário jurídico atual, sendo agraciada com placa que destaca ‘O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre’. A homenagem foi prestada pelo Instituto de Bioética e Direito de Maringá, presidido por Valéria Galdino Cardin, e pelo Centro Acadêmico de Direito Horácio Raccanelo Filho, representado pelo acadêmico Samuel Hübler. “Tudo o que fazemos é pensando nos outros. Nossa função é construir e socializar conhecimento. Ser tida como exemplo a ser seguido é muito gratificante. Procuro sempre incentivar os alunos a acreditar que, com muita dedicação e seriedade, poderão um dia alcançar projeção”, diz a professora, autora de um vasto trabalho com expressivo reconhecimento, também, no exterior. A obra coletiva é dedicada à jurista Maria Berenice Dias, ex-desembargadora e presidente da Comissão Nacional da Diversidade Sexual da OAB Federal. Um dos colaboradores do livro, o estudante de Psicologia Rogério Melo, participou no capítulo ‘A heteronormatividade das representações midiáticas: símbolos presentes na construção da subjetividade homoafetiva’, que aborda as questões das representações da mídia sobre a figura do homossexual. “É uma problematização crítica a respeito da visibilidade das minorias sexuais, onde se tem a heterossexualidade como hegemônica e natural”, explica. “Participar desta obra foi uma conquista, uma oportunidade gratificante! Vejo também como uma resposta à minha dedicação, já que, desde que entrei na graduação, sempre estive ligado a projetos de pesquisa”, diz o estudante, que é membro de dois diretórios há cinco anos. http://www.ilustrado.com.br/2011/ExibeNoticia.aspx?Not=Livro%20foca%20as%20diversidades%20sexuais&NotID=23443 |
Brasileiros identificam gene que causa câncer de pênis mais grave
14/05/2012 08h00 - Atualizado em 14/05/2012 08h00
Ausência da proteína 'guardiã' do DNA explica os tumores mais agressivos.
Descoberta deve levar a tratamentos médicos mais precisos.
Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo
Uma pesquisa brasileira identificou uma mutação genética que está ligada aos casos mais graves e agressivos do câncer de pênis. A descoberta deve levar a tratamentos mais precisos, com menor risco de reaparecimento dos tumores.
O câncer de pênis é relativamente raro, principalmente nos países mais desenvolvidos. Em geral, está relacionado a infecções causadas por agentes como o vírus do papiloma humano (HPV) e a bactéria causadora da sífilis. Em uma pesquisa recente do próprio Hospital do Câncer A.C. Camargo, o surgimento desse câncer em alguns casos foi ligado à zoofilia – a prática de sexo com animais.
O objetivo de Rafael Malagoli, pesquisador do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, era identificar proteínas que, quando alteradas, mostrassem alguma relação com o surgimento do câncer de pênis. A mais importante foi uma proteína chamada "p53", que desaparecia nos casos mais agressivos de câncer.
Em um organismo saudável, a p53 atua como uma “guardiã” do DNA celular, nas palavras de Malagoli. Se houver qualquer alteração nesse material, cabe a essa proteína identificar o problema e fazer com que a célula morra.
Essa função é fundamental na defesa do corpo contra o câncer, pois as alterações do DNA podem levar ao surgimento de tumores. Se a célula cancerosa não morrer logo, o câncer pode se espalhar.
“Alguns cânceres estão ligados à deficiência dessa proteína”, afirmou o pesquisador, que citou o câncer de mama, além do de pênis, entre os provocados pela ausência da p53.
Para que essa proteína funcione normalmente, ela depende de um gene, o TP53. A ausência é explicada, portanto, por um problema desse gene. “O gene que expressa essa proteína sofre uma mutação e passa a produzir uma proteína alterada, que não desempenha sua função de vigiar o DNA”, explicou Malagoli.
Uso na prática
Quando um paciente é identificado com o câncer de pênis, a primeira providência do médico é fazer uma biópsia. Esse exame do tumor permite dizer se existe ou não deficiência da proteína por trás do surgimento do câncer.
