terça-feira, 10 de abril de 2012

“Homens mais jovens têm medo das mulheres independentes”, diz sociólogo


Seção: Comportamento

Os conflitos gerados pela emancipação feminina estão longe de ser página virada. “Mudanças de consciência são muito rápidas, mas mudanças de comportamento são geracionais”, analisa o sociólogo Luiz Antônio Nascimento, professor da Universidade Federal do Amazonas. Por isso vemos tantos homens celebrando a ascensão profissional das mulheres e entrando em crise assim que percebem que suas parceiras ganham mais que eles.
Os homens mais jovens têm medo dessas mulheres independentes. Só depois de mais maduros eles conseguem perceber que não existe nenhum problema em discutir vontades e opiniões femininas”, acredita o professor.
Ao perder o papel de provedor da família, o homem se vê sem rumo, pois ao mesmo tempo em que gosta de ter a ajuda financeira da mulher, sofre com a pressão de terceiros e mesmo com os valores intrínsecos para tomar de volta seu lugar. Sem os papeis pré-definidos, o casal não consegue se compor de forma tranquila. É aí que pode surgir a competitividade entre os dois, um dos motivos que leva à separação. “Se não há vontade bilateral de ver o outro crescer, aparece o mal-estar e a impossibilidade de convivência”, avisa a psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo.
Defesa e acusação
Claro que o problema não está apenas na ala masculina.
“As mulheres estão reacionárias e autoritárias. Acham-se no direito de abrir caixa de e-mail e xeretar no celular de seus namorados e maridos. Isso causa uma série de conflitos e separações prematuras.” Manter a família a qualquer preço também ficou no passado. Se as gerações passadas deixavam a afetividade em segundo plano por não admitirem a separação e a volta para a casa dos pais, hoje é perfeitamente possível sair de uma relação e se manter financeiramente. “O nível de tolerância dos casais está menor. Dificilmente eles desejam trabalhar as diferenças”, diz Carmita Abdo.
 Se as mulheres já conquistaram um espaço tipicamente masculino, o do trabalho, os homens estão em vias de dominar o espaço tradicionalmente visto como o mais feminino de todos: a casa.
Pais participam das tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos. E isso pode ser ótimo porque livra a mulher de uma carga muitas vezes bastante pesada, mas pode passar dos limites e tirá-la de um papel do qual ela não está preparada para abrir mão: o de mãe. “Anular a mulher em casa e anular o homem na rua têm o mesmo efeito danoso para as relações”, analisa Luiz Antonio.
A longevidade, mais uma vez, influencia as mudanças sociais que vêm acontecendo. Antes, quando um casamento não ia bem, não havia muito tempo para pôr fim ao relacionamento e buscar a felicidade em outro. A decisão de se separar vinha com a resignação de que a mulher acabaria sozinha. “As escolhas aos 20 anos são muito diferentes das escolhas aos 40 ou 50 anos. É natural que um relacionamento que estava bom quando se era mais jovem mude com o passar dos anos”, lembra Ana Maria Zampieri.
Isso quer dizer que o segundo casamento tem mais chances de dar certo? Teoricamente sim.
Tanto por causa da maturidade quanto pelo fato de que os primeiros erros tendem a evitar os erros seguintes. “Isso só funciona para aqueles que não se divorciam na primeira dificuldade. Porque esses têm a ilusão de que o problema só está no outro”, diz a psicóloga.
A vida sexual, que tinha data marcada para terminar, hoje faz parte do cotidiano da terceira idade. Medicações para homens e reposição hormonal para as mulheres garantem longevidade sexual. O oposto também é verdade: se a vida sexual entre o casal não está fluindo, é natural buscar um par mais satisfatório, não importa a idade.
Fonte: Cáren Nakashima e Livia Valim, especial para o iG São Paulo

