quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alerta do metrô de Xangai sobre roupas reveladoras gera polêmica; veja


27/06/2012 - 13h24

DA BBC BRASIL


O início do verão no hemisfério norte gerou um debate e uma polêmica na China a respeito da roupa mais apropriada para evitar o assédio sexual no transporte público.
Tudo começou com a foto de uma mulher em uma estação de metrô de Xangai usando uma roupa transparente.
A Companhia de Metrô de Xangai postou a foto em sua página em um microblog chinês e pediu que as mulheres se cobrissem para evitar "os pervertidos".
Milhares de mulheres reagiram dizendo que estão sendo culpadas por um problema que não é exclusivo da China.
Aa questão até se transformou em um raro protesto de ativistas dentro de uma estação de metrô de Xangai.

Gravidez é maior causa de morte entre adolescentes no mundo, diz ONG


27/06/2012 - 14h05

DA BBC BRASIL



Uma organização de defesa dos direitos da infância afirmou nesta quarta-feira que a gravidez é a principal causa de morte entre adolescentes em todo o mundo.
A Save the Children, com sede no Reino Unido, diz que pode parecer paradoxal que o processo de nascimento acabe se tornando a principal causa de morte de adolescentes no mundo.
Gestações e partos causam anualmente o falecimento ou sérias lesões em um milhão de adolescentes, a maior parte das jovens com poucos recursos, pequeno acesso à educação e moradoras de países em desenvolvimento.
Segundo um relatório da Save the Children, a raiz do problema está na falta de acesso a métodos anticoncepcionais e ao pouco planejamento familiar em muitos países.
RISCOS
Muitas jovens entre 15 e 18 anos se casam e engravidam logo após o casamento, quando seus corpos ainda não estão nem preparados para dar à luz.
Permitir o acesso ao planejamento familiar de maneira que possam adiar outra concepção por menos três anos depois de ter dado a luz reduz o risco de complicações para a mãe e para o filho, e pode salvar até 1,8 milhões de vida por ano.
Cerca de 222 milhões de mulheres em todo o mundo que não querem engravidar não possuem acesso a métodos anticoncepcionais.
Este ano, se calcula que haverá cerca de 80 milhões de gravidezes sem nenhum tipo de planejamento familiar nos países em desenvolvimento.
A correspondente da BBC Emily Buchanan explica que em uma clínica de uma região pobre no norte da Libéria, um terço de todos os bebês que nascem tem mães entre 15 e 19 anos de idade. Algumas sequer passaram dos 13.
Um dos diretores do projeto Save the Children na região, George Kijana, disse à BBC que estas mães tão jovens estão expostas a complicações médicas.
"O corpo destas jovens não está preparado, pode desenvolver fístulas em um parto prolongado", diz.
Os bebês também correm riscos. Kijana explica que os riscos de morte aumentam se as meninas têm menos de 18 anos.
Durante anos, os programas de planejamento familiar lutaram para encontrar financiamento e apoio, por vezes sofrendo resistência de grupos religiosos.
Líderes internacionais se encontram em Londres no próximo mês para uma conferência sobre planejamento familiar promovido pelo governo britânico e pela Fundação Bill e Melinda Gates.
A agência americana de desenvolvimento USAID, em cooperação com os governos de Índia e Etiópia, fez um apelo mundial para ações que ponham fim, em apenas uma geração, às mortes consideradas evitáveis. A Save the Children defende este projeto promovendo o planejamento familiar.
Segundo a entidade, satisfazer a demanda global por anticoncepcionais pode prevenir em 30% as mortes maternas e em 20% as mortes de recém nascidos nos países em desenvolvimento, além de salvar potencialmente 649 mil vidas por ano.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1111297-gravidez-e-maior-causa-de-morte-entre-adolescentes-no-mundo-diz-ong.shtml

segunda-feira, 25 de junho de 2012

‘Que sabem celibatários sobre as mulheres?’, diz Mary Robinson


Qua, 20 de Junho de 2012 18:29
(Correio Braziliense) Ex-presidente da Irlanda (1990-1997) e ex-comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas (1997-2002), Mary Robinson é uma das vozes mais ativas nas conferências internacionais no que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva feminina. Na Rio+20, não poderia ser de outra forma. A atual integrante do The Elders (o grupo que reúne ex-líderes mundiais) se diz preocupada com a pressão do Vaticano para a retirada do documento final da conferência de toda e qualquer referência a sexo, sexualidade e planejamento familiar em geral. "O que sabem homens celibatários sobre a vida e as decisões de mulheres pobres?", perguntou ela, em entrevista exclusiva ao GLOBO.