Quando um paciente é identificado com o câncer de pênis, a primeira providência do médico é fazer uma biópsia. Esse exame do tumor permite dizer se existe ou não deficiência da proteína por trás do surgimento do câncer.
Caso haja, significa que o tumor será mais agressivo. No entanto, a constatação não serve apenas para apavorar o paciente. Ela também orienta o médico na hora de tratar o câncer. Sabendo que o câncer é de um tipo mais agressivo, ele precisará retirar uma maior parte do órgão na cirurgia. Além disso, a quimioterapia tem que ser mais forte.
Malagoli argumentou que esse é um ponto positivo, porque quando o médico e o paciente se preparam para um tratamento mais intenso, diminui a chance de que o câncer retorne.
O objetivo do pesquisador em seus próximos estudos é “investigar proteínas que estejam relacionadas ao movimento da célula”. Em outras palavras, ele quer descobrir que mecanismos fazem com que o câncer se espalhe pelo corpo, provocando a metástase, que é o que leva à morte.
O estudo foi publicado pela revista científica "Human Pathology".
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/brasileiros-identificam-gene-que-causa-cancer-de-penis-mais-grave.html
Câmara sediará nesta terça-feira 9º Seminário Nacional LGBT
14/05/2012 13:40
Encontro terá como temas sexualidade na infância e adolescência, papel de gênero e bullying.
A Câmara sediará nesta terça-feira (15) o 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que já acontece há oito anos. O seminário será realizado durante todo o dia. O tema será sexualidade na infância e na adolescência, papel de gênero e bullying e o lema do encontro é “Respeito à diversidade se aprende na infância”.
Segundo os organizadores, o evento discutirá amplamente a questão do bullying na adolescência, ouvindo especialistas das áreas de direito, psicologia e educação, com o objetivo de recuperar a discussão iniciada pela apresentação do projeto “Escola Sem Homofobia”.
Organizado pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Educação e Cultura, o seminário este ano também conta, pela primeira vez, com o apoio e organização de duas Frentes Parlamentares Mistas: pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente. O evento será transmitido ao vivo pelo site da Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), coautor do requerimento do seminário ao lado da deputada Erika Kokay (PT-DF), abrir esse debate para a sociedade como um todo, mas principalmente aos agentes do setor da educação, “é imprescindível nesse momento, principalmente dado o impacto negativo que o bullying tem na escola e no acesso ao direito à educação de qualidade”.
Participarão dos debates Maria Berenice Dias, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM); Lena Franco, do Instituto Ecos – Comunicação e Sexualidade e Coordenadora do Projeto Escola Sem Homofobia; e Miriam Abramovay – Coordenadora do projeto Violência e convivência nas escolas brasileiras (parceria entre FLACSO, MEC e OEI), além de representantes do governo e de organizações internacionais como Unesco e Unicef.
Também participarão do evento relatando experiências pessoais e representando o movimento, João W Nery, primeiro transhomem brasileiro e autor do livro “Viagem Solitária”, que vai descrever sua experiência sobre a influência da questão do papel de gênero em seu processo de educação; e Angélica Ivo, mãe do jovem Alexandre Ivo, torturado e morto aos 14 anos por crime de homofobia em São Gonçalo (RJ).
Com três eixos temáticos, a programação do seminário terá as seguintes mesas: “Subjetividades e papéis de gênero (É possível falar em uma infância e adolescência gay?)”; “Educação, sexualidade e gêneros (O que os papéis de gênero têm a ver com a prática do bullying nas escolas?)”; e “Infância, adolescência e estado de direitos (Como estender as redes de proteção da infância e da adolescência aos meninos e meninas que fogem dos papéis de gênero?)”.
O seminário será realizado no Plenário 9 a partir das 9 horas.
Segundo os organizadores, o evento discutirá amplamente a questão do bullying na adolescência, ouvindo especialistas das áreas de direito, psicologia e educação, com o objetivo de recuperar a discussão iniciada pela apresentação do projeto “Escola Sem Homofobia”.