As Fantasias Sexuais Mais Desejadas Pelas Mulheres


Fonte: IG – Delas – amor e sexo

iG São Paulo
Terapeutas sexuais, sexólogos e profissionais do mercado erótico contam quais são os cinco desejos mais comuns das mulheres
Ser algemada e brincar de ser submissa em total segurança excita muitas mulheres
Ser algemada e brincar de ser submissa em total segurança excita muitas mulheres
Foto: Thinkstock/Getty Images
1. Aventura de uma noite só com um estranho ou famoso
Geralmente com desejos sexuais mais reprimidos, muitas mulheres sonham em ter uma aventura de uma noite só com um homem desconhecido. Aproveitar o sexo sem nenhuma preocupação no dia seguinte é a fantasia de muitas. Algumas incrementam a história transformando o desconhecido em um famoso.
2. Ser dominada
Poder colocar-se em posição de submissão sem correr risco nenhum é uma fantasia recorrente, especialmente entre mulheres que no dia-a-dia não podem baixar a guarda. Ficar amarrada à cama, vendada, vulnerável e à disposição do homem que se dedica a dar prazer é um sonho para muitas.
3. Sexo com outra mulher
Diferente dos homens, que raramente têm fantasias de teor homossexual, é comum que as mulheres imaginem como é fazer sexo com outra mulher. Fantasiar a relação entre iguais é mais comum no universo feminino porque culturalmente é aceito que as mulheres troquem carinhos desde pequenas, ao contrário do que acontece com os meninos.
4. Cenários românticos 
Enquanto os homens sonham com lugares loucos para uma “rapidinha”, as mulheres pensam em cenários mais elaborados e românticos. Sexo na beira da praia, ao lado de uma cachoeira, em contato com a natureza e com muita liberdade faz parte do repertório de fantasias de muitas mulheres.
5. Agir como garota de programa
Ao fantasiar ser uma profissional do sexo, a mulher se permite fazer coisas que normalmente não faria. Posições sexuais diferentes, roupas provocantes, striptease, topar fazer tudo – desde que mediante pagamento. Imaginar estas coisas faz com que a mulher realize em pensamento algumas vontades reprimidas.
 
Com consultoria de Oswaldo Rodrigues Jr, psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade; Amaury Mendes Júnior, ginecologista, sexólogo, professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Imacolada Marino Gonçalves, terapeuta sexual; Loja do Prazer e Adão e Eva Toys 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Descobre-se o mapa do orgasmo feminino


20/09/2011

orgasmo mulher
Os experientes encabeçados por Barry Komisaruk realizaram sua tarefa ajudados por um escâner cerebral, segundo a revista The Journal of Sexual Medicine.
O estudo, realizado entre 11 mulheres, pôde “fotografar” pela primeira vez as zonas do cérebro que se ativavam durante a estimulação do clitóris, da vagina e do colo do útero. E aí comprovou-se que a cada zona ativa uma parte concreta do cérebro, e que portanto são fontes diretas do prazer.
Ao todo, no processo que conduz ao orgasmo feminino intervêm até 30 zonas diferentes do cérebro e se acordam áreas que têm que ver com o tacto, a memória, o prazer e a dor.
Também se comprovou a reação do cérebro à estimulação dos mamilos, e uma das conclusões mais surpreendentes é que esta estimulação ativa as mesmas áreas cerebrais que intervêm na estimulação genital. Algo que explicaria por que muitas mulheres conseguem orgasmos quando se lhes tocam os peitos.
Esta descoberta poderia ajudar a melhorar a resposta sexual das mulheres que sofreram uma histerectomia (a extirpação do útero) e que têm problemas para atingir orgasmos, já que sofrem danos nas terminações nervosas da vagina e o colo do útero.
Para um estudo posterior ficará a análise sobre por que algumas mulheres têm orgasmos recorrendo unicamente ao pensamento, sem a necessidade de algum tipo de estimulação física.