Qual o desafio na Rio+20 no que diz respeito à saúde reprodutiva?
MARY ROBINSON: O que nos preocupa em relação à Rio+20 é que haja um retrocesso em relação a textos aprovados no Cairo e aqui mesmo, há 20 anos. Quando textos em um instrumento internacional ficam mais fracos, isso tem um significado político. Em vez de ficar mais fraco, ele teria que ficar muito mais forte. Sabemos que existem 250 milhões de mulheres e crianças que querem ter acesso a contraceptivos, que querem saber mais sobre saúde reprodutiva, que querem entender melhor seus corpos. Isso é um direito humano dos mais importantes. E essa conferência pode enfraquecer ou reforçar esse direito.

De que maneira a saúde sexual e reprodutiva é importante para o desenvolvimento sustentável?
MARY: As mulheres são essenciais para o desenvolvimento sustentável. Pelo menos essa mensagem está clara e está no texto. Temos muitos exemplos, como as mulheres agricultoras que, com acesso a direitos da terra e mais treinamento em uso e informações nutricionais, conseguem uma produção muito maior com consequências positivas. Centenas de milhares de pessoas podem ser tiradas da pobreza e da insegurança alimentar, e parte disso tem a ver com a saúde reprodutiva. Hoje, mulheres na Somália têm seis, sete, oito filhos na esperança de que um ou dois sobrevivam. Nenhuma mulher em pleno século XXI deveria ter de passar por isso.

Há um intenso debate sobre se direitos reprodutivos e saúde sexual devem entrar no documento. Há países que se opõem. O tema ainda é controverso?
MARY: Acho que é preocupante e absurdo. Digo absurdo porque é tão descolado da realidade das vidas das mulheres e também de outra metade da $já aceita por todos. O empoderamento das mulheres é essencial para o desenvolvimento de todos os países e para todas as metas de desenvolvimento sustentável. É preciso haver alguma lógica na abordagem dos temas. Temo que haja influências religiosas dos mais diversos tipos, desinformadas da realidade da vida das mulheres.

O Vaticano parece ser o maior opositor das políticas de saúde sexual e reprodutiva. Todas as referências a sexo, sexualidade ou planejamento familiar no documento são recusadas pela Santa Sé. Como a senhora, que é católica, vê essa posição da Igreja Católica?
MARY: Acho muito triste. No início dos anos 70, na Irlanda, eu lidava com esses temas e era criticada pela Igreja Católica. Mas eu sei que muitos dos meus amigos são cristãos, muitos são católicos, eles sabem que esse é um tema que precisa avançar. Me entristece que tenhamos esse problema no século XXI. Me entristece que haja uma guerra política de poder e que a Igreja seja parte dela. O que sabem homens celibatários sobre a vida, a saúde e as decisões de mulheres pobres?

Quais são os riscos, em sua opinião, de o documento ignorar a saúde reprodutiva e sexual feminina?
MARY: Espero que isso não aconteça porque seria irresponsável. Estamos falando sobre desenvolvimento sustentável. Temos uma Terra que está sob estresse. E sabemos que há 250 milhões de mulheres e adolescentes que querem ser responsáveis e ter oportunidade de criar seus filhos e viver melhor. Quando falo com líderes de países em desenvolvimento, eles têm graves problemas por conta do estresse sobre suas populações. E todos compartilham a mesma ideia: precisamos, nos nossos termos, de nossa maneira, ter (políticas de planejamento familiar e saúde reprodutiva). Mas precisamos de apoio, especialmente de instrumentos internacionais como este, da Rio+20.
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3495&catid=44 