Organizado pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Educação e Cultura, o seminário este ano também conta, pela primeira vez, com o apoio e organização de duas Frentes Parlamentares Mistas: pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente. O evento será transmitido ao vivo pelo site da Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), coautor do requerimento do seminário ao lado da deputada Erika Kokay (PT-DF), abrir esse debate para a sociedade como um todo, mas principalmente aos agentes do setor da educação, “é imprescindível nesse momento, principalmente dado o impacto negativo que o bullying tem na escola e no acesso ao direito à educação de qualidade”.
Participarão dos debates Maria Berenice Dias, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM); Lena Franco, do Instituto Ecos – Comunicação e Sexualidade e Coordenadora do Projeto Escola Sem Homofobia; e Miriam Abramovay – Coordenadora do projeto Violência e convivência nas escolas brasileiras (parceria entre FLACSO, MEC e OEI), além de representantes do governo e de organizações internacionais como Unesco e Unicef.
Também participarão do evento relatando experiências pessoais e representando o movimento, João W Nery, primeiro transhomem brasileiro e autor do livro “Viagem Solitária”, que vai descrever sua experiência sobre a influência da questão do papel de gênero em seu processo de educação; e Angélica Ivo, mãe do jovem Alexandre Ivo, torturado e morto aos 14 anos por crime de homofobia em São Gonçalo (RJ).
Com três eixos temáticos, a programação do seminário terá as seguintes mesas: “Subjetividades e papéis de gênero (É possível falar em uma infância e adolescência gay?)”; “Educação, sexualidade e gêneros (O que os papéis de gênero têm a ver com a prática do bullying nas escolas?)”; e “Infância, adolescência e estado de direitos (Como estender as redes de proteção da infância e da adolescência aos meninos e meninas que fogem dos papéis de gênero?)”.
O seminário será realizado no Plenário 9 a partir das 9 horas.
Da Redação/MM
Sexualidade responsável é tema de debate no dia do orgasmo
08/05/2012 às 18:52h
A falta de uma ação mais enérgica na educação sexual da população tem gerado graves problemas pra saúde física e mental.
O Debate sobre o Orgasmo em Esperantina vem possibilitando uma discussão séria sobre a sexualidade. Neste ano um levantamento do município traz o tema da gravidez infanto-juvenil para o debate.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que em 2011 foram acompanhadas pela “Estratégia de Saúde da Família - ESF” 659 gestantes menores de 20 anos. Nestes primeiros meses de 2012 já são 114 gestantes nesta faixa etária. Autoridades e população no dia 09 de maio vão poder enfrentar o problema de frente em busca de uma solução para evitar o crescimento destes índices. A sexualidade responsável será o ponto norteador do debate deste ano.
80% de abusos sexuais ocorreram com crianças de 0 a 15 anos
08/05/12, 10:37
Os dados são dos primeiros quatro meses de 2012. Dos 138 exames, 108 foram realizados em crianças de 0 a 15 anos.
No próximo dia 18 de maio é lembrado pelo Dia Nacional de Luta o Abuso e a Exploração Sexual Infantil. Até o dia 27 de abril, o Serviço de Atenção às mulheres Vítimas de Violência Sexual – (Samvvis) atendeu 138 atendimentos, sendo que 108 foram feitos a crianças de zero a 15 anos, ou seja quase 80% dos casos envolvem crianças e adolescentes.
No ano passado, foram realizados 341 atendimentos de corpo de delito que depois foram encaminhados para psicólogos, ginecologistas e assistentes sociais, em caso de estupros, destes 263 foram em crianças de até 15 anos.
Divulgação

De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), uma média de duas a três denúncias de abuso sexual são recebidas por dia. E a maioria dos acusados são pessoas conhecidas das vítimas, sendo a maioria, de acordo com o juiz Almir Adib Tajra, da 7ª Vara Criminal, familiares e vizinhos.
A psicóloga Kislley Sá Urtiga afirma que as crianças não tendem a denunciar porque infringem os sofrimentos e danos as elas por quem deveria dar proteção.
Essas crianças tendem a apresentar diversas mudanças de comportamento. “Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa autoestima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros”, destacou a psicóloga.