http://www.bulhufas.com/descobre-se-o-mapa-do-orgasmo-feminino/2967/

As enxaquecas estão associadas com a impotência sexual


4/04/2012

enxaqueca impotencia
Um estudo de Taiwán revela que quem têm uma disfunção erétil são 63% propensos que o resto a sofrer fortes dores de cabeça. Por agora se desconhecem as causas dessa relação.
O Dr. Tobias Köhler, da Faculdade de Medicina da Southern Illinois University nos Estados Unidos, disse que nunca tinha ouvido falar da relação entre enxaquecas e a impotência.
Não há explicação para esta relação entre os problemas sexuais e a dor de cabeça, ainda que nas mulheres as enxaquecas estão associadas com essa patologia, segundo recordam os autores na revista Cephalalgia.
A equipe de pesquisadores analisou a informação de 23 mil homens registrados em uma base de dados nacional de prestações. Cerca de 5.700 foram diagnosticados disfunção erétil (DE), que é a incapacidade de manter uma ereção. Depois, foram comparados com outros 17 mil homens que não tinham utilizado tratamentos para a impotência.
Ao 4,25% dos homens com DE também se lhe tinha diagnosticado enxaquecas, comparado com o 2,64% do grupo sem DE.
Depois de considerar diferenças entre os participantes, como a doença cardíaca e a diabetes, a equipe observou que quem sofriam a disfunção eram 1,63 vezes mais propensos que o grupo de controle a ter recebido um diagnóstico prévio de enxaquecas.
A idade pareceu marcar uma diferença: os homens de 30 a 40 anos com DE eram duas vezes mais propensos que os varões sem DE que se lhes diagnosticaram enxaquecas.
O doutor Ege Serefoglu, da Faculdade de Medicina da Tulane University, considerou que os resultados deveriam se interpretar cuidadosamente.

http://www.bulhufas.com/as-enxaquecas-estao-associadas-com-a-impotencia-sexual/4957/

Prazer na maturidade


Sexólogo fala sobre como a vida sexual pode ser excitante depois da chegada à maturidade
Por Ilana Ramos

Infertilidade, diminuição da libido, impotência, ressecamento vaginal. São tantas as coisas “negativas” associadas ao sexo na maturidade e a perspectiva de ter que encarar esses problemas mais cedo ou mais tarde pode tirar o prazer da vida de algumas pessoas muito antes do que deveria. Assim como em todas as outras fases da vida, o sexo depois dos 50 pode ser recheado de prazer, erotismo e sensualidade. Para isso, é preciso largar mão dos preconceitos e aproveitar ao máximo os momentos de intimidade na cama.

Fazer sexo é tão natural quanto bom para a saúde do nosso corpo e mente. E disso ninguém duvida Segundo o ginecologista, sexólogo e médico do ambulatório de Sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Amaury Mendes Junior, "psicologicamente, o sexo reforça a autoestima. É bom saber que alguém escolheu você para transar e que o seu corpo consegue responder de forma satisfatória. Fisicamente, é um exercício incrível. O coração acelera e desacelera, fazendo com que seja um ótimo exercício coronariano. O corpo transpira, há produção de dopamina, adrenalina, endorfina, epinefrina, testosterona e a pessoa se sente mais feliz e relaxada. Socialmente, você se sente inserido, por ter alguém com você, ao seu lado. Ninguém gosta de ficar sozinho".

Não é verdade que o sexo na maturidade é pior do que na juventude. Amaury afirma que "existe uma coisa muito preconceituosa sobre essa 'fase da vida'. Uma fase ruim é o início da vida sexual, quando há insegurança e não se tem controle do próprio prazer. Hoje, temos vivido mais e é natural que as pessoas maduras também queiram continuar sentindo todos os prazeres. É pertinente à vida, e não à idade. Se uma pessoa gosta de alguma coisa e não tem mais, sente falta e corre atrás de ter de novo. Se não tem e não corre atrás, a questão é social. Por que só agora, depois dos 50, está querendo buscar o prazer? E antes? Você reclama que não está bom, mas está se cuidando, correndo atrás, investindo? Se algo está atrapalhando o seu prazer (mesmo se for você mesmo), tem que ser resolvido imediatamente".