Brasil trata problema do aborto ilegal com superficialidade, avalia antropóloga


STF veta brecha na interpretação de estupro


25/06/2012 - 04h00

FREDERICO VASCONCELOS
DE SÃO PAULO

O Supremo Tribunal Federal decidiu que relação sexual com criança de dez anos é estupro, e não pode ser qualificado como algo diferente.
A decisão foi tomada pela 1ª Turma do STF por unanimidade, em maio último, ao acompanhar o voto da ministra Rosa Weber.
Estava em julgamento um habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de um paranaense condenado a 8 anos e 9 meses de prisão, sob acusação de estupro e atentado violento ao pudor contra uma enteada, então com dez anos, de 2003 a 2004.
Até 2009, o Código Penal considerava que o estupro deveria ser cometido mediante violência, e que ela era presumida quando se tratava de vítimas menores de 14 anos. O artigo foi revogado e a lei atual não cita mais violência, ou seja, não é preciso prová-la.
"Não é possível qualificar a manutenção de relação sexual com criança de dez anos de idade como algo diferente de estupro ou entender que não seria inerente a ato da espécie a violência ou a ameaça por parte do algoz", afirma o acórdão do STF, publicado dia 12.
Essa decisão contrasta com a absolvição pelo Superior Tribunal de Justiça, em março, de um homem acusado de estuprar adolescentes de 12 anos. O STJ entendeu que a presunção de violência não seria absoluta, pois as meninas eram prostitutas. O caso ainda tramita no STJ.
VIOLÊNCIA RELATIVA
O entendimento do STJ foi de que a violência no crime de estupro era relativa --dependia de cada caso-- e não absoluta. Ou seja, poderia ser questionada mesmo em se tratando de menores.
A decisão do STJ foi criticada pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pela Associação Nacional dos Procuradores da República, que viu uma afronta ao princípio da proteção absoluta a crianças e adolescentes.
Em nota, o STJ afirmou, na ocasião, que "apenas permitiu que o acusado possa produzir prova de que a conjunção ocorreu com consentimento da suposta vítima".
Veja a íntegra da decisão no blog: blogdofred.blogfolha.uol.com.br

Período fértil: confira 9 mudanças estranhas que ele traz


Os hormônios em alta durante o período fértil mexem com a mulher e causam estranhas mudanças comprovadas pela ciência Foto: Getty Images
Os hormônios em alta durante o período fértil mexem com a mulher e causam estranhas mudanças comprovadas pela ciência
Foto: Getty Images