Foto: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

Psicóloga Kislley Sá Urtiga
Veja entrevista com a psicóloga sobre os traumas que a violência pode provocar numa criança:
1. Por que as crianças tendem a não contar o fato?
Porque infringem sofrimentos e danos a criança, exercidos, geralmente, por adultos que deveriam ser, a princípio, os responsáveis pela segurança, supervisão e proteção. No entanto, falham nessas tarefas, não estabelecendo relações recíprocas e apresentando desequilíbrio nas funções relativas ao poder.
2. É possível perceber que a criança sofre de abuso sexual? Como? Há mudança de comportamento, especifica?
A violência sexual corresponde aos atos de natureza sexual impostos a uma criança ou adolescente por um adulto que explora seu poder hierarquicamente superior, sob a forma de assédio verbal, invasão de limites corporais ou psicológicos com toques ou palavras e relações sexuais genitais, orais ou anais. No abuso sexual, as atividades sexuais não estão sintonizadas com o nível de desenvolvimento do adolescente, o qual é incapaz de dar o seu consentimento.
O abusador poderá envolver a vítima em situações de estupro, incesto e exploração sexual. A violência pode desencadear uma ou mais reações específicas nas pessoas envolvidas e no contexto nas quais estão inseridas. O comportamento mais observado, são pessoas frustradas e vulneráveis, a expressar agressividade.
Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa auto-estima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros.
3. Que traumas essa criança pode ter após sofrer abuso sexual?
São atos de hostilidade e agressividade que podem influenciar na motivação, na autoimagem e na autoestima. Podendo ser associado no futuro a graves disfunções sexuais.
4. Como tratar esse trauma?
Devem ser trabalhados aspectos relacionados à autoestima, autoimagem, bem-estar emocional, de acordo com o grau de severidade e de comprometimento da vítima da violência;
Atendimento psicológico familiar, com o objetivo de trabalhar as crenças, mitos, segredos familiares, autoestima dos membros da família e fortalecê-la para resolver seus conflitos e estabelecer a comunicação entre os membros;
Além das propostas citadas anteriormente, cabe aos psicólogos desenvolverem uma visão estratégica, isto é, ter ações eficazes para a valorização dos potenciais individuais.
5. As sequelas ficam para a vida toda? Essa criança pode se tornar um pedófilo?
O abuso sexual deve ser analisado em relação à sua frequência, intensidade, severidade e duração. Se a criança é submetida, desde cedo, a situações de abuso, maior será o comprometimento em relação ao seu desenvolvimento.
A pedofilia é um desvio sexual, o qual, a maioria dos crimes envolvendo atos sexuais contra crianças são realizados por pessoas que não são consideradas clinicamente pedófilas, já que não sentem atração sexual primária por crianças. Mundialmente, apenas um quarto dos abusos sexuais de crianças são praticados por pedófilos. Esses abusos sexuais são praticados por pessoas que simplesmente acharam mais fácil fazer sexo com crianças, seja enganado-as ou utilizando de intimidação ou força.
6. Qual deve ser o comportamento dos pais/responsáveis após a descoberta do crime para com a criança?
Comunicar a autoridades policiais para que investigue e tomem as medidas legais cabíveis.
Atendimento no Samvvis
O atendimento no Samvvis começa depois que a vítima presta queixa em alguma delegacia especializada. Com o Boletim de Ocorrência em mãos, funcionários do Samvvis acionam um médico legista, que faz o exame de corpo de delito. Em seguida, são tomadas providências, que incluem atendimento psicológico, ginecológico e de assistência social
O tratamento inclui medicamentos contra gravidez indesejada, em caso de estupro, com orientação médica e aplicação de vacina contra hepatite.
Estatísticas 2011/2012
De 0 A 15 Anos
2011- 263
2012- 108
De 16 A 21 Anos
2011 – 43
2012 – 16
Acima De 21 Anos
2011- 33
2012- 03
Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com
http://www.cidadeverde.com/80-de-abusos-sexuais-ocorreram-com-criancas-de-0-a-15-anos-101723
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