E para isso, conhecer o próprio corpo é fundamental na hora de descobrir o que te faz sentir prazer. Segundo Amaury, "uma pessoa que não se conhece, não se masturba, não tem como saber do que gosta, aonde e com qual intensidade. Muito menos falar isso para o parceiro. A primeira coisa que as pessoas têm que desmistificar para conseguir chegar a um nível ótimo de prazer é o próprio corpo. Algumas pessoas acham 'estranho' que uma pessoa com mais de 50 ou 60 ou 70 se masturbe. Por quê? O corpo pode estar envelhecido, mas a cabeça não. Os prazeres não mudam, não envelhecem. Encarar o sexo como aquela coisa mística de antigamente pode empobrecer muito a vida sexual".

Para sentir prazer na cama com outra pessoa, não tem mistério: você tem que, antes de tudo, gostar de si mesmo. "Tem sempre alguém interessado em uma pessoa que se gosta, que se cuida. Uma pessoa saudável tem, não só uma aparência melhor, mas menos doenças. Ninguém sente desejo se estiver com uma cardiopatia ou mesmo uma unha encravada. Cuidar do corpo, fazer atividades físicas, comer bem, não exagerar em bebidas alcoólicas, cigarro ou drogas e visitar o médico regularmente é o mínimo. Além disso, o sexo não é só o ato sexual em si, mas envolve todo um erotismo, antes e depois da transa. Uma doença, como a diabetes, por exemplo, pode dificultar a ereção do homem. Ainda existem casais que transam protocolado, um beijinho e pronto. Se tem algum problema com o órgão de um dos dois, não tem sexo. Eles não sabem se seduzir, se divertir na cama. Por isso, casais que têm um erotismo na vida sexual conseguem sentir prazer além disso", diz Amaury.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Portugueses cortam nas drogas do sexo


Ontem

Os últimos dois anos registam quedas das vendas de comprimidos para a disfunção erétil de dois milhões de euros. A crise está na origem da quebra no consumo pois os produtos são caros, explica o Correio da Manhã. A Organização Mundial de Saúde teme recurso a remédios falsificados.
A disfunção erétil vende menos dois milhões de euros. Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia explicou ao Correio da Manhã que as quebras das vendas se devem ao preço elevado dos medicamentos.
Com a crise o tratamento sexual fica para segundo plano.

http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2397457&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Transexual paulistana é a mais velha a fazer cirurgia de "troca de sexo"