24 de Junho de 2012  17h01  atualizado às 17h18

O sobe e desce hormonal das mulheres ao longo do mês pode ser o grande responsável pela maioria das loucuras. Pelo menos, é isso o que defende a revista Cosmopolitan. No site, a publicação elencou nove atitudes - comprovadas pela ciência, que a maioria das mulheres tem enquanto está em seu período fértil.
Preferir ‘bad boys’
Segundo um estudo feito pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a máxima de que elas preferem os malvados tornasse completamente real, pelo menos nos dias que antecedem a menstruação. O estudo diz que no período fértil, as mulheres tendem a achar que os homens com traços mais marcantes e ar rebelde melhores pais e maridos.
Escolher roupas mais sexy
Durante esta época do ciclo, as mulheres tendem a comprar roupas mais justas e insinuantes, segundo o estudo publicado no Journal of Consumer. Na pesquisa o foram exibidos modelos mais provocantes e outros mais discretos. As mulheres que estavam ovulando escolheram as de caráter mais extravagante, para se destacar da concorrência.
Fazer compras
Segundo um estudo da Sociedade Britânica de Psicologia, as mulheres tendem a fazer mais dívidas quando estão a cerca de 10 dias da menstruação. As mudanças hormonais influenciam nas emoções, no poder de escolha e controle. O resultado são compras impensadas!
Eles falam diferente com você
Quando um homem percebe que a mulher está fértil (algo completamente inconsciente), ele tende a conversar com ela de maneira diferente. Segundo a tese defendida na Universidade do Estado da Flórida, eles usam maneiras diferentes de se expressar nesta época. Enquanto isso, devido aos hormônios elas tendem a ouvir mais atentamente e achar tudo o que eles dizem engraçado.  
‘Gaydar’ mais potente
Segundo um estudo feito pelas Universidade de Tufts e Universidade de Toronto, quando a mulher está no auge do seu período fértil, ela tende a identificar os homens gays apenas pela observação. Tanto é que a pesquisa foi feita apenas com fotografias de homens heterossexuais e homossexuais.  E a maioria delas foi certeira ao apontar a sexualidade deles.
Voz menos atraente
Como se não bastassem a irritabilidade e o inchaço, a TPM ainda deixa sua voz menos atraente. Um estudo feito na Faculdade Estadual de Adams, nos Estados Unidos, mostrou que os homens tendem a achar menos sensual as vozes de mulheres que estão se aproximando da menstruação.
Detectar cobras mais rapidamente
Segundo um estudo feito pela Universidade de Kyoto, mulheres no período fértil tendem a ficarem mais atentas e detectarem perigos mais rapidamente. O estudo mostrou a elas, uma série de fotos contendo cobras e insetos. As que estavam férteis mostraram-se mais rápidas. A suspeita dos cientistas é que os hormônios mexam com a parte do cérebro responsável pelas sensações de medo.
Fantasias sexuais
Segundo um artigo publicado no jornal Hormones and Behavior, as mulheres tendem a ter fantasias sexuais mais frequentes e mais excitantes alguns dias antes da menstruação. O estudo pediu que elas escrevessem as fantasias e marcassem a frequência com que elas pensavam em sexo durante o período.
Sujeita a DST's
Durante o período que precede a menstruação seu corpo fica mais suscetível a ser infectada com doenças sexualmente transmissíveis. Os cientistas dizem que a queda no sistema imunológico se deve a uma adaptação evolutiva que faz com que o corpo diminua sua resistência para que os espermatozoides sobrevivam mais tempo e tenham mais chance de fertilizar o óvulo.

Quando a responsabilidade surge de forma inesperada

21 de Junho de 2012 17h09 
Redação Engeplus - jornalismo@engeplus.com.br

 Nos próximos 15 dias, alunos com idades entre 13 e 14 anos da escola Angelo de Luca, em Criciúma, cuidarão de um pintinho. Nesse período, eles vão alimentarcuidar, aquecer e proteger o animalzinho. A responsabilidade, explica a auxiliar de direção da escola,Renata Camilo Costa, faz parte do projeto Entre Sexo e Sexualidade Amar, que usa o bichinho como forma de comparar a responsabilidade de criar um ser indefeso à de uma gravidez na adolescência, uma das questões abordadas no projeto.
“É uma forma de colocar o adolescente em uma situação inesperada, assim como é a gravidez nessa fase da vida, por exemplo. O pintinho caiu na vida deles, na rotina, de surpresa, e eles se tornam responsáveis para criar e colocar regras na criação. Eles levaram um saco de comida que só dá para três dias, depois, vão dar um jeito para não deixar o animal morrer”.

Após levarem o susto inicial com o novo desafio, os estudantes do 8º e 9º anos passaram a ter dúvidas em sala de aula, e essas dúvidas foram desde o que o pintinho come, o que fazer com quem tem outro animal como gato ou cão em casa, onde deixar o animal enquanto frequenta a escola, quem tomaria conta e quem compraria a ração. 

Tudo isso virou um relatório que será preenchido diariamente. “Mas o que realmente queremos é informá-los das responsabilidades que eles ainda não possuem para poder criar e educar um filho inesperado. Quando se fala em sexualidade logo se pensa em sexo. Mas qual a relação entre sexo e sexualidade? No projeto ainda abordamos DSTs, as transformações do corpo, visitas a postos de saúde entre outras atividades e bate-papos sobre o tema”, finaliza Renata.