01/04/2012 - 09h45

MARIANA VERSOLATO

DE SÃO PAULO

A cabeleireira aposentada Andréia Ferraresi, 68, de São Paulo, é a transexual mais velha do país a fazer uma cirurgia para troca de sexo. Registrada ao nascer como Orlando, ela esperava pela operação desde 1979, quando recebeu o diagnóstico de transexualidade. Sem dinheiro para pagar pelo procedimento, teve que aguardar até que a cirurgia fosse feita no SUS. Foi operada no dia 27 de fevereiro, no HC. Leia o depoimento concedido por ela à Folha.
Marisa Cauduro/Folhapress
Andréia Ferraresi, 68, no ambulatório para saúde de travestis e transexuais, em São Paulo
Andréia Ferraresi, 68, no ambulatório para saúde de travestis e transexuais, em São Paulo
"Sofri muito na vida por um conflito de identidade e esperei por essa cirurgia desde 1979, quando procurei o HC e recebi o diagnóstico de transexualidade.
Na época, o SUS não fazia a cirurgia. Quem fazia eram os médicos particulares. Fui a dois e me cobraram um preço exorbitante. Minha mãe disse que não tinha dinheiro e eu entendi. Ela já sofria, se sentia culpada por mim.
Sou a caçula de 11 irmãos e todos eram "normais". Os irmãos que nasceram pouco antes de mim eram homens e minha mãe queria que a última fosse menina. E nasceu uma menina, mas com os órgãos que os outros tinham.
O sofrimento sobrou para mim, com "bullying" na escola e aquele conflito de você sentir uma coisa e não ser o que você sente.
Na infância, só brincava com as meninas. Um dia, no colégio, ganhei uma boneca na rifa e os meninos falaram: "Mariquinha, mariquinha!". Eles pensavam que estavam me ofendendo, mas quanto mais falavam mais orgulho eu sentia da boneca.
Com 14 anos, peguei o vestido da minha irmã. O povo dizia que tinha caído certinho em mim. Minhas vizinhas me deram saias e comecei a usar roupa de mulher.
Quem aceitou mais foi minha mãe. Ela sempre quis me proteger. Mas meu pai e um irmão me perseguiram até eu fazer os exames que provaram que eu era transexual.
Quando saiu o diagnóstico me pediram até perdão. É muito ruim você se sentir reprimida pela própria família.
Ainda teve o regime militar. Os transexuais sofreram demais com perseguições policiais. Cheguei a ficar um mês na prisão, mas o juiz me soltou. Viram que eu não tinha perigo nenhum, nunca fui criatura de beber, de vida fácil. Sempre tive meu trabalho de cabeleireira.
O tempo foi passando até que encontrei o CRT [Ambulatório para Saúde Integral de Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids], em 2009. Quando cheguei, estava numa depressão fora do comum, um trapo.
Comecei o tratamento com o psiquiatra, tomei remédios por um ano e fui encaminhada para a operação. Sou a primeira do ambulatório a fazer a cirurgia e vou abrir a porta para muitas que precisam.
IDADE
O povo dizia: "Mas não é um pouco tarde para você fazer a cirurgia?". E eu respondia: "Não, eu ainda preciso viver, não vivi minha vida! Estou começando só agora".
Eu tenho idade de vovó, mas me sinto forte e feliz. A velhice está na cabeça das pessoas. Os homens, quando passam por mim na rua, falam: "Quanta saúde!".
Se eu puder pegar um forrozinho, eu vou, faço dança do ventre. Um médico me disse: "Do jeito que está indo, a senhora vai viver uns 95". E eu disse: "Quero viver ainda mais, doutor!".
A cirurgia mudou tudo. Esqueci aquele passado de sofrimento. O que interessa agora é daqui pra frente.
Fiquei muito satisfeita com o resultado. Não tem uma cicatriz. Parece que eu nasci assim. Estou até me sentindo mais bonita.
Já uso o nome Andréia Ferraresi porque um juiz me deu autorização, mas agora está correndo o processo de mudança de sexo também no registro. Quero que aconteça rápido porque preciso casar, preciso de um amor.
Estou solteira, mas a minha felicidade é tanta que namorar é coisa secundária. Quero um amorzinho, mas com o pé no chão. Ficar na vida promíscua eu não quero, porque hoje em dia a doença venérea está demais.
Eu transava bastante quando era mais nova e não tinha Aids. Era um tempo bom. Pena que não vivi integralmente com essa periquita (risos).
Hoje me valorizo mais. A vida não se resume em sexo. Não é porque fiz a cirurgia que vou ficar no oba-oba. Eu fiz para mim, para a minha identidade, para me olhar no espelho e ver que sou mulher, não ver aquela coisa estranha que não estava combinando.
A cabeça da gente muda quando sai da mesa de operação. Ela elimina o que você tem de transtorno na sua cabeça. Fui solta de uma gaiola que me aprisionou por todos esses anos.
Hoje, a passarinha está voando, solta, feliz da vida. Os problemas parecem não ter o tamanho que tinham. Antes pensava que se não consegui um emprego era por causa de preconceito.
Hoje dou uma banana pro preconceito. Só importa que estou feliz da vida, mostrando que idade não tem nada a ver."